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BR | NOVEMBRO|DEZEMBRO DE 2008 | Nº 39 | ANO 6 | R$ 15

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mercado de instrumentos musicais
CRISE FINANCEIRA: ESPECIALISTAS REVELAM OS EFEITOS NA ECONOMIA DO PAÍS

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EDITORIAL

Diferentes visões
Os mais importantes líderes mundiais têm tentado acalmar seus feito um barquinho num mar revolto. Em meio a toda a crise mun-
mercados garantindo intenso envolvimento e duras medidas contra dial, ainda há dinheiro circulando. Vamos pegá-lo? Outro ponto:
a crise, que, obviamente, afeta mais os países desenvolvidos. pode haver uma leve mudança de mix, para produtos que caibam
Para Joe Lammon, presidente da NAMM, associação norte-america- mais dentro do orçamento, em face da diminuição de crédito.
na, o mercado de áudio e instrumentos musicais está entre uma das Produtos de alto valor agregado que atendem as classes AA não
poucas fatias deste bolo que pode se salvar. “Em épocas de crise, as devem sofrer tanta interferência.
pessoas buscam formas de aliviar o estresse, e a música é uma de- Workshops bem direcionados, que estimulem novos músicos
las.” Para Hoshino-san, diretor da Hoshino Gakki, empresa que detém em escolas primárias, concursos regionais de bandas e divul-
o comando da Ibañez e da Tama, o fundamento é o mesmo. gação. Usemos a música para ser uma saída ao relaxamento,
No Brasil, os fatores que mais afetarão a economia são o aces- estimulando a criatividade, o entretenimento. Mercado compro-
so ao crédito e a incerteza sobre o valor do dólar do dia. Alguns metido é mercado sadio.
importadores já haviam estipulado seu dólar na casa dos R$ Fique atento a esta edição, ela está recheada de bons exemplos,
2,40, e estes não terão muita variação. Aqueles que trabalhavam entre eles o depoimento da Santec, loja da rua Santa Ifigênia, em
justo sofrerão mais. Crédito e pagamentos de longo termo serão São Paulo, que conta como iniciou e as dificuldades do começo.
coisas do passado. Economistas estimam que os EUA deverão Leia também o caso da Musitech, de Cornélio Procópio (PR),
iniciar sua recuperação daqui a dois anos. Mas, posso ser sin- uma boa forma de inspirar seus negócios.
cero? Fuja dos fornecedores pessimistas, empresas que jogam Inspire-se e boa leitura!
para trás. Cuidado com os otimistas demais e seja prudente, mas
acima de tudo invista em trazer novos clientes.
O que essa questão traz na prática? Não podemos ser jogados DANIEL NEVES

EXPEDIENTE
Daniel A. Neves S. Lima Hebe Ester Lucas PUBLICIDADE
EDITOR/DIRETOR REVISÃO DE TEXTO Anuncie na Música & Mercado
comercial@musicaemercado.com.br
Priscila San Martin Barbara Tavares TEL/FAX.: (11) 3567-3022
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Gabriela Gasparin M&M NO ORKUT
REDAÇÃO Tom Coelho, Fabiano Brum, Yole www.orkut.com/ Community.
Scofano e Luis Eduardo Vilaça aspx?cmm=4008784
Eduarda Lopes COLABORADORES
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ÍNDICE
novembro/dezembro 2008 / nº 39 / ano 6

56

CAPA
SEÇÕES
22 EDITORIAL O SEGREDO DA ROLAND
26 ÚLTIMAS Veja por que a empresa
38 ENQUETE é uma das mais
44 LOJISTA impor tantes fabricantes
48 VIDA DE LOJISTA de instrumentos
104 PRODUTOS musicais do mundo
108 PAINEL DE NEGÓCIOS
114 MIX DE PRODUTOS

52 SOLID SOUND 82 TECNIFORTE


A loja aposta na importação Para desenvolver seu produto,
de capas e acessórios no que passou a ser comercializado
segmento popular para no País, a empresa fez dois anos
expandir os negócios de pesquisas e testes

68 GOLPES E FRAUDES 86 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA


Segundo estimativas Contribuintes do início da cadeia
da ACSP, as fraudes produtiva ou comercial são
são confundidas com responsáveis pelo pagamento
inadimplência nas lojas antecipado do ICMS

76 MERCADO FORTALECIDO? 92 EXPOMUSIC 2008


Como fica o ramo de áudio e Confira a cobertura completa
instrumentos musicais frente à da principal feira do setor.
crise financeira mundial. Confira Compareceram lojistas,
seus efeitos na economia do País músicos e fabricantes

COLUNISTAS
➻ 40 A IMPORTÂNCIA DO COACHING por Eduardo Vilaça ➻ 42 COMO INOVAR EM VENDAS por Yole Scofano
➻ 54 COMPORTAMENTOS EMPREENDEDORES por Fabiano Brum ➻ 74 COMO FALAR EM PÚBLICO por Tom Coelho

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SHURE 10 ANOS DE PRIDE TAYLER


A Shure comemorou com a Pride Music 10 anos de parceria. Os principais di- Os novos violões de alto padrão da
retores da marca internacional de microfones e selecionados lojistas estiveram Rozini ganharam a confiança das
presentes em um jantar exclusivo no restaurante Rubayat, em São Paulo, SP. lojas que visitaram o estande da
marca na Expomusic.

PARA CRIANÇAS
O segmento infantil é o novo foco
de empresas como Michael, Gian-
nini, Habro e GR Music (Turbo).
As companhias desenvolveram li-
nhas completas para a criançada.

SANTO DA CASA
A Santo Angelo deixou de ser ape-
nas uma empresa de cabos e lo-
ckers. Rogério Raso, presidente da
corporação, investe em novos arti-
gos, aproveitando a boa reputação
de seus produtos.

METEORO
FISCAL DA GUITARRA na. Ele é um dos principais inves- A fábrica brasileira de amplifica-
Carlos Cesar Medeiros, da Condor, tidores em ações de marketing de dores continua a liderar as vendas
está entre os únicos a fiscalizar as instrumentos musicais no merca- de amplificadores nacionais.
produções da marca na Ásia. do brasileiro, fato que influencia
a decisão do lojista ao escolher NA ARGENTINA
DO LADO DE LÁ uma marca para ocupar a parede. O país vizinho está recebendo pro-
Seigi Tagima, ex-proprietário e Quando perguntado sobre seu ex- dutos brasileiros. As marcas em
ex-luthier da Tagima (marca bra- luthier Seigi Tagima, ele afirma: voga são: RMV, Orion Cymbals,
sileira de guitarras e violões) está “Seigi sempre será um amigo nos- Deval e Liverpool.
de casa nova. Ele será responsável so”. Segundo o empresário, agora
pelo projeto de marcas próprias da a marca conta com Márcio Zagani- CASA NOVA
Royal Music. A importadora é re- ni, da N. Zaganin — luthier reno- Em breve a Sonotec mudará para
conhecida por trazer empresas de mado, responsável pelos projetos e seu novo prédio em Regente Feijó,
renome como Zoom, Epiphone, Gib- gestão de qualidade da empresa. interior de São Paulo.
son, DW, entre outras. Caso a con-
cepção seja bem-sucedida, o alvo
imediato será a própria Tagima.
Seigi também estava com René
Moura e Luiz Sacoman, em ou- PRECIOSA
tubro, na Music China, feira de A Bends Harmônicas, fabricante de gaitas,
instrumentos musicais que ocorre teve seu estande na Expomusic. A novidade
anualmente em Xangai, na China. foi a versão limitada da diatônica Bends
Croma. Cravejada de cristais Swarovski, com
NÃO BRINCA EM SERVIÇO revestimento de platina, a harmônica é direciona-
Quem pensa que Ney Nakamu- da ao público feminino. Com desenhos inspirados na gárgula
ra, atual proprietário da Tagima, e na lira, com elementos de art nouveau e art déco, a decoração da
está de braços cruzados, se enga- Bends Croma foi criação da designer de jóias Bialice Duarte.

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Crise em foco BAIXA CONFIANÇA Em queda


O enxugamento global do crédito O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) No mês de outubro, as bolsas dos EUA
causado pela crise financeira pode da Fundação Getulio Vargas – contido na sofreram perdas dramáticas. O índice
levar a um aumento das taxas de juros Sondagem de Expectativas do Consumidor – Dow Jones recuou 7,33% (a terceira
cobradas pelo Banco Interamericano reduziu-se em 10% entre setembro e outubro maior queda da história desde 2003,
de Desenvolvimento (BID). Atualmente, de 2008, ao passar de 112,7 para 101,4 devido ao medo de recessão).
somente no Brasil, a carteira em pontos, o menor nível desde junho de 2006.
execução do BID é de US$ 8 bilhões. CRESCIMENTO REDUZIDO?
SELIC Segundo a estimativa contida no
DINHEIRO ESTRANGEIRO Panorama Econômico Mundial para
Em setembro de 2008, os investimentos Mês Mensal Acumulado no Ano
o Brasil, a crise terá como principal
estrangeiros em carteira registraram Out 1,00970420 1,0988440362096031 conseqüência a redução do crescimento
saídas líquidas de US$ 1,2 bilhão, de 5,2% em 2008 para 3,5% em 2009.
comparativamente a ingressos líquidos DÓLAR COMERCIAL (EM R$)
de US$ 747 milhões no mês anterior. Período Compra Venda Inadimplência
Fonte: Banco Central Segundo a Serasa, de janeiro a
21/10 2,234 2,236
Balança comercial setembro de 2008, o volume de cheques
22/10 2,378 2,380 devolvidos (por falta de fundos) em
Na segunda semana de outubro, o Brasil
teve um saldo comercial – diferença entre o 23/10 2,303 2,305 todo o País apresentou queda de 1,5%
valor exportado e o importado – de US$ 411 24/10 2,303 2,305 — a cada mil compensados. Já a
milhões. Já na última semana do mesmo inadimplência de Pessoa Física apontou
27/10 2,242 2,244
mês, ocorreu um déficit de US$ 98 milhões. um aumento de 7,6% em comparação
Fonte: MDIC. 28/10 2,183 2,185 com o mesmo período de 2007.

homenAGem nA reBArBA
Criada pela Giannine e reconhecida nos Estados Unidos, devido à for- Os mercados nacional e internacio-
te exportação há 15 anos, a craviola conquista artistas internacionais, nal estão atentos. De acordo com di-
como é o caso do músico Dave Matthews, que recentemente visitou o retores de empresas como Hoshino
Brasil. “Temos o prazer de presentear artistas, pois além de ser consi- Gakki (Tama/Ibañez), Takamine,
derada exótica, é um excelente instrumento”, comentou Flávio Giannini, AXL (produz a Fender na China)
gerente de marketing da Giannini. A empresa também já presenteou e Pearl Japão, a crise existe, mas
Carlos Santana e Keith Richards. o mercado de instrumentos não é
atingido diretamente, somente pe-
los efeitos colaterais, como o corte
das financiadoras.
O mercado realmente abalado é o
norte-americano e as mais atingi-
das são as empresas que aposta-
ram nos EUA como a solução de
seus problemas.
Fora do Brasil, o comentário é que
agora haverá maior atenção para
os emergentes do Bric (Brasil,
Rússia, Índia e China).

pro sul
A Musical Grellman reinaugurou
sua loja em Foz do Iguaçu. Já a
paulistana Made in Brazil abriu
filial em Porto Alegre.

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M&M

COnVenÇÃO 2008 meu pirão primeiro” vem à tona. O


momento é cativar o consumidor com
No dia 23 de setembro ocorreu a terceira edição do Tagima Dream Team, na Casa das Caldeiras — edificação
histórica das antigas indústrias Francisco Matarazzo — em São Paulo, SP. O evento reuniu músicos e lojistas, ações que tragam novos clientes.
que puderam participar de shows, test drives e workshops, além de conferir lançamentos e uma minifábrica
exemplo de Ação
de guitarras. A equipe de vendas estava preparada para atender lojistas de todo o Brasil.
Enquanto a AIG — seguradora ame-
ricana que quebrou e arrastou o sis-
tema financeiro — está na UTI, a
Allianz — sua principal concorrente
— está fazendo publicidade em todo
o mundo. O momento é de captar
clientes inseguros e que necessitam
de uma seguradora. A frase “en-
quanto uns choram, outros vendem
lenços” está mais atual que nunca.

Joio do triGo
Muitas lojas investirão apenas em
produtos seguros – marcas que con-
tinuam investindo no mercado com
workshops e outras ações de mar-
keting. Mesmo com o POC (Preço,
Oportunidade e Crédito) reduzido, o
mercado não pode parar.

promoção e recolocAção
Carlos Santos (ex-Equipo)
está no comando do escritório
paulista da ProShows.
Já Marcos Pereira (ex-Sele-
nium) está na equipe da Condor
– é encarregado das vendas na
região Sul do País.

pArA pensAr
O que é melhor? Produto barato ou
produto com preço posicionado?
Sugestão: escolha as marcas que
trabalham para o mercado.

esconde-esconde
Mesmo sabendo disso, algumas em- Distribuidor exclusivo no Brasil:
presas fazem do conservadorismo a Made In Brazil Coml. Imp. Ltda
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RMV Meeting 2008


A marca de instrumentos RMV ficou fora da Expomusic,
mas preparou um completo showroom no Hotel Mercure Ac-
cor, próximo à feira. Cerca de 400 clientes com potencial de
compra visitaram o evento e puderam conferir instrumen-
tos nacionais e importados, em todos os segmentos em que
a empresa atua. Os negócios superaram as expectativas da
companhia, que promete repetir o episódio no próximo ano.

Arrumadinho Inglaterra e uma na Ásia), a em-


O grupo Michael foi um dos que presa é a maior no ramo de ilu-
mais se organizou nos últimos dois minação profissional do mundo.
anos. Investiu em um sistema lo- Para se ter idéia, seus produtos
gístico próprio, em novas marcas estão presentes em apresenta-
e dividiu a empresa em áreas de ções de Billy Joel, Bon Jovi, Bru-
atuação. Subiu de posto e foi pro- ce Springsteen, Donna Summer,
movido à marca intermediária com Eric Clapton, Joe Cocker, Jethro
qualidade premium. Já a Vogga Tull, Madonna, Paul McCartney,
— outra marca do grupo — ocupa Musical Express fala U2, entre outros.
a cadeira dos produtos Entry-level Representantes da Musical Express
(iniciantes). De acordo com Marco de todo o Brasil participaram de Novidade
Aurélio Bousas, diretor da empre- uma convenção de vendas, no mês No mês de outubro, em Porto Ale-
sa, o diferencial é a entrega rápida: de setembro, em São Paulo. Duran- gre, a Hotsound apresentou seu
em 24 horas. te o encontro, foram apresentados primeiro processador digital fa-
lançamentos do portfólio de marcas bricado no Brasil e toda a linha de
Visitantes da empresa como D’Addario, Evans, amplificadores profissionais.
Paralelamente à Expomusic, a Planet Waves, Rico, Pacific by DW,
Contemporânea recebeu em sua Boss, Yamaha, entre outras. Novos planos
fábrica clientes de todo o Brasil. A Planet realizou recentemente
O foco foi entender o processo de Momento exportação sua convenção com representan-
fabricação dos produtos. Entre os A indústria nacional volta a ficar tes comerciais e equipe interna.
lançamentos estavam as séries satisfeita com o dólar para produ- Foram apresentados planos de
Ouro e Prata (feitas de fórmica tos voltados à exportação. Entre- negócios para o próximo ano, que
texturizada, importadas da Itália) tanto, muitos ficaram desposicio- incluem a representação exclusiva
e a Vintage (instrumentos ‘rajados’ nados no preço em alguns países, da Meinl (pratos e percussão) e a
que marcaram os anos 70). devido ao aumento nos dois últi- comemoração do aumento de 40%
mos anos. Mesmo com os descon- nas vendas em 2008.
tos para os importadores estran-
geiros, o trabalho será redobrado.

