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2 CHAMADA - Filosofia 1° Ano 1 ETAPA
2 CHAMADA - Filosofia 1° Ano 1 ETAPA
ALUNO (A):____________________________________________________________Nº_______
PROF: RODRIGO AMORIM DATA: ___/____/2018 VALOR: 10,00 NOTA:_________
ORIENTAÇÕES:
1. Esta prova vale 10 pontos, divididos em 10 questões (7 fechadas e 3 abertas no valor de 1,0 ponto QUADRO DE RESPOSTAS
cada). 01 02 03 04 05 06 07
2. Verifique se seu exemplar está completo. Caso haja algum problema, solicite a substituição do A A A A A A A
caderno.
3. No momento da prova, serão permitidos os seguintes materiais: lápis, borracha, caneta, e régua.
B B B B B B B
Não será permitido o empréstimo de materiais. C C C C C C C
4. O (a) aluno (a) que estiver portando celular, Ipod e/ou outros aparelhos eletrônicos terá sua prova
anulada. D D D D D D D
5. Transponha as suas respostas para o quadro, cobrindo toda a letra correspondente à opção que julgar E E E E E E E
correta. NÃO RASURE, para não invalidar sua resposta.
6. A correção será feita somente pelo quadro de respostas.
7. O aluno que responder às questões a lápis NÃO poderá pedir revisão da prova.
8. Faça todas as questões abertas deixando seus cálculos e raciocínios bem explícitos, caso contrário sua solução não será
considerada. (Item 8. – só para as disciplinas (Física, Matemática e Química)
1. Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. 1,0
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na
medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos
homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do
pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que
os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, III e IV.
2. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns 1,0
triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra,
entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?”
(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de
conhecimento, assinale a alternativa correta.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição.
3. Leia os seguintes fragmentos, atribuídos, respectivamente, a Heráclito de Éfeso e a Parmênides de Eleia. 1,0
Não compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como de arco
e lira.
Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 84. (Col. Os Pensadores). Fragmento 51.
Por outro lado, imóvel em limites de grandes liames é sem princípio e sem pausa, pois geração e perecimento
bem longe afastaram-se, rechaçou-os fé verdadeira (...)
(...) O mesmo é pensar e em vista do que é pensamento. Pois não sem o que é, no qual é revelado em palavra,
acharás o pensar (...).
Sobre a Natureza, v. 8. 26-28; 34-36. Os pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 149. (Col. Os Pensadores)
I - Para Heráclito, a guerra entre contrários, como as tensões do arco e das cordas de uma lira, geram uma
unidade. Tal unidade expressa a harmonia segundo a qual o cosmos é ordenado num equilíbrio dinâmico de
sucessão de opostos, movimento contínuo e pluralidade, cujo logos é um.
II - O ser parmenidiano é ingênito, incorruptível e, por conseguinte, imóvel, imutável e uno. Sempre idêntico a
si mesmo, o ser não admite diferenciações. Ser e pensamento coincidem, se há ser, então o não-ser é
impossível e impensável, por isso os opostos não podem coexistir ou alternar-se um ao outro.
III - Heráclito, ao contrário de Parmênides, concebe toda a physis como um fluxo incessante e como
multiplicidade que exclui a possibilidade de alternância de oposto no cosmos. A afirmação de que ninguém
pode entrar duas vezes no mesmo rio indica que o movimento contínuo das coisas sensíveis ocorre num
sentido que não admite a contradição.
