Você está na página 1de 23

Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S.

Sartori 1

Ementa
Sistemas de forças aplicadas equivalentes. Equilíbrio da partícula. Equilíbrio de corpos rígidos. Centróide e centro de gravidade. Ca
distribuído.

Guia Curricular
1 Introdução
1.1. VETORES – DEFINIÇÃO E OPERAÇÕES.
1.2. VERSORES. NORMALIZAÇÃO.
1.3. DECOMPOSIÇÃO DE VETORES.
1.4. SISTEMAS DE UNIDADES
1
2 EQUILÍBRIO DA PARTÍCULA
2.1. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO.
2.2. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
2.3. SISTEMAS DE FORÇAS
COPLANARES.
2.4. SISTEMAS DE FORÇAS
TRIDIMENSIONAIS.

3 RESULTANTES DE UM SISTEMA DE FORÇAS.


3.1. MOMENTO DE UMA FORÇA.
FORMULAÇÕES ESCALAR E VETORIAL.
3.2. O PRINCÍPIO DOS MOMENTOS.
3.3. BINÁRIOS.
3.4. REDUÇÃO DE UM CARREGAMENTO
DISTRIBUÍDO SIMPLES.

4. EQUILÍBRIO DOS CORPOS RÍGIDOS


4.1. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO.
4.2. DIAGRAMAS DE CORPO LIVRE.
4.3. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO.

 Bibliografia
 BIBLIOGRAFIA Básica

1. BEER, F. P.; JOHNSTON JUNIOR, E. R.


Mecânica vetorial para engenheiros:
cinemática e dinâmica 5ª ed. 2v. São Paulo:
Makron, 1994.
2. HIBBELER, R. C. Dinâmica: Mecânica para
Engenharia. 8.ed. Rio de Janeiro Prentice Hall
Brasil, 2004.
3. KRAIGE,L.G.;MERIAN,J.L. Mecânica:
dinâmica. Rio de Janeiro: LTC,2004.
4. FRANÇA, L.N.F.;MATSUMURA,A.Z. Mecânica
Geral.Edgar Blucher, 2005.
5. GERE, J. Mecânica dos materiais. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003
6. KAMINSKI, P.C. Mecânica geral para engenheiros.
Edgar Blucher, 2000.
7. SEARS,F.;YOUNG H. D. Física. vol.1, Mecânica.
Addison Wesley, 2008.
Cinemática dos Sólidos,Unip, Versão 2, 2009.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 2

1 Introdução Determinação de forças


1.1. VETORES – DEFINIÇÃO E
OPERAÇÕES. Para determinar uma força no espaço R3
1.2. VERSORES. NORMALIZAÇÃO. devemos:
1.3. DECOMPOSIÇÃO DE VETORES. 1. Localizar o ponto de aplicação A.
1.4. SISTEMAS DE UNIDADES 2. Encontrar o vetor na direção da
Norma ou módulo de um vetor força.
A norma ou módulo de um vetor v  ( x, y, z ) AB  B  A
3. Normalizar o vetor.
, denotado por v ou v é definida por:
AB
nˆ AB 
v  x  y z
2 2 2
AB 2
z 4. Encontrar a força:
z
FÂB  FAB  nˆ AB
v v  ( x, y, z )
y y Vetor Unitário e Versores.
0
Um vetor unitário é aquele que possui norma ou
módulo 1:
x
x
v 1
Dado um vetor v  ( x, y, z ) , para
 Normalização de um vetor:
 encontrarmos o vetor unitário de mesma direção de
Dado um vetor u qualquer, o vetor de
módulo 1 que aponta na mesma direção e sentido de v , denomina-se versor de v . Representaremos o

u é dado por: versor de v por v̂ :

u
nˆ   v
u vˆ 
 v
u n̂
O versor é um vetor unitário, pois:

v 1
vˆ    v 1
v v
Ou:
Chamamos de base no espaço R3 um conjunto de
xu iˆ  yu ˆj  zu kˆ
nˆ  três vetores linearmente independente (LI), ou seja,
xu2  yu2  zu2 nenhum deles pode ser obtido por uma combinação
linear dos outros dois.
nˆ  cos   iˆ  cos   ˆj  cos   kˆ
Dessa relação, obtém-se:

  v1 , v2 , v3 
Um caso particular e de interesse na Geometria
cos2   cos2   cos2   1 são as bases em que os vetores são unitários e
perpendiculares entre si. Essas bases denominam-se
  Importante: bases canônicas. Dizemos que tais vetores são
 v é um vetor, por tanto possui módulo ortonormais.
direção e sentido. No espaço R3, a base canônica é representada
  por:
 v é o módulo do vetor v , sendo portanto
um número. 
  iˆ, ˆj, kˆ 
Onde:
iˆ  1,0,0
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 3

