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Esdras 8

Estudo IP Memorial

INTRODUÇÃO

A maior parte deste livro, embora leve o nome de Esdras, conta acerca
dos pioneiros que voltaram do exílio para Jerusalém uma geração inteira
antes dele.

Não nos encontraremos com Esdras antes do capítulo 7.

O livro

Embora os livros de Esdras e Neemias apareçam como livros


distintos, no texto hebraico e na Septuaginta (tradução do Antigo
Testamento em grego), eles constituíam um só livro (a divisão em
dois livros foi posterior).

Orígenes (185 – 253 a.C.) foi o primeiro autor de que se tem


informação a fazer distinção entre eles, a quem chamou 1 Esdras e 2
Esdras.

Por constituírem originalmente duas partes de uma só obra devem


ser estudados juntos como um único livro.

Outro fato que chama a atenção, é que não se tem tanta certeza se,
além disso, os livros devem ser considerados parte integrante da
obra do autor dos livros de Crônicas.

Autor e data

Apesar de uma antiga tradição afirmar que um único autor teria


escrito o livro de Crônicas, e também de Esdras e Neemias, é
consenso entre os estudiosos de que o autor de Crônicas (“o
cronista”), não seja o mesmo autor dos referidos livros.

De qualquer forma, ao que tudo indica, Esdras como “hábil


escriba" (Esdras 7:6), além de um instrutor na Lei de Deus como
sacerdote, provavelmente, manteve um diário, que lhe permitiu mais
tarde se tornar o compilador dos livros (Esdras e Neemias) em
concordância com a tradição judaica.

O período mais provável para se datar esses dois livros está entre os
anos 430 - 400 a.C.

Contexto histórico

Em conjunto com Ester, Esdras e Neemias são o únicos livros


históricos do período pós-exílico e são de grande importância para a
reconstrução do período pós-exílico judaico.

Esdras, cujo nome significa "Deus é auxílio", era sacerdote, um dos


judeus deportados para a Babilônia, que tornou-se conselheiro do
governo persa.

A história, cujos fatos se narram neste livro, consta de duas partes


separadas por um espaço de tempo de cinquenta e oito anos,
incluindo todo o reinado de Xerxes.

A primeira parte, que termina no capítulo 6:22, contém a história dos


que voltavam da Babilônica e trata da reedificação do templo, a qual
tinha sido determinada por um decreto de Ciro (confronte com
2Crônicas 36:22,23) no ano 536 a.C.

A segunda parte, a partir do capítulo 7:1, contém a narrativa da


jornada de Esdras a Jerusalém.

Esdras tinha o verdadeiro espírito de oração. Apresentando sua


petição por Israel diante de Deus, quando este havia pecado
gravemente em face de grande luz e de privilégios, ele
exclamou: "Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a face,
meu Deus, porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa
cabeça, e a nossa culpa cresceu até aos céus" (9:6).

O que é Levita

Levita é um substantivo de dois gêneros. Em seu primeiro


gênero, é um substantivo masculino, derivado do Latim levita ou
levites, que significava “membro do templo de Jerusalém”. No
seu segundo gênero, é um substantivo feminino. Levita também
deriva do hebraico lewi, que significa “unidos”. Ele é a
conjugação do verbo levitar, na 2ª pessoa do singular do
Imperativo Afirmativo, 3ª pessoa do singular do Presente do
Indicativo.
Levita significa historicamente – e biblicamente – o nome dos
membros da Tribo de Levi, os chamados levitas do senhor. Os
sinônimos de levita são:
• Sacerdote
• Eclesiástico
• Diácono

Sátrapa

"protetor do poder [sobre o terrritório] era o nome dado aos


governadores das províncias, chamadas satrapias, nos antigos
impérios da Pérsia.

Cada satrapia era governada por um sátrapa, que era nomeado


pelo rei.

I. A lista dos Cabeças de famílias que retomaram (8.1-14).

II. Os ministros para a Casa do nosso Deus” (8.15-20).

III. povo de Deus se humilha (8.21-23).

IV. Os guardiões da prata e do ouro de Deus (8.24-30).

V. povo de Deus Chega a Jerusalém (8.31-36) .


1. O A lista dos Cabeças de famílias que retomaram (8.1-14)

O Versículo 1 é escrito na primeira pessoa e dá continuidade


assim chamadas memórias de Esdras, que começaram em
7.28.

Esdras 7:28
e que estendeu para mim a sua misericórdia perante o rei, os seus
conselheiros e todos os seus príncipes poderosos. Assim, me animei,
segundo a boa mão do SENHOR, meu Deus, sobre mim, e ajuntei de
Israel alguns chefes para subirem comigo.

OBS: Esdras conhecia a estrutura da sua sociedade suficienteme


bem para dirigir seu apelo aos cabeças de família

lista começ a com dois sacerdotes (acompanhados, segundo
parece, por vá rios dos seus parentes: ver sobre o v. 24) e um
descendente de Davi.

2. Os ministros para a Casa do nosso Deus” (8.15-20).

Esdras manda buscar levitas

A pausa de trê s dias perto do rio nã o foi perda de tempo: este
era o momento certo para avaliar a situaç ão e estar preparado
para des- cobertas desagradá veis.

Esdras 8:15
Ajuntei-os perto do rio que corre para Aava, onde ficamos
acampados três dias. Passando revista ao povo e aos sacerdotes e
não tendo achado nenhum dos filhos de Levi.

“ … para nos trazerem ministros para a casa do nosso Deus” v.17.

Esdras percebe que os levitas estão ausentes, Pode ser que os


levitas não fossem úteis em um cativeiro babilônico sem templo,
mas eles serão muito necessários em Jerusalém, para ajudar com
os deveres sacerdotais no templo que será reconstruído em
breve.
3. O povo de Deus se humilha (8.21-23).
O jejum

Esdras 8:21
Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos
humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada
feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso.

O chamado de Esdras ao jejum está correlacionado com orações


específicas por proteção, que fazem parte dos serviços de
despedida.

Aqui também está correlacionado com uma atitude de


humildade.

Temos aqui pedido de oração e proteção, visto que a estrada de


Jerusalém é longa e provavelmente perigosa.

Jejum

O jejum é quase inexistente na vida cristã, hoje, apesar de todos


os grandes homens e mulheres da Bíblia e ao longo de toda a
história da Igreja terem sido homens e mulheres de oração e
jejum.

No entanto, parece ridículo falar sobre jejum em nossa época.


em que há uma lanchonete fast food em cada esquina.

Alguns veem o jejum como algo que as pessoas faziam no


passado e que não é relevante na atualidade.

João Wesley, fundador do metodismo, disse: "Alguns elevaram o


jejum acima da Bíblia e da razão, enquanto que outros o
ignoraram completamente."

João Crisóstomo, um dos maiores pregadores do 5° século


disse: "O jejum é uma escola de oração, um alimento da alma,
uma rédea da boca. (...) ele apazigua a ira, aplaca a raiva, acalma
as tempestades da natureza, incita a razão, limpa a mente,
incomoda a carne, afugenta as poluições da noite, liberta da dor
de cabeça.

Os guardiões da prata e do ouro de Deus (8.24-30).

O povo de Deus Chega a Jerusalém (8.31-36).

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