Martin de casa nova


No mês de setembro, a ProShows
selou um acordo exclusivo de dis-
tribuição dos produtos da Martin
Professional. Com cinco fábricas
(duas na Dinamarca, duas na

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SINAL VERDE-AMARELO
VEJA O QUE MUDA COM O NOVO INCENTIVO ÀS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS E A
ATUAL CRISE GLOBAL

I
nstituído pela Política de » Quais dificuldades podem exigido. Não se pode ver aqui
Desenvolvimento Produtivo surgir na dinâmica dos qualquer dificuldade. Costuma-
(PDP), o incentivo às expor- exportadores? se dizer que, se o exportador for
tações brasileiras, denominado Em princípio, para aquelas em- habituado a se programar e cum-
Drawback ‘Verde-Amarelo’, en- presas que já acumulam expe- prir seus compromissos, em nada
trou em vigor em outubro. Agora, riência em operar com a prática esta rotina será alterada.
exportadores brasileiros poderão do Drawback, que denominamos
pedir a suspensão de tributos fe- ‘tradicional’, o procedimento com » Quantas empresas o
derais — Imposto sobre Produtos a inclusão desse incentivo deve- Drawback beneficiará?
Industrializados (IPI), Programa rá representar apenas mais um Segundo o site do Ministério do De-
de Integração Social (PIS) e Con- complemento para o controle senvolvimento, Indústria e Comér-
tribuição para o Financiamento da cio Exterior (MDIC), pelo menos
Seguridade Social (Cofins) — para cinco mil exportadores brasileiros.
a compra de insumos nacionais
destinados à produção de bens ex- » O Brasil já está inserido na
portáveis. Confira a entrevista crise financeira mundial?
com o especialista em comércio Os efeitos sentidos com a queda
exterior da Aduaneiras, Luiz da Bolsa e a elevação repentina
Martins Garcia. da taxa de câmbio são prenún-
cios de que o País já está inserido
» Esse benefício facilitará na crise. Enquanto a elevação
as exportações brasileiras? da taxa cambial representa um
O Drawback beneficiará as estímulo às exportações, provo-
empresas que produzem bens cando a ampliação dos resultados
destinados ao exterior. Atente em reais para os exportadores, as
para as seguintes observações: perspectivas de um declínio no
a. para produzir, são necessários ritmo das economias dos Estados
insumos (matérias-primas, mate- Unidos, Europa e Ásia devem re-
riais secundários, partes/peças e presentar um arrefecimento dos
embalagens); volumes que serão comercializa-
b. se o produtor exportador tra- dos e, por conseguinte, o co-
dicionalmente já adquiria mércio exterior deverá
esses insumos car- sofrer com este novo
regados de tribu- comportamento de
tos (produzia e ex- nossa comercializa-
portava), com esse ção externa. 
benefício ele conti-
nuará adquirindo.
Porém, agora sem TRIBUTOS REDUZIDOS
a carga tributária COM ESTE NOVO
e seu preço final INCENTIVO, O GOVERNO
BENEFICIARÁ CINCO MIL
deverá ser mais NOVOS EXPORTADORES
competitivo. BRASILEIROS

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A Wolf Music esteve presente na expomusic 2008, lançando sua
nova linha de violões, afinadores, baterias, violinos...
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Últimas
M&M

A ARTE DA PERSONALIZAÇÃO
A ODERY MANTÉM SEU FOCO NA CONFECÇÃO SOB ENCOMENDA E LANÇA NOVOS
PRODUTOS NO MERCADO

A
pesar de firmar parceria nas (construídas aqui mesmo) que encomenda. Nosso pensamento é
com modernas fábricas no auxiliam na preparação e acaba- alinhar produtos de alto giro (linha
Japão, a Odery faz ques- mento dos tambores, mas o pro- de produção) com fornecedores em
tão de manter suas raízes: mão- cesso artesanal continua o mesmo. fábricas modernas no Japão.
de-obra especializada e produtos Esse é o nosso diferencial e mesmo
exclusivos. Segundo o proprietário as baterias Privilege (linha volta- » Comente sobre a bateria
Maurício Odery, o diferencial da da para venda em loja) é fabricada Híbrida, recentemente
empresa são os projetos desenvol- da mesma forma artesanal. Já na lançada na Expomusic.
vidos no País e a dedicação duran- parte das ferragens, executamos É customizada e foi lançada como
te o atendimento personalizado. um trabalho moderno. O desen- uma bateria conceito. Um piloto
Constantemente testam novos ar- volvimento é feito no Brasil, mas a para sentirmos a reação do con-
tigos no mercado, como é o caso da fabricação é terceirizada na Ásia. sumidor e do mercado. O casco é
nova bateria Híbrida, além da dis- produzido com madeira araucária,
tribuição de produtos diferencia- » Como é a linha de produção? na qual toda a ferragem é fixada.
dos, como os pratos italianos Ufip. Não chamo a Odery de fábrica, Nas bordas foi instalado um cas-
mas de ateliê. Nossa cultura é ofe- co de alumínio maciço torneado. A
» A construção artesanal recer a melhor qualidade e fabri- sonoridade é bem particular, pois
das baterias deu lugar às car sob encomenda. Mantemos um tem a pureza e a vibração grave da
máquinas? baixo estoque de baterias prontas. araucária com o toque agressivo e
Sempre tivemos algumas máqui- A fabricação é praticamente sob seco do alumínio.

» Vocês trouxeram os pratos


Ufip para o Brasil após anos
de ausência.
Eles são considerados únicos e são
fabricados de forma artesanal na
Itália. Têm a mesma concepção da
Odery e, por isso, se alinham per-
feitamente. A ausência no mercado
por dez anos nos obriga a trabalhar o
marketing e o planejamento de rein-
trodução da marca no País. Estamos
muito felizes com a sua distribuição.

» Já estão sentindo os efeitos


da crise financeira dos EUA e
a alta do dólar?
Os negócios estão indefinidos. O
problema é que, sem a estabili-
zação do dólar, não temos como
planejar as vendas, as compras e
NOVOS PRODUTOS
SEGUNDO MAURÍCIO ODERY, A EMPRESA o futuro dos negócios. Restam-nos
CONTINUARÁ A TRABALHAR COM ENCOMENDAS analisar tudo e decidir o que, como
E A DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DIFERENCIADOS e quanto fazer e investir. 

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M&M

TOQUE PROFISSIONAL
PARA INCREMENTAR OS NEGÓCIOS E TORNAR OS EQUIPAMENTOS MAIS
ADEQUADOS, A AJUDA DE ENDORSEES É CADA VEZ MAIS COMUM

A
linha de amplificadores » Há quanto tempo você faz Oitenta por cento do que move a
HyDrive, da Hartke, foi esse tipo de trabalho? indústria musical não é feito para
feita com cone de papelão Sempre estive envolvido com a indús- profissionais como eu, mas para os
externo (para garantir calor, pro- tria. Fui a primeira pessoa a ter um jovens. Tenho consciência disso.
fusão e freqüências graves) e cone baixo Fender ‘signature’. Já trabalha- Por exemplo, um módulo de ampli-
interno de alumínio (para sons va com eles há 17 anos, quando fiz o ficação para o baixo. Quando você
médios e agudos). Essa combina- design do meu primeiro baixo. Gosto vai a uma loja e o pluga, ele fica
ção resulta em um equipamento de trabalhar com meus endorseers. mais alto que tudo, mas esse tipo
com potência e peso. Conversamos de coisa não funciona para mim.
com o baixista Stuart Hamm, en- » O músico gosta de Só que eles não fazem para mim e
dorsee da marca, que acompanhou desenvolver instrumentos para sim para a molecada, que ligará e
seu desenvolvimento e realizou os si mesmo. Como distinguir falará: “Nossa, que legal”. Quando
primeiros testes, para torná-la vi- entre o que é bom para vender faço o design do meu baixo, não é
ável e versátil. e apenas para ele? apenas por uma questão de vaida-
de. Também foi feito para trazer
melhoras para o fabricante. É a
mesma coisa quando faço o design
de um amplificador.

» Fale mais sobre a linha


HyDrive, que ajudou a
desenvolver.
Fiz um esboço, passei aos enge-
nheiros e aos designers. O HyDri-
ve ficou com uma sonoridade bem
limpa e brilhante. Soa como um
baixo de verdade. Ajudei a de-
senvolver o que chamamos de
‘kickback’. No baixo, as ondas
sonoras são bem grandes. Caso
esteja tocando em um show de
rock, as pessoas que estiverem
bem à sua frente não te ouvirão
tão bem quanto alguém que está
dez metros atrás, por causa des-
sas ondas. Se aumentar o som,
seu amplificador ficará mais alto
que o PA. Você não conseguirá
se ouvir tão bem. Desenvolvemos
esse ‘kickback’ para que você pos-
STUART HAMM sa se ouvir melhor, sem precisar
“FAÇO O DESIGN DO MEU BAIXO NÃO
aumentar tanto seu amplificador
SÓ POR VAIDADE, MAS PARA TRAZER
MELHORAS PARA O FABRICANTE” e estragar o som dos PAs. 

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ULTIMAS.indd 36 11/11/2008 15:52:21


Untitled-2 1 8/10/2008 10:33:04
ENQUETE

A CONCORRÊNCIA
ATRAPALHA?
LOJISTAS REVELAM O QUE FAZEM PARA SE DESTACAR DO
CONCORRENTE

CIDNEI ECCO,
Palácio do Som
PERGUNTAS Chapecó/SC

1 1
Sim. O concorrente faz o lojista
VOCÊ ACREDITA QUE A CONCORRÊNCIA AJUDA se especializar mais e aprimorar
NO CRESCIMENTO? o negócio, uma vez que uma loja
precisa se destacar da outra.

2
2 Atrapalha no sentido da
lucratividade. O cliente sempre
COMO O CONCORRENTE PODE ATRAPALHAR OS
encontra em comércios
NEGÓCIOS?
concorrentes um jogo de leilão em
que ganha o melhor preço.

3
Com um melhor visual da loja,
3COMO SE DESTACAR DOS COMPETIDORES? por meio da qualificação no
atendimento. Recentemente
trocamos de endereço para uma
loja maior e mais atrativa ao cliente.

OLHOS
ABERTOS
Comerciantes acreditam
que é possível aprender
4
O lojista precisa desenvolver
4
com o concorrente. A
mecanismos para atrair o cliente e
existência de mais de uma
O E-COMMERCE É UM CONCORRENTE DESLEAL? inclusive usar a internet como aliada,
loja do mesmo segmento por meio de uma página de divulgação
numa região pode fazer os na internet. Atuar com o e-commerce
lojistas buscarem soluções também é projeto da loja.
que talvez não imaginariam
se estivessem sozinhos.

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HENRIQUE PAGANINI, ANTÔNIO RODRIGUES, LEONARDO MAGALHÃES,
Musicaraí Lamarca Pro Áudio Musical Shop
Niterói/RJ Limeira/SP Teresina/PI
1 1 1
Não acredito. Acredito que quanto
Sim. Estamos sempre de olho Quanto mais concorrência existir,
menos concorrentes, melhor. No
na concorrência, o que nos faz melhor. Cada loja deve se aprimorar
entanto, sou o único lojista do
procurar estar à frente e prestar para alcançar o cliente. Vende
segmento na região de Icaraí, no
melhores serviços ao cliente. Com aquele que estiver mais bem
Rio de Janeiro, então não sofro com
isso, acontece o crescimento. relacionado com o consumidor.
concorrentes próximos.

2
Depende do tamanho da
2
concorrência. Grandes lojas
possuem maior poder de compra
Por meio da concorrência desleal, 2
como a ‘queima’ do produto, Por meio da ‘queima’ de produtos, o
e conseguem vender mais barato.
vendendo-o abaixo do preço de que prejudica todo o mercado.
Lojas do mesmo patamar oferecem
mercado.
mais opções ao cliente, o que é
diferente de estar sozinho.

3
3
Por meio de ações como mala
3
Com bom atendimento e fidelização
Por meio da qualidade no
atendimento e da atratividade da
direta aos clientes, site na internet e do cliente. É preciso ter maior mix loja. Como também sou músico,
workshops, entre outras ações. de produtos e oferta de novidades. procuro oferecer diferenciais que o
cliente procura.

4 4
Lojas virtuais atrapalham no sentido
de que grandes redes conseguem 4
Se olharmos somente o preço,
São serviços diferentes. Na loja,
o consumidor tem a vantagem de
melhores preços. No entanto, a
sim. No entanto, não acredito que comprar o produto que acabou
concorrência não é direta. Em lojas de
a venda na loja, com a presença do de testar, além de atendimento
bairro, o serviço é atender o cliente que
vendedor, possa ser substituída. especializado. A internet não
busca um atendimento personalizado
substitui o vendedor.
ou necessidade de urgência.

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EDUARDO VILAÇA
é representante comercial, administrador de empresas, consultor em comércio exterior e mestre em Gestão do Conhecimento e
Tecnologia de Informação pela Universidade Católica de Brasília. E-mail: edvilaca@uol.com.br

A IMPORTÂNCIA
DO COACHING
APRIMORAR A REDE DE CONVERSAÇÕES NAS EMPRESAS É O MELHOR CAMINHO
PARA MELHORAR AS RELAÇÕES DE TRABALHO

C
oaching é um termo de- • Qual é a efetividade das conver- forma de atuar destrói qualquer
rivado da palavra coach, sações existentes? rede de conversações que possa
que significa treinador em Essa investigação ajudará a existir dentro das organizações.
inglês. Assim, coaching seria a empresa a enxergar claramente O principal objetivo do coaching
ação de treinar ou orientar. seus problemas e as possibilidades é transformar esses líderes em
O capital humano (grupo de pes- de resolução. Portanto, a visão do gerentes-coach. Estes teriam uma
soas que constituem uma organiza- coaching é a de que as conversa- autoridade legítima outorgada pe-
ção) tornou-se um fator crítico para ções dentro das organizações de- los seus comandados e não imposta
dirigentes de diferentes empresas. De terminem o nível de efetividade do pela empresa. Essa legitimidade
pequenas companhias a conglomera- seu desempenho, a sua viabilidade faria com que melhorassem sensi-
dos, ambos começam a dedicar aten- e o seu possível êxito ou fracasso. velmente as relações de trabalho,
ção para o seu material humano. Pesquisas realizadas com traba- já que passariam a ser baseadas na
Atualmente, o coaching é lhadores intelectuais indicam que confiança e no respeito mútuo.
uma das principais fer- O papel de um gerente-
PSICOLOGIA GERENCIAL

ramentas para buscar “O PAPEL DE UM GERENTE-COACH coach é aprimorar a rede


melhores ações dentro de conversações dentro
É JUSTAMENTE APRIMORAR
das organizações. Uma das organizações. Deixar
de suas correntes mais
A REDE DE CONVERSAÇÕES as pessoas à vontade para
importantes é a criada DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES.” expressar tudo o que real-
por Rafael Echeverria, mente pensam sobre o seu
doutor em filosofia e escritor de eles utilizam somente 20% do seu po- trabalho e com isso criar um am-
livros sobre o tema. tencial. A principal justificativa para biente favorável à colaboração. Só
Segundo o autor, toda essa baixa produtividade é a barreira assim consegue-se extrair o máxi-
empresa é formada por uma que os próprios gerentes criam. Dessa mo de produtividade de cada um.
rede de conversações — con- forma, acabam se tornando grandes Dessa forma, o coaching é uma
versas indispensáveis para dificultadores, mas, na verdade, deve- excelente alternativa para uma mu-
as ações no desenvolvimento de riam ser os incentivadores e facilita- dança de mentalidade geral dentro
suas tarefas. Gerenciá-la é um dores dos seus subordinados. E qual das organizações, que precisam se
desafio. Dessa maneira, o espe- seria a explicação para esse fato? conscientizar de que só por meio de
cialista propõe quatro perguntas Os gerentes tradicionais, aque- uma busca incansável pela melho-
para diagnosticar a real situação les que atuam na forma de co- ria das relações entre as pessoas é
de uma empresa: mando e controle, não possuem que conseguirão melhores resulta-
• Como se conversa dentro da em- as competências conversacionais dos para os seus negócios. 
presa? necessárias para melhorar a pro-
• Que conversações estão faltando? dutividade de suas equipes. Abu- Referências bibliográficas:
• Quais conversações estão so- sam de uma autoridade formal e Echeverria, Rafael. Actos de Lenguaje: La es-
brando? impõem a política do medo. Essa cucha. Buenos Aires: Editora Granica, 2008.

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MM39_ARTIGO VILAÇA.indd 40 11/11/2008 15:54:24


Untitled-2 1 13/11/2008 14:31:08
YOLE SCOFANO
é radialista, consultora de empresas e ministra treinamentos focados em desenvolvimento empresarial nas áreas de vendas,
liderança e gerenciamento de rotinas. E-mail: yolescofano@gmail.com.

COMO INOVAR
EM VENDAS
AMAR O QUE FAZ AINDA É UM BEM PRECIOSO PARA SE TER SUCESSO PROFISSIONAL

J
á pensou em como aquecer uma gaita e arriscar tirar um som ra. Certamente, você passaria a se
as vendas ou inovar o pon- dela. Sinta em suas mãos o poder de cuidar mais, levantaria da cama
to-de-venda? Enquanto as criar, realizar, fazer, sorrir, arriscar. sem o despertador, pois teria um
idéias forem criativas, o estoque O termo vendedor deveria ser encontro muito importante. Com o
sempre se renovará. Uma das al- mudado por facilitador. E quando sorriso estampado e cheio de cora-
ternativas é a revolução no atendi- alguém lhe perguntasse o que faz gem, você não se cansaria de saber
mento e isso começa no momento da vida, você responderia, cheio tudo sobre essa paixão. Qualquer
da contratação. Em vez de o lojista de orgulho: “Eu facilito a vida das pergunta feita, você responderia
escolher um simples vende- pessoas, pois sou capaz de levar com a maior naturalidade e toda
dor, ele deve procurar um ser até elas informações necessárias a paciência, pois estaria em uma
humano apaixonado pelo uni- para que possam realizar seus so- fase de descobertas.
VENDA MAIS

verso que cerca o segmento. nhos e desejos de consumo”. As chances de uma paixão tor-
Apaixonar-se por vendas Para apaixonar-se por algo, pri- nar-se namoro, se tudo continuasse
quer dizer que você não traba- meiro é necessário interessar-se assim, resultaria em casamento.
lha por seu salário Caso as vendas an-
e comissões, mas NÃO CAIA NO COMODISMO dem em baixa, lembre-se
porque tem a opor- do que você já foi capaz
tunidade de fazer o
DE ACREDITAR QUE O JOGO de enfrentar por suas pai-
que gosta. Segundo ESTÁ GANHO. LEMBRE- xões e o quanto já utilizou
dizia o especialista em SE DE QUE MUITOS da sua criatividade para
marketing Philip Kotler, RELACIONAMENTOS ACABAM sair de determinadas si-
lucro é um subproduto de POR FALTA DE INTERESSE tuações. Se o mercado
coisas bem-feitas. Quando está de braços abertos
alguém só pensa em dinheiro, rara- por esse algo. Quanto mais interes- para lhe receber, tudo o que tem de
mente o vê. Se você trabalha mal- se você tiver, mais interessantes se fazer é valorizar as oportunidades.
humorado — e não gosta do que faz tornarão o seu trabalho e a sua vida. Muitos relacionamentos aca-
—, espantará seus clientes. Jamais As horas passarão rápido, o trabalho bam por falta de interesse. Inovar
reconhecerá o sabor da conquista em em equipe fluirá de forma fantásti- as vendas quer dizer apaixonar-se
satisfazer a necessidade do cliente. ca, os clientes serão atraídos por esse por elas. Pense sempre no REALI-
Quanto à paixão por vender, faz bem astral e você se tornará muito mais ZAR e SATISFAZER os desejos dos
parar por alguns momentos e obser- interessante aos olhos de todos. clientes, oferecendo a oportunida-
var o universo incrível ao seu redor. de de encontrar pessoas apaixona-
Olhe para as paredes e observe os PASSOS PARA ACENDER E das pelo mesmo universo. Afinal,
cartazes, repare nas peças e preste REACENDER A PAIXÃO! não vendemos instrumentos musi-
atenção ao design e aos detalhes de Imagine aquela paixão que um dia cais, mas o som que somos capazes
cada uma delas. Caso ainda não te- sonhou em conquistar e que não de criar com cada um deles.
nha feito, já está na hora de pegar medirá esforços para que isso ocor- Boas vendas e até a próxima! 

