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I – Ética
ÉTICA
A ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um
elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético,
uma espécie de "consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas
ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com os outros,
relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude,
enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa
existência plena e feliz.
MORAL
DIREITO
A ética também não deve ser confundida com a lei (Direito), embora com certa
freqüência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei,
nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir
as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado,
a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética. O direito busca
estabelecer o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As
leis têm uma base territorial. Alguns autores afirmam que o Direito é um subconjunto da
moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda lei é moralmente aceitável.
Modernamente, a maioria das profissões tem o seu próprio código de ética profissional,
que é um conjunto de normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética,
frequentemente incorporadas à lei pública. Nesses casos, os princípios éticos passam a
ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão
incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por
exemplo, em julgamentos nos quais se discutam fatos relativos à conduta profissional.
Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade
profissional, como censura pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de
exercer a profissão.
A Ética torna-se, portanto o estudo do que é bom ou mau, correto e incorreto, justo e
injusto, adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas
para as regras propostas pela moral e pelo direito.
Ética Profissional
Tanto a Moral como o Direito baseiam-se em regras que visam estabelecer uma certa
previsibilidade para as ações humanas. Ambas, porém, se diferenciam.
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de garantir
o seu bem-viver. A Moral independe das fronteiras geográficas e garante uma identidade
entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo referencial moral
comum.
A Ética é o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto,
adequado ou inadequado. Um dos objetivos da Ética é a busca de justificativas para as
regras propostas pela Moral e pelo Direito. Ela é diferente de ambos - Moral e Direito -
pois não estabelece regras. Esta reflexão sobre a ação humana é que caracteriza a Ética.
Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem
antes da prática profissional.
A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas vezes, já deve ser
permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o
conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando você é
jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao
assumir tornando-se parte daquela categoria que escolheu.
Mas pode ser que você precise começar a trabalhar antes de estudar ou paralelamente
aos estudos, e inicia uma atividade profissional sem completar os estudos ou em área
que nunca estudou, aprendendo na prática. Isto não exime você da responsabilidade
assumida ao iniciar esta atividade! O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não
escolheu livremente, o fato de “pegar o que apareceu” como emprego por precisar
trabalhar, o fato de exercer atividade remunerada onde não pretende seguir carreira, não
isenta da responsabilidade de pertencer, mesmo que temporariamente, a uma classe, e há
deveres a cumprir.
Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até ela tornar-se um hábito incorporado ao
dia-a-dia.
Uma postura pró-ativa, ou seja, não ficar restrito apenas às tarefas que foram dadas a
você, mas contribuir para o engrandecimento do trabalho, mesmo que ele seja
temporário.
Se sua tarefa é varrer ruas, você pode se contentar em varrer ruas e juntar o lixo, mas
você pode também tirar o lixo que você vê que está prestes a cair na rua, podendo
futuramente entupir uma saída de escoamento e causando uma acumulação de água
quando chover. Você pode atender num balcão de informações respondendo
estritamente o que lhe foi perguntado, de forma fria, e estará cumprindo seu dever, mas
se você mostrar-se mais disponível, talvez sorrir, ser agradável, a maioria das pessoas
que você atende também serão assim com você, e seu dia será muito melhor.
Muitas oportunidades de trabalho surgem onde menos se espera, desde que você esteja
aberto e receptivo, e que você se preocupe em ser um pouco melhor a cada dia, seja qual
for sua atividade profissional. E, se não surgir, outro trabalho, certamente sua vida será
mais feliz, gostando do que você faz e sem perder, nunca, a dimensão de que é preciso
sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando
novas formas de exercer as atividades, aberto a mudanças, nem que seja mudar, às
vezes, pequenos detalhes, mas que podem fazer uma grande diferença na sua realização
profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão incorporada a seu viver.
E isto é parte do que se chama empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser
um profissional que qualquer patrão desejaria ter entre seus empregados, um
colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom.
Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que
você a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida.
Competência interpessoal
Envolve desenvolver:
1. Falta de Atenção:
2. Preconceitos:
3. Negativismo:
4. Ataques Pessoais:
5. Falar demasiadamente ou tecnicamente:
6. Parcialidade:
7. Impaciência/Desrespeito:
8. Falta de humor:
9. Questões polêmicas:
10. Postura:
Lidar com publico requer de quem pretende estabelecer essa comunicação uma
percepção de qual publico será o seu alvo e o quanto o assunto a ser abordado é de
interesse desse grupo. Como muitas de nossas habilidades essa também requer
treinamento e vontade. Saber como se postar diante de um público que espera a
transmissão de alguma mensagem vinda de você é um fato que ajudará
substancialmente no processo de comunicação. Há um fato que é incontestável: a
comunicação eficaz é símbolo de poder e autoridade. Cada vez mais em nosso mundo
globalizado, a busca da excelência nas comunicações é um desafio para quem pretende
atingir um alto nível de profissionalismo.
