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Alvenarias 2004 PDF
Alvenarias 2004 PDF
Alvenarias 2004 PDF
Alvenarias
2a edição
RIO DE JANEIRO
2004
2004 INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA/CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por quaisquer meio, sem a prévia autorização desta Entidade.
Bibliografia
ISBN 85-89819-03-5
CDU 693(035)
2a edição
Sobre o autor
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Principais conceitos na definição das alvenarias
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para deformação da estrutura suporte após a para isso apresenta-se a classificação das alve-
execução das alvenarias. narias de vedação em função do sistema a ser
adotado principalmente pela estrutura de apoio.
A tabela a seguir mostra alguns
exemplos de deformações nas estruturas: Classificação quanto à função:
Flecha Flecha admissível para alvenaria (cm)
Vão
admissível CSTC ACI USP • Alvenaria com função estrutural;
entre
para • Alvenaria sem função estrutural (vedação);
pilares C/abert. S/abert. C/abert. S/abert. C/abert. S/abert.
estrutura
(m)
(cm) L/300 L/1000 L/500 L/600 L/600 L/1000 L/2600 • Alvenarias divisórias de bordo livre
4.0 1.33 0.40 0.80 0.66 0.66 0.40 0.15 (muros, platibandas, etc...);
6.0 2.00 0.60 1.20 1.00 1.00 0.60 0.23 • Alvenarias especiais (acústica, térmica,
8.0 2.66 0.80 1.60 1.33 1.33 0.80 0.30
impactos, etc.)
Estrutura Metálica
tural a ser adotado nos cálculos e projetos de
alvenaria. Somente será adotada para as alvena-
rias de vedação, sendo que para alvenaria auto- Ligação Rígida Ligação Rígida
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Principais conceitos na definição das alvenarias
• Painéis;
Material:
• Chapas metálicas; Bloco cerâmico vazado.
• Divisórias. Compatibilidade com estrutura metálica:
Uso normal.
Classificação quanto ao tipo de bloco: Densidade média:
1300 kg/m3
No Brasil são utilizados os mais diversos
tipos de materiais para as alvenarias de Técnica assentamento:
vedação, com diferentes técnicas executivas e Mão-de-obra convencional.
sob influência das culturas locais.
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Blocos de concreto (NBR 7173) Blocos de gesso
São obtidos por prensagem e vibração de Estes blocos destinam-se a vedações verti-
concretos com consistência seca, dentro de for- cais internas. São de fácil manuseio, emprestando
mas de aço com dimensões regulares, devendo à obra precisão e permitindo diversas formas de
ser curados em ambiente com alta umidade por acabamento. São blocos pré-moldados, de ges-
pelo menos 7 dias. Normalmente são assenta- sos especiais, fabricados por processo de
dos na posição em que os furos estejam na ver- moldagem. Existe um tipo de bloco específico
tical, contribuindo para que pequenas áreas de para atender a cada tipo de vedação: os blocos
argamassa entrem em contato para a colagem azuis, HIDRÓFUGOS, são resistentes à água e
entre os blocos. Utilizados há muitos anos para devem ser utilizados em áreas úmidas (banheiros,
alvenaria autoportante e de vedação, deve-se cozinhas, lavabo); os blocos reforçados com fibra
evitar o uso quando se apresentarem ainda com de vidro, GRC, são utilizados para áreas onde
umidade elevada, devido ao alto índice de existe aglomeração de pessoas (restaurantes,
retração e variação dimensional. cinemas, lojas, shopping), e os blocos de maior
espessura, são recomendados para áreas de
No Brasil existem bons fornecedores aten- exigências especiais como corredores de edifí-
dendo as especificações da ABNT, porém, é cios comerciais, escolas e universidades, que
muito grande o número de fabricantes que negli- exigem condições acústicas melhoradas.
genciam sua fabricação, controle e qualidade.
Apresentam densidade maior que o tijolo furado. Características básicas:
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Principais conceitos na definição das alvenarias
Tijolos cerâmicos maciços (NBR 7170) torna-se um produto com baixa densidade.
Não devem ser utilizados quando úmidos devi-
São produtos geralmente conhecidos do à variação dimensional na secagem.
pela maioria absoluta. Preconizados pela NBR Exibem propriedades de isolamento térmico-
7170, são de emprego comum e técnica fácil, acústico superior aos blocos de concreto e tijo-
obtidos da queima de argilas, facilmente lo furado. Pode-se considerar uma vedação
encontrado em qualquer ponto do país. com bloco celular como sendo alvenaria semi-
industrializada, devido à produtividade e
Características básicas: modelagem adotadas para o sistema.
