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A MESOPOTÂMIA E SEUS CÓDIGOS SUMÉRIOS

Código: Estela dos Abutres (2450 aC)

A Suméria se viu subjugada pelo domínio estrangeiro, por diversas vezes.

O primeiro rei ou lugal a estabelecer controle sobre a totalidade da Suméria foi Etana da

cidade de Kish (suas ruínas ficam a 90 km. da atual Bagdá), de acordo com a Lista dos

Reis Sumerianos. A Lista cita Etana como, aquele que estabilizou todas as terras.

Depois de Etana, temos Meskiaggasher da cidade de Uruk, a Lista diz que ele invadiu o

mar, galgou as montanhas. Ainda na cidade de Uruk, temos Dumuzi, que foi deificado

na Mesopotâmia como o deus da fertilidade.

Mas, o mais famoso rei de Uruk foi Gilgamesh. Ele é praticamente um mito, seus feitos

foram narrados em diversas línguas e talvez tenha sido ele o inspirador da figura de

Héracles, o herói grego. Não há descobertas conclusivas sobre ele, mas é citado na Lista

e documentos atestam sua vitória sobre as cidades de Kish e Ur.

Depois disso, a Suméria se tornou vassala dos elamitas, povo que habitava o que hoje é

o sudoeste do Irã.

Só um século depois de Gilgamesh é que os Sumérios voltaram a ser livres. O grande

responsável por isso foi Lugalannemundu, rei da cidade de Adab, descrito como aquele

que obrigou todas as terras estrangeiras a lhe pagarem pesado tributo.

Nova fase de guerras entre as cidades.

Hegemonia de Lagash sob Eannatum, Subjugador das Terras Inimigas, terceiro rei da

primeira dinastia da cidade. Derrotou Umma, com quem lutava por direitos de irrigação
e mandou erguer a Estela dos Abutres entre as duas cidades. Esse é o mais antigo

tratado diplomático conhecido, pois ali estão escritos os termos da paz.

Código: Urukagina de Lagash (2350 aC)

Urukagina reinou de 2.380 a.C até 2.360 a.C. Foi governante da cidade-estado de
Lagash, na Mesopotâmia. Ficou conhecido por combater a corrupção, e por ser o
primeiro reformador social da história. Nos textos que datam do seu reinado, constata-se
uma tendência para a igualdade jurídica entre os cidadãos. Retirou impostos que
recaíam sobre viúvas e órfãos ("A viúva e o órfão não mais estarão à mercê dos
poderosos"); custeou despesas de funerais, inclusive as oferendas dedicadas aos mortos;
e decretou que nenhum pobre seria mais obrigado a vender os próprios bens para os
ricos.

O "Código de Urukagina de Lagash" buscava a liberdade e igualdade. Limitava o poder


dos sacerdotes e grandes proprietários de terras. Dispunha sobre usura, roubos, mortes,
dentre outros.

Código: Ur-Nammu (2100 aC)


Ur-Nammu (sentado), concede o governo sobre Khashkhamer a um patesi (sumo
sacerdote) de Iškun-Sin (impressão de selo num cilíndrico, cerca de 2100 a.C.
Ur-Nammu foi o fundador da terceira dinastia de Ur 2112-2095 a.C. "pai de Amurru".
Por volta de 2100 a.C., expulsou os gútios e reunificou a região da Mesopotâmia que
estava sob o controle dos acadianos. Foi um rei enérgico, que construiu os
famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumério.
O Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgido na Suméria, descreve costumes
antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos
ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no
que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu,
na região da Mesopotâmia (onde fica o Iraque atualmente).
"O Código de Ur-Nammu (...) foi descoberto somente em 1952, pelo assiriólogo e
professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kromer. Nesse Código
elaborado no mais remoto dos tempos da civilização humana é possível identificar em
seu conteúdo dispositivos diversos que adotavam o princípio da reparabilidade dos
atualmente chamados danos morais" (SILVA, Américo Luís Martins da. O dano moral e
a sua reparação civil. São Paulo: RT, 1999, p. 65)
Ur-Nammu, que reinou no período que se estendeu entre 2095 a.C. e 2049 a.C. foi
antecedido no trono por Uthegal e sucedido no trono pelo rei Shulgi.

Código de Eshnunna (1930 a.C.)


As "Leis de Eshnunna" são duas tábuas encontradas no Iraque. Foram escritas durante o
reinado de Dadusha. Consistem em 60 artigos, escritos em língua acádica (a mesma do
"Código de Hamurabi"). A maior parte das penas é pecuniária, isto é, evita-se a pena de
morte na maioria dos casos. Apenas em 5 artigos a pena capital aparece, sendo aplicada
para crimes de natureza sexual, para assaltos e também roubos.
Algumas leis:

