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Índice

1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
1.1 – CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL ................................................................ 2
1.2 – PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO COMBATE A DELINQUÊNCIA .............. 5
1.3 – CONSEQUÊNCIAS DA DELINQUÊNCIA .................................................................... 7
1.4 – PREVENÇÃO DA DELINQUÊNCIA JUVENIL............................................................. 8
1.4.1 – Dificuldades para a implementação de políticas públicas de prevenção e
resposta ................................................................................................................................. 10
2 – CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 11
3 – BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 12

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1 – INTRODUÇÃO

A delinquência juvenil é um fenómeno que vem ganhando protagonismo de


forma progressiva e já domina, de certa forma, os relatórios e estatísticas
criminais em todo mundo. Actualmente, a criminalidade de menores entrou na
ordem do dia como fenómeno internacional, e em função da globalização ao
nível das diversas esferas, principalmente dos meios de comunicação e de
informação, acabou por se converter numa inquietante preocupação de todos
os governos. Os crimes praticados por menores têm aumentado de forma
significativa, não apenas nos centros urbanos, ocorrendo um pouco por todo o
lado, na maioria dos países.

Em Angola, não fugindo à regra do que acontece um pouco por todo mundo, os
problemas decorrentes da delinquência juvenil ganharam contornos
preocupantes adquirindo maior atenção das instituições estatais, bem como da
sociedade civil, e tem merecido diversos e profundos estudos e investigações
que se estendem pelos diversos domínios das Ciências Sociais e Humanas
como: a Psicologia, a Sociologia e o Direito. É neste sentido que, em busca de
soluções para impedir a proliferação deste fenómeno, os órgãos legislativos a
quem compete a criação e ou elaboração de normas legais que visam regular
comportamentos tidos como desviantes e que de certa forma perigam o bem
estar da sociedade, respeitando também previamente os direitos do próprio
infractor, aprovou a materialização de um tribunal ou Julgado de menores que
é um órgão de justiça angolana especificamente dirigida as crianças e aos
jovens.

A delinquência juvenil compreende os comportamentos antissociais praticados


por menores e que sejam tipificados nas leis penais. O significado da
expressão delinquência juvenil deve restringir-se o mais possível às infrações
do Direito Penal. Foi usada pela primeira vez na Inglaterra, em 1815, por
ocasião do julgamento de cinco meninos de 8 a 12 anos de idade. Desde o
Código Criminal do Império (1830) já existia uma grande preocupação com a
criminalidade infanto-juvenil.

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1.1 – CAUSAS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL

Chega a ser assustador observar que crianças e adolescentes que deveriam


estar brincando ou folheando livros nas escolas trafiquem drogas, empunhem
armas e apertem gatilhos sem qualquer vestígio de piedade.

Lógico que não podemos negar que muitas delas são influenciadas pelo meio
social, no entanto, outras possuem inclinação voraz e inata ao crime, em que
as condições de vida miseráveis dos pais, fome, subnutrição, alcoolismo,
consumo de drogas, falta de condições mínimas de higiene e outros aspectos
marcam a vida do novo ser antes do seu nascimento.

Nelson Hungria1 acredita que, o delinquente juvenil é, na grande maioria dos


casos, consequência do menor socialmente abandonado, e a sociedade,
perdendo-o e procurando, no mesmo passo, reabilitá-lo para a vida, resgata o
que é, em elevada proporção, sua própria culpa.

Da mesma forma em relação aos adultos, diversas causas endógenas e


exógenas influem sobre a conduta delituosa do menor. Essas causas podem
ser de natureza genética, psicológica, patológica, econômica, sociológica ou
familiar. Assim como adultos psicopatas, o delinquente juvenil com essa
natureza é desprovido de sentimentos de culpa ou remorso, características
inerentes às pessoas de bem. São más em suas essências.

Em relação aos fatores criminógenos, de natureza exógena, relacionados ao


meio social, aos aspectos psicológicos e psiquiátricos, que atuam
negativamente sobre a criança e o adolescente, destacam-se:

 Família sem coesão;


 Pai delinquente e hostil;
 Mãe indiferente e hostil;
 Famílias numerosas, com problemas econômicos e outros.