ˆj  0,1,0
Aplicando a Lei dos cossenos:
kˆ  0,0,1
v  u  v u
2 2 2

cos  
2 v u
v  u  v  u  2  v u  cos 
2 2 2

Utilizando a propriedade 2:
Definido os versores, podemos escrever um
u  v 
2
 u  2u  v  v
2 2

vetor v  ( x, y, z ) como sendo:


 u  2u  v  v
2 2
 v  u  2  v u  cos 
2 2
v  v x  iˆ  v y  ˆj  v z  kˆ
3
 Produto Escalar entre dois vetores: 2u  v  2  v u  cos 

Definição: O produto escalar dos vetores u  v  v u  cos 


u  xu  iˆ  yu  ˆj  zu  kˆ Ângulos diretores e cossenos diretores de
um vetor.
v  xv  iˆ  yv  ˆj  zv  kˆ
representado por u  v e é dado por: Dado um vetor u  xu  iˆ  yu  ˆj  zu  kˆ não
u  v  xu  xv  yu  yv  zu  zv nulo chama-se ângulo diretor aos ângulos que o
vetor u forma com os versores iˆ, ˆj, kˆ .
Propriedades do produto escalar:
i. u  v  v  u
ii. u   v  w  u  v  u  w
iii.   u  v    u   v  u   v 
iv. u  u  0  u  0 e u  u  0  u  0
v. u  u  u
2

z
Observações:
1. u  u é chamado de quadrado escalar do
vetor u 
 u  v   u  2u  v  v
2 2 2
2.

3.  u  v    u  v   u  v
2 2

Definição Geométrica do produto escalar:

Dados dois vetores u e v e o ângulo  entre


eles definimos o produto escalar como sendo: y
u  v  u v cos 

v u x


Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 4

zu z 
 Determinação dos ângulos α, , : cos      arccos  u 
u  u 
z
 Ângulo entre dois vetores.
Dados dois vetores:
u  xu  iˆ  yu  ˆj  zu  kˆ
u v  x  iˆ  y  ˆj  z  kˆ
v v v
Podemos encontrar o ângulo entre os
vetores por meio da equação:
u x vx  u y v y  u z vz
y cos   4
xu u v
  u x vx  u y v y  u z v z 
  arccos  
x  u v 
Projeção de um vetor sobre outro.
x x 
cos   u    arccos  u  Dados dois vetores:
u  u 
u  xu  iˆ  yu  ˆj  zu  kˆ
z v  xv  iˆ  yv  ˆj  zv  kˆ
e o ângulo  entre eles, chama-se de
projeção do vetor u sobre a direção do vetor v o
u vetor dado por:
u v
projv u  2
v
v

yu  y

x
yu y 
cos      arccos  u 
u  u 

u
zu

v

x
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 5

Interpretação Geométrica do produto


escalar de dois vetores. Outro conceito importante que envolve a o
Considerando o vetor v um vetor unitário (com produto escalar de dois vetores é a potência
instantânea de uma força. Como a potência é dada
norma 1, v  1 ), podemos fazer: por:
u v v 1
projv u  v  u v 
v
2
v v W F d
P  lim  P  lim
vˆ 1 t 0 t t  0 t
projv u   u  v  vˆ d
P  F  lim
Portanto, se tomarmos agora o módulo do vetor t 0 t
projeção, teremos: v 5
projv u  u  v  vˆ  projv u  u  v
P  F v
Ou seja, o comprimento do vetor projeção
de u sobre a direção do vetor v sendo o vetor v SISTEMA INTERNACIONAL DE
unitário, é igual ao módulo do produto escalar de u UNIDADES DE MEDIDA (SI);
com o vetor v . 1971 – 14a conferência geral de pesos e medidas –
Sistema Internacional de unidades (SI).

