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Fernando Motta - Psicanálise E Cultura Organizacional PDF
Fernando Motta - Psicanálise E Cultura Organizacional PDF
Resumo
Este ensaio teórico tem por objetivo geral analisar a inserção da psicanálise na obra de
Fernando Prestes Motta, buscando também compreender a relação estabelecida pelo referido
teórico entre a psicanálise e a cultura organizacional. Prestes Motta aponta que, a partir da
psicanálise, existe um relevante caminho que pode desvelar o que não é visto ou percebido
tanto na cultura como nas organizações. O referencial psicanalítico, para o autor citado, pode
ser a referência central para um bom número de trabalhos das ciências sociais, que venham a
nos ajudar no entendimento dos processos sociais, dentre os quais, como podem se entendidas
a organização e a cultura. A partir de sua obra, mesmo que Prestes Motta valorize e defenda a
psicanálise como um dos alicerces para o entendimento da cultura nas organizações,
propomos questionar como é possível, se é possível, dentro dos estudos organizacionais
relacionar esses dois referenciais (psicanálise e cultura organizacional) sem apropriações
equivocadas e apressadas de seus conceitos, além de podermos refletir como, quando e por
que usar os conhecimentos psicanalíticos nos estudos organizacionais, além de como se
apropriar de maneira correta desses conceitos.
Introdução
Este ensaio teórico tem por objetivo geral analisar a inserção da psicanálise na obra de
Fernando Prestes Motta e, de modo mais específico, compreender a relação estabelecida pelo
referido teórico entre a psicanálise e a cultura organizacional. Inicialmente, cabe ressaltarmos
a relevância de Prestes Motta dentre os estudiosos das organizações e o seu cuidado quando
da apropriação de pressupostos psicanalíticos para o campo da administração, o que nos
permite dizer, ser esse um dos autores que melhor se utiliza do referencial psicanalítico, com
destaque para a interlocução estabelecida em relação aos trabalhos de cunho mais sociológico
elaborados por e, a partir de, Sigmund Freud.
No artigo, primeiramente, buscamos nos seus principais livros e nos capítulos de livros
publicados por Prestes Motta identificar e analisar como os autores, os termos e os conceitos
que nos reportam a psicanálise em sua obra são utilizados. Depois, a partir de uma pesquisa
dos artigos publicados por Prestes Motta na RAE – Revista de Administração de Empresas da
FGV - Fundação Getúlio de Vargas, elaboramos um quadro em que analisamos também como
o autor constrói ao longo de sua trajetória acadêmica essa relação entre os estudos
organizacionais e a psicanálise. Cabe esclarecer que escolhemos e nos detemos nessa revista
por essa ter uma maior concentração e amplitude temporal dos artigos publicados por Prestes
Motta ao longo de sua vida. A seguir, descrevemos e procuramos entender como Fernando
Prestes Motta articulou o conhecimento psicanalítico com o tema cultura organizacional e em
suas publicações na área da Administração. Nas considerações finais discutimos e refletimos,
a partir da obra de Prestes Motta, como são feitas as apropriações desses conhecimentos e
quais as condições necessárias para faze-los.
1. Fernando Prestes Motta e a menção à Psicanálise nos Livros e nos Capítulos de Livros
A psicanálise está presente desde o início em suas obras, se considerarmos,
principalmente, os seus livros publicados. Não tão explicita e evidente como em sua obra
“Vida Psíquica e Organização”, datado de 2000, mas presente. Percebemos que a sua leitura
freudiana inicial, principalmente das obras sociológicas de Freud, é significativamente
influenciada por Eugène Enriquez, o qual Prestes Motta cita em muitos dos seus trabalhos.
Em suas primeiras citações sobre o referencial psicanalítico também encontramos a obra de
Max Pagés.
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de usar a psicanálise de uma forma que se aproxima mais de uma análise organizacional de
cunho sociológico, ou seja, passando de uma micro abordagem para uma macro abordagem.
