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André Fantoni

PROVAS COMENTADAS

Economia
Incíul provas da Esaf, da FCC, da FGV
e Fundação José Peiúdo

;Editora Ferreira
©

Rio de Janeiro
2009
Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2007-2009

1. ed. 2005,1. reimpressão 2006; 2. ed. 2007,1. reimpressão 2008

Capa
Bruno Barrozo Ludano

Díagramação
Theo Guedes

Esta edição foi produzida em agosto de 2009, no Rio de Janeiro,


com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Miníon Pro (12/14), e impressa nos papéis
Chambril 70g/m2 e Carolina 240g/m2 na gráfica Brasil-itáiía.

CIP-BRASÍL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

F22e
Fantoni, André
Economia : provas comentadas / André Fantoni. - Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2009.
192p.
inclui bibliografia
“Inclui provas da Esaf, da FCC, da FGV e Fundação José Pelúcio Rio de Janeiro 2009*
ISBN 978-85-7842-098-7

1. Economia - Problemas, questões, exercícios. 2. Serviço público - Brasil - Concursos.!. Título.


09-5153.
CDD: 330
CDU: 330
29.09.09 05.10.09 015523

Editora Ferreira
contato@editoraferreira.com.br
www.editoraferreira.com.br

TO DO S O S DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou


pardal, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor
(Lei n° 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal.

Depósito legai na Biblioteca Nacional conforme Decreto n° 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

Impresso no BrasW/Printed in Brazil


A Deus, em primeiro lugar e acima de tudo, por ter me dado saúde para
realizar este sonho.
À Renata, minha companheira, que aturou minha ausência nos momentos
de estudo e estresse e pôde confortar nosso lar; ao meu casal de macaquinhos
Luan Fantoni e Lívia Fantoni, que num futuro próximo vão ler este livro e sentir
orgulho do pai que têm.
À minha família, que sempre foi meu referencial de pessoas honestas, tra­
balhadoras e de caráter, em especial minha mãe, Jandira, que me criou desempe­
nhando com perfeição o duplo papel de pai e mãe e nunca deixou me faltar nada.
Aos Mestres Geraldo Góes, Lopes de Sá, Ricardo Ferreira e Pedro Diniz,
por quem tenho profundo respeito e admiração.
Por último, mas não menos importante, aos amigos do Fisco de Mato
Grosso, em especial, Valéria, Paulo, Flávio Luna, Germano, Alfredão, Mesquita,
Poliana e Danielle (irmãzinha); aos meus “irmãos” de turma da Marinha do
Brasil Wangney, Viegas, Tresse, Cohen, Trinda, Garrido, Diogo, Fabinho, Urso,
Sandro e Da Matta; aos grandes amigos que fiz nessa jornada André Nunes, Kátia
Prates, Lívia, Rodrigo, Glauco Oliver e Felipe e a muitos outros que participaram
direta e indiretamente dessa vitória e torceram para que tudo desse certo. Com
vocês eu vou até pra Guerra!

André Fantoni


Prezado leitor,

Este é um trabalho objetivo, um guia para os que procuram entender as


linhas-mestras no campo da Economia, devendo preparar-se para testes.
Não é fácil escrever sobre coisas difíceis e complexas, e, muito menos,
apontar soluções sobre questões propostas, mas o colega André Fantoni conse­
guiu isto neste trabalho.
O autor, além de preocupar-se com a didática, valorizou ainda a obra com
alguns elementos teóricos, mas sem se perder em sofisticações prejudiciais à
utilidade do desenvolvimento dos temas.
Enfocou a realidade com conhecimento de causa, mesmo se arriscando a
ver modificados em curto prazo alguns aspectos de sua exposição, em razão da
instabilidade, da complexidade e do casuísmo com que se têm comportado o
mercado e o ambiente social.
Com satisfação percebo a trajetória desse estudioso, e com interesse e
admiração o que produz.
Este exórdio não significa que o trabalho necessitasse do mesmo, pois o
valor próprio, a qualidade intrínseca que possui, por si só, já bem fala da categoria
e utilidade deste autêntico “orientador”.
Os que se dedicarem à leitura deste manual, com a atenção que ele bem
merece, colherão fruto cultural sazonado de valimento no uso para concursos e
capacitações profissionais.
O presente trabalho, também, além de enfocar vários aspectos, tem a vir­
tude de não se afastar da realidade, e o faz com adequação.
Admiro quem, como o Professor André Fantoni, não tem o egoísmo de
guardar o que sabe apenas em favor de proveito próprio, mas que se preocupa,
sim, em doar de forma altruísta as riquezas do saber e, por isto, aqui, ao finalizar
este ligeiro prefácio, o que me compete é render homenagem a este autor que
deveras merece respeito.

Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá


Ouvidor da Academia Nacional de Economia

V
Esta obra tem o intuito de mostrar como as principais instituições or­
ganizadoras de concursos públicos do país têm exigido o conhecimento de
Economia nos certames.
Este trabalho é fruto de um desejo antigo de ajudar aqueles que ocupam
hoje o lugar em que eu estive há algum tempo; ele foi impulsionado pelos amigos
que continuam nessa batalha e colocado em prática graças à confiança desta
renomada editora e do apoio dos amigos mais experientes nesse ramo, como o
Dicler Forestieri e o Professor Doutor Antônio Lopes de Sá, aos quais agradeço
de coração.
Procurei falar de economia sem usar o “economês”, numa linguagem
simples e descontraída, de concurseiro para concurseiro. Esta é nossa primeira
edição; estamos abertos às observações dos nossos leitores, tanto às concordân­
cias quanto às discordâncias. Todas as contribuições serão bem-vindas para o
aperfeiçoamento das futuras edições.
É com imenso prazer que coloco em suas mãos este humilde trabalho!
Aproveite o maravilhoso mundo da economia e sucesso nos estudos!

André Fantoni
Prova 1 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2008................................................... 01
Prova 2 - Auditor/TCM-RJ/FGV/2008............................................................... 17
Prova 3 - Auditor/TCM-PA/FGV/2008............................................................... 2 1
Prova 4 - Técnico de Controle Externo/TCE-MG/FCC/2007...............................27
Prova 5 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2007...................................................37
Prova 6 - Analista/BACEN/FCC/2006............................................................... 53
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006...................................... 63
Prova 8 - Auditor/TCE-CE/FCC/2006............................................................... 81
Prova 9 - Auditor Fiscal/ICMS-RO/FJP/2006.......... ..........................................87
Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006............................... 91
Prova 11 - Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2005............................................... 105
Prova 12 - Analista de Finanças e Controle/STN/ESAF/2005........................115
Prova 13 - Auditor do Tesouro Municipal/ISS Recife/ESAF/2003................... 123
Prova 14 - Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2002............................................... 131
Prova 15 ~ Auditor Fiscal da Previdência/AFPS/ESAF/2002.............................. 141
Prova 16 ~ Economista/Ministério Público-AM/FGV/2002..............................155
Prova 17 ~ Analista/BACEN/ESAF/2002.................................................. ......163
Bibliografia.................................................................. ..................................... 179

IX
Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2008

37. A respeito do sistema de tributação, assinale a afirmativa incorreta.


a) Um sistema eficiente nem sempre é equitativo.
b) Para reduzir o impacto da tributação sobre a economia, devem-se ta­
xar mais bens com elasticidade baixa.
c) A introdução de impostos sobre valor agregado eleva a ineficiência
devido ao efeito cascata.
d) A introdução de impostos pode reduzir os efeitos de externalidades
negativas.
e) Um sistema tributário eficiente deve minimizar o peso morto e os en­
cargos administrativos.

Assunto: Finanças Públicas - Sistema Tributário Nacional


a. V. Pela visão de Pareto eficiência &justiça; o ótimo de Pareto está liga­
do à eficiência e NÃO à equidade. Existe um trade-off entre eficiência
e equidade. A função alocativa do governo é relacionada à eficiência,
já a equidade está relacionada aos princípios de tributação e é dividi­
da em equidade horizontal (tratar os iguais de forma igual) e vertical
(tratar os desiguais de forma diferente). Para melhor exemplificação é
só imaginar um tributo indireto (eficiente), porém, este incide cora a
mesma carga tributária sobre um Superempresário e sobre um assa­
lariado que ganha salário mínimo; será que alguém acha justo? É fácil
perceber que o impacto no comportamento desses dois agentes será
bem diferente, né?
b. V. Existe aquela máxima: Paga mais quem é mais inelástico, certo? Ou
seja, a tributação sobre bens mais supérfluos (elásticos) causam maior
impacto no comportamento do consumidor, pois pequenas variações
no preço provocam grandes variações na quantidade demandada.
Sendo assim, o impacto da taxação sobre bens inelásticos é menor
c. F. O imposto sobre o valor agregado tem justamente o impacto contrá­
rio, eliminando o efeito cascata. Ex.: ICMS. Eles elevam a eficiência.
d. V. Uma externalidade negativa (ou custo de exploração) acontece
quando o custo social do bem (ônus da coletividade - usuários) ultra-

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Provas Comentadas

passa seu custo privado (ônus sustentado exclusivamente pelos que es­
tão ligados à produção do bem), ex.: Siderúrgicas X poluição dos rios.
Está correto, estamos falando dos impostos de PIGOU, que corrigem
as externalidades negativas, pois a tributação desestimula a produção
e o consumo, visto que o custo público é bem maior que o custo so­
cial privado. Existem também outros remédios, como Produção direta
pelo Estado, multas, regulamentação...
e. V. O peso morto significa a perda de bem-estar da economia no geral,
ou seja, perde todo mundo, tanto o consumidor como o fornecedor.

38. A respeito das curvas de indiferença com relação aos bens X e Y, anali­
se as afirmativas a seguir:
I. Caso os consumidores prefiram ter mais dos bens X e Y a ter me­
nos, as curvas de indiferença mais afastadas da origem são preferí­
veis às mais baixas.
II. As curvas de indiferença convexas emrelação à origem indicam uma
preferência dos consumidores com relação à variedade de bens.
III. As curvas de indiferença possuem inclinação positiva indicando
que o consumidor está disposto a substituir um bem por outro.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Curvas de Indiferença (características):
São negativamente inclinadas.
Decrescentes (as preferências são monótonas).
São côncavas para cima ou convexas em relação à origem (preferência pela
diversificação).
Nunca se cruzam.
São densas.
Afastam-se da origem à medida que aumentam o nível de satisfação.

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Prova 1 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2008

39. Quando a renda líquida enviada ao exterior (RLEE) é deficitária,


pode-se dizer que:
a) PNL > PIL.
b) PIL < PIB.
c) RNL < RD.
d) PNB > PIB.
e) PIB > PNB.

Assunto: Macroeconomia - Produto (Contas Nacionais)


Na caracterização de Produto Interno, usamos o conceito geográfico, ou
seja, é contabilizado o que foi produzido NQ país. Já o Produto Nacional
leva era consideração a titularidade, ou seja, quem produziu é produção
DO país. Sendo assim, a diferença entre eles é a renda líquida enviada ao
exterior (RLEE), que é a diferença entre a renda enviada e recebida, a qual
é contabilizada somente pelo Produto Interno.
Então: PIB = PNB + RLEE, se a RLEE <0, é porque a REE < RRE, e o PNB
é maior que o PIB, como acontece em países de Io mundo (EUA, Suíça...).

40. A respeito da atuação das firmas nos diferentes ambientes de concor­


rência, analise as afirmativas a seguir:
I. Firmas que atuam em mercados de concorrência perfeita maxi­
mizam o lucro ofertando a quantidade em que a receita marginal
iguala o custo marginaL
II. Firmas monopolistas maximizam o lucro ofertando a quantidade
em que a receita marginal iguala o custo marginal.
III. Na competição monopolística as firmas maximizam o lucro ofertan­
do a quantidade em que a receita marginal iguala o custo marginal.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma
Ê sabido que, como condição de maximização de lucro das firmas, a Receita
Marginal deve ser igual ao Custo Marginal (RMg = CMg). Lembrando

3 Economia
Provas Comentadas

que no mercado de concorrência perfeita P = RMg = CMg e no Monopólio


P>RMg e não existe curva de oferta: o monopolista sempre atua no ramo
elástico da curva de demanda.

41. Um vendedor possui a seguinte preferência: U(w) = w0 5. Esse vende­


dor recebe a seguinte oferta de trabalho: “Você irá receber um salário
de R$ 100 mais um percentual de 10% sobre as suas vendas”
Sabendo-se que o vendedor tem a probabilidade p - 0,5 de vender R$
3.000 e uma probabilidade (1 - p) de vender R$ 8.000, assinale a alter­
nativa correta.
a) Essa oferta dá uma utilidade ao vendedor de U = 10 + 5500,5.
b) O vendedor só aceitaria essa oferta caso seu atual salário fixo fosse
menor que R$ 650.
c) Esse tipo de contrato nunca atrairia um vendedor com salário fixo
superior a R$ 600.
d) O vendedor acharia mais vantajoso um contrato que pagasse R$ 200
mais 5%, pois reduziria o seu risco.
e) O vendedor estaria indiferente entre essa proposta e um salário fixo
de R$ 625.

Assunto: Microeconomia
Preferência do vendedor: U(w)= w0,5, sendo a proposta: W = 100 + 0,1- Vendas.
Temos que: p = 0,5 de vender 3000 e 1 - p = 0,5 de vender 8000
Com a probabilidade (utilidade esperada):
E(U) = p. U(x) + (1 - p) U (y)
U(W) = W0-5 = 0,5(100 +0 4 .3 0 0 0 ) 0’5 + 0,5 (100 + 0,1.8000)0-5
W = (25)2 = 625 (salário que tornaria indiferente a escolha)

42. A respeito das empresas monopolistas, é correto afirmar que:


a) a firma monopolista maximiza o seu lucro igualando o custo margi­
nal com a receita marginal.
b) a empresa monopolista escolhe o preço do produto de forma que o pre­
ço seja igual ao custo médio.
c) a curva de receita marginal está acima da curva de demanda.
d) a inaxiniização do lucro por parte das empresas monopolistas ma­
ximiza o bem-estar da sociedade devido aos maiores lucros gerados.

André Fantoni 4
Prova 1 - Fiscal de Rendas/lCMS-FU/FGV/2008

e) do ponto de vista do bem-estar total da economia, a discriminação de


preços eleva o excedente do monopolista» mas reduz a eficiência me­
dida pelo excedente total (consumidor + produtor).

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercados


a. Como vimos na questão 40, a letra “a” está correta. Lucro Máximo: RMg
= CMg. Essa veio de graça.
b. No monopólio o preço de mercado é maior que o custo médio, vide o
gráfico. O Monopolista é discriminador de preços, e o preço deve tal
que a RMg - CMg.
c. A curva de receita marginal está abaixo da curva de demanda, e for­
ma uma bissetriz do ângulo entre a curva de demanda e o eixo das
ordenadas (Y), elas tem o mesmo coeficiente linear, porém na RMg o
coeficiente angular é o dobro.
d. O monopolista é um discriminador de preços, e como não tem con­
correntes no mercado, fixa o preço que quiser, não se preocupando
com o Bem estar da sociedade. A maximização do lucro de uma firma
competitiva sim, que maximizaria o bem estar da sociedade. Está de
acordo com o Ioteorema de bem estar de Pareto.
e. Na verdade, não reduz a eficiência do excedente total. Pois, regra geral
os monopólios são ineficientes, entretanto existe uma exceção, o mo­
nopolista com discriminação perfeita de preços, pois este consegue
extrair todo o excedente do consumidor no mercado, e esse tipo de
monopólio não reduz a eficiência.

RT = R M e-q 0 = áreaO R M e-A -q 0

C T = CMe 0 -qo-^áreaO-CMe,, -B -q 0

L T - R T - C T = (RM e 0 - CMe 0)q 0


= áreaCMe„RMe„ - A ■B

Editora ATLAS
- Vasconcelos

5 Economia
Provas Comentadas

43. A respeito dos custos de produção, analise as afirmativas a seguir:


I. O custo variável médio cruza a curva de custo total médio no mínimo.
II. Uma firma deve suspender a sua operação quando a receita total for
inferior ao custo total médio.
III. A curva de custo marginal intercepta as curvas de custo total médio
e custo variável médio no mínimo.

Assinale:
a) se somente a afirmativa III estiver correta.
b) se somente a afirmativa I estiver correta.
c) se somente a afirmativa II estiver correta.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Assunto: Microeconomia - Teoria dos Custos


I. A Curva do Custo marginal é quem corta a curva do custo médio no
seu ponto mínimo.
II. A firma deve suspender suas operações quando o preço interceptar a
curva de CMg, num ponto onde o P < CMe, e este P for menor que o
CVMe, pois assim a empresa operaria com prejuízo, sua Receita total
seria inferior ao custo total. No entanto, se o P > CVMe, a empresa não
deve parar a produção, porque a receita total consegue cobrir os custos
variáveis e parte dos custos fixos. Se o Preço de mercado - CVMe, é
indiferente para empresa, pois o prejuízo será igual ao CFixo total
III. Correto, vide o gráfico. E o ramo ascendente da curva do CMg, a partir
do ponto mínimo do CVMe é a curva de Oferta da firma.

Custos Médios e

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Prova 1 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2008

44. Uma seca no Centro-Oeste reduz a produção de soja. Ao mesmo tempo» é


divulgado um estudo que mostra que o consumo de derivados de soja ele­
va o risco de problemas cardíacos.
Com base nesses dois eventos, a respeito do preço e da quantidade de equi­
líbrio no mercado de soja, é correto afirmar que:
a) a quantidade diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre
com o preço.
b) o preço diminuirá, e não é possível determinar o que ocorre com
a quantidade.
c) a quantidade aumentará, e não é possível determinar o que ocorre
com o preço.
d) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com
a quantidade.
e) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
com as informações do enunciado.

Assunto: Microeconomia - Lei da Oferta e da Procura


Com a seca na região, a oferta de soja cai (pois há perda na produção) e a
sua curva se retrai, deslocando-se para a esquerda. Ao mesmo tempo, com o
aumento do risco, a demanda também cai (ao contrário da questão do TCM
RJ), deslocando a curva de demanda para a esquerda, com isso, observamos
graficamente que a quantidade diminuirá com certeza; já com relação ao preço
não se pode afirmar, pois vai depender de quanto a demanda vai se retrair.

45. A economia do país A possui as seguintes curvas de demanda e oferta


por milho:
I. curva de demanda por milho: q = 100 - 4p;
H. curva de oferta por milho: q= 10 + p.
O país A introduz um imposto de Z$ 5 por unidade, cobrado do consumidor.
Com esse imposto:
a) o governo arrecada Z$ 140.
b) o bem-estar cai em 20.
c) o imposto só afeta o consumidor.
d) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 28 unidades.
e) o consumidor paga Z$ 1 do imposto.

7 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Microeconomia - Teoria do Bem-Estar


Essa questão tem uma pegadinha excelente, é preciso ficar atento à essajogada!!!
Para se aplicar o princípio do “Paga mais, quem é mais inelástico”, devemos ter
a equação de P escrita em função de q. então, reescrevendo, fica assim:
P = 25 - xk qd e P - qs - 10. Pegando o coeficiente angular das equações e
jogando no macete:
Carga tributária = tributo x [coeficiente angu!ar/(soma dos coeficientes
angulares)], verificamos:
CTConsumidor = (V* / lA + 1).5 = 1 (carga tributária do consumidor)
CTProdutor = (1 1 V* + 1).5 = 4 (carga tributária do produtor)
Percebemos que o produtor arca com o ônus de 20% do imposto, enquanto
o consumidor arca com 80%.
Vejam:
i- No Equilíbrio:
Qd = Qs
100 - 4p = 10 + p
P = 18 e Q = 28.
ii.Com a introdução do imposto específico (t = 5)
100 - 4p = 10 + (p - 5)
p = 1 9 e Q = 24.
Reparem que com essa quantidade de 24 unidades, o preço para os com­
pradores é 19, mas o preço que os produtores recebem é 14, ou seja, preço
pago no mercado menos o imposto.

►O

Com relação as outras alternativas, matamos observando o gráfico.


a. O Governo arrecada Qxt = 24 x 5 = Z$ 120
b. O Bem estar cai em 1 0 . DW = (QAi - Qdi) xt/2 = 4x5/2
c. O imposto é repartido entre os agentes de forma proporcional à elasticidade
d. Falso, pois isto só dá no equilíbrio.

André Fantoni 8
Prova 1 - Fiscai de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2008

46. Uma economia hipotética com governo é caracterizada da seguinte forma:

Minério R$ 150
Aço R$ 300 R$ 150 de minério
Carro R$ 600 R$200 de aço

Obs.: Valores em milhões de reais.


O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões.
O total gasto com o pagamento dejuros e aluguéis é igual a R$ 250 milhões.
O consumo total das famílias é igual a R$ 600 milhões.
Com base nos dados acima, assinale a alternativa correta.
a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões.
b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões.
c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões.
d) O consumo do governo é igual a zero.
e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Essa questão aborda um dos conceitos de PIB. O PIB pela ótica do produto
é a soma dos valores agregados, ou seja, a produção total de bens e servi­
ços - a produção intermediária. Sendo assim: PIBpm = 150 + (300 - 150)
+ (600 ~ 200) = 700.
A renda total, pela ótica da renda, é soma das remunerações dos fatores de
produção: salários+juros+aluguéis+lucros, porém sabemos que Produto =
Renda, então:
700 = 200 + 250 + lucros
Lucros = 250 milhões.
Pela ótica da despesa, temos que PIB = C + 1 + G + X-~ M
Então: 700 = 600 + I + G + 0
I+G = 100. Não posso afirmar que o consumo do governo foi zero, entenderam?

47. A economia do país X possui as seguintes curvas de demanda e oferta


por milho:
I. curva de demanda por milho: q - 70 - 2p;
II. curva de oferta por milho: q = 10 + 4p.

9 Economia
Provas Comentadas

b) Assim, como visto, haverá uma quebra do monopólio também.


c) Excelente, pois assim retiramos o lucro extraordinário do monopolista.
d) Só não tem jeito pra morte né pessoal?
e) Não existe curva de oferta no monopólio!
Segue uma teoria acerca do assunto.

DO MONOPÓLIO NATURAL:
Quando o mercado não é competitivo, uma ou mais empresas gozam de
poder de mercado, isto é, têm habilidade de fixar seu preço acima do custo
marginal. Existe uma ineficiência alocativa, pois tal situação não maximiza
o bem-estar social. Ademais, a falta de competição se traduz em menos
incentivos para que a empresa seja tecnicamente eficiente e introduza ino­
vações de processo e de produto.
Nesse caso, de ineficiência alocativa, compete ao setor público, por meio das
agências de defesa da concorrência, impedir que a empresa exerça seu poder
de mercado. As agências de defesa da concorrência têm a missão de limitar
o grau de concentração industrial e coibir práticas anticompetitivas, tais
como a formação de cartéis, vendas casadas e outras condutas, que violam
a proteção outorgada ao consumidor.
Há determinadas situações, contudo, em que a tecnologia de produção
revela-se de tal forma que se torna mais eficiente uma única empresa aten­
dendo todo o mercado. Neste caso, diz-se que o mercado é caracterizado
pela existência de um monopólio natural.
Quando a tecnologia de produção se caracteriza por economias de escala e
economia de escopo, tal situação faz com que haja subaditividade.
As economias de escala resultam da existência de elevados custos fixos, os
quais incorrerão independentemente de quanto é produzido. Cita-se, por
exemplo, uma rodovia, que exige alto investimento, antes que o primeiro
carro possa transitar pela referida estrada.
As economias de escopo, a seu tumo, demonstram a existência de custos
comuns à produção de mais de um bem ou serviço. Uma empresa, por
exemplo, que faz o transporte ferroviário de passageiros e de carga entre
duas cidades pequenas, há de ser capaz de oferecer os dois serviços a um
custo mais baixo do que se fossem ofertados separadamente os referidos
serviços por duas empresas distintas.
As economias, de escala e de escopo, estão presentes em setores que reque­
rem, antes de começar a operar, investimentos altos na instalação de redes
físicas de distribuição, tais como telefonia fixa, ferrovias, rodovias, água,
saneamento e distribuição de eletricidade. A competição nesses setores não

André Fantoni 12
Prova 1 - Fiscal de Rendas/íCMS~RJ/FGV/2008

é socialmente eficiente, pois exige a duplicação dessas redes, o que importa


em elevado custo de capital.
A vedação ao monopólio e, em conseqüência, o estímulo à competição
tem por escopo minimizar o custo de produção. No caso do monopólio
natural, todavia, estimular um mercado competitivo atrita com o objetivo
de minimizar o custo de produção, e inviabiliza, neste caso, o estímulo à
competição.
O papel da regulação, nos casos de monopólio natural, consiste em con­
seguir os resultados de uma situação de competição. O regulador, quando
tem informações perfeitas, tem por escopo fazer com que a empresa opere
com os custos, preço, quantidade e qualidade ótimos. Na prática, porém, a
assimetria de informação entre o regulador e a empresa consiste em regra,
pois aquele tem menos informações do que este sobre os custos e a demanda
dos produtos.
A recomendação, por essa razão, neste caso, estriba-se em o regulador
conceder flexibilidade decisória à empresa, outorgando permissão para
que ela faça algumas escolhas sobre como produzir e atender o mercado. O
regulador deve aplicar a regulação à empresa para estabelecer incentivos de
forma que ela utilize seu maior conhecimento sobre seus custos e sobre o
mercado, para que, maximizando seu lucro, opte pela tomada de decisões
que levem a se comportar como se estivesse em um mercado competitivo.
O monopolista natural, portanto, possui mais informação sobre o negócio
que o regulador, destarte, as decisões operacionais hão de ficar a cargo da
empresa, enquanto o regulador somente observa os resultados finais, tais
como vendas, receitas e custos. O regulador tem por fito estabelecer um
modelo regulatório que torne os objetivos da empresa consistentes com os
daquele, isto é, que levem à compatibilidade de incentivos.

DOS PRINCÍPIOS REGULATÓRIOS DOS MONOPÓLIOS NATURAIS:


Quando a tecnologia de produção é caracterizada por economias de escala e
economias de escopo, o custo médio de produção cai à medida que aumenta
a quantidade produzida.
Em se tratando de monopólio natural, usualmente o regulador fixa o preço
e deixa a empresa livre para definir como produzir. Surge, então, a questão
de se saber em que nível o regulador fixa o preço de forma a maximizar o
bem-estar social.
O setor público, em alguns setores do monopólio natural, arca em parte
com os custos fixos da empresa. Os economistas denominam tal fato como
a situação primeira melhor. No Brasil, por vezes, há na concessão para o
setor privado de rodovias, ferrovias, água e saneamento. A aprovação po-

13 Economia
Provas Comentadas

lítica e a transferência de recursos do governo para uma empresa privada


- monopolista todavia, revelam-se muito difíceis.
Diante deste fato, o regulador opta por uma solução segunda melhor, na
qual ele fixa o preço de forma a maximizar o bem-estar social, entretanto,
sujeito à restrição de que a empresa não tenha prejuízo. Em se tratando de
uma empresa que produz apenas um produto, o resultado é obtido ao igua­
lar o preço ao custo médio, incluindo a remuneração do capital investido.
(Trecho retirado do artigo de Carlos José de Castro Costa, Mestre em Relações
Privadas e Constituição pela Faculdade de Direito de Campos,)

50. A respeito da teoria da firma, analise as afirmativas a seguir:


I. Em mercados competitivos, as firmas entram serapre que o preço
for superior ao custo total médio.
II. No longo prazo, com a entrada e a saída de firmas, o lucro econô­
mico de uma firma em mercados competitivos é zero.
III. Empresas sempre fecham quando o lucro é menor do que zero.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


I. Correto. Na concorrência perfeita se o P > CVme, significa que a Rmg é
maior que o CMg, gerando assim um lucro para a firma.
II. Correto. No longo prazo a tendência é que o próprio mercado se ajuste e
regule a economia, de forma que ele próprio se adapte às entradas e saídas das
concorrentes e, portanto, ao final, o lucro é “redistribuído”de forma equânime.
III. Falso. Cuidado com a palavra sempre, e, como de costume, esta alter­
nativa está errada, pois se o Preço for maior que o Custo Variável médio, a
empresa continuará suas atividades, mesmo sem ter lucro, para evitar um
prejuízo maior, causado pelo custo fixo.

51. O mercado de trabalho de uma economia é caracterizado da seguinte forma:


A oferta de trabalho é igual a Ls = 10 + (w/p) e a demanda por trabalho é
determinada por Ld= 100 - 5(w/p). O produto é determinado em função
da quantidade de trabalho da seguinte forma: Y = F(L) = 20L - 0,1L2.

André Fantoni 14
Prova 1 - Fiscal de Rendas/lCMS-RJ/FGV/2008

Com base nessas informações, é correto afirmar que:


a) o produto dessa economia é igual a 500.
b) a introdução de um salário mínimo real de 10 [(w/p) = 10] reduz o
produto dessa economia.
c) a introdução de um imposto sobre folha de pagamentos de 60% eleva
o salário dessa economia para 24.
d) a introdução de um imposto de 60% sobre a folha de pagamentos reduz
o salário de equilíbrio para [(w/p) = 10].
e) a introdução de um imposto sobre folha de pagamentos de 60% de-
sestimula a oferta de trabalho em 60%.

Assunto: Microeconomia
W = salário nominal
W/P - salário real
LS= 10 + (W/P) (famílias)
Ld = 100 - 5(W/P) (firmas)
No equilíbrio, temos:
Ls = Ld
10 4- W/P - 100 - 5 W/P
6 W/P = 90
W/P = 15.
L = 1 0 + 15
L - 25.
Com a introdução do imposto de 60% fica:
LS- 10 + (W/P) (famílias)
LD=100 - 1,6.5(W/P) = 1 0 0 -8 (W/P)
Incide sobre a demanda, pois o imposto fica a cargo do empregador e é ele
quem vai demandar a mão-de-obra (buscar empregados e pagar os salários).
Igualando as duas eu vou achar uma salário real (W/P) = 10.
(W/P) = 100 - 8 (W/P) S 9(W/P) = 90, onde W/P = 10.
Vejamos as outras:
a) Y = F(L) = 20L - 0,1L2
Y = 20x25 - 0 ,1 (25)2
Y = 500 - 62,5

15 Economia
Provas Comentadas

Y = 437,5.
b) W7P - 10 < W/P = 15. Isso não reduz o produto, apenas aumenta a de­
manda por mão de obra.
c) A introdução de um imposto vira um custo para empresa, e isso incentiva
as demissões ou redução dos salários dos empregados.

52. A inflação no país B está acelerando. Caso esse país queira reduzi-la sem ter
grande impacto no produto, a combinação de políticas adotada deve ser:
a) política monetária e fiscal contracionista.
b) política monetária e fiscal expansionista.
c) política monetária contracionista e fiscal expansionista.
d) política monetária expansionista e fiscal contracionista.
e) somente uma política fiscal contracionista.

Assunto: Macroeconomia - Curva de Phillips


Essa questão se resolve de maneira muito rápida, através do gráfico de
demanda e oferta agregada.
Fazendo uma política monetária expansiva, deslocamos a curva de oferta
agregada para a direita (diminuindo o nível geral de preços, ou seja, "se­
gurando a inflação” - forçando a barra, pois sabemos que a PM expansiva
inflaciona o mercado) e, ao mesmo tempo, com uma política fiscal restritiva,
desloca-se a curva da demanda agregada para a esquerda, contendo de vez
a inflação (reduzindo os preços) com um desaquecimento da economia e
realinhando o impacto no produto o mínimo possível.

A questão foi anulada, talvez por ter se referido no enunciado à inflação, e


nos gráficos de AO e DA, os parâmetros serem Preço e Produto.

André Fantoni 16
Auditor/TCM-RJ/FGV/2008

91. A economia do país X possui as seguintes curvas de demanda e oferta


por feijão:
I. Curva de demanda por feijão: q = 100 - 2p
II. Curva de oferta por feijão: q = 10 + 4p.
Suponha que o país X realize uma abertura comercial de sua economia.
Com o preço internacional do feijão sendo igual a 10, pode-se concluir que:
a) o bem-estar cai em 100.
b) a quantidade ofertada iguala a quantidade demandada em 70 unidades.
c) a quantidade produzida aumenta em 20 unidades.
d) a demanda doméstica se eleva em 20 unidades.
e) o bem-estar aumenta em 75.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Bem-Estar


No equilíbrio teremos: 100 - 2p = 10 + 4p; 6p = 90... p = 15 e q = 70.
Bem-Estar = área do triângulo = (80 - 50) x 5 = 75. Há um ganho de bem-
estar na economia, pois o Pinternacional é menor que o Pmercado.
Como o preço tabelado está abaixo do preço de mercado, o Governo "banca”
a diferença. G = (80 - 50) x 10 = 300 (Gasto do Governo).

17
Provas Comentadas

92. Uma geada na Flórida reduz a produção americana de laranjas. Ao mes­


mo tempo, é divulgado um estudo que mostra que o consumo de suco
de laranja reduz os riscos cardíacos.
Com base no trecho acima, a respeito do preço e da quantidade de equi­
líbrio no mercado de laranjas, pode-se concluir que:
a) o preço e a quantidade cairão.
b) o preço e a quantidade aumentarão.
c) o preço cairá, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
d) o preço aumentará, e não é possível determinar o que ocorre com a
quantidade.
e) não é possível determinar o que ocorre com o preço e a quantidade
somente com as informações fornecidas.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Com a geada na Flórida, a oferta de laranjas cai (pois há perda na produção)
e a sua curva se retrai, deslocando-se para a esquerda, ao mesmo tempo que
o estudo incentivando o consumo faz a demanda aumentar, deslocando a
curva de demanda para a direita, com isso, observamos graficamente que
o preço aumentará com certeza; já com relação à quantidade, não se pode
afirmar, pois vai depender de quanto a demanda vai se expandir.

