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concessionária
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há 2 anos
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I – DOS FATOS
No dia 05/10/2015, conforme TOI/M sob nº xxxx, a recorrente foi
informada de que havia irregularidades no medidor da Recorrente no
período de 30/10/2013 até 31/08/2015, bem como, débito no valor de
R$7.770,53 (sete mil setecentos e setenta reais e cinquenta e três centavos)
através das cópias em anexo.
E mais diante da troca, realizada, que seu medidor antigo já contava com
anos de uso, pois esta foi a primeira troca, dentro deste período de
utilização, o mesmo era um medidor deveras antigo, que poderia sim estar
com avarias, mas que tais avarias podem ser em decorrência do longo
período de utilização, pois são muitos anos de uso, jamais por adulteração
ilegal, E REPUDIA TERMINANTEMENTE QUALQUER TIPO DE
INSINUAÇÃO (OU FALSA IMPUTAÇÃO POR ATO SEU OU DE
QUALQUER FAMILIAR PARA ADULTERAÇÃO ILEGAL DO MEDIDOR
INSTALADO EM SUA RESIDÊNCIA.
II – DO DIREITO
O Código de Defesa do Consumidor dispõe em seus art 22 e.42, que o
Consumidor na cobrança de débitos não pode ser submetido a
constrangimentos, sendo que a cobrança no valor de R$7.770,53 (sete mil
setecentos e setenta reais e cinquenta e três centavos) motivo do presente
Recurso, causou todo tipo de inconveniência e constrangimentos à
Consumidora e seu esposo.
O CDC veda em seu art. 39, que o fornecedor prevalece da fraqueza do
consumidor, sendo cristalino que a consumidora não pode ser
responsabilizada por desgaste natural de equipamento emplazado em sua
residência.
O Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 39 V, define, entre outras
atividades, como prática abusiva “exigir do consumidor vantagem
manifestamente excessiva”.
O Código de Defesa do Consumidor é informado pelo princípio da
vulnerabilidade (art. 4, I) e da harmonização dos interesses, com base no
equilíbrio e na boa-fé e no seu no seu artigo 6º, entre outros direitos
básicos, estabelece-se o direito a informações adequadas, claras sobre os
serviços, com especificação correta da quantidade e preço.
E para imputar ao consumidor ato manifestamente ilegal, deve o fornecedor
provar suas alegações, demonstrando, que foi efetivamente o consumidor o
responsável pelo ato a ele imputado, em conformidade com o
art. 5º da Constituição Federal que dispõe o que segue:
“ART. 5º TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO
DE QUALQUER NATUREZA, GARANTINDO-SE AOS
BRASILEIROS E AOS ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS A
INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À
IGUALDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE, NOS TERMOS
SEGUINTES:
(...)
LIII - NINGUÉM SERÁ PROCESSADO NEM SENTENCIADO
SENÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE;
LIV - NINGUÉM SERÁ PRIVADO DA LIBERDADE OU DE SEUS
BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL;
LV - AOS LITIGANTES, EM PROCESSO JUDICIAL OU
ADMINISTRATIVO, E AOS ACUSADOS EM GERAL SÃO
ASSEGURADOS O CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA, COM OS
MEIOS E RECURSOS A ELA INERENTES;
LVI - SÃO INADMISSÍVEIS, NO PROCESSO, AS PROVAS
OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS;
LVII - NINGUÉM SERÁ CONSIDERADO CULPADO ATÉ O
TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA PENAL
CONDENATÓRIA; (...) ”.
Segundo a Carta Magna, ninguém pode ser considerado culpado de um ato
ilícito, grave como este de adulteração de equipamento de propriedade da
concessionária, sem o devido processo legal, e direito à ampla defesa,
portanto é descabida a presente cobrança, sob a alegação de que a
Recorrente, foi única responsável pelo “DEFEITO DO MEDIDOR”, diante
de tão irresponsável acusação, declara seu repudio, e restará provado se
tratar de uma falsa acusação, imputada à consumidora com adrede malícia e
cínica má-fé, por se tratar de uma inverdade.
Solicita desta forma uma perícia imparcial, a ser realizada por terceiro
habilitado, para provar não só a ocorrência da fraude, mas, sobretudo, o
valor a ser arbitrado pelo ato ilícito que lhe está sendo imputado, para
garantia dos direitos da consumidora, como também o seu direito
fundamental inerente à natureza do contrato que é o direito à informação
precisa da quantidade de energia consumida.
I – (...)
Nestes termos,
P. Deferimento.
Local e data
OAB/RJ nº 189.991