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11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

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Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu


sistema nanceiro?
Invertendo causa e consequência

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11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

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Juan Ramón Rallo (SearchByAuthor.aspx?id=334&type=articles) sexta-feira, 11 ago 2017

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id=2741)

Suíça e Cingapura são duas das economias mais ricas do planeta em termos per capita. Em
2016, a renda per capita da Suíça foi de 58.600 dólares
(http://www.heritage.org/index/country/switzerland) (em termos de paridade do poder de
compra), ao passo que a de Cingapura chegou a impressionantes 85.200 dólares
(http://www.heritage.org/index/country/singapore).

Para se ter uma ideia, a da Finlândia foi de 41.120 dólares


(http://www.heritage.org/index/country/ nland), a da Dinamarca foi de 45.700 dólares
(http://www.heritage.org/index/country/denmark), a da Alemanha foi de 46.900 dólares
(http://www.heritage.org/index/country/germany), e a da Suécia foi de 47.900 dólares
(http://www.heritage.org/index/country/sweden).

À exceção da Alemanha, que possui 81,4 milhões de habitantes, todos os demais países
acima têm um número populacional semelhante. A Suíça tem 8,2 milhões de habitantes.
Cingapura tem 5,6 milhões. Dinamarca, 5,7 milhões. Finlândia, 5,5 milhões. Suécia, 10,1
milhões.

E, ainda assim, Suíça e Cingapura vencem com folga em termos de riqueza per capita.
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E por que faço esta introdução? Porque virou rotina social-democratas e intervencionistas
de todos os tipos dizerem que os exemplos de Suíça e Cingapura não servem a ninguém
porque a riqueza destes dois países se deve essencialmente a seu "hipertro ado setor
nanceiro". Segundo tais pessoas, ambos os países seriam apenas um receptáculo scal de
todo o capital estrangeiro; meras caixas-fortes para onde os magnatas do resto do mundo
enviam seu dinheiro para fugir do sco de seus respectivos países.

Consequentemente, sempre segundo tais pessoas, ambos os países apresentam bons


números apenas por causa desta peculiaridade, de modo que suas economias reais são
inexistentes. Suíça e Cingapura seriam apenas os banqueiros do mundo, e não exemplos a
serem copiados de economias reais produtivas e competitivas.

De um lado, até é verdade que o peso do setor nanceiro na Suíça e em Cingapura seja
superior aos de Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha. No entanto, não é
substantivamente superior de modo a explicar as signi cativas diferenças de renda per
capita entre ambos os grupos de países: a nal, o setor nanceiro suíço representa apenas
9,5% de sua economia, e o de Cingapura, 13,7%.

Agora vem o mais importante: se, de um lado, mantivermos constante a atividade dos
outros setores econômicos e, de outro, aumentarmos o tamanho do setor nanceiro de
Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha até que tenham, em relação ao PIB, o mesmo
peso do suíço, a renda per capita da Finlândia subiria para 44.250 dólares, a da Dinamarca
iria para 49.400 dólares, a da Alemanha, para 50.000 dólares, e a da Suécia, para 50.800
dólares.

Ou seja, as diferenças de renda per capita em relação à Suíça (58.600 dólares) continuariam
notáveis.

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Se zermos o mesmo para Cingapura, a renda per capita da Finlândia subiria para 46.300
dólares, a da Dinamarca iria para 51.800 dólares, a da Alemanha, para 52.500 dólares, e a da
Suécia, para 53.250 dólares. Ou seja, se estes países adotassem o mesmo peso do setor
nanceiro de Cingapura, eles não apenas continuariam muito longe da renda per capita de
Cingapura (85.200 dólares), como ainda nem sequer alcançariam a Suíça.

Logo, parece óbvio que as economias de Suíça e Cingapura são muito mais que seus
respectivos setores nanceiros. Suas economias reais existem e são complexas e
gigantescas.

Não em vão, os maiores setores de ambas as economias são o industrial (que opera sem
nenhum protecionismo; a tarifa de importação é zero para Suíça
(http://www.heritage.org/index/country/switzerland) e Cingapura
(http://www.heritage.org/index/country/singapore)) e o comercial, muito à frente do setor
nanceiro.

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Com efeito, Suíça e Cingapura estão entre os maiores exportadores de mercadorias do


mundo (estou desconsiderando totalmente a exportação de serviços, para assim excluir a
in uência do setor nanceiro).

Apenas Cingapura, por exemplo, exporta mais materiais eletrônicos em relação ao seu PIB
(38,5% do PIB (http://atlas.media.mit.edu/en/pro le/country/sgp/)) do que exportam, em
relação a qualquer produto, Finlândia (http://atlas.media.mit.edu/en/pro le/country/ n/),
Suécia (http://atlas.media.mit.edu/en/pro le/country/swe/), Dinamarca
(http://atlas.media.mit.edu/en/pro le/country/dnk/) ou Alemanha
(http://atlas.media.mit.edu/en/pro le/country/deu/).

E, evidentemente, tão proeminente competitividade também se re ete em um enorme


superávit no setor externo (balança comercial e conta-corrente): de 11,9% do PIB para a
Suíça e de 19% do PIB para Cingapura). O país que mais se aproxima é a Alemanha, com
8,4% do PIB.

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Causas

De nitivamente, a prosperidade de Suíça e Cingapura não gira em torno de — e nem muito


menos está ligada exclusivamente ao — seu setor nanceiro. Muito pelo contrário: ambos
os países possuem economias reais extraordinariamente desenvolvidas, modernas e
competitivas.

As razões que explicam este impressionante desenvolvimento são as mesmas que,


historicamente, explicam o crescimento de qualquer outra economia: segurança jurídica e
institucional, respeito à propriedade privada, população produtiva, baixos impostos, livre
comércio com os estrangeiros, abertura total a investimentos estrangeiros, poucas
regulações, facilidade de empreender, e leis con áveis e estáveis.

E, acima de tudo, estabilidade monetária e moeda forte: o franco suíço


(https://tradingeconomics.com/switzerland/currency) e o dólar de Cingapura
(https://tradingeconomics.com/singapore/currency) estão entre as moedas mais estáveis
do mundo; elas continuamente se apreciam em relação ao dólar (vide os links anteriores).
Consequentemente, ambos os países apresentaram as mais baixas
(https://d3fy651gv2fhd3.cloudfront.net/charts/historical.png?
s=SINGAPORECONPRIINDCP&v=20170730060200&d1=19900811&d2=20170811) taxas de
in ação (https://d3fy651gv2fhd3.cloudfront.net/charts/switzerland-consumer-price-
index-cpi.png?s=switzerlanconpriindc&v=201708091106v&d1=19900811&d2=20170811)
das últimas décadas.