93. Um setor é um monopólio natural. Assinale a alternativa que o órgão regu­


lador deve escolher para garantir o maior bem-estar para o consumidor.
a) O órgão regulador deve quebrar esse monopólio e estimular a con­
corrência.
b) O órgão regulador deve determinar que o preço cobrado seja igual
ao custo marginal.
c) O órgão regulador deve determinar que o preço seja igual ao cus­
to médio.
d) Não há nada que o governo possa fazer para melhorar o consumidor,
visto que é um monopólio natural (retornos crescentes de escala).
e) O órgão regulador deve determinar que o preço seja aquele em que a
curva oferta intercepta a curva de demanda.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercados


Como vimos no comentário da prova do ICMS-RJ, vamos relembrar apenas
as principais características da teoria sobre monopólio natural, até porque

André Fantoni 18
Prova 2 - Auditor/TCM-RJ/FGV/2008

não deve ser a intenção de nenhum concurseiro se especializar em “mo­


nopólio natural”, né? E sim saber o que é importante para a prova... sendo
assim, “simbora”.

Monopólio Natural:
* Custo médio de longo prazo decrescente
* Rendimento crescente de escala
• CMe > CMg
• Aumento do Bem-Estar: P = CMe, multas, regulamentação...

94. Uma economia hipotética com governo é caracterizada da seguinte forma:

úm m m w Ám m rnm m m M M üsaiisiiiiifiiit
Minério RS 100

Aço R$ 300 R$ 100 de minério


Ferro |R$500 R$ 200 de aço

I. O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões.


IL O total gasto com o pagamento de juros e aluguéis é igual a R$
300 milhões.
III. O consumo total das famílias é igual a R$ 500 milhões.
Com base nos dados da tabela, assinale a alternativa correta:
a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões.
b) O PIB dessa economia é igual a R$ 600 milhões.
c) O lucro dessa economia é igual a R$ 200 milhões.
d) O consumo do governo é igual a zero.
e) O PIB dessa economia é igual a R$ 900 milhões.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Essa questão, quase idêntica à do ICMS-RJ e à do TCM-PA, aborda um
dos conceitos de PIB. O PIB pela ótica do produto é a soma dos valores
agregados, ou seja, a produção total de bens e serviços - a produção inter­
mediária. Sendo assim,
PIBpm - 100 + (300 - 100) + (500 - 200) = 600. Caso contrário, estaríamos
contando duas vezes o insumo aço e três vezes o insumo minério...

19 Economia
Provas Comentadas

95. O país Y possui um elevado déficit fiscal. Caso esse país queira reduzi-
lo sem ter grande impacto no produto» a combinação de políticas ado­
tada será:
a) política monetária expansionista e fiscal contracionista.
b) política monetária e fiscal expansionistas.
c) política monetária contracionista e fiscal expansionista.
d) política monetária e fiscal contracionista.
e) somente uma política fiscal contracionista.

Assunto: Macroeconomia - Políticas Fiscal e Monetária


Questão muito parecida com a do ICMS-RJ também. Deve-se ficar atento
a isso, pois parece ser uma tendência da banca...
O déficit fiscal é gerado pelo excesso de gastos governamentais sobre a receita
de tributação arrecadada, pois a Política fiscal via Gastos é mais intensa que
a Política fiscal via tributação.
Existem algumas maneiras de resolver esse déficit, tais como:
Política Monetária expansionista: Com uma expansão da base monetária
ou quando o BACEN compra títulos da dívida, ele injeta moeda na econo­
mia, ficando esta “mais barata”, o que estimula as exportações e desestimula
as importações, aumentando assim a demanda agregada e deslocando a
curva LM para a direita.
Política Fiscal contracionista: Ao mesmo tempo, o Governo aumenta a
tributação ou diminui seus gastos para conter um déficit e minimizar o
impacto na renda, deslocando a curva IS para a esquerda.

André Fantoni 20
Auditor/TCM-PA/FGV/2008

68 . Seja uma economia fechada e sem governo com setores produtores de


trigo, farinha e pão, respectivamente.

VBP 100 500 900


Ci 0 100 400

Na tabela acima, VBP indica Valor Bruto de Produção, e CI custos in­


termediários.
Sabendo-se que o montante total de salários pagos nessa economia é de
Z$ 300, o total de pagamentos com aluguéis é de Z$ 200 e o total pago
com juros é de Z$ 300, assinale a alternativa correta.
a) O PIB desse país é de Z$ 1.500.
b) A renda total dessa economia é de Z$ 800.
c) O lucro total dessa economia é de Z$ 200.
d) O PIB é Z$ 500 maior do que a renda.
e) O PIB é de Z$ 900.

Assunto: Macroeconomia - Agregados Macroeconômicos


a) O PIB pode ser calculado de diversas formas, neste exercício podemos
encontrar seu valor tirando do produto final o valor dos custos inter­
mediários, para evitar uma contagem dupla de alguns insumos, o que
iria “camuflar” seu valor real
PIB = 100 + (500 -100) + (900 - 400) = 1000. Ou:
VBP - C I - 1500 - 500 = 1000.
b) A renda é dada pela remuneração dos fatores de produção, como se
trata de uma economia fechada e sem governo, calculamos assim:
Renda Nacional - salários + juros + lucros + aluguéis = 300 + 300 + lucros
+ 200 = 1000. (pois Renda = Produto = despesa)
Lucro = 1000 - 800 = 200.
c) O lucro total da economia é calculado pela produção do país deduzida
dos gastos efetuados para atingir esta produção. Sendo assim, temos:
Lucro Total = PIB - Gastos da produção = 1000 - 800 = 200.

21
Provas Comentadas

d) O PIB é igual a renda.


e) O PIB é de Z$1000, como calculado no primeiro item.

69. O Banco Central possui três instrumentos de controle da política mo­


netária: as Operações de Mercado Aberto (OMA), as reservas compul­
sórias e a taxa de redesconto. Analise as opções de que o BACEN pode
se utilizar para elevar a taxa de juros:
I. Comprar títulos públicos no mercado por meio de uma OMA.
II. Vender títulos públicos no mercado por meio de uma OMA.
III. Elevar a taxa de redesconto.
IV. Baixar o percentual de reservas compulsórias.
A esse respeito, é correto afirmar que eleva(m) a taxa de juros:
a) somente a opção II.
b) somente as opções II e III.
c) somente as opções I e III.
d) somente a opção I.
e) somente as opções II e IV.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


Primeiro, gostaria de relembrar que, para se elevar a taxa de juros de uma
economia, é necessário que o Governo realize uma Política Monetária restri­
tiva ou uma Política Fiscal expansionista. Como estamos tratando das ações
do BACEN, vamos nos ater somente à Política Monetária (deslocamento da
curva LM para a esquerda).
Uma Política Monetária restritiva contribui no sentido de se retirar moeda do
mercado, desaquecer a economia. O BACEN então, entra no mercado dimi­
nuindo a base monetária (tirando a liquidez do sistema), e como ele faz isso?
Ora pois,
(i) Vendendo títulos públicos no mercado (assim ele retira moeda de cir­
culação, mas para isso precisa oferecer uma taxa de juros mais atraen­
te, ou seja, maior do que a oferecida no mercado privado, estimulando
assim a compra dos títulos pelos agentes econômicos).
(ii) Elevando a taxa de redesconto (aumento da taxa cobrada pelo BACEN
nos empréstimos aos bancos comerciais, quando estes estão com seus
encaixes técnicos baixos e não conseguem cobrir saques ou emprésti­
mos dos seus clientes, o que toma o dinheiro “mais caro”), ou também
diminuindo o redesconto (montante emprestado).

André Fantoni 22
Prova 3 - Auditor/TCM-PA/FGV/2008

(iii) Elevando o percentual das reservas compulsórias (com isso o Governo


mantém um quantitativo em moeda mínimo e enfraquece o poder de
especulação dos bancos comerciais).

Política monetária contracionista ou restritiva

Importante revista de medicina afirma que o consumo diário do bem


A aumenta a expectativa de vida. Simultaneamente, ocorre uma que­
bra na safra do bem A por razões climáticas.
Em relação ao preço e à quantidade de equilíbrio no mercado mundial
do bem A, é correto afirmar que:
a) O preço sobe e a demanda diminui.
b) O preço sobe, mas não é possível determinar o que acontece com a
quantidade de equilíbrio.
c) O preço cai e a quantidade aumenta.
d) A quantidade aumenta, mas não é possível determinar o preço de
equilíbrio.
e) O preço sobe e a quantidade aumenta.

Assunto: Microeconomia - Equilíbrio de Mercado


Com a divulgação da revista, a demanda pelo bem A irá aumentar louca­
mente (pois todos querem consumir mais), e a sua curva se deslocará para
a direita, expandindo a demanda (tende a aumentar o preço), porém, ao
mesmo tempo, ocorre a quebra na safra deste bem, o que diminui a oferta
pelo bem milagroso, retraindo e deslocando a curva de demanda para a

23 Economia
Provas Comentadas

esquerda (o que joga ainda mais o preço para cima), com isso, observa­
mos graficamente que o preço aumentará com certeza; já com relação à
quantidade, não se pode afirmar, pois vai depender de quanto a oferta vai
se retrair. Sugiro, nesse tipo de exercício, montar o gráfico, que fica mais
tranqüilo de ver.

71. Na economia do Pais Z, a demanda e a oferta por açúcar é dada pelas


equações abaixo:
Demanda por açúcar: Pa ~ 100 - 4Qa
Oferta por açúcar: Pa= 10 + 2 Qa
O governo introduz um imposto de Z$ 12 por unidade, que será cobra­
do do consumidor. Com base nas informações acima, assinale a opção
correta:
a) A introdução desse imposto eleva o bem-estar dos produtores, pois
é pago pelos consumidores.
b) O governo arrecada um total de Z$ 180 com o imposto.
c) O novo preço de equilíbrio pago pelos consumidores, após o im­
posto, é de Z$ 52.
d) A introdução desse imposto reduz o excedente dos consumido­
res em Z$ 8.
e) A introdução desse imposto reduz o excedente da economia em Z$ 8.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Bem-Estar


No equilíbrio teremos:
100 - 4Q = 10 + 2 Q; daí tiramos, até mesmo sem calculadora, que:
p = 40 e Q = 15.
Com a tributação, o novo equilíbrio será: 100 - 4Q - 10 + 12 -f 2 Q
Então a Q5 = 13 (que, ao ser substituído nas curvas de demanda e oferta,
achamos preços de 48 e 36. Reparem que essa diferença entre os novos preços
48 - 36 = 12, é exatamente o imposto inserido pelo governo; atenção: isso
NÃO é coincidência!).

André Fantoni 24
Prova 3 - Auditor/TCM-PA/FGV/2008

a) Falso, A introdução de ura imposto NÃO eleva o bem-estar da econo­


mia, nem de ninguém. Lógico, né? Ele causa sim uma perda de bem-
estar, um Peso Morto na economia {Deaâ Weightloss)
b) Falso. Receita do GOV = imposto x Q’ = 12 x 13 = 156.
c) Falso. O novo preço de equilíbrio pago pelos consumidores é de 48.
(vide gráfico.)
d) Falso. Excedente dos consumidores antes do imposto (área do triân­
gulo superior) = [(100 - 40) x 15]/2 = 450.
Excedente dos consumidores após o imposto (área do novo triângulo)
= [(100 - 48) x 13]/2 = 338.
Portanto, o excedente dos consumidores é de 450 - 338 = 112. Repa­
rem que Z$ 8 é o quanto o preço aumentou para os consumidores após
a introdução do tributo.
e) Falso. Peso Morto (área) = [1 2 x (15 - 13)]/2 - 12.

Analise as seguintes afirmativas a respeito da Curva de Possibilidade


de Produção (CPP) era uma economia com dois bens:
I. A CPP mostra o trade-offde uma economia que produz dois bens.
II. Uma guerra ocasiona uma contração da CPP.
III. A CPP é côncava com relação à origem porque os recursos são escassos.
Assinale:
a) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) Se somente a afirmativa II estiver correta.
c) Se somente a afirmativa III estiver correta.
d) Se somente a afirmativa I estiver correta.
e) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

25 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Microeconomia - Curva de Possibilidade de Produção


I. Certo. A CPP mostra a relação de troca entre dois bens na economia.
II. Certo. A guerra (fator externo) diminui a disponibilidade de recursos
para o mercado, pois a prioridade passa a ser outra (indústria bélica...),
o que provoca uma contração da CPP.
III. Errado. A CPP é côncava em relação à origem porque os Custos de
Oportunidade (C.O.) são crescentes. C.O. é a tangente à CPP.

André Fantoni 26
Técnico de Controle Externo/TCE-MG/FCC/2007

7 1 .0 formato da curva de possibilidades de produção de uma economia


(A) implica que os custos de transformação de um produto em outro
são decrescentes.
(B) expressa os desejos da sociedade em consumir dois bens alternativos.
(C) demonstra que todos os recursos produtivos da economia estão sen­
do empregados de forma ineficiente.
(D) tem sua concavidade voltada para cima.
(E) baseia-se na hipótese de que a quantidade de fatores de produção é
constante no curto prazo.

Assunto: Microeconomia - Curva de Possibilidades de Produção (CPP)


A Curva de Possibilidade de Produção mostra as combinações de bens que
são fisicamente possíveis de serem produzidos utilizando plenamente os
recursos disponíveis e a tecnologia fixada.
a) Falso. Como os rendimentos físicos marginais são decrescentes então
os custos de oportunidade (custos de transformação) são crescentes,
pois fica cada vez mais caro produzir mais de um bem.
b) Falso. A CPP expressa uma combinação factível de se produzir dois bens.
c) Falso. Os pontos que estão situados sobre a CPP mostram as combina­
ções possíveis, onde se utilizam plenamente todos os recursos.
d) Falso. A CPP é côncava em relação à origem, pois os Custos de
Oportunidade são crescentes.
e) Correto. Os fatores de produção são constantes (mão de obra, terra,
capital), tanto que para se deslocar a CPP para fora, só temos duas op­
ções, ou aumentamos a disponibilidade de recursos ou melhoramos a
tecnologia empregada na produção.

72. Considere as seguintes proposições em relação à teoria do consumidor:


1. No ponto de escolha ótima do consumidor, a taxa marginal de subs­
tituição entre dois bens X e Y é igual à razão entre seus preços.

27
Provas Comentadas

II. As curvas de indiferença são geralmente côncavas em relação à ori­


gem dos eixos porque a taxa marginal de substituição é crescente ao
longo da curva.
III. O efeito total de uma variação de preços na escolha ótima do con­
sumidor pode ser decomposto em dois efeitos: efeito-renda e efei-
to-substituição.
IV. Os interceptos e a inclinação da curva de restrição orçamentária de­
pendem apenas dos preços relativos dos bens X e Y.
V. Quando a taxa marginal de substituição entre dois bens X e Y é cons­
tante ao longo da curva de indiferença, os dois bens são complemen-
tares perfeitos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I, II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III eV.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


I. A taxa marginal de substituição de Y por X (TMgSy,x) é a quantidade
de unidades do bem Y que devem ser sacrificadas para se obter 1 (uma)
unidade a mais do bem X, mantendo o mesmo nível de satisfação. Grafi­
camente é a inclinação das Curvas de Indiferença (tangente), e no ponto
de escolha ótima do consumidor (máxima satisfação), onde a inclinação
das curvas de indiferença se igualam à inclinação da reta de restrição
orçamentária (pto A), temos que: a razão das utilidades marginais dos
bens são iguais à razão dos preços destes bens, ou seja:
TMgSy,x = UMgx/UMgy, mas
UMgx/UMgy = Px/Py (no ponto de escolha ótima, onde as curvas se in­
terceptam), então:
TMgSy,x = Px/Py (ponto de equilíbrio do consumidor)

André Fantoni 28
Prova 4 -Técnico de Controle Extemo/TCE-MG/FCC/2007

II. As curvas de indiferença são decrescentes, côncavas para cima ou con­


vexas em relação à origem, são densas (nunca se cruzam) e afastam-se
da origem à medida que aumentam sua utilidade;
III. O efeito-preço é a soma do efeito-renda (ligado ao poder de compra) e
o efeito-substituição (ligado ao preço relativo dos bens);
IV. A inclinação da curva de restrição orçamentária depende dos preços dos
bens e da renda disponível do consumidor;
V. Quando os bens são compiementares perfeitos as curvas de indiferença for­
mam um “L” entre elas, dizemos que são em forma de contoneira. Se a taxa
fosse constante ao longo da curva, estas seriam hipérboles, como é no caso
de Cobb - Douglas e se os bens fossem substitutos perfeitos seriam retas.

73. Considere a seguinte função de produção do tipo Cobb -Douglas, a seguir:


Y —Kl/2 Lm
onde:
Y = volume total de produção
K = quantidade do fator de produção capital
I - quantidade do fator de produção trabalho
É correto concluir que a especificação dessa função de produção implica
(A) economias crescentes de escala no longo prazo.
(B) produtividade marginal crescente dos fatores de produção no
curto prazo.
(C) rendimentos constantes de escala no longo prazo.
(D) custos de produção decrescentes no longo prazo.
(E) produtividade marginal constante dos fatores de produção no
curto prazo.

Assunto: Macroeconomia - Teoria da Firma


Essa é uma função de produção de Cobb-Douglas e seu grau é apurado
somando os expoentes, sendo assim: V2 + V2 = 1 .
Portanto se a função é homogênea de grau 1, ela possui rendimento cons­
tante de escala, ou seja, se aumentarmos o insumo, a quantidade produzida
deve crescer na mesma proporção e os produtos marginais do trabalho e da

29 Economia
Provas Comentadas

mão-de-obra são funções homogêneas de grau 0 , e portanto não dependem


da magnitude dos insumos e sim da proporção entre eles.
Se a função fosse de grau maior que 1, teríamos um rendimento crescente
de escala, caso menor que 1 , seria rendimento decrescente de escala.

74. Em um mercado monopolista, a curva de demanda é dada por


Qd = 800 - 4P, onde Qd = quantidade demandada e P = preço de mer­
cado. Caso o monopolista decida vender 300 unidades de seu produto,
o valor do excedente dos consumidores corresponderá a
(A) 11.250.
(B) 15.000.
(C) 20.000.
(D) 22.500.
(E) 30.000.
Assunto: Microeconomia ~ Teoria de Mercado
A melhor forma de resolver esse tipo de questão é desenhando o gráfico
do Monopólio, então, aí dada a quantidade, encontramos o preço do mo­
nopolista (jogando na equação) e calculamos quanto será o excedente do
consumidor pela área do triângulo formado. Vejamos:

Qd = 800 - 4P;
Para Q = 300;
300 = 800 - 4P
P = 500/4
P = 125.
O Excedente do consumidor = Área A = (200 - 125).300/2
Excedente do consumidor = 11.250.

André Fantoni 30
Prova 4 - Técnico de Controle Extemo/TCE-MG/FCC/2007

75. Considere os seguintes dados extraídos das Contas Nacionais do Brasil,


relativos ao ano de 2003 e expressos em milhões de reais:
•Consumo final 1.192.613;
•Variação de estoques 30.750;
•Formação Bruta de Capital Fixo 276.741;
•Renda líquida enviada para o exterior 55.150;
•Transferências correntes recebidas do exterior 8.753;
•Produto Interno Bruto 1.556.182.
0 superávit do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes do
Brasil foi, nesse ano, em milhões de reais, de
(A) 63.903.
(B) 56.078.
(C) 55.150.
(D) 9.681.
(E) 928.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Relembrando algumas relações macroeconômicas:
Temos que o saldo em transações correntes (T) é igual a exportações me­
nos importações de bens e serviços não fatores (H) menos a renda líquida
enviada ao exterior (RLEE). T - H - RLEE.
Usando os dados fornecidos pela questão podemos achar H:
Y - C + I + G + X - M , sendo X - M, a balança comercial e
1 = FBKF + A e 1.556.182 = L192.613 + (276.741 + 30.750) + 0 + BC
BC = 56.078.
H = BC + TU = 56.078 + 8.753 = 64.831
Por fim, T = 64.831 - 55.150
T = 9.681.

31 Economia
Provas Comentadas

76. A renda nacional está em equilíbrio, no modelo keynesiano, quando


(A) não há déficit orçamentário no Governo.
(B) não há desempregados.
(C) a poupança planejada da sociedade é igual ao investimento planejado.
(D) o desemprego está acima da taxa natural.
(E) o volume das exportações de bens e serviços iguala o das importações.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Keynesiana


Essa questão exige apenas o conhecimento da identidade básica: I=S.
Investimento é igual a poupança! Vejamos o quadro do Professor César
Frade:

^Pública ^Privada ^ Externa ^Público -^Privado

^Privada ^ E xterra (^ P ú b lica ^Pública) ^Privadot

PoupançaBmtadoSetorPrivado DéfcitdoBP Saldo do Covemo Conta-Corrente FBKF+AEstoque

77. Com relação ao multiplicador keynesiano, é correto afirmar que,


(A) caso a propensão marginal a importar seja positiva, seu valor para
uma economia fechada é menor do que para uma economia aberta.
(B) em uma economia fechada, seu valor depende da propensão margi­
nal a poupar, é maior ou igual a l e vale para qualquer componente
dos gastos autônomos agregados.
(C) se a propensão marginal a consumir for igual à propensão margi­
nal a poupar, o seu valor será igual a 1.
(D) em uma economia fechada, seu valor depende da propensão mar­
ginal a consumir, pode ser menor do que 1 e só é válido para os gas­
tos do governo.
(E) em uma economia aberta, seu valor depende da propensão marginal
a consumir e a importar, pode ser menor que 1 e vale apenas para os
gastos do governo e exportações autônomas.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Keynesiana


Podemos analisar as alternativas visualizando a fórmula do multiplicador
keynesiano (K) para uma economia aberta e com governo :
1
(1 - c(l - í)] + m)

André Fantoni 32
Prova 4 - Técnico de Controle Extemo/TCE-MG/FCC/2007

a) Para m > 0, o multiplicador é mais intenso numa economia fechada do


que numa economia aberta: Ka < Kf. A propensão marginal a impor­
tar varia de forma inversa ao K.

b) Correto, para uma economia fechada, K = ---- j----- r , portanto K > 1


1 ~~c(l —t)

e seu valor depende da propensão marginal a poupar (d), lembrando


que d = 1 - c.
c) Como c + d = 1 , e se c = d, então c = d = Vz.
d) Essa contradiz o que está na letra “b”
e) O multiplicador K para uma economia aberta pode ser menor que
l(um), mas vale para qualquer agregado autônomo.

78. A demanda de moeda de uma economia


(A) é função inversa da renda per capita.
(B) depende da proporção entre a moeda mannal e a moeda escriturai.
(C) independe da velocidade-renda da moeda.
(D) é constante e fixada pelo Banco Central.
(E) aumenta quando a taxa de juros nominal diminui.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


a) A demanda por moeda é função direta da renda e inversa dos juros.
b) Falso, depende apenas da renda e da taxa de juros.
c) Falso, pois pela teoria Quantitativa da Moeda vimos que a demanda por
moeda depende da velocidade de circulação da moeda (M.V = P.Q), é a
inflação monetarista, ou seja, o nível de preços depende da quantidade
de moeda na economia.
d) Falso, pois quem é constante é a oferta de moeda, que é fixada pelo
Bacen, sendo totalmente inelástica à taxa de juros.
e) Correta. Pois a demanda por moeda é função inversa de taxa de juros.

79. Considere o gráfico abaixo, referente à situação de equilíbrio numa econo­


mia fechada, em que a taxa de desemprego é superior à taxa natural e a ofer­
ta agregada é infinitamente elástica em relação ao nível geral de preços.

33 Economia
Provas Comentadas

Nessa situação,
(A) uma redução de tributos, tudo o mais constante, promoveria au­
mento da renda nominal.
(B) a única maneira de se promover aumento da renda nominal seria
por meio de uma política íiscal expansionista.
(C) um aumento dos gastos governamentais, tudo o mais constante, não
promoveria aumento da renda nominal.
(D) uma política monetária expansionista provocaria um aumento da
taxa de juros da economia.
(E) a única maneira de se promover aumento da renda nominal seria
por meio de uma contração dos meios de pagamento.
Assunto: Macroeconomia: Teoria Keynesiana
Trata-se de uma análise dos resultados de Políticas Fiscais e Monetárias
neste modelo.
a) Uma redução nos tributos é uma forma de Política Fiscal expansiva, o
que desloca a curva IS para direita, aumentando o nível de renda e as
taxas de juros internos.
b) Quando ele fala única está mentindo, pois através de uma política mo­
netária expansiva deslocamos LM para direita e também consegui­
mos aumentar o nível de renda.
c) Um aumento no gastos do governo é Política Fiscal expansionista, que
já vimos no item “a” que eleva a renda.
d) Uma Política Monetária expansionista desloca a curva LM para direi­
ta, reduzindo a taxa interna de juros e aumentando a renda.
e) Para aumentar a renda basta fazer política expansiva, fiscal ou mone­
tária. Uma contração nos meios de pagamento reduz a oferta monetá­
ria, sendo uma forma de Política Monetária restritiva.

André Fantoni 34
Prova 4 - Técnico de Controle Extemo/TCE~MG/FCC/2007

80. A Curva de Phillips


(A) é vertical no curto prazo e tende a ser horizontal no longo prazo.
(B) indica uma correlação positiva entre a taxa de inflação e a taxa de
desemprego da economia.
(C) desloca-se para a esquerda, em caso de expectativa de aceleração
inflacionária.
(D) é influenciada por choques exógenos da oferta agregada.
(E) é positivamente inclinada porque relaciona a taxa de inflação com a
taxa de crescimento da economia.

Assunto: Macroeconomia - Inflação (Curva de Phillips)


a) A Curva de Phillips é negativamente inclinada no curto prazo e ver­
tical no longo prazo.
b) Ela indica uma correlação negativa entre inflação e desemprego, no
curto prazo.
c) Se a expectativa de inflação é acelerada, ou seja, E (rttl) > Efat), tere­
mos uma inflação maior, o que desloca a Curva de Phillips para direi­
ta. Veja o gráfico:

ne<o ne=o

d) Correta, os choques de oferta (e), que são variáveis exógenas causam a


chamada inflação de custos. Veja a equação da curva:

35 Economia
André Fantoni 36
Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2007

37. Considere o modelo de realocação de renda e bem-estar via provisão


governamental de um bem público. Suponha uma sociedade com ape­
nas cinco indivíduos. À renda (exógena) de cada indivíduo é apresenta­
da na seguinte tabela:

indivíduo M N O P Q
00
•<

K)

H
s

£
Renda YE = 50
o

m
o

S
O
!!

o
1!

M
Suponha que as preferências desses indivíduos (definidas sobre renda
disponível, y, e consumo do bem público G) sejam idênticas e dadas por:
U(yi,G) = yi+ G i = M, N, O, P, Q
Suponha que cada indivíduo seja obrigado a pagar imposto de renda.
Esse imposto é um percentual fixo que incide sobre a renda de cada indi­
víduo. Com o dinheiro arrecadado, o governo disponibiliza G unidades
do bem público.
O preço do bem público é unitário. Pode-se afirmar que uma tarifa de
imposto de renda igual a 37,5% é ótima para o indivíduo:
a) Q-
b) N.
c) O.
d) P.
e) M.

Assunto: Microeconomia - Função Utilidade


Teremos que testar as rendas e substituir na equação: U(y,G), sendo y =
renda disponível (Y - Y.t) e G = o consumo do bem público, proporcionado
pela arrecadação obtida (1501), chegando à equação:
U = Y - Yt 4- (150 t)0,s.
Substituindo pela primeira renda (y = 10), obteremos o que a questão soli­
cita, ou seja, para qual tarifa de imposto de renda igual a 37,5% é lograda a
situação ótima determina pela equação.

37
Provas Comentadas

U - (lO-lOt, 1501) = lO-lOt + (150t)0,5 derivando U, obteremos U’(t) = -10


+ 0,5 (1501)-0-5- 0 , para obter a situação ótima. Desenvolvendo... (150/t)0,s
= 20, então, t = 0,375 = 37,5%.
Portanto, a resposta será o indivíduo M, detentor da renda de 10.

38. Com base na Curva de Phillips de longo prazo, pode-se afirmar que:
a) políticas monetárias expansionistas só teriam impactos sobre a in­
flação e não sobre a taxa de desemprego.
b) há uma relação negativa entre taxa de inflação e taxa de desemprego.
c) a taxa de inflação converge para zero no longo prazo, independente
do nível inicial em que se encontra.
d) por meio de políticas monetárias expansionistas, o governo é capaz
de afetar o nível de produção da nação no longo prazo.
e) há uma relação positiva entre taxa de inflação e taxa de desemprego.

Assunto: Macroeconomia - Curva de Phillips

TC

i Curva de Phillips de
; longo prazo

-------------------- ► ^

a. Curva de Phillips mostra o trade-off entre a inflação e o desemprego,


porém, no curto prazo.
No Longo Prazo a curva de Phillips é vertical, ou seja, não existe o trade-off* é
possível baixar a inflação sem aumentar a taxa de desemprego, porque, segun­
do os clássicos, com a economia no Pleno emprego, os salários nominais são
flexíveis. Dizemos nesse caso que ela foi modelada por expectativas racionais
(versão moderna), sendo assim, correta a letra A, mas a FGV não conside­
rou... “Embora a posição majoritária indique a curva de Philips como sempre
vertical, a banca resolveu acatar os recursos que apontam opinião divergente”

André Fantoni 38
Prova 5 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2007

b. Essa relação negativa (trade-off) só existe no curto prazo.


c. Como a curva é vertical (longo prazo), não podemos fazer essa
afirmação, aliás, como disse o Mestre Góes, inflação zero, só no
cemitério, né?
d. A Curva de Phillips é um “espelho” da Oferta Agregada, daí observa­
mos no gráfico que a Política Monetária é inócua para afetar o produto
na curva de longo prazo.

e. Há uma relação negativa^ porém, apenas no curto prazo.

39. Considere uma economia aberta» com câmbio flutuante e sob perfeita
mobilidade de capitais. Qual é o impacto de uma política fiscal expan-
sionista sobre a taxa de cambio e o nível de produção?
a) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção aumenta.
b) A taxa de câmbio se depreda, e o nível de produção permanece inalterado.
c) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção permanece inalterado.
d) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção diminui.
e) A taxa de câmbio permanece inalterada, e o nível de produção aumenta.

Assunto: Macroeconomia ~ Modelo de Mundell Fleming


Os efeitos das Políticas Fiscal e Monetária sobre o produto dependem se a taxa
de câmbio é fixa ou flutuante. Sendo assim, segue um quadro-resumo que
abrange todos os casos que têm caído nos concursos públicos da área fiscal

39 Economia
Provas Comentadas

Uma política Fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, aumen­


tando a renda e a taxa de juros interna, atraindo assim a entrada de capital
externo, apreciando a taxa de câmbio, porém, como o câmbio é flexível,
diminuindo as exportações e aumentando as importações, o que causa
uma retração da demanda agregada, voltando com a IS ao seu nível inicial
(para a esquerda), não afetando o produto.

. p r o d u iò ;.:

POL. FISCAL Aumenta Não altera Não altera Aumenta


P O L MONETÁRIA Não altera Não altera Não altera Diminui
PO L COMERCIAL Aumenta Não altera Aumenta Não altera

f p M l B l M l i * ^-.pRÒbufo:-;:. M S l I f r B i ò p sb A f^ S "Á-RF^FRVA*!-

PO L FISCAL Não altera Aumenta Diminui Não altera


POL. MONETÁRIA Aumenta Diminui Aumenta Não altera
POL. COMERCIAL Não altera Aumenta Não altera Não altera

Visto isso, com câmbio flutuante, uma política fiscal faz a taxa de câmbio
se apreciar e é inócua para alterar o produto.

40. Pode-se afirmar que um indivíduo considera um bem inferior se:


a) uma redução no preço do bem faz o consumo do indivíduo diminuir.
b) um aumento no preço de um bem substituto fax seu consumo aumentar.
c) uma redução em sua renda faz seu consumo do bem aumentar.
d) o indivíduo decidir não consumir o bem.
e) a renda do indivíduo diminui quando o preço do bem aumenta.

Assunto: Microeconomia - Bens


Os bens são classificados em:
Superior - Seu consumo é diretamente proporcional à renda, por ex. a
lagosta.
Normal ~ Seu consumo é diretamente proporcional à renda, por ex. arroz,
feijão...
Inferior - Seu consumo e a renda são inversamente proporcionais e seu
efeito renda é negativo, por ex. a carne de segunda.

André Fantoni 40
Prova 5 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2007

A curva de demanda de um bem inferior é decrescente porque o efeito subs­


tituição negativo (que tende a tornar a demanda decrescente) é em módulo,
maior que o efeito renda negativo (que tende a tornar a demanda crescente).
Portanto, quando se tem um aumento na renda, o consumo de um bem
inferior cai.

41. Se uma cidade decide construir um hospital em um terreno vazio de pro­


priedade pública, o custo de oportunidade dessa decisão é representado:
a) pelo custo exclusivamente contábil dessa decisão.
b) pela oportunidade custosa» porém, essencial, de se construir um hos­
pital público.
c) pela renúncia a erguer outras construções naquele terreno.
d) pelo benefício social que aquele hospital deve gerar aos cidadãos
da cidade.
e) pela oportunidade de aproveitar um terreno vazio que, antes, apenas
gerava custos para a cidade.

Assunto: Microeconomia - Custos de Oportunidade


Custo de oportunidade ou custo de transformação, em linguagem clara, é
quando se "abre mão” de um certo benefício ao se optar por uma segunda
escolha, não é quanto se gasta e sim quanto se ganharia se tivesse escolhido
a primeira opção, por exemplo, ao se construir um hospital (2 a opção) no
terreno, abriu-se mão de construir uma escola no mesmo local.
Também pode ser visualizado pela inclinação da reta tangente à Curva de
Possibilidade de Produção (CPP).