Comunicação e Libertação
Comportamento Humano
Antes de se começar a análise dos princípios, é preciso distinguir entre dois tipos de
comportamento: o Respondente e o operante.
Um dia, Chico ligou calmamente a máquina em que trabalhava há alguns anos, no meio
do trabalho, fez um movimento em falso e a máquina prendeu sua mão, causando forte
dor. Deste dia em diante, Chico começava a suar quando apenas ouvia o barulho da
máquina.
Comecemos a apresentar este principio com um exemplo: João está lidando com uma
pesada máquina de cortar, que, para funcionar, possui um botão de proteção. João tem
de apertar o botão com uma das mãos e receber o produto cortado com a outra. A
finalidade do botão mencionado é proteger a mão do trabalhador para que, num ato de
distração, ele não a coloque na máquina. Um dia, João colocou um palito que mantinha
o botão abaixado e verificou que, em vez de produzir 100 quebra-cabeças numa tarde,
conseguiu apresentar 150 a seu chefe, que o elogiou muito. Deste dia em diante era vez
mais freqüente observar João trabalhando com o palito no botão e a mão desprotegida.
O elogio do chefe não é, obviamente, o único tipo de estímulo reforçador que pode ser
usado para condicionar uma resposta operante tal como colocar o palito no botão que
protege a mão do trabalhador. Na verdade, é apenas um dos membros de uma família
dos reforçadores: os reforçadores positivos. Estes estímulos, quando apresentados,
fortalecem o comportamento que os precede.
Assim como há reforços positivos, há reforços negativos, que podem ser usados para
condicionar o comportamento operante. Alguns estímulos fortalecem a resposta quando
são removidos. Pode-se então, dizer que o estímulo reforçador negativo fortalece a
resposta que o remove.
O que acabou de ser relatado nos mostra que o comportamento, embora complexo,
possui certas bases ou leis que o determinam.
Aprendizagem
Intrapessoal:
. Rendem mais trabalhando sozinhos
. São persistentes e tentam várias alternativas para resolver problemas
. Tem um raciocínio lógico muito apurado e são reflexivos
Interpessoal:
. Rendem mais trabalhando em grupos
. Gostam de ajudar, ouvir e dar opiniões. Adoram viver rodeados de gente
. São organizadores natos de eventos e festas
Linguístico ou Verbal:
. Adoram ler e contar histórias
. Tem uma excelente memória e capacidade de organizar tramas literárias
. Tem boa fluência verbal e facilidade para se expressar
Uma crescente parte do trabalho das empresas e instituições não é mais realizada
individualmente, com uma pessoa trabalhando sozinha até completar as tarefas. O
trabalho é cada vez mais realizado colaborativamente. Esta tendência se deve
parcialmente ao aumento de complexidade das tarefas, e aos novos paradigmas de
trabalho, que envolvem diversas pessoas trabalhando em conjunto nas diversas fases de
elaboração de um produto ou desenvolvimento de um projeto.
Desenvolver e melhorar habilidades individuais para o uso do conhecimento, aceitar
responsabilidades pelo aprendizado individual e do grupo, e desenvolver a capacidade
de refletir são algumas das vantagens que podem ser auferidas pelo trabalho em grupo.
Algumas desvantagens do trabalho em grupo são o aumento do nível de ruído na
comunicação e a resistência de alguns participantes em assumir um papel mais ativo.
“Aprendizado colaborativo é uma situação em que duas ou mais pessoas aprendem
ou tentam aprender algo juntas.”
- Colaboração
- Comunicação
- Coordenação
Trabalho colaborativo foi definido por Karl Marx como “múltiplos indivíduos
trabalhando juntos de maneira planejada no mesmo processo de produção ou em
processos de produção diferentes, mas conectados”. No âmago desta definição está a
noção de planejamento, garantindo que o trabalho coletivo seja resultante do conjunto
de tarefas individuais.
A coordenação envolve tanto a pré-articulação das atividades, que corresponde às ações
necessárias para preparar a colaboração, normalmente concluídas antes do trabalho
colaborativo se iniciar, e o gerenciamento do aspecto dinâmico da colaboração,
renegociada de maneira quase contínua ao longo de todo o tempo. Apesar da
interdependência normalmente positiva entre as tarefas na colaboração (um participante
desejando que o trabalho do outro seja bem sucedido), ela nem sempre é harmoniosa.