42 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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PORTUGUES.indd 1 11/7/2008 11:40:00


lojista

Bom
de preço
Com a concorrência em alta, a política por produtos de qualidade e formas
de pagamento diferenciadas ajudam a garantir a compra do consumidor
Localizada em Cornélio profissional no município e cidades do de Lima, que atua no setor há
Procópio, uma cidade vizinhas. Em prédio novo desde 20 anos, investe agora no nome da
com 47 mil habitantes no interior 2000, as instalações são modernas loja por meio de produtos de marca
do Paraná, a Musitech tornou-se e atrativas, igualando-se ao perfil própria, como caixas, alças e cor-
uma loja de referência no setor de comércios da capital paulista- reias. A expectativa é fixar a mar-
de instrumentos musicais e áudio na. O proprietário Azemiro Ricar- ca no mercado e ampliar as vendas

Concorrência
Apesar de estar localizada
no interior do Paraná, a
loja prioriza o atendimento
personalizado para ganhar
a confiança dos clientes

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Gostos VariaDos:
A mUsitech trABAlhA com
prodUtos de QUAlidAde e mArcAs
Bem posicionAdAs no mercAdo

pelo País por meio do e-commerce. » Qual é o diferencial de CDs. O nome era Som Modas e a
Apesar de estar no interior, montar uma loja no interior? loja ficava em outro endereço. No
Lima procura trazer o maior nú- É conhecer os clientes mais de per- primeiro ano incorporei ao mix ins-
mero possível de novidades para to. Como muitos amigos meus são trumentos musicais, pois não gosta-
a loja, atendendo à demanda dos músicos, tive a oportunidade de ofe- va de vender roupas. Começamos a
clientes. Uma das estratégias para recer e buscar equipamentos e ins- vender violões Tonante, pedais para
segurar o comprador na região é trumentos desejados por eles. Com guitarra Oliver e guitarras Dolphin.
oferecer boas opções de pagamen- isso, consegui clientes na região. Meu pai é técnico afinador de piano,
tos, como até 12 vezes no cartão de por isso meu interesse por música.
crédito. “Eu banco a venda pen- » Há quantos anos existe a Sempre tivemos instrumentos mu-
sando no longo prazo”, revela. Musitech? sicais em casa. Meu pai toca violão,
Segundo o comerciante, a es- Compramos a loja em 1987 de um acordeom e piano. Cresci cercado de
tratégia deu certo. Hoje o empre- antigo dono que vendia roupas e músicos, sempre gostei de música.
sário sente que os consumidores Hoje temos todos os instrumentos
não saem mais da cidade para
comprar instrumentos musicais. O
ParTiciPaÇÃo
ÇÃ de que um músico necessita.

ÁUdio Pro 5%
município fica a 60 quilômetros de » Por que vocês mudaram de
Londrina. No entanto, um pedágio endereço?
de R$ 10,50 que divide a ida e a aceSSÓrioS 15% Porque a loja começou a crescer.
volta entre ambas as localida- Mudamos de ponto duas vezes até
des acaba por dificultar a vin- a localização atual. Na última
da de clientes de fora. “Antes, vez, compramos um prédio no
muitos consumidores iam para eFeiToS 15% inSTrUmenToS de centro da cidade, o demolimos
Londrina. Hoje consigo atraí- cordaS 40% e construímos tudo de novo.
los na minha região. Às vezes Fizemos a loja embaixo, com
atendo clientes de Londrina”, 200 m2, duas salas para loca-
comenta em entrevista à Mú- TecLaS 10%
ção em cima e nossa casa fica
sica e Mercado. no andar superior.
SoPro 5%
PercUSSÃo
10% www.musicaemercado.com.br 45

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lojista

na região? É possível praticar


boas margens?
A concorrência é grande. Estamos
próximos a vários centros com lo-
jas de instrumentos musicais. No
entanto, não nos preocupamos com
isso. Oferecemos facilidades como
pagamento parcelado e praticamos
margens justas, o que coloca nossos
preços num patamar bastante com-
petitivo.

» Como fidelizar o cliente e


fazê-lo comprar na sua loja?
Por meio do atendimento, e sempre
procurando corresponder às expecta-
tivas do cliente, oferecendo as infor-
mações necessárias para um melhor
aproveitamento dos instrumentos ou
equipamentos. Com a internet, tudo
mudou. O consumidor já chega à loja
com informações e o lojista precisa
estar à frente. Não passa pela minha
cabeça perder a venda para o con-
Preocupados com o preço, a loja banca a compra e facilita o pagamento corrente. Tento fazer o melhor pre-
ço, banco a compra fazendo em dez
» Como você conseguiu capital » Qual é o perfil dos vezes no cartão. Se for para o cliente
para a construção? consumidores da loja? comprar, que compre de mim.
Juntamos uma parte e, para a ou- Músicos e amantes da música,
tra, pegamos crédito no campo. A pois ainda trabalhamos com CDs » Como você se mantém
construção demorou três anos. e DVDs. informado sobre novidades e
lançamentos?
» Por que a localização em » Vocês sentem concorrência Por meio de pesquisa na internet e
Cornélio Procópio? com lojas da Capital ou até revistas especializadas.
Nasci na cidade e sempre quis inves- mesmo de São Paulo?
tir nela, onde tenho muitos amigos. Não. Oferecemos um atendimento » Qual é a principal
estratégia para o
» Quais foram as Sempre que possível, acompanho crescimento?
dificuldades no O atendimento per-
início?
a montagem e instalação dos sonalizado. Cada
Várias, desde ordem equipamentos, procurando orientar, cliente tem uma
financeira à infor- pesquisar e atender às dúvidas. necessidade espe-
mação. Na época, cífica. Também dou
não havia as facilidades de informa- diferenciado. Procuramos atender muita importância à pós-venda.
ção que há hoje. Isso além de abrir às necessidades dos clientes, bus- Sempre que possível, acompanho a
uma loja de instrumentos musicais cando informá-los sobre equipa- montagem e instalação dos equipa-
numa cidade de interior, pouco acos- mentos e instrumentos que satisfa- mentos, procurando orientar, pes-
tumada com o tipo de varejo. A época çam suas expectativas, oferecendo quisar e atender às dúvidas. Efe-
era de inflação alta. Passamos tam- um mix de produtos de qualidade. tuamos as instalações de maneira
bém pelos vários planos econômicos correta para o melhor aproveita-
de governos anteriores. » Como está a concorrência mento dos equipamentos vendidos.

46 www.musicaemercado.com.br

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» Quais são as perspectivas » Há pretensão de expandir » Você sente que hoje a loja
futuras? a venda desses produtos em atingiu um bom patamar?
Estamos consolidando nosso nome outras lojas? Sim, mas esperamos mais, e es-
no mercado, por meio de vários Sim. Já temos um representante no tamos trabalhando para crescer
produtos e serviços, como o lança- Paraná. Nossa expectativa é firmar sempre.
mento de produtos com a marca a marca e expandir as vendas até
Musitech. Fizemos parcerias com atingir o mercado de São Paulo. » Qual é o produto que mais
vende?
O violão elétrico com afinador
Não passa pela minha cabeça perder a incorporado superou todas as
venda para o concorrente. nossas expectativas nos últimos
meses. O mercado precisava des-
fabricantes nacionais de caixas, se recurso incorporado ao violão,
amplificadores, correias e cabos » Você acredita que os lojistas soubemos explorá-lo muito bem
que colocam a nossa logomarca, podem ter receio de comprar e quadruplicamos nossas vendas
e através de fabricação própria. da marca por ser nome de loja? de violões. 
Também pretendemos ampliar as Na hora em que eles perceberem
vendas com e-commerce. que o produto é de qualidade, acre-
dito que isso não irá acontecer. Musitech
» Vocês já fazem vendas virtuais? Proprietários: Azemiro Ricardo de
Iniciamos as vendas. No entanto, » Você pensa em montar outra Lima e Dalila Mafud de Lima
Endereço: Avenida XV de Novembro,
tivemos problemas com vírus no unidade da loja?
560 - Centro - Cornélio Procópio/PR
site. Interrompemos por um perío- Sim, será uma segunda etapa de
- CEP: 86300-000
do para aprimorar o veículo. Acre- nossa estratégia de crescimento,
Tel.: (43) 3524-2070
ditamos que as vendas voltarão após o lançamento de nossos pro-
Site: www.musitech.com.br
até o fim do ano. dutos no mercado.

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minha vida.

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VIDA DE
L O J I S T A
Neste espaço são publicadas experiências vivenciadas ao montar uma loja.
Para contar sua história, envie o depoimento e fotos (em 300 dpi) para
texto@musicaemercado.com.br, com o assunto “Vida de Lojista”

O SABOR
DA VITÓRIA
EM MEIO ÀS BARREIRAS PARA ABRIR SEU NEGÓCIO, A SANTEC SUPEROU AS
DIFICULDADES POR MEIO DA ESPECIALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

VENDA CONCORRIDA
O ATENDIMENTO ESTRATÉGICO E OS
BONS PREÇOS FIZERAM A SANTEC TER
DESTAQUE ENTRE OS CONCORRENTES

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NO INÍCIO, A LOJA ERA PRATICAMENTE FAMILIAR E, JUNTO A SOUSA, A ESPOSA LUCIANA AJUDAVA NO TRABALHO

H
Há quatro anos, quando Leonardo A oportunidade chegou em fiscal, não podia retirar nada.
Mansano de Sousa, 37 anos, apos- 2004, quando recebi a ajuda de um Teve uma vez que fiquei tão
tou na abertura da loja de áudio e fornecedor para ficar com o ponto nervoso de tanto esperar que que-
instrumentos musicais Santec, na de uma loja que estava fechando brei a mesa ao dar um soco nela
rua Santa Ifigênia, em São Paulo, na rua Santa Ifigênia. Fiquei 90 com a mão. Já não dormia à noite e
ele não sabia da metade da buro- dias negociando o local antes de emagreci de tanta preocupação. A
cracia que enfrentaria. Ao todo, fechar o negócio. documentação não saía por ques-
foram três meses no aguardo da Como a loja fica em uma loca- tões simples, como grafia diferente
liberação do CNPJ pela Receita lidade muito competitiva, quan- do meu sobrenome em documentos
Federal, período em que pagou do alguém quer sair aparecem 50 distintos. Depois de esperar três
aluguel, não faturou nada, perdeu pessoas querendo entrar. Por isso, meses, a documentação saiu e pu-
os funcionários contratados e ficou resolvi arriscar e agarrar a opor- demos começar tudo.
muito nervoso. Tivemos problemas com
“Sardinha no meio dos tuba- “POR ESTAR LOCALIZADO NA os funcionários que havíamos
rões”, como se autodenominou,
o comerciante precisou da apos-
REGIÃO DA SANTA IFIGÊNIA, chamado. Como demorou mui-
to tempo para abrir o ponto,
ta e do apoio de fornecedores COSTUMO BRINCAR QUE eles encontraram empregos em
para abrir o ponto. Antes disso, SOU UMA SARDINHA NO outras lojas e tive de procurar
Sousa trabalhou por dez anos MEIO DOS TUBARÕES” outros candidatos. Apenas um
como gerente de uma varejista, deles esperou.
onde atuava no setor de áudio pro- tunidade. Já que fazia compras na No início foi difícil, como todo
fissional e home theater. outra empresa, falei para os con- começo de empresa. A loja era pra-
De lá para cá, as armas para tatos que estava começando. Pra- ticamente familiar. Minha esposa,
enfrentar a concorrência foram ticamente todo mundo me ajudou Luciana Cardoso de Sousa, 37 anos,
atendimento e preço, como reve- com opções de pagamentos, como sempre me ajudou, ficando respon-
la o empresário em depoimento à prazos longos. sável pelo setor financeiro. Meu so-
Música & Mercado. Confira. No entanto, quando já estava gro e uma prima da família também
“Antes de montar a Santec, fui tudo certo, enfrentei uma burocra- trabalharam com a gente. Ao todo,
gerente comercial de uma varejis- cia na Receita Federal para tirar o éramos cinco.
ta, onde trabalhei por dez anos na CNPJ. Fiquei três meses pagando Com o passar do tempo, as coisas
região da Santa Ifigênia, em São o aluguel do ponto sem a documen- foram dando mais certo do que eu
Paulo. Eu atuava no setor de áu- tação para abrir o comércio. Ima- imaginava. Sempre fiz de tudo, aju-
dio profissional e home theater. gine ficar três meses parado, pa- dei nas vendas, entregas, montagem
Como a maioria dos funcionários gando aluguel, sem faturar nada? dos equipamentos. Nunca liguei de
de loja, sempre pensei em abrir Eu tinha feito os pedidos com os precisar colocar a mão na massa.
meu próprio negócio. representantes, mas, sem a nota Nos primeiros meses, como

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V I D A D E L O J I S T A
PARA VENDER MAIS
O PLANO DO PROPRIETÁRIO É USAR AS
SALAS PARA ORGANIZAR O ESTOQUE E
FAZER UMA CENTRAL DE TELEMARKETING

eu não tinha muita mercadoria, era trabalhar apenas com áudio Comprei violões e teclados e as
mantinha as caixas na vitrine profissional, home theater e áudio peças foram vendidas em pouco
junto com os produtos para dar a automotivo. No entanto, tive con- tempo. Aos poucos, fui me espe-
impressão de que tínhamos mais tratempos para entrar nos dois úl- cializando no segmento de instru-
itens. Precisei reformar mentos populares e in-
a loja e recebi apoio de “MEU BOM RELACIONAMENTO COM termediários, setor que
alguns fornecedores. O OS REPRESENTANTES AJUDOU hoje representa 40% do
meu bom relacionamen-
MUITO NO COMEÇO. DEPOIS DE UM faturamento da loja. O
to com os representantes restante fica por conta do
ajudou muito no come- TEMPO, COMPRAMOS UM SOFTWARE áudio profissional.
ço. Depois de um tempo, PARA REGISTRO, PORQUE ANTES Por estar localizado
compramos um software TUDO ERA FEITO MANUALMENTE” na região da Santa Ifigê-
para registro, porque an- nia, costumo brincar que
tes tudo era feito manualmente. timos segmentos e, paralelamente, sou uma ‘sardinha no meio dos tu-
Ainda no começo, outro fato percebi uma procura de instru- barões’. Fiz as contas e são 60 lojas
engraçado ocorreu. A minha idéia mentos por parte dos clientes. concorrentes diretas aqui na região.

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Por ser pequeno, optei pela estraté- muita gente que inicia na profis- teceu um incêndio nos andares de
gia de competir com atendimento e são de vendedor como um bico até cima do prédio. A água que os bom-
baixas margens. Ganho beiros jogaram alagou
pela quantidade vendida. “ENTRE AS DIFICULDADES PARA a loja e estragou muitos
A loja tinha 160 m2. equipamentos. Estou es-
CRESCER MAIS ESTÁ A PRÓPRIA
Com o tempo, fui alugan- perando a documentação
do outras salas do prédio
CARGA TRIBUTÁRIA. ALÉM do seguro para iniciar as
para estoque, o que eu DISSO, CONTINUO APOSTANDO reformas.
não tinha no começo. Re- NO PROFISSIONALISMO E NO Aos poucos, estamos
centemente, o proprietá- ATENDIMENTO PARA ME DESTACAR” expandindo o comércio.
rio do prédio mostrou in- De janeiro a agosto deste
teresse em locar todos os cômodos achar algo melhor. Nosso segmen- ano tivemos um crescimento de 15%
para um mesmo locatário. Como to carece muito de funcionários no faturamento na comparação com
eu não podia perder o ponto, assu- comprometidos. o ano passado. Pretendo fechar 2008
mi as outras salas, incentivado por Passei por outro contratempo com alta de 20%.
minha esposa, e agora estou com em junho deste ano, quando acon- Entre as dificuldades para cres-
os seis andares do prédio, num to- cer mais está a própria carga tribu-
tal de 1.200 m2. SANTEC tária. Além disso, continuo apostan-
Meus planos são usar as sa- Proprietário: Leonardo Mansano do no profissionalismo da loja e no
las para organizar o estoque e Endereço: Rua Santa Ifigênia, 186 – atendimento para me destacar. Já
fazer uma central de telemarke- São Paulo/SP que a loja de rua tem contratempos
ting para as vendas virtuais, que Telefone: (11) 3227-2200 como a falta de um estacionamento
pretendemos iniciar até o fim do Número de funcionários: 20 e os ambulantes, entre outros, es-
Área: 500 m2
ano. Estou com dificuldades para tabeleço um preço mais baixo com
Site: www.santecsom.com.br
implantar o atendimento telefôni- o atendimento personalizado para
E-mail: vendas@santecsom.com.br
co pela própria mão-de-obra. Tem cativar o cliente.” 