42. A Teoria do Consumidor modela a escolha ótima de um consumidor


em face de diferentes cestas factíveis de bens. Nesse contexto, a escolha
ótima do consumidor deverá ser:
a) a curva de indiferença que se situar no ponto médio da restrição
orçamentária.
b) a cesta de bens que conferir o maior nível de utilidade ao consumidor
e que estiver fora do conjunto orçamentário do consumidor.
c) a curva de indiferença que estiver mais inclinada positivamente.
d) a cesta de bens, pertencente ao conjunto orçamentário do consumi­
dor, que se situar na curva de indiferença mais alta.
e) a curva de indiferença que possuir o maior número de cestas indiferentes.

41 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


A escolha ótima, ou seja, a cesta ótima do consumidor (C.O.), é obtida quan­
do se consegue a máxima satisfação possível, levando em conta a combina­
ção factível (possível) dos bens e sua restrição orçamentária (basicamente
a renda). A cesta ótima representa o ponto de equilíbrio do consumidor!
Graficamente, a C.O. é o ponto onde a reta de restrição orçamentária inter­
cepta a Curva de indiferença mais alta (mais afastada da origem).

43. No longo prazo, uma firma competitiva é livre para escolher o nível óti­
mo de todos os seus insumos produtivos. A condição que descreve as es­
colhas ótimas dos insumos produtivos da firma competitiva é a seguin­
te: “Para cada insumo produtivo:
a) a função de produção deve apresentar retornos constantes de escala.”
b) o valor de seu produto marginal deve ser igual a seu preço.”
c) seu produto marginal deve ser crescente.”
d) seu preço deve conter toda informação relevante ao processo decisório”
e) a função lucro deve ser linear e crescente.”

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


Firma Competitiva: é tomadora de preços, ou seja, adota o preço de mercado.
• Grande número de pequenas firmas
• Produtos homogêneos
• Informações perfeitas
• Livre mobilidade de recursos
A Receita marginal de uma firma competitiva é igual ao preço (RMg = P)
e a demanda individual de uma firma competitiva é uma reta horizontal
(perfeitamente elástica ao preço).

André Fantoni 42
Prova 5 - Fiscal de Rendas/!CMS-FU/FGV/2007

A condição de lucro de uma firma em concorrência perfeita é que o preço


deve ser igual ao custo marginal: P = CMg.
O problema da firma é maximizar sua produção com o mínimo custo, o
que no longo prazo ocorre no ponto mínimo do Custo Médio de Longo
Prazo (CMeLP).
a. A função de produção deve ter retorno crescente de escala, ou seja, sua
função deve ser homogênea de grau maior que 1 .
b. Como visto acima, a lógica da maximização dos lucros de uma firma
competitiva implica que o valor do produto marginal de um fator de
produção deva ser igual ao seu preço.
c O produto marginal é decrescente (no estágio II de produção).
d. A firma competitiva é apenas tomadora de preço.
e. A função Lucro (RT - CT) é uma função de 2 o grau, portanto, seu
gráfico é uma parábola.

44. Em mercados concorrenciais, o preço de equilíbrio faz com que a quan­


tidade demandada se iguale à ofertada. Suponha que a curva de oferta
de um determinado bem seja perfeitamente elástica, e que tal bem seja
considerado normal pelos consumidores. Caso a renda dos consumido­
res aumente (e tudo o mais permaneça constante), pode-se afirmar que
o preço e a quantidade de equilíbrio deverão, respectivamente:
a) aumentar e permanecer inalterada.
b) diminuir e aumentar.
c) aumentar e diminuir.
d) permanecer inalterado e aumentar.
e) diminuir e permanecer inalterada.

Assunto: Microeconomia - Oferta e Demanda

Em se tratando de um bem normal, um aumento da renda aumenta o


consumo, aumentando a demanda (curva para a direita), como a oferta é
perfeitamente elástica, o preço se mantém constante.

43 Economia
Provas Comentadas

45. Em 1994, a denominação da moeda passou de cruzeiro real para real.


No entanto, a introdução do real foi precedida da criação da URV (Uni­
dade Real de Valor). Sobre a URV pode-se afirmar que se tratava de um:
a) meio de conta, criada com o objetivo de indexar a economia apenas
durante um período determinado.
b) meio de conta e de troca, criada com o objetivo de congelar os preços.
c) meio de troca, criada com o objetivo de substituir o cruzeiro real.
d) meio de troca, criada com o objetivo de mimetizar o dólar.
e) meio de conta e de troca, criada com o objetivo de desindexar a economia.

Assunto: Finanças Públicas


A URV foi instituída pela Lei n° 8.880/94 como uma medida de indexação
da economia, na transição para o Plano Real.

LEI N° 8.880, DE 2 7 DE MAIO DE 1994

Dispõe sobre o Programa de Estabilização Econômica e o Sistema Monetário


Nacional, institui a Unidade Real de Valor - URV e dá outras providências.

Art. l°Fica instituída a Unidade Real de Valor - URV, dotada de curso legal
para servir exclusivamente como padrão de valor monetário, de acordo com
o disposto nesta Lei.

§ Io A URV, juntamente com o Cruzeiro Real, integra o Sistema Monetário


Nacional, continuando o Cruzeiro Real a ser utilizado como meio de pa­
gamento dotado de poder liberatório, de conformidade com o disposto no
artigo 3°.

Art. 40 O Banco Central do Brasil, até a emissão do Real, fixará a paridade


diária entre o Cruzeiro Real e a URV, tomando por base a perda do poder
aquisitivo do Cruzeiro Real.

46. Déficit primário é definido como:


a) a diferença entre as receitas do governo e os gastos públicos com
bens e serviços.
b) a diferença entre os gastos totais do governo e as receitas do governo.
c) a diferença entre o déficit nominal e o déficit operacional.
d) a diferença entre o pagamento de juros reais e o déficit nominal.
e) a diferença entre o déficit nominal e os juros nominais.

André Fantoni 44
Prova 5 - Fiscal de Rendas/iCMS-FU/FGV/2007

Assunto: Finanças Públicas


Déficit Nominal:
É a soma do déficit primário com juros nominais da dívida, ou seja, é igual
ao déficit primário acrescido dos juros nominais, inclui todas as despesas
e receitas e é distorcido pela inflação.
Déficit Primário:
Ê o excesso da despesa sobre as receitas não financeiras.
DP = DN - juros - correção monetária e cambial
Déficit Operacional:
É igual ao déficit nominal menos a correção monetária e cambial do estoque
da dívida pública ou a soma do déficit primário com os juros reais (juros
nominais - correção monetária).

Suponha que as seguintes equações descrevam o comportamento da


economia no curto prazo:
C = 0,8(1 -t)Y
t = 0,25
I = 900 - 50i
G = 800
L = 0,25Y - 62,5i
M/P = 500
Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda,
Y é a renda, I é o investimento privado, i é a taxa de juros, G é
o gasto do governo, L representa a demanda por moeda e M/P
é a oferta de moeda.
Dessaforma, pode-se afirmar que a renda de equilíbrio nessa economia será:
a) 1.500.
b) 2.000.
c) 3.500.
d) 3.000.
e) 2.500.

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


A renda de equilíbrio é encontrada calculando o ponto de interseção entre
as curvas IS e LM.

45 Economia
Provas Comentadas

Igualando a oferta com a demanda de moeda, encontramos a equação da


LM: L - M/P
0,25Y - 62,5i = 500; e a equação da IS: Y = C + 1 + G, então;
Y = 0 ,8 (I - t)Y + 900 - 50i + 800, substituindo t e desenvolvendo:
Y = 0,8 (1 - 0,25)Y + 1.700 - 50i
Y = 0 >8 . 0,75Y+ 1.700 - 50i
Y - 0,6Y + 1.700 - 50i
0,4Y = 1.700 - 50i; tirando o valor de Y e igualando as duas equações,
teremos:

1.700-S0Í _ 500 + 62,5i >muitipIicando em x e desenvolvendo:


0,4 0,25

(1.700 - 50i).0,25 = (500 + 62,5i).0,4


425 - 12,5i = 200 + 25i, donde: 37,5i - 225, encontrando; i = 6 %.
Então a renda (Y) será:

1.700-50x0,6 ^
y ~ ---------------- —;Y - 3.500
0,4

48. Considere um mercado com apenas duas firmas, A e B. Exceto pelo


nome, essas firmas são absolutamente idênticas. Ambas produzem pe­
tróleo. Para cada empresa, o custo de produção é R$ 10,00 por barril. A
demanda total por petróleo é dada por P = 210 - Q, sendo Q a soma das
quantidades produzidas e ofertadas por cada empresa (Q -QA + QB).
Suponha que as firmas decidam formar um cartel e coordenar suas pro­
duções. Nesse caso, a quantidade ótima produzida por cada firma será:
a) QA - QB = 47.
b) QA = QB = 100.
c) QA = QB - 67.
d) QA - QB “ 45.
e) QA = QB = 50.

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


Para resolver esse tipo de questão se faz necessário ter em mente que o
ótimo, na visão empresarial, é a opção que lhe trouxer maior LUCRO,

André Fantoni 46
Prova 5 - Rscai de Rendas/ICMS-Rj/FGV/2007

sendo assim, a sugestão seria montar um quadro e testar as hipóteses para


encontrar a resposta.

Observamos que a opção que apresenta maior lucro é Q = QA + QB = 100.

Considere o problema de um indivíduo que possui uma renda exógena


Y - 100 e deve decidir quanto dessa renda declarará ao fisco. Suponha
que o indivíduo possa declarar um valor entre 0 e 100, inclusive. Para
qualquer valor declarado menor do que 1 0 0 , o indivíduo estaria mentin­
do e, portanto, tentando sonegar imposto. A tarifa de imposto de ren­
da é t = 20%. As preferências desse indivíduo, definidas sobre sua ren­
da final disponível, são dadas pela seguinte função utilidade: Í7(Y) = Y .
Suponha que esse indivíduo vise a maximizar sua utilidade esperada.
Após declarar sua renda, ele será fiscalizado com probabilidade p - 35%.
Caso seja apanhado tentando sonegar imposto, terá de pagar o valor de­
vido mais uma multa equivalente ao montante que tentou sonegar. Com
isso, é possível afirmar que o indivíduo declarará uma renda igual a:
a) 25.
b )0 .
c) 50.
d) 75.
e) 100.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Aqui devemos desmembrar a função em duas possibilidades: 35% de ser
apanhado sonegando pela fiscalização (pagará o valor devido mais a multa)
ou de não ser flagrado sonegando (65%).
A função utilidade então fica assim:
Função: Ud) = 0,65 (100 - 0,2D) 0*5 + 0,35 ((100 - 0,2D) - 2.0,2(100 - D))°>5

47 Economia
Provas Comentadas

Teremos que substituir no D os valores declarados pelos indivíduos e veri­


ficar qual resultado trará maior utilidade.
a) 25 substitui no lugar do D o valor de 50, que foi o declarado, gerando
uma Ud) = 8,94
b) 0 (Ud) = 9,21
c) 50 (Ud) = 9,09
d) 75 (Ud) = 9,15
e) 100 (Ud) = 8,81

Verificamos que o valor declarado que apresentou melhor utilidade para


o indivíduo é o de 0 (zero), ou seja, o indivíduo não declarar nada. O fisco
diante disso terá que aumentar a fiscalização, bem como aumentar o valor
da multa, inibindo o contribuinte a sonegar.

50. Suponha que o mercado brasileiro de gás natural possa ser representa­
do pelas seguintes equações de demanda e oferta, respectivamente:
QD - 240 - P
QS = P
Notação: QD é a quantidade demandada (em m3), QS é a quantidade ofer­
tada (em m3) e P é o preço (em dólar).
Suponha ainda que o preço internacional de equilíbrio do metro cúbi­
co de gás seja 60 dólares. Caso o governo brasileiro decida cobrar uma
tarifa fixa de 10 dólares por metro cúbico importado» pode-se afirmar
que o peso-morto gerado por essa política será:
a) 140 dólares.
b) 110 dólares.
c) 120 dólares.
d) 100 dólares.
e) 130 dólares.

Assunto: Finanças Públicas - Teoria do Bem-Estar


A questão pede o Peso Morto gerado pela introdução de um imposto de
importação sobre o Preço Internacional (que está abaixo do Preço de equi­
líbrio interno), sendo este, então, o adotado nas relações comerciais.
I. No equilíbrio teremos: QD= Qs
240 -P = P, onde P = 120 e Q = 120 (equilíbrio interno antes do imposto
de importação).

André Fantoni 48
Prova 5 - Fiscal de Rendas/ICMS-RJ/FGV/2007

II. Com a tributação, o Preço Internacional passa a ser: Pint = 60 + 1 0 =


70, gerando um peso morto na Economia, vejamos a representação
no gráfico.

A perda do bem-estar da economia, ou o Peso Morto, é representada pela


introdução do imposto sobre a importação, e essa perda é visualizada no de­
créscimo da quantidade demandada (180 para 170) e acréscimo da oferta (60
para 70), então, calculamos o Peso Morto pela área formada por esses dois
triângulos (altura 70 - 60 = 10, exatamente o valor do imposto acrescido):
Peso morto (DW) = 2 x ((10 x 10) / 2) = 200 / 2 = 100

Uma empresa monopolista é capaz de escolher o preço de seu produto.


Para que seu lucro seja maximizado, a empresa monopolista deve esco­
lher um preço que exceda seu custo marginal de produção. A diferença
entre o preço escolhido e o custo marginal chama-se mark-up. Pode-se
afirmar que o mark-up da firma monopolista será tão maior quanto:
a) maior for a elasticidade - preço da demanda.
b) maior for a elasticidade - renda da demanda.
c) menor for a elasticidade - preço da demanda.
d) menor for a elasticidade - preço da oferta.
e) menor for a elasticidade - preço cruzado da demanda.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Firma/Mark-Up


Sabemos que um monopólio tem seu lucro máximo quando a receita mar­
ginal é igual ao custo marginal. O monopolista então irá utilizar a curva
de demanda para procurar a qual preço poderá induzir os consumidores a
comprar essa quantidade que maximizará seu lucro.

49 Economia
Provas Comentadas

Vimos então que o monopolista produz menos a um preço maior em re­


lação a um mercado em concorrência perfeita. O preço que o monopolista
trabalha é um “mark-upMacima do custo marginal. Os empresários devem
ter em mente suas margens de lucratividade de forma que os valores repas­
sados ao consumidor final lhe permitam cobrir seus custos de produção
e comercialização; mas qual o tamanho do mark-up (marcar para cima)7.
Basta utilizar a condição de maximização dos lucros: RMg - CMg.

CMg — P '(l+ r—r)


M
p = _Cmg_

“ l +- L
M

Sendo assim, o mark-up é sempre maior que 1 (um), ou seja, o monopolista


opera na parte elástica da curva de demanda e ele será tão maior quanto
menor for a elasticidade preço da demanda do mercado, ou seja, quanto
mais inelástica for a demanda do produto.

($)

André Fantoni 50
Prova 5 - Fiscal de Rendas/lCMS-RJ/FGV/2007

52. Existe uma importante relação entre as curvas de custo médio e custo
marginal. Essa relação é tal que:
a) as curvas nunca se cruzam.
b) a curva de custo médio é ascendente enquanto a de custo margi­
nal é descendente.
c) a curva de custo médio intercepta a de custo marginal em seu
ponto máximo.
d) as curvas são inversamente proporcionais.
e) a curva de custo marginal sempre intercepta a de custo médio em
seu ponto mínimo.

Assunto: Microeconomia - Teoria dos Custos


Vejamos o gráfico dos Custos no Curto Prazo:

Percebemos que: “A curva de custo marginal corta as curvas de custo


variável médio, e a de custo médio nos seus pontos de mínimo.”
Isso deve estar no sangue, e a questão está resolvida, vide o ponto A.

51 Economia
Provas Comentadas

André Fantoni 52
Analista/BACEN/FCC/2006

41. Foram extraídos os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil de


2003, em milhões de reais (R$ 1.000.000,00):
Despesas de consumo final 1.192.613
Saldo externo de bens e serviços (-) 56.078
Produto Interno Bruto 1.556.182
Poupança Bruta 317.172
Transferências correntes recebidas
liquidamente do exterior 8.753
Formação Bruta de Capital Fixo 276.741
Variação de Estoques 30.750
logo, a Renda Nacional Bruta da economia brasileira nesse ano corres­
pondeu, em milhões de reais, a
a) 1.574.616
b) 1.518.538
c) 1.509.785
d) 1.501.032
e) 1.444.954

Assunto: Macroeconomia ~ Contas Nacionais


Nessa questão, o examinador não exige, mas é bom que relembremos um
detalhe importantíssimo, o default, que o PIB está a preços de mercado,
enquanto a Renda está a custo de fatores. Visto isso, nosso trabalho será
uma transformação simples do PIBpm para RNBcf. Existem dois caminhos
a seguir.
Sabemos que, para transformar de interno para bruto, devemos excluir a
renda líquida enviada ao exterior, uma vez que esta não é contabilizada no
produto nacional, e, para transformar de preços de mercado para custo de
fatores, devemos excluir os impostos indiretos e somar os subsídios recebi­
dos, todavia, não nos foram fornecidos alguns valores que estão embutidos
nos dados. Então, mãos à obra:

53
Provas Comentadas

RNBcf = PNBcf = PIBpm - RLEE - II + subsídios


Entretanto, é mais rápido visualizar a resolução pela ótica da renda.
Renda disponível bruta: RDB = Consumo final + poupança bruta
RDB - 1.192.613 + 317.172 = 1.509.785, mas estamos querendo a Renda
Nacional
RNB + transferências correntes recebidas = RDB + transferências correntes
enviadas
RNB = 1.509.785 - 8.753
RNB = 1.501.032

42. Numa determinada economia, os encaixes totais mantidos peio siste­


ma bancário representam 4/10 do total de seus depósitos à vista em cou­
ta corrente. Se a população desse país mantiver 1/5 dos meios de paga­
mentos na forma de moeda manual» um aumento de 1.000 na base mo­
netária acarretará um acréscimo, nos meios de pagamento, de
a) 6.250.
b) 3.125.
c) 2.358.
d) 1.923.
e) 1.470.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária

ET-4/10 DVBC Sfemosq : m =-.... - 7 -....- r


l-d l(l-R )
ET /DVBC = R = 0,4
1
m —---- .-----------
1 —0 , 8 (1 —0,4)= 1/0 48
PMPP = l/5-M
m = 1,23
PMPP/M = c -0 ,2
Mm -M
Como c + d= 1
M = 1,23 -1.000
d = 0 ,8
M = 1.23

André Fantoni 54
Prova 6 - Anaiista/BACEN/FCC/2006

A concepção ricardiana da dívida pública está baseada na hipótese de


que o consumo não depende apenas da renda corrente, mas sim da ren­
da permanente, que inclui tanto a renda presente quanto a futura. Em
relação a esse modelo, é correto afirmar que:
a) o Governo não tem restrição orçamentária intertemporal, ao contrá­
rio dos consumidores, porque ele tem o poder de emitir moeda para
financiar seus déficits.
b) se os consumidores agem racionalmente, um corte de impostos no
presente, sem que haja mudança na estrutura de gastos do governo,
aumentará o consumo atual e diminuirá o consumo futuro.
c) se os consumidores não agem racionalmente e não se preocupam em
deixar o ônus da dívida para as gerações futuras, um aumento de im­
postos no presente manterá tanto o consumo corrente quanto o con­
sumo futuro inalterados.
d) a preocupação em deixar o ônus da dívida para as gerações futuras
fará com que os consumidores aumentem seu consumo atual caso o
Governo reduza os tributos sem alterar os seus gastos.
e) existindo restrição de crédito aos consumidores, mesmo que eles ajam
racionalmente, um corte de impostos no presente poderá elevar o con­
sumo corrente, mesmo que os gastos do Governo fiquem inalterados.

Assunto: Macroeconomia - Economia Intertemporal


A concepção ricardiana da dívida nos mostra que um corte fiscal, hoje,
provocará um déficit orçamentário, que terá que ser financiado por emprés­
timos, deixa o consumo inalterado. As famílias deverão destinar à poupança,
a renda extra obtida, visando pagar um aumento futuro dos impostos, para
quitar esses empréstimos e os juros correspondentes.
Os consumidores são mais previdentes do que se supõe, sendo assim, ba­
seiam seus gastos não só na renda presente, mas também na renda esperada
no futuro, ou seja, o consumo é baseado na renda permanente, não na que
está disponível atualmente.
a) Falso. Pois o governo tem a restrição intertemporal também, assim como
os consumidores. Essa opção de emitir moeda chama-se senhoriagem, entre­
tanto, tem algumas conseqüências negativas, e a principal delas é a inflação.
b) Falso. Pois o corte fiscal proporciona a ele, consumidor, hoje, um ganho
de renda que é transitório e que lhe será tomado amanhã pelo aumento
dos impostos; sendo assim, não convém alterar o consumo hoje, mas sim
poupar, preparando-se para futuro.

55 Economia
Provas Comentadas

c) Falso. Pois, se não houver preocupação com as gerações futuras, então


não há necessidade de se manter inalterado o consumo corrente, este pode
ser aumentado.
d) Falso. Pois quando há uma preocupação com as gerações futuras, qual­
quer ganho de renda que se tenha será poupado, mantendo inalterado o
consumo atual, com o intuito de “resguardar” as gerações no futuro.
e) Correto. Pois os consumidores que esbarram na restrição de crédito não
podem consumir mais do que sua renda corrente, certo? Então, quer dizer
que o consumo corrente é determinado apenas pela sua renda corrente, aí,
nesse caso, como a redução de impostos tem o mesmo efeito de emprés­
timos do governo aos consumidores (aumentam suas rendas correntes),
a restrição de crédito faz com que esses consumidores aumentem seus
consumos correntes.

44. No modelo de Mundell-Fleming para uma pequena economia aberta


com perfeita mobilidade de capitais e taxas de câmbio flexíveis, onde
se observa a existência de desemprego no curto prazo, uma política de
expansão da oferta de moeda praticada pelo Banco Central terá como
uma de suas conseqüências
a) a permanência da taxa de desemprego nos mesmos níveis anteriores.
b) a diminuição do produto real.
c) a valorização da taxa de câmbio.
d) o aumento da entrada líquida de capitais externos.
e) o aumento das exportações líquidas.

Assunto: Macroeconomia - Mundell Fleming


Com regime cambial de taxas flexíveis, uma expansão monetária, que signi­
fica uma política monetária expansionista, tem o condão de deslocar a curva
LM para a direita, o que diminui as taxas de juros internos, apreciando a taxa
de câmbio e, com isso, causando uma desvalorização da moeda nacional,
o que provoca um aumento nas exportações e retrai as importações, o que
representa um aumento das exportações líquidas.

André Fantoni 56
Prova 6 - Analista/BACEN/FCC/2006

A função de produção de uma economia é:


y = k*
Onde:
y - produto por trabalhador
k - estoque de capital por trabalhador
Sabe-se também que:
s - taxa de poupança - 20%
n = taxa anual de crescimento populacional = 1%
G = taxa de depreciação anual - 4%
No estado estacionário (steady state) dessa economia, o
a) produto total e o capital total crescem à mesma taxa que a popula­
ção, ou seja, 1%,
b) nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a 16.
c) estoque de capital por trabalhador (k*) é igual a 4.
d) valor da depreciação anual dos equipamentos é maior que o valor do
investimento por trabalhador.
e) nível de renda de equilíbrio por trabalhador (y*) é igual a 5.

Assunto: Macroeconomia - Modelo de Solow


Como se trata do estado estacionário, sabemos que: o investimento é igual à
taxa de depreciação do estoque de capital, ou seja, i = ôk; mas i = s.f(k), então:
s.f(k) = Ô.k.
Quando incorporamos ao modelo a taxa de crescimento populacional (n),
o estado estacionário se dará no seguinte ponto: s.f(k) - (ô + n).k. Isso quer
dizer que o investimento realizado deve ser capaz de cobrir tanto a depre­
ciação do capital (Ô) como a necessidade de bens de capital para atender ao
crescimento do número de trabalhadores (n).
a) Correto esse item, pois vimos que o produto e o capital devem crescer à
mesma taxa da população.
Já os cálculos ficam assim:
0,2-k I/2 = (0,04+0,0l)-k y = J\6
y=4
Depreciação = d-k = 0,04-16 —0,64
k^=4
Investimento = s*y = 0,2-4 = 0,8
k = 16 Portanto, o investimento é maior

57 Economia
Provas Comentadas

46. A teoria dos ciclos econômicos reais pretende que as flutuações econô­
micas de curto prazo devam ser explicadas assumindo que os preços da
economia sejam totalmente flexíveis, ao contrário da teoria keynesia­
na, que os considera rígidos no curto prazo. Analise as seguintes afir­
mativas sobre essa teoria:
I. A quantidade ofertada de mão-de-obra depende positivamente dos
incentivos econômicos oferecidos ao trabalhador.
II. Se os salários dos trabalhadores estiverem altos e/ou a taxa de juros
for elevada, os trabalhadores preferirão trabalhar menos, e a eco­
nomia entrará em recessão.
III. A aprovação de uma legislação ambiental muito restritiva ou o au­
mento do preço internacional do petróleo não são fatores que po­
dem induzir a economia à recessão.
IV. A oferta de moeda é endógena e a expansão dela em função do cres­
cimento da atividade econômica pode dar a ilusão de que a moeda
não é neutra, embora ela o seja de fato.
Ê correto o que consta APENAS em:
a) I, II e III.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) II e III.
e) I e II.

Assunto: Macroeconomia - Modelo Clássico


A teoria dos ciclos econômicos reais segue os pressupostos da teoria clássica,
que nos diz que os preços e salários são flexíveis e as variáveis nominais não
influenciam as variáveis reais, ao contrário do modelo keynesiano.
I. Correto, pois quanto maior o incentivo econômico oferecido (salário)
maior será a mão-de-obra ofertada, ou seja, maior o número de trabalha­
dores dispostos a oferecer horas de trabalho.
II. Falso, porque se os salários estão altos, os trabalhadores vão preferir
trabalhar mais, para ter maior renda, entretanto, isso vai depender muito
se o efeito renda for maior que o efeito lazer.
III. Falso. Pois esses fatores (aumento de preços internacionais, condições
climáticas adversas etc.) são os chamados choques de oferta (variáveis
exógenas), o que causa uma recessão na economia e ainda gera inflação.
IV. Correta. Ê a visão monetarista da teoria clássica. As variáveis nominais
(oferta de moeda) não podem influenciar nas variáveis reais.

André Fantoni 58
Prova 6 - Analista/BACEN/FCC/2006

Num mercado de concorrência perfeita, há 200 empresas produzindo o


mesmo bem com a mesma função de custo total (CT):
CT = 40 + 2 0 q + 5q2
Onde q é a quantidade produzida por cada empresa.
A curva de demanda de mercado para o bem em questão é dada pela se­
guinte função:
P - 40 - 1/60 Q
Sendo:
P = preço de mercado
Q ~ quantidade demandada no mercado
O preço de equilíbrio nesse mercado será:
a) 45.
b) 40.
c) 35.
d) 30.
e) 25.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercados


Temos que: Q = 2 0 0 q
Mercado de concorrência perfeita: P = CMg (custo marginal que é a deri­
vada do custo total)
CMg = C T - 2 0 + lOq
P = 40 - 1/60 Q
20 + lOq = 40 - 1/60 Q
20 + lOq = 40 - 1/60.200q
lOq + 10q/3 = 4 0 - 2 0
40q = 20.3
q = 60/40
q = 1,5 (produção de cada firma)
Q = 200.1,5 = 300 (produção total das 200 firmas), substituindo no preço,
temos que:
P = 40 - 300/60
P = 40 - 5
P = 35.

59 Economia
Provas Comentadas

48. As preferências de um consumidor que adquire apenas dois bens são re­
presentadas pela função utilidade:
U(x,y) = x2/3 .y 1/3
Caso a renda do consumidor seja 300» o preço do bem X seja 5 e o do
bem Y igual a 10, no equilíbrio do consumidor,
a) o dispêndio efetuado pelo consumidor com cada um dos dois bens
será igual.
b) a quantidade consumida do bem X corresponderá a 40 unidades.
c) a quantidade consumida do bem Y corresponderá a 2 0 unidades.
d) o dispêndio efetuado pelo consumidor com o bem X será 100.
e) o dispêndio efetuado pelo consumidor com o bem Y será 200.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Trata-se de uma função de Cobb Douglas que resolveremos direto pelo
macete:

Se,U = x“ -y0
Quantidade ótima do beraX: x* = [ a / (a+ | 5)]R /P x
Quantidade ótima do bem Y: y* = [a / (ct+ p)] •R / Py
Então:
2
3 o o /5 = 120/3
(-+ -)
3 3
x* - 4 0

O dispêndio do bem x seria: a quantidade multiplicada pelo preço=40 x 5 = 200.

49. Em relação a jogos não cooperativos e não seqüenciais, é correto afir­


mar que:
a) é possível que exista um estratégia dominante para apenas um dos
jogadores.
b) todo equilíbrio de Nash implica a existência de uma estratégia domi­
nante para pelo menos um dos jogadores.
c) se há uma solução de Nash para um determinado jogo, ela coincide
com uma situação de ótimo de Pareto.
d) a estratégia maximin consiste em procurar maximizar a perda dos
jogadores adversários.

André Fantoni 60
Prova 6 - Analista/BACEN/FCC/2006

e) nem sempre era jogos de soma zero entre dois jogadores o ganho de
um coincide, em valor absoluto, com a perda do outro.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Jogos


O jogo é uma situação em que os jogadores precisam tomar decisões es­
tratégicas, levando em consideração as atitudes e respostas dos outros. A
estratégia ótima para um jogador é aquela que maximiza seu payoff esperado.
Um jogo não cooperativo é aquele no qual a negociação e o cumprimento de
contratos vinculativos não são possíveis (Robert PindycK), e não seqüenciais
são aqueles praticados ao mesmo tempo.
a) Perfeito. Uma estratégia dominante é aquela que é ótima para um parti­
cipante, não importando o que seu oponente faça. Tanto podem os 2 joga­
dores ter estratégias dominantes como pode ser também apenas um deles.
b) Falso. O equilíbrio de Nash é um conjunto de ações (estratégias) no qual
cada jogador faz o melhor que pode em função das ações dos seus oponen­
tes, e essas estratégias são estáveis, o que significa que a decisão ótima não
necessariamente configura uma estratégia dominante.
c) Falso, Quando o jogo é repetido um número finito de vezes a solução
desse jogo será não cooperativa e então o equilíbrio de Nash não será Pa­
reto Ótimo.
d) Falso. Uma estratégia maximin é aquela em que uma empresa escolhe,
mesmo sabendo que não terá o maior retorno possível, pois a estratégia é
maximizar a obtenção de um determinado nível mínimo de ganho.
e) Falso. Um jogo é dito de soma zero quando os ganhos de um jogador são
as perdas do outro, em valor absoluto.

Analise as seguintes afirmações:


I. Num lemons market sempre se concretizam transações, até mesmo
quando os compradores estejam dispostos a pagar, por um bem de
boa qualidade, um preço superior àquele que os vendedores estejam
dispostos a negociá-lo.
II. O fato de o mercado de arte ter proporções reduzidas pode ser ex­
plicado, entre outras razões, pelo risco que consumidores comuns
correm de adquirir uma obra falsa pelo preço de uma verdadeira.
III. A existência de franquias elevadas para seguros de automóveis é jus­
tificada pelo fato de as seguradoras não poderem verificar indivi­
dualmente o cuidado que os segurados tomam com seus veículos.

61 Economia
Provas Comentadas

IV. A garantia oferecida pelas concessionárias de automóveis, ao co­


mercializarem carros usados, bem como sua reputação no merca­
do, são sinais utilizados para demonstrar que esses produtos têm
qualidade acima da média esperada pelo comprador.
V. A relação agente-prindpal é aquela em que uma pessoa (agente)
atua como preposto de outra (principal), recebendo para isso uma
remuneração; esse tipo de relação é ilustrativa do moral hazardyjá
que nem sempre o principal consegue monitorar integralmente o
comportamento dos agentes.
Ê INCORRETO o que consta APENAS em:
a) V.
b) IV.
c) III.
d) II.
e) I.
Assunto\ Microeconomia - Teoria da Informação
I. Falso. O mercado de limões (lemons market) é o mercado de carros usados.
O termo “limão” é uma gíria americana para algo ruim e “ameixa” significa
algo bom. No mercado de automóveis usados, os vendedores (proprietários
dos carros) sabem se os seus carros são um limão ou uma ameixa, porém,
os compradores não conhecem a qualidade desses carros, existe portanto
uma assimetria de informações, o que prejudica os bens de maior qualidade
ao serem confundidos com bens de qualidade duvidosa, e, com isso, muitas
transações deixam de ser fechadas.
II. Correto. Pois a assimetria de informações reduz o número de partici­
pantes num mercado onde não se tem a confiança na qualidade do produto,
III. Correto. É o caso de moral hazard (risco moral), onde um dos lados do
mercado não observa a conduta (o comportamento, a ação) do outro lado
do mercado, onde o mau uso de um acaba sendo pago por todos, pois a
empresa fixa um valor de franquia alto para tentar coibir eventuais desleixos.
IV. Correto. Pois esse tipo de atitude é uma sinalização de que o produto
oferecido é de boa qualidade; isso é feito pelas empresas para diminuir
a informação assimétrica em relação ao consumidor e acabar com uma
seleção adversa.
V. Correto. Essa relação agente-principal é uma relação contratual.

André Fantoni 62
Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

41. Considere a seguinte curva de possibilidades de produção para uma de­


terminada economia fictícia, onde Y e X são os únicos bens produzidos
na economia.

Ê correto afirmar que:


a) os pontos A, B e D representam combinações de produção de Y e X em
que todos os recursos produtivos disponíveis estão sendo utilizados.
b) a economia poderá atingir o ponto C se houver um aumento na dis­
ponibilidade de seus recursos produtivos e/ou por meio de inova­
ções tecnológicas.
c) só é possível atingir os pontos A e B ,a partir do ponto 0 , se houver
um aumento na disponibilidade de recursos produtivos na economia.
d) somente o ponto A representa o pleno emprego dos fatores produti­
vos» pois é o ponto mais alto da curva.
e) os pontos A e B, no curto prazo, representam maiores potenciais de cres­
cimento econômico (elevação do produto interno bruto) em relação ao
ponto D.

