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Apostila de Psicofarmacologia PDF
Apostila de Psicofarmacologia PDF
CURSO DE PSICOLOGIA
APOSTILA DE PSICOFARMACOLOGIA
Dourados - 2013
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PSICOFARMACOLOGIA - INTRODUÇÃO
O que é psicofarmacologia?
É o estudo dos fármacos utilizados nas diversas patologias psíquicas, seu mecanismo
de ação no SNC e comportamentos esperados dos indivíduos que os utilizam.
Histórico:
Sabe-se que o uso de produtos vegetais, animais e minerais é milenar.
Hoje, muitas dessas substâncias são denominadas psicoativas, psicotrópicas ou
psicofármacos e têm ação no SNC.
Na década de 50, surge a psicofarmacologia com a descoberta de um antipsicótico
(clorpromazina) e daí pra frente surgiram os ansiolíticos, antidepressivos,
estabilizadores de humor, hipnóticos, estimulantes e outros.
Favoreceu muito os pacientes com algum transtorno mental, que antes necessitavam
de um isolamento social ou internações hospitalares e hoje fazem uso desses fármacos
em seus lares, com acompanhamento ambulatorial de seus médicos.
SINAPSES
Sinapse é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com
outro neurônio.
As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria).
Tipos de Sinapses
Sinapses elétricas
As sinapses elétricas, mais simples e evolutivamente antigas, permitem a transferência
direta da corrente iônica de uma célula para outra.
Sinapses químicas
Via de regra, a transmissão sináptica no sistema nervoso humano maduro é química.
As membranas pré e pós-sinápticas são separadas por uma fenda com largura de 20 a
50 nm - a fenda sináptica. A passagem do impulso nervoso nessa região é feita,
então, por substâncias químicas: os neuro-hormônios, também chamados
mediadores químicos ou neurotransmissores, liberados na fenda sináptica.
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NEUROTRANSMISSORES
Classe I: Aminas
- Acetilcolina
- Noradrenalina (Norepinefrina)
- Adrenalina (Epinefrina)
- Dopamina
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- Serotonina
- Histamina
- Glicina
- Glutamato
- Aspartato
- Corticotrofina
- Lipotrofina
- Ocitocina
- Vasopressina
- Prolactina
Na maioria das situações, a acetilcolina exerce efeito excitatório, contudo, sabe-se que
exerce efeitos inibitórios em algumas terminações nervosas parassimpáticas, periféricas,
como, por exemplo, a inibição cardíaca pelos nervos vagos. A acetilcolina estimula a
contração dos músculos, incluindo o coração e os músculos do estômago.
Serotonina: é secretada por núcleos situados no tronco cerebral, que se projetam para
muitas áreas encefálicas, especialmente as pontas dorsais da medula espinhal e para o
hipotálamo. A serotonina atua como inibidora das vias de dor, na medula, e, também, é
responsável pelo sono, pelos humores e pelos estados emocionais, incluindo a depressão.
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TOXICOLOGIA
Histórico:
A palavra "Toxikon" tem origem grega e significa veneno das flechas (usado na caça na
antiguidade). As pontas das flechas eram preparadas com material bacterialmente
contaminado, por exemplo pedaços de cadáveres ou venenos vegetais, com o intuito de
acelerar a morte dos animais. Como venenos vegetais serviam plantas que provocavam
inflamações, que levavam o coração à paralisia ou paralisavam os músculos ou a respiração.
Definição:
É um ramo da ciência que estuda substâncias nocivas à saúde, suas ações, seus sintomas, seus
efeitos e seus “contravenenos”.
De maneira grosseira, pode-se afirmar que todas as substâncias da natureza podem atuar como
tóxicos, porém nem todas devem ser consideradas como tal.
Podemos deduzir que dependendo da quantidade e, desde que seja absorvida, qualquer
substância poderá ser considerada “veneno”.
A Toxicologia estuda certas drogas que mesmo em pequeníssima quantidade, podem causar
distúrbios orgânicos.
Toxicidade é a capacidade inerente a uma substância de produzir efeitos sobre o organismo,
com o risco ou perigo que uma substância oferece.
