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PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO
SÃO PAULO
2022
BERNADETE BARROS VICENTE – RGM: 2316447-6
BRUNO GOMES MIRANDA DE SIQUEIRA – RGM: 2283928-3
FABIANI BARRETO RIBEIRO – RGM: 2340584-8
MARIANA DA SILVA MARIANO – RGM: 2351456-6
SUELEN APARECIDA SOUZA DE AZEVEDO – RGM: 2266183-2
SÃO PAULO
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
3 DEPRESSÃO PÓS-PARTO
4 ADOLESCÊNCIA E DESENVOLVIMENTO
5 MASSACRE NA ESCOLA
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências Bibliográficas
3
1 INTRODUÇÃO
Muitos dos transtornos mentais encontrados na vida adulta tem sua origem na
infância (KESSLER et al., 2007 apud ALVES; ROMANHA, 2022), sendo os
transtornos de desenvolvimento psicológicos e os transtornos de comportamento e
emocionais os mais comuns nessa fase inicial da vida (THIENGO; CAVALCANTE,
2014 apud ALVES; ROMANHA, 2022).
Por outro lado, a criança é envolta por diversas relações ambientais, como
família, colegas, pessoas do ambiente escolar, entre outros, que irão influenciar seu
comportamento e personalidade. Caso essa criança pertença a uma classe social
menos abastada, terá mais chance de apresentar sintomas psicológicos
relacionados ao desenvolvimento, aprendizagem, depressão, etc. Assim como existe
maior chance de crianças do sexo masculino, como é o caso do filme, terem
problemas externalizados (agressividade e TDAH, por exemplo). (ALVES;
ROMANHA, 2022)
A função paterna, por outro lado, consiste em apresentar uma terceira pessoa
na relação mãe/filho, conduzindo a líbido da criança não apenas à mãe, mas ao
mundo, ou seja, insere a criança no contexto social. Para Mahler (1996), o pai
representa a “norma”, a lei do incesto, delimitando a díade mãe-filho. Este terceiro
propicia à criança a passagem do narcisismo para fase edipiana. A criança
psiquicamente “saudável” deverá aguentar as frustrações impostas pela função
paterna. A aceitação das angústias vivenciadas nessa fase promovem a passagem
do princípio do prazer para o princípio de realidade constituindo, assim, a
racionalização da criança. (ZIMERMAN, 2017, p.106,107)
Para piorar a situação, sua mãe engravida e agora concebe uma menina.
Com a entrada da quarta pessoa na relação, o menino fica cada vez mais agressivo.
Nesse sentido, o menino projeta para sua irmã suas frustrações, xingamentos
e agressividade. Entretanto, em momento algum os pais intervêm na conduta do
menino.
Para separar objetos bons e maus, o ego precisa, ele próprio, ser
dividido. Assim, uma imagem de "eu bom" e "eu mau" que lhes possibilita
lidar com os impulsos prazerosos e destrutivos em relação aos objetos
externos. ( Feist; Feist; Roberts, 2015, p. 99)
Por que o menino poupou a vida da mãe? Ele, a todo tempo, tentou chamar a
atenção da mãe, ela era o objeto amado que o rejeitou. Ele assassinou a irmã e o
pai porque eles eram “o terceiro” na relação com mãe e ainda usufruíram de um
amor que ele nunca recebeu. Dentro dessa hipótese, o menino ainda estava na fase
do narcisismo primário, o que evidencia que seu psiquismo era muito primitivo,
funcionando apenas em volta do princípio do prazer. Em outras palavras, ele não
conseguiu entrar na fase Edipiana, onde o “terceiro” separa a díade mãe/filho. Além
disso, ele desejava fazer a mãe sofrer do mesmo modo que ele sofreu e, para isso,
ela precisava viver.
3 DEPRESSÃO PÓS-PARTO
Mães com DPP podem ter uma interação mais agressiva com o seu filho,
assim como uma falta de cuidado e atenção e maior rejeição deste. De acordo com
Schmidt, Piccoloto e Müller (2005, p. 64), a relação entre mães com DPP e seus
bebês mostram maiores níveis de hostilidade, maior rejeição, negligência e
agressividade. Isso é nítido nos momentos em que Eva troca a fralda de Kevin. A
atitude é tão violenta que, em determinado momento, acaba machucando a criança,
causando-lhe uma cicatriz.