Assunto: Microeconomia - Curva de Possibilidades de Produção


A Curva de Possibilidade de Produção mostra as combinações de bens que
são fisicamente possíveis de serem produzidos utilizando plenamente os
recursos econômicos e dada (fixada) uma tecnologia.

63
Provas Comentadas

a) Errado. Somente os pontos A e B representam combinações, onde estão


sendo utilizados todos os recursos disponíveis, pois estão sobre a Curva
(CPP), na “fronteira de produção”. Já no ponto D, existe uma certa ocio­
sidade, ou seja, ainda há recursos e tecnologia disponíveis para produ­
zir, porém, há um desperdício e estes não são usados na produção.
b) Correto. Os fatores que deslocam a CPP para direita, expandindo a produ­
ção, são o aumento dos recursos disponíveis e/ou inovações tecnológicas.
c) Errado. Pois os recursos produtivos já estão disponíveis, sendo assim,
pode-se chegar aos pontos A e B (que estão dentro do limite de pro­
dução) apenas utilizando, com eficiência, plenamente os recursos que
estão à disposição.
d) Errado. Todos os pontos situados sobre a CPP são possíveis de serem
produzidos e representam a plena utilização dos recursos econômicos e
portanto mostram o máximo que se pode produzir. A e B representem
então o pleno emprego dos fatores na produção
e) Não podemos afirmar isso, só pela curva de produção, o conceito de
PIB é mais complexo e, ainda assim, existem recursos suficientes para
se chegar do ponto D aos pontos A ou B.

42. Em relação à oferta e demanda de um bem X em um mercado de con­


corrência perfeita, é correto afirmar:
a) A diminuição do preço do bem Z, substituto de X» deslocará a curva
de demanda de X para a direita.
b) O gasto total dos consumidores com a aquisição de X , se a sua curva
de demanda é linear, atinge o máximo quando a elasticidade-preço
da demanda for infinita.
c) Um aumento no preço do bem Y, complementar de X , deslocará a curva
de demanda de X para a direita.
d) Se a proporção da renda gasta na aquisição de um bem X aumenta
à medida que diminui a renda do consumidor, então o bem X é um
bem normal.
e) A curva de oferta de um bem X , caso seja representada por uma reta
que passa pela origem dos eixos cartesianos, terá elasticidade-preço
constante e igual a 1 (um).

André Fantoni 64
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

Assunto: Microeconomia - Elasticidade


a) Errado. Se X e Z são bens substitutos perfeitos (elasticidade-preço cru­
zada maior que zero), uma diminuição no preço de Z acarretará num
aumento da demanda por Z (Lei da Demanda) o que implica uma di­
minuição na demanda por X, deslocando a curva de demanda de X
para a esquerda. Ex.: manteiga e margarina.
b) Errado. Na verdade, atingirá o máximo quando sua elasticidade-preço
da demanda for Zero. Veja o gráfico:

c) Errado. Se X e Y são bens complementares (elasticidade-preço cruzada


menor que zero), um aumento no preço de Y gera uma queda na de­
manda por este produto (Y), o que ocasiona uma diminuição também
na demanda por X, deslocando a curva de demanda para a esquerda).
Ex.: carro e pneu.
d) Errado. Se a renda é inversamente proporcional ao consumo, então,
estamos falando de um bem inferior, cujo consumo aumenta à medi­
da que a renda cai, por ex. a carne de segunda.
Nos bens normais e superiores a renda tem relação direta com o consumo.
e) Certo. Veja o gráfico:

65 Economia
Provas Comentadas

43. Analise as proposições a seguir:


I. O equilíbrio do consumidor se dá quando a inclinação da reta de res­
trição orçamentária é exatamente igual à da curva de indiferença.
II. A reta de isocusto corresponde ao lugar geométrico das combina­
ções de quantidades de dois fatores variáveis que implicam o mes­
mo volume de produção.
III. Dada uma variação no preço do bem de Giffen, o efeito-substitui-
ção é menor, em valor absoluto, que o efeito-renda.
IV. Ocorrem deseconomias de escala quando» dada uma mesma pro­
porção de aumento na quantidade utilizada dos fatores de produ­
ção variáveis, a quantidade produzida do bem X se eleva numa pro­
porção menor.
Está correto o que se afirma em:
a) I, III e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) II e IV, apenas.

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


I. Correta, A cesta ótima é o ponto de equilíbrio do consumidor* A cesta
ótima é a combinação de bens que traz a máxima satisfação ao consu­
midor (máxima utilidade). Graficamente, é obtida quando a curva de
indiferença mais alta (ou mais afastada da origem) tangencia a reta de
restrição orçamentária.

II. Falso, A reta de isocusto mostra os pontos, as cestas de insumos, que são fac­
tíveis (possíveis), que podem ser compradas pela firma. A grosso modo, ela
é a “irmã” da curva de restrição orçamentária, da Teoria do Consumidor,

André Fantoni 66
Prova 7 - Agente Fiscai de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

III. A assertiva apresentada no enunciado mostra a definição da isoquanta.


IV. Correta. O bem de Giffen, única exceção legítima à lei da demanda, é
um bem inferior» de consumo saturado e tem alta participação no or­
çamento familiar. Quando falamos em efeito-renda (ER), estamos nos
referindo ao poder aquisitivo do agente (poder de compra), já o efei-
to-substituição (Es) está associado ao preço relativo do bem. Com os
bens de Giffen, quando seu preço cai, o consumo cai também, sendo o
Er > Es, o que torna a demanda crescente.
V. Correta. Deseconomia de escala é o mesmo que rendimentos decres­
centes de escala, onde um aumento nos fatores de produção são acom­
panhados por um aumento na produção, porém, de forma proporcio­
nalmente menor. Por exemplo, se a firma triplica seus insumos, sua
produção aumenta, mas não chega a triplicar também... isso ocorrerá
quando se tratar de uma função homogênea de grau menor que 1 (um).

A demanda do bem X é dada pela reta QD = 1.000 - 4P. Então,


a) se o mercado for de concorrência perfeita e a curva de oferta, repre­
sentada pela reta Qo = -200 + 6P, a instituição de um imposto espe­
cífico de $ 2,00 por unidade vendida fará com que o preço de merca­
do se eleve em $ 0,80.
b) de acordo com a teoria microeconômica tradicional, a instituição
de um imposto do tipo lump sum (quantia fixa, qualquer que seja a
quantidade vendida) não alterará a quantidade nem o preço de equi­
líbrio desse mercado.
c) se o mercado for dominado por um monopolista cuja equação de cus­
to total seja dada por CT - 200 -t- 50Q 4- Q\ onde CT = custo total e Q
- quantidade, o preço que maximizará o lucro do monopolista é 125.
d) o excedente do consumidor, para P - 200, é $ 10.000,00.
e) X é com certeza um bem inferior, mas não há informações suficien­
tes para se afirmar que ele também é um bem de Giffen.

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


a) No equilíbrio teremos: Qd = Qs, antes do imposto:
1000 - 4 P = -200 + 6 P
10P = 1.200, onde P = 120 e Q = 520.
Com a inclusão do imposto específico t = 2, a oferta se retrai e teremos:

67 Economia
Provas Comentadas

1 0 0 0 -Q Q - 2 0 0 „
------------—-------------h2
4 6

O novo acréscimo de preço de mercado oferecido é: P f ~ ----- x 2 = 1 ,2


6+4
Portanto, falso o item.
b) O fato de a maioria dos impostos provocar distorções alocativas con­
duz, na opinião de muitos financistas e tributaristas, à afirmação de
que, a rigor, o único imposto que não cria efeitos indiretos perversos
- ou seja, que não gera “excesso de gravame” - é o imposto per capita,
igual para todo mundo (lump-sum tax).
c) Sabemos que o lucro total = RT - CT, e, para encontramos o valor de
máximo dessa equação, devemos derivar e igualar a zero. Sendo assim,

(1.000-Q)^ 1.000Q-Q
XQ -
4 ) 4
CT = 200 + 50Q2+ Q2
(1.000Q-Q2) ,
LT = ---------------- - - (200 + 50Q2+ Q2), multiplicandopor 4 e desenvolvendo;
4
LT = 1.000Q - Q2 - (800+200Q2+ 4Q2); LT = -5 Q2 + 800Q
Lmáx = LT* = ~10Q + 800; Q = 80

Substítuindo :P = â —° " 8Q^;p = 230


4
Então, verificamos que o preço que maximizará o lucro será de 230 e não
125, aliás, 125 seria o valor que maximiza a receita total, uma tentativa de
enganar os mais distraídos.
d) O excedente do consumidor é o benefício total que os consumidores
têm ao adquirir uma quantidade do bem “x” ao preço de mercado,
graficamente, é a área do triângulo superior, formado pela curva de
demanda, preço e quantidade de equilíbrio ^ a^e x a ^5ura j.

(250-200) x 200 10.000


Excedente = ----------“--------- —— “— - 5.000

Também poderia ser achado calculando a demanda total menos o excedente


do produtor, dá no mesmo.

André Fantoni 68
Prova 7 - Agente Fisca! de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

E X C E D E N T E D O C O N S U M ID O R
250

* Q
200

e) O que determina se um bem é inferior é sua elasticidade-renda, quando a


mesma é menor que zero, e é impossível calculá-la com os dados disponíveis,
portanto, nada pode se afirmar sobre ser um bem inferior, normal ou superior.

45. Num determinado mercado em concorrência perfeita, a curva de de­


manda pelo bem X é dada pela função linear:
Qd = 500 - 10 P
Onde:
Qd - quantidade demandada no mercado
P = preço do bem
Nesse mesmo mercado> há 50 empresas cuja função de custo total é igual
para todas e expressa pela função:
CT = 2 0 + 2 qe + 0,5qe2
Onde qe - quantidade ofertada por cada empresa
O preço de equilíbrio desse mercado corresponderá a:
a) 13.
b) 12.

c) 11.

d) 10.

e) 9.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercados


Questãozinha clássica:
Temos que no mercado em concorrência perfeita: P - CMg
CMg = CT’ = 2 + q, igualando os dois:

69 Economia
Provas Comentadas

2 + q = P;q = p - 2

Mas quem é a demanda total Q? É o somatório das demandas de todas as


50 empresas, certo?

X q = Q = 5 0 x (P -2 )
1

Q = 5 0 P -1 0 0
Igualando em Q, para encontrar o preço de equilíbrio:
50P - 100 = 500 - 10P
60P = 600
P = 10

46. São dadas as seguintes informações sobre as Contas Nacionais de uma


determinada economia:
Importação de bens e serviços não fatores............ ........................ 85.000
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes.......25.000
Consumo Final das famílias e das administrações públicas.....472.000
Poupança Bruta Interna...................................................................94.000
Produto Interno Bruto.................................................................. . 604.000
Variação de Estoques............. ....................................................... . 10.000
Sabendo-se que não houve transferências de capital entre o país e o ex­
terior, o valor da Formação Bruta de Capital Fixo dessa economia cor­
responde a
a) 84.000.
b) 98.000.
c) 109.000.
d) 119.000.
e) 132.000.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Na questão é pedida a FBKF, que é uma parcela do investimento.
Partimos então da identidade I = S

I = FBKF + variação de estoques (Ve)


S = Sprivada + Sgoverno + Sexterna, sendo que:
Se = déficit em conta corrente do governo (- T)

André Fantoni 70
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

Substituindo os valores do enunciado, teremos:


FBKF + 10.000 = 94.000 + 0 + 25.000
FBKF = 119.000 - 10.000
FBKF = 109.000

Sobre o balanço de pagamentos, é correto afirmar que:


a) um superávit no saldo das transações correntes eqüivale a uma di­
minuição dos ativos externos líquidos em poder dos residentes des­
ta economia.
b) o pagamento de juros sobre empréstimos recebidos do exterior é re­
gistrado na conta de capital.
c) há diminuição das reservas internacionais do pais, se o saldo do ba­
lanço de pagamentos é positivo.
d) o valor dos lucros reinvestidos na economia doméstica por residen­
tes no exterior é computado no balanço de serviços.
e) há transferência líquida de recursos para o exterior quando as impor­
tações de bens e serviços não fatores apresentam valor maior que as
exportações de bens e serviços não fatores.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


a) Um superávit em conta corrente no BP representa uma poupança exter­
na negativa, pois, levando em conta que o País é historicamente defici­
tário em sua balança de serviços, houve um superávit primário (balança
comercial positiva) para que tenhamos um saldo de transações corren­
tes superavitário, ou seja, o País exportou mais que importou. Também
podemos encontrar outros sinônimos, como: saída de capitais, desacu-
mulação externa ou diminuição do passivo externo líquido.
b) O pagamento de juros é contabilizado no BP, na Balança de Serviços,
mais precisamente, serviços fatores, pois juros são a remuneração do
fator de produção capital financeiro.
c) Muito pelo contrário, né? Quando saldo da balança de pagamentos
é positivo, temos um aumento de reservas internacionais, sendo este
saldo transferido à conta de caixa, aumentando nossas reservas. As
reservas são compostas pelo: saldo total positivo do BP + empréstimos
de regularização + atrasados comerciais + contrapartidas de moneti-
zação/desmonetização e Direito Especial de Saque.

71 Economia
Provas Comentadas

d) Lucros reinvestidos são os lucros auferidos por não residentes no país,


que, entretanto, não são remetidos ao País de origem, ficando aqui mes­
mo para serem reinvestidos. Os lucros reinvestidos têm como contra­
partida contábil a rubrica reinvestimentos (registrada no movimento de
capitais autônomos) e é lançada no balanço de serviços (fatores).
e) Denominamos Hiato do Produto, quando as importações de bens e
serviços não fatores superam as exportações de bens e serviços não
fatores, o que significa uma entrada de recursos do exterior, e não uma
transferência.

48. Analise as seguintes proposições:


I. Os meios de pagamento de um país correspondem à soma do papel-
moeda em circulação com os depósitos à vista do público nos ban­
cos comerciais.
II. O valor da base monetária é igual à soma do papel-moeda em po­
der do público com o total dos encaixes bancários (reservas bancá­
rias + caixa em moeda corrente).
III. O valor do multiplicador dos meios de pagamento aumenta se ocor­
re uma queda na percentagem que a moeda escriturai representa do
total dos meios de pagamento.
IV. A demanda de moeda é uma função inversa da taxa de juros real.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) II, III e IV.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


I. Falso. Os meios de pagamentos (M) são o passivo monetário do sis­
tema bancário e correspondem ao papel-moeda em poder do pú­
blico (PMPP) mais os depósitos à vista nos bancos comerciais (DVBC).
M^PMPP + DVBC.
II. Certo. É o passivo monetário do BACEN. Pode ser equacionado de duas
formas: B = PMPP + ET ou B = PME + RB, ou seja, papel-moeda emiti­
do mais as reservas bancárias (depósitos voluntários e compulsórios)

André Fantoni 72
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

III. M = m.B, quanto maior a proporção dos depósitos à vista nos bancos
comerciais (moeda escriturai) em relação aos meios de pagamento,
maior será o multiplicador. Falsa, portanto.
IV. Certo. A demanda por moeda é função direta da renda (transação e
precaução) e inversa dos juros (especulação). L = f(Y+; r “).

49. Suponha que numa economia fechada o comportamento do setor de


bens e serviços possa ser descrito pelas seguintes equações do modelo
keynesiano simples:
C = 1 0 0 + 0,8 Yd
I = 250 +0,15 Y
G = 300
T ~ 50 + 0,25 Y
Onde:
C = Consumo de bens e serviços
Y = Renda
Yd - Renda Disponível
G = Gastos do Governo
T = Tributação
Nessa economia,
a) o multiplicador dos gastos do governo é igual a 4.
b) o nível de renda de equilíbrio é 2.400.
c) o Governo tem um superávit de 350 no nível de renda de equilíbrio.
d) o multiplicador da tributação é igual a 4.
e) os investimentos apresentam certa elasticidade em relação à taxa de
juros real.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Keynesiana


Pela ótica do dispêndio, em uma economia fechada, temos que:
Y = C + 1+ G
Y = 100 + 0,8Yd + 250 + 0,15Y + 300
Y = 100 + 0,8(Y ~ 50 - 0,25Y) + 550 + 0,15Y
Y = 100 + 0,8 . 0,75Y - 40 + 550 + 0,15Y
Y = 610 + 0,6Y + 0,15Y
Y (1 - 0,75) = 610

73 Economia
Provas Comentadas

Y = 1/0,25 X 610
Y = 2.440

a) O multiplicador keynesiano (K) é exatamente 1 sobre o coeficiente de Y,


ou seja, ~~L}k = 4.
0,25
b) Y = 2.440
c) Sem sentido
d) O multiplicador da tributação é - tK = 0,25 .4 = 1.
e) Os investimentos são perfeitamente inelásticos à taxa de juros, só de­
pendem da renda.

50. Os setores real e monetário de uma determinada economia em que o ní­


vel geral de preços é igual a 1 podem ser representados por um modelo
IS-LM descrito pelas equações a seguir:
C = 200 + 0,8 Yd
I = 300 - 2.000Í
G = 400
T = 400
X = 200
M = 100 + 0,2 Y
Md = 0,25Y - 1.000Í
Ms = 200
Onde:
X = exportações
M = importações
Md = demanda de moeda
Ms = oferta de moeda
i = taxa unitária de juros nominal

No equilíbrio da economia,
a) a taxa de juros nominal é de 8 %.
b) o nível de renda é 1.500.
c) as importações são 2 0 0 .
d) o consumo é 1 .0 0 0 .
e) o investimento é 1 0 0 .

André Fantoni 74
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


Nesse tipo de questão devemos seguir a receita de bolo, e, como queremos
o equilíbrio, temos que igualar as curvas IS e LM.

IS:Y = C + I + G + X ~ M
Y = 200 + 0,8Yd + 300 - 2.0001 + 400 + 200 - (100 + 0,2Y)
Y - 1.100 + 0,8(Y - 400) - 2.000i - 100 - 0,2Y
Y = 1.000 -i- 0,8Y - 320 - 2.000i - 0,2Y
Y - 0,6Y = 680 ~ 2.000Í, onde:
IS: 0,4Y - 680 - 2.000Í
LM: Md = Ms
0,25Y - l.OOOi - 200
LM: 0,25Y ~ 200 ~ l.OOOi
Igualando IS e LM, e resolvendo um sisteminha simples de duas equações
com duas incógnitas, encontramos:
Y = 1.200 e i =0,L
a) A taxa de juros nominal é 10%.
b) O nível de renda (Y) é 1 .2 0 0 .
c) As importações são 100 + 0,2 x 1.200 = 340.
d) O consumo é 200 + 0,8 x (1.200 - 400) = 840.
e) O investimento é 300 - 2.000x 0,1 = 100.

No modelo IS-LM para uma economia fechada, é correto afirmar que:


a) uma política fiscal expansiva tende sempre a reduzir a taxa de juros
da economia, exceto no caso teórico denominado por Keynes de ar­
madilha da liquidez.
b) a curva LM é positivamente inclinada e sua declividade é função di­
reta da velocidade-renda da moeda e da elasticidade da demanda de
moeda em relação à taxa de juros.
c) uma política de expansão monetária por parte do Banco Central será
bem sucedida no objetivo de aumentar o nível de renda e diminuir
a taxa de desemprego da economia, se a demanda por investimentos
for totalmente inelástica em relação à taxa de juros.
d) a curva IS é negativamente inclinada e sua declividade é função di­
reta da propensão marginal a consumir e inversa da elasticidade do
investimento em relação à taxa de juros.

75 Economia
Provas Comentadas

e) se a demanda de moeda for totalmente insensível a variações da taxa


de juros, uma política fiscal expansiva tenderá a reduzir a taxa de de­
semprego da economia.

Assunto: Macroeconomia ~ Modelo IS/LM


Importante nessa questão é visualizar o gráfico e ter em mente que a Polí­
tica Fiscal mexe com a curva IS, enquanto a Política Monetária mexe com
a curva LM, e uma política expansionista desloca a curva para a direita,
enquanto a restritiva desloca para a esquerda!

a) Na verdade uma política monetária expansiva desloca a curva IS para


a direita e tende sempre a aumentar a taxa de juros» exceto no trecho
keynesiano, onde a LM é horizontal, e política fiscal não altera os juros.
b) A curva LM é positivamente inclinada, porém, ela se comporta em
função direta da renda e inversa da taxa de juros.
c) Se a demanda por investimento é totalmente inelástica à taxa de juros,
então a IS é vertical. Estamos tratando do modelo keynesiano simples,
onde a Política Monetária é ineficaz para alterar renda, dizemos, neste
caso, que o Crowding-Out é nulo.
d) Perfeito. A IS é negativamente inclinada e se comporta de acordo com
a PMgC, diretamente e com o nível de sensibilidade do investimento
àtaxa de juros.
I = f( PMgC4'; s ")
e) Se a demanda por moeda for totalmente insensível (inelástica) à taxa
de juros, teremos a LM vertical» ou seja, estamos no caso clássico, e
qualquer política fiscal será inócua para alterar a renda, visto que a
economia está no pleno emprego. Dizemos neste caso que o Crowding-
Out é máximo.

André Fantoni 76
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/ICMS-SP/FCC/2006

Obs.: Crowding-out significa a substituição de gastos privados por gastos


públicos, e também pode ser chamado de efeito deslocamento.

No que diz respeito às relações entre a taxa de desemprego e a taxa de


inflação, é correto afirmar que:
a) a Curva de Phillips, no longo prazo, é vertical.
b) ambas as variáveis são positivamente correlacionadas.
c) choques de oferta não têm impacto sobre a taxa de inflação e, conse­
quentemente, sobre a taxa de desemprego.
d) há uma correlação negativa entre as duas variáveis, se os agentes eco­
nômicos têm expectativas racionais.
e) quanto mais baixa for a taxa de inflação no curto prazo, a economia
estará mais perto de sua taxa de desemprego natural.

Assunto: Macroeconomia - Inflação e Curva de Phillips


a) A Curva de Phillips mostra o trade o ff entre inflação e desemprego, é
decrescente, porém, no curto prazo, pois no longo prazo os agentes con­
seguem usar racionalmente as informações disponíveis na economia e se
preparar para o mercado, portanto, no longo prazo a Curva de Phillips
é vertical, ou seja, as políticas anunciadas ou antecipadas são inócuas, e
é possível baixar a inflação sem gerar desemprego.
b) As variáveis, inflação e desemprego são negativamente correlacionadas
(trade off).
c) Os choques de oferta são variáveis exógenas e responsáveis por causar a
inflação de custo quando maior que zero, deslocando a Curva de Phillips
para a direita e gerando o fenômeno chamado ESTAGFLAÇÃO, que
é a combinação de inflação com recessão, ou seja, o caos. É caso, por
exemplo, de uma crise mundial do Petróleo.
TU — 7Ce- P([l- j^) + 8
d) Se os agentes possuem expectativas racionais, a Curva de Phillips é
vertical, e não existe o trade off, pois os agentes sempre acertam em suas
previsões, seja na versão forte (acertam tudo) ou na versão fraca (acertam
na média).
e) Pelo gráfico, observamos que é exatamente o contrário, no curto prazo
existe uma relação inversa entre inflação e desemprego.

77 Economia
Provas Comentadas

53. Com relação à incidência de um imposto sobre vendas de um bem X


num mercado em concorrência perfeita, é correto afirmar que:
a) as elasticidades-preço da oferta e da demanda do bem no mercado
não determinam o ônus do contribuinte de fato.
b) o imposto desloca a curva de demanda para baixo em montante maior
ao do imposto.
c) um imposto com alíquotas variáveis, em princípio, atende melhor ao
princípio da neutralidade do que um imposto com alíquotas fixas.
d) o imposto é regressivo, porque tende a onerar mais fortemente os
consumidores mais ricos.
e) o ônus do imposto recai mais fortemente sobre os vendedores ou con­
sumidores, dependendo do valor das respectivas elasticidades-preço.

Assunto: Finanças Públicas - Teoria do Bem-Estar


a) Errado, pois é exatamente a elasticidade-preço da demanda e da oferta
quem diz com qual parcela do ônus cada um vai arcar. Paga mais quem
é mais inelástico!
b) Errado, pois um imposto desloca a curva de oferta para a esquerda, em
um montante proporcional a sua elasticidade (depende do coeficiente
angular da reta).
c) Um imposto com alíquotas variáveis é anticíclico, e causa uma rotação na
curva de oferta; já o imposto específico é pró-ciclico e desloca a curva de
oferta paralelamente. O único imposto neutro é o imposto Lump-sum tax.
d) O imposto regressivo é caracterizado por onerar proporcionalmente
mais as classes mais pobres, pois, quanto maior a renda, menos se paga
proporcionalmente, como é o caso dos impostos indiretos.
e) Perfeito. Paga mais quem é mais inelástico.

André Fantoni 78
Prova 7 - Agente Fiscal de Rendas/lCMS-SP/FCC/2006

Numa determinada economia» um imposto sobre o valor adicionado»


não cumulativo e do tipo multiestágio, tem uma alíquota fixa de 2 0 % e
é cobrado “por fora”. Há um setor dessa economia que produz um bem
que passa por quatro etapas produtivas até atingir o consumidor final»
sendo que a primeira etapa é constituída por uma firma totalmente in­
tegrada verticalmente. Supondo-se que o preço cobrado por essa em­
presa é 1 0 0 , e que as outras três empresas na cadeia produtiva acrescen­
tam 1 0 0 % ao valor do insumo recebido para formar seu preço, o gover­
no desse país arrecadará, por unidade vendida do bem,
a) 160.
b) 180.
c) 2 2 0 .
d) 250.
e) 300.

Assunto: Finanças Públicas - Sistema Tributário Nacional


Essa questão exige que o candidato saiba como funciona a tributação sobre
o valor agregado associado à não cumulatividade (sistemática de débito e
crédito), então, vamos montar o esqueminha:
IVA = 20% (por fora)
Margem de Lucro = 100%

T = 20 T = 40 - 20 T = 80-40 T = 160-80 Total


= 20 =40 =80

A apuração segue a mesma linha de raciocínio do ICMS, ou seja, débito na


saída - crédito de entrada:
2 = 20 + (40 - 20) + (80 - 40) + (160 - 80) = 20 + 20 + 40 + 80 = 160

79 Economia
Provas Comentadas

55. Um imposto é considerado progressivo quando a elasticidade-renda de


sua arrecadação é
a) negativa.
b) igual a zero.
c) igual a um.
d) maior que um.
e) infinita.

Assunto: Finanças Públicas - Sistema Tributário Nacional


Os impostos progressivos são, basicamente, os impostos diretos, como por
exemplo o IRPF, que possuem algumas características, tais como:
- Quanto maior a renda tributada, mais se paga de imposto proporcio­
nalmente.
- Sua elasticidade renda é maior que 1 (um),
- Onera as classes de mais alta renda.
- Melhora o impacto sobre a distribuição de renda.
- Tem um efeito anticíclico sobre a renda, chamado de estabilizador auto­
mático (built in).
- Tem sua alíquota marginal maior que a alíquota média.
- O efeito perverso sobre os incentivos marginais dos agentes econômicos
cuja renda ultrapassa certo nível (rendas mais altas).

André Fantoni 80
Auditor/TCE-CE/FCC/2006

111. Ê medida de política monetária que pode ser praticada pelo Banco Cen­
tral para expandir os meios de pagamento da economia:
a) venda de títulos em operações de mercado aberto.
b) elevação da taxa de redesconto de liquidez.
c) aumento da oferta de divisas no mercado de câmbio.
d) redução da taxa do depósito compulsório dos bancos.
e) redução da oferta de crédito ao setor público.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


Meios de Pagamento (M) são o passivo monetário do sistema bancário,
que é formado pelo BACEN mais os Bancos Comerciais e é definido por:
M = PMPP + DVBC, então, quando queremos expandir os meios de paga­
mento, devemos pensar em ter mais moeda em poder da população (aumen­
to da oferta monetária) e/ou nos bancos comercias (altíssima liquidez) no
intuito de aquecer a economia, através de operações ativas ou diminuição do
passivo não monetário do sistema bancário, e dar mais liquidez ao sistema.
São exemplos de medida que podem ser adotadas pelo BACEN neste sentido:
- Compra de títulos públicos no mercado aberto (o BACEN injeta moe­
da na economia).
- Diminuição da taxa de redesconto (diminuição da taxa cobrada aos
bancos comerciais pelos empréstimos junto ao BACEN, aumentando
assim as reservas bancárias).
- Diminuição da oferta de divisas no mercado cambial (para valorizar a
moeda nacional e aquecer a economia).
- Diminuição dos depósitos compulsórios (para aumentar o montante
em caixa dos bancos comerciais, dando mais liquidez ao sistema).
- Aumento na oferta de crédito (aumenta a renda dos agentes, aquecen­
do a economia).

81
Provas Comentadas

112. Num regime de concorrência perfeita, as curvas de demanda e de ofer­


ta de um bem são dadas» respectivamente, por:
Qd = 1.600 - 20 P
Qo = -200 + 10 P
Onde:
Qd = quantidade demandada
Qo - quantidade ofertada
P = preço do bem
Se a função de demanda se deslocar para a direita, passando a ser Qd -
1.900 - 20 P, na nova posição de equilíbrio,
a) o novo preço de mercado será R$ 10,00 superior ao preço anterior.
b) haverá excesso de mercadorias porque a demanda aumentou e a ofer­
ta se manteve estável.
c) o preço de mercado permanecerá inalterado.
d) a quantidade total demandada no mercado irá diminuir.
e) a quantidade demandada no mercado irá aumentar em 50 unidades.

Assunto: Microeconomia - Lei da Oferta e da Demanda (Procura)


Para calcular o equilíbrio de mercado, basta igualarmos as equações de
oferta e demanda.

i. Equilíbrio 1: p

1.600 - 20P = - 200 + 10P

30P = 1.800

P, = 60
70

ii. Equilíbrio 2: após o deslocamento: gg

1.900 - 20P = - 200 + 1 0P


D'
30P = 2.100
Q
p2 = 70 400 500

Então, o novo preço será maior que o anterior em R$ 10.

André Fantoni 82
Prova 8 - Aüditor/TCE-CE/FCC/2006

113. Sobre o Balanço de Pagamentos de um país, é correto afirmar:


a) As exportações de serviços de fatores de produção são registradas na
conta financeira.
b) Os juros de empréstimos externos são registrados na conta capital.
c) Se seu saldo for positivo, as reservas internacionais do país aumen­
tarão.
d) O registro de reinvestimentos estrangeiros não aumenta o Passivo
Externo Líquido.
e) As amortizações de empréstimos externos são registradas na Ba­
lança Comercial.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Nesse tipo de questão, é imprescindível ter uma noção da estrutura do
Balanço de Pagamentos no sangue. Segue o memento:

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (Antiga)


I - Balanço Comercial
Exportações (FOB) [ Só bens tangíveis
Importações (FOB)
II - Balanço de Serviços
Viagens Internacionais
Fretes (transportes)
Seguros ^ Serviços não fatores
Serviços governamentais
Serviços diversos (outros serviços não fatores)
Rendas de Capitais (lucros, juros e dividendos)------- ►Serviços fatores
IH - Transferências Unilaterais (donativos)
IV - Saldo do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes = I +
II + III
V - Movimento de Capitais Autônomos
Investimentos diretos
Empréstimos/Financiamentos
Amortizações
Refinanciamento
Reinvestimento
Obrigações a curto prazo (JHfot Money)

83 Economia
Provas Comentadas

VI - Erros e Omissões
VII - Saldo Total do Balanço de Pagamentos = IV + V + VI
VIII ~ Movimento de Capitais Compensatórios
Contas decaixa (Haveres no exterior, ouro monetário, DES, reservas no FMI)
Atrasados Comerciais
Empréstimos de Regularização
Visto isso, concluímos:
a) As exportações de serviços de fatores de produção, tais como lucros,
juros etc., são contabilizadas na balança de serviços (fatores).
b) Como dito acima, os juros fazem parte da balança de serviços fatores.
c) Quando o saldo total do balanço é maior que zero, ele vai para a conte
caixa, aumentando, assim, o nível das reservas internacionais do país.
d) Passivo externo líquido é o sinônimo do déficit em conta corrente ou
em transações correntes. Os reinvestimentos são registrados a crédito
no movimento de capitais autônomos, e têm como contrapartida os
lucros reinvestidos que são lançados a débito na balança de serviços
fatores, aumentando o passivo externo líquido.
e) As amortizações de empréstimos externos são registradas no movi­
mento de capitais autônomos. É importante ressaltar que só se registra
ali o pagamento referente ao montante principal, NÂO incluídos os
juros, que são registrados no balanço de serviços.

114. Caracterizava a atuação do Estado Desenvolviraentista no Brasil:


a) Política explícita de subsídio agrícola ao setor primário exportador,
visando a aumentar sua competitividade no exterior.
b) Altas taxas de proteção aduaneira, com o objetivo de proteger a in­
dústria interna nascente substituidora de importações.
c) Alto grau de abertura para o exterior para usufruir as vantagens com­
parativas do país em relação aos produtos primários.
d) Grandes obras de infraestrutura bem sucedidas com a utilização de
volumes expressivos de capital estrangeiro, como por exemplo a Fer­
rovia do Aço.
e) Preocupação excessiva com o nível de geração de emprego no setor in­
dustrial, incentivando os investimentos intensivos de mão-de-obra.