Na questão de determinar a toxicidade de um determinado material, é normalmente
importante saber determinar a quantidade ou concentração desse material. Algumas
substâncias têm em pequenas quantidades um efeito positivo sobre o corpo e tornam-se, no
entanto, perigiosas quando em grandes concentrações.
Efeitos:
Intoxicação crônica: resultam da ação lenta e progressiva de um agente ou produto químico.
Mais freqüentes em ambientes profissionais.
Intoxicação aguda: são as produzidas por introdução violenta de um agente químico no
organismo, dando o aparecimento rápido de efeitos nocivos ou letais.
Diagnóstico:
Só se confirma um diagnóstico de intoxicação, quando amostras de sangue, urina, vômito, etc,
forem levados a um laboratório de toxicologia para exames de pronto diagnósticos.
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Sintomas e efeitos:
Marcha titubeante;
Faces cianóticas e congestas;
Sudorese;
Cianose periférica;
Eritema de membros;
Erupções purulentas na pele;
Vertigens, náuseas, vômitos;
Quadro de excitação, seguido de depressão e desorientação;
Sonolências, convulsões e coma;
Alergias, urticárias, dermatites;
Bradipnéia, apnéia ou taquipnéia;
Uremia, leucocitose, albuminúria;
Anemia aplástica na medula;
Óbito.
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MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS
Conceito:
Psicotrópicos são substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que são capazes de
modificar de vários modos a atividade mental, excitando, deprimindo ou provocando
uma ação perturbadora no psiquismo.
Recebem várias denominações: psicotrópicas, neurotrópicas, psicoativas,
frenotrópicas, etc.
Classificação:
Há várias formas de classificar os psicotrópicos. Segundo Delay e Deniker, as drogas são
classificadas de acordo com a capacidade de deprimir (psicolépticas), excitar
(psicoanalépticas), ou desviar a atividade mental (psicodislépticas).
Psicolépticos: neurolépticos, hipnóticos, tranquilizantes;
Psicoanalépticos: estimulantes da vigília, estimulantes do humor;
Psicodislépticos: agentes alucinógenos ou despersonalizantes.
Sedativos Ansiolíticos:
a) Propanodióis (ex: Meprobamato);
b) Benzodiazepínicos (ex: Diazepan);
c) Barbitúricos (ex: Fenobarbital);
Antidepressivos:
a) Inibidores da Monoamino-oxidase;
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Psico-estimulantes:
a) Anfetaminas;
b) Cafeínas.
Psico-dislépticos:
a) LSD;
b) Mescalina;
c) Psilocibina;
d) Dimetiltriptofano;
e) Cannabis.
Classificação Adotada:
Essa classificação está relacionada às drogas que não se encaixaram nas demais
classificações: Para-psicotrópico:
a) Anti-epilépticos;
b) Antiparkinsonianos;
c) Anti-alcoólicos;
d) Lítio.
ANTIPSICÓTICOS
São substâncias químicas, em geral sintéticas, capazes de atuar seletivamente sobre as
células nervosas que regulam os processos químicos no homem.
Agem em todo o SNC: núcleos talâmicos, hipotálamo, vias aferentes sensitivas,
estruturas límbicas e sistema motor.
Mecanismo de Ação:
Inúmeras pesquisas têm demonstrado ser uma interferência nos sistemas
dopaminérgicos cerebrais, a mais convincente explicação sobre as atividades
terapêuticas dos antipsicóticos.
O mecanismo se estabelece por bloqueio do receptor pós-sináptico, tornando-o
incapaz de ser estimulado pela dopamina.
Em primeira instância, o organismo reage aumentando a produção e liberação do
neurotransmissor, na tentativa de vencer o bloqueio.
Com esse aumento, fica a dopamina mais sujeita à ação das enzimas destruidoras,
comprovando-se pela maior concentração do seu metabólito (ácido homovanílico),
detectado em laboratório.
RESUMINDO: bloqueio dos receptores sinápticos para dopamina, noradrenalina e
serotonina.
Indicação:
Tranquilização de pacientes com patologia mental em que há predomínio de agitação
psicomotora, agressividade, exaltação do humor, etc.
Redução ou eliminação das vivências psicóticas (alucinações e delírios).