Em contrapartida, Prestes Motta (2000) descreve a reação de Giles Amado que responde a
Elliot Jaques lembrando que a psicanálise não é apenas uma teoria para o entendimento da
psicopatologia clínica e para a atividade clínica, mas principalmente, uma forma e, mais do
que uma forma, um método de investigação de processos psíquicos inconscientes.
Talvez exista uma deficiência no texto do Prestes Motta quando tenta mostrar as
divergências entre Giles Amado e Elliot Jaques, pois, pelo menos, em seu texto, a síntese que
ele faz dos dois autores aponta mais para uma convergência do que uma divergência em si,
pois ao falar da aplicabilidade da psicanálise nas organizações ambos mostram vértices de
interpretação que se aproximam e se complementam, partindo de escritos que Freud faz além
da clínica, numa tentativa de tentar avançar o conhecimento psicanalítico nas organizações.
Como os próprios autores citados admitem, muitos trabalhos psicanalíticos ao interpretarem
de forma reducionista as pessoas nas organizações, na medida em que não levam em conta
variáveis sociais, culturais, econômicas e políticas, tornam-se perigosos, pois a atenção
conferida às estruturas organizacionais é geralmente muito pouca, o que, na opinião do
Prestes Motta, pode ser entendido como uma regressão do político ao psicológico.
Conforme Prestes Motta (2000), um dos maiores problemas de Jaques é o fato dele ser
psicanalista, uma vez que os psicanalistas, via de regra, possuem dificuldade em analisar as
organizações como um sistema interconectado de papéis. Prestes Motta (2000) busca no
sociólogo Selznick respostas que dão conta dessa “deficiência” que ele identifica nos
psicanalistas. Cabe questionarmos: Não seria na própria psicanálise que se encontra essa
lacuna?
Prestes Motta (2000) trata de nominar vários autores franceses que estudam as relações
entre os sistemas sociais e o funcionamento psíquico, trabalhos onde são analisados,
simultaneamente, o contexto organizacional, com suas tarefas, estruturas, estratégias, e os
fenômenos inconscientes. A riqueza desses trabalhos centrar-se-ia na capacidade de relacionar
o latente e o manifesto. Enquanto existem ainda autores, os quais Prestes Motta (2000) não
refere nomes, dedicados ao estudo de noções de crescimento e desenvolvimento
organizacional, a questões de saúde e patologia, bem como de bom funcionamento e
adaptação, há ainda um grande número de autores de várias partes do mundo, como Abraham
Zalesnik, Ket de Vries e Laurent de Pierre, entre outros, na linha da psicanálise aplicada que
se dedicam em sua maioria a questão da liderança.
É bem clara a posição de Prestes Motta (2000) em relação a sua preferência pela
vertente francesa, deixando isso explícito na forma de escrever as críticas e as ressalvas
concernentes a outras abordagens da teoria psicanalítica. Não só nessa obra, mas analisando
outros capítulos de livros e artigos, podemos perceber o quanto Prestes Motta apropria-se
mais recorrentemente dos autores psicanalíticos franceses.
Prestes Motta (2000) defende a integração da psicanálise com outras disciplinas tais
como: sociologia, antropologia, filosofia, entre outras, apesar de considerar a psicanálise
como a melhor teoria para que possamos explorar os processos inconscientes, pois as
organizações são sistemas construídos, vividos e administrados por pessoas com suas
capacidades e seu inconsciente. Mesmo não sendo a única opção, Prestes Motta (2000) aponta
que, a partir da psicanálise, existe um caminho relevante que pode desvelar o que não é visto
ou percebido. O referencial psicanalítico pode ser a referência central para um bom número
de trabalhos das ciências sociais, que venham a nos ajudar no entendimento dos processos
sociais, dentre os quais, como podem ser entendidos os modos de controle social, a
organização e a cultura.
