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Resumo:
1 - Introdução:
Para isso é importante que os professores estejam bem preparados e seguros de sua prática
docente, para terem condições de orientar e preparar seus alunos para a aprendizagem,
colaborando com eles na construção do conhecimento, encarando as dificuldades do cotidiano
dos alunos, e que a aprendizagem escolar assuma um significado mais amplo e permita que este
aluno melhore suas próprias condições de vida e desta forma possa modificar também o meio
onde vive.
A verdadeira educação, para Paulo Freire (1987), consiste na educação problematizadora, porque
ela objetiva o desenvolvimento da consciência crítica e a liberdade de superar as contradições da
educação bancária. Em relação ao material
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de ensino este se deve prestar a todas as possíveis combinações e realizações, podendo ser
adaptável a qualquer faixa etária. A exemplo, as experiências jamais devem ser feitas na frente
do aluno, e sim, devem ser feitas pelo aluno.Desta maneira o professor assume o papel de ser o
facilitador da aprendizagem.
Em razão da rapidez dos avanços tecnológicos e da mídia, uma grande parte de professores não
conseguem sequer falar a mesma linguagem dos alunos e a comunicação e o ensino-
aprendizagem ficam comprometidos. Muitas vezes estes professores sofrem com a má formação
que tiveram, outras vezes por comodismo não buscam alternativas, desafios nem a formação
continuada. Este professor despeja as coisas prontas, não desafiando seus alunos a buscar novos
conhecimentos, que ainda não tem respostas.
Neste artigo pretende-se apresentar uma proposta que auxilie estes professores a estimular seus
alunos a construírem e formularem conceitos significativos por si mesmos, destacando algumas
habilidades e atitudes através da observação, do questionamento e da experimentação.
Ao ensinar Ciências o professor deverá alimentar e excitar seus alunos que ao aprenderem a
desvendar os mistérios do mundo natural também serão capazes de explorar o mundo que é feito
e transformado pelo homem, e desta forma, terão condições de entender como este mundo
funciona. No momento que esta criança começa a interagir e a explorar o meio em que vive, vai
adquirindo autoconsciência e conhecimento do mundo a sua volta.Segundo (Campbell, L.;
Campbell, B.; Dickinson,D., 2000, p.205), "Todos nós usamos habilidades da
inteligêncianaturalista quando identificamos pessoas, plantas, animais e outras
características em nosso ambiente". Com este estudo a criança passa a compreender a si
mesmo e a natureza como um todo dinâmico e aprende que faz parte do mundo em que vive.
Para que isto realmente aconteça o professor deverá dar oportunidades aos alunos de melhorar a
sua observação, estimulando-os a fortalecer suas percepções para que eles possam realmente ser
capazes se concentrar e prender a atenção, e com isto terem condições de desenvolverem não só
a concentração, mas terem condições de observar e despertar para novas idéias.
O trabalho com diferentes fontes de informação deve ser competência de o educador saber
utilizá-las, objetivando o ensino de maneira geral, quanto o ensino de Ciências Naturais. Ao
planejar suas aulas, onde a busca de informação é importante, além de conhecer seus alunos ele
também precisa prepará-los para tal atividade, procurando ser coerente com o trabalho de vai
desenvolver.
Incentivar os alunos a colecionar é uma maneira estimulante de ensinar. Este recurso permite aos
alunos criarem suas próprias preferências na medida este recurso permite observação e
classificação e desta forma os alunos terão condições de detalhar quaisquer tipos de conteúdos
trabalhados.
Por mais chocante que possa parecer é necessário que os alunos aprendam o processo da cadeia
alimentar. Que todos os seres vivos de um ecossistema alimentam-se um do outro. Geralmente
animais maiores alimentam-se dos menores. Que há os produtores, os consumidores e aqueles
que decompõem.
O desenho é um meio eficiente que os professores podem utilizar com seus alunos para facilitar
o aprendizado e registrar observações. "Aprendi que aquilo queeu não desenhei, jamais
realmente vi e que, quando eu começo a desenhar uma coisa comum, percebo com ela é
extraordinária". (Campbell, L.; Campbell,B. e Dickinson, 2000, p.211).Os professores ao se
auto-avaliarem: ação-reflexão-ação, precisam perceber que muitas vezes os alunos têm em mente
uma idéia e esta passa a existir a partir de um desenho e/ou para os menores simples rabiscos,
cabendo a ele neste momento a sensibilidade de descobrir o sentido de cada desenho.
Vamos analisar uma situação que, apesar de ser fictícia, pode ser muito comum em nossas
escolas. Duas professoras de séries iniciais ao abordarem o tema de ciências, utilizam-se de
métodos diferenciados. Percebe-se que as duas professoras tiveram as melhores das intenções ao
abordar a proposta de ensino com seus alunos, as professoras Silvia e Cátia.
Para uma melhor compreensão cito(Campos, M.C.C..; Nigro, R.G.,1999 p.2), "Silvia éuma
professora bastante preocupada com a motivação de seus alunos. Ela acredita que sempre é
importante incluir atividades práticas ou de observação em suas aulas".