Aplicações do Produto escalar na Quantidade Nome da Símbolo


Física: Fundamentais unidade
Comprimento metro m
Um conceito importante utilizado na Física Massa kilograma kg
envolvendo a análise vetorial é o produto escalar de Tempo segundo s
dois vetores.
Considere um corpo que se desloca a uma
distância r ao longo de uma trajetória descrita pela
Prefixos para o sistema SI:
curva C. Em cada instante deste deslocamento há
Fator Prefix Símbolo Fator Prefix Símbolo
uma força F atuando sobre o corpo de massa m. 1024 yotta Y 10-24 yocto y
Definimos o trabalho da força F ao longo da curva 1021 zetta Z 10-21 zepto z
C pela integral de linha: 1018 exa  10-18 Atto a
W   F  dl 1015 peta P 10-15 femto f
C
1012 tera T 10-12 Pico p
109 giga G 10-9 Nano n
Aqui dl aponta no sentido da orientação da 106 mega M 10-6 micro 
curva, tem direção tangente à ela e representa um 103 kilo k 10-3 Milli m
deslocamento infinitesimal do corpo de massa m. 102 hecto h 10-2 centi c
No caso da força ser constante: 101 deka da 10-1 Deci d
W  F  r  W  F  r  cos
Onde r é o vetor que possui origem em O e
termina no ponto de aplicação de F e  o ângulo
entre a força F e o vetor r .  Prefixos mais usados:

Fator Prefix Símbolo


106 mega M
103 kilo k
10-2 centi c
10-3 Milli m
10-6 micro 
10-9 Nano n
W  F  d  W  F  d  cos Alguns fatores de conversão:
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 6

Massa Comprimento Volume As grandezas fundamentais são:


1kg=1000g=6.02.1023 1m=100cm=39.4in 3 3
1m =1000l=35,3ft =
u =3.28ft 264gal  Metro: (m)
1slug=14,6kg 1mi=1.61km=5280 Tempo O metro foi definido, em 1792 na França,
ft
1u=1,66.10-27kg 1 in=2.54cm 1d=86400s
como 1 décimo de milionésimo da distância do pólo
Densidade 0 1 norte para o equador. Atualmente é definido como a
1year= 365 4 distância entre duas linhas finas gravadas em uma
1nm=10-9m=10 A
d=3,16.107s barra de platina-irídio, mantida no International
1kg/m3=10-3g/cm3 1 light- Medida AngularBureau of Weights and Measures próximo à Paris.
year=9,46.1015m
1rad=57,30=0,159rev Em 1960 foi adotado um novo padrão para
rad=1800=1/2 revo metro, baseado no comprimento de onda da luz.
Especificamente, o metro foi redefinido como 6
1650763,73 comprimentos de onda de uma
particular luz vermelho-alaranjada emitida por
Velocidade Pressão Energia
átomos de Kriptônio-86.
1m/s=3,27ft/s=2. 1Pa= 1N/m2 7
1J=10 erg=0,239cal=0.73
24mi/h 8ft-lb
1km/h=0.278m/s 1Pa=1dyne/cm2 1kWh=3,6.106J COMPRIMENTOS TÍPICOS m
1km/h=0.621mi/ 1Pa=1,45.10- 1cal=4,19J Distância ao mais afastado quasar (1990) 2.1026
4
h lb/in2 Distância à galáxia de Andrômeda 2.1022
Força 1atm=1,01.105Pa 1eV=1,60.10-19J Distância à mais próxima estrela (Próxima 4.1016
1N=105dyne 1atm=14,7lb/pol2 Potência Centauri)
1lb=4,45N 1atm=76cm- 1 horsepower=746W=550 Distância ao mais afastado planeta (Plutão) 6.1012
Hg=760mm-Hg ft.lb/s Raio da Terra 6.106
Altura do monte Everest 9.102
Espessura dessa página 1.10-4
Comprimento de onda da luz 5.10-7
Observações: Comprimento de um vírus típico 1.10-8
inch: polegada Raio do átomo de hidrogênio 5.10-11
feet: pé Raio de um próton 10-15
light-year: ano-luz, distância que a luz percorre em
um ano.  Tempo: (s)
horsepower: hp Para medir tempo-padrão, os relógios
cavalovapor:cv atômicos foram desenvolvidos em diversos países.
1cv  735W  1HP  1.014CV A 13a conferência geral de pesos e medidas
adotou o segundo padrão baseado no relógio
 Notação Científica: atômico de césio. (NIST- Colorado USA)
Em princípio, dois relógios de Césio
Resultados obtidos em calculadoras ou funcionando por 6000 anos não atrasariam 1s em
computadores , possuem formatos do tipo dos relação ao outro.
exemplos abaixo: Intervalo de Tempo (s)
Tempo de vida de um próton 1039
Exemplo 1- Idade do universo 5.1017
Idade da pirâmide de Quéops 1.1011
Visor: Expectativa de vida humana (EUA) 2.109
126,096E+06=126,096.106 Duração de um dia 9.104
Escrito em notação científica: Tempo entre duas batidas do coração 8.10-1
1,26096.108 humano
Tempo de vida de um múon 2.10-6
Menor pulso luminoso no laboratório 6.10-15
Exemplo 2- (1989)
Visor: Tempo de vida da mais instável partícula 10-23
0,0108E-08=0,0108.10-8 Constante de tempo de Planck 10-43
Escrito em notação científica:
1,08.10-10
 Massa: (kg)
O SI também é conhecido como sistema A unidade padrão para a massa é um
métrico. cilindro de platina-irídio guardada no International
As grandezas derivadas do SI são dadas em Bureau of Weights and Measures , próximo à Paris,
termos das fundamentais. França, como mostramos na figura
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 7