Se nos primeiros livros de Prestes Motta encontrávamos referência, mesmo que poucas
citações, sobre alguns autores da psicanálise, no capítulo “Os pressupostos básicos de Schein
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e a fronteira entre a psicanálise e a cultura organizacional” (2000), Prestes Motta (2000) não
deixará de mencionar e articular alguns autores e temas da sociologia, como Weber e
burocracia, com o tema predominante do texto, a psicanálise.
Prestes Motta (2000) cita a psicanálise e a psicologia analítica de Jung para darem conta
dos pressupostos básicos de uma cultura que são sempre inconscientes. Apesar da psicologia
analítica de Jung também ser apontada por Prestes Motta (2000) como um caminho para o
entendimento do inconsciente, fica evidente que o autor não classifica Jung como psicanalista.
Algumas dúvidas, reflexões e esclarecimentos são necessários sobre o entendimento de
Prestes Motta sobre a obra de Jung, pois, segundo PAES DE PAULA (2005, p. 14), uma das
possibilidades para a continuidade da obra de Prestes Motta “seria aprofundar os seus estudos
sobre o uso da psicanálise para analisar as organizações, como ele faz no último artigo que
escreveu, ‘Meia-idade, Individuação e Organizações (...)”. É importante salientar que a
psicologia analítica de Jung não pode ser classificada como psicanálise. Zimerman (1999), ao
destacar as sete correntes psicanalíticas existentes atualmente, em nenhum momento cita a
psicologia analítica de Jung pertencente a alguma delas.
Dessa forma, se Prestes Motta em seu capítulo escrito em 2000 não classificava a obra
Junguiana como Psicanalítica, cabe questionar e esclarecer o artigo “Fernando Prestes Motta:
Em busca de uma abordagem psicanalítica nas organizações” de PAES DE PAULA (2005),
primeiramente quanto a esse título, e depois de que forma e porque Jung se insere em seus
estudos e de que maneira Prestes Motta entendia a conciliação, ou não, entre essas duas
correntes teóricas. Como ele não pode responder mais essas, entre tantas outras questões,
preferimos acreditar que Motta tinha bem claro as diferenças e a incomensurabilidade entre os
autores da psicanálise e da psicologia analítica de Jung, e que o estudo de Jung poderia fazer
parte de um novo projeto de pesquisa.
Apesar de Preste Motta (2000) defender o uso de autores da psicanálise para o
entendimento do inconsciente da cultura, na prática percebe-se que nos capítulos de livros que
Prestes Motta escreveu mais especificamente sobre cultura nas organizações que são “Cultura
nacional e cultura organizacional” (1995), “Cultura e Organizações no Brasil” (1997), e
“Cultura Brasileira, estrangeirismo e segregação nas organizações” (2001) pode-se identificar
a utilização de poucos autores para tal interpretação da cultura, pois os principais autores
citados que fazem uso ou são identificados a psicanálise são Callligaris, Enriquez (capítulo de
1995), Calligaris e Costa (capítulo de 1997) e Calligaris, Enriquez e Melman (capítulo de
2001).
2. Fernando Prestes Motta e a menção à Psicanálise nos Artigos publicados na RAE –
Revista de Administração de Empresas
Ao realizarmos um levantamento das publicações de Fernando Prestes Motta no site da
RAE - Revista de Administração de Empresas (www.rae.com.br), foi encontrado em seu
acervo 28 artigos, datados entre 1970 e 2003, a partir dos quais foi elaborado o seguinte
quadro, no qual destacamos o título do artigo, volume e número da Revista (VN), Ano e
Seção que foi publicado, autores citados que fazem uso do referencial psicanalítico, mesmo
que no artigo não apresente conceito psicanalítico, e alguns termos psicanalíticos encontrados
no artigo.
Artigos de Fernando Prestes Motta na Revista de Administração de Empresas-RAE
Artigo VN Ano e Autores Alguns termos
Seção Citados psicanalíticos
mencionados
Tecnologia, Paradoxos Organizacionais e v.43, 2003 – Citação
Gestão de Pessoas n.2 RH bibliográfica de
Enriquez
Mauricio Tragtenberg: Desvendando v.41, 2001 –
Ideologias n.3 RAE DOC
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remonta às origens da cultura, tais como descritas por Freud em seus textos sociológicos.