Controle dos distúrbios compulsivos e da conduta.
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Efeitos Colaterais:
Sem exceção, todo fármaco produz efeitos colaterais de variável importância clínica.
No caso dos antipsicóticos, instala-se comumente a “síndrome neuroléptico brando”,
com astenia (diminuição da força), dificuldade na concentração, hipomotricidade,
sialosquiese (aumento da secreção salivar), disfagia (dificuldade na deglutição),
inquietude, etc.
Contra-indicações:
Parkinsonismo: sequelas de processos cerebrais importantes;
Infecções sistêmicas graves;
Choque ou hipotensão severa, hipertensão arterial significativa, glaucoma;
Cárdio, hepato e nefropatias graves;
Quadros depressivos;
Passado convulsivo ou apnéia prolongada em história pregressa;
Processos alérgicos, principalmente cutâneos e pulmonares;
Depressão grave do SNC (intoxicação, pré-coma, coma);
Intoxicação aguda por narcóticos;
Úlceras gástricas e gastrite agudas, principalmente as hemorrágicas.
Impregnação (Toxicidade)
O acúmulo destas drogas no núcleo da base e no hipotálamo, produz uma síndrome
extrapiramidal complexa, caracterizada por:
a) Alterações do psiquismo (redução da iniciativa, aumento do tempo de respostas aos
estímulos perceptivos).
b) Alterações da motricidade (hipocinesia global, incoordenação motora, tremores de
extremidade).
Alterações neurovegetativas (hipertermia, amenorréia na mulher, retardamento da ejaculação
no homem, inversão no ritmo sono-vigília).
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HIPNÓTICOS
Considera-se hipnótica toda substância, natural ou sintética, capaz de induzir sono
próximo ao fisiológico, ou promovê-lo criando ciclos artificiais.
São conhecidos como soníferos, sedativos, indutores do sono, noolépticos.
A insônia:
A caracterização da insônia inclui uma redução de horas de sono como queixa diária,
associada a sintomas funcionais de intensidade variável.
Comumente, os pacientes referem ansiedade, taquicardia, sudorese e outras sensações,
exacerbadas durante o dia e acrescidas de irritabilidade, sonolência, dificuldade no
raciocínio, distúrbios da memória e queda do potencial físico.
Drogas Hipnóticas:
Sedativos vegetais: maracujá, mulungu, espinheiro alvar, etc. Em alguns produtos,
combinam-se a barbitúricos, visando potencializar o efeito hipnótico. Outros
associam-se a sal inorgânico de propriedade sedativa (brometo). Ex: maracugina,
passiflorine, sedanus.
Todos sob forma de solução líquida.
Anti-histamínico: O efeito colateral mais frequente é a sedação. São antagonistas da
histamina, acetilcolina, adrenalina e plasmacinina, demonstrando ação
hipoglicemiante leve, que estimula indiretamente o apetite. Ex: Agasten, Benadryl,
Fenergan, Muricalm, Sonin.
Barbitúricos: Agem deprimindo globalmente as funções do SNC pelo impacto
neurofisiológico difuso, abrangendo hipotálamo, sistema límbico e córtex.
Este medicamento apresenta muitos efeitos colaterais, sobre tudo, quando em longo
tratamento. Dispondo-se hoje de medicamentos igualmente potentes e destituídos desses
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inconvenientes, não convém utilizar barbitúricos com finalidade hipnótica, exceto em casos
muito particulares. Ex: Gardenal, Alepsal, Fenobarbital.
Benzodiazepínicos: Apresenta 4 efeitos gerais (ansiolítico, sedativo/hipnótico, mio-
relaxante, anti-convulsivante).
Bioquimicamente, atuam aumentando a afinidade dos receptores do GABA nos sistemas
gabaenérgicos, e possivelmente, são agonistas da glicina. Ex: nitrazepam, flurazepam,
flunitrazepam, triazolam, estazolam e midazolam.
ANSIOLÍTICOS
Drogas em geral sintéticas, atuam basicamente no alívio ou eliminação da ansiedade, e
em consequência , da tensão muscular e emocional.