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1.5. Estabilidade das alvenarias para essante observar que a utilização da amar-
estruturas metálicas ração dos blocos também contribui para o
enrijecimento da alvenaria.
A estabilidade das alvenarias de vedação,
está correlacionada diretamente à segurança e Em determinadas situações poderão
durabilidade das edificações, devem resistir e ser previstos enrijecedores de espessura
transferir para a estrutura os esforços horizon- maior que a alvenaria, capazes de aumentar
tais de vento e no caso de estrutura metálica a espessura média do sistema.
podem funcionar como vedação.
Pilar metálico
O Brasil não dispõe de normas que defi- Alvenaria
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Principais conceitos na definição das alvenarias
A tabela a seguir é uma referência para Estas juntas, também denominadas juntas de
dimensões usuais de alvenarias: alívio ou controle, são necessariamente abertas, uti-
Alvenaria interna Alvenaria externa lizando perfis metálicos, pilaretes ou outros recur-
Espessura sos capazes de provocar a desconexão do pano.
do bloco Altura Comprimento Altura Comprimento
máxima máximo máxima máximo
(m)
(m) (m) (m) (m) Pilaretes duplos
0,09 3,0 6,0 2,5 5,0
Barras de transferência
0,14 5,0 10,0 3,5 7,0
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• Ativas: são ocorrências verificadas em Pode-se concluir que, quanto menor
painéis de alvenaria, onde ocorrem ciclos a capacidade de resistência à compressão
de abertura e fechamento das mesmas do bloco, o surgimento de patologias nas
(efeito térmico, vibrações, trânsito, etc.). alvenarias é mais freqüente em um menor
espaço de tempo e com maior intensidade
• Inativas: ocorrem para alívio de tensões
superiores à resistência do material ou Extremamente relacionada com os con-
suas interfaces. ceitos acima, a ocorrência de fissuras de causa
externa aumentou muito, principalmente nas
No mecanismo de formação e desenvolvi- estruturas de concreto armado, em função da
mento de fissuras em alvenarias duas pro- menor rigidez observada nas estruturas atuais,
priedades podem ser consideradas fundamen- quando comparadas com as estruturas do pas-
tais: a deformabilidade e a resistência mecânica. sado. Pode-se enumerar algumas mudanças
Uma breve descrição é fornecida a seguir: significativas:
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Principais conceitos na definição das alvenarias
Módulo de deformação
Alvenaria de vedação Fonte bibliográfica
(MPa)
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Capítulo 2
Projeto de alvenaria
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Projeto de alvenaria
Projeto Arquitetônico
Projeto de Instalações
• Dimensões das paredes (comprimentos,
largura e espessura das paredes • Disposição e localização dos ramais
acabadas); hidráulicos, previsão de kits hidráulicos;
• Instalação telefônica;
• Tipo e padrão de qualidade dos
revestimentos; • Equipamentos especiais.
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Outras Informações contravergas pré-fabricadas ou moldadas
no local e o seu posicionamento;
• Condições de implantação e orientação
da edificação; • Definição quanto ao uso de shafts ou
embutimentos de instalações ou de dutos
• Materiais e mão-de-obra disponíveis; de prumada;
cionamento e dimensão;
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Projeto de alvenaria
Cintas
19 cm
9 a 14 cm
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Para definição do modelo de ligação, tela soldada e o ferro dobrado, concluindo que
torna-se necessário o conhecimento dos a utilização de ferro liso “ferro cabelo” uni-dire-
mecanismos de fixação e suas capacidades de cionado não altera as características
desempenho. A escolha do sistema está direta- da ligação; a seguir apresenta-se a tabela que
mente ligada ao tipo e vão da estrutura a ser comprova a eficiência e a necessidade de
fechada com a alvenaria de vedação. provocar a ligação por arraste e não apenas
aderência da barra, através do ensaio de
Normalmente a engenharia utiliza nos sis- arrancamento por tração direta do sistema
temas rígidos e semi-rígidos simplesmente o de fixação numa alvenaria já com carga
atrito lateral ou o dispositivo conhecido como de compressão.