MM39_VIDA DE LOJISTA SANTEC.indd 51 11/11/2008 15:29:30


IMPORTAÇÃO

A DIFERENÇA ESTÁ
NA INOVAÇÃO
DE OLHO NO CRESCIMENTO DOS NEGÓCIOS PARA ESTE ANO, O
PROPRIETÁRIO DA SOLID SOUND FAZ NOVOS INVESTIMENTOS E SE
HABITUA A BONS RESULTADOS

A
Solid Sound, que bricante. A previsão é de que a Ele revela que, há dois anos,
há oito anos trou- entrada no novo segmento, que grandes importadoras começa-
xe o modelo de já representa aproximadamente ram a trazer estojos competitivos.
semicases para o 15% dos negócios, proporcione A estratégia da empresa é impor-
mercado, aposta crescimento de 20% no fatura- tar capas e acessórios para o seg-
agora na impor- mento da empresa em 2008. mento popular e intermediário.
tação de capas para expandir os “Sempre gostei de fabricar e Os primeiros lotes chegaram há
negócios. A alternativa é uma criar, mas senti a necessidade de cerca de um ano e foram vendidos
resposta ao mercado cada vez entrar na importação”, diz o pro- em sua totalidade.
mais globalizado, uma vez que os prietário Paulo Peceniski. Para se manter por dentro das
cases importados, mais baratos, novidades e buscar alter-
alertam a fa- nativas de negócios,
o empresário

EMPREENDEDORISMO
A ESTRATÉGIA DA EMPRESA É IMPORTAR
CAPAS E ACESSÓRIOS PARA OS
SEGMENTOS POPULAR E INTERMEDIÁRIO

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SEMICASES
Apesar de iniciar as importações
de capas, a Solid Sound continuará
com a fabricação do sucesso da mar-
ca: os semicases. Produzido desde
2000 com a utilização do EVA (Etil
Vinil Acetato), borracha comum na
fabricação de artesanatos, o produ-
to criado por Peceniski tornou-se
uma alternativa leve e mais barata
para os tradicionais cases.
A IMPORTAÇÃO DE CAPAS E A FABRICAÇÃO DE SEMICASES GARANTIRAM O SUCESSO DA SOLID SOUND
Na época, a inovação salvou a em-
participa de feiras internacionais. endedor encontra-se otimista com presa da concorrência com bags
Como os produtos importados são o comércio exterior e sente os re- importadas. “Ou criávamos algo
asiáticos, o primeiro passo para as flexos da globalização. “Apesar de novo ou quebrávamos”, comenta.
boas negociações foi comparecer, estarmos localizados em Curitiba, Antes dos semicases, o forte da
em maio deste ano, à Palm Expo, nossos produtos são encontrados fábrica eram as bags. “Fui o cria-
na China. Lá foi concretizada a no Brasil inteiro. Fazemos negó- dor do modelo ‘gota’. No entanto,
compra do primeiro contêiner de cios até com a China”, ressalta. com o passar do tempo, o mercado
mercadorias. Depois disso, Pece- Em meados de 2001, a empresa começou a copiar”, afirma. A capa
niski voltou àquele país para vi- exportou para os Estados Unidos. denominada gota é aquela com for-
sitar as fábricas e desenvolver A atividade ocorreu por meio da mato triangular, que se adapta a
capas já com o logo da Solid participação na Summer Namm, diversos modelos de instrumentos.
Sound. “Estamos sentindo naquele país, entre 2000 e 2003. Hoje, os semicases representam de
ótima aceitação.” No entanto, Peceniski revela que 60% a 70% das vendas da marca.
O empre- o investidor norte-americano não São fabricados aproximadamente
atuava no segmento musical e não mil deles por mês. “Contamos com
deu continuidade ao negócio. 800 clientes ativos”, diz. 

A SOLID SOUND
A história da Solid Sound começou há 19 anos, quando Peceniski mudou-se de
São Paulo para Curitiba. “Eu tinha 21 anos e fugi de São Paulo por causa da
correria da cidade.” Ao chegar ao Paraná, o hoje empresário encontrou-se com
um amigo que fabricava e vendia alças, com quem começou a trabalhar. “Como
o negócio com as correias estava dando certo, resolvemos produzir capas. No
início, demorávamos um mês para fabricar dez unidades”, comenta.
Ambos fabricaram correias e bags por dez anos. Peceniski revela que a empresa
foi a primeira no mercado. “Somente cinco ou seis anos depois da criação da
empresa é que vieram as concorrentes”, diz. O amigo saiu do negócio em 1999
e, de lá para cá, o paulistano assumiu os negócios por completo.

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FABIANO BRUM
é conferencista nas áreas de Marketing, Motivação, Atendimento e Vendas, promove palestras, cursos e seminários, aliando seu
conhecimento musical aos temas dos treinamentos. E-mail: contato@fabianobrum.com.br - Site: www.fabianobrum.com.br

COMPORTAMENTOS EMPREENDEDORES:
MÚSICOS X VENDEDORES
CONFIRA DEZ PASSOS PARA SER UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

E
mpreendedor é aquele que de. Um músico sabe que se não tiver [3] Exigência de qualidade e
transforma uma idéia ou alguns cuidados com a voz, ou com eficiência: um músico está sem-
uma inovação em uma ação. a postura corporal na hora de tocar pre em busca de um melhor tim-
O empreendedorismo pode ser prati- e cantar, poderá gerar um problema bre ou uma regulagem de equipa-
cado tanto por um empresá- de saúde que irá prejudicar mento que torne sua música mais
rio como pelo colabora- a sua performance. Des- agradável. Eficiência faz parte do
dor de uma empresa. sa forma, um vende- dia-a-dia daquele que atua na área
O sucesso é o re- dor mostra o mesmo comercial, pois somente assim ga-
sultado alcançado comprometimento ao nhará a confiança de seus clientes,
por meio de ações manter uma postura conseguindo mais fidelidade.
e comportamentos profissional adequada [4] Aperfeiçoamento contínuo:
empreendedores. É o em relação aos produ- assim como o músico sabe que a
fruto do trabalho da- tos que representa, sua habilidade em seu instrumento é o
quele que reconhece que empresa e seus clientes. fruto da prática constante e insis-
é preciso deixar de andar no tente, um empreendedor da área
trilho e criar novos caminhos de vendas entende que o sucesso
na direção de oportunidades, profissional é conquistado por meio
sejam elas financeiras, do aperfeiçoamento constante.
de crescimento profis- [5] Busca de oportunidades e
sional ou simplesmente iniciativa: existem muitos bons
de realização pessoal. músicos, mas poucos chegarão a
MOTIVAÇÃO

As pessoas empre- fazer sucesso significativo em sua


endedoras possuem algumas profissão. Na área comercial não é
características comportamen- diferente, pois milhares de profis-
tais que as auxiliam na reali- sionais são selecionados a todo mo-
zação dos seus objetivos. mento para atuar em atendimento
Podemos observar clara- e vendas, mas somente aquele que
mente esses comportamentos aproveita bem as oportunidades e
sendo praticados pelos músi- tem a iniciativa de cultivá-las con-
cos profissionais e que podem ser- seguirá reconhecimento.
vir de base para o empreendedo- [6] Busca de informações: tan-
rismo na área comercial. São eles: to na música, em vendas como em
[1] Persistência: ninguém se tor- outras áreas profissionais, cada vez
na músico profissional de uma hora mais as informações estarão dis-
para outra. Persistência e entusias- poníveis com maior abundância e
mo são essenciais para conseguir mais facilidade. Cabe ao empreen-
colocar em prática idéias e ações. dedor saber onde buscar o conheci-
[2] Comprometimento: aquele mento certo, no momento adequado
que é profissional está totalmente e utilizá-la para a prosperidade de
comprometido com a sua ativida- seu negócio ou profissão.

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[7] Persuasão e rede de contatos: guir bons contratos, o profissional a inovação em sua empresa, mas
é mais difícil chegar a algum lugar de vendas deve ter autoconfiança sempre prevendo os efeitos e riscos
ou descobrir oportunidades profis- para conseguir novos clientes e dessa inovação para não colocar o
sionais sem uma boa dose de persu- aproveitar oportunidades. negócio em dificuldade.
asão ou uma rede de contatos que [9] Correr riscos calculados: [10] Planejamento e monitora-
facilitem seu acesso a essas oportu- inovar é o caminho para o suces- mento: estabelecer metas, objeti-
nidades. Tanto para o músico quan- so para quem pretende conquistar vos e ter um bom planejamento a
to para o profissional de vendas, o novos clientes, construir o sucesso seguir são os segredos do empre-
verdadeiro empreendedor é aquele e continuar crescendo no mercado. endedor de sucesso. Saber onde
que sabe utilizar o poder de persua- Porém, em toda inovação existe o está, para onde quer ir e como fa-
são para comercializar produtos zer para chegar lá é o mínimo
e serviços e tem a inteligência “PERSISTÊNCIA E que uma pessoa precisa para
para formar uma forte rede de conquistar aquilo que deseja.
contatos para conseguir reco-
ENTUSIASMO SÃO ESSENCIAIS Ter um plano, monitorar
mendações e indicações. PARA CONSEGUIR COLOCAR resultados, rever a trajetória
[8] Independência e auto- EM PRÁTICA IDÉIAS E AÇÕES.” de sua carreia são atitudes
confiança: antes de alguém empreendedoras do músico
confiar em nosso trabalho, é preciso fator risco. É preciso testar opor- que persegue o sucesso e do vende-
que nós confiemos primeiro. Nada se tunidades, fazer experimentos de dor que tem metas para conquis-
consegue sem uma boa dose de auto- novos serviços e produtos, etc. As- tar e sabe aonde quer chegar.
confiança, que consiste em acreditar sim como o músico avalia os riscos Músico ou vendedor, para ser
em nosso potencial mesmo sabendo quando testa novos temas em seu empreendedor é necessário pensar
que ainda temos um longo caminho repertório e calcula os reflexos fi- no desenvolvimento e na sustenta-
em direção à excelência profissional. nanceiros ao incluir um novo in- ção de idéias, projetos e inovações
Assim como o músico tem de ba- tegrante em sua banda, o profis- que o elevem a um patamar cada
ter de porta em porta para conse- sional de vendas precisa cultivar vez mais alto. 

SKB-58

SKB-63 Com os cases SKB


seu palco está completo!
Case para pedais.
Domine seus pedais!
Cases para guitarra. O modelo SKB-PS-55 foi projetado para
Cases SKB: segurança e praticidade que sua guitarra acomodar as mais variadas configurações de
precisa! Os cases para guitarra possuem fecho TSA pedais: (2) 1.3 amp VAC powering da Digitech e
patenteado e uma alça desenvolvida para proporcionar Line 6, (2) DC jacks variáveis para qualquer
maior conforto. A novidade agora são os cases para tensão entre 4 e 12w fazendo simulação de uma
guitarras modelo FlyingV, Explorer Firebird e Kelly. “bateria quase acabando”, (4) modelo padrão 9
VDC jacks para Boss, Electro-
Harmonix, etc, (1) modelo 18
Case para VDC jack para MXR, EVH,
Flanger, (1) modelo 24
amplificadores. VDC e (2) modelo 9/12
VDC jacks para pedais
SKB-R112AUV vintage. Todos os jacks DC
Mesma proteção e tem troca de polaridade,
conveniência que o modelo possibilitando configurações
maior SKB 710, 2 x 12 AUV. negativas ou positivas. O PS-55
possui filtro de linha para proteger
Medindo 31,11cm larg. X 55,88 cm alt. x 64,77 cm todo o sistema contra curto-circuito.
comp. a nova case SKB-112AUV se adapta para a Acompanha fonte de alimentação de
maioria dos amplificadores de 1 x 12". Completa- 115/230 VCA, com compatililidade SKB-PS-55
mente moldado por rotação, oferece resistência e internacional.
durabilidade. Pensando em um fácil transporte os
cases possuem locking casters de 3". Os amplis são
fixados por um gancho com sistema cleat
patenteado pela SKB e um cinto reverso que
proporciona maior segurança.
Para melhor projeção de som e conveniência, o s k b c a s e s . c o m
locking caster pode ser colocado em cima do case.

MM39_ARTIGO FABIANO BRUM.indd 55 11/11/2008 15:33:59


CAPA

o sEGrEdo da
roland
DEDICAÇÃO, PIONEIRISMO E PRODUÇÃO, ALIADOS À PERFEIÇÃO, FIZERAM
DA EMPRESA UMA DAS MAIS IMPORTANTES E LUCRATIVAS DO MERCADO

V
elocidade e quali- de. Apesar de isso não estar asso- do e uma das que mais chamaram
dade. Esses dois ciado ao país, no mundo competiti- a atenção — seja por inovação ou
fatores são essen- vo, qualidade e produção são peças pelo processo produtivo — foi a Ro-
ciais quando o as- fundamentais para se tornar líder. land Corporation.
sunto é processo A tecnologia também é primordial Fundada por Ikutaro Kakehashi
produtivo. Entre- para atingir esse objetivo. em uma pequena garagem em Ha-
tanto, muitos chineses possuem A Música & Mercado visitou di- mamatsu, no Japão, a idéia de
velocidade, mas perdem qualida- versas empresas ao redor do mun- montar uma máquina de ritmos e

COMPROMETIMENTO EMPRESARIAL
acima, o PresiDenTe Da roLanD BrasiL,
TaKao shirahaTa; e o PresiDenTe Da
roLanD corPoraTion, KaZ TanaKa

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Kakehashi conversa com
a Música & Mercado

amplificadores para guitarra pare- lise e, mais tarde, vira a se tornar tinha nem produto, nem cliente”,
cia um sonho. Mas a história da Ro- uma das mais admiradas empre- disse o empresário. Entretanto,
land não é um conto de fadas, pois o sas globais do setor. para manter a empresa, mesmo
início não foi nada fácil. Na época, que numa espécie de garagem
dois gigantes da indústria domi- O primeiro passo onde foi fundada, era necessário
navam o Japão e não havia espaço O ponto mais interessante da his- capital para pagar funcionários e
para colocar os produtos nas lojas. tória da Roland, além do processo fornecedores de matérias-primas.
As duas grandes marcas concor- criativo e tecnológico, é a perseve- Para a Roland, a única saída
rentes eram presença obrigatória rança de Kakehashi, figura respei- era oferecer produtos que os ‘gi-
no segmento, sem contar o proble- tada em todas as altas rodas da gantes’ da indústria não possuí-
ma típico de quem inicia uma em- indústria de instrumentos musi- am. “A estratégia necessitava de
presa do zero — a baixa investimento em tempo
condição orçamentária, “Em muitos casos, tivemos e capital, o que na época
que obrigava a Roland a de abrir mercados e também não tínhamos”, explica
buscar capital para ini- Kakehashi.
ciar sua produção. 
enfrentar outros, nos A esperança era criar
Para garantir o su- quais nossa presença era um braço internacional
cesso da companhia, praticamente inexistente” que pudesse proporcio-
alguns cuidados foram nar capital adiantado,
essenciais. “O nome da empresa cais. O fator preponderante foi sua visto que os negócios eram feitos
teria de ser reconhecido e pronun- mente visionária — sem limite —, com cartas de crédito, dando condi-
ciado por todo o mundo”, explica ainda que os recursos financeiros ções para a empresa comprar ma-
Kakehashi em seu livro I Believe fossem impeditivos.  Essa caracte- téria-prima, fabricar e entregar. 
in Music (Eu acredito em música). rística foi fundamental para a cria- Duas semanas depois de abrir
O empresário decidiu então que a ção de um ambiente profissional a Roland, o empreendedor foi ao
marca deveria ter duas sílabas e que vislumbrasse o futuro. “Embo- Canadá para uma visita crucial
uma forte consoante para ser mais ra minha intenção fosse ser uma na América do Norte. “A empresa
agradável de se ouvir. O nome da das maiores empresas do mercado, era tão nova que não tinha nada
Roland surgiu dessa simples aná- no dia em que abri a Roland não tangível para vender, eu carre-

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CAPA

MÁQUINAS NA LINHA DE PRODUÇÃO


TecnoLoGia Para eviTar FaLhas

LIMPEZA
anTes Da ProDUÇÃo, Um
correDor Para Lavar as mÃos

FanTom G6 na Linha De monTaGem CÉLULA DE PRODUÇÃO DA BATERIA


moniTor De comPUTaDor inDica
as PeÇas a serem monTaDas

gava somente alguns desenhos e nal processado; com o MC-8, em passo adiante. “O segredo”, conta
folhetos com especificações técni- 1977, a Roland criou o primeiro Kakehashi à Música & Mercado,
cas”, completa o fundador do em- sequencer digital. Outros pionei- “foi sempre contratar pessoas
preendimento. rismos incluíram o padrão MIDI, mais inteligentes do que eu.”
Por meio dessa estratégia e da a criação da interface para MIDI Em termos de mercado, mui-
confiança de distribuidores locais nos (MP-401) para a conexão com tos dos produtos Roland estavam
diversos países do mundo, a Roland computadores; o desenvolvimen- fora do Japão. A empresa se con-
ganhou, pouco a pouco, o centrava em desenvol-
mercado internacional. “Embora minha intEnção fossE ver o mercado interno,
As características de
sEr uma das maiorEs EmprEsas construir fábricas, re-
pioneirismo nos produ- crutar novos funcioná-
tos foram inusitadas.
do mErcado, no dia Em quE rios, planejar produtos e
Uma longa lista das in- abri a roland não tinha nEm gerenciar finanças. Toda
venções do setor veio da produto, nEm cliEntE” a capacidade gerencial
marca japonesa. Com o estava ocupada. “Mas
CR-78, em 1978, a empresa criou to de uma guitarra sintetizada todos da equipe sempre estive-
a primeira máquina de ritmos e o VS-880 — um econômico sis- ram compromissados para ajudar
programável; o Roland EP-30, tema de gravação em hard disk. a empresa”, enfatiza Kakehashi.
lançado em 1974, foi o primeiro Sem contar a série V (V-Accor- Atualmente, a Roland é uma
piano eletrônico com teclas sen- dion, V-Drums, etc.), RSS, entre das mais lucrativas organizações
sitivas; o JC-120 Jazz Chorus foi outros. Definitivamente, a em- do mercado e continua inovando.
o primeiro amplificador com si- presa é preparada para estar um O que chama a atenção no proces-