1
Nélson Hungria Hoffbauer (Além Paraíba, 16 de maio de 1891 — Rio de Janeiro, 26 de março de 1969)
foi um dois mais importantes penalistas brasileiros, com diversas obras publicadas ao longo da vida. Foi
desembargador do Tribunal de Justiça do antigo Distrito Federal. Foi delegado de Polícia. Foi ministro do
Supremo Tribunal Federal entre 1951 e 1961.

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Realmente, as nossas crianças e adolescentes se veem desamparados pela
sociedade, que lhe é hostil ou omissa, pela complexidade dos problemas
sociais, políticos e econômicos dos nossos dias. Elas são pessoas em
formação, sofrendo muitos problemas sociais, tanto no âmbito familiar quanto
na estrutura social em vigor, que propicia a ausência de formação, diante dos
problemas educacionais e econômicos vividos pelo país, resultando na
violência desenfreada.

Sem perspectivas de boa educação escolar e um futuro promissor na área


profissional, e, dificilmente, a construção de um lar harmonioso, os jovens
assumem o caminho da criminalidade, acreditando que terão dinheiro e poder.
Esse caminho começa cedo, quando ainda crianças são espancadas
rotineiramente por um pai bêbado, que chega a casa, exaurido pelo desgaste
do trabalho, de pelo menos 12 horas por dia, para ganhar um salário-mínimo
no fim do mês.

Vários diagnósticos demonstram ainda que em alguns bairros, o consumo de


álcool, divórcio dos pais, falta de controle dos adultos, falta de
acompanhamento psicológico e consumo de drogas, são principais causas
motivadoras da delinquência juvenil.

Podemos também aqui realçar que o crescimento físico, e as modificações


psicológicas, são considerados como porções de um todo que é o ser humano.
Assim, o aumento da delinquência juvenil, como as rebeliões, a falta de
respeito aos adultos tem preocupado o governo, bem como a sociedade e até a
Midia, deixando, em certo sentido, sem resposta para esse fenômeno que
aflige a sociedade. Dados apontam que grande parte dos infratores possuem
algum tipo de problema familiar. No grupo de não-infratores apenas uma
pequena percentagem apresentam o mesmo distúrbio. “Há, principalmente,
uma grande quantidade de problemas nessa organização familiar que, está na
sobrecarga de atividades para o chefe do núcleo familiar e a atribuição precoce
de responsabilidades para o adolescente”. (Portal da Educação2).

2
Blog brasileiro com múltiplos conteúdos e debates, em prol das formas de prevenção da delinquência
juvenil.

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Muitos dos pais desses infratores tem um grande distanciamento da vida
quotidiana de seus filhos, se mantivermos o conceito de que a educação que é
a transmissão de conhecimentos e valores da geração adulta a geração nova,
muitos desses pais, não teriam dificuldades em responder quem eram os
amigos de seus filhos, quais eram os lugares de lazer que eles mas
frequentavam, quais os sonhos e expectativas que eles almejam ser no futuro.
Esses pais, se envolvem pouco com a vida dos filhos e têm uma organização
pouco rigorosa, não sabem a hora que eles chegavam em casa, nem sugeriam
um limite aos mesmos.

Outro fator de risco para a inserção desses jovens na criminalidade é o


desafastamento escolar.

Como o consumo de drogas esta diretamente ligado á revolta da sociedade,


ao fazer o uso dela, você esta obtendo prazer e esquece-se dos dilemas, de
uma forma superficial, viajando num mundo de fantasia e que pode fazer o que
tiver vontade, ou ainda ao querer viver uma vida diferente de um cidadão
comum; existem drogas que estimulam, e fazem sentir forte, sob o efeito delas,
você deixa de se apresentar como realmente é.

A compreensão dos problemas relacionado ao consumo de álcool e outras


drogas entre adolescentes deve-se estender para além da prevalência do uso,
e considerar também os diversos fatores que influenciam o comportamento de
beber. Conhecer os motivos que levam os adolescentes a abusar do álcool e
de outras drogas, é particularmente importante para a implementação de
políticas públicas de prevenção e combate ao consumo destas, infelizmente, de
quando em vez, vimos os comerciantes a venderem bebidas alcoolicas aos
menores de idades, e não se esquecendo das publicidades enganosas por
parte da midia.

