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ALEXANDRE BARRETO
ALEXANDRE BARRETO
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
2 METODOLOGIA ....................................................................................................13
3 OBRA DE ARTE ....................................................................................................14
4 LEITURA DE IMAGEM ..........................................................................................16
5 ARTE SACRA E ARTE RELIGIOSA .....................................................................18
6 SÍMBOLOS ............................................................................................................23
6.1 Os Símbolos Cristãos .......................................................................................29
7 ÍCONES.................................................................................................................31
8 O PERÍODO BIZANTINO.......................................................................................33
8.1 A Arte Bizantina.................................................................................................36
8.2 Iconoclastia........................................................................................................41
9 O DESENHO BIZANTINO .....................................................................................44
9.1 As Formas..........................................................................................................48
9.1.1 A Cabeça .........................................................................................................48
9.1.2 O Rosto ...........................................................................................................48
9.1.3 Os Olhos .........................................................................................................50
9.1.4 O Nariz.............................................................................................................51
9.1.5 A Boca .............................................................................................................51
9.1.6 O Queixo .........................................................................................................52
9.1.7 Braços e Mãos ................................................................................................53
9.1.8 O Corpo Humano............................................................................................54
9.2 O Simbolismo das Cores ..................................................................................55
9.2.1 O Marrom ........................................................................................................56
9.2.2 O Verde............................................................................................................56
9.2.3 O Azul ..............................................................................................................57
9.2.4 O Púrpura........................................................................................................57
9.2.5 – O Vermelho ..................................................................................................58
9.2.6 O Branco .........................................................................................................59
9.2.7 O Preto ............................................................................................................60
9.2.8 O Dourado.......................................................................................................60
10 MOSAICO BIZANTINO........................................................................................61
11 OBRA EM MOSAICO – CRUZ ............................................................................64
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1 INTRODUÇÃO
pouco mais no tema central deste trabalho, e escrito sobre símbolos, o que são,
onde podem ser encontrados e realizada uma leitura de imagem, decodificando
símbolos existentes na obra, e sobre os símbolos cristãos.
No quinto capítulo foi abordado o tema ícone. No sexto capítulo foi
discutido a história do período bizantino, com a criação do cristianismo e suas
conseqüências, sobre a arte bizantina e o período Iconoclasta. No sétimo capítulo foi
abordado o desenho bizantino, suas formas e cores. No oitavo capítulo foi resumido
o assunto sobre o mosaico bizantino, e por fim, no último capítulo foi mostrado as
etapas de criação e confecção da obra de arte realizada junto a este trabalho de
conclusão de curso.
O problema desta pesquisa foi buscar perceber como se apresentavam os
símbolos na arte cristã do período bizantino.
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2 METODOLOGIA
3 OBRA DE ARTE
A obra de arte vai além do racional. Nunca uma obra é bonita e a outra
feia, nunca uma obra foi mais bem executada e a outra não. Para Pastro (1993,
p.106), a obra de arte possui dois segmentos: a obra objetiva e a obra subjetiva.
A obra de arte objetiva é simbólica, decorativa, celebrativa e teocêntrica,
ou seja, ela é um símbolo de algo maior, logo ela não é o centro, e sim a divindade a
qual ela representa. Ela é muito maior que o conceito do artista.
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4 LEITURA DE IMAGEM
Os botes de Van Gogh, por exemplo, foram para mim, naquela primeira
tarde, prontamente reais e definitivos. Com o correr do tempo, podemos ver
mais ou menos coisas em imagens, sondar mais fundo e descobrir mais
detalhes, associar e combinar outras imagens, emprestar-lhe palavras para
contar o que vemos mas, em si mesma, uma imagem existe no espaço que
ocupa, independente do tempo que reservamos para contempla-la: só
vários anos mais tarde fui notar que um dos botes tinha o nome Amitié
pintado no casco.(MANGEL, 2008, p. 25).
Hoje em dia ainda existe arte sacra? Não. O que pode existir por aí,
chama-se arte religiosa. Arte sacra e arte religiosa não são apenas noções de tipos
de artes, pois embora pareçam a mesma coisa, elas possuem radicais diferenças.
Para sintetizar um pequeno e simples exemplo dessa diferença, antes de nos
aprofundarmos no assunto, explica Pastro (1993, p. 108) “A arte sacra, discreta e em
estreita ligação com a liturgia, faz um todo com o espaço sagrado. A arte religiosa,
ao contrário, pode decorar uma sala, um quarto... e até uma capelinha”.
A arte sacra é o que podemos denominar como imagens de culto.
Podemos citar o Cristo de Montreal, a Madona de Torcello, ou o Bom Pastor de São
Apolinário, e tudo o que houver semelhante a essas obras em pinturas, mosaicos,
esculturas.