São conhecidos como tranquilizantes, calmantes, psico-harmonizantes, psico-
sedativos, estabilizadores emocionais.
Principais ansiolíticos:
Benzodiazepínicos;
Propanodiólicos;
Beta-bloqueadores adrenérgicos;
Hipnóticos;
Timolépticos;
Antipsicóticos.
Indicações:
Distúrbios psíquicos em que predomine excitação/agitação;
Associado a neurolépticos no tratamento de psicoses sintomáticas;
Combinado a antidepressivo nos casos mais graves de depressão ansiosa;
Quadros de abstinências;
Integrante de fórmulas para sonoterapia;
Anticonvulsivantes;
Contra-indicações:
Miastenia;
Glaucoma;
3 primeiros meses de gravidez;
Lactação;
Hepato e nefropatias graves.
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Efeitos Colaterais:
Além da sonolência, perda parcial da atenção, redução dos reflexos, sensação de
cansaço.
Podem ainda ser observados: dermatoses, obstipação intestinal, vertigens, tonturas e
distúrbios renais.
O uso prolongado determina aumento de peso e redução do desejo sexual, distúrbios
da memória e da coordenação motora, bem como dependência.
Mecanismo de Ação:
Os efeitos farmacológicos e terapêuticos dessas drogas, é consequência de uma ação
seletiva sobre os mecanismos inibidores pós-sinápticos, em que o GABA é o
neurotransmissor.
Intoxicação:
O quadro tóxico é evidenciado por depressão do SNC, vertigens, fraquezas, tontura,
sonolência, hipotonia muscular e coma superficial.
A excreção das drogas e seus metabólitos se faz principalmente pela via urinária, fezes
e vômitos.
Medicamentos comercializados:
Diazepam (Valium, Dienpax);
Oxazepam (Miorrelax, Adumbran);
Medazepam (Diepin, Medazepol);
Temazepam (Temazepax);
Clorazepato (Tranxilene);
Bromazepam (Lexotan);
Lorazepam (Lorax, Vagofil);
Cloxazolan (Olcadil).
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ANTIDEPRESSIVOS
São drogas sintéticas de efeito psicanaléptico prioritário sobre o humor e secundário,
sobre a psicomotricidade, aliviando a depressão manifestada clinicamente por tristeza,
apatia, ansiedade.
Indicados em especial para as depressões endógenas.
Classificação:
Antidepressivos Timolépticos (bloqueadores das monoaminas, estimulantes do
humor):
a) tricíclicos: imipramina, clomipramina, amitriptilina, doxepina;
b) Tetracíclicos: maprotilina, mianserina;
c) Derivado da isoquinolina: nomifensina.
Timeréticos (inibidores da M.A.O., estimulantes da psicomotricidade):
tranilcipromina.
Antipsicóticos desinibidores: levomepromazina, trifluorpeeridol, pipotiazina,
penfluridol, sulpiride.
Psico-estimulantes: anfetamínicos e outros (cafeína, dinitrila, etc).
Mecanismo de ação:
Os timolépticos agem inibindo a recaptação de noradrenalina e serotonina livres, aos
depósitos pré-sinápticos. Em consequência aumentam a excitabilidade das estruturas
límbicas, responsáveis pelo humor, elevando-o.
As depressões que envolvem baixa atividade noradrenérgica, respondem melhor à
imipramina, nortriptilina e maprotilina.
As depressões que envolvem baixa atividade serotoninérgica, respondem melhor à
clomipramina e amitriptilina.
Intoxicação:
Ocorre com doses próximas a 1g (geralmente letal com 2g), se caracteriza por um
envenenamento: agitação, confusão mental, hipertermia,, taquicardia, midríase,
insuficiência renal aguda, convulsões, fibrilação atrial, parada cardíaca.
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PSICO-ESTIMULANTES
São drogas que estimulam a psicomotricidade, a vigília e, secundariamente, o humor.
A maioria deriva de um núcleo comum: a cadeia fenilalanina, cujo composto mais
importante é a metilanfetamina.
Atualmente são utilizados como anorexígenos ou moderadores de apetite nos obesos,
sendo assim utilizados pelos endocrinologistas também.
São considerados fármacos de dependência.
