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Propriedades Da Entropia e o Terceiro Principio Da Termodinamica PDF
Propriedades Da Entropia e o Terceiro Principio Da Termodinamica PDF
- A capacidade
p calorífica a volume constante Cv, é sempre
p p positiva
para uma substância pura num único estado de agregação.
- O coeficiente de compressibilidade β é sempre positivo para tal
substância
TERMODINÂMICA
Suponhamos que para um dado sistema, Cv fosse negativo e que o
sistema fosse mantido a volume constante.
constante Se um vento quente
atingir o sistema, uma quantidade de calor dQv = + escoará das
vizinhanças; além disso, por definição, dQv = CvdT. Como dQv é +, e
por hipótese Cv é -, dT será – para satisfazer esta relação. Portanto,
o escoamento de calor para o sistema abaixa sua temperatura, o
que causa uma maior i entrada
t d ded calor
l no sistema
it e o sistema
it se
resfriará ainda mais. E assim, o sistema atingirá temperaturas
muito baixas simplesmente porque foi atingido por um golpe de ar
quente. Pelo mesmo argumento um golpe de ar frio tornaria o
sistema extremamente quente. Seria um absurdo termos objetos
numa sala aquecida ao relevo ou congelados simplesmente por
terem sofrido um golpe de ar. Portanto, Cv precisa ser positivo para
assegurar a estabilidade
t bilid d térmica
té i d sistema
do it contra
t eventuais
t i
variações na temperatura.
TERMODINÂMICA
O coeficiente de compressibilidade foi definido como
1 ⎛ ∂V ⎞
β =− ⎜ ⎟ (4.3
4 3)
V ⎝ ∂P ⎠T
⎛ ∂V ⎞
Portanto a temperatura constante, dp = −⎜ ⎟.
⎝ Vβ ⎠
Suponhamos
p q
que à temperatura
p constante,, um sistema sofra
acidentalmente um empurrão, então dV será negativo. Se β
fosse negativo, para satisfazer a relação, dP seria negativo. A
pressão
ã do
d sistema
i di i i d permite
diminuindo, i que a pressãoã externa
empurre o sistema um pouco mais, o que diminui ainda mais a
pressão O sistema entraria em colapso
pressão. colapso. Se o volume do sistema
acidentalmente aumentasse o sistema explodiria. Concluímos
que β é p
q positivo se o sistema tiver estabilidade mecânica contra
variações acidentais no seu volume.
TERMODINÂMICA
4.3 – Variações de entropia em transformações isotérmicas
Da equação (4.2)
2 dQrev
ΔS = S 2 − S1 = ∫1 , como T é constante, a equação se reduz:
T
Qrev
ΔS = (4.4)
T
Como as quantidades de calor são usualmente expressas em
calorias, a unidade de entropia (μe) é calorias por grau (1μe = 1
cal/grau).
TERMODINÂMICA
A equação (4.4) é usada para calcular a variação de entropia
associada com uma mudança ç de estado de agregação
g g ç na
temperatura de equilíbrio. Consideremos um líquido em
equilíbrio com o seu vapor sob pressão de 1 atm. A temperatura é
a temperatura de equilíbrio, isto é, o ponto normal de ebulição do
líquido. Imaginemos, como na figura abaixo, que o sistema seja
mantido dentro de um cilindro por um pistão flutuante e portador
de um peso equivalente a uma atmosfera de pressão. O cilindro
está imerso num reservatório de calor,, na temperatura
p de
equilíbrio Teb. Se a temperatura do reservatório for aumentada
infinitesimalmente, uma pequena quantidade de calor escoa do
reservatório para o sistema, algum líquido vaporiza-se, e a massa
M sobe.
TERMODINÂMICA
Fig 4.3.1.
Fig. 4 3 1 Vaporização Reversível de um Líquido
Líquido.
TERMODINÂMICA
Se a temperatura do reservatório for diminuída
infinitesimalmente a mesma quantidade de calor escoa de volta
infinitesimalmente,
para o reservatório. O vapor formado condensaria e a massa
voltaria à sua posição original. Tanto o sistema como o reservatório
foram restaurados à sua condição inicial, nesse pequeno ciclo, a
transformação é reversível e a quantidade de calor necessária é um
Qrev.
A pressão é constante, portanto Qp = ΔH; logo, para a vaporização
de um líquido no seu ponto de ebulição, e a equação (4.4) torna-se
ΔH vap
ΔSvap = (4.5)
Teb
TERMODINÂMICA
Pelo mesmo argumento, a entropia de fusão no ponto de fusão é
dada por
ΔH fus
ΔS fus = (4.6)
Tf
ΔH
ΔS = (4.7 )
Te
dQ
Qrev
dS = (4.10
4 10 )
T
relaciona variação de entropia com um efeito,
efeito dQrev, nas
vizinhanças.