Quando retoma o tema do controle social em seus textos com a vertente mais cultural e
psicanalítica, Prestes Motta resgata seus estudos sobre burocracia, ideologia e autogestão, tal
como fazia quando falava sobre esses temas em seus trabalhos anteriores e quando já
introduzia pontos psicanalíticos e culturais nessas obras. Ou seja, se a psicanálise estava lá,
mesmo que sem muito destaque, em seus estudos iniciais, podemos achar a burocracia e
autogestão, de forma bem sintética, em seus últimos estudos.
As organizações, na ótica de Prestes Motta (2000), passaram a ser vistas como
tributárias de uma pluralidade de campos do conhecimento humano, como um sistema a uma
só vez cultural, simbólico e imaginário, isto é, como uma espécie de encruzilhada de
fantasmas e fantasias, de desejos individuais e coletivos, mais ou menos subterrâneos e
operantes, agindo ao mesmo tempo em que se dão os projetos voluntaristas típicos da
racionalidade instrumental. O universo simbólico através do qual o imaginário se expressa e
as práticas rituais que o constituem são quase sempre uma elaboração grandiosa, de
inestimável riqueza e complexidade. As bases de uma cultura são sempre inconscientes. A
natureza do imaginário também é inconsciente, enquanto lugar do sonho, da fantasia a realizar
ou do projeto de futuro a construir. Empresa é um lugar, o que significa um espaço
simbolizado, com seus monumentos e artefatos, seu poder de evocação, suas crenças, valores
e morais, tudo aquilo que compartilham aqueles que se consideram membros da organização.
Por isso a organização é uma cultura, lugar do desejo e da frustração, da pulsão de vida e da
pulsão de morte, e também as idéias culturais, fruto das primeiras realizações da cultura. As
empresas conseguiram tornar universais alguns dos pressupostos de sua cultura: a eficácia, o
desempenho, o sucesso e a visão do mundo como um universo de comportamentos
estratégicos.
A relação estabelecida por Prestes Motta entre a psicanálise e o conceito de
pressupostos básicos de cultura organizacional de Schein não seria muito bem aceita por
Carrieri (2005), Cavedon (2003) e Jaime Júnior (2001), entre outros autores brasileiros
contemporâneos que vem desenvolvendo o tema da cultura organizacional de forma mais
interpretativista, como administração local (Cavedon, 2003) e identidade em organizações
familiares (Carrieri, 2005). Apesar de ser muito citado, Schein tem sido muito criticado pelos
autores citados acima, pois o mesmo com seu aporte gerencialista e uma certa visão
homogeneizante e top down tem sido considerado ultrapassado. Dessa forma, a psicanálise
está dando suporte para um entendimento gerencialista de cultura organizacional, o que está
paradoxalmente sendo contraditório frente ao referencial defendido por Prestes Motta.
4. Considerações Finais – Análise Terminável e Interminável
A partir da extensa obra de Fernando Prestes Motta, podemos ir analisando ao longo
desse artigo como os estudos psicanalíticos e culturais foram se inserindo e sendo incorporada
pelo autor. Algumas questões nesse contexto são lançadas para debate e reflexão:
Teríamos por mote inquirir: Como, quando e por que usar os conhecimentos
psicanalíticos nos estudos organizacionais? Como se apropriar de maneira correta desses
conceitos?