André Fantoni 84
Prova 8 - Auditor/TCE-CE/FCC/2006

Assunto: Finanças Públicas - Economia Brasileira


O Estado desenvolvimentista se deu na chamada “Era Vargas”, com as
seguintes premissas:
(1) que a Era Vargas (1930-1954) estabeleceu em nível nacional uma rela­
ção Estado-sociedade de tipo racional e burguês;
(2 ) que ela se concretizou através do estabelecimento de um padrão novo
de intervenção econômica (uma intervenção planificadora); e
(3) que este tipo de intervenção viria a caracterizar as relações do Estado
com a sociedade brasileira até a ascensão de Fernando Collor de Mello
à Presidência da República.
Neste período-percebemos um aumento do PIB brasileiro ancorado no setor
industrial, via, principalmente, exportação de café, bem como políticas
fiscais e monetárias de proteção à indústria nacional e controle da inflação,
com a criação de barreiras tarifárias.
Na letra “d” a banca expõe uma característica do Governo JK, na década
de 1950, através do Plano de Metas, com o processo de substituição de
importações.

115. Na década de 1990, a partir do Governo Collor, iniciou-se um processo


de liberalização da economia, com a lenta e graduai diminuição das alí­
quotas aduaneiras e das restrições às importações, acompanhado pelo
inicio de um processo de privatização das empresas estatais, principal­
mente no âmbito da União. A respeito desse processo de privatização,
é correto afirmar:
a) A receita decorrente constituiu um elemento decisivo no ajuste fiscal
da União, tendo contribuído para resolver definitivamente o equilí­
brio das contas públicas.
b) A opção por esse processo colocou a política econômica praticada no
pais em direção oposta à preconizada pela retórica do “Consenso de
Washington”
c) Na primeira fase do processo (1990 - 1995), os setores mais impor­
tantes privatizados foram os de telecomunicações e energia elétrica.
d) A maioria dos estudos acadêmicos concluiu que o processo contri­
buiu de forma decisiva para o aumento do volume de emprego ofe­
recido pelas empresas privatizadas.
e) Do ponto de vista fiscal, a privatização representou um ganho pela
liberação da obrigação do Estado em efetuar investimentos nas em­
presas estatais

85 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Finanças Públicas - Economia Brasileira


O Governo Collor sucedeu Sarney em 1990, herdando uma grande acelera­
ção no último ano de governo de seu antecessor, em 1989. A estrutura dos
países subdesenvolvidos deu origem ao chamado Consenso de Washington,
um pacote de medidas “sugeridas” aos países latino-americanos com o aval
do FMI e do Banco Mundial, que propôs: controle do déficit fiscal, prioriza-
ção dos gastos públicos, reforma tributária, taxa de juros, taxa de câmbio,
política comercial, investimentos externos, privatização, desregulação e
direito de propriedade, a fim de alcançar a promoção da estabilização da
economia através do ajuste fiscal e da adoção de políticas ortodoxas, tendo
o mercado como eixo central, além da redução drástica do Estado.
Neste cenário é que assumiu o poder no Brasil, no início do ano de 1990,
o presidente eleito pelo voto direto, Fernando Collor de Melo, que lançou
o plano “Brasil Novo”, um ideário antiestatal e privatista, que priorizava a
ação mínima do Estado, com a flexibilização das leis e a descentralização do
Estado, a partir da aplicação das “sugestões” do Consenso de Washington.
Podemos destacar as principais características de seu governo, como a
liberdade econômica (queda das barreiras aduaneiras e das restrições de
importações) e abertura comercial às multinacionais (principalmente no
setor automobilítico), destacamos também o aumento da carga tributária
brasileira em índices superiores a 30% do PIB (aumento da tributação sobre
bens e serviços) e a figura do Estado regulador (ANS, ANEEL...).
a) A receita decorrente das privatizações não era suficiente para equilibrar
o orçamento da União, talvez o maior benefício trazido por essa política de
privatizações foi cortar gastos do Governo com empresas que não davam
o retorno financeiro esperado. Em suma, nem os déficits externos, nem os
fiscais foram resolvidos com todo esse processo de privatizações.
b) A política econômica estava alinhada com as diretrizes do Consenso de
Washington, tais como abertura comercial, privatizações, diminuição do
tamanho do Estado etc.
c) A primeira fase de privatização (1990 - 1995), com o PND, abrangeu as em­
presas absorvidas por estarem emprocesso de falência, primordialmente as “me-
gaestatais”, seguidas pelos setores de Siderúrgica, Petroquímicos e fertilizantes.
d) Esse processo contribui para a redução do endividamento do Setor Pú­
blico, e com o aumento da tributação à demanda por mão-de-obra não foi
tão intensa assim.
e) Correta. É a conclusão do texto introdutório.
Auditor Fiscal/ICMS-RO/FJP/2006

Considerando a implementação de política fiscal expansionista em uma


economia pequena, com livre mobilidade de capital e regime de câm­
bio flexível, o nível de renda e a taxa de juros vão apresentar, respecti­
vamente, a seguinte posição:
a) aumenta/diminui.
b) diminui/ diminui.
c) aumenta/aumenta.
d) aumenta/não se altera.
e) não se altera/não se altera.

Assunto: Macroeconomia - Modelo Mundell Fleming


Quando estão presentes essas características (pequena economia, livre
mobilidade de capital e taxa de juros interna igual a taxa internacional),
estamos tratando do modelo de Mundell Fleming, ou seja, economia aberta
com perfeita mobilidade de capitais.
Uma Política Fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, aumen­
tando os juros internos e a renda, porém, como se trata de Câmbio flexível
(flutuante) ocorre o 4efeito iô-iô” com a entrada de recursos externos, e a
IS volta à sua posição original, mostrando que a Política Fiscal com taxas
de câmbio flexíveis é INÓCUA.
Provas Comentadas

Câmbio Fixo - Política fiscal eficaz - Política fiscal ineficaz


- Política monetária - Política monetária
ineficaz ineficaz
Câmbio Flutuante - Política fiscal ineficaz - Política fiscal eficaz
- Política monetária eficaz - Política monetária eficaz

79. Uma economia» num certo período de tempo» registrou as informações


a seguir especificadas:
Função Consumo C = 20 + 0,75 Y
Transferências do Governo R —400
Despesas Governamentais G = 3.210
Função Imposto T = 40 + 0,20Y
Investimento I - 4.000
Pode-se concluir que o nível de renda de equilíbrio, no mesmo período,
corresponde a:
a) 18.900.
b) 15.800.
c) 12.600.
d) 10.800.
e) 7.560.

Assunto: Macroeconomia - Agregados Macroeconômicos (PIB)


Questão muito malfeita, pois não indica que no consumo ele quis dizer que
se tratava da renda disponível (Yd = Y - T + R), e, mesmo assim, não existe a
resposta exata, e se não considerar isso fica pior ainda; o resultado bate longe
do gabarito. Vou colocar a resolução correta, como deve ser feito nas provas!

Como produto —renda = despesa


Pela ótica da despesa, sabemos que o PIB = C + I+G + X - M , então:
Y = 20 + 0,75Yd + 4.000 + 3.210, substituindo Yd = Y - T + R.
Y = 20 + 0,75 (Y - 40 - 0,2Y + 400) + 7.210
Y ~ 2 0 + 0,75 (0.8Y + 360) + 7.210

André Fantoni 88
Prova 9 - Auditor Fiscal/ICMS-RO/FJP /2G06

Y = 7.230 + 0,6Y + 270


Y - 0 ,6 Y = 7.500
0,4Y = 7.500, onde Y = 7.500/0,4
Y= 18.750

80. A contabilidade nacional de uma economia» num determinado perío­


do de tempo, apresentou os seguintes dados:
Especificação Valor em $ milhões
Depredação 700
Importação 1.500
Impostos Diretos 1.200
Impostos Indiretos 800
Produto Nacional Bruto a preços de mercado 18.600
Renda Líquida enviada ao exterior 300
Subsídios 400
O valor do Produto Interno Líquido a custo de fatores fixa-se em:
a) 17.800.
b) 18.000.
c) 19.200.
d) 19.400.
e) 20.800.

Assunto: Macroeconomia - Contabilidade Nacional


Essa questão é bem simples e aborda o conhecimento das transformações
do Produto. Nessa, por exemplo, devemos transformar o Produto Nacional
Bruto a preços de mercado (PNBpm) em Produto Interno Líquido a custo
de fatores (PILcf).
Sabemos que, de bruto para líquido, basta tirar a depreciação. De nacional
para interno devemos contabilizar a Renda líquida enviada ao exterior
(RLEE), que não faz parte do produto nacional, e de preço de mercado
para custo de fatores, devemos retirar os impostos indiretos e adidonar o
subsídio recebido, dito isso, vamos escrever:
PILcf = PNBpm - dep + RLEE ~ impostos indiretos + subsídios
PILcf = 18.600 - 700 + 300 - 800 + 400
PILcf = 17.800

89 Economia
Provas Comentadas

André Fantoni 90
Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

26. Sobre as políticas fiscal e monetária, assinale a alternativa incorreta.


a) O aumento dos meios de pagamento e da base monetária eleva o
nível de renda.
b) Uma política monetária antiinflacionária diminui o nível de renda
e aumenta a taxa de juros.
c) Uma política fiscal antiinflacionária diminui a taxa de juros e o ní­
vel de renda.
d) Uma política fiscal expansiva aumenta o nível de renda e reduz a taxa
de juros.
e) O aumento da oferta de moeda diminui a taxa de juros.

Assunto: Macroeconomia - Políticas Fiscal e Monetária


a) Ao aumentarmos a base monetária ou os meios de pagamento, estaremos
fazendo uma Política Monetária expansionista, ou seja, deslocando a curva
LM para a direita, e isso implica uma diminuição da taxa interna de juros
e um aumento no nível de renda.
b) Uma Política Monetária antiinflacionária (contracionista) desloca a curva
LM para a esquerda, provocando um aumento nos juros e uma diminuição
no nível de renda.
c) A Política Fiscal antiinflacionária ou contracionista (restritiva) desloca
a curva IS para a esquerda, provocando uma diminuição na taxa de juros
e na renda.
d) A Política Fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, provo­
cando um aumento na taxa de juros e no nível de renda.
e) O aumento na oferta de moeda é uma forma de fazer política monetária
expansionista, o que leva a curva LM para a direita, causando uma diminuição
na taxa de juros e um aumento na renda.

91
Provas Comentadas

27. Num determinado ano, uma economia registrou, em suas transações


com o exterior, os seguintes dados:
Especificação Valor em $
Exportação de Mercadorias 1.000
Importações de Mercadorias 1.200
Saldo da Balança de Serviços (déficit) 500
Movimento de Capitais Autônomos 300
Donativos 100
Considerando que não há registro de Erros e Omissões, pode-se afir­
mar que o Saldo do Balanço de Pagamentos eqüivale a:
a) deficitário em $ 400.
b) superavitário em $ 100.
c) deficitário em $ 200.
d) superavitário em $ 200.
e) deficitário em $ 300.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Montando a estrutura do BP» teremos:
BC = X - M = 1.000 - 1.200 = - 200
BS = - 500
TU = + 100
Saldo em transações correntes (T) =
BC + BS + TU = -200 - 500 + 100 = - 600.
Movimento de Capitais Autônomos (KA) = + 300
Saldo Total do BP = T + KA + E/O = - 600 + 300 + 0 = - 300
Ou seja, deficitário em 300.

28. Sobre a Curva de Phillips, assinale a alternativa correta.


a) Estabelece uma relação inversa entre desemprego e inflação.
b) Conclui que investimentos e importações aumentam o nível de
desemprego.
c) Relaciona diretamente a taxa de juros e o índice de preços.
d) Descreve o comportamento das reservas cambiais.
e) M ostra uma relação inversa entre a taxa de juros e o nível de
investimentos.

André Fantoni 92
Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

Assunto: Macroeconomia - Curva de Phillips


Questão conceituai sobre a Curva de Phillips, que mostra o trade-off (tro­
ca) entre desemprego e inflação no curto prazo (a curva é negativamente
inclinada). No longo prazo, a Curva de Phillips é vertical

29. O governo pode financiar suas despesas de diversas formas. Uma des­
sas formas, denominada senhoriagem, conceitua o financiamento das
despesas do governo por meio de:
a) aumento dos tributos.
b) emissão de moeda.
c) lançamento de títulos da dívida pública.
d) contratação de empréstimos.
e) alienação de bens imóveis.

Assunto: Finanças Públicas - Financiamento do Déficit Público


A Senhoriagem é uma das formas que o Governo encontrou para financiar
seu déficit, e que consiste na emissão de moeda pelo BACEN, ou seja, é o
poder de compra da expansão monetária feita pelo BACEN, pois este tem
o monopólio da emissão do papel-moeda.

30. Os fatores de produção são constituídos por dádivas da natureza, pela


população economicamente mobilizável, pelas diferentes categorias de
capital e pelas capacidades tecnológica e empresarial.
Assinale a alternativa que exemplifica o fator de produção capital:
a) sistemas instalados de saúde, inovações.
b) sistemas de distribuição de energia, clima.
c) aeroportos, edifícios de uso militar.
d) capacitação para pesquisa e desenvolvimento, invenções.
e) máquinas utilizadas em atividades extrativas, flora.

93 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Introdução à Economia - Conceitos iniciais


O Fator de Produção de Capital são os bens de capital voltados para produ­
ção, economicamente falando, são bens físicos, são investimentos, ou seja,
capazes de aumentar a capacidade produtiva. Para melhor compreensão,
podemos citar o jargão de que “investir na relação é ter filhos” (por Profa.
Teresa Cosentino), ou seja, aumentar a capacidade de produção!

31. De acordo com a Teoria Keynesiana, os projetos de investimento reali-


zar-se-ão se, e somente se, a taxa de desconto que iguala o fluxo de re­
ceitas esperado ao custo de investimento superar as taxas de juros pra­
ticadas no mercado financeiro. A referida taxa de desconto representa
o conceito de:
a) Produtividade Marginal do Capital.
b) Eficiência Marginal do Capital.
c) Eficiência Marginal do Investimento.
d) Produtividade Marginal do Investimento.
e) Produtividade Média do Investimento.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Keynesiana


Esse é um conceito, dado por Keynes, que define a Eficiência Marginal do
Capital, como sendo a taxa que iguala a somatória do valor presente dos
investimentos esperados de um bem de capital a seu preço de oferte., ou
seja, a decisão dos empresários em investir está diretamente ligada ao fato
de que essa taxa de desconto seja maior que as taxas de juros praticadas no
mercado financeiro; essa taxa de desconto deve ser mais “atraente”

32. De acordo com a classificação de J. Marchai, a estrutura de mercado de­


nominada concorrência perfeita apresenta as seguintes características:
a) Número muito grande de concorrentes; produto padronizado; im­
possibilidade de controle de preços e de concorrência extrapreço; ine­
xistência de tipos de obstáculos ao ingresso de agentes que atuam no
mercado; informações absolutamente transparentes.
b) Número muito grande de concorrentes; inexistência de produtos substi­
tutos ou próximos, impossibilidade de controle de preços e de concorrên­
cia extrapreço; inexistência de tipos de obstáculos ao ingresso de agen­
tes que atuam no mercado; informações absolutamente transparentes.
c) Número pequeno de concorrentes; produto padronizado; possibili-

André Fantoni 94
Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

dade de controle de preços e de concorrência extrapreço; inexistên­


cia de tipos de obstáculos ao ingresso de agentes que atuam no mer­
cado; informações absolutamente transparentes.
d) Número muito grande de concorrentes; produto padronizado; impos­
sibilidade de controle de preços e de concorrência extrapreço; exis­
tência de obstáculos ao ingresso de agentes que atuam no mercado;
informações absolutamente transparentes.
e) Número pequeno de concorrentes; produto padronizado, impossibi­
lidade de controle de preços e de concorrência extrapreço; inexistên­
cia de tipos de obstáculos ao ingresso de agentes que atuam no mer­
cado; informações absolutamente transparentes.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercados


As características de um mercado em concorrência perfeita são:
- Grande número de pequenas firmas (concorrentes).
- Produtos homogêneos (todas as firmas vendem o mesmo produto).
- Informações perfeitas (transparência), tanto para os consumidores, como
para os fornecedores.
- Livre mobilidade de recursos (não existem barreiras para entrada ou
saída do mercado).
Por isso dizemos que a firma competitiva é uma simples tomadora de preços,
quer dizer, a firma competitiva simplesmente adota o preço de mercado.
Neste tipo de firma, teremos a maximização do seu lucro quando o
CMg - RMg, sendo que o CMg é igual ao preço.

A função Procura depende dos fatores abaixo enumerados, à exceção


de um. Assinale-o.
a) Atitudes e preferências dos consumidores.
b) Alterações na estrutura tecnológica.
c) Número de consumidores potenciais.
d) Preços dos bens substitutos.
e) Preços dos bens complementares.

Assunto: Microeconomia - Demanda


A lei da demanda nos diz que Preço e Quantidade são inversamente pro­
porcionais, sendo influenciados por diversos fatores, entre eles:

95 Economia
Provas Comentadas

• Preços do próprio bem, dos substitutos e dos complementares.


• Renda do consumidor.
• Preferências e gostos.
• Número de consumidores (compradores), entre outros.
Já as alterações na estrutura tecnológica influenciam a função Oferta, que
está diretamente relacionada aos produtores.

34. Considerando os comportamentos típicos a curto prazo dos custos de


produção» é correto afirmar, relativamente ao custo marginal, que:
a) inicialmente declina de forma acentuada, mas a intensidade do declí­
nio se amortece à medida que aumentam as quantidades produzidas.
b) decresce acentuadamente no inicio, mas passa a aumentar a partir do
ponto em que os aumentos do custo variável médio se tomam maio­
res do que as reduções do custo fixo médio.
c) situa-se abaixo do custo variável médio até o ponto em que este al­
cança seu nível mínimo e, a partir daí, revela uma tendência parti­
cularmente acentuada à expansão.
d) mostra um pequeno declínio inicial e, a partir de certo nível, uma li­
geira tendência à expansão e depois volta a declinar.
e) aumenta em função do aumento das quantidades produzidas, mas
não na mesma proporção, iniciando com aumentos menos que pro­
porcionais, o que permite retribuições crescentes.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Custos


Para resolvermos esta questão, faz-se necessária uma análise gráfica dos
custos de produção no curto prazo, então, vejamos:

André Fantoni 96
Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás*RN/FGV/2006

Pela análise do gráfico acima, podemos perceber que o Custo Marginal


corta o Custo Médio no ponto de mínimo deste. O CMg de fato situa-se
abaixo do CVMe até o ponto em que este alcança seu ponto de mínimo, e a
partir daí se expande, dando origem, assim, à curva de oferta de uma firma
competitiva, que é, por definição, o ramo ascendente da curva de CMg a
partir do ponto mínimo da curva de CVMe.

35. Segundo a Teoria Neodássica, o objetivo crucial da empresa, independen­


temente da estrutura de mercado em que opera» é a maximização do lucro.
È correto definir o ponto de maximização do lucro como aquele em que:
a) Receita Total = Custo Marginal.
b) Receita Total = Custo Total.
c) Receita Marginal = Custo Médio Total.
d) Receita Marginal ~ Custo Marginal.
e) Receita Marginal = Custo Total.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercado


O lucro máximo de uma firma é obtido quando se iguala a Receita Marginal
ao Custo Marginal, para qualquer estrutura de mercado.

36. A soma do valor dos bens e serviços finais produzidos por uma econo­
mia, num determinado período, define o conceito de:
a) Valor Bruto da Produção.
b) Produto Interno Bruto.
c) Produto Interno Líquido.
d) Produto Nacional Líquido.
e) Produto Nacional Bruto.

Assunto: Macroeconomia - Agregados Macroeconômicos


Muito cuidado com esse tipo de questão! Ela traz um detalhe sutil, uma
pegadinha de leve, reparem:
Produzidos por uma economia = PNB (titularidade)
Produzidos em uma economia = PIB (territorialidade)
Lembram dessa definição? O conceito de PNB está ligado ao titular da

97 Economia
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produção, ou seja, produzido por quem? (Residentes.) Já o PIB se relaciona


ao conceito de titularidade, ou seja, onde foi produzido! (Em qual país.)
Portanto, a soma de bens e serviços finais produzidos POR uma economia,
num determinado período de tempo é o Produto NACIONAL Bruto.

37. Uma economia» num determinado período, registrou as seguintes


estatísticas:
Especificação Valor em $
Custo Interno dos Fatores Produtivos 350
Depreciação 40
Importações de Mercadorias e Serviços 120
Tributos Indiretos 20
Subsídios 10
Pode-se afirmar que o valor da oferta agregada da economia, no mes­
mo período, eqüivale a:
a) $ 270.
b) $ 300.
c) $ 490.
d) $ 500.
e) $ 520.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


A Oferta Agregada (OA), ou Oferta Global, é dada pela soma da Demanda
Agregada (Y) com as importações.
OA = Y + M = PIBpm
Sendo que o Custo Interno dos Fatores de Produção é o somatório da mão-
de-obra + terra + capital (salários + aluguel + juros + lucros).
Assim, podemos calcular a demanda agregada (PIB) pela ótica da renda:
OA = CIFP + (Impostos diretos - transferências)^^ + ORG + RLEE +
depreciação + Impostos indiretos - subsídios, excluindo os agregados que
não foram dados, e acrescentando as importações, temos:
OA = CIFP + depreciação + II - subsídio + M
OA = 350 + 40 + 20 - 10 + 120
OA = 520

André Fantoni 98
Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

38. A elasticidade cruzada da demanda de dois bens é positiva. É correto


concluir que os referidos bens são classificados como:
a) substitutos.
b) complementares.
c) supérfluos.
d) inferiores.
e) necessários.

Assunto: Microeconomia ~ Estudo das Elasticidades


Questão decoreba simples.
A elasticidade ~ preço cruzada da demanda mostra a sensibilidade na quan­
tidade demandada de um bem quando se varia o preço de um outro do bem.
A elasticidade preço cruzada ( r ^ diz se os bens são complementares,
substitutos ou se não têm relação entre eles, vejamos:
\ y > ® ~ ®ens substitutos (exemplo: manteiga e margarina; Black Labei e
Chivas...)
T|xy< 0 - Bens complementares (exemplo: carro e pneu etc.)
^xy” ®“ ^ens sem relação

39. A curva que mostra as várias combinações de bens que o consumidor


pode se permitir de acordo com a renda é denominada curva de:
a) demanda.
b) restrição orçamentária.
c) oferta.
d) indiferença.
e) possibilidade de produção.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Essa questão nos traz a definição da reta de restrição orçamentária, que,
segundo o Mestre Geraldo Góes, se pode conceituar da seguinte forma: “A
reta de restrição orçamentária mostra os pontos, as cestas de bens, que são
factíveis, isto é, que podem ser compradas pelo consumidor ”
Sua equação é x.Px + y.Py - JR, onde R é a renda do consumidor, x e y são
respectivamente as quantidades dos bens X e Y, pxéo preço do bem X e py
é o preço dos bem Y.

99 Economia
Provas Comentadas

Vide o gráfico da curva a seguir.

40. Os lucros remetidos pelas empresas estrangeiras no país e os lucros rein­


vestidos por empresas estrangeiras instaladas no país são registrados,
respectivamente, a débito e a crédito na seguinte subconta do Balanço
de Pagamentos:
a) Investimentos.
b) Transferências Unilaterais.
c) Rendas de Capital.
d) Reinvestimentos.
e) Amortizações.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Essa questão inclui nas alternativas opções tanto da estrutura antiga como da
estrutura nova do BP, então, vamos lançar esta operação pelos dois modos:

D - Lucros remetidos (Balança de ser­ D - Rendas do investimento direto (lu­


viços fatores) cros e dividendos) ~ balanço de rendas
C - Haveres C - Haveres estrangeiros/reservas

D - lucros reinvestidos {balança de ser­ D - investimento direto/reinvestimento


viços fatores) (conta financeira)
C - Reinvestimentos (capitais autônomos) C - Lucro reinvestido/renda de investi­
mento direto (balanço de rendas)

Percebemos, então, que a resposta se dá analisando-se a nova metodologia


do balanço de pagamentos, sendo debitada e creditada nas operações acima
a subconta Balanço de Rendas (rendas de capital).

André Fantoni 100


Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

41. Uma economia, num determinado período, registra propensão margi­


nal a consumir de 80% e acréscimo de $ 12.000 no investimento. Pode-
se concluir que o acréscimo na renda de equilíbrio corresponde a:
a) $ 15.000.
b) $ 18.000.
c) $ 24.000.
d) $ 60.000.
e) $ 72.000.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Temos que:
c = 0 ,8
AI = 12000
AY = ?
Pois bem, sabemos que a renda, nesse caso, varia positivamente com os
investimentos (e também com consumo, gastos do Governo e exportações),
na proporção do multiplicador Keynesiano, ou seja, AY/AI = AY/AC = AY/
AG = AY/AX = K.
Calculando K:
K - 1/(1 - c)
K - 1 /0 , 2
it = 5.
Sendo assim, teremos:
AY/AI = K
AY = K.AI = 5 .12.000
AY ~ 60.000
42. O Produto Nacional Líquido a custo de fatores de uma economia, em
certo período, alcançou o valor de $ 713.000. Considerando que o nível
geral de preços variou de 15%, é correto deduzir que o valor real daque­
le agregado é:
a) $ 106.950.
b) $ 475.333.
c) $ 620.000.
d) $ 723.695.
e) $ 819.950.

101 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Dado que o PNLcf = 713.000
E a variação de preços subiu em 15%, então o produto real (que sofre os
efeitos da inflação) é calculado assim:
Preal = Pnominal/inflação
Preal = 713.000/1,15
Preal = 620.000

43. Assinale a alternativa que especifica medida que o Banco Central pode
implementar para diminuir a liquidez do sistema:
a) aumento da taxa de redesconto.
b) aumento do montante de redesconto.
c) redução na taxa de recolhimento compulsório.
d) aumento do prazo de pagamento do redesconto.
e) redução da taxa de redesconto.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


Dentre as medidas que podem ser adotadas pelo BACEN para diminuir
a liquidez do sistema, ou seja, retirar “moeda” de circulação (diminuição
das operações ativas do sistema monetário e/ou aumento no passivo não
monetário do sistema monetário), estão:
- Aumento na taxa de redesconto e das reservas compulsórias (contração
nos meios de pagamento).
- Diminuição do redesconto (montante).
- Redução dos prazos de pagamento do redesconto.

44. Assinale a alternativa que especifica o método de avaliação de projetos


em que não se considera a variação que o capital sofre com o tempo.
a) Critério da taxa interna de retorno.
b) Critério do valor atual
c) Critério da razão receita/custo.
d) Critério da razão benefício/custo.
e) Critério do custo periódico equivalente.

André Fantoni 102


Prova 10 - Economista/Cia. Potiguar de Gás-RN/FGV/2006

Assunto: Finanças
Questão bem conceituai, que é caracterizada por não considerar, em seu
método de avaliação, a depreciação dos bens de capital, nem o valor do
dinheiro ao longo do tempo.
A medição feita é a seguinte: quanto um bem gerar de receita pelo custo
desse bem.

45. Do conceito básico de Produto Nacional Bruto real per capita, derivam
diversos conceitos relacionados» cada um dos quais enfatizando uma fa­
ceta diferente do crescimento. Um desses conceitos, o consumo real per
capita, indica;
a) As variações na eficiência da economia no tempo.
b) A utilização do insumo mão-de-obra da economia.
c) O aumento da produtividade do insumo mão-de-obra.
d) O crescimento do bem-estar econômico do consumidor.
e) O produto nacional deflacionado.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


O consumo per capita é um dos índices usados para avaliar o bem-estar do
consumidor. Lembram daquela história de imposto lump sum, geral sobre
o consumo etc.?
O produtoper capita leva em consideração outros fatores, como por exemplo
o mercado informal, expectativa de vida e fenômenos da natureza (casos
fortuitos), o qual não é computado no PIB, não sendo portanto o mais con­
fiável para dimensionar o desenvolvimento da economia, porém, permite
medir o bem-estar econômico dos consumidores.

103 Economia
Provas Comentadas

André Fantoni 104


Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2005

51. Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em


unidades monetárias):
Exportações de bens e serviços não fatores: 200
Importações de bens e serviços não fatores: 300
Renda liquida enviada ao exterior: 100
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeco­
nômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é cor­
reto afirmar que essa economia hipotética apresentou:
a) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 100.
b) déficit no balanço de pagamentos em transações correntes de 200.
c) superávit no balanço de pagamentos de 200.
d) saldo nulo no balanço de pagamentos em transações correntes.
e) superávit no balanço de pagamentos de 100.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Pelos dados do problema e as alternativas, percebe-se que o examinador
está querendo saber o saldo em conta corrente do BP.
Sabemos que o saldo em conta corrente (T) é a diferença entre a balança
comercial com a balança de serviços não fatores (exportações menos impor­
tações de bens e serviços não fatores) e a renda liquida enviada ao exterior.
T = H - RLEE
H = 200 - 300 = ~ 100 e a RLEE é dada 100, logo;
T = - 100 - 100 = - 200
Ou seja, o saldo em conta corrente é deficitário em 200.

52. Considere as seguintes informações para uma economia hipotética (em


unidades monetárias):
Variação de estoques: 50.

105
Provas Comentadas

Poupança liquida do setor privado: 270


Depreciação: 30
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes: 100
Saldo do governo em conta corrente: 300
Com base nessas informações e considerando as identidades macroeco­
nômicas básicas decorrentes de um sistema de contas nacionais, é cor­
reto afirmar que a formação bruta de capital fixo (FBKF) dessa econo­
mia foi de:
a) 520.
b) 620.
c) 550.
d) 650.
e) 600.

Assunto: Macroeconomia - Contabilidade Nacional


Partindo da identidade: I = S e expandindo a mesma,
FBKF + Variação de estoque - Sprivada + Sgov + Sexterna, sabemos tam­
bém que a poupança externa do governo é o seu déficit em conta corrente,
e a poupança privada deve sempre constar pelo seu valor bruto (com a
depreciação), então, substituindo;

FBKF + 50 = (270 + 30) + 300 + 100


FBKF = 700 - 50
FBKF = 650

53. Considere válida a seguinte restrição orçamentária intertemporal de


dois períodos para uma nação hipotética:
Cl + C2/(l+r) = Ql + Q2/(l+r)
Onde Cl e C2 são os valores para o consumo no período 1 e 2 respec­
tivamente.
Q1 e Q2 as rendas dos períodos 1 e 2 respectivamente.
Considerando que essa economia hipotética “respeita” essa restrição
e mantém relações comercial e financeira com o resto do mundo, é in­
correto afirmar que:
a) o consumo no primeiro período pode ser maior do que a renda no
primeiro período.

André Fantoni 106


Prova 11 - Auditor Rscal/AFRFB/ ESAF/ 2005

b) se Cl > Ql, então, C2 < Q2.


c) o consumo no período 1 não pode ser igual ao consumo no período 2.
d) se a nação tiver um déficit na conta corrente no Ioperíodo, incorren­
do assim em divida externa, deverá ter um superávit futuro para pa­
gar a divida.
e) um déficit comercial no primeiro período deve ser necessariamente
compensado por um superávit comercial no 2o período.

Assunto: Macroeconomia - Economia Intertemporal


Reparem que ele pede a incorreta, mas, o que significa essa economia in­
tertemporal?
Ela se baseia no princípio de que os agentes (famílias e governo) dividem
a sua renda entre consumo e poupança, com o objetivo de maximizar sua
utilidade, porém, levando em consideração dois períodos distintos: o pre­
sente e o futuro, ou seja, os agentes econômicos tomam suas decisões no
presente, olhando para o futuro, e o consumo se baseia na renda permanen­
te, não na que está disponível hoje. Sendo assim, o agente é classificado de
acordo com seu comportamento em: poupador, tomador de empréstimos
ou indiferente. Por exemplo:
I. Poupador (Yt > Cj): Aqui, o agente, ao distribuir o consumo nos dois
períodos, opta por consumir menos no primeiro período, aplicando
a poupança e ganhando juros, e aumentando sua renda futura para
consumir mais no segundo período.
II. Já o tomador é o contrário (Yx< C,), aí, nesse caso, ele precisará pegar
empréstimo agora, e pagará os juros no próximo período, diminuin­
do sua renda futura, porque ele optou por ter um consumo maior no
primeiro período.
III. Entretanto, nada impede que o consumo nos dois períodos seja igual,
aí o agente não é nem poupador nem tomador.
a) Correto, é uma escolha do agente.
b) Correto, precisa haver uma compensação entre os períodos.
c) Falso.
d) Correto, é a tal compensação.
e) Correto.

107 Economia
Provas Comentadas

54. Suponha:
c = papel-moeda em poder do público/Ml
d= 1 - c
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista
Ml = meios de pagamentos
B - base monetária
Ml = m.B
c=d
Considere que no período 1 o valor para R foi de 0,5» enquanto no pe­
ríodo 2 esse valor passou para 0,6. Considerando que não houve varia­
ções nos outros coeficientes de comportamento, pode-se afirmar que o
valor de m apresentou, entre os períodos 1 e 2:
a) uma queda de 6,250%.
b) um aumento de 6,250%.
c) uma queda de 4,100%.
d) um aumento de 4,100%.
e) uma queda de 8,325%.
Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária
Temos :Rj = 0,5 e R 2 = 0,6
Se c = d, então seu valor é 0,5, pois c + d = 1

A fórmula do multiplicador é : m — + + 2 ^= 1—dljl—R) ~

m, = — —}— p - = 1 / 0 7 5 = 1,3333...