Nada fomenta mais investimentos do que segurança jurídica, moeda estável e baixos
impostos e regulações. Quando a moeda é estável, quando há segurança jurídica, quando há
facilidade de se empreender e quando há a garantia de que os frutos do seu
empreendimento poderão car com você, investidores de todo o mudo têm mais incentivos
para se arriscar e nanciar ideias novas e ousadas, e mais disponibilidade para nanciar a

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criação de uma riqueza que ainda não existe.  O investimento em tecnologia é maior.  O
investimento em soluções ousadas para a saúde é maior. O investimento em infraestrutura
é maior. O investimento em ideias para o bem-estar de todos é maior. 

Além de ser o meio de troca, a moeda é a unidade de conta que permite o cálculo de custos
de todos os empreendimentos e investimentos. Se essa unidade de conta é instável — isto é,
se seu poder de compra cai contínua e rapidamente, principalmente em termos das outras
moedas estrangeiras —, não há incentivos para se fazer investimentos. Logo, não há como
haver grande progresso.

Com efeito, todas estas características constituem exatamente os principais pontos fortes
para que estes dois países tenham se convertido nos refúgios prediletos da poupança
global: estas economias são ricas e prósperas não porque seu setor nanceiro é
hipertor ado; seu setor nanceiro é pujante porque estas economias são ricas e prósperas.

E elas são ricas e prósperas, e seu setor nanceiro é pujante, exatamente porque estes
países respeitam a propriedade privada (inclusive a moeda) muito mais do que qualquer
outra região do planeta.

Conclusão

Por tudo isso, Suíça e Cingapura — dois países culturalmente muito diferentes, mas com
resultados econômicos muito semelhantes — proporcionam, sim, lições valiosas para
todos os países do mundo: quem quer mais crescimento e mais prosperidade deve apostar
— exatamente como vem fazendo a Irlanda (/Article.aspx?id=2361) — em menores
impostos, regulações e burocracia, maior segurança jurídica, mais estabilidade monetária,
e livre comércio pleno.

Tal arranjo sempre estimula a livre concorrência, a qual leva ao aumento da produção e da
oferta de bens e serviços, gerando todo um aumento no padrão de vida da população.

Realmente, não é necessário muito mais do que isso para multiplicar o bem-estar de todos
os cidadãos.

____________________________________________

Leituras complementares e imprescindíveis:

Lee Kuan Yew, o homem responsável pelo que Cingapura tem de melhor e de pior
(/Article.aspx?id=2059)

Você sabe quem é o presidente da Suíça? (/Article.aspx?id=2606)

Se o objetivo é limitar os gastos do governo, há um exemplo prático a ser copiado: a Suíça


(/Article.aspx?id=2474)

Como ocorreu o milagre econômico de Hong Kong - da pobreza à prosperidade


(/Article.aspx?id=1804)

O crescimento econômico é fácil e natural - basta o governo permitir (/Article.aspx?


id=2083)

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autor

Juan Ramón Rallo


(SearchByAuthor.aspx? é diretor do Instituto Juan de Mariana (http://www.juandemariana.org/) e
id=334&type=articles)
professor associado de economia aplicada na Universidad Rey Juan Carlos, em
Madri.  É o autor do livro Los Errores de la Vieja Economía
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1617).

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comentários (63)

anônimo  11/08/2017 15:14

Essa alegação do sistema nanceiro é quase tão repetida quanto a do tamanho do governo.
RESPONDER

Rafael Lima  16/01/2018 14:18

Mas não é em Singapura que o governo detém 90% das terras e boa parte dos serviços
públicos são exlusivos do estado?
RESPONDER

Lim  16/01/2018 17:35

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 8/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Não. Mas é assim no Brasil. Seu carro e seu imóvel são 100% do estado, o qual,
mediante o pagamento de um arrego (conhecido como IPTU e IPVA), permite que
você possa usar tais bens. O mesmo vale para o seu salário, que é 100% do estado,
o qual, mediante o arrego do Imposto de Renda, permite que você que com o
restante.

Igualmente, 100% dos serviços de utilidade pública no Brasil também são


controlados pelo estado. Alguns o são diretamente, como Correios, estradas,
eletricidade, combustíveis, educação e hospitais públicos. Outros são controlados
indiretamente, via agências reguladoras, como telefonia, empresas aéreas, bancos,
linhas de ônibus, planos de saúde e internet.
RESPONDER

Imigrante Iminente  11/08/2017 15:22

Eu visitei Cingapura no ano passado. Com certeza é um dos melhores países do mundo. O único
problema é o calor.

Essas foram as coisas que mais chamaram minha atenção:

Shoppings: Tem uma avenida com 10 shoppings, um ao lado do outro

Comida: A variedade é impressionate. Eu almoçava em um dos melhores shoppings do mundo


por 10 SGD

Zeladoria Urbana: Impressionante. Em 12 horas o jardim de um quarteirão foi todo reconstruído

Ruas e asfalto: Parece uma pista de corrida, sem nenhum buraco. Pedágio urbano por 0.80
SGD.

Transporte Público: Passei frio dentro do ônibus com ar condicionado

Moradia: Ninguém mora na rua. O governo contruiu uns 2.000 prédios públicos.

Comércio: Os melhores produtos do mundo são vendidos. A variedade é impressionante.

Segurança: Nada é blindado e ninguém é assaltado

Engenharia: Os prédios mais bem construídos do mundo

Escolas: Nenhum escola com teto caindo ou parecendo caixa de sapato

Hospitais: Nenhum hospital com teto caindo ou com las

Polícia: O prédio da polícia é um dos mais bonitos do país

Limpeza: Os bairros ricos são tão limpos quanto os dos pobres.


RESPONDER

Eduardo  11/08/2017 15:28

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 9/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Eu nunca entendi por que levam a sério essa tese de que um país é rico porque recebe "dinheiro
sujo".

Pra começar, Uruguai, Porto Rico (quebrado), Costa Rica, Guatemala, Panamá e Vanuatu também
são "paraísos scais". Idem para Seychelles, Bahamas e Líbano.

Por essa lógica, deveriam ser potências suíças. Se simplesmente ser um paraíso scal gerasse
prosperidade, tais países seriam potências econômicas. No entanto, de todos esses países, apenas
as Bahamas (e ainda assim com muitas ressalvas) são de fato é um bom país, mas
principalmente por causa do turismo.

Ah, sim, ainda por essa "lógica", podemos dizer o seguinte: nas décadas de 1980 e 1990,
Colômbia, Peru e Bolívia "recebiam muito dinheiro sujo". Todos os consumidores mundiais de
cocaína enviavam dinheiro para esses países.

E o volume total de dinheiro fazia com que as contas suíças parecessem meros trocados.

Por que isso não contribuiu para o desenvolvimento desses países?


RESPONDER

Rodrigo  11/08/2017 19:07

Ainda sobre isso, vale chamar a atenção para como os estatistas se contradizem.