• 5. Se um barqueiro é negligente e deixa afundar o barco, ele responderá por tudo


aquilo que deixou afundar.
• 22. Se um cidadão que não tem o menor crédito sobre outro conserva, no
entanto, como penhor, o escravo desse cidadão, o proprietário do escravo
prestará juramento diante de deus: "Tu não tens o menor crédito sobre mim";
então o dinheiro correspondente ao valor do escravo deverá ser pago por aquele
que com ele está.
• 27. Se um homem toma por mulher a filha de um cidadão sem pedir
consentimento dos pais da moça, e não concluiu um contrato de comunhão e
casamento com eles, a mulher não será sua esposa legítima, mesmo que ela
habite um ano na sua casa.
• 36. Se um cidadão dá os seus bens em depósito a um estalajadeiro, e se a parede
da casa não está furada, o batente da porta não está partido, a janela não está
arrancada, e se os bens que ele deu em depósito se perdem, o estalajadeiro deve
indenizá-lo.
• 56. Se um cão for considerado perigoso, e se as autoridades da Porta preveniram
o proprietário do animal, mas o cachorro morder um cidadão causando a morte
deste, o proprietário do cão deve pagar dois terços de uma mina de prata.

Era um corpo legal da cidade mesopotâmia de Eshnunna, e trazia aproximadamente 60


artigos, sendo uma mistura entre direito penal e civil, que futuramente seria a base
do Código de Hamurabi.
Código de Hamurabi (1700 aC)

O monólito com o Código deHamurábi.

O Código de Hamurabi, o qual pode ser escrito Hamurábi ou Hammurabi, representa


conjunto de leis escritas, sendo um dos exemplos mais bem preservados desse tipo
de texto oriundo da Mesopotâmia. Acredita-se que foi escrito pelo rei Hamurábi,
aproximadamente em 1700 a.C.. Foi encontrado por uma expedição francesa em 1901
na região da antiga Mesopotâmiacorrespondente a cidade de Susa, atual Irã.
É um monumento monolítico talhado em rocha de diorito, sobre o qual se dispõem 46
colunas de escrita cuneiforme acádica, com 282 leis em 3600 linhas. A numeração vai
até 282, mas a cláusula 13 foi excluída por superstições da época. A peça tem 2,25 m de
altura, 1,50 metro de circunferência na parte superior e 1,90 na base.1
A sociedade era dividida em três classes, que também pesavam na aplicação do código:
• Awilum: Homens livres, proprietários de terras, que não dependiam do palácio e
do templo;
• Muskênum: Camada intermediária, funcionários públicos, que tinham certas
regalias no uso de terras.
• Wardum: Escravos, que podiam ser comprados e vendidos até que conseguissem
comprar sua liberdade.
Pontos principais do código de Hamurabi:
• lei de talião (olho por olho, dente por dente)
• falso testemunho
• roubo e receptação
• estupro
• família
• escravos
• ajuda de fugitivos
Exemplo de uma disposição contida no código:
Art. 25 § 227 - "Se um construtor edificou uma casa para um Awilum, mas não reforçou
seu trabalho, e a casa que construiu caiu e causou a morte do dono da casa, esse
construtor será morto".
O objetivo deste código era homogeneizar o reino juridicamente e garantir uma cultura
comum. No seu epílogo, Hamurabi afirma que elaborou o conjunto de leis "para que o
forte não prejudique o mais fraco, a fim de proteger as viúvas e os órfãos" e "para
resolver todas as disputas e sanar quaisquer ofensas".1
Durante as diferentes invasões da Babilônia, o código foi deslocado para a cidade
de Susa (no Irã atual) por volta de 1200 a.C.. Foi nessa cidade que ele foi descoberto,
em dezembro de 1901, pela expedição dirigida por Jacques de Morgan. O abade Jean-
Vincent Scheil traduziu a totalidade do código após o retorno a Paris, onde hoje ele
pode ser admirado no Museu do Louvre, na sala 3 do Departamento de Antiguidades
Orientais.
Durante o governo de Hamurabi, no primeiro império babilônico, organizou-se um dos
mais conhecido sistema de leis escritas da antiguidade: O Código de Hamurábi. Outros
códigos, (Código de Ur-Nammu), haviam surgido entre os sumérios que viveram entre
4.000 anos a.C. a 1900 a.C. na Mesopotâmia. No entanto, o Código de Hamurabi foi o
que chegou até nós de forma mais completa - os sumérios viviam em pequenas
comunidades autônomas, o que dificultou o conhecimento desses registros.
Hamurábi, ou “Khammu-rabi” em babilônico, foi o sexto rei da Suméria (região do
atual Iraque) por volta de 1750a.C. e também ele quem uniu os semitas e sumérios
fundando o império babilônico.
O Código de Hamurábi ficava inicialmente no templo de Sippar (uma das cidades mais
antigas da Mesopotâmia), sendo que diversas cópias suas foram distribuídas pelo reino
de Hamurábi. No topo do monolito (monumento construído a partir de um só bloco de
rocha) encontra-se uma representação de Hamurábi em frente ao deus sumeriano do
sol Shamash.
Seu código trata de temas cotidianos e abrange matérias de ordem, civil, penal e
administrativa como, por exemplo, o direito da mulher de escolher outro marido caso o
seu seja feito prisioneiro de guerra e não tenha como prover a casa, ou a obrigação do
homem de prover o sustento dos filhos mesmo que se separe de sua mulher..

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