O problema é muito sério e nada valem as restrições, se não houver uma luta
titânica contra as drogas, por parte da nossa ordem pública, partindo de uma
repreensão muito forte aos traficantes.

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1.2 – PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO COMBATE A DELINQUÊNCIA

A qualidade das relações precoces e o processo de vinculação na relação


mãe-filho parecem ser fundamental na estruturação e na organização da
personalidade do ser humano. De vez em vez, a complexidade das relações
familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, linguística e afectivas, no
processo de autonomia, e da socialização, bem como na construção de valores
das crianças e jovens.

“Psicólogos afirmam que entre os 2 á 3 anos de idade, começam a surgir


manifestações da afirmação do ego-personalistico, nesta fase a criança
procura normalmente afirmar-se e exercer poder sobre a família, o que
frequentemente acontece pelo negativismo”. (Portal da Educação).

De modo simples e objetivo, essas questões visam a um aprofundamento


interior, onde os progenitores devem fazer reeducar-se para poder agir
acertadamente, apoiando e estimulando o jovem para que se liberte de suas
insatisfações.

Os pais devem de certa forma acompanhar o desenvolvimento de seu filho,


sempre, sobre tudo quando se manifesta o inicio da crise moral, devem
defender acerrimamente a questão da moral defendendo o bem do mau, e
esclarecendo seus valores, sem encafuar o certo do errado, isso é uma atitude
cômoda que pode influenciar o seu modo de ser, e libertar-se de muitos
comportamentos maquiavélicos.

Aos pais, cabe esclarecer aos filhos que a vida é um linear em busca do
desenvolvimento, e que todo caminho prevê chegar ao um fim, e a vida não é
uma eterna competição.

Neste sentido, é importante que os pais tentem colocar-se no lugar dos seus
filhos, sentindo todo aquele aparato, das suas tremendas doidices ou
confusões, afim de obter diretrizes abonatórias, conciliadoras e orientadoras
que sejam benéficas á família como parte de um todo.

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A família e a escola estão no centro da problemática em torno da delinquência
juvenil. Esta centralidade da família e da escola nasce da nossa convicção de
que a delinquência é produto da incapacidade dessas duas estruturas de
socialização de levarem, em muitos casos, a bom termo as responsabilidades e
os deveres que socialmente lhes competem realizar.

Fernanda Parolari Novello3, diz que „„os problemas da educação precisam ser
tratados com maior carinho possível, visando a uma aproximação entre pais e
filhos. Aproximação esta que deve ser respeitosa e compreensiva para superar
as dificuldades. Assim, não pode haver por parte dos pais uma atitude de
donos da verdade, bem como os filhos não devem apresentar-se
insubordinados nem contestar tudo. Como cada um tem um pouco de razão, é
preciso conversar para chegar a um acordo‟‟

Vezes á, que os pais pensam que são detentores do saber e da educação, e


tentam meter de parte as opiniões de seus filhos, como pai, a necessidade de
colhermos as opiniões dos mesmo, deixar com que eles falem tudo, as boas
coisas tem de servir para ele como fonte de vida e as más coisas levar ao
barco do esquecimento.

É papel dos pais conversar sobre as dificuldades que os filhos vão enfrentando,
porque são poucos pais que conseguem confabular com o filho adolescente,
desanimam perante as muitas observações negativas a seu respeito e sobre a
maneira de educar, sem perceber que nada disso é verdadeiro, pois que o filho
precisa muito dos pais, por isso não pode haver por partes dos pais a questão
de serem os donos da verdade absoluta, é preciso conversar para chegar a um
acordo.

3
Fernanda Parolari Novello é psicóloga clínica, com especialização em medicina psicossomática pela
Escola Paulista de Medicina. Foi pioneira em atendimentos psicológicos no Instituto Sedes Sapientiae,
em 1946, ao lado da Madre Cristina Sodré Dória. Foi diretora da clínica psicológica da Sociedade
Pestalozzi e durante 55 anos dedicou-se ao atendimento clínico. Autora dos livros: Psicologia Infantil:
educação e vida, Psicologia da adolescência, Casar vale a pena? e Um mergulho em si, publicados por
Paulinas.