Se tais país só são ricos porque são "paraísos scais", por que então não defendem que o
Brasil vire também um paraíso scal e se torne igual à Suíça? Não é possível que eles não
querem que o Brasil tenha um padrão de vida suíço, sendo que a única coisa necessária
para isso acontecer é aumentar a privacidade das contas bancárias.

Mais: chamam esses países de paraísos scais, mas esquecem que para existir "paraíso
scal" deve hever, por de nição, um "inferno scal".

RESPONDER

Marcelo Sommer  12/08/2017 10:10

O Uruguai, ainda o melhor país da América do Sul em qualidade de vida e equidade, era
chamado de "Suíça da América". Meu velho pai, nascido na fronteira, contava que em
Rivera perguntavam aos brasileiros, nas lojas, se pagariam a compra "com papel ou com
ouro". Lá nos anos 60. Adivinhe o que era o "papel". Infelizmente as coisas mudaram e a
posição relativa deste pequeno grande país - ainda ha tempo de reverter -, se deteriorou
bastante. Existe uma emigração de cérebros e capitais. Só o sentido de pertenência e o
crony capitalism são motivos de car. E os políticos cam se batendo em busca de
explicação e lamentando que o Estado dá o estudo para os jovens aportar seus talentos
em outras bandas... Descon o que aqui nem a educação é como já foi... Pensam que
entregam ao mundo, de forma gratuita, grandes talentos... Um talento bom, sim, mas
grandes?
RESPONDER

Fábio Amaral  11/08/2017 15:42

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 10/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Uma dúvida técnica que sempre tive: como exatamente o dinheiro é enviado para a Suíça? E isso
não ajudaria a economia daquele país?
RESPONDER

Thomas Jordan  11/08/2017 15:46

Nem tem como. Essa, aliás, é uma a rmação típica de pessoas que não sabem como
funciona o sistema bancário suíço.

Não existe, em termos práticos, isso de "dinheiro enviado para a Suíça". Você acha que,
por exemplo, Eduardo Cunha enviou centenas de milhões de reais para a Suíça? Diga-me,
por favor, o que um banqueiro suíço fará com reais, uma moeda que só é transacionada
no Brasil?

Não existe isso de "enviar dinheiro para a Suíça". Vou lhe explicar como ocorre, passo a
passo:

1) Eduardo Cunha rouba 500 milhões de reais.

2) Eduardo Cunha decide enviar este dinheiro para a Suíça.

3) Eduardo Cunha não tem como mandar reais para a Suíça, pois a Suíça não trabalha com
reais.

4) Eduardo Cunha tem, então, de converter reais em dólares (sim, em dólares, e não em
francos suíços; você já vai entender por quê);

5) Como Dudu faz isso?

6) Exatamente como faz qualquer exportador-importador.

7) Como faz um exportador-importador? É simples.

8) Quando um brasileiro exporta laranja para a Suíça, não entram francos suíços na sua
conta bancária aqui no Brasil. O franco suíço não é moeda corrente aqui. Sendo assim, o
franco suíço não "entra" no Brasil via sistema bancário e nem muito menos sai do
sistema bancário americano.

O que ocorre na prática é que o importador suíço possui uma conta bancária, num banco
americano, em dólares. Por que num banco americano e em dólares? Porque o dólar é a
moeda internacional de troca. Os países negociam em dólares, e não em suas respectivas
moedas nacionais.

9) Prosseguindo, o exportador brasileiro, ao vender laranja para um suíço, irá adquirir,


deste importador suíço, a titularidade de uma conta bancária, em um banco americano,
em dólares.

Ato contínuo, esse exportador brasileiro pode decidir entre:

9-a) vender a titularidade dessa conta bancária americana para outra pessoa

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(normalmente para um banco brasileiro ou para um importador brasileiro, que então


depositará reais na conta do exportador brasileiro em um banco brasileiro); ou

9-b) manter a propriedade dessa conta em dólares, decidindo investir esses dólares na
própria economia americana (comprando ações, debêntures ou até mesmo títulos do
governo americano).

10) Normalmente, escolhe-se a opção a.

11) Perceba que, neste exemplo, os francos nunca saíram da Suíça. E nenhum real saiu do
Brasil. Nenhum dinheiro "atravessou fronteiras". Houve apenas uma troca de titularidade
de uma conta bancária num banco americano.

12) O que houve foi que o importador suíço transferiu a propriedade de sua conta
bancária americana para o exportador brasileiro.

13) Muito bem, tendo entendido isso, voltemos a Eduardo Cunha. Como procederá nosso
herói?

14) O intrépido Cunha será exatamente a pessoa que irá pagar esse exportador brasileiro
em reais. Mais especi camente, Cunha venderá seus 500 milhões de reais para esse
exportador de laranja em troca de dólares nesta sua conta bancária americana, e essa
conta bancária americana em dólares estará agora -- a pedido de Cunha -- em nome de
um banco suíço (ou, mais especi camente, em nome de uma pessoa qualquer que
represente este banco), o qual cobrará uma taxa para cuidar desse dinheiro.

15) Ou seja, cunha adquiriu a titularidade da conta bancária americana e a repassou para
um banco suíço, que será o responsável por cuidar desses dólares, em troca de uma taxa.
E ninguém saberá que este dinheiro está em nome de Cunha (justamente por causa do
respeito à privacidade observado pelos bancos suíços).

16) Todo este dinheiro roubado por Cunha, ao m e ao cabo, foi convertido em dólares
em uma conta bancária americana e provavelmente foi aplicado em títulos do Tesouro
americano. Toda a movimentação deste dinheiro é acompanhada por um gestor de um
banco suíço que cobra uma taxa por isso.

Fim.

A pergunta nal é: exatamente como essa operação explica a Suíça ser um país rico e
desenvolvido? Não entrou dinheiro na Suíça. Os dólares de (ou os reais roubados por)
Eduardo Cunha não estão sendo usados na Suíça. O banco suíço está prestando apenas
um "serviço de armazenagem e gerenciamento", e está cobrando por isso. Nenhum
cidadão comum suíço foi bene ciado (e nem prejudicado) por isso. Isso não gerou
expansão do crédito na Suíça. Isso não gerou abertura de empreendimentos. Isso não
gerou empregos.

No nal, quem realmente ganhou foi o governo americano, que encontrou mais um
nanciador para sua dívida.
RESPONDER

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Pensador Consciente  11/08/2017 17:22

O que ocorre na prática é que o importador suíço possui uma conta bancária, num
banco americano, em dólares. Por que num banco americano e em dólares? Porque
o dólar é a moeda internacional de troca. Os países negociam em dólares, e não
em suas respectivas moedas nacionais.

Este importador também pode não ter conta em um Banco Americano,mas ele
negocia com um Banco Suíço que tem conta em um Banco Americano.