Para se entender melhor essa arte de culto, deve-se entender que essa
arte, não se inicia da experiência de vida humana, mas sim de um objetivo total de
Deus. O objetivo dessas imagens de culto é a presença de Deus, senti-lo presente.
A imagem de culto se impõe, de maneira que não interessam perguntas como quem
fez, ou porque fez, pois ela se basta, e possui autoridade sobre si mesma. Não se
denomina artista na nossa concepção atual de artista, a pessoa que cria uma
imagem de culto. Neste tipo de arte, é aplicado o sentido da majestade, do
inacessível, do temível. Então, podemos definir a arte sacra como uma arte
cosmológica ou ontológica, e não uma arte sentimental ou psicológica. A arte sacra
vai além dos sentimentos do próprio artista, e é tomada como uma arte da realidade,
que vai além dos limites do entendimento humano. Conforme Pastro (1993, p.118)
“A arte Sacra é um veículo do Espírito que serve ao humano, e não o humano que
serve ao espírito”.
Segundo Pastro (1993, p.120) “A decadência da Arte Sacra atual deve-se
ao esquecimento quase que total da verdadeira natureza dessa arte”
Em contrapartida à arte sacra ou imagem de culto, temos, então, a arte
religiosa ou arte de devoção. Podemos citar como exemplos de arte religiosa: O
Juízo Final, de Michelangelo; Transfiguração, de Rafael; O Êxtase de Santa Teresa
e Emaús, de Caravaggio.
Podemos então afirmar que a arte religiosa é a feita sob o olhar do artista,
sem uma cobrança ou imposição de um alto clero, onde os personagens são mais
humanos do que divinos, utilizando seu conceito estético e, colocando na obra, a
sua visão do quem ou o que vem a ser o sagrado.
Mas a arte como um todo, independente de ser sacra ou religiosa, vem
dotada de mistérios que estão lá para serem decifrados escondidos nas obras de
arte, mistérios estes que denominamos símbolos.
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6 SÍMBOLOS
Outro detalhe é o livro aberto que está embalado com uma bolsa de seda,
usado antigamente para a proteção de capa, que significa que a Mãe interrompeu
sua agradável leitura para cuidar de seu filho.
altar significa a subida das oferendas a Deus; a oliveira significa força espiritual, pois
mesmo estando em solo árido, a oliveira dá seus frutos; o óleo significa purificação,
pelo seu poder de limpeza; o trigo, pela maneira como é plantado, semeado e
colhido, significa o nascimento e morte.
A pomba, que todos conhecemos do episódio do Dilúvio, a qual ela
retorna à Arca de Noé com o ramo de oliveira, selando assim o acordo de paz entre
Deus e o homem, significa justamente isso, a paz; o peixe significa a fertilidade e a
morte, por ser um elemento vital vindo da água; o pão significa o alimento; a palavra
amém significa total complacência com uma verdade dita. A palavra amém é de
origem hebraica, e quer dizer estaca. A estaca que prendia as tendas dos
acampamentos hebreus ao chão, que nem a tempestade do deserto poderia
remover; os anjos significam o próprio Deus, já que são seus mensageiros diretos; o
sino significa a real ligação entre céu e Terra, e lembra também a obediência; a cruz
é um dos mais importantes símbolos do cristianismo, e o mais antigo. Significa o
ponto de encontro de dois círculos perfeitos, formando assim um novo ponto, que
pode significar uma nova era, um novo começo e existe desde cinco mil anos antes
de Cristo. Seu cruzamento pode também significar onde se cruza o caminho entre os
vivos e os mortos.
Como vimos, os símbolos estão por todos os lados, informando e
desinformando, formando e deformando, mas sua existência é inegável, tanto em
obras de arte convencionais e sacras. É por isso o grande papel das imagens
sagradas, devido à esse simbolismo que ela representa. É por esse motivo, que as
imagens sacras são chamadas de ícones.
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7 ÍCONES
8 O PERÍODO BIZANTINO
cerimônias religiosas, língua oficial do cristianismo unificado até então. Para Lemerle
(1991, p.35) “O concílio de Calcedônia tem grande importÂncia religiosa, pois
fundava verdadeiramente a ortodoxia”.
Com esta revolta acontece a separação do cristianismo do oriente em
Igreja Católica Ortodoxa e do ocidente em Igreja Católica Romana.
Foi exatamente neste período que teve início uma nova história da arte
cristã, a arte bizantina. A arte bizantina tinha um novo estilo, sendo perceptíveis em
sua técnica e cores, sofrendo influências do Oriente, Grécia e Roma. Foram
erguidos templos com seu interior rico em decoração de mosaicos mostrando a
cenas da vida de santos e mártires, obtendo assim a finalidade de doutrinar os fiéis.