2l 2.

m2 = --- —!----------= 1/1-1/2(0,4) = 1/0,8 = 1,25


l - i ( l - 0 ,6 )

= 0,9375..., ouseja, há uma queda dei - 0,9375 = 6,25%

55. Considere:
Md = demanda por moeda Y = renda agregada
P = nível geral de preços r ~ taxa de juros

André Fantoni 108


Prova 11 - Auditor Fiscal/AFRFB/ ESAF/ 2005

Considere ainda:
Demanda real por moeda: Md/P = 0,3.Y - 20.r
Relação IS: Y = 650 - l.OOO.r
Renda real de pleno emprego = 600
Considerando todas essas informações e supondo ainda que o nível ge­
ral de preços seja igual a 1 , pode-se afirmar que a oferta real de moeda
no equilíbrio de pleno emprego é igual a
a) 183.
b) 139.
c) 123.
d) 97.
e) 179.
Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM
Temos que IS = LM, então, devemos substituir os dados da questão, e teremos:
IS: Y = 650 - LOOOr - 600
r = 50/1.000 = 0,05
LM: Md = 0,3Y - 20r
Md - 0,3 x 600 - 20 x 0,05
Md = 180 - 1 = 179

Os impostos são modalidades de tributos cuja cobrança tem por fato


gerador situação independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.
Assim, indique qual opção não condiz com a realidade referente ao Im­
posto sobre a Propriedade Territorial RuraL
a) Sua destinação legal é distribuída entre a União (50%) e os Estados
(50%), onde os imóveis estiverem situados.
b) Tem suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção
de propriedades improdutivas.
c) £ de competência da União.
d) São contribuintes o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio
útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
e) Tem como fato gerador a propriedade, o domicílio útil ou a posse de
imóvel localizado fora da zona urbana do município.
Assunto: Finanças Públicas - Sistema Tributário Nacional
Essa questão está muito intimamente ligada ao direito tributário, mas
vamos lá:

109 Economia
Provas Comentadas

OITR é um imposto de competência da União, tem função predominante­


mente extrafiscal, ou seja, visa desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas, e tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a
posse do imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizada fora da
zona urbana do Município. Seu lançamento é por homologação, e a princi­
pal característica desse imposto é a progressividade em função do grau de
utilização e do tamanho da propriedade (EC n° 42/03).
Sua destinação é repartida em 50% para a União e 50% para o Município.
podendo ser até de 100% para o Município, caso o mesmo assuma a faina
de fiscalização e arrecadação para ele (III, § 4o, art. 153, CF).

57. O sistema tributário brasileiro é bastante complexo, tanto pelo grande


número de impostos que incidem sobre os mais diversos fatos gerado­
res como pela sua estrutura. Assinale a única opção falsa no que tange
aos tipos e características dos impostos no Brasil.
a) Os impostos específicos são aqueles cujo valor do imposto é fixo em
termos monetários.
b) Os impostos ad valorem são pró-cíclicos.
c) Os impostos do tipo ad valorem são aqueles em que há uma alíquota
de imposto, e o valor arrecadado depende da base sobre a qual incide.
d) O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de competência
da União e possui alíquotas bastante diferenciadas, de acordo com
critérios de essencialidade do bem e com objetivos de arrecadação e
de política industrial.
e) O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cor­
responde ao antigo Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM),
com a incorporação de novos itens como fatos geradores do impos­
to: transportes, energia elétrica, combustíveis e telecomunicações.

Assunto: Macroeconomia - Sistema Tributário Nacional


a) Imposto específico - É um valor estipulado independentemente do preço
do bem, ou seja, um valor que é fixado em termos monetários. Sua intro­
dução desloca a curva de oferta para a esquerda, paralelamente.
Imposto "ad valorem11- Seu valor é um percentual sobre uma base de cál­
culo. Sua introdução provoca uma rotação da curva de oferta para cima.
b) Os impostos ad valorem são ditos anticíclicos, enquanto os impostos
específicos são pró-ciclicos.
c) Perfeito, é a definição apresentada na alternativa “a”.

André Fantoni 110


Prova 11 - Auditor Fiscal/AFRFB/ ESAF/ 2005

d) A principal característica do IPI é a seletividade em função da essencia-


lidade do bem, e tem finalidade extrafiscaí (art. 153 da CF).
e) Essa está perfeita também, segundo o art. 155 da CF.
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
sobre: (...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior...”

Com relação à incidência tributária de um imposto» assinale a única op­


ção incorreta.
a) O peso morto é uma forma de ineficiência econômica que deve ser leva­
da em consideração quando políticas são elaboradas e implementadas.
b) A incidência de um imposto ou de um subsídio é, normalmente, compar­
tilhada por produtores e consumidores, sendo que a fração que cada um
acabará pagando dependerá das elasticidades da oferta e da demanda.
c) A intervenção governamental resulta, geralmente, em um peso morto.
d) Se o governo impõe um imposto sobre vendas de determinada mercado­
ria, esse imposto terá por efeito deslocar a curva de demanda dessa mer­
cadoria para ama.
e) Quando o governo cria um imposto ou subsídio, o preço geralmente não
reflete elevação ou queda igual ao valor total do imposto ou subsídio.

Assunto: Macroeconomia ~ Sistema Tributário Nacional


a) O peso morto, gerado por um imposto, significa uma perda de bem-
estar na economia.
b) Correto, inclusive, paga mais quem é mais inelástico!
c) Correto, pois, a princípio, o mercado está em equilíbrio, e quando o
governo intervém, por exemplo, aumentando a tributação (política fiscal
restritiva), este cria uma ineficiência econômica, gerando um peso morto.
d) A imposição de um imposto, como vimos, retrai a oferta, deslocando
a mesma para cima e, consequentemente, retrai a demanda, deslocando a
sua curva para a esquerda (para baixo), pois a procura diminui em função
do aumento de preço (repasse da parcela do tributo).
e) Ok, geralmente o onus do imposto é dividido entre produtores e consu­
midores, na proporção de suas elasticidades-preço. Alguém só arca com a
totalidade do tributo, caso este seja perfeitamente inelástico.

111 Economia
Provas Comentadas

59. A diferença entre a arrecadação tributária e o gasto público leva a um dos


conceitos mais discutidos na economia brasileira nos últimos anos, que
é o déficit público. Identifique a opção incorreta no que diz respeito a dé­
ficit público e finanças públicas.
a) Para evitar distorções causadas pela inflação, é desejável se utilizar o
conceito de déficit operacional do setor público, onde, do lado da des­
pesa, são excluídos os gastos com correção cambial e monetária das
dividas interna e externa.
b) O déficit público é equivalente à diferença entre o valor dos investi­
mentos públicos e a poupança do governo em conta corrente.
c) Ao financiar o déficit público com a colocação de títulos Junto ao se­
tor privado, o governo aumenta as pressões inflacionárias do excesso
de moeda e expande a divida interna.
d) O governo pode financiar o déficit público por meio de emissão de mo­
eda ou via colocação de títulos públicos Junto ao setor privado.
e) O conceito de défidt primário exclui, além dos pagamentos relativos
à correção monetária, as despesas com juros reais das dívidas interna
e externa, refletindo, na prática, a situação das contas públicas, caso o
governo não tivesse divida.

Assunto: Finanças Públicas - Déficit Público


O déficit público ocorre quando o investimento público é maior que a pou­
pança do Governo. Existem três conceitos de déficit público:
Déficit Primário:
É o excesso de despesas sobre as receitas não financeiras, ou seja, não estão
relacionadas com juros da dívida pública.
Défidt Nominal:
Ê a soma do défidt primário mais os juros nominais da dívida (indui a cor­
reção monetária).
Déficit Operadonal:
É o déficit nominal menos a correção monetária, ou seja, é o Défidt Primário
mais os juros reais.
a) Correta, pois o conceito de déficit operacional foi criado exatamente para
se medir o déficit público com o mínimo de distorção possível, que é causada
pela inflação, pois nele não se incluem nem a correção cambial nem monetária.
b) Correto, é a definição mais básica do déficit público.
c) Errada, pois, colocando títulos públicos no mercado, o governo está tiran­
do moeda de circulação, e não criando um excesso, como disse a assertiva.

André Fantoní 112


Prova 11 - Auditor Fiscal/AFRFB/ ESAF/ 2005

d) O governo tem várias alternativas para financiar o déficit público, tais


como: o aumento da base monetária, via emissão de moeda (senhoriagem),
a colocação de títulos públicos no mercado, o imposto inflacionário, a di­
minuição do passivo não monetário do BACEN etc.
e) Ok, vide o conceito explanado no início da resolução.

A Constituição de 1988 teve como objetivo o fortalecimento da Federa­


ção. Identifique qual a mudança provocada na tributação, pela mesma,
que não é verdadeira.
a) Aumentou o grau de autonomia fiscal dos Estados e Municípios e
descentralizou os recursos tributários.
b) Atribuiu competência a cada um dos estados para fixar autonoma-
mente as alíquotas do seu principal imposto, o Imposto sobre Cir­
culação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sucessor do Imposto so­
bre Circulação de Mercadorias (ICM).
c) Reduziu os recursos disponíveis da União, por meio do aumento das
transferências tributárias e da limitação de suas bases impositivas.
d) Obrigou o governo federal a criar novos tributos e elevar as alíquo­
tas dos já existentes, em particular daqueles não sujeitos à partilha
com Estados e Municípios.
e) Obrigou à União a recompor sua receita utilizando outros tributos
tecnicamente melhores do que o Imposto de Renda e o Imposto so­
bre Produtos Industrializados, do ponto de vista da eficiência do sis­
tema econômico como um todo.

Assunto: Finanças Públicas - Economia Brasileira


Questão para testar os conhecimentos gerais acerca da evolução constitu­
cional do sistema tributário brasileiro.
a) Correta, a CF/88 distribuiu as competências tributárias entre os entes da
Federação, aumentando a autonomia dos mesmos, em relação aos impostos
de sua competência, por exemplo, a autonomia do Estado em relação ao
ICMS, a dos Municípios em relação ao ISS etc.
b) Correta, como reza o artigo 155, II, da Constituição Federal.
c) Correta, a CF/8 8 , além de comandar algumas limitações ao poder de tribu­
tar, citadas nos seus artigos 150 a 152, estabelece também alguns percentuais
de repasses de impostos, como o IPI e transferências tributárias aos Estados
e Municípios (fundos de participação dos Estados e dos Municípios).

113 Economia
Provas Comentadas

d) Correta, é o caso do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) e contribui­


ções parafiscais, por exemplo.
e) Falso, pois os impostos federais de maior arrecadação são o IR e o IPI, e
uma obrigação alternativa, além de tecnicamente, não ser eficiente ou eficaz
para recompor esta receita, pode esbarrar também em outros fatores como
as limitações ao poder de tributar da União.

André Fantoni 114


Analista de Finanças e Controle/STN/ESAF/2005

16. Considere o seguinte problema de otimização condicionada em Teoria


do Consumidor:
Maximizar U = X.Y
Sujeito à restrição 2.X + 4.Y = 10
Onde:
U = função utilidade
X = quantidade consumida do bem X
Y = quantidade consumida do bem Y
Com base nessas informações, as quantidades dos bens X e Y que ma­
ximizam a utilidade do consumidor são, respectivamente:
a) 8 e 0,5.
b) 1 e 2.
c) 2 e 1.
d) 1,25 e 2,0.
e) 2,5 e 1,25.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


Queremos, aqui, achar a cesta ótima dos bens X e Y.
Temos a função utilidade de COBB DOUGLAS: U = X.Y e
A reta de restrição orçamentária: 2X + 4Y -10; comparando com a equação
genérica da R.O. (x. Px + y.Py - R), podemos tirar alguns dados:
Px = 2
Py = 4
Renda (R) = 10

Nas funções de Cobb Douglas, podemos usar um macete para chegar à


cesta ótima, vejam:
Se,U = x“ . f

115
Provas Comentadas

Quantidade ótima do bem X: x* = [a/(a + (5)] x R/Px


Quantidade ótima do bem Y: y* = [{3/(a + (3)] x R/Py

Sendo assim;
x* —[1/(1 + 1)3 x 10/2 = V2 x 5 = 2,5
y *= [1/(1+1)3x10/4 = 1,25

17. Considere a forma geral de uma função utilidade: U - U(X,Y) onde X re­
presenta a quantidade demandada do bem X e Y a quantidade demanda­
da do bem Y, sendo X > 0 e Y > 0. A função utilidade que gera curvas de
indiferença que possuem convexidade voltada para a origem é dada por:
a) U - X - Y.
b) U " X + Y.
c) U = X x Y.
d) U ~ - X - Y.
e) U = X/Y.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


As principais funções utilidades são:
U = X.Y ~ esta é a função de Cobb Douglas, as curvas de indiferença são
hipérboles convexas em relação à origem.
U = X + Y - esta é a função dos bens substitutos perfeitos e as curvas de
indiferença são retas.
U = min{X,Y} - esta é a função dos bens complementares perfeitos e as curvas
de indiferença são em cantoneira (forma de “L”).

18. Com relação ao conceito de excedente do consumidor, é correto


afirm ar que:
a) o excedente do consumidor não sofre influência dos preços dos bens.
b) o excedente do consumidor pode ser utilizado como medida de ganho
de bem-estar econômico com base nas preferências dos consumidores.
c) quanto maior o excedente do consumidor, menor será o bem-estar
dos consumidores.
d) o excedente do consumidor não pode ser calculado a partir de uma
curva de demanda linear.
e) a elevação das tarifas de importação aumenta o excedente do consumidor.

André Fantoni 116


Prova 12 - Analista de Finanças e Controte/STN/ESAF/2005

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


O excedente do consumidor é calculado pela área do seguinte triângulo
representado no gráfico:

O excedente do consumidor é definido como o montante máximo (ou o


preço máximo) que o consumidor está disposto a pagar para não ser ex­
pulso do mercado.
a) A variação do preço influencia sim este excedente, à medida que, quanto
menor o preço maior será o excedente do consumidor (altera a base do tri­
ângulo).
b) O excedente do consumidor é uma medida do seu bem-estar, quanto
maior este excedente maior será o bem-estar.
c) Vide a alternativa acima.
d) Pode sim, é só observarmos o gráfico acima.
e) Um aumento de tributação retrai a oferta e por seguinte a demanda
também, o que gera um “peso morto” na economia, que é exatamente uma
perda de bem-estar do consumidor.

Seja a função de produção dada pela seguinte expressão:


Q = A.K“.L(Ia)
Onde:
Q = produção
A e a constantes positivas
K = capital; L = trabalho

117 Economia
Provas Comentadas

Considerando esta função de produção, os produtos marginal e médio


em relação a K serão, respectivamente:
a) a.(Q/K) e A.(K/LHl'a)-
b) a.K.L e A. (K /L)1
c)a.(Q/K)eA.(K/L)«*
d) a.Q e A.
e) a.(Q/K) e A.(K/L).

Assunto: Microeconomia - Teoria da Firma


Vamos abusar da álgebra agora.
Sabemos que o Produto marginal (PMgK) = dyldx (variação do produto
total dado o incremento de uma unidade de capital) e o Produto médio
(PMeK) = Q/K.
Pois bem, vamos derivar essa função em relação a K:

PMgK = dQ/dK = A.a.K“* *X( 1 'a)=z ai. A. Ka/)L L (I~a), mas quem é essa
expressão que está destacada em itálico? É a própria função Q. Então:
PMgK - a (Q/K)

PMeK - Q/K - [A.Ka. V 1 ' a)]/K - A . Ka/K. L/La - A.K0" 1. L 1


PMeK ^ A. [ K a~J /L~(J~~a)] - A . (K/L)'(I~a)

20. Com relação aos conceitos de equilíbrio em Teoria dos Jogos, é correto
afirmar que:
a) é impossível construir um jogo sem equilíbrio de nash.
b) no equilíbrio de nash>cada jogador não necessariamente estará fa­
zendo o melhor que pode em função das ações de seus oponentes.
c) qualquer que seja o jogo, somente existirá um equilíbrio de nash.
d) todo equilíbrio de estratégias dominantes também é um equilíbrio
de nash.
e) não existe equilíbrio de nash em jogos não cooperativos.

Assunto: Microeconomia - Teoria dos Jogos


a) Falso. O equilíbrio de Nash é obtido quando a escolha de uma em­
presa é a melhor possível, a partir da escolha das demais, entretanto,
é possível se construir jogos sem o equilíbrio de Nash, utilizando-se
outras estratégias, como por exemplo de MAX-MIN.

André Fantoni 118


Prova 12 - Analista de Finanças e Controle/STN/ESAF/2005

b) Falso, pois no equilíbrio de Nash cada jogador estará fazendo a me­


lhor opção em função das opções dos seus oponentes.
c) Falso. Pois já vimos que não precisa ser, necessariamente, o equilíbrio
de Nash, em todos os jogos.
d) Correto. Se um jogo possui equilíbrios de Nash então todo equilíbrio
de estratégia dominante é Nash, mas nem todo equilíbrio de Nash é
um equilíbrio de estratégia dominante.
e) Falso. Quando o jogo é repetido um número finito de vezes, a solução
desse jogo será não cooperativa, e então o equilíbrio de Nash não será
Pareto Ótimo, mas dizer que ele não existe está mentindo.

21. Com relação ao conceito de produto agregado, é incorreto afirmar que:


a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do
que o produto agregado a custos de fatores.
b) o produto agregado pode ser considerado como uma “variável fluxo”.
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma
queda no produto agregado real.
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada
da economia.
e) o produto interno bruto pode ser menor do que o produto na­
cional bruto.

Assunto: Macroeconomia - Agregados Macroeconômicos


a) Temos que o Produto agregado a preços de mercado é igual à soma
entre produto agregado a custo de fatores mais os impostos indiretos
menos o subsídio, portanto, se o subsídio concedido for maior que os
impostos indiretos cobrados, teremos que o produto a custo de fatores
será maior que o produto a preços de mercado.
As demais alternativas são conceituais e estão corretas.

22. No modelo IS/LM, sem os denominados casos dássicos e keynesiano, a


demanda por moeda
a) não varia com a renda e com a taxa de juros.
b) não depende da renda.
c) só dependeda taxa dejuros quando esta taxa produzjuros reais negativos.
d) é inversamente proporcional à renda.
e) é inversamente proporcional à taxa de juros.

119 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


Estamos tratando do caso geral do modelo, e sabemos que a demanda por
moeda varia de forma direta com a renda e de forma inversa com as taxas
de juros, que são usadas para especulação, pois a retenção de moeda será
tão maior quanto menor for a taxa de retomo para um investimento.

23. No modelo IS/LM, é correto afirmar que:


a) no caso keynesiano, a demanda por moeda pode ser expressa de for­
ma semelhante à teoria quantitativa da moeda.
b) o caso da armadilha da liquidez ocorre quando a taxa de juros é ex­
tremamente alta.
c) no caso clássico, a LM é horizontal.
d) o governo pode utilizar a política monetária para anular os efeitos
de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros.
e) uma política fiscal expansionista aumenta as taxas de juros uma vez
que reduz a demanda por moeda.

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


a) Falso. No caso Keynesiano é onde chamamos de “armadilha da liqui­
dez”, no trecho horizontal da LM, onde a Política Monetária é ineficaz,
só existe especulação por moeda e é diferente da TQM (M.V - P.Y),
pois esta se trata de um princípio clássico e não keynesiano.
b) Falso. A armadilha de liquidez ocorre quando a demanda por mo-
eda é perfeitamente elástica às taxas de juros, pois com os juros ‘74
embaixo”, todo mundo quer especular, na certeza de que, mais à
frente, essa taxa irá aumentar.
c) Falso. No caso clássico a LM é vertical, a Política fiscal é inócua.
d) Verdadeiro. Ao se fazer uma Política fiscal expansionista, a taxa de
juros interna aumenta, entretanto, quando se faz uma política mone­
tária expansionista, a taxa de juros cai, voltando ao seu nível inicial e
se igualando à taxa de juros externa.
e) Falso. Uma política monetária expansionista de fato aumenta as ta­
xas de juros, mas não tem o condão de “mexer” com a demanda por
moeda, porque esta é afetada por políticas monetárias.

André Fantoni 120


Prova 12 - Analista de Finanças e Controie/STN/ESAF/2005

Considere um regime de câmbio fixo. Seja a taxa de câmbio representa­


da pela letra “e”, e considere o conceito de taxa de câmbio utilizada no
Brasil. Suponha que o Banco Central fixe a taxa de câmbio em “e ”.
Com base nessas informações, é correto afirmar que:
a) o Banco Central é obrigado a comprar qualquer demanda por moe­
da estrangeira no mercado à taxa et, mas pode vender moeda estran­
geira a uma taxa menor do que
b) não é possível utilizar a política fiscal.
c) se existem pressões no mercado de câmbio para uma taxa maior do
que ei? o Banco Central deverá vender a moeda estrangeira à taxa er
d) o Banco Central não precisa intervir no mercado cambial, uma vez
que o regime de câmbio fixo é determinado por lei.
e) se o mercado sinaliza para uma taxa maior do que ei? o Banco Cen­
tral deve emitir moeda para manter a taxa fixa.

Assunto: Macroeconomia - Taxas de Câmbio


O conceito de taxa de câmbio usado no Brasil leva em consideração a cota­
ção do Incerto (preço da moeda estrangeira expressa em moeda nacional).
Quando a demanda por moeda estrangeira é maior que a oferta de moeda
estrangeira, teremos um excesso de demanda ou uma escassez de oferta,
ou seja, uma pressão para desvalorização da taxa de câmbio, o que acarreta
em pressões no mercado de câmbio para uma taxa maior que ef Diante
dessa situação, o BACEN deve vender a moeda estrangeira para evitar uma
desvalorização da moeda nacional (aumento da taxa de câmbio), porém,
diminuindo as reservas internacionais do Brasil.

121 Economia
Provas Comentadas

25. Considere ura modelo de regime de câmbio flutuante com livre mobi­
lidade de capitais. Pode ser considerado como fator que tende a provo­
car uma desvalorização da moeda nacional:
a) política fiscal expansionista.
b) elevação dos juros externos.
c) política monetária contracionista,
d) elevação da taxa básica de juros interna.
e) elevação dos recolhimentos compulsórios dos bancos comerciais.

Assunto: Macroeconomia - Mundell Fleming


Ao regime de Câmbio flutuante, temos que uma política monetária expansio­
nista eleva o nível do produto, diminuindo as taxas de juros internas (juros
externos > juros domésticos), com isso teremos a fuga de capital estrangeiro,
gerando uma abundância de moeda nacional no mercado interno, o que pro­
voca a desvalorização da nossa moeda frente à moeda estrangeira, pois, como
sabemos, tudo que tem em excesso no mercado não tem muito valor econômico.

André Fantoní 122


Auditor do Tesouro Municipai/ISS Redfe/ESAF/2003

36. Considere uma função de demanda de um determinado bem X dada


pela equação a seguir:
Qdx = f (Px, Ps, Pc, R)
Onde:
Qdx = quantidade demandada do bem X
Px - preço do bem X
Ps = preço do bem substituto
Pc = preço do bem complementar
R “ renda do consumidor
Com base nessas informações, e considerando os fundamentos utilizados
para a construção de uma função de demanda, é incorreto afirmar que:
a) se o bem for normal, quanto maior R, maior tenderá a ser Qdx.
b) se o bem for inferior, quanto maior R, menor tenderá a ser Qdx.
c) descartando a possibilidade de X ser um bem de Giffen, quanto maior
Px, menor tenderá a ser Qdx.
d) quanto maior Pc, menor tenderá a ser Qdx.
e) quanto maior o Ps, menor tenderá a ser Qdx.

Assunto: Microeconomia - Teoria do Consumidor


a) Quando um bem é normal, a renda varia positivamente com a quantidade
demandada, ou seja, quanto maior a renda, maior será o consumo desse
bem. Neste caso o efeito-renda é positivo. Ex.: arroz, feijão etc.
b) Quando se trata de um bem inferior, a renda e a quantidade deman­
dadas são inversamente proporcionais, o seu consumo é desestimulado
peio acréscimo de renda, pois é um produto de qualidade inferior, ou seja,
quanto maior a renda, menor é o consumo desse bem. Ex.: carne de segunda.
c) Correto, pois é o que rege a lei da demanda, onde a única exceção legí­
tima é o bem de Giffen. Portanto, o normal é, quando o preço aumentar a
quantidade diminuir, porém, na proporção de sua elasticidade.

123
Provas Comentadas

d) Quanto aos bens coraplementares (elasticidade-preço cruzada < 0), o au­


mento no preço de “x\ pela lei da demanda, reduz a quantidade demandada
de “x” e, por conseqüência, diminuindo também a quantidade demanda
do seu complementar.
e) Nos bens substitutos (elasticidade-preço cruzada > 0), já ocorre o contrá­
rio, quando temos um aumento no preço do bem “x”, pela lei da demanda,
diminui a quantidade demandada, com isso, a quantidade demandada do
seu substituto aumenta.

37. No gráfico a seguir, são apresentadas as “curvas” de oferta e de deman­


da por um determinado bem:

Onde:
“O” representa a “curva” de oferta e
“D”, a “curva” de demanda.
Com base nessas informações, é incorreto afirmar que:
a) a interseção das duas curvas resulta no preço e quantidade de equi­
líbrio de mercado.
b) se o bem for classificado como “normal” um aumento da renda re­
sultará, tudo mais constante, numa redução no preço e o aumento
na quantidade de equilíbrio de mercado.
c) para preços acima do equilíbrio, haverá excesso de oferta.
d) para preços abaixo do equilíbrio, haverá excesso de demanda.
e) mudanças em “outros” determinantes da oferta e demanda provo­
carão deslocamentos nas curvas, alterando tanto o preço quanto a
quantidade de equilíbrio.

Assunto: Microeconomia - Oferta e Procura


a) O equilíbrio de mercado se dá exatamente pela interseção das curvas de
oferta e demanda, de onde tiramos o preço e a quantidade de equilíbrio.

André Fantoni 124


Prova 13 - Auditor do Tesouro Municipal/ISS Recife/ESAF/2003

b) Quando um bem é normal, o aumento na renda dos consumidores


eleva a demanda, deslocando a curva para a direita, o que tende a au­
mentar o preço desse bem e a quantidade de equilíbrio.
c) Quando o preço está acima do preço de equilíbrio de mercado, o pro­
dutor quer vender mais (aumenta a oferta), pois lhe trará maior lucro e
com isso acaba gerando um excesso de oferta, já que a quantidade ofer­
tada é maior que a quantidade demandada. Já quando o preço está abai­
xo do preço de mercado, o consumidor quer aproveitar as “promoções”,
ou, até mesmo, comprar uma quantidade maior para estocar, expandin­
do a demanda, porém, os produtores ofertam esse produto em menor
quantidade, ou seja, a quantidade ofertada é menor que a quantidade
demandada, gerando um excesso de demanda. Vejam o gráfico:

e) Correto, pois são vários os fatores “extra-preço$” que alteram a de­


manda e a oferta, deslocando suas curvas, para cima ou para baixo, e
com isso alterando preço e quantidade de equilíbrio. Podemos citar,
por exemplo, os seguintes fatores:
• Preferências do consumidor, gostos e costumes
• Renda nominal
• Marketing (propagandas)
• Tecnologia
• Tributação sobre os bens etc.

125 Economia
Provas Comentadas

38. Considere o gráfico a seguir, que apresenta uma “curva” de demanda:

Onde:
P = preço e
Q = quantidade demandada
Com base nessas informações» é correto afirmar que:
a) no ponto médio da “curva” de demanda, a elasticidade-preço da de­
manda é igual a zero.
b) o valor absoluto da elasticidade-preço da demanda é igual a l e cons­
tante em todos os pontos da “curva” de demanda.
c) o valor absoluto da elasticidade-preço da demanda é maior do que 1
para todos os pontos da “curva” de demanda.
d) a elasticidade-preço da demanda varia ao longo da “curva” de demanda.
e) quando P = 0, a elasticidade-preço da demanda é igual a 1.

Assunto: Microeconomia - Demanda


Essa questão se resolve facilmente, tendo em mente o gráfico da de­
manda linear.
a) No ponto médio da curva, a elasticidade é igual a 1 .
b) O valor da elasticidade varia ao longo da curva de demanda.
c) Para pontos abaixo do ponto médio da curva, a elasticidade é menor que 1.
d) Perfeito.
e) Quando P - 0, a elasticidade-preço da demanda é igual a zero. E quando
Q - 0, a elasticidade tende ao infinito.

André Fantoni 126


Prova 13 - Auditor do Tesouro Municipal/ISS Recife/ESAF/2003

Considere o gráfico a seguir:

Onde:
PT = produto total
N ~ quantidade de mão-de-obra utilizada
Com base nessas informações, é correto afirmar que:
a) a produtividade marginal da mão-de-obra é maior do que a produ­
tividade média da mão-de-obra para N > N*.
b) quando N = N*, a produtividade média da mão-de-obra é máxima.
c) quando PT é máximo, a produtividade marginal da mão-de-obra é
igual a zero.
d) quando N > N*, a produtividade média da mão-de-obra é negativa.
e) quando PT é máximo, a produtividade marginal da mão-de-obra é
igual à produtividade média da mão-de-obra.

Assunto: Microeconomia - Teoria da Produção


Questão que exige o conhecimento do gráfico dos produtos X quantidade
utilizada. E, observando o gráfico, podemos tirar algumas conclusões re­
lacionadas às curvas:
• Se o Produto Total é crescente,, então o Produto Marginal é positivo.

127 Economia
Provas Comentadas

• Se o Produto Total é máximo» então o Produto Marginal é nulo (tangente).


• Quando o Produto Marginal é negativo, então o Produto Médio é de­
crescente (não vale a volta).
• O Produto Marginal atinge seu máximo para o mesmo nível de trabalho
no qual o Produto Total atinge o seu ponto de inflexão.
• O Produto Médio atinge seu ponto de máximo quando corta (se iguala)
ao Produto Marginal.
• O Produto Médio atinge seu ponto de máximo, se iguala ao Produto
Marginal no ramo descendente deste e no ponto de máximo daquele.

Portanto:
a) Quando N > N* estamos no estágio III de produção, onde PMe é
maior que o Pmg.
b) A produtividade média é máxima no estágio II de produção, quan­
do cruza a curva de produtividade marginal (2 o ponto de inflexão).
Quando N = N* quem é máxima é a produtividade total.
c) Correto, a tangente da curva é horizontal e tg 0 o = 0.
d) No estágio III, a PMe é decrescente, porém, é positiva, quem é negativa
é a Pmg.
e) Quando o PT é máximo (N*) a Pmg é menor que a PMe.

40. Considerando uma pequena economia aberto com livre e perfeita mo­
bilidade de capital e supondo e = preço em moeda nacional de uma uni­
dade de dólar, é correto afirmar que:
a)uma política monetária expansionista tende a reduzir as taxas in­
ternas de juros. Se a economia opera em um regime de taxa de câm­
bio flutuante, essa redução tende a elevar e e, consequentemente, es­
timular as exportações, intensificando os efeitos da política mone­
tária expansionista sobre o nível de emprego.

André Fantoni 128


Prova 13 - Auditor do Tesouro Municipai/lSS Recife/ESAF/2003

b) se a taxa de câmbio for fixa» somente a política monetária poderá ser


utilizada para estimular o nível de emprego.
c) se o regime for de taxa de câmbio fixa» tanto a política fiscal quanto
a política monetária não podem ser utilizadas para estimular o ní­
vel de emprego da economia.
d) uma política fiscal contracionista tende a reduzir as taxas internas
de juros. Essa redução tende a elevar e e» consequentemente, estimu­
lar as exportações, intensificando os efeitos da política fiscal expan­
sionista sobre o nível de emprego.
e) se o regime for de taxa de câmbio flutuante, uma política monetária
contracionista tende a elevar o nível de emprego da economia.

Assunto: Macroeconomia - Modelo Mundell Fleming


Quando estão presentes as seguintes características, pequena economia
aberta, perfeita mobilidade de capitais e taxas de juros internas iguais às
externas, estamos falando do Modelo Mundell Fleming. Vejamos um re­
sumo do assunto:

Casos mais comuns:

m M m w W

PO L FiSCAL Aumenta Não altera Não aítera Aumenta


PO L MONETÁRIA Não altera Não altera Não altera Diminui

POL. COMERCIAL Aumenta Não altera Aumenta Não altera

ÉpK St1p%mçtoâ0z\
a ssem
IS1ISSÉ
P O L FISCAL Não altera Aumenta Diminui Não altera
P O L MONETÁRIA Aumenta Diminui Aumenta Não altera
P O L COMERCIAL Não altera Aumenta Não altera Não altera

129 Economia
Provas Comentadas

Sendo assim, vamos analisar as alterantivas agora:


a) Quando o Governo, através do BACEN, faz uma Política Monetária
expansionista, ele desloca a curva LM para a direita, reduzindo as taxas de
juros internas e expandindo a demanda agregada. Como o câmbio é flutu­
ante, essa queda nos juros internos provoca uma saída de capital estrangeiro,
o que causa uma desvalorização na taxa real de câmbio (desvalorização
da moeda nacional), que, como conseqüência, incentiva as exportações e
diminuem as importações, gerando um superávit na balança comercial, e
por conseguinte aumentando ainda mais os efeitos da política monetária,
expandindo o produto.
b) Com taxas de câmbio fixas, as políticas monetárias são inócuas.
c) Com o câmbio fixo, só as políticas fiscais podem influenciar no nível
do produto.
d) Assertiva um pouco mal elaborada, pois não menciona qual o tipo de
regime de câmbio abordado, sendo assim, não pode ser considerada correta.
e) Com regime cambial flutuante, uma política monetária contracionista
desloca a curva LM para a esquerda, aumentando a taxa de juros interna e
diminuindo o nível do produto.

André Fantoni 130


Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2002

01. Suponha uma economia hipotética que produza apenas dois bens finais:
A e B . Considere a tabela a seguir:

PREÇO BEM PREÇO BEM


2,00 10 3,50 15
2,50 12 4,83 10

Com base nestas informações, e utilizando-se do índice de preços de


Laspeyres, é correto afirmar que, entre os períodos 1 e 2,
a) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8%, e o pro­
duto real não apresentou variação.
b) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 12%, e o pro­
duto real uma variação negativa de 19,65%, aproximadamente.
c) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8%, e o pro­
duto real uma variação negativa de 8,33 %, aproximadamente.
d) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8%, e o pro­
duto real uma variação positiva de 2,5%.
e) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8%, e o pro­
duto real uma variação negativa de 19,65%, aproximadamente.