⎛ ∂z ⎞ ⎛ ∂z ⎞
dz = ⎜ ⎟ dx + ⎜ ⎟ dy (4.21)
⎝ ∂x ⎠ y ⎝ ∂y ⎠ x
restringindo agora a equação (4.21) a variações de x e y que deixam
o valor de z inalterado (dz = 0) temos
⎛ ∂z ⎞ ⎛ ∂z ⎞
0 = ⎜ ⎟ (∂x )z + ⎜ ⎟ (∂y )z
⎝ ∂x ⎠ y ⎝ ∂y ⎠ x
TERMODINÂMICA
dividindo por (dy)z, temos
⎛ ∂ z ⎞ ⎛ ∂ x ⎞ ⎛ ∂z ⎞
0 =⎜ ⎟ ⎜ ⎟ +⎜ ⎟ .
⎝ ∂x ⎠ y ⎝ ∂y ⎠ z ⎝ ∂ y ⎠ x
⎛ ∂y ⎞
multiplicado pelo recíproco do 2º termo, ⎜ ⎟ , obtemos
⎝ ∂z ⎠ x
⎛ ∂ z ⎞ ⎛ ∂x ⎞ ⎛ ∂y ⎞
0 =⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ +1
⎝ ∂x ⎠ y ⎝ ∂y ⎠ z ⎝ ∂z ⎠ x
⎛ ∂x ⎞ ⎛ ∂y ⎞ ⎛ ∂z ⎞
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ = −1 (4.22
4 22)
⎝ ∂y ⎠ z ⎝ ∂z ⎠ x ⎝ ∂x ⎠ y
TERMODINÂMICA
que é a regra cíclica. As variáveis x, y, z nos numeradores se
relacionam com y,
y z,
z x nos denominadores e com os índices z,
z x,
x y
através de uma permutação cíclica.
Se três variáveis quaisquer estiverem ligadas por uma relação
funcional, então as três derivadas parciais satisfazem uma relação
do tipo
p da equação
q ç ((4.22).
) CComo em muitas situaçõesç da
termodinâmica, as variáveis de estado são funções de duas outras
variáveis, a equação (4.22) encontra aplicação freqüente.
Suponhamos que as três variáveis sejam pressão, temperatura e
volume. Escrevemos a regra cíclica usando as variáveis P, T, V:
⎛ ∂P ⎞ ⎛ ∂T ⎞ ⎛ ∂V ⎞
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ = −1
⎝ ∂T ⎠V ⎝ ∂V ⎠ P ⎝ ∂P ⎠T
Das definições de coeficiente de expansão térmica e coeficiente de
compressibilidade temos
compressibilidade,
⎛ ∂V ⎞ ⎛ ∂V ⎞
⎜ ⎟ = Vα e ⎜ ⎟ = −Vβ
⎝ ∂T ⎠ P ⎝ ∂P ⎠T
Usando as definições de α e β a regra cíclica torna
torna-se
se
⎛ ∂P ⎞ 1
⎜ ⎟ (− Vβ ) = −1
⎝ ∂T ⎠V Vα
de tal modo que
⎛ ∂P ⎞ α
⎜ ⎟ = (4.23 )
⎝ ∂T ⎠V β
TERMODINÂMICA
4.7 - A entropia como função da temperatura e do volume
Considerando a entropia como função de T e V, temos S = S(T, V) e
a diferencial total é
⎛ ∂S ⎞ ⎛ ∂S ⎞
dS = ⎜ ⎟ dT + ⎜ ⎟ dV (4.24)
⎝ ∂T ⎠V ⎝ ∂V ⎠ T
⎛ ∂E ⎞
dE = CvdT + ⎜ ⎟ dV (4.25 )
⎝ ∂V ⎠T
TERMODINÂMICA
Usando esse valor de dE na equação (4.12) temos
Cv 1⎡ ⎛ ∂E ⎞ ⎤
dS = dT + ⎢ P + ⎜ ⎟ ⎥ dV (4.26 )
T T⎣ ⎝ ∂V ⎠T ⎦
⎛ ∂S ⎞ Cv
⎜ ⎟ = (4.27 )
⎝ ∂T ⎠V T
⎛ ∂S ⎞ 1⎡ ⎛ ∂E ⎞ ⎤
⎜ ⎟ = ⎢P + ⎜ ⎟ ⎥ (4.28 )
⎝ ∂V ⎠T T ⎣ ⎝ ∂V ⎠T ⎦
TERMODINÂMICA
Como Cv/T é sempre + (seção 4.2), a equação (4.27) expressa o
fato importante de que,
que a volume constante,
constante a entropia aumenta
com o aumento da temperatura. Para uma variação finita de
temperatura a volume constante:
T2 Cv
ΔS = ∫T dT (4.29)
1 T
A dependência com o volume à temperatura constante dada pela
equação (4.28) é complicada. Podemos obter uma expressão mais
simples.