abaixo:corresponde a uma massa de 1kg, de acordo


internacional. 
F3  200sen30iˆ  200cos30 ˆj (lb) 
Algumas massas típicas: 
F4  400sen30iˆ  400cos30 ˆj (lb) 
Massa kg
Universo conhecido 1053
Nossa galáxia 2.1041
Sol 2.1030
Lua 7.1022 (b) Encontre as tensões nos fios AB e AC.
Asteróide Eros 5.1015
Pequena Montanha 1.1012
Periferia do Oceano 7.107 7
Elefante 5.103
Grampo 3.10-3
Grão de Areia 7.10-10
Molécula de Penicilina 5.10-17
Próton 2.10-27
Elétron 9.10-31

2 EQUILÍBRIO DA
PARTÍCULA
2.1. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO.
2.2. DIAGRAMA DE CORPO LIVRE
2.3. SISTEMAS DE FORÇAS
COPLANARES.
2.4. SISTEMAS DE FORÇAS
TRIDIMENSIONAIS.

 Exemplos

Exemplo 1 – Encontre a decomposição de


cada força indicada, escrevendo na forma
F  Fxiˆ  Fy ˆj : TAB  TAB cos50iˆ  TAB sen50 ˆj
(a) TAC  TAC cos30iˆ  TAC sen30 ˆj
P  736 ˆj

Rx  0  TAB cos50  TAC cos30  0


Ry  0  TAB sen50  TAC sen30  P  0
cos30
TAB  TAC  TAB  1.3473TAC
cos50
0.766 736

1.3473TAC  sen50  TAC sen30  P


0.5

1.532TAC  736  TAC  480.4 N


F1  300iˆ(lb)
TAB  1.3473   480.4   TAB  647.25N
F2  173.2 ˆj (lb) O mesmo problema pode ser resolvido pela
Lei dos senos.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 8

 Lei dos Senos:


sen sen sen
 
F F F TCB
 900  
 
 P
TCD 90  
 
0

sen600 sen800 sen400 sen  900    sen     sen  90   


0

    8
TAB 736 TAC TCD P TCB
sen600 sen800 sen400 sen600
TAB  736  TAB  647.2 N  
sen800 TCD 900 TCB
sen400 sen800
TAC  736  TAC  480.4 N TCD  900  TCD  1378.88 N
sen800 sen400
sen600
(c) Um marinheiro está sendo resgatado
TCB  900  TCB  1212.57 N
usando uma cadeira que está suspensa a partir de sen400
uma roldana, que pode rolar livremente sobre o cabo A resolução pelo método da decomposição
de suporte ACB e é puxada a uma velocidade fica a cargo do leitor.
constante pelo cabo CD. Sabendo-se que  = 300 e 
= 100 e o peso da cadeira e do marinheiro juntos, Exemplo 2 – Encontre cada uma das forças
vale 900N, determine a tensão que suporta os cabos: indicadas na estrutura:
(c1) ACB.
(c2) CD.