Sem coordenação, há o risco de os participantes se envolverem em tarefas conflitantes
ou repetitivas.
Liderança
"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo
homem. Ser líder, formar líderes parece ser um desafio constante do homem e das
organizações. Existem diversas definições de liderança, mas todas elas giram em torno
das mesmas considerações, LIDERANÇA é a arte de obter resultados desejados,
acordados e esperados através de colaboradores engajados no projeto inicial. Ou
seja, o verdadeiro líder não é aquele que se julga maior ou melhor do que os outros, é
simplesmente aquele que consegue coordenar trabalhos que tem que ser desenvolvidos
em conjunto, tendo controle de todo o processo, desde a escolha de seus colaboradores
até a divisão e cumprimento de tarefas.
Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a quem falte coragem e
autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas e se vale de
oportunidade não tentadas anteriormente. Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às
ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o
pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a
tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.
AUTO MOTIVAÇÃO
O Gerente que não consegue se automotivar não tem a menor chance de ser capaz de
motivar os outros.
Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o
gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual
todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é
extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.
PLANOS DEFINIDOS
O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao
passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações
preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que
está sendo tomada ser errada.
Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui
o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar
decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão
ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal
tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.
Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O
gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um
exemplo deste atributo de liderança.
As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém
uma equipe com entusiasmo.
EMPATIA
O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente,
dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua
posição.
Outro ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso
um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que
foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não
continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade é minha".
DUPLICAÇÃO
A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar por
qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a pena
viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem a
determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam pelo
caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua
realização.
III – Cidadania
CONSTITUIÇÃO: O QUE É?
a) a idéia de Estado;
a) organizar o Estado;
b) limitar os poderes do Estado em face das pessoas e dos grupos intermediários;
c) definir as diretrizes da vida econômica e social.
CIDADANIA
A cidadania pode ser definida como sendo o exercício pleno dos direitos e
deveres das pessoas, num contexto onde os mesmos direitos e deveres são garantidos e
respeitados. Cidadania se dá, enfim, com a plena materialização dos preceitos
constitucionais.
Cidadania é um conjunto de direitos e liberdades políticas, sociais e econômicas
já estabelecidos ou não pela legislação.
Exercício da cidadania: É a forma de fazer valer os direitos garantidos. Exigir a
observância dos direitos e zelar para que não sejam desrespeitados.
A “Independência”
Revolução de 1930
1964
A partir de 1964, por conta da ditadura militar, a maioria dos direitos civis e políticos
foram restringidos pela violência. Desde 1964 estava o Brasil sob o regime da
ditadura militar, e desde 1967 (particularmente subjugado às alterações decorrentes
dos Atos Institucionais) sob uma Carta Magna imposta pelo governo. Após anos com
a vida autoritária e ditatorial determinando as diretrizes da nação, e com os direitos
políticos completamente restritos, em meados da década de 80, surgia no Brasil um
movimento pela abertura dos direitos políticos, anistia dos acusados de conspiração e
comunismo que se encontravam exilados fora do país.
O sistema de exceção, em que as garantias individuais e sociais eram diminuídas (ou
mesmo ignoradas), e cuja finalidade era garantir os interesses da ditadura
(internalizado em conceitos como segurança nacional, restrição das garantias
fundamentais, etc.) fez crescer, durante o processo de abertura política, o anseio por
dotar o Brasil de uma nova Constituição, defensora dos valores democráticos. Anseio
este que se tornou necessidade após o fim da ditadura militar e a redemocratização
do Brasil, a partir de 1985.
A Constituição de 1988
Saindo de um período de 20 anos de regime autoritário, na segunda metade da
década de 1980 o país reconstruiu o seu marco legal constitucional. Em 1986, foram
eleitos deputados e senadores com uma atribuição dupla: a de exercer seus mandatos
parlamentares por 4 anos e a de promover a elaboração da nova Constituição. Era o
chamado Congresso Constituinte. O processo foi oficialmente iniciado em 1987, com
a aprovação do regimento da Constituição, que foi chamada de Constituição Cidadã,
por ser a primeira vez que setores populares participaram da construção do texto da
Lei.
Independentemente das controvérsias de cunho político, a Constituição Federal
de 1988 assegurou diversas garantias constitucionais, com o objetivo de dar maior
efetividade aos direitos fundamentais, e permitindo a participação do Poder Judiciário
sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a direitos.
