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FÉRAL, Josette. “Performance e performatividade: O que são os performance studies”?

(SOBRE PERFORMATIVIDADE, ED. Letras Contemporâneas)

As reflexões sobre o performativo nos estados unidos se inscrevem numa perspectiva que
afirma que a realidade não é percebida tal qual, mas “através de interpretações, de
construções de aspectos significantes” (p.51). Além disso, essas interpretações devem ser
multiperspectivas e contextualizadas. “Esse pensamento pós-moderno e pós-estruturalista
estipula que todo conhecimento não é mais que uma interpretação da realidade e que não
pode existir uma mesma visão verdadeira e objetiva dela.”. (p. 51)

Desfazer categorias;

Embaralhar fronteiras.

A performance intervêm nas situações cotidianas, na criação de performances artísticas,


atividades esportivas, situações de trabalho, contextos tecnológicos, sexo, rituais sacros e
profanos e jogos.

Segundo Féral, (falando de Schechner), performar reúne quatro grandes tipos de ação: 1 – ser
(a própria existência); 2 – fazer; 3 – mostrar fazendo e 4 – explicar a exposição do fazer.

AUSTIN e a palavra como performance – Na cerimônia de casamento o “I DO” tem implicações


concretas. Isso vale também para uma sentença num julgamento – a palavra que é também
uma ação.

“Por natureza, a enunciação prformativa é instável e ambígua, jamais unívoca”. (p.72)

BUTLER diz que “não há nenhuma identidade preexistente segundo a qual possamos medir um
ato ou atributo”. (p. 82)

“O processo performativo age diretamente no coração e no corpo da identidade do performer,


questionando, destruindo, reconstruindo seu eu, sua subjetividade sem a passagem
obrigatória por uma personagem. A performance toca o sujeito que vai para a cena, que se
produz, que executa. Se o ator performa, ele realmente age com o seu corpo e sua voz em
cena”. (p.83)

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