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mica. É difícil prever algo. Man-
roland brasil temos, constantemente, o que
chamamos de ‘Valor Roland’, que
Fundação: 1991 é oferecido por nós ao mercado.
Sócios: Roland Corporation Japan/Takao Shirahata
Estamos com um novo conceito
Diretoria: Takao Shirahata – Presidente, CEO
Marcas: Roland, Boss Edirol, Cakewalk, RSS, Rodgers, Roland DG chamado ‘Melhore sua vida com
Nº de funcionários: 108 a música’, que encoraja os con-
Faturamento em 2008: não divulgado sumidores a tocar, criar música
Currículo de Takao: 47 anos, sócio-fundador da Roland Brasil (1991), responsável e tornar sua qualidade de vida
por introduzir a marca Roland DG no Brasil (plotters de recorte, impressoras digitais mais preenchida. Essa ação será
de grande formato, fresadoras e scanners 3D). Estudou engenharia mecânica na
ainda maior nesse período.
Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). É formado em Música (Licenciatura) pela
Universidade de São Paulo. Toca piano, teclados e órgão, trompete, saxofone, gaita
cromática e flauta doce. Tem como hobbies música e fotografia. » A presença da Roland no
mercado brasileiro cresceu
so produtivo são as células que a » Você espera um crescimento substancialmente. Comente as
empresa utiliza. Quase todos os da Roland em 2009? O que os razões disso.
produtos são feitos por esse siste- lojistas podem fazer para evitar KT: O ponto-chave é a filosofia
ma. Isso significa que uma pessoa períodos difíceis nas vendas? do sistema de joint venture da
é responsável pela montagem de Kaz Tanaka: Estamos atentos Roland. Sempre respeitamos a
um produto do começo ao fim. O às mudanças na situação econô- cultura do mercado local e nossa
processo de produção também
contempla o acerto. Monitores de
computador mostram detalhada-
mente quais são os passos que
o funcionário deve seguir, qual
botão ou parafuso apertar, que
peça encaixar, e assim por dian-
te. Máquinas modernas ou braços
robotizados montam as teclas,
eliminando imperfeições que a
mão humana poderia causar e/ou
padronizando de tal forma que os
erros são calculados.
Enquanto a Roland abre novas
fábricas fora de seu país, a empre-
sa tem seu foco no que o músico
necessita, em novas tecnologias e
na qualidade de som. Kakehashi
simplesmente diz: “Se nosso pro-
duto é certo, o crescimento vem
naturalmente”. Se analisarmos
ainda um antigo slogan da em-
presa, podemos entender muito
claramente a essência dela: seja o
melhor, não o maior.
Para entender a nova visão da
empresa, Música & Mercado sele-
cionou algumas questões respon- DIRECIONAMENTO INTERNACIONAL
didas pelos presidentes da Roland Da esQUerDa Para a DireiTa, TaKao
Brasil, Takao Shirahata e da Ro- shirahaTa, KaZ TanaKa e iKUTaro
KaKehashi (FUnDaDor Da emPresa)
land Corporation, Kaz Tanaka.

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CAPA

saLa De aPresenTaÇÃo e
TesTes PrÁTicos Da roLanD

joint venture otimiza o sistema de » Qual é o efeito do dólar a massa de consumo em todos os
vendas e marketing. O sistema de acima de R$ 2 nas vendas níveis, criando uma demanda do-
negócio, focando cada categoria internas? méstica mais consistente.
de produto, funciona muito bem Takao Shirahata: Como já ocor-
no mercado brasileiro. reu em outras ocasiões no Brasil, » As intervenções do Banco Cen-
primeiro existe certo pânico, de- tral e a expectativa de um cená-
» Com o avanço da internet, pois as pessoas passam a assimi- rio menos favorável para a eco-
alguns especialistas dizem lar um novo patamar e as coisas nomia norte-americana podem
que em breve o desaquecer o mercado na-
sistema de compra do cional no próximo ano?
“sE nosso produto é
consumidor mudará TS: Os últimos 12 meses
completamente. Qual é o
cErto, o crEscimEnto vEm foram muito positivos para
ponto de vista da Roland naturalmEntE” a economia brasileira. Tive-
sobre esse aspecto? mos até aumento de infla-
KT: A compra de instrumentos vão se normalizando. O problema ção por conta do aumento do con-
musicais pela internet tem se tor- são os momentos de altos e baixos, sumo de commodities — sob o risco
nado popular, porém mais gente quando as pessoas perdem a refe- de falta de alimento no mercado.
tem usado a internet para coletar rência. O aumento de custos e pre- O preço do barril de petróleo tinha
informações e reputação sobre os ços é sempre negativo, ainda mais disparado e agora estão preocupa-
produtos antes de decidir a com- em um setor considerado ‘supér- dos com a queda excessiva do pre-
pra. Nós priorizamos nossos ‘web- fluo’. Porém, não podemos esque- ço. Comparando-se aos momentos
merciais’, distribuindo vídeos demo cer que, nos últimos anos, o poder bons, não há dúvida de que haverá
pelo nosso website ou pelo YouTube. aquisitivo melhorou, aumentando desaquecimento. Porém, cada se-

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tor do mercado tem uma reação di- pois, para o varejo, a estabilidade mercado pode pagar e o quanto o
ferente. No caso da Roland Brasil, de preços é um fator muito im- nosso dealer precisa ganhar.
temos diversas linhas de produtos portante. O lojista quer saber por
que certamente terão comporta- quanto compra e por quanto pode » Como as lojas podem
mentos diferentes. O Brasil conti- vender. Quer saber também se, contribuir para que a
nuará a ser um dos países emer- com essa venda, terá condições dediminuição do crédito das
gentes — principalmente com repor o estoque com preço igual, financiadoras não obstrua as
muitos dos tradicionais mercados garantindo sua margem de lucro. vendas ao consumidor?
‘submergindo’. TS: Os bancos brasileiros
têm muito dinheiro e re-
» Com qual projeção
“Qualquer empresa que cursos. A questão é que,
do dólar trabalharão trabalha com produtos numa situação de incer-
em 2009? importados terá de recompor teza, a oferta diminui por
TS: O dólar chegou a ba- seus preços, principalmente conta da aversão ao risco
ter na casa dos R$ 2,51, nos níveis de variação de emprestar e não rece-
enquanto outras moe- ber. Por isso, os prazos
das como o euro e o iene
cambial atual” estão diminuindo e os ju-
se fortaleceram. Vamos ros aumentando. Porém,
concluir o budget de 2009 no fim Qualquer empresa que trabalha há limites para isso, porque as fi-
do ano. A idéia é trabalhar com o com produtos importados terá de nanceiras vivem de empréstimos
dólar entre R$ 2 e R$ 2,10. recompor seus preços, principal- e o sistema financeiro brasileiro
mente nos níveis de variação cam- permitiu a entrada de concorren-
» Como ficará a política de pre- bial atual. Em nossa nova lista de tes no mercado nos últimos anos.
ços e de produtos para 2009? preços de 2009, estaremos aten- Uma das soluções é o lojista re-
TS: Desde 2005 temos praticado tos não só às margens dos nossos correr ao prazo do fornecedor
a nossa tabela de preços em reais, produtos, mas também ao que o — mesmo que tenha de cobrar

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CAPA

mÁQUina Para a coLocaÇÃo


Dos chiPs nos ProDUTos

algum juro adicional —, pois os mais de 300. É uma decisão difí- só palavra, eu diria: pessoas. Ao
custos financeiros para o atacado cil, mas quando se conhece e acre- longo desses anos, conseguimos
são menores do que para o varejo. dita no potencial dos produtos, a atrair e formar talentos. Sem pes-
Entretanto, não há dinheiro mais motivação e a paixão pela coisa soas, não há empresa.
barato do que o próprio capital: acabam vencendo a incerteza e o
livre-se de ativos que no momen- medo. Em muitos casos, tivemos » A Música & Mercado foi
to não geram negócios e faça capi- de abrir mercados e também en- convidada pela Yamaha para
tal — seja para dar algum prazo frentar outros, nos quais nossa conhecer a Roland. Isso não é
adicional ao cliente ou para com- presença era praticamente inexis- comum no mercado musical.
prar bem, pagando à vista. Para tente. Dessa determinação veio a Como é a relação da Roland
muitos consumidores, um preço decisão da contratação de pessoas com os concorrentes?
atrativo à vista ou em três TS: Concorrentes não
parcelas é mais interes- “a EstratéGia nEcEssitava são necessariamente ini-
sante do que um valor alto migos. Partindo-se desse
para ser pago em 24 meses.
dE invEstimEnto Em tEmpo princípio, procuramos sem-
E capital, o quE na época pre praticar a política da
» A Roland Brasil não tínhamos” boa vizinhança, buscando
ganhou mercado nos atuar e crescer no mercado
últimos anos. O que gerou esse que pudessem desenvolver cada com base em valores éticos e de
resultado positivo? linha de produtos, fazer um ma- respeito. Depois de muitos anos
TS: Primeiro, veio a determina- rketing profissional e fortalecer o fora da Expomusic, quando assu-
ção de trabalhar com as princi- relacionamento com o nosso canal mi a presidência da Roland Brasil
pais linhas de produtos que o gru- de vendas — que são os nossos lo- em 2005, decidi voltar. Na épo-
po Roland fabrica. Em um ano, jistas e vendedores. Se tivesse de ca comentei com o presidente da
passamos de 66 produtos para resumir esse crescimento em uma Yamaha que seria bom se eles fi-

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zessem o mesmo, pois somos duas to de dificuldades ou instabilida- » A área de marketing da
marcas importantes do setor e de, é preciso investir em produtos Roland cresceu bastante.
que o público seria o maior benefi- que agreguem valor e maximizem Como é a estrutura e como ela
ciado com a nossa presença. Sem os investimentos. Esses produtos contribui para a formação de
dúvida, somos concorrentes, mas em geral não são os mais fáceis de novos mercados?
também lutamos por um ideal co- vender, nem são encontrados em TS: A Roland Brasil resolveu ter
mum, que é o crescimento do mer- abundância como nos famosos sites o seu próprio departamento de
cado de instrumentos musicais no de comércio eletrônico. As revendas marketing, pois temos muitos pro-
Brasil. Como setor, temos concor- devem oferecer algum diferencial dutos em nosso portfólio e várias
rentes em comum: vide- atividades, como atuali-
ogames, TVs de plasma, zação constante do site,
celulares, etc. Disputa-
“Em um ano, passamos dE 66 criação de material de
mos os mesmos consumi- produtos para mais dE 300. apoio ao lojista, anún-
dores desses mercados. quando sE conhEcE E acrEdita cios, workshops, apoio a
As duas empresas, de no potEncial dos produtos, eventos culturais, rela-
origem japonesa, têm a motivação E a paixão pEla ção com artistas, asses-
muito apreço e respeito soria de imprensa e a
coisa acabam vEncEndo a
pelo Brasil e não há sen- nossa revista, Música &
tido de se fazer aqui um
incErtEZa E o mEdo” Imagem.
palco de batalhas.
no serviço, na forma e na qualidade » Em alguns países, o
» Quais são as áreas em do atendimento. Encantar o consu- gerenciamento da marca
que as revendas podem midor e proporcionar-lhe uma ex- de pedais Boss é feito de
avançar e alcançar maior periência de compra diferenciada é forma independente. Há
rentabilidade? o que faz com que um cliente seja possibilidade de essa ação ser
TS: Principalmente num momen- mais fiel a uma loja do que a outra. realizada no Brasil?

p p p' ] i Z f b \ k h i a h g ^ l ' \ h f (i ^ k _ h k f Z g \ ^
?Z[kb\Z]hZkm^lZgZef^gm^gZ=bgZfZk\Z

Fb\kh_hg^-)22
>lm^ fh]^eh ]^ fb\kh_hg^ _hb ]^l^goheob]h ^li^\bZef^gm^ iZkZ l^k Z\hieZ]h \hf
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lhf [kbeaZgm^ ^ gŠmb]h' H fZbl bfihkmZgm^ iZkZ gl † jn^ oh\ˆ ihllZ l^ ^qik^llZk'

:  ^ q i k ^ l l ƒ h  Z \ b f Z  ] ^  m n ] h
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CAPA

HEADQUARTER DA ROLAND
esTrUTUra orGaniZacionaL
coLoca a emPresa enTre
as PrinciPais no mUnDo

TS: De fato, em países como os TS: Considerando-se a imensa ao computador até os programas
Estados Unidos, a Boss tem o seu base instalada de computadores mais sofisticados de gravação e
próprio presidente e um time de- hoje, pode-se dizer que ainda há edição. Como os computadores
dicado aos produtos Boss, pois o muito mercado a se conquistar atuais são praticamente todos
mercado é muito grande e para e isso é positivo. Sem computa- multimídia, uma boa parte do
isso é necessário ter foco. Porém, dor não existe computer music. ‘trabalho’ está feito. A questão é
mesmo lá, Roland e Boss não são A questão é como sensibilizar os como agregar software e perifé-
dissociadas. Elas funcionam no usuários de computadores a se ricos para incrementar o uso e,
mesmo prédio e comparti- por fim, fazer com que tudo
lham diversas áreas em co- “o aumEnto dE custos E isso fique mais divertido.
mum. No Brasil, o tamanho Se pensarmos no mercado
prEços é sEmprE nEGativo,
do mercado é bem diferente consumidor, praticamente
e temos uma característica ainda mais Em um sEtor disputamos o mesmo públi-
muito nossa de integração e considErado ‘supérfluo’” co dos games. Aliás, games
interação entre os gerentes como Guitar Hero e Rock
de produtos de diferentes áreas. interessarem a fazer música com Band são exemplos concretos de
Isso é muito positivo e enriquece- software. A Edirol cresceu mui- como a música atrai a garotada.
dor. Todos são músicos e gostam to no País nos últimos dois anos, Para expandir o mercado, falta
de tocar na mesma banda. mas ainda é muito pouco perto do também mostrar e convencer as
potencial de mercado. Computer revendas — seja de instrumentos
» Como você analisa o music é uma área também exten- musicais ou de produtos de infor-
crescimento do mercado de sa, que vai desde as interfaces mática — de que é um mercado
computer music com a Edirol? para ligar um equipamento MIDI muito rentável. 

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Untitled-2 2 15/7/2008 14:52:46
Untitled-2 3 15/7/2008 14:52:50
FRAUDES

cuidado
REfoRçado
OPERAÇÕES COMO CHECAR DOCUMENTOS, SISTEMAS DE
ÚLTIMA GERAÇÃO E CONFERÊNCIA DE ENDEREÇOS AJUDAM OS
COMERCIANTES A SE LIVRAREM DE FRAUDES

C
lonagem de car-
tões, falsificação “hojE as pEssoas não têm mais vERGonha
de documentos, dE não tEREm dinhEiRo paRa compRaR
inadimplência dEtERminado pRoduto. Elas vão
predetermina-
passando os caRtõEs até quE um acEitE a
da, cheque falso,
fraude no e-commerce. Consi-
compRa. no Entanto, os lojistas poucas
derados verdadeiros ‘palavrões’ vEZEs chEcam sE o caRtão é do cliEntE
para qualquer comerciante, esses quE EstÁ compRando.”
termos infelizmente são mencio-
nados mais do que deviam por crédito não há surpresa, há igno- tor do Carrefour.
muitos lojistas. Segundo estima- rância”, disse Celso Amâncio, pre- Com tanta experiência, Amân-
tivas da Associação Comercial sidente do Serviço Nacional de Re- cio revela que são inúmeros os cui-
de São Paulo (ACSP), as fraudes cuperação de Crédito (Senarc), que dados necessários para não cair
muitas vezes são confundidas trabalhou por quase 30 anos como em golpes, desde observar a pos-
com inadimplência nas lojas e diretor de crédito nas Casas Bahia tura do cliente na hora da com-
podem representar até 20% das e por outros pra a checar documentos e
compras não pagas. dois anos no registro dos compradores
O principal motivo para a exis- mesmo se- em bases de dados como
tência das fraudes é o despreparo
dos funcionários
na hora de con-
ceder o crediário
aos clientes. “Em
ADRIANA STOLFI

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o Serviço Central de Proteção ao
Crédito (SCPC) ou a Serasa. 70% das pERdas poR fRaudE dE
Os golpes, em geral, ocorrem caRtõEs ocoRREm poR clonaGEm ou
mais em dias ensolarados e na falsificação. EntRE os aRtifícios
parte da tarde. O motivo é sim-
ples: os golpistas preferem não
mais usados, Estão apaRElhos
sair muito nos dias de chuva ou (chamados mosquitinhos) quE
de manhã. Segundo Amâncio, GRavam a tRilha maGnética ao sEREm
por mais técnicas que o mercado passados nos caRtõEs. o mEsmo
desenvolva, os fraudadores estão EquipamEnto podE EstaR instalado
sempre um passo à frente. “Nesse
dEntRo do tERminal dE paGamEnto.
momento eles estão bolando uma
nova maneira de golpear”, disse,
ao dar a entrevista.
Dessa forma, assegurar a ca-
pacidade de pagamento do con-
sumidor com base em sua renda,
avaliar o comportamento de cré-
dito do indivíduo na praça, iden- TM

tificar e cadastrar o comprador


são atividades essenciais na hora
de conceder uma compra a pra-
zo. Detalhes como números, fotos
Flexibilidade
e informações em documentos
também devem ser verificados e e resposta
cruzados, para se ter certeza de
que os papéis não são falsos (veja
mais na página 70). Estimativas
da Federação do Comércio reve-
lam que foram aproximadamente
R$ 83,4 bilhões perdidos entre
fraudes e cheques devolvidos
de março de 2007 a fevereiro de O corte da linha Rico Select Jazz
2008 no País.
resulta numa palheta com declive
mais alongado, proporcionando
Alguns fraudadores, no en- conforto aos lábios.

tanto, fingem ser bons pagadores Com projeção, limpeza e


consistência sonora, a palheta
mantendo uma conta movimenta- Rico Select Jazz ainda possui

da e fazendo um histórico positivo,


flexibilidade, resposta rápida e
precisa, sem igual.
para depois dar um golpe maior.
“Por isso, é importante es-
tar atento e checar os
documentos em todas
as compras, mesmo
que o cliente tenha
um bom cadastro.
Nas Casas Bahia, chega-
mos a perder vendas por ques-
tões de identificação.” Segundo
ele, em pelo menos 80% das frau-
des pode haver a conivência do es-
tabelecimento. MUSICAL EXPRESS COM. LTDA. - Distribuidor Exclusivo no Brasil
Copyright © 2008 D’Addario & Company, Inc. Todos os direitos reservados. Rico e Select Jazz são
marcas registradas da D’Addario & Company, Inc., registradas nos EUA e outros países.