Resolvendo o problema pela Lei dos seno:


Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 9

R2  6002  8002  2  600  800  cos40.9


R  524lb
Usando a Lei dos Senos:
600 524
    48.6
sen sen40.9
 Solução algébrica:
Rx   Fxi  Rx  800  600  cos 40.9
i

Rx  346lb
Ry   Fyi  Ry  600  sen40.9 9
i

Ry  393lb
R  Rx  iˆ  Ry  ˆj
R  346  iˆ  393  ˆj  lb 
F1  491  iˆ  344  ˆj  N 
R  Rx2  Ry2
F2  400  iˆ  300  ˆj  N 
R  3462   393  R  524lb
2
F3  358  iˆ  716  ˆj  N 
Ry
Exemplo 3 - Encontre a resultante das   arctg
forças que atua na estrutura abaixo: Rx
 393 
  arctg      48.6
 346 

 Solução Geométrica: Exemplo 4 - Encontre as componentes da


6sen 60
força indicada no sistema Oxy.
BD
tg     40.9
AC  CD
6 6cos60
Lei dos Cossenos:
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 10

F  250  iˆ  433  ˆj  N  (d) Encontre as forças que atuam na


direção AB, sabendo que seus módulos são
Exemplo 5 – Encontre a resultante das F   2500 N e F   F   nˆ 
forças no ponto C da estrutura. AB AB AB AB

(e) Encontre os ângulos que essa força


faz com os eixos.
 Solução:

(a) Pontos:
A(40, 0, -30); B(0, 80, 0); C(0, 0, 0) 10

(b) AB  B  A   40,80,30

CB  B  C   0,80, 0 

FR   F2  cos20  F1  cos30  iˆ   F1  sen30  F2  cos20  ˆj  N  AB
F1  sen30  F2  cos 20 (c) nˆ   
tg  AB
F2  cos 20  F1  cos30 AB
Exemplo 6 – Seja a estrutura abaixo:
2 2 2

        
AB   AB    AB    AB 
 x  y  z

AB   40   802  302
2
;


AB  8900


C AB 40 ˆ 80 ˆ 30 ˆ
nˆ   
 i j k
AB
AB 8900 8900 8900


CB
(a) nˆ   
CB
CB
Encontre os pontos A, B, C.
(b) Ache os vetores: 2 2 2

        
 CB   CB    CB    CB 
AB  B  A  x  y  z


CB  B  C
CB   0  802  02
2

(c) Normalize os vetores:


 

AB BC CB  80
nˆ   
; nˆ   
AB BC
AB BC 
CB 0iˆ  80 ˆj  0kˆ ˆ
nˆ   
  j
CB 80
CB
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 11

(d) F   2500 N
AB

F   F   nˆ 
AB AB AB

 40 ˆ 80 ˆ 30 ˆ 
F   2500    i j k
AB  8900 8900 8900 

 40 ˆ 80 ˆ 30 ˆ 
F   2500    i j k
AB  8900 8900 8900  11

F   1059.99iˆ  2119.99 ˆj  794.99kˆ  N 


AB

Exemplo 7 – Nos exemplos abaixo,


encontre os vetores indicados:

(a) ED e EC

40  40 
cos  x     x  arccos   
8900  8900 
 x  115,1   x  2,00rad
80  80 
cos  y    y  arccos  
8900  8900 
 y  32   y  0,558rad (b) AB
30  30  `
cos  z    z  arccos  
8900  8900 
 z  71, 45   y  1, 247rad
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 12

(c) P (g) AO e OB.

12

(d) CA e FC

(e) AB e AC.