Quanto ao resto da explicação está impecável.


RESPONDER

richard stallman  11/08/2017 19:01

Este sistema é péssimo, concentra poder demais nos USA. Não estou a m de
pagar pedágio pra americano.
RESPONDER

Pensador Consciente  11/08/2017 19:42

Então migre para o bitcoin...


RESPONDER

cmr  12/08/2017 14:41

Isso signi ca que a economia americana não é tão sólida quanto muitos
acreditam.
A economia americana não é nada mais do que uma pirâmide de débitos.
(com os EUA no topo)

É só o pessoal migrar para outra moeda, ou até mesmo cripto moedas, e


veremos o "grande império" americano se esfacelar.
É claro !, os mais de 20 porta aviões, não sei quantos mil caças, não sei
quantos mil bombardeiros, etc... Estão espalhados pelo mundo para tentar
impedir isso, e não para "garantir a liberdade dos seus aliados".

Escrevi bobagem ?

RESPONDER

MB  12/08/2017 17:22

Não! Você escreveu e a narrativa dos esquerdistas condenando o


imperialismo norte-americano e nisto eles tem razão pois os EUA
parasitam o sistema nanceiro internacional,agora a solução
apontado por eles é que é terrível pois sonham e querem implantar
o imperialismo comunista,uma troca que seria bené ca só na cabeça
oca deles,a nal nem o próprio Karl Marx defenderia tal absurdo pois
ele defendia a extinção da burguesia e depois a extinção do
estado,mas ele nunca conseguiu de nir como seria essa mudança
visto ela ser impossível na prática,agora a esquerdalha atual só quer
parasitar o setor produtivo,pois sabem que não tem competência
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para dirigir as empresas e sonham serem os dirigentes da


economia...
RESPONDER

MB  12/08/2017 22:23

Com certeza cmr esse aparato de guerra foi montado para garantir a
democracia e a Liberdade nos países aliados e garantir sua
hegemonia monetária,en m seu monopólio de moeda internacional
de reserva desbancando a libra esterlina inglesa...Os esquerdistas
condenam o imperialismo americano por causa disto,mas não tem
uma solução para isto pois querem colocar no lugar o rublo ou o
yuan chinês,mas o mercado já criou o bitcoin...
RESPONDER

Mais Mises...  12/08/2017 23:20

De forma alguma, estimado cmr! Certo professor na USP disse uma


vez que se Wall Street falhar, o Pentágono não falha! rsrsrs
RESPONDER

Vitor Nogueira  18/01/2018 06:16

Sou novo no IMB.


Minha dúvida é: Precisamos converter reais em dólares
porque o dólar é a moeda internacional de troca, então por
que não se circula em nossa economia apenas o dólar e se
extingue o real? É até melhor porque não sofreremos
variações pois o dólar é estável, até onde eu sei. Se não estou
enganado no Panamá é assim, o dólar americano é a moeda
forte do país e lá é um país que não está nada mal
RESPONDER

Fernando  11/08/2017 15:51

Fui a Cingapura no nal do ano passado. Passei 12 dias muito bons.

O calor é extremante alto e úmido. Parece o clima de Manaus. A temperatura não cou abaixo de
28 graus, mas sempre nublado.

As ruas estão lotadas de Mercedez, Porsches, Jaguars, BMWs, Mazerattis, Ferraris, etc.

A quantidade de shoppings e lojas é absurda. Parece que se todo mundo gastar todo o dinheiro
do país, ainda vai sobrar coisas pra comprar. O país é um "mar" de lojas.

Os prédios são inacreditáveis. Parece uma competição de quem faz o prédio mais alto e mais
bonito.

Também tem centenas de prédios construidos pelo governo. Não existe favelas em Cingapura,
porque não tem como calcular o número de prédios que o governo construiu. Quase 80% da
população aluga ou compra os imóveis do governo. O governo levantou um "mar" de prédios
públicos.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 14/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

As ruas e calçadas são extremamente arborizadas. O país parece uma oresta cheia de prédios.

As ruas são extremamente limpas e não faltam lixeiras do governo.

Os pobres de Cingapura tem uma vida extremanente digna. Todos tem apartamento, transporte
coletivo com ar-condicionado, escolas públicas muito boas, ruas limpas e arborizadas até nas
periferias, segurança, comida muito barata, empregos, etc.

Os supermercados são excelentes. Tem coisas do mundo inteiro com preços extremamente
acessíveis.

O choque de capitalismo é impressionante. O ar condicionado das lojas chegam a jorrar vento frio
nas ruas.
RESPONDER

Crítica  11/08/2017 17:58

Mas as maiores empresas de Cingapura recebem recursos públicos do fundo soberano do


governo. E a Suíça está controlando o câmbio.
RESPONDER

Lim  11/08/2017 18:14

Duplamente errado.

1) O governo de Cingapura de fato possui dois fundos de investimento: a Temasek


Holdings (com míseros 380 funcionários), que compra ações de várias empresas asiáticas,
e a Government Investment Corporation, que investe as reservas internacionais do país
(exatamente como faz o Banco Central brasileiro).

Na Temasek Holdings -- que, como dito, é um fundo de investimentos do governo


cingapuriano -- toda a diretoria é formada por quadros puramente técnicos, e a única
ordem dada à empresa pelo governo é justamente ter lucros. A Temasek tem ações de
uma empresa telefônica (existem 3 em Cingapura, que é uma cidade, além de 7
provedoras de internet) e da Singapore Airlines (55%).

Nenhuma dessas duas empresas tem qualquer monopólio sobre nada. Também
desconheço a existência de privilégios. E sua gerência é privada. E, até onde se sabe, têm
ns lucrativos (como a própria Temasek Holdings).

Ou seja, na prática, o governo de Cingapura (que é o mesmo há décadas) coloca alguns


corretores para cuidar de suas reservas e dá a ordem: tragam lucros.

Na prático, isso nem sequer pode realmente ser considerado uma empresa estatal.
Certamente, não nos nossos moldes. Mas isso é o de menos. O fato é que se o governo
brasileiro zesse isso -- ou seja, em vez de gerenciar estatais, criasse um fundo de
investimentos gerido por pro ssionais privados que aplicasse dinheiro em empresas e
cobrasse retorno -- já seria um grande avanço.

Topa?
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 15/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

2) Sobre a Suíça, ela de fato atrelou o franco ao euro. Mas por muito pouco tempo. Isso
ocorreu de agosto de 2011 a janeiro de 2015. Como o euro era muito mais in acionista
que o franco, o BC suíço percebeu (burocratas sempre são lentos) que havia feito burrada
e repentinamente liberou o câmbio. Em um só dia, o franco se apreciou quase que 30%.

Foi o primeiro caso na história do mundo em que, quando um câmbio atrelado foi
liberado, ele se valorizou em vez de afundar.