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FRAUDES

ADRIANA STOLFI
dinHeiro eletrÔniCo das perdas por fraude de cartões toda a base de cartões para novos
Outro motivo que facilita os gol- ocorrem por clonagem ou falsi- modelos. Apesar de os plásticos com
pes, segundo Amâncio, é o au- ficação. Entre os artifícios mais chip serem mais caros para os ban-
mento do número de cartões de usados, estão aparelhos (chama- cos, o produto ficou mais acessível
crédito na praça. São mais de 500 dos mosquitinhos) que gravam por causa do crescimento das ven-
milhões no Brasil, uma média a trilha magnética ao serem das de celulares com o adereço.
de quatro cartões por habitante. passados nos cartões. O mesmo
“Hoje as pessoas não têm mais equipamento pode estar instala- e-CommerCe
vergonha de não terem No entanto, Daghum re-
dinheiro para comprar “na fRança, ondE 100% da vela que já há registros
determinado produto. de fraudes dos chips. Ou-
Elas vão passando os
basE dE caRtõEs é com chip, tra má notícia é que, com
cartões até que um acei- as fRaudEs pEla intERnEt o advento dos cartões de
te a compra. No entan- REpREsEntam 70% do total” chip, os fraudadores estão
to, os lojistas poucas ve- migrando para o ambien-
zes checam se o cartão é do cliente do dentro do terminal de paga- te on-line. “Na França, onde 100%
que está comprando.” Por isso, o mento. “Isso só é possível com a da base de cartões é com chip, as
presidente do Senarc revela que ajuda de algum funcionário do fraudes pela internet representam
é importante educar a população estabelecimento ou até mesmo 70% do total”, comenta.
para uma compra. técnico de cartões.” Por isso, o especialista ressal-
Eduardo Daghum, sócio-dire- Mais seguros nesse sentido, os ta que o lojista dificilmente con-
tor da Horus, empresa especia- modelos com chip vieram para difi- seguirá escapar por completo do
lizada em controle e prevenção cultar o trabalho dos fraudadores. O problema. O que precisa ser feito é
a fraudes em meios eletrônicos especialista acrescenta que alguns empreender ações preventivas de
de pagamento, revela que 70% bancos brasileiros já converteram forma a conviver com o inimigo. É

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necessário ficar atento para o fato Prevenção no ambiente • identificar, localizar e fidelizar
de que, além da perda financeira virtual: os clientes (para uso de mala dire-
imediata com o golpe, o comercian- • segurança da informação ta, por exemplo)
te fica sujeito à perda da confiança • utilização de procedimentos de • assegurar-se da capacidade de
do cliente, o que traz resultados certificação de dados pagamento do consumidor, com
negativos intangíveis. base na renda
“A fraude funciona • avaliar o comporta-
como um colchão de
Exija o RG, de preferência mento de crédito do
água — se aperta de original. Confira a fotografia comprador na praça,
um lado, aumenta do e a assinatura. Anote também com base em infor-
outro”, diz Daghum. o telefone e o endereço do mações de serviços de
emitente. Importante: solicite ao proteção ao crédito
Como combater
cliente a apresentação do cartão
fraudes de RG
cartões?
do banco; raramente o cheque e o • posto de identifi-
• remoção de termi- cartão são roubados juntos. cação: há uma lista
nais antigos de postos para saber
• identificação do técnico • implantação de sistema de de- onde foi tirado. Checar o número
• treinamentos nos estabelecimen- tenção específico para e-commerce do posto no RG. Ele sempre preci-
tos por parte dos bancos • revisão do processo contábil sa ter dígito
• identificação, repressão e prisão • checagem de dados do cliente • data da retirada do RG — tem de
de estelionatários • treinamentos ser de segunda a sexta-feira
• implantação de sistemas de últi- • detalhes do brasão dos Estados
ma geração Por que cadastrar o • assinaturas do delegado (nome e
• migração para cartões com chip cliente? assinatura)

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FRAUDES

• perfuração da foto Código 6 – MG


(RG tirado em SP Código 7 – RJ, ES

ADRIANA STOLFI
com perfuração do Código 8 – SP
Paraná) Código 9 – PR, SC
- assinatura da pes- Código 0 – RS
soa em contraste
com o nome Cuidados Com
• polegar não pode CHeques:
vazar do quadrado • O cheque não pode
deixado para ele (di- conter rasuras e deve
gital sobreposta) ser personalizado,
• idade da pessoa para ser conferido
em relação à foto com os documentos
• número do livro e do emitente.
folha no cartório • Exija o RG, de
preferência original.
CHeque Confira a fotografia
• número do CPF e a assinatura. Ano-
adulterado te também o telefone
• comparar núme- e o endereço do emi-
ros de cima com nú- tente. Importante:
meros de baixo (cru- solicite ao cliente a
zar os números) apresentação do car-
• dobrar o cheque tão do banco; rara-
na horizontal em mente o cheque e o
cima do nome, le- cartão são roubados
tras apagadas juntos.
• letras escuras bor- • Solicite a assina-
radas no cheque tura também no ver-
so no ato do recebi-
na loJa mento. Compare as
Sempre quem vai assinaturas.
é um laranja — • Confira o preen-
ficar atento com
consultE sERviços dE pRotEção ao chimento do che-
compradores que cRédito antEs dE libERaR a mERcadoRia. que, observando o
estão sozinhos. ao consultÁ-lo, não sE EsquEça dE quE valor escrito por ex-
Atentar para você dEvE infoRmaR o nÚmERo do cpf/ tenso e em cifras.
pessoas que não cnpj, o cÓdiGo do banco, o nÚmERo • Não aceite che-
perguntam o pre- ques previamente
ço antes de com-
da aGência, do chEquE E da conta assinados ou pre-
prar ou compram coRREntE com díGito enchidos.
muitos produtos • Verifique se o
de uma vez só. CPf código do banco, o número da agên-
O 9º algarismo do CPF deve con- cia, do cheque e da conta corrente
estatÍstiCas ter os seguintes códigos, de acordo (na parte superior) conferem com
A cada cem CPFs consultados no com cada Estado: os números impressos no campo
SCPC, 25% já possuem cadastro Código 1 – DF, GO, MT, MS, TO CMC7 (na parte inferior). Os falsá-
anterior. Código 2 – PA, AM, AC, AP, RO, RR rios alteram os dados do cheque.
A cada cem cheques consulta- Código 3 – CE, MA, PI • Na dúvida, solicite a cédula do CPF.
dos, em 30% dos casos a pessoa já Código 4 – PE, RN, PB, AL • Consulte serviços de proteção ao
foi inadimplente. Código 5 – BA, SE crédito antes de liberar a mercado-

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ria. Ao consultá-lo, não se esqueça considere a possibilidade de condi- 2º Sem fundos (2ª apresentação)
de que você deve informar o número cionar a entrega da mercadoria para 3º Conta encerrada
do CPF/CNPJ, o código do banco, o após a compensação do cheque. 4º Prática espúria
número da agência, do cheque e da • Não troque cheques por dinheiro, 5º Sustado pelo próprio correntista
conta corrente com dígito. nem aceite cheques de terceiros. 6º Sustação do pagamento pelo
• Desconfie de cheques amarela- • Utilize sempre uma política única e emitente ou pelo portador do che-
dos. A conta pode estar que (contra-ordem ou
inativa/encerrada. oposição ao pagamento)
• Redobre a atenção às
Estimativas da Federação do 7º Divergência de assinatu-
sextas-feiras (principal- Comércio revelam que foram ra (válida se houver saldo)
mente após o fechamento aproximadamente R$ 83,4 8º Cancelamento do talo-
bancário) e durante o fim bilhões perdidos entre nário pelo banco sacado
de semana. fraudes e cheques devolvidos 9º Sustação do pagamen-
• Redobre a atenção em
de março de 2007 a fevereiro de to ocasionada por furto
relação a cheques pré- ou roubo
datados.
2008 no País. 10º Bloqueado por não-con-
• Veja se o cliente anota firmação do recebimento
o valor da compra no canhoto; se clara para recebimento de cheques. do talonário pelo correntista
não anotar, desconfie. • Explique a seus clientes que tais pro- 11º Erro formal no preenchimento
• Informe claramente sua política cedimentos visam proteger pessoas 12º Cheque fraudado ou emitido
em relação à aceitação de cheques. honestas como ele, evitando a circula- sem aviso prévio, controle ou res-
• Não aceite cheques com o valor ção de cheques roubados/falsificados. ponsabilidade do banco (cheque
maior da compra, nem reembolse universal), ou ainda com adultera-
o cliente pela diferença. MOTIVOS DE DEVOLUÇÃO ção de praça sacada, ou com rasu-
• Dependendo do risco da operação, 1º Sem fundos (1ª apresentação) ra no preenchimento. ¢

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tom coelho
formado em Economia pela FEA/USP e em Publicidade pela ESPM/SP, com especialização em Marketing pela Madia Marketing
School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é consultor, professor universitário, escritor, palestrante e diretor da Infinity
Consulting. Também é diretor estadual do NJE/Ciesp. E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br

Como falar
em público
“Quando falares, procura que as tuas palavras sejam melhores que o teu
silêncio.” (Provérbio indiano)

T
ratando-se de comunicação, fruto de sua experiência pessoal, que esse tema não constava de meu
é impossível deixar de abor- acadêmica ou profissional. O fato é portfólio e que precisaria prepará-
dar a importância de apren- que conhecer o assunto com certa lo. Durante seis meses li uma varie-
der a falar em público. profundidade torna sua exposição dade de livros sobre o assunto até
Pesquisas feitas em diversos mais original, espontânea e caden- estar pronto para discorrer sobre o
países indicam que o medo de falar ciada. Em 2005, após apresentar tema. Hoje esse é um de meus obje-
em público é tão significativo que a palestra “Sete Vidas”, na Adidas tos de estudo favoritos e a palestra
chega a superar o medo da morte! do Brasil, o presidente da empre- “Construindo um Dia de 30 Horas”,
Independentemente de sua po- sa, Marcelo Ferreira, solicitou-me um dos temas mais requisitados.
sição profissional ou social, em al-
gum momento será necessário falar
para uma platéia. Pode ser durante
uma palestra sobre administração
do tempo. Na ocasião, informei-o de 2 Conheça seus ouvintes. Sai-
ba previamente com quem irá
falar e busque informações sobre
uma reunião na empresa, na seu perfil. Cada audiência deman-
apresentação de um trabalho da uma abordagem diferenciada,
acadêmico, durante um even- porque tem características e expec-
to social ou mesmo em ocasi- tativas próprias. Imagine como di-
estratégia

ões informais com os amigos. rigir-se a estudantes e executivos,


Todos nós podemos apren- jovens e idosos, pós-graduados e
der técnicas para falar em pessoas com menor instrução.
público, superando receios e
constrangimentos.
Em 1998 eu nem sequer
3 Conheça o espaço físico.
Visite com antecedência o am-
biente no qual irá discursar.
imaginava que um dia po- Avalie suas dimensões e o im-
deria seguir uma carreira pacto sobre a acústica, a dispo-
como palestrante profissional. Na sição dos assentos em relação
ocasião, enquanto empresário, ao palco ou ao local em que você
identifiquei a necessidade de me- ficará postado, o índice de lumino-
lhorar minha comunicação e pro- sidade, as áreas de circulação.
curei o Instituto Reinaldo Polito
para fazer seu Curso de Expressão
Verbal. Muitos foram os ensina-
4 Use a roupa certa. Terno e
gravata para homens, tailleur
para as mulheres, certo? Não neces-
mentos que guardo comigo: sariamente. Dependendo das carac-

1 Domine o tema. Procure falar


a respeito de um assunto sobre
o qual você tenha domínio. Pode ser
terísticas do evento, um traje mais
informal pode ser recomendável e
garantia de sucesso. Já participei de

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convenções de empresas nas quais piadas. Todavia, caso deseje fazê-lo,
substituí o conjunto cami- evite piadas de cunho político
sa social, gravata e pale- e religioso, pois é grande o
tó pela camiseta com o risco de agradar a alguns e
tema do evento. Isso ferir outros tantos.
gera proximidade
e sinergia com os
participantes.
12 Planeje o dis-
curso. Começo,
meio e fim. Definir uma

5 Dê colorido à
sua voz. Uma pa-
lestra tem como carac-
estrutura lógica para sua
apresentação ajudará você
a concatenar suas idéias, fa-
terística o fato de ser um cilitando o entendimento da platéia.
monólogo, ainda que o confe- Faça a abertura informando sobre o
rencista utilize recursos variados, in- que irá falar, desenvolva o raciocí-
cluindo a participação da platéia. Por nio e conclua, trazendo um pequeno
isso, durante a exposição, alterne a resumo antes do fechamento.
entonação e a velocidade da voz.

6
municação interpessoal não está na-
Pronuncie bem as palavras. quilo que você diz, mas em como diz. 13 Fale de improviso. É im-
portante ter uma estrutura
Além de pronunciar as vogais
em ditongos e os ‘r’ e ‘s’ em finais de9 Conquiste a atenção dos ou- de discurso mentalmente definida,
vintes. Olhe com atenção para mas não se apegue a isso como car-
palavras, atente para evitar o uso a platéia, percorrendo todo o am- tilha, e sim como um guia.
de cacofonias como ‘né’, ‘ããã’, entre biente. Aproxime-se das pessoas e
outros. Aprimore sua dicção, articu- procure interagir com elas. A ordem
lando com correção palavras e sons.
14 Responda a perguntas.
Coloque-se sempre disponível
é persuadir e cativar o público. E para responder aos questionamentos

7 Cuidado com o vocabulário. lembre-se: os primeiros minutos de dos participantes. É evidente que
A linguagem utilizada deve estar sua exposição são fundamentais. Em para fazê-lo você deverá dominar o
alinhada ao perfil dos participantes. minhas palestras, costumo aliar re- tema, mostrando-se preparado para
Além disso, tenha atenção especial cursos audiovisuais a fim de ganhar um eventual debate. Mantenha a se-
em relação às regras gra- renidade e não se acanhe
maticais, conjugação de a boa NoTÍCia É QUe ToDoS NÓS em declinar de perguntas
verbos, concordância, coe-
poDemoS apreNDer TÉCNiCaS para para as quais desconhece a
são e coerência textual. resposta. Demonstre uma

8 Use a expressão cor- falar em públiCo, SUperaNDo postura segura. Minha


poral. Albert Mehra- reCeioS e CoNSTraNGimeNToS, experiência tem mostrado
bian, professor emérito de alCaNÇaNDo ÊXiTo Na que o questionamento de
psicologia da Universida- TraNSmiSSÃo Da meNSaGem um corresponde à dúvida
de da Califórnia (UCLA), de outros, permitindo-me,
conduziu a partir de 1967 estudos a atenção dos participantes com sons inclusive, escrever posteriormente
que originaram a ‘Teoria 7-38-55’, e imagens que se integrem à minha sobre o assunto em pauta.
publicada no Journal of Consulting voz e ao conteúdo transmitido.
Psychology com o título “Inference of
attitudes from nonverbal communi- 10 Cultive o bom humor. Con- 15 Capriche no encerra-
mento. Uma mensagem
duza sua apresentação com poderosa e consistente ao término
cation in two channels” (Inferências naturalidade e descontração, trans- de sua apresentação poderá ga-
das atitudes a partir da comunicação mitindo a mensagem desejada de nhar a simpatia dos ouvintes. Con-
não-verbal em dois canais). O estu- forma agradável, com tranqüilidade forme relatei no início, meu intuito
do indica que no processo de comu- e toques de bom humor. Um sem- foi somente compartilhar algumas
nicação, somente 7% do impacto da blante sereno e um sorriso autêntico sugestões. Essas dicas e muitas
mensagem decorre de seu conteúdo, são capazes de quebrar resistências. outras podem ser encontradas com
38% da comunicação verbal e 55% da
linguagem não-verbal (gestos, postu- 11 Cuidado com piadas e maior detalhamento e riqueza de
desculpas. Bom humor não exemplos nas obras do professor
ra, contato visual). O sucesso da co- remete necessariamente a contar Reinaldo Polito. 