4 ADOLESCÊNCIA E DESENVOLVIMENTO
5 MASSACRE NA ESCOLA
tão grande que, desde então, todas as escolas locais ficaram em alerta. Eventos
semelhantes ocorreram no Brasil nos últimos anos, sendo o mais recente o
massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em 2019, no município de
Suzano. Este evento contou com 10 mortes (incluindo os assassinos) e fez uso de
revólver e machadinha.
Para entender o que ocasionou tamanha atrocidade, tanto no filme quanto nos
eventos citados anteriormente, deve-se olhar para o contexto de cada indivíduo.
Porém, existem elementos que são semelhantes a todos os que se submetem a
ações como essa.
A mesma autora comenta que essa categoria de assassinos não visam uma
matança discreta, mas sim teatral, como se fosse um espetáculo no qual eles são os
protagonistas. Isso pode ser devido a traços de baixa auto-estima e narcisismo, itens
aparentemente presentes na personalidade de Kevin. Isso fica nítido na cena após o
massacre, onde Kevin sai da escola sorrindo, orgulhoso, e sua postura se
assemelha a um ator após terminar o show, agradecendo a presença do público.
Pensando nisso, em 2012, pais que perderam seus filhos em um tiroteio lançaram a
campanha “No Notoriety”, pedindo que se parasse de divulgar as famílias e os
assassinos para que não haja incentivo a esse tipo de ação.
São muitos os motivos que podem ter levado Kevin a fazer o que fez,
inclusive os possíveis transtornos de conduta que ele demonstrava possuir. Um
transtorno de conduta influencia a apresentação de comportamentos de cunho
antissocial e histriônico, mas devido a sua idade não poderiam ser enquadrados
como psicopatia.
A identificação de que algo não está bem com a criança pode ser feita dentro
do ambiente escolar, através da percepção de dificuldade de aprendizagem, com um
baixo rendimento acadêmico. Isso geralmente vem acompanhado de “enfrentamento
inadequado frente às situações cotidianas e às relações interpessoais”, como baixa
capacidade de autorregulação, hostilidade e resistência às normas. (ALVES;
ROMANHA, 2022, p. 5)
Em relação à saúde mental infantil, que pode ser entendida como um conjunto
de habilidades adaptativas relacionadas aos aspectos emocionais, comportamentais
e sociais, os autores mostraram que aspectos presentes no ambiente em que as
crianças vivem estão mais associados às determinações de saúde mental das
crianças (AMSTALDEN et al., 2010; CID, MATSUKURA, 2010; SANTOS;
MARTURANO; 1999; SCHWENGBER; PICCININI, 2003).
Eva (a mãe) poderia ter recebido uma orientação adequada quanto aos
procedimentos que deveriam ser tomados. Dessa forma, tudo poderia ter sido
diferente. O mesmo vale para casos semelhantes da vida real.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências Bibliográficas
CHAGAS, Ricardo. Vídeo (8:41 min). O que poderia ter sido feito com Kevin?
Análise psicológica de “Precisamos falar sobre o Kevin”. Publicado pelo canal
Minutos de Sanidade (YouTube), 2020. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=6um276Pt8wI>. Acesso em: 1 set. 2022.
Massacre em Suzano: o que se sabe até agora. G1. 2019. Disponível em:
<https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2019/03/13/tiros-em-
escola-em-suzano-o-que-se-sabe-ate-agora.ghtml>. Acesso em: 1 set. 2022.
PEDROSA, Jéssica Nayara Cruz. Precisamos falar com Evas: Uma análise
psicanalítica da narrativa de mães de adolescentes infratores. Programa Institucional
de Iniciação Científica - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2015.
Disponível em: https://riu.ufam.edu.br/bitstream/prefix/4701/1/PIB-
SA00672014_FINAL.pdf>. Acesso em: 5 set. 2022.
file:///C:/Users/ricvi/Downloads/721-Texto
%20do%20artigo-3111-1-10-20181210.pdf
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