Assunto•Macroeconomia - Números índices


O produto nominal de cada ano é dado pela soma dos valores produzidos
de A e B, multiplicando-se seus preços pelas quantidades. Veja:
Pj = 2 x 10 + 3,5 x 15 = 72,5
P2 = 2,5 x 12 + 4,83 x 10 —78,3
Assim sendo, variação nominal (Anominal) = 78,3/72,5 = 1,08, ou seja, 8 %.
O produto real é dado pelo índice de preços de Laspeyres, mantendo-se os
preços do ano 1 , assim:
Pj = 72,5 (mantém, só calcularemos a variação real)
P2 = 2 x 12 + 3,5 x 10 = 59
A real = 59/72,5 = 0,813, como a razão é menor que 1, concluímos que houve
uma queda no produto real de (1 - 0,813) = 0,1862 (aproximadamente 18,62%).

131
Provas Comentadas

02. Considere as seguintes informações:


A - saldo da balança comerciai
B ~ saldo da balança de serviços
C ~ saldo das operações de transferencias unilaterais
D = saldo em transações correntes
E - movimento de capitais autônomos
F = movimento de capitais compensatórios
G - saldo total do balanço d.e pagamentos
Com base nestas informações, pode-se afirmar com certeza que:
a) A + B + C -D + E + F-fG
b) A + B + C + D + E + F + G = 0
c) A + B + C + E + F —O
d) G = 0
e) A + B + C ~ D - G = 0

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Lembrando a estrutura do BP, temos:
A. Balança Comercial
B. Balança de serviços
C. Donativos
D. Saldo em transações correntes do BP
E. Movimento de capitais autônomos
G. Saldo total do BP
F. Capitais compensatórios
Temos as seguintes igualdades:
D —A + B + C
G = D + E = ~F, então;
~F = A + B + C + D
A+B+C+D+F~Õ

03. Considere as seguintes informações:


importações de bens e serviços não fatores: 30
renda líquida enviada ao exterior: 100

André Fantonj 132


Prova 14 - Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2002

variação de estoques: 10
formação bruta de capital fixo: 200
poupança liquida do setor privado: 80
depreciação: 5
saldo do governo em conta corrente: 60
Com base nas identidades macroeconômicas básicas que decorrem de
um sistema de contas nacionais, é correto afirmar que as exportações
de bens e serviços não fatores são iguais a:
a) 75.
b) 65.
c) 55.
d) 50.
e) 45.

Assunto: Macroeconomia ~ Contabilidade Nacional


Como diz na receita de bolo, vamos partir da identidade I - S.
Como I = FBKF + variação de estoques.
S = Sp + Sgov + Se, onde Se = déficit em conta corrente do BP (-T)= - (H
ÍSJLÜÜ)
O que nos foi pedido é justamente o que está dentro desse “H” (a diferença
entre exportações e importações de bens e serviços não fatores). Substituindo
os dados, achamos:
FBKF -f Ve - Sp + Sgov - T
2 0 0 + 1 0 = (80 + 5) + 60 - (H - 100)

210 - 85 - 60 - - H + 100
H - 100 - 65
H = 35, então:
H = Xnf~M nf
35 = Xnf- 3 0
X «/= 65

Considere os seguintes dados:


C = 500 + c.Y
1 = 200
G = 100
X = M = 50

133 Economia
Provas Comentadas

Onde:
C = consumo;
c = propensão marginal a consumir;
I = investimento;
G = gastos do governo;
X = exportações;
M = importações.
Com base nestas informações, é correto afirmar que:
a) se a renda de equilíbrio for igual a 2.500, a propensão marginal a
poupar será igual a 0,68.
b) se a renda de equilíbrio for igual a 1.000, a propensão marginal a con­
sumir será maior que a propensão marginal a poupar.
c) se a renda de equilíbrio for igual a 2.000, a propensão marginal a con­
sumir será igual a 0,5.
d) se a renda de equilíbrio for igual 1.600, a propensão marginal a con­
sumir será igual à propensão marginal a poupar.
e) não é possível uma renda de equilíbrio maior que 2.500.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais

Desenvolvendo a equação da renda de equilíbrio, verificamos o seguinte:


Y = C + I + G + X~M
Y = 500 + cY + 200 + 100 + 5 0 - 5 0
Y(1 - c) = 800
Y = 800/(l-c) . A partir daqui temos que testar as opções e verificar a que
satisfaça a igualdade.
Na letra d: 1.600 = 800/0,5
OK, verdadeiro.

Só relembrando: a propensão marginal a poupar é igual a 1 menos a pro­


pensão marginal a consumir, ou seja, c + d = 1.

05. Considere o modelo de oferta e demanda agregada, sendo a curva de


oferta agregada horizontal no curto prazo. Considere um choque ad­
verso de oferta. Supondo que não ocorram alterações na curva de de­
manda agregada, e que o choque de oferta não altere o nível natural do
produto, é correto afirmar que:

André Fantoni 134


Prova 14-Auditor Fiscai/AFRFB/ESAF/2002

a) no curto prazo, ocorrerá o fenômeno conhecido como “estagflação”


uma combinação de inflação com redução do produto. No longo pra­
zo, com a queda dos preços, a economia retomará a sua taxa natural.
b) no curto prazo, ocorrerá apenas queda no produto. No longo prazo, ocor­
rerá inflação e a economia retornará para o equilíbrio de longo prazo.
c) no curto prazo, ocorrerá apenas inflação. No longo prazo, o produto
irá cair até o novo equilíbrio de pleno emprego.
d) se o governo aumentar a demanda agregada em resposta ao choque
adverso de oferta, ocorrerá deflação.
e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocorrerá inflação, que
será mais intensa no longo prazo em relação ao curto prazo.
Assunto: Macroeconomia - Oferta e Demanda Agregada
Um choque de oferta (€), chamado também de ruído branco, gera uma
inflação de custo, pois ele aumenta os custos de produção e diminui a ca­
pacidade produtiva, deslocando a curva de oferta agregada para a esquerda
(cima), com isso, diminui-se a renda e aumentam os preços, gerando uma
recessão com inflação, fenômeno esse chamado de estagflação. No longo
prazo, o governo consegue contornar a situação, principalmente através de
políticas monetárias restritivas.
Uma inflação de custos (oferta) pode ser causada por outros fatores tam­
bém, como pressão de salários (pelos sindicatos) ou pressão de lucros (pelos
empresários).
Vejamos o gráfico:

Considere o modelo a seguir, também conhecido como modelo IS/LM


para uma pequena economia aberta com livre mobilidade de capital:
Y - C(Y - T) + I(r) + G + NX(e)
M/P = L(r, Y); Lr < 0 e Ly > 0
r = r*

135 Economia
Provas Comentadas

Onde:
Y - produto;
(Y - T) = renda disponível;
C = consumo;
I = investimento;
G = gastos do governo;
NX = exportações líquidas;
e = taxa de câmbio;
r - taxa de juros;
M/P = oferta de saldos monetários reais;
L(r, Y) = demanda de saldos monetários reais;
Lr = derivada parcial da função demanda de saldos monetários reais
em relação à taxa de juros;
Ly = derivada parcial da função demanda de saldos monetários reais
em relação à renda;
r* - taxa de juros mundial.
Com base neste modelo, é incorreto afirmar que:
a) o modelo é compatível com a hipótese de perfeita mobilidade de capital.
b) um aumento dos gastos do governo não exerce influência sobre a ren­
da agregada quando as taxas de câmbio são flutuantes.
c) os efeitos tanto da política monetária quanto fiscal dependem do re­
gime cambial adotado.
d) no modelo a curva LM é positivamente inclinada.
e) uma expansão monetária exerce influência sobre a renda, se a econo­
mia trabalha com um regime de taxas de câmbio fixas.

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


Primeiro precisamos interpretar o enunciado, certo?
Renda disponível: Yd = Y - T
Investimento é em função da taxa de juros.
Nx(e): as exportações líquidas (X - M) variam em função do câmbio.
As taxas de juros internas e externas são iguais, (r = r*)
Então, vamos analisar as assertivas:
a. Correto, estamos falando do modelo de Mundell Fleming, onde temos
uma economia aberta, com perfeita mobilidade de capital, e as taxas de
juros domésticos e internacionais se igualam.

André Fantoni 136


Prova 14 - Auditor Físcal/AF RFB/E5AF/2002

b. Com taxas de câmbio flutuantes, qualquer política fiscal (aumento nos


gastos) é INÓCUA para alterar a renda, devido ao efeito “iô-iô”
c. Correto, políticas fiscais só são eficazes com câmbio fixo, enquanto polí­
ticas monetárias só surtem efeito com o câmbio flexível (flutuante).
d. Vide o gráfico ao final, pois a demanda por moeda varia positivamente
com a renda, e negativamente com os juros. O próprio enunciado nos
lembra isso (M/P = L(r, Y); Lr < 0 e Ly > 0).
e. Essa é falsa, pois uma expansão monetária (política monetária expan­
siva) só é eficaz quando o câmbio é flexível. Com o câmbio fixo, ela se
torna inócua.

Considere as seguintes informações:


Função de produção: Y = Kt/2.L1/2; onde K = estoque de capital e L =
estoque de mão-de-obra
Taxa de poupança (s): 0,3
Taxa de depreciação (6): 0,05
Considerando o modelo de Solow sem progresso técnico e sem cresci­
mento populacional, o estoque de capital por trabalhador no estado es­
tacionário será de:
a) 36,0.
b) 6,7.
c) 15,2.
d) 5,0.
e) 2,0.
Assunto: Macroeconomia - Modelo Solow
Aplicação de fórmula também.
No modelo de crescimento de Solow, o estoque de capital no estado esta­
cionário corresponde ao ponto em que o investimento bruto (sY) é igual à
depreciação do estoque de capital.

137 Economia
Provas Comentadas

Teremos então no estado estacionário: AK = 0; i = 5


s.Y - AK = 0
0,05 x Y - 0,3x KL, como (KL)°>5 = Y
Y - (0,3/0,05)2
Y = 36

08. Com base no Modelo de Crescimento de Solow, é incorreto afirmar que:


a) mudanças na taxa de poupança resultam em mudanças no equilíbrio
no estado estacionário.
b) quanto maior a taxa de poupança, maior o bem-estar da sociedade.
c) um aumento na taxa de crescimento populacional resulta num novo
estado estacionário em que o nível de capital por trabalhador é infe­
rior em relação à situação inicial.
d) no estado estacionário, o nível de consumo por trabalhador é constante.
e) no estado estacionário, o nível de produto por trabalhador é constante.

Assunto: Macroeconomia - Modelo Solow


a) A economia tende a um equilíbrio de longo prazo, o chamado esta­
do estacionário, onde o investimento é igual à depreciação do capi­
tal, Logo, se a taxa de poupança mudar, haverá também mudanças no
ponto de equilíbrio.
b) Quando temos um aumento na taxa de poupança, observamos um
crescimento até o ponto onde a economia encontra um novo estado
estacionário, mas não tem impacto sobre o produto, não interferindo
no bem-estar.
c) Um aumento na taxa de crescimento demográfico (aumento da popula­
ção) leva a um novo estado estacionário, com níveis mais baixos de ca­
pital por trabalhador, o que gera rendas mais baixas para o trabalhador.
d) e e) No estado estacionário (equilíbrio de longo prazo) o produto e o capi­
tal são constantes (estacionários).

09. Considere a seguinte equação, também conhecida como restrição orçamen­


tária intertemporal de um consumidor num modelo de dois períodos:
Cl + C2/(l+r) = (Y1 - Tl) + (Y2 - T2)/(I+r)
Onde:
Ci = consumo no período i (i = 1,2)
Yi = renda no período i (i = 1,2)

André Fantoni 138


Prova 14 - Auditor Fiscal/AFRFB/ESAF/2002

r = taxa real de juros


Ti = impostos no período i (i = 1» 2)
Com base nesse modelo, é correto afirmar que:
a) as restrições de crédito pioram a situação do consumidor, indepen­
dente de sua estrutura de preferências intertemporal.
b) se vale a equivalência rícardiana, um aumento em TI reduz o con­
sumo no período 1.
c) se o consumidor é poupador, um aumento na taxa real de juros ele­
va o consumo no segundo período.
d) no equilíbrio, o consumidor irá escolher consumir nos dois períodos
quando a taxa marginal de substituição intertemporal for igual a zero.
e) se Ti - 0 (i “ 1,2), a restrição orçamentária intertemporal apresenta­
da se reduz à função consumo keynesiana.
Assunto: Macroeconomia - Economia Intertemporal
a) Falso, pois a situação do consumidor varia de acordo com o perfil
deste agente, se é poupador, tomador ou indiferente.
b) Falso, a equivalência ricardiana diz que: ‘TJm corte fiscal hoje vai
gerar um déficit orçamentário que terá que ser financiado por emprés­
timos, deixando o consumo inalterado. As famílias deverão destinar à
poupança, a renda extra obtida, visando pagar o aumento dos impos­
tos no füturo.”
c) Verdade, se o consumidor é poupador, no período 1,arenda é maior
que o consumo, então, um aumento na taxa real de jurostende a au­
mentar o consumo no período 2 .
d) Falso, no equilíbrio a T M g Sc^ - tgG = 1 + r.
e) Falso, pois a função de consumo de Keynes é C = Co + cY, não leva
em consideração os juros e a renda futura, quando da decisão no con­
sumo atuai O modelo de Keynes é bem mais limitado.

Considere a restrição orçamentária intertemporal de um país, repre­


sentada pela equação a seguir:
Cl + C2/(l+ r) +... = (1+ r).B*0 + (Q1 - II) + (Q2 - I2)/(l+ r) + ...
Onde:
Ci = consumo no período i (i = 1,2,...)
Qi = produção no período i (i - 1,2,...)
Ii = investimento no período i (i —1,2,...)
r = taxa real de juros
B*0 = estoque de ativos externos no período zero

139 Economia
Prpvás Comentadas

Considerando que BCi = Qi - Ci - li, onde BC representa o saldo co­


mercial do país no período i (i —1>2 , e supondo a condição de “ex­
clusão do esquema ponzi”, é correto afirmar que:
a) se o país é devedor líquido e deve (1 + r). D*0, onde D*0 = - B*0, esse
país deverá declarar moratória da dívida se apresentar déficit comer­
cial em mais de um período.
b) a condição "exclusão do esquema ponzi” descarta a possibilidade de
país ser devedor em qualquer período.
c) BC pode ser negativo em todos os períodos, independente do valor
de (1 + r).B*0, uma vez que está garantida a hipótese de não existên­
cia do esquema ponzi.
d) se o país é devedor líquido e deve (1 + r).D*0, onde D*0 = - B*0, esse
país deverá ter superávits comerciais no futuro para que a condição
de “exclusão do esquema ponzi” seja válida nesse modelo.
e) a condição "exclusão do esquema ponzi” indica que o país deverá apre­
sentar equilíbrio no balanço de pagamentos em todos os períodos.

Assunto: Macroeconomia - Economia Intertemporal


ESQUEMA PONZI
“Retrata a situação em que o país incorre em déficit de forma definitiva,
tomando empréstimos novos para quitar os pretéritos, incorrendo em mais
juros, o que acarreta novo déficit, incrementando cada vez mais o endivi­
damento, virando uma bola de neve. Os credores internacionais podem
inferir que a capacidade de o país honrar seus compromissos financeiros é
bastante suspeita, o que leva à negativa de novos empréstimos, provocando
um verdadeiro efeito dominó de colapso e bancarrota nas contas externas.”
"Exclusão do esquema Ponzi” representa literalmente que o país respeita a
restrição orçamentária da nação e entende que um endividamento externo
no período presente deverá ser quitado no período futuro, ou seja, o país deve
gerar superávits comerciais para pagar tais empréstimos.
(Adaptado do Professor Marlos Vargas Ferreira.)

André Fantoni 140


Auditor Fiscal da Previdência/AFPS/ESAF/2002

01. Considere os seguintes dados:


Produto Interno Bruto a custo de fatores = 1.000
Renda enviada ao exterior - 100
Renda recebida do exterior = 50
Impostos indiretos - 150
Subsídios = 50
Depreciação = 30
Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fato­
res e a Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente:
a) 1.250 e 1.050.
b) 1.120 e 1.050.
c) 950 e 1.250.
d) 950 e 1.020.
e) 1.250 e 1.120.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


O enunciado fornece o PIBcf e nos pede para fazer a transformação para
o PNBcf e a RNLpra, que é o mesmo que PNLpm, pois produto - renda
= despesa.
Veja um resumo simples:

L Sabemos que o Produto interno contabiliza a renda líquida enviada ao


exterior, ao contrário do produto nacional, então, os cálculos ficam assim:
PNBcf - PIBcf - RLEE, onde a RLEE é a renda enviada menos a
renda recebida
PNBcf = 1.000 - (100 - 50)
PNBcf = 950

141
Provas Comentadas

II. Já para encontrarmos o PNLpm, devemos ajustar o PIBcf no sentido


de: excluir a RLEE, excluir a depreciação, excluir os subsídios e somar
os impostos indiretos.
PNLpm = PIBcf - RLEE - depreciação - subsídio + impostos indiretos
PNLpm = 1.000 - 50 - 30 - 50 + 150
PNLpm = 1.020

02. Considere os seguintes dados:


Poupança líquida = 100
Depredação - 5
Variação de estoques = 50
Com base nessas informações e considerando uma economia fechada
e sem governo, a formação bruta de capital fixo e a poupança bruta to­
tal são, respectivamente:
a) 100 e 105.
b) 55 e 105.
c) 50 e 100.
d) 50 e 105.
e) 50 e 50.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Resolvemos pela identidade básica: I - S
I = FBKF + Variação de estoques
S = Sp + Sgov + Sext
Sp = Sp,w+ depreciação = 100 + 5 = 105.
FBKF + 50 = (100 + 5) 0+0
FBKF - 55

03. Levando-se em conta a identidade macroeconômica


“Poupança - Investimento* numa economia aberta e com governo, e
considerando;
D = déficit público
Sg = poupança pública
Ig ~ investimento público
Spr - poupança privada

André Fantoni 142


Prova 15 - Auditor Fiscal da Prevfdêncra/AFPS/ESAF/2002

Ipr = investimento privado


Sext = poupança externa
É correto afirmar que:
a) D = Sg - Ig + Spr - Ipr.
b) D = Sext.
c) D = Spr + Ipr + Sext.
d) D = Sg - Ig + Sext.
e) D - Spr - Ipr + Sext.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Partindo do conhecimento de que o Déficit Público é a diferença entre o
investimento público e a poupança do governo (DP = Ig - Sg), e usando a
identidade macroeconômica I = S, teremos:
Ip + Ig = Sp + Sg + Sext
Ig - Sg = Sp - Ip + Sext,
logo:
DP = Sp - Ip + Sext

Considere uma economia hipotética que só produza um bem final: pão.


Suponha as seguintes atividades e transações num determinado perío­
do de tempo:
* O setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T.
* O setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela
equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante.
• O setor F produziu farinha no valor de 1.300.
• O setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consu­
midores finais.
Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi,
no período, de:
a) 1.600.
b) 2.100.
c) 3.000.
d) 4.600.
e) 3.600.

143 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais/PIB


Para esse tipo de questão, sugiro montar uma tabelinha, a íim de usarmos
o conceito do PIB pela ótica do Produto, ou seja, o consumo final menos
o intermediário.
Então, vamos a ela:

PIB = 2 = 200 + 1.300 + 300 + 300 = 2.100

05. Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são


considerado(as) como itens do passivo não monetário do Banco Cen­
tral:
a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos.
b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais.
c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos.
d) base monetária e papel-moeda em poder do público.
e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo.

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


Observemos um razonete bem resumido do Banco Central:

Reservas internacionais Passivo monetário

Empréstimos ao Tesouro Nacional Papel-moeda em poder do público

Títulos públicos e privados Encaixes totais

Imobilizado Depósitos voluntários e compulsórios

Empréstimos aos entes governamentais


Passivo não monetário
Redescontos
Depósitos do Tesouro Nacional

Empréstimos do setor externo

Recursos especiais

André Fantoni 144


Prova 15 - Auditor Fiscal da Previdência/AFPS/ESAF/2002

Considere uma economia hipotética que só produza dois bens finais: A


e B, cujos dados de preço e quantidade encontram-se a seguir:

PREÇO i BEM PREÇO I BEM


1 2,00 10 3,50 15
2 2,50 | 11 3,8 | 15

Com base nessas informações, a inflação medida pelo índice de Paasche


de preços entre os períodos 1 e 2 foi de, aproximadamente:
a) 13,42%.
b) 17,42%.
c) 09,30%.
d) 20,45%.
e) 05,50%.

Assunto: Macroeconomia - Números índices

X p 2*^ .
Zpl*q 2
(2,5x 11 + 3,8x15) _ ( 84^ _ ^= ^ ^ 2 ^aumcntoj
(2x11 + 3,5x15) V74,5j v

Considere os seguintes dados:


m = 4/3
R = 0,5
Onde:
m = multiplicador dos meios de pagamento em relação à base monetária
R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista
Com base nessas informações, pode-se afirmar que o coeficiente “pa-
pel-moeda em poder do público/Ml* é igual a:
a) 0 , 2 .
b) 0,3.
c) 0,4.
d) 0,5.
e) 0,7.

145 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Teoria Monetária


PMPP /Mj = ?

m=
l - d ( l ~ R ) = M,/B
d = DVBC/M,(i)
M,PMPP + DVBC (ii), sendo assim, vamos substituir

4/3 = -—^ , multiplicando em cruz;

4 (l-d / 2 ) = 3
4 ~ 2d = 3
2 d= l
d = 1 /2 ; então, jogando em (i)
M, = 2DVBC - DVBC
PMPP = DVBC, então:

PMPP /M, = DVBC /2DVBC = ^ = 0,5

08. Considere as seguintes informações:


C = 100 + 0,7Y X = 200
I = 200 M = 100 + 0,2Y
G = 50
Onde:
C = consumo agregado; I - investimento agregado; G = gastos do governo;
X = exportações; M = importações.
Com base nessas informações, a renda de equilíbrio e o valor do multi­
plicador são, respectivamente:
a) 900 e 2. d) 1 . 1 0 0 e 2 .
b) 1.050 e 1,35. e) 1.150 e 1,7.
c) 1.000 e 1,5.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Partindo da ótica do dispêndio: Y = C + I + G + X - M

André Fantoni 146

i
Prova 15 - Auditor Fiscal da Previdência/AFPS/ESAF/2002

Y = 100 + 0,7Y + 200 + 50 + 200 - (100 + 0,2Y)


Y = 450 + 0,5Y
0,5Y - 450
Y = (l/0,5).450 = 900
E o K? lembram que o multiplicador é 1 sobre o coeficiente da renda (Y)?
Então, K = 1/0,5 = 2.

Considere o seguinte modelo (modelo IS/LM):


Equilíbrio no mercado monetário: M/P = L(Y, r);
AL/AY > 0 e AL/Ar < 0
Equilíbrio no mercado de bens: Y = C(Y) + 1 + G ; 0 < AC/AY <1, onde:
M = oferta de moeda
P = nível geral de preços
L (Y, r) = função demanda por moeda
Y - renda
r - t a x a de juros
C = consumo agregado
I = investimento agregado (exógeno)
G gastos do governo
A = símbolo que representa «variação”
Com base nessas informações, é correto afirmar que:
a) uma política fiscal expansionista reduz as taxas de juros.
b) como forma de elevar o produto, a política monetária é mais eficien­
te do que a política fiscal.
c) nem a política fiscal nem a política monetária afetam o produto.
d) nesse modelo, a curva IS é horizontal.
e) a política monetária só afeta as taxas de juros.

Assunto: Macroeconomia ~ Modelo IS/LM


É fundamental, nessa questão, perceber que o investimento é autônomo
(exógeno), ou seja, completamente insensível à taxa de juros. O que nos
coloca no Modelo Keynesiano Simples (MKS), onde o crowding-out é nulo.
a) A Política Fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, como
IS é vertical, os efeitos serão o aumento dos juros e da renda.
b) No MKS, a política monetária é completamente ineficaz para alterar a
renda, pois a IS é vertical.

147 Economia
Provas Comentadas

c) Como observamos no gráfico, a política fiscal é eficaz para alterar a renda,


d) Como I = I0 (autônomo), então a IS é vertical.
e) Correto, é o que demonstramos graficamente, pois a Política Monetária
desloca a curva LM.
IS IS'

10. Considere o modelo IS/LM. Suponha a LM horizontal.


Ê correto afirmar que:
a) a situação descrita na questão refere-se ao chamado "caso clássico”.
b) uma elevação das exportações não altera o nível do produto.
c) uma elevação dos gastos públicos eleva tanto as taxas de juros quan­
to o nível do produto.
d) uma política fiscal expansionista eleva o produto» deixando inalte­
rada a taxa de juros.
e) não é possível elevar o nível do produto a partir da utilização dos ins­
trumentos tradicionais de política macroeconômica.

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


No modelo em que a LM é horizontal, estamos tratando de um trecho es­
pecífico, o chamado trecho keynesiano (armadilha de liquidez), onde não
existe crowding-out e a Política Monetária é ineficaz para alterar a renda.
Nesse trecho só existe a demanda especulativa por moeda. L(r)’ = <*>
a) No caso clássico a LM é vertical.
b) Uma elevação nas exportações causa um aumento na demanda agre­
gada, o que desloca a IS para a direita e aumenta o produto.
c) Um aumento nos Gastos do Governo (Política Fiscal expansiva) joga a
IS para a direita, aumentando a renda, porém, como LM é horizontal,
não altera a taxa de juros.

André Fantoni 148


Prova 15 - Auditor Fiscai da Previdência/AFPS/ESAF/2002

d) Correto.
e) Mentira, pois, fazendo uma Política Fiscal expansionista, por exemplo,
diminuindo a tributação, a IS se desloca para a direita, elevamos o nível
do produto.

Considere a seguinte equação para a curva de oferta agregada de curto


prazo:
Y = Yp + a(P ~ Pe)
Onde:
Y = produto agregado
Yp = produto de pleno emprego, a > 0
P =*nível geral de preços
Pe = nível geral de preços esperados
Com base nas informações constantes da equação acima, e consideran­
do as curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agrega­
da, é correto afirmar que:
a) Uma política monetária expansionista não altera o nível geral de pre­
ços, tanto no curto quanto no longo prazo.
b) Alterações na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alte­
rações tanto no nível geral de preços quanto na renda.
c) No curto prazo, uma política monetária expansionista só altera o ní­
vel geral de preços.
d) O produto estará sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no lon­
go prazo.
e) Alterações na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo
prazo, só geram inflação, não tendo qualquer impacto sobre a renda.

149 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Oferta e Demanda Agregada


Sugiro resolvermos essa questão deslocando as curvas e acompanhando os
efeitos graficamente.
a) Uma política monetária expansionista desloca a OA para a direita, di­
minuindo o nível geral de preços.
b) Correta, é só deslocar a reta de DA no gráfico.
c) No curto prazo, uma política monetária expansionista desloca a OA para
a direita, diminuindo o nível geral de preços e aumentando o produto.
d) No longo prazo, o produto é o de pleno emprego, “empurrado” tanto
pela política fiscal como pela monetária, segundo os clássicos.
e) Realmente, quando se desloca a DA para a direita, temos um aumento
no nível geral de preços, entretanto, no curto prazo, teremos também
um aumento na renda.

12. Na construção do modelo IS/LM sem os casos clássico e da armadilha


da liquidez, a demanda por moeda:
a) é sempre maior do que a oferta de moeda, uma vez que o equilíbrio
no mercado de bens resulta num produto que é necessariamente me­
nor do que o de pleno emprego.
b) depende somente da renda: quanto maior a renda, maior a deman­
da por moeda.
c) é sempre menor do que a oferta de moeda, o que garante que a cur­
va LM seja positivamente inclinada.
d) depende apenas da taxa de juros: quanto maior a taxa de juros, maior
a demanda por moeda.
e) depende da renda e da taxa de juros: quanto maior a renda, maior
a demanda por moeda, ao passo que, quanto maior a taxa de juros,
menor a demanda por moeda.

André Fantoni 150


Prova 15 - Auditor Fiscai da Previdência/AFPS/ESAF/2002

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


Estamos agora no trecho intermediário da LM, no chamado Movimento
Keynesiano Generalizado (MKG).
As alternativas “a” e “c” contrariam a definição de equilíbrio de mer­
cado, onde L = M.
As letras “b” e “d” estão incompletas, pois a demanda por moeda de­
pende tanto da renda (função direta) como dos juros (função inversa).

Considere os seguintes lançamentos entre residentes e não residentes


de um pais, num determinado período de tempo (em unidades mone­
tárias):
• o país exporta 500, recebendo à vista;
• o país importe 300, pagando à vista;
• ingressam no país, sob a forma de investimentos diretos, 1 0 0 em equi­
pamentos;
• o país paga 50 de juros e lucros;
• o país paga amortizações no valor de 1 0 0 ;
• ingressam no país 350, sob a forma de capitais de curto prazo;
• o país paga fretes no valor de 70.
Com base nessas informações e supondo a ausência de erros e omissões,
os saldos em transações correntes e do balanço de pagamentos são, res­
pectivamente:
a) - 20 e +150.
b) - 2 0 e + 2 0 .
c) - 2 0 e + 330.
d) - 40 e + 330.
e) ~ 40 e + 40.

Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos


Como no BP utilizamos o método das partidas dobradas, vamos aos lan­
çamentos:

I. D - caixa
C - exportações... 500
II. D - importações
C - caixa... 300

151 Economia
Provas Comentadas

III. D - importações
C - Investimento direto... 100
IV. D ~ Balanço de serviços fatores
C - caixa... 50
V. D - Amortizações
C - caixa... 100
VI. D - caixa
C- capitais autônomos... 350
VII. D - Balanço de serviços fatores
C- caixa... 70
Total de débitos: 500 + 350 - (850)
Total de créditos: 300 + 50 + 100 + 70 = 520
Saldo da conta caixa: (850) - 520 - (330)
Quer dizer, se o saldo da conta caixa (capital compensatório) é negativo,
então, o saldo do BP é positivo, no mesmo montante.
Montando a estrutura:
BC = X - M = 500 - (300 + 100) =+ 100

BS = - 50 - 70 = -120
TU = 0
T = BC + BS + TU = 100 ~ 120 = - 20
T= - 20.

14. Considere as seguintes informações:


Saldo da balança comercial: déficit de 100
Saldo da balança de serviços: déficit de 200
Saldo em transações correntes: déficit de 250
Saldo total do balanço de pagamentos: superávit de 50
Com base nessas informações, o saldo das “transferências unilaterais”
e do “movimento de capitais autônomos” foram, respectivamente:
a) + 50 e + 300.
b) - 50 e - 300.
c) + 30 e —330.
d) - 30 e + 330.
e) - 30 e - 300.

André Fantoni 152


Prova 15 - Auditor Fiscal da Previdênda/AFPS/ESAF/2002

Assunto: Macroeconomia ~ Balanço de Pagamentos


Das relações, podemos tirar:
T = BC + BS + TU
- 250 = -100 - 200 + TU
TU = 300 - 250
TU = 50
BP - T + MKA (capitais autônomos) + EO
50 = - 250 + MKA + 0
MKA = 300

Considere a restrição orçamentária de um consumidor num modelo de


dois períodos:
Cl + C2/(l + r) = Y 1 + Y2/(l + r)
Onde:
Cl = consumo no período 1
C2 = consumo no período 2
Y1 = renda no período 1

Y2 = renda no período 2
r - t a x a de juros
Considerando que as preferências do consumidor quanto à alocação do
consumo ao longo do tempo sejam representadas por curvas de indife­
renças convexas em relação à origem, é correto afirmar que:
a) um aumento na renda no primeiro período não altera o consumo no
segundo período, independentemente da estrutura de preferências
do consumidor.
b) no equilíbrio, o consumo será tal que a taxa marginal de substitui­
ção intertemporal seja igual a “r”.
c) se o consumidor é poupador no primeiro período, um aumento na
taxa de juros aumenta o consumo no período 2 .
d) independentemente de o consumidor ser poupador ou devedor no
primeiro período, uma elevação nas taxas de juros reduz o consumo
nos dois períodos.
e) a ausência de um sistema de poupança e empréstimo não altera o
bem-estar do consumidor, desde que ele respeite a sua restrição or­
çamentária intertemporal.

153 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Economia Intertemporal


Dada a equação de restrição orçamentária intertemporal (ROI)
Cj + C2/(l + r) = Yj + Y2/(l + r)
Observamos que o consumo no período 2 tende a ser maior com o aumento
dos juros.
a) Um aumento de renda no período 1 tende a aumentar o consumo no
período 2 , devido ao aumento de sua poupança, ainda mais se o perfil
for de um poupador (Y, > C^.
b) No equilíbrio a TMgS = 1 + r ( é a tangente da ROI).
c) Correta, pelo exposto acima.
d) Explicado no item “a”.
e) O sistema de poupança e empréstimo permite que o consumidor dis­
tribua seu consumo entre os 2 períodos da forma em que escolher, os
seja, a que irá lhe trazer a máxima satisfação.

André Fantoni 154


Economista/Ministério Público-AM/FGV/2002

31. O deslocamento, para a direita, da curva da demanda de um determi­


nado bem é provocado pelo aumento:
a) do número de empresas concorrentes.
b) da renda do consumidor.
c) da quantidade de matéria-prima.
d) da utilização de tecnologia avançada pelos produtores.
e) da qualificação técnica do consumidor.

Assunto: Microeconomia - Curva de demanda


São fatores que influenciam, aumentando a quantidade demandada de um bem:
- Diminuição do preço do bem.
- Aumento da renda do consumidor (para bens normais ou superiores).
- Preferências pelo bem.
- Marketing.
- Aumento na quantidade de compradores.

32. A denominação do mercado de um bem que se caracteriza por grande


número de vendedores e pequeno número de compradores é:
a) monopsônio.
b) monopólio.
c) oligopsônio.
d) oligopólio.
e) concorrência perfeita.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercado


a) Monopsônio: é o mercado onde só existe um comprador e inúmeros
vendedores.
b) Monopólio: é o mercado onde existem vários compradores e apenas um
vendedor.