Artigo inteiro sobre isso, publicado à época:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2010 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2010)

De resto, eis aqui o grá co do franco suíço em relação ao euro.

www.google.com/ nance?q=chfeur&ei=kfKNWdGMAZe_eoP4kZgO
(http://www.google.com/ nance?q=chfeur&ei=kfKNWdGMAZe_eoP4kZgO)

E em relação ao dólar:

www.google.com/ nance?q=chfusd&ei=ofKNWdH3B8Ofef6csbAK
(http://www.google.com/ nance?q=chfusd&ei=ofKNWdH3B8Ofef6csbAK)

Favor apontar onde está o câmbio controlado.

RESPONDER

Gabriel  11/08/2017 18:28

Esses argumentos são os feitos em certos blogs de esquerda. Muito bom que eles sejam
devidamente esclarecidos e refutados por aqui. Parabéns, IMB.
RESPONDER

Captain Obvious  11/08/2017 18:01

Mas na cabeça de esquerdóide, CUBA é muito melhor


RESPONDER

Luiz Moran  11/08/2017 19:14

estão preferindo a venezuela agora


RESPONDER

Luiz Moran  11/08/2017 19:13

Agora vamos a composição do PIB brasileiro por setores:

Indústria: 4%

Agropecuária: 8%

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 16/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Financeiro: 16%

Governo fascista 72%


RESPONDER

Alexandre Nascentes Schmitt  11/08/2017 22:54

Leandro poderia me responder uma pergunta?


Sei que o corporativismo é um desastre para nosso país, vide como exemplo JBS, Odebrecht, EBX
e entre outros. Mas você não acha que o Estado contribui com o desenvolvimento tecnológico?
Empresas com Apple, Microsoft, Samsung, Hyundai, Sony receberam subsídios e isso ajudou em
desenvolvimento para vários setores, sem esses susídios talvez não poderiamos ter alguns
avanços...portanto nesse caso não seria viável para desenvolver para o bem de toda a ciencia e
humanidade?
RESPONDER

Substituto  12/08/2017 00:56

"Sei que o corporativismo é um desastre para nosso país, vide como exemplo JBS,
Odebrecht, EBX e entre outros."

Pronto. Se você já entendeu isso, então entendeu que não faz o mais mínimo sentido
defender conluio entre estado e grandes empresas, seja por meio de subsídios diretos,
seja por meio de protecionismo.

Corrupção, ine ciência e desperdícios são as consequências inevitáveis deste arranjo.

O que, por exemplo, o Brasil ganhou de positivo com o nanciamento do BNDES a


grandes conglomerados? Fora a corrupção, tivemos apenas concentração de mercado,
preços maiores e queda na qualidade dos produtos.

Um arranjo que envolve um conluio entre governo e grandes empresas, no qual ambos
operam com ganhos mútuos e totalmente blindados das demandas dos consumidores,
sempre descamba para a corrupção, o clientelismo e o protecionismo. Sempre. E isso é o
exato oposto de capitalismo e de livre mercado, e sim a total consolidação do
corporativismo e do mercantilismo.

Precisamos falar sobre o "capitalismo de quadrilhas"


(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2564)

O estado agigantado gerou o estado oculto, que é quem realmente governa o país
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2643)

Por que o livre mercado é o arranjo mais temido pelos grandes empresários
(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2619)

Explicando todo o problema com o nosso sistema político - em 2 minutos


(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2587)

Por que o BNDES deve ser abolido (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2407)


https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 17/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Odebrechts, Eikes e Joesleys: como surgem os bilionários no Brasil?


(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2690)

"Mas você não acha que o Estado contribui com o desenvolvimento tecnológico?
Empresas com Apple, Microsoft, Samsung, Hyundai, Sony receberam subsídios e isso
ajudou em desenvolvimento para vários setores"

Falso para Apple e Microsoft.

Essas empresas não receberam subsídios federais. O que você irá encontrar -- e
provavelmente está repetindo isso sem saber, pois não pesquisou -- é que essas
empresas já foram contempladas com isenções scais por alguns governos estaduais e
municipais para que elas se instalassem em seus territórios e com isso gerassem
empregos.

E isenção é completamente diferente de subsídio. Subsídio é o governo tomar dinheiro de


A para repassar a B. Já isenção é simplesmente o governo não espoliar A.

Isenção nada mais é do que o governo retirar uma barreira que nem sequer deveria existir.
Jamais confunda isenção com subsídio. Subsídio é imoral; é retirar dinheiro de Paulo para
dar a Pedro. Já isenção é simplesmente não espoliar Paulo.

Aliás, aproveitando a deixa, a Amazon, Apple e Microsoft são exemplos que destroças essa
teoria: todas elas, no máximo, receberam isenções pontuais de governos estaduais. Já a
indústria brasileira não só é protegida por tarifas protecionistas, como ainda recebeu
subsídios diretos do governo (via BNDES), exatamente como você defende.

Por que não somos pujantes?

Utilizando a sua mesma lógica, será que não seriamos atrasados exatamente por termos
empresas protegidas e subsidiadas pelo governo?

Por m, quanto à Samsung (da qual eu particularmente nunca gostei; sempre considerei
os japoneses muito melhores), quem foi bene ciado pelo arranjo (os trabalhadores e
executivos da empresa) certamente se deu muito bem. Aqui no Brasil, os magnatas da JBS
e da Odebrecht também riram à toa por um bom tempo. Isso foi bom para a população?
Os produtos da JBS são bons? A própria carne da Friboi é uma bela duma porcaria, e ela
não existiria sem os subsídios do BNDES. E não troco nenhuma televisão japonesa por
uma Samsung. Já os sul-coreanos têm de comprar da Samsung porque o governo manda.
Isso é invejável?

Pre ro ser um americano. Compro a televisão que quero, barata, e sem ter de car
subsidiando "indústria nacional".

"sem esses susídios talvez não poderiamos ter alguns avanços"

Avanços?! De novo, quais avanços tivemos com todos os subsídios do BNDES? Com todo o
protecionismo do governo? Aqui no Brasil há subsídios e protecionismos desde que

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 18/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

inventaram o governo, e quando foi que melhoramos de vida exclusivamente por causa
deles?

Sinceramente, acho que você dá de barato muitas coisas sem realmente parar para
pensar.

Se o preço para se criar uma grande empresa é o empobrecimento do povo, isto é imoral.
E, é claro, nunca é para o bem do povo, mas sim dos grandes empresários, sindicatos e
burocratas.

"portanto nesse caso não seria viável para desenvolver para o bem de toda a ciencia e
humanidade?"

Subsídio estatal para grandes empresas é "para o bem de toda a ciência e humanidade"?!
Olha, confesso que nunca vi nem mesmo esquerdista dizer isso. Eles defendem subsídios
com base na tese de que isso gera empregos (para sindicalistas), algo um tantinho mais
plausível do que essa sua tesa estapafúrdia.

