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Vinícius Oliveira de Melo

2014.1.21.016

Capítulos sobre o socialismo

John foi filho do grande economista James Mill, nascido em 1806, desde
muito cedo letrado e tutorado pelo pai, atingiu formação intelectual
prematuramente, o que veio a debilitá-lo mentalmente também. Atingira cargos
altos em diversos trabalhos e casou-se com Harriet – Taylor após o viuvez
desta. Harriet foi grande influência intelectual pra Stuart.

De posições políticas radicais defendeu seus pontos de vista seja na


câmara dos comuns onde tinha cadeira, seja em publicações do movimento
liberal ou especificamente publicações próprias.

Mill desenvolve seu trabalho intelectual em diversas de suas obras em


meio à um período de efervescência social que traz para realidade a
contestação de seus mestres do pensamento liberal como Ricardo. Seu apego
às liberdades individuais e causas progressistas nunca deixaram de serem
máximas ao pensador e tais pontos configuram seu pensamento à cerca do
socialismo (inglês e francês). Tendo desconfiança que o sistema socialista, por
melhores intenções que tivesse, e que ele mesmo defendia como a diminuição
da pobreza e do sofrimento do trabalhador, era incapaz de lidar com a situação
sem homogeneizar a massa e sufocar as individualidades. Apesar deste
posicionamento, seu posicionamento mais ao fim da vida vai convergindo com
os socialistas porém observando que tais objetivos poderiam vir a ser
alcançados pela evolução e desenvolvimento do próprio sistema vigente.

E indispensável a apreciação do que representa o pensamento marxista


na história e a postura e desenrolar deste em relação ao pensamento de Mill.
Enquanto as afirmativas Marx iam em direção a uma eminente crise capitalista
e radicalização do movimento proletário, Mill com seu ceticismo e incerteza
lograva a confirmação de sua tese quanto o potencial de reforma do
capitalismo, sendo os ideais socialista uma propulsão à justiça social.
Pensamento este não muito atrativo às massas pela já dita incerteza e falta de
momentos heroicos mas que veio a se confirmar.
Enfim, é apresentada, rapidamente um olhar sobre a totalidade do livro.
Onde o autor se debruça de modo a analisar de maneira racional as ideias
socialistas. O livro ainda seria revisado e talvez por isso mesmo pareça
incompleto. Nos capítulos iniciais identifica a rejeição dos socialistas ao
individualismo é a competição, empregando críticas à falta de argumentos que
embasavam tal raciocínio; mais a frente tenta desvincular a pobreza da
propriedade privada e competição, e “exploração do trabalho pelo capital”. Boa
parte de suas críticas seriam satisfatoriamente respondidas por Marx, e muito
pouco se sabe a respeito dos conhecimentos de Mill sobre Marx. No fim,
distingue os socialistas revolucionários que buscam total centralização da
economia pelo Estado e dos que “propõe socializar o capital no nível de
pequenas comunidades autônomas”, apontando a maior possibilidade de
efetivação da segunda proposta que não excluiria os mercados e a liberdade
de escolha e o não desprazer no trabalho, ao contrário da outra proposta, que
não atrairia o trabalhador, pensando que, apesar de mais possível e
potencialmente mais livre e justo, tal sistema implicaria em desigualdade,
necessitando regulação, e haveria de tomar maior tempo.

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