155
Provas Comentadas

c) Oligopsônio: é o mercado no qual existe um pequeno número de


grandes compradores e inúmeros vendedores. Foram verificados ca­
sos importantes ao longo do tempo. Um exemplo de oligopsônio é o
mercado de cacau, onde três firmas (Cargill, Archer Daniels Midland
e Callebaut) compram a maior parte dos grãos de cacau, geralmente
produzidos por pequenos agricultores de países menos desenvolvidos.
d) Oligopólio: é o mercado no qual existe um pequeno número de grandes
firmas.
e) Concorrência Perfeita: é o mercado caracterizado por um grande nú­
mero de pequenas firmas.
Em microeconomia, monopsonistas e oligopsonistas são assumidos como
empresas maximizadoras de lucros e levam a falhas de mercado, devido à
restrição de quantidade adquirida, que é uma situação pior do que o ótimo
de Pareto que existiria em competição perfeita.

34. Num sistema econômico hipotético, um setor industriai produz os bens


A e B . Em decorrência do aumento da alíquota do Imposto de Impor­
tação da principal matéria-prima utilizada na produção do bem B, foi
necessária a elevação de seu preço de venda.
Sabe-se que:
I. elasticidade cruzada da demanda do bem A em relação ao bem B: 80%;
II. quantidade do bem A antes da elevação do preço de B: 30.000 unidades;
III. preço do bem B antes do aumento: $ 3,00;
IV. variação no preço do bem B: 50%.
De acordo com as informações acima, pode-se afirmar que a variação
na quantidade demandada do bem A, em função da elevação do preço
do bem B, corresponde a:
a) 12.000 unidades.
b) 15.000 unidades.
c) 24.000 unidades.
d) 42.000 unidades.
e) 45.000 unidades.

Assunto: Microeconomia - Elasticidade


É dado:

André Fantoni 156


Prova 1 6 - Economista/Ministério Público-AM/FGV/2002

Q.. = 30.000
P = J3
BI

APR= 50%
PB2 = 3 x 1,5 = 4,5
nAB= AQA/APB
0,8 = AQa/50%
AQa- 0 ,8 x 5 0 % -4 0 %
Como AQa = QA2 /QA1
AQa= 30.000 x 0,4 = 12.000
Cuidado, pois o QA2 é igual a 42.000, mas a variação foi apenas de 12.000.

Uma empresa hipotética produz o bem Y em mercado de concorrência


perfeita. A função de custo marginal é CMg - Y^ - 18Y -f 30 e o preço
unitário é $ 13.
A quantidade de Y que deve ser produzida para maximizar o lucro da
empresa é:
a) 8.
b) 9.
c) 17.
d) 18.
e) 30.

Assunto: Microeconomia - Teoria de Mercado


Dados:
CMg = Y2 ~ 18Y + 30
P —13
Para uma firma em concorrência perfeita, sabemos que P - CMg.
Y2 - 18Y -f 30 = 13
Y1 - 18Y + 17 = 0, desenvolvendo a equação do 2°grau;
Á = 182 - 4.1. 17 = 256
Y = (18±16)
2
Y -1 7

157 Economia
Provas Comentadas

36. Em uma economia hipotética, num certo período <letempo, registra-se que:
I. C = 50 + 0,75 Y (C consumo» Y = renda)
II. I = 120 - 125 i (I —investimento, i = taxa de juros)
III. Ms = 240 (Ms - oferta de moeda)
IV. Mt = 0,30 Y (Mt s=demanda transacional e precaucional de moeda)
V. Me - 80 - 250 i (Me = demanda especulativa de moeda)
VI. G - 30 (G = gastos do governo)
0 nível de investimento de equilíbrio dessa economia é:
a) 30.
b) 95.
c) 220.
d) 575.
e) 700.

Assunto: Macroeconomia - Contabilidade Nacional (Modelagem)


Para acharmos as incógnitas das equações, devemos primeiro montar as
equações de IS e LM, e verificar a igualdade:
Ms = Mt + Me (LM)
240 = 0,3Y + 80 ~ 250i
0,3Y - 250i - 160 (equação da reta LM)
Y = C + 1+ G
Y = 50 + 0,75Y + 120 - 125i + 30
0,25Y + 125i = 200 (equação da reta IS)
Fazendo LM = IS, teremos:
Multiplicando a equação da IS por 2 e somando as duas, fica assim;
(0,3Y + 0,5Y) + 0 = (160 + 400)
0 ,8 Y ~ 560
Y = 700
Substituindo na equação da LM (mas poderíamos substituir em qualquer
uma das duas equações):
0,3-700 - 250i ^ 160
250i = 210 - 160
1 = 50/250
i = 0 ,2

André Fantoni 158


Prova 16 - Economista/Ministério Púbiico-AM/FGV/2002

Então, quem é o investimento?


I = 120 - 125i
I = 120 - 125.0,2
I = 120 - 25
1 = 95

Considere os dados abaixo, registrados numa economia hipotética, num


determinado período de tempo:
Produto Interno Líquido a custo de fatores $ 20.000
Importações $1.200
Depredação $ 1500
Subsídios $800
Renda Recebida do Exterior $ 2.300
Impostos Indiretos $ 3.000
Renda Líquida Enviada ao Exterior $1.700
Impostos Diretos $ 4.500

O valor do Produto Nacional Bruto a preços de mercado é:


a) $ 17.600
b) $ 19.000
c) $ 2 2 . 0 0 0
d) $ 25.300
e) $26.500

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais (agregados macroeconômicos)


A questão nos fornece o PILcf e nos pede o PNBpm.
Mais uma vez teremos que efetuar as transformações no produto.
De interno para nacional - retirando a renda líquida enviada ao exterior (RLEE).
De líquido para Bruto - somando a depreciação
De custo de fatores para preço de mercado - excluindo os subsídios e adi­
cionado os impostos indiretos.
PNBpm = PILcf - RLEE + depreciação - subsídios + impostos indiretos
PNBpm = 20.000 - 1.700 + 1.500 - 800 + 3.000
PNBpm = 22.000

159 Economia
Provas Comentadas

38. Uma economia hipotética, num determinado período» registrou aumen­


to de 8 % na renda e de 37,7% no volume de meios de pagamento, man­
tendo constante a velocidade de circulação da moeda. De acordo com
a Teoria Quantitativa da Moeda, a variação verificada no nível de pre­
ços, no mesmo período, é de:
a) 27,50%.
b) 30,16%.
c) 41,27%.
d) 127,50%.
e) 147,21%.

Assunto: Macroeconomia - Inflação Monetarista

A inflação monetarista ocorre quando há uma expansão monetária acima


da velocidade de circulação da moeda, ou seja, é o crescimento econômico.
É calculada da seguinte forma:

M xV 0 = P x Y
M = Oferta de moeda
V0 = velocidade de circulação da moeda (constante)
P = preço
Y = produto real (pode ser encontrada também Q = demanda)
P x Y = renda nominal = PIB

1,377 x l = P x 1,08
P * 1,377/1,08
P = 1,275, ou seja, houve uma variação positiva de 27,5% no preço.

39. Num certo período de tempo, uma economia hipotética apresentou os


seguintes dados:

Função Consumo C = 10 + 0,60Y


Transferências do Governo R — 160
Despesas Governamentais G -1.500
Função imposto T — 20 + 0,20Y
Investimento i = 2 202

Pode-se concluir que o nível de renda de equilíbrio é :

André Fantoni 160


Prova 1 6 - Economista/Ministério Público-AM/FGV/2002

a) 1.340.
b) 1.480.
c) 1.974.
d) 4.320.
e) 7.300.

Assunto: Macroeconomia - Contabilidade Nacional (modelagem)


Nesta questão, para se encontrar o gabarito, devemos considerar que o con­
sumo é em função da renda disponível, porém, o enunciado não colocou
isso expressamente.
Ora, a renda de equilíbrio é Y = C + I + G + X - M , lembrando que Yd =
Y -T + R
Y= 10 + 0,6Yd + 2.202 + 1.500
Y - 3.712 + 0,6(Y - 20 - 0,2Y + 160)
Y = 3.712+ 0,6(0>8 Y + 140)
Y ~ 3.712 + 0,48Y + 84
0,52Y = 3.796
Y = 3.796/0,52
7300

A variação no produto nacional de uma economia fechada, sem o setor


governo, num certo período de tempo, em razão da elevação de $ 800
mil no agregado Investimento, sabendo-se que a propensão marginal a
consumir eqüivale a 75%, corresponde a:
a) S 200 mil.
b)$ 250 mil.
c) $ 600 mil.
d) $ 2 400 mil.
e) $ 3 200 mil.

Assunto: Macroeconomia - Contabilidade Nacional


Dado que:
PMgC = 0,75 = c
AI = 800
AY = ?

161 Economia
Provas Comentadas

Já vimos que AY/ AI = K, mas quem é K?


K- 1/(1 - c)
K= 1/0,25
K >4.

AY = K . AI = 4.800
ÂY= 3.200 mil

41. Para restringir o nível de demanda global da economia, com o objetivo


de alcançar o equilíbrio a pleno emprego, o Governo adota as seguin­
tes medidas de política fiscal em relação à carga tributária e despesas
governamentais, respectivamente:
a) expansão; expansão, no mesmo montante.
b) expansão; expansão, em montantes diferentes.
c) redução; redução» no mesmo montante.
d) redução; redução, em montantes diferentes.
e) redução; expansão, no mesmo montante.

Assunto: Macroeconomia - Política Fiscal


O enunciado exige que façamos uma política fiscal no intuito de diminuir
a demanda agregada (Y) para atingir o pleno emprego, usando os fatores
tributação e gastos do governo.
Pois bem, sabemos que para reduzir a demanda agregada precisamos fazer
uma política fiscal restritiva, o que desloca a curva IS para a esquerda.
A solução encontrada seria, então, a priori, reduzir os gastos do governo
(PF restritiva), e, para atingir o pleno emprego, devemos reduzir também
a tributação, o que parece ser uma PF expansionista, porém, no mesmo
montante, o que causaria o efeito desejado.
O que explica esse acontecimento é o Teorema do Orçamento Equilibrado.
que nos diz que, se alterarmos os gastos e a tributação no mesmo montante,
a renda também sofrerá essa mesma alteração, por um simples motivo: a
política fiscal via gastos é mais intensa que a política fiscal via tributaçãol

André Fantoni 162


Analista/BACEN/ESAF/2002

41. Considere as seguintes operações entre residentes e não residentes de


um país, num determinado período de tempo, em milhões de dólares:
•o país exporta mercadorias no valor de 500, recebendo à vista;
•o país importa mercadorias no valor de 400, pagando à vista;
•o país paga 1 0 0 à vista, referente a juros, lucros e aluguéis;
•o país amortiza empréstimo no valor de 1 0 0 ;
•ingressam no país máquinas e equipamentos no valor de 1 0 0 sob a for­
ma de investimentos diretos;
•ingressam no país 50 sob a forma de capitais de curto prazo;
•o país realiza doação de medicamentos no valor de 30.
Com base nestas informações, pode-se afirmar que as reservas do país,
no período:
a) tiveram uma elevação de 1 0 0 milhões de dólares.
b) tiveram uma elevação de 50 milhões de dólares.
c) tiveram uma redução de 1 0 0 milhões de dólares.
d) tiveram uma redução de 50 milhões de dólares.
e) não sofreram alterações.

Assunto: Macroeconomia ~ Balanço de Pagamentos


Montando a estrutura do BP, e efetuando os lançamentos, teremos:
Balança Comercial: 530 - 500 = 30
Exportações: 500 + 30
Importações: - 400 - 100
Balanço de serviços: - 100
Transferências Unilaterais: - 30
Saldo em Transações Correntes (T): 30 ~ 100 - 30 = - 1 0 0
Movimento de Capitais Autônomos (Ka): - 100 + 100 + 50 = 50
Saldo Total do BP: T + Ka = -100 + 50 = - 50.
Portanto, as de reservas, que são iguais ao saldo do BP mais empréstimos
de regularização mais atrasados mais compensações, tiveram uma variação
negativa em US$ 50 milhões.

163
Provas Comentadas

42. A partir de 2001, o Banco Central do Brasil introduziu algumas impor­


tantes alterações no balanço de pagamentos. Entre estas alterações, des­
taca-se:
a) a exclusão da conta “reinvestimentos” dos movimentos de ca­
pitais autônomos.
b) a inclusão do item “amortizações” na conta de serviços de fatores.
c) a introdução da “conta financeira”» em substituição à antiga conta
de capitais, para registrar as transações relativas à formação de ati­
vos e passivos externos.
d) a inclusão das transferências unilaterais na conta de investi­
mentos diretos.
e) a retirada do item de investim entos diretos dos em préstim os
intercom panbias.
Assunto: Macroeconomia - Balanço de Pagamentos
A nova Metodologia do Balanço de Pagamentos Brasileiro segue os princí­
pios estabelecidos pelo FMI, trazendo algumas inovações, tais como:
- Introdução, em conta corrente, do “Balanço de Rendas”, com o intuito de
distinguir bens, serviços e rendas, e detalhar mais a classificação.
- Introdução da “conta capital” para registrar as transferências unilaterais
de capital relacionadas com o patrimônio de migrantes e transações de
bens não financeiros (cessão de marcas e patentes).
- Introdução da “conta financeira”, em substituição à antiga conta de capi­
tais, para registrar as transações relativas à formação de ativos e passivos
externos, como investimentos diretos, derivativos...
- Redassificação de todos os portfólios para a conta de investimento em carteira.
- Inclusão do item empréstimos intercompanhia, na rubrica investimento direto.
Vejam como ficou então a nova (2001) Estrutura do BP:
A. Balanço de Transações Correntes
A.1 Balança Comerciai
A. 1.1 Exportações
A. 1.2 importações
A.2 Conta Serviços e Renda
A.2.1 Serviços
A.2.1.1 Transportes
A.2.1.2 Viagens
A.2.1.3 Seguros

André Fantoni 164


Prova 1 7 - Anaiista/BACEWESAF/2002

A.2.1.4 Financeiros
A.2.1.5 Computação e Informações
A.2.1.6 Royalties e Licenças
A.2.1.7 Aluguel de Equipamentos
A.2.1.8 Serviços Governamentais
A.2.1.9 Outros
A.2.2 Rendas
A.2.2.1 Salários e Ordenados
A.2.2.2 Renda de Investimentos
A.2.2.2.1 Renda de investimentos Diretos
A.2.2.2.2 Renda de investimentos Indiretos
A.2.22.3 Renda de Outros Investimentos

A.3 Transferências Unilaterais Correntes

B, Conta de Capital Financeira


B.1 Conta Capitai
B.2 Conta Financeira
B.2.1 investimento Direto Líquido
B.2.1.1 Participação no Capital
B.2.1.2 Empréstimo Intercompanhias
B.2.2 investimentos em Carteira
B.2.2.1 Ações
B.2.2.2 Títulos de Renda Fixa
B.2.3 Derivativos
B.2.4 Outros investimentos

C. Erros e Omissões

A + B + C = BP

D. Variação de Reservas

165 Economia
Provas Comentadas

43. No Brasil» as operações entre residentes e não residentes têm sido apre­
sentadas sob a forma de “usos e fontes de recursos” Não faz(em) parte
dos denominados “usos”:
a) ativos brasileiros no exterior.
b) balança comercial.
c) serviços e rendas.
d) transferências unilaterais correntes.
e) amortizações de médio e longo prazos.

Assunto: Macroeconomia - Balança de Pagamentos


Seguindo a nova metodologia do BP, podemos montar o seguinte razonete,
levando em conta as operações entre residentes e não residentes:
USOS FONTES DE RECURSOS
Saldo em Conta corrente Conta capitai
• Balança comercial Conta Financeira
• Balança de serviços • Investimento direto
• Balança de rendas * Investimento em carteira
• Transf. Unilaterais Correntes * Derivativos
Amortizações • Outros investimentos

44. Considere:
C = 100 + 0,8Y
1 = 300
G - 100
X =100

M - 5 0 + 0,6Y
Onde:
C = consumo agregado;
I = investimento agregado;
G = gastos do governo;
X = exportações; e
M = importações.
Supondo um aumento de 50% nos gastos do governo» pode-se afirmar
que a renda de equilíbrio sofrerá um incremento de, aproximadamente:

André Fantoni 166


Prova 17 - Analista/BACEN/ESAF/2002

a) 55,2%.
b) 15,2%.
c) 60,1%.
d) 9,1%.
e) 7,8%.

Assunto: Macroeconomia - Contas Nacionais


Sabemos que AY/AG = K>portanto, devemos achar o valor do multiplicador
keynesiano (K) para solucionar a questão.

K = l/[l—c(l—t) + m], temos que:


c = 0 ,8
t=0
m - 0 ,6 , então:
K - 1/[1 - 0,8 +0,6]
K = 1 /0 , 8
K = 1,25

AY - K x AG
AY = 1,25 x 50%
AY = 62,5%, mas quem era Y ?

Y = C + 1+ G + X -M
Y = 100 + 0,8Y + 300 + 100 + 100 - (50 + 0 ,6 Y)
Y = 550 + 0,2Y
0,8Y = 550
Y = 550/0,8
Y = 687,5

Então, %Y = 62,5/687,5 = 0,0909


%Y=9,1%

167 Economia
Provas Comentadas

45. Considere o modelo IS/LM para uma pequena economia aberta dada
pelas seguintes equações:
Y = C (Y) + I(r) + G + X(e) - M(e)
Ms = L (r,Y)
r = r*
Onde:
Y = produto;
C - consumo;
I = investimento;
G = gastos do governo;
X - exportações;
M = importações;
Ms - oferta monetária;
L (r,Y) - função demanda por moeda;
r =* taxa de juros interna;
e - taxa de câmbio;
r* - taxa de juros internacionais.
Considere ainda as seguintes derivadas:
0 < C’ < l; F < 0; X* > 0; M* < 0, SL/Ôr < 0 dL/dY > 0
Com base nessas informações, e supondo livre e perfeita mobilidade de
capital, é incorreto afirmar que:
a) se tomarmos como referência a moeda norte-americana, a taxa de
câmbio do modelo segue o conceito de taxa de câmbio utilizada no
Brasil, isto é, quantidade de moeda nacional necessária para com­
prar 1dólar.
b) subsídios às exportações ou restrições às importações sob um regi­
me de câmbio flutuante elevam o produto, deixando inalterada a
taxa de câmbio.
c) é incompatível uma política monetária expansionista com a manu­
tenção do regime de câmbio fixo.
d) sob o regime de câmbio flutuante, a política fiscal não afeta o produto.
e) quanto maior a renda, menor será a demanda por moeda.

André Fantoni 168


Prova 17 - Analista/BACEN/ESAF/2002

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


a) Correto. No Brasil adotamos a teoria do incerto ou cotação do incerto
(método direto), onde a taxa de câmbio é o preço da moeda estran­
geira expresso em moeda nacional, portanto, um aumento na taxa de
câmbio significa que houve uma desvalorização da moeda nacional,
por exemplo.
b) Correto, mas forçando um pouco a barra. Sabemos que o produto (Y)
é expresso pela equação: Y = C + I + G + X - M , e com essas medi­
das o governo está mexendo com a balança comercial, aumentando
as exportações líquidas (X - M > 0), o que aumenta a demanda agre­
gada, aumentando o nível do produto, e deixando “inalterada” a taxa
de câmbio apenas no longo prazo, pois esta tende a equilibrar o BP no
longo prazo. Porque, ao aumentar as exportações líquidas, aumenta a
taxa de juros no curto prazo, atraindo capital estrangeiro, causando,
inicialmente, uma valorização da moeda nacional.
c) Correto. Vimos diversas vezes que a Política Monetária, neste modelo
de perfeita mobilidade de capital, só é eficaz quando as taxas de câm­
bio são flexíveis. Ao regime de câmbio fixo, qualquer política monetá­
ria é inócua.
d) Correto. Concluindo o raciocínio da alternativa acima, a Política
Fiscal é inócua sob regime flutuante (flexível).
e) Falso, pois sabemos que a demanda por moeda varia positivamente
com a renda e negativamente com a taxa de juros, portanto, quanto
maior a renda maior será a demanda por moeda. Além do mais, o
próprio enunciado já deu essa “cola” quando disse que: 5L/3Y > 0.

Considere o modelo IS/LM com as seguintes hipóteses:


•ausência dos casos “clássico” e “da armadilha da liquidez”;
•curva IS dada pelo “modelo keynesiano simplificado”, supondo que os
investimentos não dependam da taxa de juros.
Com base nestas informações, é incorreto afirmar que:
a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto.
b) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros.
c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto.
d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros.
e) uma política monetária contracionista reduz o produto.

169 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Modelo IS/LM


Estamos analisando, então, o modelo keynesiano simples (MKS), pois o
enunciado diz que os investimentos são inelásticos à taxa de juros, no ramo
geral da curva LM.

Analisando o gráfico, vejamos:


Uma Política monetária contracionista desloca a curva LM para a esquerda,
e é inócua para alterar o produto, e o crowding out é nulo.

47- Considere:
•curva de oferta agregada de longo prazo vertical pelo nível do produ­
to de pleno emprego;
•curva de demanda agregada definida pela teoria quantitativa da moeda;
•curva de oferta agregada de curto prazo dada pela equação Y = Yp +
a.(P ~ Pe), onde Y = produto;
Yp = produto de pleno emprego; P = nível geral de preços; Pe = nível ge­
ral de preços esperados; e a > 0;
• situação inicial de equilíbrio de longo prazo.
Considerando um aumento nos preços internacionais do petróleo, é
correto afirmar que:
a) no curto prazo haverá inflação sem alteração no nível do emprego.
No longo prazo, ocorrerá uma redução no nível do emprego: o nível
de produto de pleno emprego será menor quando comparado com a
situação anterior ao aumento nos preços internacionais do petróleo.
b) no curto prazo, só ocorrerá inflação. O produto permanecerá no
pleno emprego, uma vez que a produção será estimulada pelo au­
mento do nível de preços esperados decorrente da elevação nos cus­
tos das empresas.

André Fantoni 170


Prova 17 - Anaiista/BAGEN/ESAF/2002

c) no curto prazo, ocorrerá inflação combinada com desemprego. No


longo prazo, a economia voltará para o pleno emprego. O Banco Cen­
tral, entretanto, poderá reduzir os efeitos do desemprego no curto
prazo, implementando uma política monetária expansionista. O as­
pecto negativo desta opção será mais inflação.
d) não ocorrerá inflação, uma vez que a elevação dos custos será com­
pensada pela elevação da inflação esperada.
e) se as expectativas forem racionais, o produto permanecerá no pleno
emprego e não ocorrerá inflação, no curto prazo, uma vez que o au­
mento no custo de produção será compensado pela queda nos salá­
rios reais.

Assunto: Macroeconomia - Inflação


Primeiro de tudo, vamos desenhar os gráficos das situações propostas no
enunciados, e depois analisamos as afirmações;
I Oferta agregada de longo prazo vertical no pleno emprego:

II. Demanda agregada def. pela teoria quantitativa da moeda: M.V0 = P.Y

171 Economia
Provas Comentadas

III. Y = Yp + a.(P ~ Pe), conhecida como “Oferta de Lucas”


Se P = Pe, então, temos uma previsão perfeita.

Considerando a situação de longo prazo, e um choque de oferta no mercado


(aumento do preço internacional do petróleo), o que provoca uma inflação
de custos, analisemos:
a) e b) Falsas, pois no curto prazo essa inflação diminui o nível de em­
prego (estagflação), que só voltará ao equilíbrio no longo prazo.
Reparem no gráfico:

c) Está perfeita. É o oposto das letras “a” e “b” e verificamos ainda que
uma política monetária expansionista aquece a economia, aumentan­
do a demanda agregada e gerando uma inflação de demanda, o que
reflete na Curva de Phillips uma diminuição da taxa de desemprego,
entretanto, no curto prazo, existe o trade-ojf, e o “preço que se paga” é
o aumento da inflação.
d) Falso, pois ocorrerá sim a inflação de custos, gerando uma recessão
também (estagflação).
e) Nesta, está errado quando se diz que o custo será compensado pelos
salários reais; podem ser compensados pelos salários nominais, pois
estes são flexíveis no pleno emprego (longo prazo).

André Fantoni 172


Prova 17 - Analista/BACEN/ESAF/2002

Considere o seguinte modelo:


Y = f(N );f > 0 e P ’ < 0
W/P = f(N )
Ns= <p(W /P); 9’ > 0
MV = PY
Sp(r) +1= ip (r) + g; Sp’ >0 e ip’ < 0
Onde:
Y = produto
N “ nível de emprego
W = salário nominal
P “ nível geral de preços
Ns —oferta de mão-de-obra
M = oferta monetária
Y —velocidade de circulação da moeda
Sp = poupança privada
ip —investimento privado
t = imposto
g = gastos do governo
r - t a x a de juros
f - primeira derivada da função
f* = segunda derivada da função e assim por diante para as outras fun­
ções do modelo
Este conjunto de equações define o denominado “modelo clássico”. Com
base neste modelo, é incorreto afirmar que:
a) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio, uma redução nas ta­
xas de juros via redução dos impostos eleva o emprego e, consequen­
temente, o produto.
b) supondo o mercado de trabalho em equilíbrio e a velocidade de cir­
culação da moeda constante, uma política monetária expansionista
só altera o nível geral de preços.
c) o desemprego pode ser explicado por imperfeições no mercado de
trabalho decorrentes, por exemplo, de rigidez nos salários nominais.
d) tudo mais constante, uma elevação dos gastos públicos aumenta as
taxas de juros.
e) a equação quantitativa da moeda pode ser entendida como a deman­
da agregada.

173 Economia
Provas Comentadas

Assunto: Macroeconomia - Modelo Clássico


Questão de excelente nível que nos traz os conceitos da “Dicotomia Clássica”,
que funciona do lado real (interligados) da economia e do lado monetário
(separado), veja:

LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES

►p
P*

Tendo visto essa maravilha, vamos analisar as alternativas:


a) Incorreto, porque, ao reduzir os impostos, estamos fazendo uma políti­
ca fiscal expansiva, que causa um aumento na taxa de juros, que dimi­
nuem os investimentos privados e fazem cair o nível do produto. Além
disso, a questão mistura os lados real e monetário da economia, cau­
sando uma confusão, a chamada dicotomia clássica.

André Fantoni 174


Prova 17 - Anaíísta/BACEN/ESAF/2002

b) Correto, é o chamado modelo clássico “puro”. As hipóteses do modelo


clássico admitem que políticas fiscais ou monetárias alteram somente
as variáveis nominais, como o nível de preços, sem efeitos sobre as va­
riáveis reais, como o emprego e o produto.
c) Correta. O equilíbrio no mercado de trabalho determina o nível de ple­
no emprego, que somente pode aumentar por incremento da produtivi­
dade do trabalho e pela flexibilização dos salários nominais. Assim, o de­
semprego é explicado pela rigidez dos salários nominais, pois se o salá­
rio é fixo e não pode diminuir em razão de legislação ou ação dos sindi­
catos não estimula as empresas a contratar mais mão-de-obra.
d) Correta. Um aumento dos gastos públicos é política fiscal expansionis­
ta, o que desloca a curva IS para a direita, aumentando a taxa de juros
e diminuindo a renda.
e) Correta. A equação quantitativa da moeda representa a demanda agre­
gada da economia através da quantidade de moeda, e seus efeitos sobre
o produto e o nível de preços.

Considere o modelo de crescimento de Solow sem crescimento popula­


cional e progresso tecnológico.
Suponha as seguintes informações:
y = k0,5 -> Onde: y = produto por trabalhador
Ô= 0,05 k - estoque de capital por trabalhador
d - taxa de depreciação
Com base nestas informações, os níveis de produto por trabalhador; es­
toque de capital por trabalhador; taxa de poupança; investimento por
trabalhador; e consumo por trabalhador, no estado estacionário e su­
pondo a “regra de ouro” são, respectivamente:
a) 10; 100; 0,25; 3; 7; d) 5; 25; 0,5; 2,5; 2,5;
b) 10; 100; 0,25; 4; 6; e) 10; 100; 0,5; 5; 5.
c) 5; 25; 0,5; 3; 2;

Assunto: Macroeconomia - Modelo de Solow


Bom, sabemos do Modelo de Solowque o produto y é função do estoque de capi­
tal (k) e o investimento é função da poupança vezes o produto, isto é, i = s . f(k).
A economia só cresce enquanto o investimento for maior que o estoque de
capital vezes a depreciação, ou seja, i > ô.k, caso a economia esteja no esta­
do estacionário, então, o investimento é igual à depreciação, substituindo:

175 Economia
Provas Comentadas

A regra de ouro da economia se dá quando o consumo for máximo, ou seja,


quando for máxima a diferença entre o nível do produto e a depreciação
do capital, ou ainda, quando a PMgK = taxa de depreciação. PMgK = 0,05.
Mas quem é a produtividade marginal do capital? PMgK = a . y/k. Então,
jogando os dados do problema, teremos:
s . k°’s = 0,05 . k Então: y = 1000,5
s = 0,05 . k/k0,5 y - 10.
s = 0,05.10
s = 0,05. K °-5
s = 0,5
PMgK = a . y/k poupança = s . y
0,05 = 0,5. K 0,5/k poupança ~ 0,5.10 = 5
k = 100. consumo - y - s - 1 0 - 5 = 5
investimento = s.f(k) = 0,5 .10 = 5

50. Não é característica do sistema de metas de inflação no Brasil:


a) o Banco Central é o responsável pela execução das políticas necessárias
para o cumprimento das metas.
b) o estabelecimento de média geométrica entre três índices de preços
de ampla divulgação, no caso de forte desvalorização cambial ou de­
mais choques de oferta» desde que aprovado pelo Comitê de Política
Monetária.
c) os intervalos de confiança serão fixados pelo Conselho Monetário
Nacional» mediante proposta do Ministro de Estado da Fazenda.
d) caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central divul­
gará publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta
aberta ao Ministro de Estado da Fazenda.
e) a meta de inflação é estabelecida como diretriz para a fixação do regime
de política monetária.

Assunto: Macroeconomia - Inflação


A alternativa “b” faia em média geométrica para se medir o índice de
inflação no País, o que é mentira, pois sabemos que a inflação é medida,
oficialmente, usando-se o índice de preços IPCA (índice de preços ao con­
sumidor ampliado).

André Fantoni 176


w«g«»iiiassmaiaaB^

I ín d ic e d e a s s u n to s p o r p ro v a s I
A ssunto Prova 1 Prova 2 P rova 3 Prova 4 Prova 5 Prova 6 Prova 7 P ro v aS Prova 9 Prova 10 P rova 11 Prova 12 Prova 13 Prova 14 Prova 15 jP r o v a 16 J Prova 17 j
Finanças Públicas 4 5 ,4 6 5 4,55 S 29,44 56,59,60 ...... I
0MÊ&mm
3 7,48 1 14,115

mmwê&rimm-L? uv wm
Iin tro d u ç ã o á e c o n o m ia
SIIIÉL
30
ÍÍS í S t&Í}

W m i MP M NWi ÜK WÉ WIMm i 1ÜÜ üü


M acroeconom ia S7,58
A gregados m acroec on ôm ico s 68 79 36 21
B alanço d e pa g a m e n to s 47 113 2 7 ,4 0 51 2 13,14 4 1 ,4 2 ,4 3

Contabilidade n sd o n al 80 52 3 3 6 ,3 9 ,4 0
C ontas Nacionais 3 7,41,42, 1 ,2 ,3 .
3 9 ,4 6 94 75 41 46 4 37 44
45 4 ,8
Curva d e Phillips 52 80 38 S2 28
Econom ia Intertempora! 43 53 9 ,1 0 15
In flação m on etarlsta 52 38 4 7 ,5 0

M o d e lo Clássico 46 48

M o d e lo d e M u n d c ll Flem ing 39 44 78 25 40
M o d e lo iS/LM 47 50,51 55 2 2 ,2 3 é 9 ,1 0 ,1 2 j 4 5 ,4 6

M o d e lo S o lo w 45 7 ,8 49

N úm eros Indlces 1 6
Políticas fiscal c m on etária 41
95 26
177

Taxas d e C â m b io 24

Teoria
69 78 42 48 111 43 54 5 ,7
m on etária

mmiãékmmmmPM íÜÜiH
7 6 ,7 7 ,7 9 49

ÜWmm
Teoria Keyneslana

HM mü$£■ ü UH MMm RRIR — üü


M tcroeconom la 41,51
Bens 40
Curva d e d e m a n d a 31

Curva d e po ssibilidade de
72 71 45
p ro d u ç ã o
Custos de o p o rtun ida de 41
Elasticidade 42 38 34

E<\ulilbrlo d e m erca do 70
F unção utilid ad e 37
le i d a O ferta e d a Procura 44 44 112 33 3 7 ,3 8 5 ii
M o n o p ó lio Natural 49
Teoria d a firma 4 0 ,5 0 73 4 3 .4 8 ,5 1 4 3 .4 4 19
Teoria d a Inform açSo 50
Teoria d a p ro d u ç ã o 39
Teoria d e m ercados 42 93 74 47 45 3 2,35 3 2,35
Teoria d o bem-estar 4 5 ,4 7 91 71 50 53

Teoria d o co n su m id o r 38 92 72 4 2 ,4 9 48 39 1 6 ,1 7 .1 8 36
Teoria d o s custos 43 52 34
Teoria d o s loqos 49 20
BANCO CENTRAL DO BRASIL
www.bacen.gov.br

CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA DO RJ


http://www.corecon-rj.org.br

DIVA BENEVIDES PINHO E MARCO A. S. DE VASCONCELLOS


Manual de Economia - equipe de professores da USP, 5a edição - Editora
Saraiva.

GERALDO GÓES E SÉRGIO GADELHA


Macroeconomia para concursos e exame da Anpec VoL I - Ed. Campus.

HÉLIO SOCOLIK
Macro e Micro Economia - exercícios comentados - Ed. Vestcon.

ROBERT S. PINDYCK E DANIEL L. RUBINFELD


Microeconomia, 6a edição - Ed. Prentice Hall.

179

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