p
Derivamos a equação (4.27) com relação ao volume mantendo a
temperatura constante,
∂2S 1 ∂Cv 1 ∂ 2 E
= =
∂V∂T T ∂V T ∂V∂T
TERMODINÂMICA
⎛ ∂E ⎞
Onde substituímos Cv por ⎜ ⎟ . Semelhantemente, derivamos a
⎝ ∂T ⎠V
equação (4.28) em relação a temperatura mantendo o volume
constante
∂2S 1 ⎡ ⎛ ∂P ⎞ ⎛ ∂ 2 E ⎞⎤ 1 ⎡
⎜ ⎟ ⎛ ∂E ⎞ ⎤
= ⎢⎜ ⎟ + ⎥ − 2 ⎢P + ⎜ ⎟ ⎥.
⎜ ⎟
∂T∂V T ⎢⎣⎝ ∂T ⎠V ⎝ ∂T∂V ⎠ ⎥⎦ T ⎣ ⎝ ∂V ⎠ T ⎦
∂2S ∂2S
=
∂V∂T ∂T∂V
ou
TERMODINÂMICA
1 ⎛⎜ ∂ 2 E ⎞⎟ 1 ⎛ ∂P ⎞ 1 ⎛⎜ ∂ 2 E ⎞⎟ 1 ⎡ ⎛ ∂E ⎞ ⎤
= ⎜ ⎟ + − 2 ⎢P + ⎜ ⎟ ⎥
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
T ⎝ ∂V∂T ⎠ T ⎝ ∂T ⎠V T ⎝ ∂T∂V ⎠ T ⎣ ⎝ ∂V ⎠ T ⎦
1 ⎛ ∂P ⎞ 1 ⎡ ⎛ ∂E ⎞ ⎤
0= ⎜ ⎟ − 2 ⎢P + ⎜ ⎟ ⎥
T ⎝ ∂T ⎠V T ⎣ ⎝ ∂ V ⎠T ⎦
⎛ ∂E ⎞ ⎛ ∂P ⎞
P +⎜ ⎟ = T⎜ ⎟ (4.30 )
⎝ ∂ V ⎠T ⎝ ∂ T ⎠V
TERMODINÂMICA
Comparando as equações (4.30) e (4.28) obtemos
⎛ ∂S ⎞ ⎛ ∂P ⎞
⎜ ⎟ =⎜ ⎟ (4.31)
⎝ ∂V ⎠T ⎝ ∂T ⎠V
Lembrando a equação
q ç (4.23)
( ) obtemos
⎛ ∂S ⎞ α
⎜ ⎟ = (4.32 )
⎝ ∂V ⎠T β
Como β é +, o sinal da derivada depende do sinal de α. Portanto,
de acordo com esta equação, para a maioria das substâncias
â a
entropia aumenta com o volume à temperatura constante. A água
tendo um valor de α negativo entre 00ºC
C e 44ºC
C é uma exceção a
regra.