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1.3 – CONSEQUÊNCIAS DA DELINQUÊNCIA

a) Aflição por parte dos pais: Gera enorme aflição por parte destes,
porque nenhum pai quer perder o seu filho, mesmo que esse seja uma
questão perturbadora para a sociedade.
Os pais sempre tencionam coisa boas para os seus filhos, quando
tentam transmitir as suas experiencias ao filho adolescente, afim de
evitar que ele sofra.

b) A descriminação: para com os ex-presos a sociedade, de vez em


quando, é incapaz de aceita-los porque pensam que quem comete um
crime não pode socializar-se.

c) A prisão: por furtarem e roubarem os bens dos cidadãos.

d) A morte: assassinado por policiais ou por delinquentes de gang rival.


Nunca nos enfrentamos tanto com o mistério da nossa finitude como no
momento em que nos deixas um ser querido e amado. Se a morte
parece ainda mais escandalosa quando arrebata um ser jovem e cheio
de promessas inacabadas, ela mantém sempre o caráter de uma rotura
absurda que vem vem contradizer o dinamismo da nossa vida.

Assim os acontecimentos negativos, servem para levar ao amadurecimento, e


podem extrair desse sofrimento e dessa reflexão coisas positivas e negativas
que evitarão que esses momentos se repitam.

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1.4 – PREVENÇÃO DA DELINQUÊNCIA JUVENIL

Não se pode cogitar de vida social, sem criminalidade ou delinquência juvenil.


São elementos inseparáveis. O que se deve questionar é o facto e suas
consequências, formulando-se políticas no sentido de reduzir o fenômeno aos
diversos níveis. A repressão deve ser reservada aos casos extremos. Como
observa com propriedade Cesar Barros Leal4.

a) Prevenção primária
Exterioriza-se a prevenção primária através de medidas no sentido de garantir
os direitos fundamentais e as políticas sociais básicas. Se as causas da
delinquência juvenil decorrem principalmente de fatores exógenos, a política de
prevenção deve se basear em medidas capazes de garantir direitos básicos:
saúde; liberdade e dignidade; educação, convivência familiar e comunitária,
desporto lazer, profissionalização e proteção no trabalho. (Barros Leal).

Tenha-se presente, enquanto falharem as políticas sociais básicas, dificilmente


se alcançará a prevenção da criminalidade. Saúde, educação,
profissionalização, desporto, lazer, devem ser valorizados, principalmente a
nível comunitário.

A prevenção primária deve se orientar no apoio às acções do Conselho


Nacional da Criança (CNAC), tutelado pelo Ministério da Assistência e
Reinserção Social, que através da realização de fóruns cria políticas para
salvaguardar a proteção da própria criança, garantindo de igual forma que esta
criança ou adolescente, não tenha no seu leque de ideias, a de tornar num ser
delinquente.

4
César Oliveira de Barros Leal é Pós-doutor em Estudos Latino-americanos pela Faculdade de Ciências
Políticas e Sociais da UNAM); Doutor em Direito com menção honorífica pela Universidade Nacional
Autônoma do México; Mestre em Direito; Procurador do Estado do Ceará; Presidente do Instituto
Brasileiro de Direitos Humanos; professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade Federal
do Ceará; ex-membro titular do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; membro da
Assembleia Geral do Instituto Interamericano de Direitos Humanos e da Academia Brasileira de Direito
Criminal; membro da Academia Cearense de Letras e da Academia de Ciências Sociais do Ceará. Autor
de vários livros e artigos, com obras traduzidas e publicadas em vários idiomas. Pertence ao Conselho
Editorial da Revista Themis da Esmec.

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b) Prevenção Secundária

A prevenção secundária deve se materializar através dos Conselhos Tutelares.


Se a etiologia da delinquência aponta geralmente para a falta de atendimento
das necessidades básicas; para a desagregação familiar, para as más
companhias; para a exploração dos adultos; para a falta de escolaridade; para
o abandono; numa palavra, para a miséria; se muitos consideram em estado de
risco, jovens em dificuldades; é claro que a prevenção secundária deve se
basear em programas de apoio, auxílio e orientação ao jovem e à família. Tais
programas, preconizados pelo CNAC, precisam ser implementados com a
máxima brevidade, principalmente a assistência educativa a ser gerenciada
pelas comunidades locais.