O fato é que, ao contrário da crença popular, políticas industriais não são uma maneira de
escolher vencedores ou "campeões nacionais", mas sim uma maneira de escolher
derrotados. A nal, se fosse tão óbvio saber quais indústrias e empresas serão bem-
sucedidas no futuro — como pretendem os políticos —, tais empresas e indústrias teriam
acesso fácil e pleno a nanciamentos baratos no livre mercado, tanto via emissão de
ações e debêntures quanto via empréstimos junto a bancos de qualquer lugar do mundo.

Logo, ao escolherem empresas que consideram ser merecedoras de ajuda estatal — as


quais não conseguiram este mesmo privilégio no mercado —, políticos não estão
escolhendo vencedoras, mas sim derrotadas.

Há, sim, um argumento plausível de que mesmo os mercados — isto é, investidores e


consumidores — podem não se dar conta do potencial de uma determinada empresa e
indústria, e, com isso, abortar seu crescimento. Sim, isso pode ocorrer. É improvável, mas
pode. Porém, qual seria exatamente o argumento a favor da tese de que um grupo de
políticos e burocratas, utilizando dinheiro de impostos e sem arriscar nada que seja
realmente deles (além de, obviamente, estarem sujeitos a propinas e a todos os tipos de
corrupção), teria esta capacidade que faltou a milhões de investidores e consumidores?

Este processo de escolha política de empresas "vencedoras" sempre será distorcido por
oportunismos políticos e pelo poder de lobby das grandes empresas. A consequência
inevitável é que tal arranjo criará um incentivo para que estas empresas invistam
majoritariamente em fazer lobby e comprar políticos em vez de se dedicar a pesquisa e
desenvolvimento.

Tal política não ajuda a criar vencedores futuros, mas sim a sustentar ine cientes.

As diferenças econômicas e morais entre ser pró-empresas e pró-mercado


(http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2696)
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 19/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Alexandre Nascentes Schmitt  12/08/2017 03:40

Obrigado pela resposta, foi bem esclarecedora. Porém saiba interpretar bem minha
pergunta, pois não defendi protecionismo e corporativismo como você acusou, e
sim quis tirar uma duvida. Obrigado e abraços.
RESPONDER

Fernando  27/08/2017 21:12

E aí, viram a mais recente lambança da Samsung? Seu chefão foi preso.
Acusado de pagar propina a um acessor da ex-presidente da Coreia do Sul,
que foi impichada por corrupção.

www.economist.com/news/business-and- nance/21727769-unlike-other-
jailed-chaebol-bosses-he-may-not-be-pardoned-samsungs-boss-
sentenced? (http://www.economist.com/news/business-and-
nance/21727769-unlike-other-jailed-chaebol-bosses-he-may-not-be-
pardoned-samsungs-boss-sentenced?)

E é este modelo -- exatamente o mesmo adotado por Dilma -- que nossos


intervencionistas defendem para o Brasil, agora sob Ciro Gomes. Os idiotas
simplesmente não entendem que quando há conluio entre governo e
grandes empresas, a corrupção é a consequência inevitável. Só quem ganha
são os burocratas do governo (que recebem as propinas) e os chefões das
grandes empresas (que cam com a reserva de mercado).
RESPONDER

Marcio  12/08/2017 15:45

Existe protecionismo para os coreanos comprarem apenas da


Samsung?
RESPONDER

Ismael Barros  14/08/2017 13:49

Cara, desculpe o meio o , mas vc falou que não trocaria uma tv


japonesa por uma coreana, eu estou louco para comprar uma tv da
Sony, mas nunca tive coragem pq o mercado aqui é praticamente só
LG (e algumas poucas samsungs), tanto que eu nunca vi uma Sony
na casa de algum amigo.

Elas são realmente boas?


RESPONDER

Gustavo Medeiros  14/08/2017 14:10

A LG e a Samsung são, de longe, as piores televisões que já


tive. O som delas é horrível, completamente embaçado. Você
simplesmente não consegue entender nada que as
personagens de um lme falam. Aliás, nem mesmo de novela
você consegue entender.

Uma TV da Panasonic da década de 1990 era muito melhor


https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 20/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

que essas coreanas. Aliás, até mesmo uma Philco era melhor.

Sinceramente, se for pra comprar TV coreana, que com seu


tablet e assista tudo nele com fone de ouvido. Muito melhor.
RESPONDER

Ismael Barros  14/08/2017 16:24

vc já teve sony? é boa?


RESPONDER

Gustavo Medeiros  14/08/2017 19:50

Sim. Muito melhor que qualquer LG e


Samsung.
RESPONDER

Anônimo  08/01/2018 23:02

Ué, como assim Apple não recebe subsídios?


Não te dizendo que é justi cável, porém
saiba que a empresa recebe
(http://www.marketwatch.com/story/why-
governments-are-giving-billions-in-tax-
breaks-to-apple-amazon-and-other-tech-
giants-2016-10-13), e muitos.
RESPONDER

George  09/01/2018 00:31

Pelo visto, você pouco ou nada sabe de


economia. Dar isenção scal (que é o caso
não tem nada a ver com subsídio.

Subsídio é o governo tomar dinheiro de


Paulo e repassar a Pedro.

Isenção scal é o governo simplesmente


não tributar Paulo. Ou Pedro.

Subsídio é imoral (pois envolve roubo e


repasse) e economicamente ine ciente
(pois o bene ciado passa a trabalhar com
dinheiro recebido gratuitamente de
terceiros).

Já isenção é o governo retirar uma barreir


que ele próprio erigiu e que nem sequer
deveria existir.

Igualar isenção tributária a subsídio semp


foi uma medida insensata. De nenhuma

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 21/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

maneira uma pessoa, empresa ou


instituição está sendo subsidiada quando
estado simplesmente se abstém de
con scar uma fatia de sua propriedade
privada (renda).

Por isso, confundir isenção com subsídio é


ignorância econômica. De novo: Subsídio
imoral; é retirar dinheiro de Paulo para da
a Pedro. Já isenção é simplesmente não
espoliar Paulo.

Isenção nada mais é do que o governo


retirar uma barreira que nem sequer deve
existir.

Isenção scal pontual não é subsídio. E a


Apple não recebe dinheiro do governo
(muito menos do governo americano). Eu
sei que para um brasileiro é difícil de
entender isso, mas essa é a realidade.

Artigo inteiro sobre isso:

mises.org.br/Article.aspx?id=2756
(http://mises.org.br/Article.aspx?id=2756
RESPONDER

Anônimo  09/01/2018 00:42

Amigo George, você leu o link que eu


deixei? La diz de subsídios, não isençã
RESPONDER

George  09/01/2018 02:45

Sim, e o seu link (um mero site de


populares estilo Infomoney) está c
conceitos errados. Parte da minha
direcionada a ele.