Para demonstrar a mudança que estava havendo no sistema governamental
brasileiro, que saíra de um regime autoritário recentemente, a Carta Magna de 1988
qualificou como crimes inafiançáveis a tortura e as ações armadas contra o estado
democrático e a ordem constitucional, criando assim dispositivos constitucionais para
bloquear golpes de quaisquer natureza.
Com a nova constituição, o direito maior de um cidadão que vive em uma
democracia foi conquistado: foi determinada a eleição direta para os cargos de
Presidente da República, Governador de Estado (e do Distrito Federal), Prefeito,
Deputado (Federal, Estadual e Distrital), Senador e Vereador. A nova Constituição
também previu uma maior responsabilidade fiscal. Ela ainda ampliou os poderes do
Congresso Nacional, tornando o Brasil um país mais democrático.[carece de fontes]
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
(Cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre, de ter sua casa, de ser respeitado
como pessoa, de não ter medo, de não ser pisado por causa de seu sexo, de sua cor, de
sua idade, de seu trabalho, da cidade donde veio, da situação em que está, ou por
causa de qualquer outra coisa. Qualquer ser humano é nosso companheiro porque tem
os mesmos direitos que nós temos.)
e não pode ser mexida por ninguém; a lei protege as igrejas, as festas religiosas e as
(cada um de nós tem o direito de ter coisas, de usá-las, de aproveitá-las e de fazer com
elas o que bem entender;)
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
1(só existe crime ou castigo quando a lei, antes de acontecer o fato, diz que isto é crime
e qual é o castigo;)
2
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
(qualquer pessoa só será processada e julgada pela autoridade que tem poder, de acordo
com a lei, para processar e dar sentença naquele caso;)
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
(O presente artigo não afirma que cabe ao Estado prover todos direitos acima apontados,
na verdade o que se esperava do Estado quando a redação deste artigo foi feita, era que
o mesmo fornecesse condições para que cada individuo que vivesse sob a sua égide
tivesse o subsidio mínimo para conseguir suprir suas necessidades básicas em todos os
aspectos acima. O nosso Sistema político, porem, com sua leis complementares vazias e
ineficazes e seus operadores corruptos torna o serviço estatal de diminuir as
desigualdades sociais ainda mais difícil).
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e
quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que
o salário normal;
(hoje já em alguns lugares, como Itabira, a licença já foi ampliada para 180 dias, ou
seja, 06 meses.Tenta-se com essa medida dar mais tempo às mães para passar com seus
filhos recém nascidos melhorando assim a sua criação e aumentando o convívio entre
mãe e filho num momento tão importante para ambos)
XXIV - aposentadoria;
O trabalhador brasileiro tem seus direitos garantidos pelos 922 artigos da CLT
(Consolidação das Leis de Trabalho). O documento estabelece normas individuais e
coletivas de trabalho.
Os profissionais com contratos de trabalho por tempo indeterminado, regidos pela CLT,
têm alguns direitos comuns, como:
- Férias: todo trabalhador tem direito a 30 dias corridos de férias após 12 meses de
trabalho, desde que não tenha mais do que cinco faltas não justificadas (artigo 130).
Cabe ao empregador decidir a data de saída do funcionário para as férias, desde que 12
meses antes do período de descanso (artigos 134 e 136).
De acordo com o artigo 143 da CLT, o trabalhador pode converter 1/3 do salário em
abono pecuniário (venda de 10 dias das férias).
O pagamento das férias e do abono, se solicitado, deve ser feito dois dias antes do início
do período.
- Faltas: o artigo 473 da CLT determina que o trabalhador pode faltar ao serviço sem
desconto de salário em casos de:
- falecimento do cônjuge, pai, mãe, filhos, irmão ou pessoa que viva sob sua
dependência econômica (quando declarada na CTPS) – até dois dias consecutivos;
- casamento – até três dias consecutivos;
- licença-paternidade – até cinco dias consecutivos;
- doação voluntária de sangue, devidamente comprovada – 1 dia por ano.
Há ainda outras situações em que a falta é permitida por lei, como para alistamento
militar, recrutamento para trabalho em eleição, provas de vestibular etc.
- Adicional noturno: a pessoa que trabalha entre 22h de um dia e 5h do outro tem
direito à remuneração superior à de quem trabalha no período diurno (artigo 73). O
valor do acréscimo varia conforme acordo ou convenção coletiva de cada categoria. O
pagamento da hora noturna é feito a cada 52 minutos e 30 segundos.