ferro-cabelo, fios de aço com diâmetro de 3 a 8
mm. Outras alternativas são telas soldadas e
Resistência ao
fitas metálicas. Sistema de fixação
arrancamento (Kgf)
Tipo de ruptura
Tela soldada Ø 1,65 mm 800 corpo do fio • A distância entre apoios define o sis-
tema de ligação:
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Projeto de alvenaria
90 mm 80 x 500
• A ligação alvenaria/estrutura metálica é 120 mm 110 x 500
mais bem controlada que em estruturas 150 mm 120 x 500
de concreto armado levando em 190 mm 180 x 500 ou duas tiras 60 x 500
consideração a velocidade de execução.
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A execução de fixação é muito impor- Ao assentar o tijolo deve-se posicionar as
tante para o sucesso do sistema de fixação telas com cuidado sobre a argamassa obser-
lateral, o erro na fixação pode levar ao com- vando uma espessura em torno de 10mm ade-
prometimento da deformação levando à ocor- quando o nivelamento e cobrimento da tela
rência de fissura. Pela grande importância antes de assentar o próximo bloco.
deve-se observar o posicionamento a cada
Argamassa colante Tela metálica soldada
fiada garantindo o centro entre os tijolos. fixada com cantoneira
Alvenaria
Alvenaria
Cantoneira Cantoneira
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Projeto de alvenaria
Alvenaria
Viga
Alvenaria
24
Capítulo 3
Execução e inspeção de
alvenarias de vedação
para estrutura metálica
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Execução e inspeção de alvenarias de vedação para estrutura metálica
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zinco), podendo ser usada uma espátula. Deve-se limpar toda a estrutura metálica,
retirando qualquer tipo de restos de material
• Limpeza – Deverá ser tirada toda poeira aderidos, promover sua rugosidade com arga-
ou qualquer tipo de material que esteja massa polimérica colante com adição de
aderido na estrutura, gordura etc. fixador, aplicados com desempenadeira dentada.
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Execução e inspeção de alvenarias de vedação para estrutura metálica
BANHEIRO
QUARTO
Alinhamento da Alvenaria
10 cm
ração entre as paredes perpendiculares entre si e
manter sua marcação constante e correta.
Viga metálica
2 blocos
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A argamassa utilizada na primeira fiada Concluída a locação, faz-se a avaliação e
deverá ser a mesma que será utilizada na ele- inspeção da execução (descrito no item 4.6).
vação da alvenaria, sendo que a espessura da
argamassa na locação poderá ser de 1 a 3 cm, 3.4.2. Elevação da alvenaria (execução)
a fim de absorver defeitos na superfície da laje.
Situações importantes devem ser obser-
Assentam-se os blocos da fiada de vadas para o início da elevação como a defor-
locação com a junta vertical preenchida, garan- mação das lajes acima do pavimento.
tindo assim, maior resistência a choques e per-
mitir melhor distribuição de esforços entre a Recomenda-se o uso de junta vertical
estrutura metálica e a alvenaria. em toda a execução da alvenaria
Gabarito de porta
Feito, deve-se locar as paredes internas,
cujo posicionamento é dado de acordo com a
locação das paredes de fachada e das carac-
terísticas geométricas das peças estruturais.
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Execução e inspeção de alvenarias de vedação para estrutura metálica
30
As juntas verticais dos blocos da última semi-rígido e deformável .Conforme citado no
fiada deverão ser preenchidas e para que haja capítulo anterior.
uma adequada fixação do vão entre a alvenaria
e a estrutura, deverá ser deixado um espaça-
mento compatível com o sistema de fixação A fixação superior da alvenaria deve ser
superior da alvenaria especificado no projeto. postergada o máximo possível.
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Execução e inspeção de alvenarias de vedação para estrutura metálica
> 30 cm > 30 cm
Blocos de concreto
vergas contravergas
Vergas com aberturas inferiores a 2,40m:
Comprimento
Até 8 >8 Até 8 >8 deve-se realizar os mesmos procedimentos
da parede (m)
das contravergas; será necessário então,
Abertura do vão (m) < 2,5 <2,5 <2,5 2,5 a 3 um escoramento dos blocos para o
Apoio mínimo (m) 0,3 0,4 0,4 0,6 assentamento e moldagem no local da verga.
vergas contravergas
Comprimento
Até 8 >8 Até 8 >8
da parede(m)
Abertura do vão (m) < 2,5 Até 3,2 <2,5 Até 3,2 Vergas
Apoio mínimo (m) 0,3 0,3 0,3 0,4
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3.5.2. Embutimento 3.5.3. Juntas de controle
Recomenda-se a utilização de SHAFT, téc- Quando as paredes de alvenaria tiverem
nica mais racional, para o embutimento das grandes dimensões utiliza-se juntas de cont-
instalações. role, que tem o objetivo de limitar o compri-
mento das paredes, conforme tabela, evitando
Instalações hidráulicas concentrações de tensões.