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CRISE FINANCEIRA

mercadO
fOrtalecidO?
HÁ QUEM DEFENDA QUE A CRISE FINANCEIRA MUNDIAL NÃO TRARÁ
GRANDES PROBLEMAS PARA O BRASIL. ALGUNS DADOS JÁ APONTAM
OS EFEITOS NA ECONOMIA DO PAÍS

A
crise instalada no comportavam. A partir da inadim- seguida, o Federal Reserve (Fed, o
sistema financeiro plência, a falência foi inevitável. O banco central americano) e o banco
mundial está dei- banco de investimentos Lehman central europeu derramaram di-
xando os empresá- Brothers, o quarto maior dos Esta- nheiro nos mercados financeiros —
rios preocupados. dos Unidos, não resistiu e fechou já que sem crédito a economia não
Desde a depressão as portas. O mesmo ocorreu com o funciona. Paralelamente, as prin-
da década de 1930 não se via um Bear Stearns (vendido ao JPMorgan cipais bolsas do mundo operaram
cenário econômico tão marcante. O Chase) e o Merrill Lynch (vendido ao em baixa. Em Londres, caiu 3,92%;
mercado imobili- o mercado francês
ário, após anos de recuava 3,78%; a
“nOssa pOlÍtica mOnetária é a mais
juros baixos, esti- Bolsa de Valores de
mulou a concessão
cOrreta, pOrque seguramOs O São Paulo (Boves-
de crédito e bancos créditO. ajudamOs a liberaçãO de pa) fechou o pregão
americanos em- liquidez dO sistema” em baixa de 7,59%.
prestaram dinheiro Desde então, os
em demasia — inclusive àqueles sem Bank of America). Para estagnarem mercados passam por um período de
histórico de crédito. Segundo Miguel prejuízos, os investidores venderam volatilidade elevada.
Ignatios, presidente da Associação ações, não só nos Estados Unidos e
dos Dirigentes de Vendas e Marke- na Europa, mas também em merca- BrasiL X crise mundiaL
ting do Brasil (ADVB), o risco foi 30 dos emergentes, como o Brasil. Em A crise global começa a dar os pri-
vezes maior do que meiros sinais em
o capital que

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território nacional. O su- crise. “Outros mercados
perávit da balança comer- importantes são a Ásia
cial no mês de outubro, (19% do total exportado)
até a terceira semana, e a América Latina (cerca
registrou uma queda de de 24%).  Uma estratégia
56,9%, com média diária é continuar diversifican-
de US$ 67,2 milhões. Se- do as vendas, melhoran-
gundo dados da Fundação do a competitividade e o
Getulio Vargas (FGV), a marketing”, finaliza.
confiança do consumidor Para o Brasil não per-
também caiu — de 16,9% der o foco e garantir as
para 10,1%. Apesar dis- importações, será impor-
so, especialistas continu- tante recepcionar nossos
am apostando no Brasil. investidores por meio
“Nossa política monetá- de reformas tributárias.
ria é a mais correta, por- “Precisaremos rever nos-
que seguramos o crédito. sas políticas tributária e
Ajudamos a liberação de fiscal, além de toda a buro-
liquidez do sistema”, co- cracia brasileira”, afirma
menta Ignatios. Miguel Ignatios. Além dis-
Lia Valls Pereira, pes- so, as empresas nacionais
quisadora do Instituto estarão mais valorizadas,
Brasileiro de Economia pois temos produtos de
da Fundação Getulio qualidade, sobretudo no
Vargas (FGV), explica setor musical.
que o Banco Central re-
duziu a taxa do Depósito Áudio e
Compulsório (parcela de Segundo Miguel Ignatios, presidente da ADVB, os bancos instrumentos
depósitos que os ban- americanos trabalhavam com um risco 30 vezes maior do que o musicais
capital que comportavam
cos depositam no Banco O mercado musical bra-
Central) e, dessa ma- sileiro está otimista, ape-
neira, sobrará mais dinheiro para sas tarifas já são, em alguns casos, sar da preocupação. Neste ano, os
empréstimos. “Acredito que os pro- relativamente elevadas”, opina Lia. negócios realizados na Expomusic
jetos de investimentos no País po- A pesquisadora da FGV comen- movimentaram R$ 150 milhões,
derão ser reduzidos, mas em menor ta ainda que temos a vantagem 10% a mais que no ano passado (ver
escala que nas crises passadas.” de uma exportação diversificada página 92). Perante os empresários
No geral, a situação econômica geograficamente. Em 2008, no estrangeiros, somos o principal país
brasileira dependerá da extensão acumulado de janeiro a agosto, da América Latina para seus inves-
e da duração da crise timentos. “Por causa da
mundial. As exporta- crise  nos  Estados Uni-
ções nacionais enfren- O superávit da balança dos, perdemos aproxima-
tarão um cenário mais comercial no mês de outubro, damente 20% das  ven-
desfavorável e os preços até a terceira semana, registrou das lá, o que nos fez abrir
das commodities deve- uma queda de 56,9%, com média os olhos para a América
rão cair. diária de US$ 67,2 milhões Latina.  O Brasil tem
As barreiras para a um mercado globalizado
entrada dos produtos no com marcas americanas,
Brasil se referem à tarifa de impor- cerca de 14% do total exportado européias e asiáticas”, opina David
tações que varia entre 10% e 18%. foi para os Estados Unidos e 24% Kelley, vice-presidente da Tycoon.
“Não espero que aumente o prote- para a União Européia — os mer- Richard Boveri, gerente de ven-
cionismo no caso brasileiro. As nos- cados mais atingidos pela atual das da D’Addario — distribuída

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CRISE FINANCEIRA

brasileiro comprava produtos im-


as eXpOrtações portados”, desabafa. Mesmo assim,
ele acredita que o Brasil ainda pode
A Música & Mercado conversou com Bruno crescer. “O mercado por aqui pare-
Amado, gestor de projetos da Apex-Brasil, sobre as ce mais estável. Existe a diversida-
exportações diante da atual crise financeira mundial. de cultural”, completa.
» Como a crise mundial e a falta de crédito no
mercado estão afetando os negócios da Apex-Brasil? o Futuro
Várias economias apresentam recessão. Com todos esses dados referentes à
Trabalhamos nesse cenário desde o ano passado, o economia mundial, o momento é de
que implicou a reestruturação do nosso programa expectativa. As corporações estão le-
de promoções e investimentos. Se alguns países vando a situação com cuidado. “Para
estão estagnados, devemos nos aproveitar disso. O
a iniciativa privada, o momento não
que quero dizer é que o Brasil cresce muito bem.
Acredito que não é hora de reduzir os investimentos, mas de investir mais. É o é de redução de investimentos, mas
momento de ganharmos mercado. de cautela. As empresas que já in-
vestem no Brasil não irão parar.
» Como ficam as exportações com a instabilidade do dólar? Não reduzirão seus investimentos,
A taxa de câmbio pode continuar oscilando por causa do processo de recessão porque já estamos no fim do ano”,
da economia americana. Todavia, a valorização do dólar é um processo natural
orienta o presidente da ADVB.
e momentâneo. Não acredito que ele fique valorizado pelos próximos dois anos.
Mesmo assim, diante de um dólar em queda, como vinha ocorrendo até a crise É o que está fazendo a Gianni-
estourar, a Apex-Brasil teve uma atuação mais forte para diversificar a pauta de ni. Segundo o gerente de marketing
exportações e colocar novas empresas no mercado internacional. Flavio Giannini, a empresa ainda
não sentiu os efeitos da crise, pois
» Quanto o Brasil exportou de instrumentos musicais em 2008? o orçamento de 2008 foi bastante
Até julho deste ano, exportamos US$ 12,865 milhões. Durante os meses em equilibrado. “Ainda não sabemos
que o dólar esteve abaixo de R$ 1,70, nossos produtos ficaram com preços
como ficará o mercado no próximo
pouco competitivos no cenário internacional. A partir da valorização do dólar
frente ao real, conseguiremos oferecer os mesmos produtos, com a mesma ano. Estamos orçando nossas ações
qualidade, e por um preço mais competitivo. A Apex-Brasil tem um projeto com muita precaução. Tudo depen-
setorial integrado de apoio às exportações de instrumentos musicais. Em derá do novo patamar do dólar.”
2007, as empresas participantes venderam US$ 3.140.996. Até maio deste Lucio Grossmann, diretor co-
ano, o número estava em US$ 1.349.592. mercial da Pride Music, acredita
que o atual cenário torna o Brasil
» Já tomaram alguma decisão para amenizar os efeitos da crise?
Apoiamos 62 setores da economia e, até o fim do ano, outros quatro terão mais interessante, uma vez que
projetos aprovados conosco. Além disso, passamos a atuar por meio dos os mercados europeu e americano
complexos produtivos, ou seja, em vez de promover somente ações separadas estão enfraquecidos. Como a em-
com cada setor, passamos a agrupá-los em eventos externos, que dão mais presa trabalha com marcas líderes
impacto de imagem e resultados de negócios. no segmento, isso faz com que a
crise seja branda. “Acredito que a
pela Musical Express — concorda. ganham destaque”, finaliza. tempestade diminuirá em algumas
Está no Brasil há 15 anos e os ne- Tatsushiro Date, presidente da semanas, só depois conseguiremos
gócios são quatro vezes maiores do Yamaha na América Latina (menos estipular nossos preços.”
que o ramo mexicano, por exemplo. Brasil e México), acha que o País O momento é de reflexão. Chris
“Ainda não percebemos nenhum im- tem um ótimo mercado. Os negó- Adams, diretor de vendas interna-
pacto no Brasil com a crise mundial, cios da empresa cresceram cerca de cionais da M-Audio (distribuída pela
já que estamos crescendo. Porém, 40%. Porém, ainda há apreensão: Quanta Music), diz que um dos pro-
em outros países, sim. No México, “Não sei até quando essa situação blemas do Brasil é mesmo o preço
o mercado caiu 30%.” Para ele, a ficará assim, porque, com a alta dos produtos. “Os valores precisam
competitividade no País com produ- do dólar, as coisas mudam. Eu era ser mais atrativos. Os distribuido-
tos nacionais depende do dólar. “Se presidente da Yamaha no Brasil res querem lucro, os lojistas querem
o dólar ficar baixo, melhor. Quando quando a moeda americana valia lucro. Ninguém pensa que, se redu-
está em alta, as marcas nacionais R$ 4. Foi muito difícil, nenhum zir um pouco o preço, as vendas au-

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Lucio Grossmann, diretor comercial da Pride Music, acredita que o atual
cenário torna o Brasil mais interessante

mentarão e compensarão a margem sical e gosta de ritmos de percussão.


menor.” Para ele, isso barra o cresci- É importante investir em educação
mento da marca no mercado. para as pessoas se interessarem
A educação continuará sendo mais.” A empresa costuma ouvir os
primordial para o ramo. O conheci- bateristas e suas necessidades para
mento é essencial para a compra de desenvolver produtos de qualidade
um produto caro e de alta tecnolo- e justificar para o consumidor por
gia. “Eu não vendo um instrumen- que eles custam mais caro.
to, mas um equipamento que neces- Billy Gill, gerente de vendas
sita de informação para usá-lo. Isso para o Canadá, EUA, Américas do
ocorre no mundo todo. No entan- Sul e Central, da Warwick, comen-

“Para a iniciativa privada, o momento


não é de redução de investimentos,
mas de cautela. As empresas que já
investem no Brasil não irão parar.
Não reduzirão seus investimentos,
porque já estamos no fim do ano”

to, o Brasil tem um mercado muito ta que o ramo no Brasil é mais de-
grande e precisa ser ‘educado’ nesse senvolvido do que no restante da
sentido”, completa Adams. América Latina. Segundo ele, como
Mark Dyke, diretor  de vendas a crise econômica está afetando o
e marketing da Vic Firth (distribu- mercado todo, em especial os EUA,
ída pela Izzo), concorda. Ele acha as empresas começarão a procurar
que o País tem muitas oportunida- mais a América Latina nos próxi-
des de negócios. “A população é mu- mos três anos. ¢

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Untitled-3 3 27/10/2008 11:49:12
TECNOLOGIA

EM BUSCA DA
PERFEIÇÃO
COM O DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO PRODUTO, A TECNIFORTE
ABRE SUAS PORTAS PARA UM NOVO NICHO: O MERCADO MUSICAL

A
concorrência que estar trazendo resultados:
se prepare, porque otimista, Klajman sente
o empresário Da- que a meta de vendas
niel Klajman, da estabelecida para um
Tecniforte, afirma ano pode ser atingida
fabricar os melho- em seis meses, meta-
res cabos do mercado. Na verdade, de do tempo.
não se trata de uma declaração sem Até agora foram
propósito. Para desenvolver o pro- desenvolvidos três
duto, que passou a ser comercializa- modelos: o High Cle-
do no País em julho, foram necessá- ar, para guitarra, baixo
rios dois anos de pesquisas e testes, e violão; o No Loss, para
incluindo análises de modelos im- pedal, e o True Voice,
portados de qualidade. Ainda nova para microfo-
no ramo musical, a marca parece ne. No entanto,
apesar de nova no segmento mu-
sical, a Tecniforte está há 15 anos
no mercado. O carro-chefe sempre
foram cabos especiais em rolos ou
bobinas para setores como auto-
motivo, industrial e sonorização.
A idéia de fabricar cabos mon-
tados para instrumentos musicais
surgiu em 2006, por meio de um
amigo músico que apresentou o
empresário para os lojistas da rua
Teodoro Sampaio, em São Paulo.
“Descobri que a reclamação sobre
os cabos era a mesma. Os produ-
tos brasileiros não tinham a qua-
lidade dos importados e, em con-
trapartida, os modelos de fora não
FABRICAÇÃO AMPLIADA
A PRODUÇÃO DE CABOS PARA O SETOR possuíam preço bom.”
MUSICAL REPRESENTA 5% DO TOTAL Ao perceber a necessidade do
DA FÁBRICA, MAS A PRETENSÃO DA mercado, Klajman foi atrás de ma-
TECNIFORTE É ATINGIR 50% neiras de desenvolver a mercado-

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ria com preço viável e de forma a
manter a qualidade de sinal e du-
rabilidade. “Eu queria alcançar o
nível de perfeição que não existia
aqui, atingindo os importados.” A
empresa hoje oferece dez anos de
garantia do produto, não só contra
defeitos, mas também em relação
a perdas de qualidade.

Produto
Uma das características que o fa-
bricante ressalta é a cobertura de
99% de malha de cobre no interior
dos cabos. “Nos concorrentes, a
porcentagem máxima que se en-
contra é de 95%, 96%”, diz. Hoje
Klajman tem orgulho ao afirmar
que a malha de seus produtos é a
mais fechada que existe no mer-
cado. Com isso, ele revela que a
probabilidade de o cabo de-
formar com alguma torção,
por mais aguda que seja, é qua-
se nula. Outro detalhe ressaltado O fabricante ressalta a cobertura de 99% de malha de cobre no interior dos
sobre o produto são as duas cama- cabos, a mais fechada do mercado

MM39_TECNIFORTE.indd 83 11/11/2008 15:57:39


TECNOLOGIA

PRODUTOS
AO PERCEBER A NECESSIDADE DO MERCADO,
KLAJMAN FOI ATRÁS DE MANEIRAS DE
DESENVOLVER A MERCADORIA COM PREÇO
VIÁVEL E QUALIDADE

das de cobertura de borracha: uma tou nos últimos ajustes. “Depois mercadoria. O que eu achava que
macia, no interior, e uma dura, do desenvolvimento, o resultado seria demorado para ser reconhe-
para proteção externa. ficou melhor do que esperávamos”, cido já estou vendo que será um
Para o plugue foi escolhida a comenta o empreendedor. ‘boom’ muito maior e mais rápido
marca norte-americana G&H In- do que imaginava.”
dustries, com a qual o empresário MErCAdo A empresa revela ter recebido
firmou parceira de exclusividade. Klajman revela ter acreditado no resposta positiva de todos os endor-
“O nome ainda não é muito conhe- produto desde o início do projeto, sees contratados: Andreas Kisser,
cido no Brasil por eu ser o primei- o que o fez preparar uma linha de Paulo Xisto, Lobão, Joe Moghra-
ro a trazê-lo para cá. bi, Marcio Sanches,
Fiz teste de resis- Claudio Machado,
tência com alicate, “FIZ TESTE DE RESISTÊNCIA COM Tihuana, Caballero e
fazendo força para o ALICATE, FAZENDO FORÇA PARA O Leo Mancini.
plugue entortar. Ele PLUGUE ENTORTAR. ELE PRATICAMENTE Atualmente, a
praticamente não NÃO SOFREU DANIFICAÇÃO.” produção de cabos
sofreu danificação. para o setor musical
Percebi na marca óti- representa 5% do
ma resistência mecânica e melhor produção com capacidade para o total da fábrica, mas a pretensão
transferência de sinal do que em dobro de sua meta inicial, que era é atingir 50% de participação na
qualquer outra.” Antes de firmar a fabricação de 5 mil peças ao mês. linha de produção. “Encontramos
a parceria, o lançamento foi feito Apesar de a Tecniforte ainda en- um nicho a ser explorado.” Após
com o plugue Amphenol, que já frentar os desafios de uma marca firmar a presença no mercado
teve a produção encerrada. nova no mercado, as perspectivas nacional, os próximos passos são
Antes de iniciar as vendas, o da fábrica são grandes. “Só pelo exportar para a América Latina e
produto foi entregue a estúdios e boca-a-boca já tem gente entrando para os Estados Unidos, finaliza
músicos para testes, o que resul- nas lojas e perguntando sobre a o empresário. 

