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Trabalho 01 de Secagem PDF
Trabalho 01 de Secagem PDF
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
ALIMENTOS
SECADORES DE ALIMENTOS
Trabalho apresentado
como pré-requisito à disciplina
Desidratação e secagem de
alimentos, ministrada pelo (a) Prof.
Antonio Martins de Oliveira Júnior,
da Universidade Federal de
Sergipe.
São Cristóvão – Se
01 de Setembro de 2009
2
SUMÁRIO
1. Introdução 3
2. Revisão de Literatura 4
2.1 Atividade de Água 4
2.2 Lei de Conservação da Massa 5
2.2.1 Balanço de Massa para o Ar Seco 5
2.2.2 Balanço de Massa de Água 5
2.3 Lei da Conservação da Energia 6
2.3.1 Equação do Balanço de Energia do Ar Úmido 6
2.4 Parâmetros Psicrométricos 6
2.4.1 Umidade Específica 7
2.4.2 Temperatura de Bulbo Seco 7
2.4.3 Psicrômetro e Temperatura de Bulbo Úmido 7
2.4.4 Ponto de Orvalho 8
2.4.5 Umidade Relativa 8
2.5 Aspectos Básicos de Secagem 9
2.5.1 Mecanismos de Migração de Umidade 10
2.5.2 Velocidade de Secagem 11
2.5.2.1 Secagem com Taxa Constante 11
2.5.2.2 Período de Secagem com Taxa Decrescente 12
2.5.2.3 Migração de Água por Difusão 12
2.6 Curvas de Secagem 13
3. Tipos de Secadores 16
3.1 Secadores de Ar Quente Tipo Tambor Rotativo 18
3.2 Secadores Spray-Dryer 19
3.2.1 Pulverização 20
3.2.2 Contato com o Material Pulverizado 21
4. Referências Bibliográficas 23
3
1 – ITRODUÇÃO
A secagem é uma das operações industriais mais usadas na prática, tanto para
acabamento final ou equilíbrio da umidade própria dos diversos materiais processados
com o ar ambiente, como é o caso das madeiras e seus derivados, das borrachas, dos
couros, dos plásticos, da celulose e seus derivados, etc., como para sua melhor
conservação como é o caso dos cereais, dos alimentos e dos materiais perecíveis de
maneira geral.
2 – REVISÃO DE LITERATURA
Quando um determinado líquido possui uma interface com uma fase gasosa,
uma parte de suas moléculas se transfere por vaporização, para essa fase gasosa. Por
outro lado, quando uma quantidade de líquido é contida em um recipiente fechado, na
medida em que suas moléculas deixam a fase líquida, passando para a fase gasosa,
excederá inicialmente, na medida em que as moléculas novamente se condensam, com o
consequente aumento da pressão parcial atingirá um valor no qual a condensação das
moléculas será igual à de evaporação.
(1)
Todo o processo de secagem envolve fluxos mássicos para dentro ou para fora
de equipamentos de secagem. Dessa forma, a equação de conservação de massa
estabelece um procedimento de análise de tais fluxos, para que eles possam ser
analisados e contabilizados.
Onde:
- variação instantânea da massa contida no volume de controle;
∑ - ∑ = 0 (3)
Onde:
Onde,
& ) )
= ∑ ℎ + + + - ∑ ℎ + + + + , − . (5)
* *
Uma corrente de ar úmido pode receber ou ceder água. Este termo deve ser
acrescido à equação, ficando:
& )
= ∑ ℎ + + + −
*
) )
∑ ℎ + + + ± ∑ ℎ + + + + , − . (6)
* *
∑ ℎ − ∑ ℎ ± ∑ ℎ + , − . = 0 (7)
O ar atmosférico pode ser tratado como uma mistura de gases perfeitos cuja
pressão é dada pela mistura de gases perfeitos, cuja pressão é dada pela soma das
pressões parciais. Consideremos então o ar atmosférico como uma mistura entre o ar
seco e o vapor d’água cuja pressão é dada por:
1 = 1# + 12 (9)
Quando o ar está saturado, ele não tem mais capacidade de absorção de água,
logo o ar possui umidade relativa de 100 % para esta temperatura. Se diminuirmos a
temperatura do ar úmido (por exemplo, em contato com uma parede fria) mantendo a
pressão constante, ocorrerá à condensação do vapor. A temperatura de orvalho pode ser
calculada por
?@A,BC>D<*EF,E . H30
=> = (12)
H30 < @,*@DC
molares do vapor d’água, que são xv=nv/n e xvs/n, onde n é o número total de moles,
tem-se que:
30
I= (13)
30
O valor vapor d’água nos diz presente em uma mistura e a pressão de vapor
d’água saturado representa a máxima quantidade de vapor d’água que pode estar
presente a certa temperatura. Então podemos definir como umidade relativa à razão
entre a quantidade de vapor d’água pela máxima quantidade que a mistura pode ter na
mesma temperatura. A pressão do vapor d’água saturado pode ser calculada pela
equação de Clapeyron:
B>E> .?@E
J2 = 1000 exp 16,6536 − (14)
5P*ED
Este processo fornece de calor da fonte quente para um material úmido que
promoverá a evaporação e em seguida a transferência de massa arrastará o vapor
formado (ALONSO, 2001).