No caso onde as instalações hidráulicas A execução das juntas de controle deve ser
estão distribuídas por uma superfície, seria realizada a medida que a parede vai sendo ele-
recomendável a execução de paredes duplas, uti- vada, para que os painéis separados pelas juntas
lizando-se componentes de pequena espessura. não percam a estabilidade, permitindo o controle
quanto a torção e oscilações transversais.
A primeira alvenaria seria elevada para a
fixação da árvore hidráulica e em seguida, Depois da concretagem do pilarete, a
eleva-se a segunda alvenaria deixando os cada 30cm , deverá ser fixada a barra de trans-
furos para os pontos de água. ferência, com uma metade dentro de um
pilarete e a outra metade encapada ou
Quando se optar pelo corte direto na esmaltada no outro pilarete, conforme figura.
alvenaria, faz-se um detalhamento construtivo
das paredes, objetivando localizar e dimen- Entre os pilaretes deve ser colocada uma
sionar os rasgos das instalações. placa de EPS, para a absorção das tensões.
Barra de transferência:
Para os blocos de concreto, cerâmicos e Placa de EPS . ∅ 8.0 mm. A cada 2 fiadas
. Comprimento da barra: 35 cm
sílico-calcários, recomenda-se que o corte seja . Metade da barra engraxada.
. Espaço entre os pilaretes: 10 mm
feito com a ajuda de uma serra de disco de corte.
Instalações elétricas
tro dos furos de alguns blocos já disponíveis Será executada uma junta de revestimen-
no mercado. to nas estruturas semi-rígidas.
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Execução e inspeção de alvenarias de vedação para estrutura metálica
Controle das condições para a execução da alvenaria (Check list)
Itens de verificação Tolerância Metodologia Responsável
Limpeza da estrutura Verificar se não existe nenhum tipo de material Encarregado ou
(pilar, vigas) Visual
aderido na estrutura, limpar. mestre
Encarregado ou
Nivelamento 3mm Verificar o nivelamento da fiada de locação . mestre.
+/-5mm Encarregado ou
Vão de porta Verificar a abertura do vão conforme o projeto .
mestre
Vãos de porta e janelas +/- 5mm Verificar abertura do vão conforme projeto, assim Encarregado ou
como assentamento de vergas e contravergas mestre
Fixação das paredes Checar o total preenchimento do vão que deve Encarregado ou
internas e fachada visual cobrir toda a largura do bloco. mestre
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Capítulo 4
Sistema de revestimento
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Sistema de revestimento
- Sistema estrutural
4.1 Estrutura metálica revestida
- Deformações previstas
Nas situações em que a estrutura metáli-
- Tipo de aço ca será revestida, além de todas as preocu-
pações necessárias na execução do revesti-
• Sistema de alvenarias mento é importante que sejam tomados cuida-
dos para garantir a aderência do sistema de
- Tipo de elemento de vedação revestimento nos perfis metálicos (devido à
sua baixa porosidade e conseqüente baixa
- Sistema adotado no dimensionamento capacidade de ancoragem mecânica).
(rígido, semi-rígido ou deformável)
É também de extrema importância a
• Projeto arquitetônico avaliação das deformações e interfaces entre
materiais diferentes (perfis estruturais – aço /
- Tipo de revestimento alvenaria – cerâmica) definindo-se tratamentos
adequados e juntas de alívio.