Já a professora Cátia, que tem muitos anos de experiência como professora, quando planeja suas
aulas de ciências, não precisa se preocupar com a didática que irá utilizar. Ela se refere aos
trabalhos anteriores em outras turmas de 3ª séries. Sabemos que cada professor deve ter em mãos
propostas concretas e estratégias que utilizará e que realmente contribuam e sejam significativas
para a aprendizagem, e estar ciente de cada turma tem suas diferenças e peculiaridades.
Retomando a metodologia que cada professora utilizou ao trabalhar sobre o mesmo assunto e
com alunos da mesma faixa etária, foi muito grande, porque cada uma utilizou recursos e
estratégias muito diferentes para desenvolver o trabalho.
Comparando os métodos que cada professora aplicou, considera-se que os professores que
realmente querem fazer a diferença em relação ao ensino-aprendizagem precisam ser criativos.
Não há razões para lamentações do tipo: não tenho material didático em sala de aula, a escola é
muito pobre, os pais não participam. Os próprios alunos poderão criar e desenvolver materiais de
estudo, sempre há uma saída, uma maneira, quando se educa com responsabilidade. Deve-se
sempre motivar os alunos para que as aulas sejam mais interessantes, incluindo diversas
atividades que realmente prendam a atenção e que eles também possam interagir entre si, numa
troca de experiências.
Para que isto aconteça o professor de ciências precisa desenvolver métodos e técnicas
interessantes e adaptar o estudo a realidade dos alunos e levá-los a desafiar, refletir as diferentes
propostas que envolvem a compreensão do nosso corpo e do meio ambiente.Segundo (Borges,
R.M.R.;Moraes,R.,1998, p.20), "As ciências nos desafiam justamente a encarar os paradoxos
e buscar o desconhecido. O que torna isso possível é a criatividade e a invenção". Por isso
dá importância do professor ao ensinar ciências possuir conhecimentos e ter acesso a um novo
conhecimento, partindo de algo que já sabe e conhecee isso dá a ele base para pesquisar junto
com os alunos e ir a busca do novo, do diferente. Isso será possível na medida em que os alunos
exercitam sua criatividade num espírito de superação das ciências que limitam a realidade e vão
em busca de diferentes maneiras de perceber e interpretar o mundo. As crianças tornam-se mais
criativas quando não forem tolhidas de suas aspirações, sonhos, imaginação e fantasia.
Outra proposta interessante, que os professores proporcionem aos seus alunos atividades em
grupo, para que eles tenham condições de se expressar melhor. Através de jogos, desafios,
brincadeiras, eles constroem e ampliam seus conhecimentos. O resultado deve ser explorado e
discutido de maneira que envolva toda a turma e é através deste fechamento que o professor
saberá se o conteúdo foi apreendido ou até retomá-lo novamente, podendo a partir daí surgirem
novas perguntas.
Conclusão:
Referências:
BORGES, R.M.R.; MORAES, R. Educação em Ciências nas séries iniciais. Porto Alegre:
Sagra-Luzzatto, 1998.
Por quê? Essa é uma das perguntas que as crianças fazem com bastante frequência. Elas têm
curiosidade em saber a origem das coisas e as causas dos fenômenos da natureza e em explorar
aquilo que lhes parece diferente, intrigante. A disciplina de Ciências, quando bem trabalhada na
escola, ajuda os alunos a encontrar respostas para muitas questões e faz com que eles estejam em
permanente exercício de raciocínio.
A maneira de ensinar também passou décadas apoiada na reprodução dos mesmos padrões.
Acreditava-se que os fenômenos naturais poderiam ser compreendidos com base apenas na
observação e no raciocínio, bastando para isso que os estudantes fossem levados a conhecer todo
o patrimônio científico produzido até então e a memorizar conceitos. A metodologia que tem no
professor e no livro didático o centro da transmissão de saberes ficou conhecida como tradicional
ou conteudista - e ainda hoje está presente nas salas de aula.
Investimento em tecnologia e reprodução de procedimentos
Somente nos anos 1960 é que essa prática pedagógica começou a ser questionada. O movimento
que se contrapôs a ela surgiu nos Estados Unidos, estendeu-se para a Inglaterra e a França e
chegou, com menos força, ao Brasil. No cenário mundial, havia uma disputa econômica acirrada
entre os países e entre blocos econômicos. Portanto, desenvolver tecnologias e saber usá-las para
produzir riquezas começou a ser fundamental para o sucesso de uma nação. Era preciso formar
mais e mais pessoas com capacidade de criar produtos, métodos e procedimentos que gerassem
divisas. Nas escolas, era necessário incentivar a formação de profissionais com esse perfil e
acreditou-se que o caminho para isso era levar os alunos a reproduzir os passos que cientistas já
haviam trilhado ao fazer suas descobertas.
Mitos pedagógicos
Experiência, só em laboratório
Aula prática não depende de equipamentos de alta tecnologia. Com material alternativo também
é possível produzir experimentos que levam à construção de conceitos pelos alunos. Observações
de fenômenos podem ser feitas no pátio da escola ou na vizinhança.