IV - Parmênides, ao identificar o ser imutável, incorruptível e imóvel com o pensamento, mostra que o
“caminho da verdade” surge a partir do devir e da multiplicidade que caracterizam a physis. O pensamento e o
logos formam-se a partir dos sentidos e da percepção do múltiplo, já que o pensamento depende da existência
de algo real.
a) I, II e IV
b) I e II
c) II e III
d) I, II e III
e) I, II, III e IV
4. Os filósofos pré-socráticos lançaram questões centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da 1,0
natureza, do universo. Parmênides e Heráclito são duas referências importantes nesse início da filosofia
ocidental que ocorreu na Grécia Antiga entre os séc. VII e V a.C. Qual é a principal diferença na forma de
pensar entre Heráclito e Parmênides?
d) Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas estão em constante
movimento e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua. Já Parmênides concebe que conhecer é
alcançar o idêntico, imutável;
e) Para Heráclito ninguém consegue se banhar duas vezes no mesmo rio e para Parmênides todos "os banhos"
são iguais.
5. Heráclito e Parmênides são, costumeiramente, apresentados como filósofos cujos pensamentos se opõem: o 1,0
primeiro seria o pensador da mudança, da contradição, enquanto o outro seria o precursor da metafísica, na sua
defesa da constância, da unicidade e da imobilidade do ser. Contudo, há vários de seus fragmentos que parecem
nos trazer o mesmo conteúdo. Assinale qual dos fragmentos a seguir apresenta, respectivamente, as concepções
ontológicas de Heráclito e de Parmênides.
a) "O mesmo é pensar e o pensamento de que o ser é". / "O pensamento é comum a todos".
b) "Desta via de investigação eu te afasto; mas também daquela outra, na qual vagueiam os mortais que nada
sabem, cabeças duplas. Pois é a ausência de meios que move, em seu peito, seu espírito errante." / "Homens
que não sabem escutar nem falar".
c) "...afasta, portanto, o teu pensamento dessa via de investigação, e nem te deixes arrastar a ela pela múltipla
experiência do hábito, nem governar pelo olho sem visão, pelo ouvido ensurdecedor ou pela língua;...". / "Maus
testemunhos para os homens são os olhos e os ouvidos, se suas almas são bárbaras".
d) "É sábio que os que ouviram, não a mim, mas as minhas palavras, reconheçam que todas as coisas são um" /
"... a diversidade das aparências deve revelar uma presença que merece ser recebida, penetrando tudo
totalmente".
e) 1º - "O "ser" é o conceito mais universal."; 2º - "O "ser" é o conceito compreensível por si mesmo.";
6. Os filósofos pré-socráticos lançaram questões centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da 1,0
natureza, do universo. Parmênides e Heráclito são duas referências importantes nesse início da filosofia
ocidental que ocorreu na Grécia Antiga entre os séc. VII e V a.C. Qual é a principal diferença na forma de pensar
entre Heráclito e Parmênides?
d) Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas estão em constante movimento
e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua. Já Parmênides concebe que conhecer é alcançar o idêntico,
imutável;
e) Para Heráclito ninguém consegue se banhar duas vezes no mesmo rio e para Parmênides todos "os banhos"
são iguais.
7. Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ”o amor é cego”. 1,0
No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego?
Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre
eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho
dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe
e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de
todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois
de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a
servir de guia ao Amor.
Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-
se como
a) estética.
b) filosófica.
c) mitológica.
d) científica.
e) crítica.
9. Já na Antiguidade, Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, era chamado de “O Obscuro”. A isto se deve o
fato de o pensador ter transmitido a sua doutrina por meio de diversos fragmentos (ou aforismos) de difícil 1,0
interpretação. Não obstante as dificuldades que impõem aos estudiosos, vários desses textos se tornaram
célebres e exerceram grande influência em diversos períodos da história da filosofia.
I. A mesma coisa: o vivo e o morto, o desperto e o adormecido, o jovem e o velho, porque estas coisas,
transformando-se, são aquelas e aquelas, transformando-se, são estas.
Com base nos fragmentos supracitados e em seus conhecimentos sobre a filosofia de Heráclito, responda:
b) Segundo Heráclito, que elemento da natureza melhor simboliza o movimento, a transformação de todas as
coisas? Justifique sua resposta.
“Os gregos consultavam seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o
futuro. (...) Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para
conseguir bons resultados em seu trabalho.”