Como psico-estimulantes naturais, existe a cafeína e o guaraná, embora com efeitos
bem mais discretos.
Contra-indicações:
Glaucoma, gestação, afecções graves cardíacas, hepáticas e renais, agitação psicomotora,
disritmia cerebral, epilepsia, depressão melancólica, ingestão concomitante de bebidas
alcoólicas.
Efeitos Colaterais:
Irritabilidade, inquietude, instabilidade emocional, insônia, anorexia, hipertensão
arterial, taquicardia, fraqueza, tremores, sudorese, obstipação.
Como efeitos positivos, suprime a sensação de cansaço, facilita o trabalho intelectual
nas esferas perceptiva e associativa, auxilia a adequação da conduta infantil com
disfunção cerebral mínima.
Drogas psico-estimulantes:
Anfetamínicos: Fenfluramina, Fenproporex, Dietilpropiona.
Mazindol: 2mg ou 1,5mg + 5mg de diazepan.
Cafeína: 100mg ou Cafergot (100mg de cafeína + Tartarato de ergotamina 1mg).
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PSICODISLÉPTICOS
São substâncias que retêm a capacidade de promover disfunções psíquicas como efeito
principal, mesmo em doses baixas, suficientes para intoxicar.
Geralmente representados por princípios ativos naturais de origem vegetal.
Classificação:
Euforizantes e desinibidores: opiáceos, cocaína, álcool, cannabis.
Alucinógenos e despersonalizantes: mescalina, psilocibina, bufotenina, taraxeína,
adrenolutina, lisergamida (LSD), fenciclidina.
Efeito somático: midríase, sudorese, vasoconstrição, taquicardia, hipertensão arterial,
etc.
Efeito psíquico: na esfera do humor (euforia, ansiedade ou apatia), na esfera sensorial
(ilusões coloridas, visões distorcidas de objetos reais, alucinações geométricas,
alucinações auditivas e sinestésicas, perda da noção do tempo, alucinações de
memória.
ANTI-PARAPSICOTRÓPICO
Anti-epilépticos;
Anti-parkinsoniano.
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Conceito de Drogas:
Qualquer substância capaz de agir no centro de gratificação do cérebro, usada fora dos
padrões médicos ou socioculturais, devido aos seus efeitos estimulantes, euforizantes e/ou
tranquilizantes.
Condições de Exposição:
Dose: quanto maior a dose, maior o efeito tóxico.
Vias de introdução:
– oral - efeito em 1 h;
– mucosa – efeito em 5 min;
– intra-venosa – efeito em 30 seg;
– respiratória - “crack” - efeito intenso, 5 seg.
COMO SE CLASSIFICAM?
Depressoras: Álcool , Heroína, Benzodiazepina;
Estimulantes: Cocaína, Crack, Ecstasy;
Perturbadoras: Haxixe, outros alucinógenos, com origem ou não na planta Cannabis
sativa (maconha).
Todas causam dependência física ou psicológica
DROGAS DE ABUSO:
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CAFEÍNA
É o estimulante legal mais usado no mundo;
É associada ao café e bebidas à base de cola;
NICOTINA
Droga LEGAL e MORTAL;
Uma gota de nicotina na pele de um coelho, causa a morte deste em 10 segundos.
EFEITO: Estimulante.
ÁLCOOL
As bebidas alcoólicas representam as drogas mais antigas;
É obtido pela fermentação ou destilação de diversos vegetais.
EFEITOS:
Pequenas doses: euforia, perda de reflexos, perda da capacidade crítica, sensação de anestesia,
sonolência, sedação.
Uso excessivo: náuseas, vômitos, tremores, suor abundante, dores de cabeça, tonturas,
agressividade, diminuição da atenção,
concentração e reflexos.
Uso crônico: cirrose, atrofia cerebral, vários tipos de câncer.
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ALUCINÓGENOS
1. COGUMELOS – Famosos no México onde desde a Antiguidade eram utilizados.
2. JUREMA – O vinho de Jurema era usado por índios e caboclos no Brasil. A Jurema
sintetiza uma substância alucinógena – a dimetiltriptamina ou DMT.
3. MESCAL OU PEYOT – Cacto que produz uma substância alucinógena que é a
mescalina.