Somente nos anos 1970, em estudos feitos com base em descobertas sobre como a criança
aprende, se percebeu a necessidade de o aluno fazer seu próprio percurso, respeitando as ideias
que ele já tinha sobre o conteúdo. Diferentemente da abordagem tecnicista, o fundamental
passou a ser se apoiar em questões que fizessem sentido para o aluno e assim despertassem a
curiosidade e o interesse pelo conhecimento. A chamada perspectiva investigativa começou a
tomar corpo e hoje é apontada como a mais adequada para o ensino da disciplina.
O pontapé inicial é a exposição de uma situação-problema, um impasse do diaa- dia para o qual a
turma mobiliza o que já sabe para tentar solucioná-la. Perguntas do tipo "por que o leite derrama
quando ferve?" e "por que os alimentos cozinham mais rápido na panela de pressão?" são alguns
exemplos.
Para encontrar a solução, o aluno se vale de ideias e conhecimentos que já tem antes de procurar
explicações nos livros. Ele agora participa ativamente da aula, planejada para propiciar e
valorizar sua iniciativa. O professor, além de ser fonte de informação, passa a ter a função de
orientar as ações. O livro didático tornase apenas um dos materiais de consulta. Para Antonio
Carlos Pavão, docente da Universidade Federal de Pernambuco e diretor do Espaço Ciência,
tanto o estudante como o docente assumem o papel de pesquisador, ficando esse último com a
função também de conduzir a investigação e instrumentalizar a criança para que ela aprenda com
autonomia. Internet, museus, revistas, livros científicos e paradidáticos e programas de televisão
fazem parte do material de pesquisa. "Cabe ao educador ensinar a turma a usar essas ferramentas,
filtrar os dados, contrapor informações e auxiliar a criança a elaborar uma versão adequada para
o que acabou de aprender", afirma Pavão.
Falar e escrever sobre as descobertas é parte do caminho para dominar e usar a linguagem
específica que aparece em textos científicos, gráficos e tabelas. "Enquanto o aluno re-elabora sua
percepção anterior de mundo, ao entrar em contato com a visão trazida pelo conhecimento
científico, ele também se apropria de novas linguagens", diz Luis Carlos de Menezes em um dos
capítulos do livro O Desafio de Ensinar Ciências no Século XXI.
1930 A Escola Nova propõe que o ensino seja amparado nos conhecimentos da Sociologia,
Psicologia e Pedagogia modernas. A influência desses pensamentos não modifica a maneira
tradicional de ensinar.
1955 Cientistas norte-americanos e ingleses fazem reformas curriculares do Ensino Básico para
incorporar o conhecimento técnico e científico ao currículo. Algumas escolas
brasileiras começam a seguir a tendência.
1961 Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), passou a ser obrigatório o
ensino de Ciências para todas as séries do Ginásio (hoje do 6º ao 9º ano).
1971 A LDB torna obrigatório o ensino de Ciências para todas as séries do 1º Grau (hoje Ensino
Fundamental). O Ministério da Educação (MEC) elabora um currículo único e estimula a
abertura de cursos de formação.
1972 O MEC cria o Projeto de Melhoria do Ensino de Ciências para desenvolver materiais
didáticos e aprimorar a capacitação de professores do 2º grau (hoje Ensino Médio).
1980 As Ciências são vistas como uma construção humana e não como uma verdade natural. São
incluídos nas aulas temas como tecnologia, meio ambiente e saúde.
1982 Surge o modelo de mudança conceitual, que teve vida curta. Ele se baseia no princípio de
que basta ensinar de maneira lógica e com demonstrações para que o aprendiz modifique ideias
anteriores sobre os conteúdos.
TRADICIONAL
Também chamada de conteudista ou convencional. Predominou desde o século 19 até 1950 e,
embora não seja considerada a mais adequada para as práticas atuais, ainda é adotada.
Foco: Tomar contato com os conhecimentos existentes sobre determinado tema.
Estratégia de ensino: Aulas expositivas, sendo o professor e o livro didático as únicas fontes de
informação. Incentivo à memorização de definições. A experimentação em laboratório serve para
comprovar a teoria.
TECNICISTA
Surgiu na década de 1950 para se contrapor à concepção tradicional.
Foco: Reproduzir o método científico.
Estratégia de ensino: Aulas experimentais, em laboratório, com ênfase na reprodução dos
passos feitos pelos cientistas.
INVESTIGATIVA
Criada por volta de 1970, mesclou algumas características das concepções anteriores e colocou o
aluno no centro do aprendizado.
Foco: Resolução de problemas que exigem levantamento de hipóteses, observação, investigação,
pesquisa em diversas fontes e registros ao longo de todo o processo de aprendizagem.
Estratégia de ensino: Apresentação de situação-problema para que o aluno mobilize seus
conhecimentos e vá em busca de novos para resolvê-la. Disponibilização de várias fontes de
pesquisa.
Novaescola. https://novaescola.org.br/conteudo/48/o-que-ensinar-em-ciencias