(f) CD e AB.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 13

 Exercícios 4. Na figura, a força F2 vale 150N. Encontre


a tensão F1 para que a articulação AB fique em
1. Determine a força resultante no ponto B repouso.
da figura.

13

2. Determine a força resultante no pino da


figura.

5. Decomponha os vetores força indicados,


sabendo que: F  Fxiˆ  Fy ˆj

(a)

3. Sabendo que a tensão no cabo BA é


250N, determine a tensão no cabo AD. (b)

(c)

6. Para o pino A, encontre a resultante das


forças, utilizando:
(a) A decomposição dos vetores.
(b) A Lei dos senos.
(c) A regra do paralelogramo.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 14

10. O ângulo formado por um vetor de


módulo 5 e o eixo Ox é de 450. Escreva esse vetor.

11. O ângulo formado por um vetor de


módulo 10 e o eixo Ox é de 1350. Escreva esse vetor.

12. Os ângulos formado por um vetor de


módulo 10 e os eixos Ox, Oz são, respectivamente,
N N 300, 1200. Encontre:
Rx   Fxi ; Ry   Fyi (a) A componente y desse vetor.
i 1 i 1 (b) Seu ângulo com o eixo Oy.
R  Rxiˆ  Ry ˆj
13. Os ângulos formados por um vetor de 14
Ry módulo 20 e os eixos Oy, Oz são, respectivamente,
  arctg 600, 1450. Encontre:
Rx (a)A componente y desse vetor.
7. São dados os vetores: (b) Seu ângulo com o eixo Oy.

u  3iˆ  ˆj  
 14. Dois vetores u e v possuem módulos
v  2iˆ  5 ˆj 3 e 4, respectivamente. Encontre os vetores
      
r  2iˆ  3 ˆj  kˆ S  u  v e D  u  v quando o ângulo  entre

s  4iˆ  2 ˆj  8kˆ
eles for de:
(a)  = 450(b)  = 00 (c)  = 900.
Determine: (d)  = 1450 (e)  = 1800
   
(a) u  3v (b) u  3v (e)  = 2250
     (f)  = 3000
(c) r  s (d) u  2v  3r Faça a representação gráfica.
     
(e) u  2v  3r (f) s  v  5r
     
(g) s  v  5r S u v

u
8. Dados os vetores:   
 D u v
u  2iˆ  3 ˆj 

v  4iˆ  6 ˆj 
 v
r  iˆ  6 ˆj  3kˆ  
15. Dois vetores u e v possuem módulos
(a) Encontre os módulos desses vetores e os 8 e 12, respectivamente. Encontre os vetores
ângulos que eles formam com os eixos coordenados.      
S  u  v e D  u  v quando o ângulo  entre
 (b) Determine
 os ângulos formado pelo
vetor u  v  r com os eixos coordenados. eles for de:

9. Dados os vetores: (a)  = 1 rad (b)  = 00


 (c)  = 900 (d)  = 
u  4iˆ  3 ˆj  6kˆ (e)  = 1800 (f)  = 2250
 (g)  = 3000
v  2iˆ  ˆj

r  4iˆ  2 ˆj  8kˆ Faça a representação gráfica.
(a) Encontre os módulos desses vetores e os
ângulos que eles formam com os eixos coordenados.
(b) Determine
  os ângulos formado pelo
vetor 2u  4v  6r com os eixos coordenados.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 15

 Apêndice I cos(2   )  cos 2   sen 2


 Regra do Paralelogramo: Demonstração:
 Lei dos Cosenos:

 
y u v c  a 2  b 2  2  a  b  cos 
  
u u v
 uy b  a 2  c 2  2  a  c  cos 
u

v v vy
a  c 2  b 2  2  c  b  cos 
15
x
ux vx

Observe que: 

 
u x  u  cos  u v x  v  cos  v
  e  
u y  u  cos  u v y  v  cos  v
a c


  
u u  cos u iˆ  u  senu ˆj
   b
v v  cos  v iˆ  v  sen v ˆj Lei dos Senos:

     
u  v   u  cos u  v  cos  v iˆ   u  senu  v  sen v  ˆj a b c
 
sen sen sen
 
u v   u  cos  u
  
 v  cos  v    u  sen u  v  sen v 
2 2

 
u v 
2 2  
u (cos 2  u  sen 2  u )  v (cos 2  u  sen 2  u )  2 u v (cos  u cos  v  sen u sen v )
Prova:
Observe que:
Como:

cos   cos(u  v )  cos u cos v  senu senv
Teremos: 1
  2 2   2
u v  u  v  2  u  v  cos 
a h c
Analogamente, podemos provar que:
  2 2   
u v  u  v  2  u  v  cos 
m n
 Relações trigonométricas b
h
sen   h  a  sen {1}
sen(a  b)  sena  cos b  senb  cos a a
h
cos(a  b)  cos a  cos b  senb  sena sen   h  c  sen {2}
c
h
cos 2   sen 2  1 cos 1   h  a  cos 1
a
h
sen(2   )  2  sen  sen cos 1   h  a  cos 1
a
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 16

h
cos  2   h  c  cos  2
c
m
sen1   m  a  sen1
a
n
sen 2   n  c  sen 2
c
sen  sen(1   2 )  sen1 cos  2  sen 2 cos 1
m1 h n h (m  n)h bh
sen    
a c c a1 ac ac
Portanto: h  ac
sen {3}; Reunindo {1}, 16
b
{2} e {3}:
ac
h  a  sen  c  sen  sen
b
Dividindo os membros por a.c:
sen sen sen
 
c a b
a b c
Ou:  
sen sen sen

 Lei dos Cosenos:

c  a 2  b 2  2  a  b  cos 
b  a 2  c 2  2  a  c  cos 
a  c 2  b 2  2  c  b  cos 

a c

b
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 17

 Apêndice 2:  Série HP
 Modo Estatístico das calculadoras.
 Casio fx-82MS

 Recursos estatísticos:
 Σx, Σx2, Σy, Σy2, Σxy
 Desvio padrão de amostra, média 17
 Desvio padrão de população
 Regressão linear
 Combinações, permutações
 Média ponderada
Comando Função  Editar, gravar, nomear, listar
on Liga  Ajuste de curva ( LIN, LOG, EXP, POW )
Mode 2 Entra no modo sd  Plotagem de dados estatísticos
(statistical data)
 Testes de hipóteses
Shift CLR 1 = Limpa memórias
 Intervalos de confiança
Dado 1 M+ Inseri dado 1
Comando Função
Shift 2 Entra no s-var
Shift 2 1 = Dá a média
Entra no modo estatístico
Shift 2 2 = Dá o DPP
Shift 2 3 = Dá o DPA
Shift CLR 3 = Limpa tudo
Single-var
Mode 3 Entra no modo
Edit Entra no modo de edição.
reg 1 (regressão
Escolha a coluna que
linear)
inserirá os dados
x1,y1 M+ Inseri ponto
population Dpp
(x1,y1)
sample Dpa
Exemplo: Insere o ponto
chk Marque para mostrar o
1.879EXP(- (1.879.10-5,
valor
)5,2.456EXP4 M+ 2.46.104)
Shift 2 1 = Dá a média de x
Entra no modo de ajuste de
Shift 2 2 = Dá o DPP de x
curvas
Shift 2 3 = Dá o DPA de x
Shift 2 1 = Dá a média de x
Fit data
Shift 2 2 = Dá o DPP de x
Edit Insira os dados (x,y) nas
Shift 2 3 = Dá o DPA de x colunas 1 e 2, por exemplo
Shift 2  1 = Dá o coeficiente
linear A
Shift 2  2 = Dá o coeficiente
angular B Valeu,
Shift 2  3 = Dá a correlação r carinha ?
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 18

Problemas
1.Determinar a força para que o corpo se
mantenha em equilíbrio.

18

4. Um muro está sustentado por estacas e


cabos como mostra a figura. Se as tensões nos cabos
AB e AC valem, respectivamente, 840 lb e 1200 lb,
determine o vetor força resultante (módulo, direção
e sentido) que atua na estaca A

2. A caixa da figura possui peso de 735 N.


Determinar as tensões nos cabos de sustentações.