A matéria chama "tax exemptions


(isenções scais) de subsídios, inc
em um erro primário de economia

E você foi na onda.

Para dizer que a Apple recebe subs


governo você tem de mostrar que

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 22/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

governo americano repassa diretam


dinheiro a ela, como faz com a agr
até mesmo com a Boeing (via con
compras governamentais).

Faça isso e aí sim você poderá dize


governo americano subsidia a App
RESPONDER

Pobre Paulista  11/08/2017 23:15

A Suíça é rica por conta de seus chocolates e canivetes, qualquer um sabe disso.
RESPONDER

Ismael Barros  14/08/2017 14:30

E o queijo
RESPONDER

Paulo   12/08/2017 00:27

O que o brasil precisa pra mudar?

Se tudo gira em torno de imposto e intervencionismo, por que não mudar isso?

Entro no site do mises há pouco tempo, confesso que é muita informaçao de uma so vez, mas
desde quando eu comecei a ler os artigos to me convencendo do que eu descon ava no passado!
brasileiro e muito inocente
RESPONDER

Paulo Henrique  12/08/2017 00:28

Pior é quando citam que cingapura também tem atuação do estado - por exemplo, participação
dele em empresas chaves, e que é graças a isso que o país se desenvolveu.

Nunca passa pela cabeça que todo o restante da economia muito mais livre e desregulamentada
tem um peso muito maior, e sem isso, seria apenas mais um Brasil ou pior , que se foca apenas
nas partes do estado ativo, e esquece todo o restante.
RESPONDER

Escudo Balístico  12/08/2017 01:16

Eu defendo o embargo econômico contra países comunistas.

Não podemos nanciar as bomas que serão lançadas sobre nossas cabeças.
RESPONDER

Pedro  12/08/2017 04:54

Em OFF: Tenho uma dúvida quanto a imigração.


Quais são as consequências de se ter uma imigração em massa para determinado território,
colocando isso em um cenário de livre mercado, isto é sem regulação trabalhista e toda a patife
socialista?
https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 23/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Para exempli car, os salários abaixariam em todo este território em que a imigração está sendo
feita por conta do excesso de mão-de-obra? Se não for excesso, o desemprego para essa nova
população será alto? Poderão arrumar emprego rápido e viver dignamente?
Em resumo, quais são as consequências em todos os âmbitos dessa imigração em massa?

Um exemplo: www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/08/1907418-colombia-se-prepara-para-
receber-ate-2-milhoes-de-venezuelanos.shtml
RESPONDER

Barusco   12/08/2017 14:38

www.mises.org.br/Article.aspx?id=2183 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?
id=2183)
RESPONDER

cmr  12/08/2017 14:58

Em um genuíno livre mercado, só viriam pessoas aptas, quali cadas e dispostas a


trabalhar, e a se integrar no novo país. Vide o que ocorreu nos EUA após a sua
independência da Inglaterra, aquilo lá era uma terra de ninguém, todos podiam ir para lá,
e quem foi ?, só pessoas que realmente interessam. Pois o resto não teria vez lá.

Mas quando se tem a interferência "divina" do estado, aí tudo muda.


Só vem vagabundos interessados no estado de bem estar social, gente que não quer se
integrar, só subtrair valor.
Vide a Europa. (hoje uma ditadura politicamente correta)

Eu mesmo já procurei emprego na Alemanha, arrumei mas tive a minha permissão de


trabalho negada pelo maravilhoso e divino estado alemão, pois sou estrangeiro. (mesmo
sendo uente em alemão)
(O estado alemão tem que proteger os interesses do seu povo, não me permitindo tirar o
emprego de um alemão.)

Já os muçulmanos e africanos entram lá, não geram valor; pelo contrário, só subtraem,
não aprendem a língua, não se integram, fazem questão de não se integrar, querem
receber tudo do governo e não fazem nada pela Alemanha, até a maldizem.
Isso sem falar que, abertamente falam em islamizar e destruir toda a civilização cristã
européia.
RESPONDER

Um curioso  12/08/2017 09:25

Por que não falaram de Hong Kong ? É a economia mais livre do mundo, segundo a Heritage
Foundation.
RESPONDER

Daniel  12/08/2017 14:36

Há dois artigos inteiros exclusivamente sobre Hong Kong:

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1803 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1803)

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 24/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

www.mises.org.br/Article.aspx?id=1804 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1804)

E não foi abordado porque, em relação a Hong Kong, até mesmo a esquerda sabe que o
argumento do "paraíso scal" não cola.
RESPONDER

Proletário Rico  12/08/2017 14:55

Eu acho que o maior problema de um país é a habitação e construção.

As pessoas "enchegam" o mundo, como ele é visto pelos próprios olhos.

Se você vê uma cidade com as ruas cheias de buracos, casas velhas, prédios velhos, muros
pichados, escolas caindo aos pedaços, hospitais mofados, você não se preocupa em trabalhar sem
erros ou com obrigação de entrega, porque vive em um ambiente degradado. A cultura do povo
vai se adaptar a degradação do ambiente que é visto pelos próprios olhos.

Cingapura cou conhecida na esquerda pelo projeto de habitação do governo. Por isso, por mais
que a educação de Cingapura tenha crescido acima da média mundial, a habitação pública é que
trouxe a estabilidade que o país precisava na parte do assistencialismo.

Não adianta ter SUS, com pessoas tomando água contaminada, morando com ratos, tendo a casa
alagada, etc.

O povo precisa mais de uma casa do que esse SUS . Um plano de saúde bom pode chegar a mil
reais por mês, enquanto a parcela de uma casa é muito mais cara.

RESPONDER

Proletário Rico  12/08/2017 15:08

Não sei se as pessoas perceberam, mas todo o dinheiro dos impostos está sendo direcionado
para o próprio estado.

Se houvesse um programa de habitação agressivo, isso turbinaria a propriedade privada do povo.

Esse investimento em hospitais públicos, universidades públicas, estradas públicas, etc; só está
transferindo renda para o próprio estado.

Precisamos de mais propriedades privadas e menos propriedades públicas.


RESPONDER

GLaDOS  13/08/2017 13:03

(O )

Digamos que algum presidente de um país da África, digamos... O Gabão, decida implementar os
princípios da Escola Austríaca, e quer saber como fazer isso. Quais seriam os passos para o
caminho do desenvolvimento que vocês dariam a ele?
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 25/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Felipe Lange S. B. S.  13/08/2017 13:13

O Brasil precisa se descentralizar em vários arranjos pequenos imitando a Suíça.