A arte bizantina é voltada para a religião, pois o regime na época era
teocrático, que significava que o Imperador era o representante de Deus, e o alto
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clero além de suas funções dentro da igreja cristã, também organizava a parte das
artes, tornando assim os artistas meros trabalhadores de encomenda. A arte
religiosa deste período tratava cenas como a Paixão de Cristo, os Profetas, a Virgem
e os triunfos imperiais. Mas a arte profana também se destaca neste período, e por
vezes adentra ao mundo da arte cristã. Porém, é no mundo cristão que se encontra
a maior dedicação e inspiração do artista bizantino.
Infelizmente, com o passar do tempo, a destruição quase que total destas
obras, não deixa remeter ao quão realmente belas eram estas obras.
Um estilo novo e amadurecido da arte bizantina que ainda pode ser
contemplada até os dias de hoje é o interior da Basílica de Santa Sofia, o
Monastérios de Hosios Lucas, onde os mosaicos, o baixo relevo e os desenhos
abstratos toma o lugar dos até então usados alto relevo e o naturalismo clássico.
8.2 Iconoclastia
Grande parte das obras do período bizantino, hoje em dia não existe.
Quando relatamos algo relacionado às artes bizantinas, é tendo como base escrita,
ou restos destas obras. Isso acontece em razão do maior acontecimento do período
que está sendo tratado: a iconoclastia. Segundo Lemerle (1991, p.74) “Essa palavra
designa propriamente a ação de destruir as imagens”.
9 O DESENHO BIZANTINO
1
FONTE: www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/simbologia_del_icono_bizantino.html
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9.1 As Formas
9.1.1 A Cabeça
9.1.2 O Rosto
9.1.3 Os Olhos
9.1.4 O Nariz
Nos ícones bizantinos, o nariz está sempre representado como uma forma
estreita e comprida, e com uma gota no meio, e sua largura é do mesmo tamanho da
largura da boca, e funciona quase como um meio de ligação entre os olhos e a boca.
O nariz é representado desta forma, para significar que o cheiro do mundo não seja
captado, apenas o cheiro do sagrado.
9.1.5 A Boca
9.1.6 O Queixo
I C X = Jesus Cristo
9.2.1 O Marrom
O marrom significa a terra, para lembrar aos homens que vieram do pó, e
voltarão para o pó. O marrom significa também humildade, por isso a cor da roupa
dos monges que renunciaram às alegrias da vida, dedicando-se a ajudar o próximo.
9.2.2 O Verde
9.2.3 O Azul
O azul significa o céu, o infinito, a divindade, uma vez que Deus Criador é
representado na cor azul.
9.2.4 O Púrpura
O corante púrpura era utilizado para tingir as sedas mais finas, e era
extraído do Mar Vermelho. Após o governo de Justiniano, o uso da cor púrpura ficou
restrito apenas ao imperador e seus familiares. A cor púrpura significa, então,
riqueza, pois era uma cor de elevado valor na época.
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9.2.5 – O Vermelho
9.2.6 O Branco
9.2.7 O Preto
O preto significa o nada, a morte, a luta do bem contra o mal, uma vez
que em muitas pinturas Jesus é representado pela cor preta quando luta contra o
demônio. Nas iconografias bizantinas, o preto nunca é usado puro, mas misturado
com outras cores.
9.2.8 O Dourado
10 MOSAICO BIZANTINO
CRUZ
Cruz”. A partir dela, fiz vários esboços utilizando o programa Corel Draw 12, até
chegar em um modelo final. (passo 1).
Passo 5
Passo 6 Passo 7
67
Passo 8 Passo 9
Passo 10
Finalizei esta etapa do meu TCC, com muita satisfação e alegria, pois tive
a oportunidade aprender a técnica do mosaico, arte esta que nunca antes havia
experimentado.
Passo 11 Passo 12
Passo 13
69
12 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
COLI, Jorge. O Que é Arte. 15ª Edição. São Paulo: Brasiliense, 2004.
GOETHE, Johan Wolfgang von. Doutrina das Cores. São Paulo: Nova Alexandria,
1993.
HONORATO, Sérgio. Por que Faço Arte? Porque Tenho Vontade!. Criciúma,
2003. 52p. (Graduação Bacharel em Artes Visuais) – Artes Visuais Bacharel –
UNESC.
HUYGHE, René. O Poder da Imagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 1986.
PASTRO, Claudio. Arte Sacra: O Espaço Sagrado Hoje. São Paulo: Loyola, 1993.
RIBEIRO, Daniel Valle. Igreja e Estado na Idade Média. Belo Horizonte: Lê, 1995.
Referência Complementar