EFEITOS :alucinações, delírios, dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, acessos
de pânico.
LSD
Foi descoberto por Albert Hoffman em 1938 que inadvertidamente engoliu o produto
em vez de outro. Teve sensações estranhas e ensaiou a droga nele e em outros colegas.
Nos anos sessenta era uma substância de culto entre os estudantes, bandas musicais e
Intelectuais.
Nas esferas militares houve quem pensasse que se tratava de uma excelente “lavagem”
ao cérebro de inimigo.
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MACONHA / HAXIXE
A Maconha é o nome dado a uma planta chamada cientificamente Cannabis sativa;
É conhecida há séculos;
Oriunda da Ásia Central os seus primeiros registos históricos são de mais de 200 anos
A .C., na China, Egito e Índia;
Nos anos sessenta era a “DROGA DA MODA”, no auge da contestação hippie (com o
LSD-25);
O haxixe é uma substância ativa, extraída da Maconha;
A Maconha tem um alto teor de alcatrão (substância cancerígena);
O Haxixe é usado por utilizadores que já precisam de doses mais fortes.
vários órgãos do corpo; Provoca câncer, sobretudo nos pulmões; Diminuição da produção
de testosterona, portanto capacidade reprodutiva menor; Reduz a capacidade de aprender e
memorizar; Provoca bronquite; Perda de capacidade respiratória.
INALANTES E SOLVENTES
Estão presentes em muitos produtos comerciais:
Voláteis: Éter; clorofórmio; benzina.
Solventes: Colas; tintas; vernizes; removedores; limpa chamas;
Esmaltes.
Passaram a ser utilizados como droga nos E.U.A. por volta de 1960.
Hoje consome-se mais em países do 3º Mundo.
São utilizados por meninos de rua como forma de sanar a fome.
EFEITOS:
Excitação: Tonturas; Náuseas; Tosse; Espirros; Saliva excessiva.
Depressão leve: Confusão; Desorientação; Dificuldade na fala e visão; Perda de autocontrole;
Início de alucinações.
Depressão profunda: Redução da consciência; Falta de coordenação motora; Lentidão de
reflexos; Alucinações.
Depressão Tardia: Baixa da Pressão arterial; Convulsões, Coma ou Morte.
ECSTASY
Produto químico que se associa os efeitos das anfetaminas e do LSD;
Primeiros efeitos -20 minutos depois de tomar - pode durar horas;
Foi sintetizada pela Merck Alemã no início do século e foi usado como moderador de
apetite;
COCAÍNA
Pó branco extraído das folhas de um arbusto chamado coca;
Há mais de 5000 anos que os Índios sul-americanos têm o hábito de mascar coca para
diminuírem o cansaço e suprirem a fome;
Era usada como remédio, há 150 anos, no tratamento das dores, sífilis, asma,
tuberculose, etc.;
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EFEITOS: Excitação psíquica (sensação que é forte, poderoso, influente, importante ...);
Depois, acha-se perseguido, espionado; Aumento da frequência cardíaca; Suor excessivo;
Perda de apetite; Zumbido nos ouvidos; Diarréia; Aperto no peito; Exaustão; Insônia,
Perda de desejo sexual; Sensação de estar doente.
HEROÍNA
A heroína é uma variação da morfina, que por sua vez é uma variação do ópio, obtida
da papoula (ópio).
O ópio começou por ser usado (venda livre) no século XIX como “cura para tudo” –
sobretudo para dores fortes.
Tem que entrar na corrente sanguínea para ter efeito.
A heroína no mercado negro encontra-se contaminada com impurezas.
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TIPOS DE TRATAMENTO:
Abordagem psicoterápica - rever a relação do porquê a droga passou a ser tão
importante.
– Individual
– grupos (troca de vivências)
– familiar
• Uso de medicações
– Ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos.
• Prevenção da recaída: controle.
• Informação: paciente pensa ter conhecimento.
FORMAS DE TRATAMENTO:
• Unidade básica de saúde;
• Hospital geral;
• Serviços ambulatoriais;
• Unidades especializadas;
• Clínicas especializadas;
• Comunidades terapêuticas.
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