RESPONDER

reinaldo lho  13/08/2017 16:11

O mais interessante é que a Suiça passa aquela imagem de país rural, turístico, com bucólicas
paisagens de pasto, montanhas e cachoeiras.
Ninguém lembra de que é uma das mais competitivas economias do mundo.
Em parte isso ajuda a manter essa imagem de paraíso scal e bancário.
RESPONDER

Douglas  13/08/2017 20:22

Quem a rma que paraíso scal transforma um país em uma potência não conhece a história
recente.

Peru, Colômbia, Bolívia e, em parte, Paraguai nas décadas de 80 e 90 foram os maiores paraísos
scais de tra cantes e de políticos envolvidos no trá co. E nem por isso esses países se tornaram
países de primeiro mundo. Aliás esses países estão muito melhores agora, 20 anos depois,
quando não são mais paraísos scais do que naquela época que eram.
RESPONDER

Amarílio Adolfo da Silva de Souza  13/08/2017 23:14

Muitas são as causas da prosperidade desses países.


RESPONDER

anônimo  14/08/2017 02:24

Parece que nós tomamos uma facada nas costas do Paulo Rabelo de Castro.

Pelo que eu escutei, ele está defendo a política econômica dos campeões nacionais.

Crise em Chicago !
RESPONDER

Marcus Lobato  14/08/2017 21:09

Olá pessoal do IMB, sou novo em escola austríaca e quei com uma dúvida quanto ao artigo.

A quantidade de dinheiro que os bancos dos referidos países recebem não aumentaria o volume
de empréstimos que eles poderiam fazer, facilitando, assim, o desenvolvimento dos demais
setores da economia?

Porque, caso a resposta seja a rmativa, o sistema bancário teria sido responsável pela
prosperidade desses países, indiretamente é verdade, já que são os indivíduos que produzem
riqueza não o sistema bancário propriamente dito.

Desculpem se eu confundi as coisas, mas estou tentando aprender mais sobre economia e
agradeço muito a quem responder.
RESPONDER

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 26/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

Eliseu  14/08/2017 21:38

Já perguntado e respondido aqui mesmo nesta seção de comentários. Veja a pergunta do


Fábio Amaral e a resposta do Thomas Jordan.
RESPONDER

Juliana  15/08/2017 00:41

"Nada fomenta mais investimentos do que segurança jurídica, moeda estável e baixos impostos e
regulações."

É incompreensível como não está gritante e claro que essas são as coisas que funcionam no longo
prazo. E como são justamente essas as coisas que menos ou nunca são objetos de discussão em
debates sobre investimentos sustentáveis no longo prazo (principalmente no Brasil).

Baixar impostos e regulações é um desejo que já faz parte do senso comum, mas geralemte fala
disso de maneira muito super cial, não se passando muito do 'tem que diminuir a burocracia' e
do 'a gente paga impostos demais'. Ou seja, nada muito preciso ou concreto. Segurança jurídica
ainda é um assunto muito pedreira no Brasil. Quanto à moeda estável, esse é um conceito que
precisa ser rede nido ou reensinado no Brasil.

Mas já que falaram no BNDES, no presidente do banco, etc., em uma das audiências sobre a
Medida Provisória 777, que no m da contas acaba por limitar a capacidade de o BNDES fazer
empréstimos subsidiados discricionariamente, o Paulo Rabello de Castro deixou para ser
respondida, algo como a pergunta "por que no Brasil, tanto no setor público quanto no setor
privado, se investe tão pouco?", e pelo que eu me lembre ninguém teve instintos para
enfaticamente defender nenhum desses três pontos. Os que defendem a medida estão divididos
em dois grupos: de um lado, estão os que reiteram repetidamente que não são contra os
subsídios, que tem sim que haver algum subsídio e que a medida provisória não irá acabar com
os subsídios. E do outro lado, o grupos dos que já entenderam que as coisas assim como são não
estão funcionando, que entra década e sai década e nós estamos discutindo as mesmas coisas,
que tem que se tentar outras coisas... Mas mesmos esses fazem isso muito pisando em ovos.

Antes de sugerir a alguém que feche o BNDES, tem que aconselhar primeiro que ela se torne
Deus.
RESPONDER

Eduardo  15/08/2017 13:32

Excelente texto Juan, parabéns!


A minha pergunta é a seguinte: O que economias como da Suiça e Cingapura fazem para se
blindar contra essas ideologias expansionistas do welfare state, que me parecem crescer cada vez
mais em muitas economias pelo mundo, através de burocratas corporativistas interessados em
controle total do estado??
Obrigado.
RESPONDER

Capitalista Keynes  15/08/2017 16:07

Eu pre ro viver numa sociedade escandinava com 47.000,00 do que em Cingapura com
85.000,00.

https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 27/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

"Uma das consequências dessa mentalidade é que Cingapura é hoje um estado que pratica a
tortura de presos, que limita a liberdade de expressão e de imprensa, que mantém um serviço
militar obrigatório e que proíbe as relações homossexuais. A ordem pública é mantida
rigidamente. Há punições severas para pichações. É proibido até mesmo mascar chicletes (só são
permitidos chicletes terapêuticos com receita médica). O governo pode encarcerar criminosos por
tempo inde nido e sem julgamento." ( Sinistro, mas é só andar na linha)

O lado bom de Cingapura é que ela é um tipo de CIDADE -ESTADO onde não há muito em
infraestrutura para investir pois há menos km de estradas para fazer e manter ,menos portos,
menos aeroportos para construir. Essa é uma vantagem de países pequenos também , assim
como Hong Kong. Mas ela funciona e é isso que importa.

Exemplos de Cingapura

"Hoje, 82% da população da cidade-estado vivem em imóveis construídos pelo governo em um


conceito de cidades compactas, onde emprego, serviços públicos, lazer e moradia estão a poucos
quilômetros."

...Além disso, 82% da população lá vivem em casas populares..."

....Certamente, por só ter um governo, que é nacional e municipal, o processo de tomada de


decisões em Cingapura é muito mais rápido".

... Nossa cidade não tem guetos pobres nem áreas nobres, diz urbanista que revolucionou
Cingapura (Muito legal isso)

Eu tenho um colega de trabalho que visitou Cingapura e se apaixonou.

RESPONDER

Columbine  21/08/2017 02:30

Eu já pre ro morar na Suíça.


RESPONDER

Emerson Luis  20/08/2017 22:53

Se a esquerda diz que Suíça e Cingapura são ricas por serem "paraísos scais" (meia verdade,
conforme o texto explica), então deviam defender que o Brasil imitasse seus exemplos reduzindo
impostos e tarifas, abrindo a economia, estabilizando a moeda...

***
RESPONDER

Eduardo R., Rio  23/02/2018 03:48


https://mises.org.br/Article.aspx?id=2741 28/30
11/08/2018 Mises Brasil - Suíça e Cingapura são ricas por causa de seu sistema financeiro?

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