Se a criança e o jovem em dificuldade forem atendidos na própria família; se o


atendimento for de natureza educativa com a participação do núcleo familiar e
comunitário, as perspectivas de prevenção serão promissoras.

c) Prevenção Terciária

Exterioriza-se a prevenção terciária através de medidas sócio- educativas


visando readaptar ou educar o adolescente infractor, neste caso.

Matérias bastante controvertidas, diagnóstico, prognóstico, tratamento,


principalmente periculosidade e inadaptação social, devem ser vistos com
cautela. Apenas que a prevenção terciária é um dos objetivos das chamadas
medidas sócio- educativas, que elas existem e são necessárias. O facto é que
crianças e jovens, às vezes, praticam ações anti- sociais graves, violentas.
Nesse caso, impõe-se resposta, tratamento, medida sócio-educativa. A
verdade é que tal resposta deve variar conforme o facto e o agente, sempre
limitada pela humanidade, pela ética e pelos princípios do Direito, de tal forma
que o jovem não seja penalizado com mais rigor do que o adulto, muito menos
desnecessariamente.

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A prevenção da delinquência juvenil está ligada também ao relacionamento do
sistema de justiça com o jovem acusado. Uma intervenção inadequada,
violenta ou arbitrária, pode trazer sérias consequências. A prevenção terciária
requer alternativas para a privação de liberdade como programas de liberdade
assistida, apoio e acompanhamento temporários, serviços à comunidade, etc.

Em 2007, durante um de seus fóruns, concretamente o III Fórum Nacional


sobre a Criança, o Governo Central de Angola assumiu os 11 Compromissos
de protecção à criança:

1. A esperança de vida
2. Segurança alimentar nutricional
3. Registo de nascimento
4. Educação da primeira infância
5. Educação primária
6. Justiça juvenil
7. Prevenção e redução do impacto do HIV/SIDA nas famílias e nas
crianças
8. Prevenção e mitigação da violência contra a criança
9. Competências familiares
10. Criança e comunicação social
11. Criança no orçamento geral do Estado.

1.4.1 – Dificuldades para a implementação de políticas públicas de


prevenção e resposta

Miséria e desagregação familiar, decorrentes da distribuição de renda que


caracterizam o nosso país, além da falência das políticas públicas básicas,
podem ser relacionadas como as principais causas da onda de violência
urbana e, principalmente, da delinqüência juvenil.

A distorcida visão do problema, encarado isoladamente, vem ensejando apelos


a atitudes repressivas.

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2 – CONCLUSÃO

A delinquência juvenil existe e está aumentando. Como parte da questão da


criminalidade, deve ser encarada de forma realística e científica. Há que se
afastar os exageros dos que minimizam os seus efeitos ou maximizam suas
proporções.

A distorcida visão da delinquência juvenil, encarada isoladamente, vem


provocando apelos a atitudes repressivas, que nada resolvem, apenas
provocam mais violência e delinquência. A delinquência juvenil decorre
principalmente do meio. Entre suas causas avultam marginalização social e
desestruturação familiar, que não devem ser combatidas através de medidas
simplistas.

O recolhimento e o confinamento policial nada resolvem. Ao contrário, agravam


o problema, sendo fatores produtores e reprodutores de violência e
delinquência.

Sendo de sobrevivência (contra o patrimônio) e de ocasião a esmagadora


maioria das infrações, o que deve preocupar mais é a patologia da violência,
reservando-se a intervenção judicial e psicológicas às hipóteses de
reincidência e aos casos graves.

A falta de recursos, principalmente nas áreas técnica e da pesquisa científica


pode ser apontada como uma das principais dificuldades da política de
prevenção.

A delinquência juvenil está ligada a muitos factores, mas se as instituições


públicas prestarem maior atenção traçando medidas que através dos órgãos
competentes fazer cumprir tais medidas que visam conter e ou se possível
mesmo erradicar tal fenómeno, pois, é mais fácil educar a criança e o
adolescentes hoje, para não punir ou repreender o adulto amanhã.

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2 – BIBLIOGRAFIA

01. http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9lson_Hungria
02. http://www.portaleducacao.com.br/direito/artigos/24933/delinquencia-juvenil

03. José da Silva http://mundodedireitos.blogspot.com/2012/02/angola-e-os-11-


compromissos-para.html
04. SILVA, Antônio Fernando do Amaral. A criança e o Adolescente em Conflito
com a Lei

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