- Interfaces entre revestimentos
4.1.1. Limpeza da base
- Detalhes arquitetônicos
A base para aplicação do sistema de
• Interferências com projetos revestimento abrange tanto os perfis metálicos
de instalações quanto a alvenaria propriamente dita. Para a
garantia da aderência do revestimento à base
• Solicitações atuantes no deve-se promover uma adequada limpeza con-
sistema de revestimento forme o seguinte:
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Ligação
• Alvenaria: deverão ser removidos mate- Pilar
Material de ligação
Alvenaria-estrutura
Viga Alvenaria
Espaço vazio a ser
preenchido Garantir amarração
entre os blocos
Alvenaria Alvenaria
Material de ligação
Corte na viga Alvenaria-estrutura
Perfil metálico
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Sistema de revestimento
4.1.3. Tratamento dos perfis metálicos argamassa colante aditivada com polímero
modificado durante o tratamento do perfil
Em função da baixa porosidade do perfil metálico.
Pilar metálico
metálico, torna-se bastante precária a Alvenaria Material de ligação
Alvenaria-estrutura
ancoragem mecânica de uma argamassa sobre
ele (baixa migração de pasta de aglomerante
para os poros do perfil). Desta forma, antes do
lançamento da argamassa de revestimento, Tela de PVC ou
Argamassa colante
aditivada com
Fibra de vidro polímero acrílico
toda a estrutura metálica deverá ser tratada Enchimento
modificado
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• Remoção das rebarbas da argamassa 4.1.6. Reforços localizados na argamassa
entre juntas da alvenaria. de regularização
Tela
• Antes do lançamento da argamassa de galvanizada
chapisco, aspergir água com brocha
sobre alvenaria, tomando-se cuidado Tela de PVC ou
Região de Fibra de vidro
para não saturar a superfície. encunhamento
20 cm 20 cm
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Sistema de revestimento
• Nas cintas, pilaretes e tirantes de concreto, • O tratamento dos perfis metálicos e das
porventura existentes nas alvenarias, transpas- interfaces estrutura/alvenaria deve estar
sando 20 cm para cada lado da estrutura. concluído há, pelo menos, 1 dia.
Alvenaria Cinta, Pilarete ou tirante
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sendo em seguida adicionado o cimento - Para espessuras maiores (> 40mm)
e a água para a consistência necessária. deverá ser aguardado o dia seguinte
Estão disponíveis no mercado cales devendo o revestimento ser armado com
aditivadas que dispensam este descan- tela galvanizada (fio 22 e malha de 1”) ade-
so. quadamente fixada.
1ª Etapa: argamassa
interrompida 50 cm
Revestimento Espessura ( mm) antes da quina a
2ª Etapa: executar a
45º e apertada
argamassa na quina,
Parede interna 5≤ e ≤20 com ponte de aderência
na ligação entre as
Parede externa 20≤ e ≤30 argamassas.
Ponte de Aderência 50 cm
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Sistema de revestimento
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O assentamento das peças cerâmicas é tempo é fornecido na embalagem do pro-
feito com a utilização de desempenadeira den- duto ficando entre 10 a 15 minutos.
tada e pode ser executado de duas formas:
• Tempo em aberto: tempo que a arga-
• Assentamento em camada única: a massa pode ficar extendida na base sem
argamassa colante de assentamento é que perca suas propriedades adesivas.
aplicada somente sobre a argamassa de Formação de película superficial esbran-
regularização. quiçada, secagem superficial ( não suja
os dedos) e ausência de esmagamento
• Assentamento em dupla camada: a arga- completo dos cordões em placa recém-
massa colante de assentamento é aplicada assentada são sinais que o tempo em
sobre a argamassa de regularização e no aberto foi excedido. Esta argamassa deve
verso da placa (lado liso da desempenadeira). ser removida e descartada.
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Sistema de revestimento
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• Sistemas auxiliares de fixação (parafu- - O acabamento do mastique deve ser
sos, dispositivos retentores / sustenta- feito com espátula ou com o próprio dedo
dores) deverão ser previstos sempre que protegido por luva de borracha.
as placas de rocha estiverem em altura - Detalhe da junta preenchida:
superior a 2 m em relação ao piso adja- Mastique
Apoio
Placa de rocha
cente. Estes dispositivos devem ser ade- Flexível
Produto preparador da
- A aplicação do produto é feita com pis- superfície (se necessário)
45
Sistema de revestimento
diluente).
