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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES


DISCIPLINA – EDU 155
DIDÁTICA

UNIDADE II – DIFERENTES CONCEPÇÕES DE ENSINO NO BRASIL

ATIVIDADE: ELABORAÇÃO DE UM CASO DE ENSINO ACERCA DE UMA


TENDÊNCIA PEDAGÓGICA

EQUIPE

Estudante: Anna Luiza Mariquito Resende Matrícula: 100281

Estudante: Dálit Rodrigues Gomes Matrícula: 100263

Estudante: Luana Rodrigues Gomes Matrícula: 100288

Estudante: Maria Eduarda de Carvalho B. Pinto Matrícula: 100287

Estudante: Nathan Cassimiro de Faria Matrícula: 102523

Estudante: Tamara Gonçalves Santana Matrícula: 96267

VIÇOSA – MG
1) Escolha uma das Tendências Pedagógicas (Tradicional, Renovada Progressivista,
Renovada não-diretiva, Tecnicista, Libertadora, Libertária, Crítico-social dos conteúdos)
abordadas na Unidade II para a construção do Caso de Ensino (atividade prática e em grupo).
Para isso, leia o texto (LIBÂNEO, José Carlos. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar. In:
Luckesi, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. 14. reimp. São Paulo: Cortez, 1994, capítulo
3), e assista a Aula Narrada (Parte 1 e 2), disponíveis no PVANet Moodle.

2) Preencha o Quadro a seguir, com as principais características da Tendência Pedagógica


escolhida pelo grupo.

TENDÊNCIA LIBERAL TRADICIONAL

PAPEL DA ESCOLA Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua
posição na sociedade.

A escola se preocupa apenas com a cultura, a questão social é


prevista que se resolva em meios sociais. O caminho cultural
será o mesmo para todos os alunos, basta que eles se esforcem
para alcançá-lo. Aqueles menos capazes têm a obrigação de
superar as dificuldades e se empenhar para alcançar os mais
capazes. Se não conseguirem, deverão procurar ensinos
profissionalizantes.
CONTEÚDOS São os conhecimentos e valores sociais acumulados pelas
gerações adultas e repassados ao aluno como verdades. Como
se os adultos obtivessem a verdade absoluta de qualquer
assunto.

As matérias de estudo visam preparar o aluno para a vida, são


determinadas pela sociedade e ordenadas na legislação. Os
conteúdos são separados da experiência do aluno e das
realidades sociais, valendo pelo valor intelectual.

MÉTODOS Baseiam-se na exposição verbal da matéria e/ou demonstração.


Tanto a exposição quanto a análise são feitas pelo professor,
observados os seguintes passos: a) preparação do aluno
(definição do trabalho, recordação da matéria anterior, despertar
interesse); b) apresentação (realce de pontos-chaves,
demonstração); c) associação (combinação do conhecimento
novo com o já conhecido por comparação e abstração); d)
generalização (dos aspectos particulares chega-se ao conceito
geral, é a exposição sistematizada); e) aplicação (explicação de
fatos adicionais e/ou resoluções de exercícios). A ênfase nos
exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas na
memorização visa disciplinar a mente e formar hábitos.
RELAÇÃO A relação entre aluno e professor deve ser, de toda forma,
PROFESSOR- harmoniosa, buscando vivenciar uma prática antecipadora da
ALUNO vida real em sociedade. Portanto, quando a disciplina surge, ela
serve como direcionamento da percepção aos limites da vida em
sociedade e como certas atitudes afetarão o grupo; o papel do
professor é capacitar e direcionar a criança aos conhecimentos
que a levarão até a compreensão de suas próprias vontades.

APRENDIZAGEM A aprendizagem será proveniente a partir dos interesses do


próprio aluno e também do quanto ele está disposto a se
aperfeiçoar, ou seja, o ato de aprender se torna uma
autoaprendizagem, uma descoberta pessoal – já que própria
criança será responsável pelo o que aprenderá e quanto e como
aprende, tornando o ambiente escolar um mero meio para que
essa relação ocorra. Nesse sentido, a avaliação é apenas um
instrumento para medir o desenvolvimento da relação aluno-
pratica, o que mais será reconhecido pelo professor serão os
esforços e conquistas do aluno.

MANIFESTAÇÕES A prática da pedagogia progressista é muito difundida entre os


professores, porém sua utilização não é comum, além de ir
contra as ideias da pedagogia tradicional: como o método de
aplicação de provas e o papel do professor em sala. Há falta de
recursos para aplicá-las, assim, é geralmente observada em
escolas particulares. Os métodos adotados, na maioria das
vezes, são eles: o método de projetos de Dewey e o ensino
baseado na psicologia genética de Piaget, aplicado à pré-escola.
3) Elabore um Caso de Ensino a respeito da Tendência Pedagógica escolhida,
evidenciando as suas características, em uma situação de ensino, real ou fictícia. Para isto,
considere as questões para a descrição do caso, abordadas no texto “Casos de ensino como
ferramentas de formação de professoras da educação infantil e das séries iniciais do ensino
fundamental”, das autoras Maévi Anabel Nono e Maria da Graça Nicoletti Mizukami,

Caso de Ensino

Ao entrar na sala de aula, como de costume os alunos estavam bastante ansiosos, visto
que meu horário era antes do intervalo. Ao sentar na mesa, para organizar os materiais, eles
entregaram a atividade que disponibilizei na última aula, se sentaram, fizeram silêncio e
ouviram atentamente a correção da atividade e uma breve revisão do que estudamos. O aluno
Thiago perguntou sobre um conteúdo já discutido anteriormente com a classe: "Por que o
Distrito Federal não é um estado?” Respondi e chamei sua atenção, enfatizando a importância
das leituras trabalhadas na sala de aula, pois são conteúdos que os alunos já deveriam
demonstrar domínio.

Após a revisão, orientei os alunos a abrirem os livros na próxima página, onde havia um
mapa mais abrangente, e questionei onde estaria o Brasil no desenho, fazendo assim uma
associação com o conteúdo anterior. Alguns alunos apontaram para o continente africano e
outros acertaram visualizando possíveis encaixes da forma já conhecida.

Apresentei então o conteúdo seguinte, que se tratava dos continentes, demonstrei as


delimitações e como identificá-los, e fizemos uma atividade prática para memorização, na qual
fiz perguntas sobre os continentes dos países apresentados nas imagens do livro. Os atentei
sobre a aula seguinte, na qual faremos mais exercícios e nos prepararemos para a prova, que
será aplicada na próxima semana para avaliá-los e também sobre os simulados que se
aproximam.

Laura, uma das alunas, questionou sobre a possibilidade de modificar o plano de ensino
que elaborei, para realizar uma atividade diferente das provas, mas logo respondi “Não é
possível! Esse método é utilizado há muito tempo e sempre funcionou dessa forma, além de ser
estruturado pela escola! É assim que você vai aprender de verdade. Eu sei o que é melhor para
você!”. Observei que os alunos não ficaram contentes com a resposta, mas era algo necessário
a se fazer, pois não havia motivo para mudanças; eles precisam entender que são os
responsáveis pelo próprio desenvolvimento e aprendizagem, basta se dedicarem que
conseguirão alcançar suas metas.
REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano. Filosofia da Educação. 14. ed. São Paulo: Editora Cortez, 1999. 184 p.,
Il. Bibliografia: p.180-183. ISBN 85-249-0249-3

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