TERMODINÂMICA
As equações escritas nesta seção são aplicáveis a qualquer
substância e, portanto, podemos escrever a diferencial total da
entropia para qualquer sustância em função de T e V na forma
Cv α
dS = dT + dV (4.33)
T β
⎛ ∂S ⎞ ⎛ ∂S ⎞
dS = ⎜ ⎟ dT + ⎜ ⎟ dP (4.34 )
⎝ ∂T ⎠ P ⎝ ∂P ⎠T
⎛ ∂H ⎞
dH = CpdT + ⎜ ⎟ dP (4.36 )
⎝ ∂P ⎠T
Cp 1 ⎡⎛ ∂H ⎞ ⎤
dS = dT + ⎢⎜ ⎟ − V ⎥ dP (4.37
4 37 )
T T ⎣ ⎝ ∂P ⎠T ⎦
TERMODINÂMICA
Como as equações (4.34) e (4.37) expressam dS em termos de dT e
dP, elas são idênticas. A comparação dessas duas equações mostra
que
⎛ ∂S ⎞ Cp
⎜ ⎟ = (4.38)
⎝ ∂T ⎠ P T
⎛ ∂S ⎞ 1 ⎡ ⎛ ∂H ⎞ ⎤
⎜ ⎟ = ⎢⎜ ⎟ − V ⎥ (4.39 )
⎝ ∂P ⎠ T T ⎣ ⎝ ∂P ⎠ T ⎦
Cp
Para qualquer substância, a relação é sempre +. Portanto, a
T
a equação (4.38) diz que, à pressão constante, a entropia sempre
aumenta com a temperatura. Na equação (4.39) temos uma
expressão complicada para a dependência da entropia com a
pressão a temperatura constante. Para simplificar as coisas
formamos novamente as derivadas mistas e as igualamos. g
Derivamos a equação (4.38) em relação à pressão e a temperatura
constante, temos
TERMODINÂMICA
∂2S 1 ⎡ ∂ 2 H ⎛ ∂V ⎞ 1 ⎛ ∂H ⎞ ⎤
= ⎢ −⎜ ⎟ − 2⎜ ⎟ −V ⎥
∂T∂P T ⎣ ∂T∂P ⎝ ∂T ⎠ P T ⎝ ∂P ⎠T ⎦
Igualando as derivadas mistas,
1 ∂ 2 H 1 ∂ 2 H 1 ⎛ ∂V ⎞ 1 ⎡⎛ ∂H ⎞ ⎤
= − ⎜ ⎟ − 2 ⎢⎜ ⎟ −V ⎥
T ∂ P∂ T T ∂ T∂ P T ⎝ ∂ T ⎠ P T ⎣ ⎝ ∂ P ⎠ T ⎦
TERMODINÂMICA
⎛ ∂H ⎞ ⎛ ∂V ⎞
⎜ ⎟ − V = −T ⎜ ⎟ (4.40 )
⎝ ∂P ⎠T ⎝ ∂T ⎠ P
Combinando este resultado com a equação (4.39), temos
⎛ ∂S ⎞ ⎛ ∂V ⎞
⎜ ⎟ = −⎜ ⎟ = −Vα (4.41)
⎝ ∂P ⎠T ⎝ ∂T ⎠ P
onde usamos a definição de α.
A entropia pode ser escrito em função da temperatura e da
pressão na forma
Cp
dS = dT − VαdP (4.42
4 42)
T
O valor de α p
para sólidos é,, em ggeral,, da ordem de 10-4 ggrau-1 ou
menor; para líquidos é 10-3grau-1 ou menor.
TERMODINÂMICA
Cx ⎛ ∂S ⎞ Cx
dS = dT ou ⎜ ⎟ = (4.43 )
T ⎝ ∂T ⎠ x T
TERMODINÂMICA
⎛ ∂S ⎞ ⎛ ∂S ⎞
CV = T ⎜ ⎟ ou CP = T⎜ ⎟ (4.44)
⎝ ∂T ⎠V ⎝ ∂T ⎠ P
TERMODINÂMICA
4.10 – Variações de Entropia no Gás Ideal.
CV P
dS = dT + dV (4.45)
T T
TERMODINÂMICA
O mesmo resultado poderia ser obtido usando a Lei de Joule,
⎛ ∂E ⎞
⎜ ⎟ = 0 na equação (4.26). Para usar a equação (4.45), todas as
⎝ ∂V ⎠ T
quantidades precisam ser funções das duas variáveis T e V.
V Portanto
substituindo a pressão por , P = RT , a equação torna-se, para um
mol, V
CV R
dS = dT + dV (4.46)
T V
⎛ ∂S ⎞ R
⎜ ⎟ = (4.47 )
⎝ ∂V ⎠T V
TERMODINÂMICA
Essa derivada é sempre positiva; numa transformação isotérmica
a entropia de um gás ideal aumenta com o volume.
volume A taxa de
aumento é menor a volumes maiores pois V aparece em
denominador.
Para uma mudança de estado finita, integramos a equação (4.46)
obtendo
T2 C V V 2 dV
Δ S = ∫T dT + R ∫V .
1 T 1 V
Se C V é constante,
⎛ T2 ⎞ ⎛V 2 ⎞
Δ S = C V ln⎜ ⎟ + R ln⎜ ⎟ (4.48)
⎝ T1 ⎠ ⎝V 1 ⎠
TERMODINÂMICA
A entropia do gás ideal é expressa em função de T e P usando a
propriedade do gás ideal,
ideal dH = CpdT,
CpdT na equação (4.35)
(4 35) que se
reduz a
Cp V
dS = dT − dP .
T T
RT
P
Para expressar tudo
t d em função
f d T e P, usamos V =
ã de , portanto,
t t
para um mol P
CP R
dS = dT − dP (4.49)
T P
S − S 0 = R ln
l P. (4.53
4 53 )
Fig. 4.11.1. (a) Entropia do gás ideal em função da pressão. (b) Entropia do
gás ideal em função de ln p.
TERMODINÂMICA