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No que diz respeito a juntas de movimen-
Pilar metálico
tação horizontal, é possível a ocorrência de
algumas situações específicas conforme anota-
Alvenaria
do a seguir:
Tela
galvanizada
• Em edificações em que tenha sido ado-
tado o sistema rígido no dimensionamen-
to da alvenaria, algumas vezes é possível
o estudo de reforços específicos de Em função dos vãos entre pilares normal-
modo a eliminar a necessidade desta mente adotados nas estruturas metálicas, a
junta. Em sistemas flexíveis, esta possi- definição de juntas de movimentação a cada
bilidade não existe. pilar costuma ser suficiente (espaçamento
entre juntas verticais da ordem de 6 m). A exe-
• Em revestimentos internos, a junta cução e dimensões deverão ser feitas con-
pode ser eliminada em situações em que forme considerações para a junta horizontal.
seja prevista a utilização de forros ou
rodatetos, conforme detalhe genérico Preenchimento das juntas de movimentação
abaixo:
O preenchimento das juntas de movi-
mentação deve ser executado com materiais
Viga flexíveis capazes de absorver as deformações
metálica
do sistema de revestimento. De modo geral
Rodaleto fixado é utilizado corpo de apoio de polietileno expandi-
no sistema
do e um mastique (silicone ou poliuretano).
de revestimento
Encunhamento
Sistema
Alvenaria de revestimento
Argamassa de
interrompido na viga regularização
Sistema de
revestimento final
Pilar metálico
Enchimento
Pilar metálico
Alvenaria
Tela
galvanizada
Argamassa
de regularização Revestimento final Corpo de Apoio Mastique
Tela galvanizada
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Sistema de revestimento
Profundidade Argamassa de
Mastique regularização Corpo de apoio
Argamassa de
Nas situações em que a estrutura metáli-
regularização Corpo de apoio
ca não será revestida, ficando total ou parcial-
• O corpo de apoio deve ser colocado sob mente aparente, o sistema de revestimento
pressão no interior da junta de modo a torna-se mais simples, sendo a parte mais
ficar adequadamente posicionado, garan- importante o tratamento da ligação sistema de
tindo o coeficiente de forma de produto revestimento / perfis metálicos.
(relação comprimento:profundidade).
Para execução do sistema de revestimen-
• O mastique deverá ser aplicado com a to nesta situação, a limpeza da alvenaria, o
utilização de pistola aplicadora devendo chapisco, a utilização de telas de reforço em
ser feito o corte no bico do tubo do regiões de tubulações e estruturas de concreto
selante em ângulo de 45º na medida da (cintas, pilaretes e tirantes), a execução da
junta. Devido à dificuldade de remoção argamassa de regularização e a aplicação do
do mastique sobre o revestimento, a apli- acabamento final devem ser feitos conforme as
cação deve ser feita de forma cuidadosa. recomendações feitas para a estrutura metálica
revestida.
• O acabamento do mastique deverá ser
feito com espátula ou com o próprio dedo
protegido por luva de borracha.
48
• Viga Metálica Aparente: 4.2.1 Tratamento das ligações
revestimento / estrutura metálica
Pilar Metálico
Cantoneira
Metálica Material de ligação
Argamassa de
Alvenaria
regularização
Pintura
elastomérica
Viga
metálica
Revestimento
final
Mastique
Mastique Argamassa de
regularização
Fita Crepe Material
de ligação
Corpo de
apoio
Alvenaria Cantoneira
Metálica Pilar Metálico
Alvenaria
Revestimento
final
Argamassa de
regularização Pintura
Revestimento Elastomérica
final
Pintura
Viga
elastomérica Argamassa de
metálica regularização
Material de
ligação
Alvenaria
Pintura
elastomérica
Cantoneira Metálica
Pilar Metálico
Alvenaria
Revestimento
final
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Sistema de revestimento
Semi-rigído Deformável
Tela soldada
a cada 60 cm
Ligação
lateral
pilar/alvenaria
Ferro cabelo
Placa de EPS
Micro concreto
Ligação superior
viga/alvenaria
50
4.4. Cuidados nas ligações revestimento / estrutura metálica
ITEM DETALHE
Tratamento com
pintura elastomérica
(pilar não revestido)
Tratamento com
pintura elastomérica
(pilar não revestido)
Ligação
lateral
pilar/alvenaria
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Referência Bibliográfica
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – Catálogo ABNT 1995/ Rio de Janeiro.
Von Krüger, Paulo Gustavo – Análise de Painéis de Vedação nas Edificações em Estrutura
Metálica. Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto – Departamento de Engenharia
Civil – Programa de Pós-Graduação.
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