3. Uma torre está ancorada pelo cabo AB


como mostra a figura. A tensão no cabo vale 2500
N. Encontre as componentes Fx, Fy e Fz da força de
tensão no cabo e os ângulos x, y e z que essa força
faz com os eixos coordenados.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 19

Pontos x(ft) y(ft) z(ft)  RAz 


A 16 0 -11  z  arccos     z  102.6
0

B 0 8 0  RA 
C 0 8 -27
5. Determine a força resultante que atua no
Vetores ponto O da figura.
AB  B  A -16 8 11
AC  C  A -16 8 -16

AB  B  A  AB  16  iˆ  8  ˆj  11 kˆ  ft 
19
AB   16  82  112  AB  21 ft
2

AB 16 ˆ 8 ˆ 11 ˆ
nˆ AB   nˆ AB   i   j   k
AB 21 21 21

TAB  TAB  nˆ  6. Um balde A e um bloco C estão


AB
ligados por um cabo que passa ao longo
 16 8 11 
TAB  840     iˆ   ˆj   kˆ  da roldana B. Sabendo que a roldana B gira
 21 21 21  para a esquerda lentamente e que os
TAB  640  iˆ  320  ˆj  440  kˆ coeficientes de atrito entre as superfícies são
E = 0.35 e c = 0.25, determinar a menor
AC  C  A  AC  16  iˆ  8  ˆj  16  kˆ  ft 
massa m do
balde e seu conteúdo para o qual bloco C
estará:
AC   16   82   16   AC  24 ft
2 2
(a) em repouso,
(b) começando a subir a ladeira,
AC 16 8 16 (c) subindo a ladeira a uma velocidade
nˆ AC   nˆ AC    iˆ   ˆj   kˆ constante.
AC 24 24 24

TAC  TAC  nˆ 
AC

 16 8 16 
TAC  1200     iˆ   ˆj   kˆ 
 24 24 24 
TAC  800  iˆ  400  ˆj  800  kˆ
RA  TAB  TAC
RA  1440  iˆ  720  ˆj  360  kˆ  lb 
RA  1650lb
 RAx
 7. Na figura, o plano inclinado possui ajuste
 x  arccos     x  150.8
0
variável no ângulo . Os coeficientes de atrito
 RA
 estático e dinâmico entre o bloco e o plano inclinado
 RA  valem, respectivamente s = 0.40 e C = 0.35. A
 y  arccos  y    y  64.10 massa do bloco vale m = 25 kg. Adote g = 10 m/s².
 RA  (a) Determine a aceleração do bloco para  = 300.
(b) Determine a força de atrito para  = 50.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 20

(c) Encontre o ângulo onde ocorrerá a iminência


de movimento.

8. Na figura, os coeficientes de atrito


estático e dinâmico entre o bloco e o plano inclinado (c) 20
valem, respectivamente s = 0.30 e C = 0.25. A
massa do bloco vale é 100 kg. Adote g = 10 m/s².
Determine o valor de m0 para o qual haverá
iminência de movimento.

9. Na figura, os coeficientes de atrito


estático e dinâmico entre o bloco e o plano inclinado
valem, respectivamente s = 0.20 e C = 0.17. A
massa do bloco vale é 100 kg. Adote g = 10 m/s². 11. Determine o módulo, a direção e o
Determine o valor da força de atrito e da aceleração sentido e escreva o vetor força resultante que atua no
do bloco. pino na figura: (1 lb = 0.455N).

(a)

10. Nas figuras, os coeficientes de atrito


estático e dinâmico entre o bloco e o plano estão
indicados. Adote g = 10 m/s². Determine o valor da
força de atrito e da aceleração do bloco.

(a)

(b) P = 600 N
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 21

(b)

14. Determine o ângulo formado pelos


cabos de sustentação da rede:
(a) AC e AD (b) AC e AB. Use:
u  v  u  v  cos 

21

12. A tensão no cabo AB é 525 lb e no cabo


AD 315 lb. Encontre a força resultante no ponto A da
estrutura.

13. Determine o momento da força de


200N aplicada no ponto C da dobradiça em relação
ao ponto A.
Mecânica Geral 1 – Capítulo 1: Vetores - Prof. Dr. Cláudio S. Sartori 22

22
Mecânica Geral I – Notas de AULA 1 - Teoria – Prof. Dr. Cláudio S. Sartori

Você também pode gostar