Entretanto ainda não conseguimos estabelecer uma única relação teórica que
possibilite a generalização do processo de secagem (ALONSO, 2001).
, = ℎW QR=X − = U (17)
- transferência de massa:
Y = ℎ QRJ − J# U (18)
Esta última equação é geralmente mais utilizada uma vez que o coeficiente de
transferência de calor é mais fácil de determinar experimentalmente do que o
coeficiente de transferência de massa (MASSARANI E TELLES, 1992).
Este modelo baseia-se na Lei de Fick da difusão para regimes transitórios onde
a concentração de umidade no alimento é uma função do tempo, que expressa o fluxo de
massa por unidade de área, dependente da concentração de água no alimento. A lei de
Fick utiliza o balanço de massa da água no interior do alimento. A difusão em regime
transitório é dada por:
_` _ ) ` _ ) ` _ ) `
= a + + (20)
_
_b ) _c ) _d )
`f < `f ? lm )
=∝ ∑X
j> %1 −k*j n (21)
`f <`f h^i h)
Os produtos biológicos são muito diferentes entre si, devido a sua forma,
estrutura, e suas dimensões. Além das condições de secagem ser muito diversas de
acordo com as propriedades do ar de secagem e com a forma com que se faz o contato
ar-produto. Uma vez que o produto é colocado em contato com ar quente, ocorre uma
transferência do calor do ar ao produto sob o efeito da diferença de temperatura
existente entre eles. Simultaneamente, a diferença de pressão parcial de vapor de água
existente entre o ar e a superfície do produto determina uma transferência de vapor para
o ar. Uma parte do calor que chega ao produto é utilizada para vaporizar a água e a
outra para elevar a temperatura da mistura (DAUDIN, 1983).
3 – TIPOS DE SECADORES
longo do equipamento, de modo que para cada uma delas corresponderá uma superfície
de intercâmbio de calor distinta.
Este tipo de secagem é a preferida para produtos que podem ser manuseados
em forma de suspensões ou soluções concentradas, como o leite, sucos de frutas, café e
mesmo diversos produtos químicos e farmacêuticos.
3.2.1 – Pulverização
a – Tubeiras de um só fluido.
b – Tubeiras a 2 fluidos.
c – Discos rotativos.
21
Para tal, estes discos são acoplados a motores elétricos com potências que
podem chegar a 100 cv.
O contato do material a secar com o meio quente pode ser, tanto ar aquecido
como gases da combustão com excesso de ar, se verifica na câmara de secagem.
A câmara de secagem, por sua vez, deve ter um tamanho suficiente, para que as
partículas percam umidade antes de serem retiradas da mesma.
CRANK, J.; The Mathematics of Diffusion. 2ªEd. Oxford: Clarendon Press, 1975.
DAUDIN, J.D.; Calcul des cinétiques de séchage par l'air chaud des produits
biologiques solides. Sciences des Aliments, Paris: Institut Nacional
Agronomique, v. 3, p.1-36. 1983.
MASSARANI, G.; TELLES, A.S.; – Tópicos Especiais de Secagem. v.1, São Carlos:
Freire & Santori, 1992.
SILVA, J.A.; Tópicos da tecnologia de alimentos, São Paulo: Livraria Varela, 2000.
SINGH, R. Paul; HELDMAN, Dennis R.; Introduction to food engineering. 3rd ed.
London: Academic Press, c2001. 659 p. (Food Science and Technology,
International Series).