Mesmo não citando Melanie Klein, Prestes Motta (2000) traz alguns de seus termos e
entendimentos para artigos e para o capítulo “Os pressupostos básicos de Schein e a fronteira
entre a psicanálise e a cultura organizacional”, tal qual ele faz com Lacan, mas a partir das
idéias de Calligaris, e de Freud, com Enriquez. Aprofundar-se nos estudos de Klein
significaria entrar mais no aspecto clínico da psicanálise. Uma questão importante que Prestes
Motta tangencia é até que ponto os fenômenos psicanalíticos da clínica podem ser entendidos
e aplicados sem distorções em outro contexto, como nas organizações. Será realmente isso
possível? Nesse caso nos questionamos: Caso seja possível, quem estaria apto a fazê-lo? Pois,
corremos o risco de desenvolver uma análise organizacional distorcida e, portanto,
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Mesmo que Prestes Motta valorize e defenda a psicanálise como um dos alicerces para o
entendimento da cultura nas organizações, propomos também questionar como é possível, se
é possível, dentro dos estudos organizacionais relacionar esses dois referenciais (psicanálise e
cultura organizacional) sem apropriações equivocadas e apressadas de seus conceitos?
Uma questão que é importante discutir para os estudos organizacionais é como e quem
tem legitimidade para se utilizar dos conhecimentos, seja a psicanálise e/ou seja a cultura, de
forma a não ferir aspectos relevantes para os ramos dos conhecimentos citados, muitas vezes,
limitados pela falta de domínio de certos elementos cruciais de cunho teórico-prático.
Se por um lado, ao analisarmos o uso da psicanálise e da cultura ao longo de boa parte
da obra de Prestes Motta, nos deparamos com um dos autores que melhor se apropria de
alguns termos e conceitos da psicanálise no contexto dos estudos organizacionais, percebemos
que ele não se aprofunda em muito de suas possibilidades e riquezas, e que nessa transposição
do conhecimento do psicanalítico para os estudos organizacionais, faz recortes e leituras, em
alguns momentos, parciais, sem ir, muitas vezes, diretamente as fontes, deixando de lado
alguns conceitos que são importante para o entendimento psicanalítico, como uma das
questões primordiais que os psicanalistas discutem, até hoje, que é o método de investigação
em psicanálise. Sem querer novamente retomar a questão do tripé, no momento em que a
psicanálise se preocupa essencialmente com o estudo do inconsciente, Prestes Motta, em seus
estudos, não escreve claramente como o pesquisador pode ter acesso a esse inconsciente.
Encontramos nas palavras do psicanalista Sandler (2003, p. 524), indagações sobre o
aprender psicanalítico que nos remetem as questões levantadas anteriormente sobre o
conhecimento e a aplicabilidade psicanalítica:
“Estarão a análise pessoal e a intuição analiticamente treinada e o aprender da
experiência clínica fadadas a serem substituídos por aprendizados racionais e
´paradigmas´ importados que fracassaram em seus próprios campos? Será mesmo
possível substituir o sofrimento romântico das experiências intuitivas apaixonadas
da análise pessoal, do analisar pessoas, por vôos indisciplinados de imaginação
erudita – por um lado – ou por quantificações de dados grosseiros, grosseiramente
captados (como contagens de palavras, interrupções de sonhos e assemelhados)?”
O atual presidente da IPA (Associação Psicanalítica Internacional) Cláudio Eizirik
(1997, p.173), no artigo “ Psicanálise e cultura: Alguns desafios contemporâneos”, cita na sua
introdução as palavras de Carlos Drummond de Andrade, nas quais deixamos para o final
também como reflexão:
“ Chega mais perto e contempla as palavras
Cada uma
Tem mil faces secretas sob a face neutra
E te pergunta, sem interesse pela resposta,
Pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?”
Referências Bibliográficas
ALCADIPANI, Rafael; PRESTES MOTTA, Fernando C..Jeitinho Brasileiro, Controle Social
e Competição. Revista de Administração de Empresas, v.39, n.1, 1999.
CAVEDON, Neusa. Antropologia para Administradores. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
COHEN, William; Cohen, Nurit. A empresa Paranóica: diversas maneiras que podem
transformar sua empresa em uma paranóia total, e como curá-la. São Paulo: Makron Books,
1995.
ENRIQUEZ, Eugène. Da horda ao Estado: Psicanálise do Vínculo Social. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editores, 1983.
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