- 13º salário: o pagamento do 13º salário é feito em duas parcelas, com base na
remuneração mensal. A primeira, até 30 de novembro e a segunda, até 20 de dezembro.
A lei também permite que o trabalhador receba o 13º salário com as férias, mas ele deve
fazer a solicitação à empresa sempre em janeiro.
saldo de salários;
13º salário;
depósito ao FGTS relativo ao mês da rescisão e mês anterior, se for o caso; e
férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional.
saldo de salários;
13º salário;
férias vencidas acrescidas de 1/3 constitucional (se ainda não as tiver gozado);
férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional; e
depósito ao FGTS relativo ao mês da rescisão e mês anterior, se for o caso.
O empregado que pedir demissão deve cumprir o aviso prévio ou sofrer o desconto do
valor correspondente.
saldo de salários;
aviso prévio;
13º salário;
férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional;
depósito ao FGTS relativo ao mês da rescisão e mês anterior;
depósito de importância igual a 40% do total dos depósitos de FGTS que estiver
na conta vinculada, acrescidos de juros e atualização monetária;
saque do FGTS.
saldo de salários;
aviso prévio;
13º salário;
férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional;
férias vencidas acrescidas de 1/3 constitucional (se ainda não tirou férias);
depósitos do FGTS inclusive o referente à quitação e ao mês anterior;
40% dos depósitos de FGTS, acrescidos de juros e atualização monetária;
saque do FGTS.
Responsabilidade Social
As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o
comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do
lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de
riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande
responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos
financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade
social.
Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por
trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também
envolvem melhor performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade.
A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes
características:
É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito
pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia,
ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades
com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais
em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas
representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa
maior legitimidade social.
EMPRESA CIDADÃ
Prova cabal do caráter social das empresas é que quanto elas quebram
fraudulentamente ou por gestão deficiente (disso temos exemplos recentes e chocantes
no país) acabam por traumatizar todos aqueles parceiros.
De outro lado, uma gestão eficaz que busca atender as expectativas desses
grupos, tende a fortalecer a organização. Para Stephen R. Covey, "nas empresas, novos
líderes desafiarão a premissa de que a "satisfação total do cliente" representa a principal
ética da prestação de serviços. Eles caminharão rumo a satisfação total dos grupos de
interesse, cuidando para que todos participem do sucesso da operação e tomando
decisões que beneficiem todos os grupos".José Mindlin, empresário, chega mesmo a
afirmar que "a empresa não é um fim em si mesma, e sim um instrumento de
desenvolvimento social".
Empresa Cidadã
Esta posição, longe de ser estática, tem um caráter dinâmico e para Richard
Beckhard, "o maior desafio será conduzir e gerenciar com eficácia as relações entre a
missão ou o propósito da organização, suas interações e parcerias com outras
instituições e outros setores, e a declaração aberta de seus valores."
Central de recursos
Vale aqui distinguir alguns conceitos, para não se misturarem na ação social
da empresa. Ela, enquanto agente do segundo setor ou mercado, utiliza-se naturalmente
de práticas comerciais como marketing, promoção, publicidade que são meios que
lhe permitem aumentar suas vendas e fixar sua imagem. Os custos dessas atividades
obviamente são incorporados ao preço dos produtos ou serviços prestados, que são
pagos pelo cliente. São, portanto, essencialmente mecanismos comerciais com
objetivos econômicos.
A oscilação entre esses dois pólos vai depender muito das pessoas envolvidas
em ambos os lados. Seu grau de compreensão da organização como um todo, suas
habilidades e conhecimentos, sua abertura a mudanças. Daí a necessidade constante de
os voluntários e os dirigentes se capacitarem para encaminhar as ações para um plano
mais profundo de mudanças. E a melhor maneira de crescer é na ação refletida,
avaliada e replanejada em conjunto. Uma diretora de escola pública, no Morro do
Papagaio, em Belo Horizonte, Vera Pinho, conclamou em um seminário: "os
empresários acham que só precisamos de dinheiro; nós precisamos de capacitação
profissional e envolvimento da empresa num apadrinhamento que nos permita voar
mais alto. O respaldo de todos é fundamental para criarmos projetos mais ousados".
De quantas Veras Pinho o Brasil precisa e de quantas empresas com sensibilidade
para entender e atender seu apelo!
A atuação da empresa-cidadã amplia e completa seu papel de agente econômico e a
transforma em agente social por disponibilizar, adaptando os mesmos recursos usados
no seu negócio, para transformar a sociedade e desenvolver o sentido do bem comum.