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MM39_TECNIFORTE.indd 84 11/11/2008 15:57:49


Untitled-1 1 22/10/2008 16:49:50
LEGISLAÇÃO

RESPONSABILIDADE
TRANSFERIDA
O ESTADO DE SÃO PAULO AMPLIOU MAIS UMA VEZ A SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTÁRIA DO ICMS

A
partir de dezem-
bro, novos itens “O GOVERNO DE SÃO PAULO DETERMINOU
entrarão no meca- QUE CONTRIBUINTES DO INÍCIO DA
nismo de arreca- CADEIA PRODUTIVA OU COMERCIAL SEJAM
dação de tributos
OS RESPONSÁVEIS PELO PAGAMENTO
pelo governo bra-
sileiro. Agora, por meio da substitui- ANTECIPADO DO ICMS, NO LUGAR DOS
ção tributária, contribuintes do início DEMAIS MEMBROS DA CADEIA”
da cadeia produtiva ou comercial são
responsáveis pelo pagamento anteci- A substituição tributária é um re- posto, eles deverão fazer o cálculo
pado do Imposto sobre Circulação de gime jurídico tributário em que o do ICMS que seria devido na ca-
Mercadorias e Serviços (ICMS). Con- governo transfere a responsabili- deia produção/comércio e incluir na
centrar a fiscalização nas indústrias dade pelo pagamento do Imposto venda a ser realizada, repassando
é uma das vantagens para o Estado, sobre Circulação de Mercadorias e esse dinheiro para o Estado.
além da antecipação do Serviços (ICMS) de um para outro
fluxo de caixa, como contribuinte. O governo de São » Ela é válida para todo o
explicou o conta- Paulo determinou que contri- Brasil?
dor Vicente Se- buintes do início da cadeia Existe em todos os Estados brasi-
vilha Júnior, da produtiva ou comercial se- leiros. Porém, cada um determina
Sevilha Con- jam os responsáveis pelo suas regras, inclusive a lista de
tabilidade, de pagamento antecipado do produtos sujeitos à substituição,
São Paulo, SP, ICMS, no lugar dos de- que pode variar de uma para outra
à Música & mais membros da cadeia. Unidade da Federação.
Mercado. Em vez de o fabricante,
distribuidor ou varejista » Quais são as espécies de
» O que é pagar seu ICMS por meio substituição tributária no ICMS?
exatamente a do Regime Jurídico Tribu- Pode ocorrer de três diferentes
substituição tário de Sujeição Passiva formas:
tributária? por Substituição com Em Operações Antecedentes,
Retenção do Im- em que ocorre um adiamento do
momento do pagamento do im-
posto. O governo autoriza que
a empresa realize determinada
operação, vinculada a algumas

PAGAMENTO ANTECIPADO
PARA O CONTADOR SEVILHA JÚNIOR, AS
VANTAGENS DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SERÃO O EQUILÍBRIO NA DISPUTA COMERCIAL
E O IMPEDIMENTO DE QUE COMERCIANTES
SONEGADORES TENHAM REGALIAS

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FIQUE ATENTO!
Cada Unidade da Federação tem autonomia para determinar quais produtos estão
sujeitos ao Regime de Substituição Tributária em seu território. No Estado de São
Paulo, os instrumentos musicais ainda não constam na lista de produtos sujeitos a
esse regime, porém, no Estado de Minas Gerais, sim.
Consulte:
• Para São Paulo, o site da Secretaria da Fazenda é www.fazenda.sp.gov.br. O
Regulamento do ICMS/SP pode ser encontrado em http://www.fazenda.sp.gov.br/
legis/ind_art.asp. Já os artigos do RICMS/SP que cuidam da ST podem ser lidos em
http://www.fazenda.sp.gov.br/legis/art260.asp.
• Nas demais unidades da Federação, cada Secretaria da Fazenda tem um site
específico. A lista dos endereços eletrônicos das Administrações Tributárias de cada
Estado pode ser vista em http://www.receita.fazenda.gov.br/links/links_at_estad.htm.

Obs.: As listas na maioria dos endereços podem estar desatualizadas, pois as


mudanças na legislação são freqüentes.
regras, e pague o imposto em um
momento seguinte. Por exemplo,
quando as empresas enviam pro- “PARA PRODUTOS DO SEGMENTO
dutos para beneficiamento fora de FONOGRÁFICO, O PERCENTUAL DE
seu estabelecimento.
MARGEM DE VALOR AGREGADO FOI
Em Operações Concomitantes,
nas quais ocorrem duas operações ESTABELECIDO EM 25%”
ao mesmo tempo, sendo unificada
a tributação em apenas uma delas. to, o agente arrecadador já recebe fiscal perdem eficácia, podendo le-
Por exemplo, no transporte de mer- antecipadamente um tributo. var a um aumento de arrecadação.
cadorias, em que o remetente ou o
tomador substitui o transportador. » É uma forma de o governo » Quais as vantagens e
Ou em Operações Subseqüen- arrecadar mais? desvantagens da substituição
tes, aquelas em que o governo exi- A tributação é apenas antecipada tributária?
ge o pagamento do imposto nas e não majorada. Porém, é comum Para os cofres públicos: a vanta-
primeiras etapas da cadeia pro- que no varejo existam vendas não gem é a antecipação de receitas
dutiva/comercial. declaradas ao fisco, mediante pro- e, indiretamente, um aumento na
cedimentos de sonegação que in- arrecadação.
» Ela foi implantada para cluem até a não-emissão de notas Para os empresários: a desvanta-
facilitar a fiscalização? fiscais. Tributando na fabrica- gem é o aumento no custo financei-
É difícil definir o objetivo ção, esses procedimen- ro dos estoques, representado pela
primário do fisco ao incluir tos de evasão maior necessidade de capital de giro.
produtos no regime de Favorável — uma vez que todos so-
substituição tributária. fram incidência uniforme do tributo
Concentrar a fiscaliza- — é o equilíbrio na disputa co-
ção nas indústrias é mercial e o impedimento
uma das vantagens de que comercian-
que o Estado colhe, tes sonegadores
mas há também an- tenham regalias
tecipação do fluxo sobre outros que pa-
de caixa, uma vez gam seus impostos.
que, em vez de Para a população:
esperar o produ- a desvantagem é o
to percorrer toda a repasse dos custos fi-
cadeia produtiva/ nanceiros para o preço
comercial para ir e, a favor, uma maior
pagando o impos- arrecadação, elevando o

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LEGISLAÇÃO

poder do Estado em fornecer


atendimento às necessida-
des públicas.
QUEM ESTÁ
ISENTO
» Como é o imposto? • Integração ou consumo em
No caso de sujeição passi- processo de industrialização.
va por substituição, a base • Estabelecimento, exceto de
de cálculo é o preço má- microempresa, quando a operação
subseqüente estiver amparada por
ximo ou único de venda
isenção ou não-incidência.
utilizado pelo contribuinte • Outro estabelecimento do mesmo
substituído — fixado pelo titular, desde que não varejista.
fabricante, importador ou • Outro estabelecimento responsável
autoridade competente. pelo pagamento do imposto por
Na falta desse preço, o va- sujeição passiva por substituição,
em relação à mesma mercadoria ou
lor — incluídos aqueles corres-
a outra mercadoria enquadrada na
pondentes a frete, carreto, mesma modalidade de substituição.
seguro, impostos e outros • Estabelecimento situado em outro
encargos transferíveis ao Estado.
varejista — é acrescido do
valor resultante da apli- co na tabela abaixo.
cação de percentual de As margens de valor agrega-
margem de valor agre- do variam. Existem situações em
gado, estabelecido pela que o cálculo requer a aplicação
legislação em cada caso. de margens de valor agregado
Para produtos do ajustadas conforme previsto na
segmento fonográfico, o legislação, o que torna o cálculo
percentual de margem complexo. É indispensável que as
de valor agregado foi empresas procurem seus contado-
estabelecido em 25%. res para formatarem seus cálculos
Veja um exemplo práti- de maneira adequada. 

PREÇO DE VENDA DO FABRICANTE/IMPORTADOR


Arrematante (inclusos IPI e Frete) R$ 100,00 (A)
Alíquota do ICMS próprio 18% (B)
ICMS Próprio devido normalmente R$ 18,00 (C) [A x B]
Margem de Valor Agregado Fixada em Lei: 25% (D)
Preço do Varejo — Base de Cálculo do ICMS R$ 125,00 (E) [(A x D) + A]
Substituição
Alíquota do ICMS do Produto 18% (F)
ICMS Substituição R$ 22,50 (G) [E x F]
ICMS Próprio R$ 18,00 (H) [= C]
ICMS Substituição a ser Cobrado do Cliente R$ 4,50 (I) [G – H]
ENTÃO A NOTA FISCAL IRÁ DEMONSTRAR:
Preço de Venda do Fabricante/Importador
Arrematante (inclusos IPI e Frete) R$ 100,00 (J) [= A]
ICMS por substituição tributária R$ 4,50 (K) [= I]
Total a ser pago pelo comprador R$ 104,50 (L) [J + K]

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Mega Disconildo - Duque de Caxias/RJ - (21)2672 7300 A Serenata - Belo Horizonte/MG - (31)3211 1313 Musical Marcatto - Belo Horizonte/MG - (31)3224 6655
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2008
FEIRA INTERNACIONAL DA MÚSICA SUPERA EXPECTATIVAS COMERCIAIS
COM 200 EXPOSITORES, CERCA DE 20% A MAIS QUE NO ANO PASSADO

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uem visitou o pa- cebeu mais de 50 mil pessoas. Com empresários estrangeiros, a res-
vilhão do Expo uma área de 16 mil m2, os corre- posta foi unânime: o País é o prin-
Center Norte em dores e estandes ficaram lotados. cipal da América Latina para re-
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entre os dias 24 foram apenas os visitantes brasi- a Expomusic movimentou R$ 150
e 28 de setembro, leiros que ficaram impressiona- milhões, 10% a mais que no ano
pôde conferir o dos. Quando perguntados sobre o passado. “O crescimento vegeta-
sucesso da feira neste ano, que re- mercado musical brasileiro para tivo da população, o aumento da

TAGIMA
DEPOIS DO EVENTO TAGIMA DREAM
TEAM, UM STAND QUE VIROU
REFERÊNCIA PARA OS MÚSICOS NA FEIRA

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SURPRESA
A MICHAEL SURPREENDEU
A TODOS COM UM STAND
VOLTADO SÓ AOS PIANOS

renda familiar, o número crescen- Artec, distribuída pela Condorte- fez seu balanço. “Já vim à Expo-
te de festivais e até a populariza- ch, confirmou sua opinião sobre o music cerca de cinco vezes. Ape-
ção dos MP3 players impulsionam mercado brasileiro. “Ele é gran- sar de o mercado no País ser difí-
o mercado musical”, comentou de e tem diversidade cultural. As cil por causa dos impostos, o ramo
Synésio Batista da Costa, presi- pessoas se interessam por novi- está se profissionalizando”, afir-
dente da Associação Brasileira dades. Nossa marca depende de mou. Músicos e artistas também
de Música (Abemúsica). Para Ab- exportações, já que o mercado é visitam a feira para se atualizar
dala Jamil Abdala, presidente da pequeno na Coréia. Do total, 95% e conhecer os principais lança-
Francal, outro fator favorável foi de nossas vendas são para o exte- mentos. Grandes ídolos marca-
o novo formato da feira, que re- rior — desses, 10% correspondem ram presença no evento: Frejat,
servou os dois primeiros dias ex- aos negócios para o Brasil.” Stuart Hamm, Charlie Brown Ju-
clusivamente aos profissionais do Mike ven der Logt, gerente de nior, Lulu Santos, Iggor Cavale-
setor. “Esse modelo permitiu aos vendas da Behringer na Europa, ra, Andréas Kisser, Sandra de Sá,
expositores concentrar as ações Ásia e América Latina, também Henrique Portugal (Skank), Kiko
em seu público-alvo e dessa forma Zambianchi, Júnior, Pepeu Go-
alavancar os negócios.” mes, Felipe Andreoli e Rafael Bit-
tencourt (Angra), Mozart Mello,
150 mil. (2008)
120 mi. (2007)

O MERCADO Kiko Loureiro, Aquiles Priester,


170 (2007)

200 (2008)

Em visita à feira internacional da Paulo Zinner (Golpe de Estado),


música, Seung Young Suk, geren- Celso Pixinga, Gustavo Guerra e
te de vendas da marca coreana NEGÓCIOS EXPOSITORES Theo Werneck, entre outros. 

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FEIRA

1 5 10

6
2 11

3 12
8

4 9 13

1. Equipe da Planet Music 2. Everton, fabricante de boquilhas 3. Equipe de Vendas Casio/Suzuki Musical 4. Visão geral do stand Roland 5. Carlos Jerke e equipe da
Beyma 6. SLM demonstrou diversos equipamentos de DJ 7. Stand da Riole 8. Lucia e Simone, da Luen 9. Fhram: sucesso nas caixas 10. Equipe da Loudvox, da Selenium
11. Domingos, da STS Pedestais 12. Equipe da AMI Music 13. Caimbé: violões bem estruturados

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14 18 23

15 24

19
20

16 25

21

17 22 26

14. Alessandro, Sandra e Jorge Gomes, na Liverpool 15. Diretoria da Musical Express: D’Addario posicionada 16. Valmir e Adilson, da Hotsound 17. Marcelo Rossi e equipe
18. Selenium: nova diretoria e energia! 19. Rogério Raso, da Santo Angelo e equipe de venda 20. José Luiz Ferreira, da Meteoro 21. Ney Nakamura e Marco Vignoli: Tagima no
topo 22. Alberto Batista e vendas da Deval 23. Nadia, da Octagon 24. Clovis e George Ibañez, da C.Ibañez 25. Jean Tanaca e assistente na Tokai 26. Equipe Studio R

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FEIRA

27 31 36

32
28 37

33

29 38

34
30 35 39

27.Kika e Felipe, da Power Click 28. Stand da Stay 29. Departamento de venda das baquetas Alba 30. Equipe de vendas Florence 31. Ricardo Caceres, dos cabos Golden
32. Marshall: a lenda vive 33. Blanco e Paulo Camargo, da Adah 34. Stand da Eletro-Voice 35. Equipe de vendas da Royal Music 36. Alvaro, da Adah Drums
37. Stand da Snake: novos amplificadores 38. Joey, Stuart Hamm e Renata Gomes, da Florence Music 39. Equipe de vendas e marketing da Equipo

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40 44 49

45

41 50

46

42 51

47

43 52

48
40. Brandão, Lucio e Charlie, da Fender 41. Someco: novos produtos e stand cheio 42. Wolf Music: novos no mercado, mas produtos maduros 43. Stand da Quanta AV-Pro
44. Percussões da LP, na Pride Music 45. Alexandre Guedes, da UM 46. Baterias Pearl: modelos e acabamentos impecáveis 47. Vanral: distribuidora estava com marcas próprias
48. Fritz Dobbert: produtos reformulados e lançamentos 49. Leo Gandra e equipe da LMG 50. Stand da Royal: entre e toque 51. Stand da Decomac 52. Pardal, da Yamaha

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FEIRA

53 58 63

54 59 64

55 60 65

56 61 66

57 62 67

53. Equipe da Di Giorgio 54. Sotex faz a festa 55. Stand da Master amplificadores 56. Área de guitarras da Michael 57. Ovation na Sonotec 58. Izzo: marcas fortes e
ótimo sistema de vendas 59. Odair Gonçales, da Oversound 60. Peavey na Someco: guitarras com preços competitivos 61. Stand da Gobos do Brasil 62. Stand da revista
Violão PRO 63. Luiz Roberto, da Eros 64. Músico no stand da Playtech 65. Stand da Soundmaker 66. Stand da Penn Elcon 67. Panorama do stand da Meteoro

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68 73 78

69 74 79

70 75 80

71 76 81

72 77 82

68. Seymour Duncan na Crossover Import 69. Stand de chineses na Expomusic 2008: vendendo na feira 70. Novos produtos na Vogga 71. Basso, correias personalizadas
72. Canaan e Natalio, da Krest Cymbals 73. Valdir Tecco e Jurandir Tecco, da Antera 74. Divisão de baterias e acessórios da Musical Express 75. Luiz Sacoman, da Royal
Music 76. Casio na Expomusic 2008 77. Sopros na Michael Instrumentos 78. Time da Strike Music 79. Orion Cymbals: política de venda e marketing agressivos
80. Diretoria da Bends Harmônicas 81. Stand da Musical Express: padrão D’Addario internacional 82. Diretoria ProShows: novos terrenos em breve

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FEIRA

83 87 92

88
84 93

89

85
90 94

91
86 95

83. Diretoria da Solid Sound 84. Amauri Silva, da Yamaha Brasil 85. Mike van der Logt, da Behringer 86. Marco Soccoli e Mark Dyke, da Vic Firth, no stand da Izzo
87. Chris Adams, da M-Audio, na Quanta Music 88. Stand Yamaha: atendimento e boa presença na feira 89. Billy Gil, da Warwick, no stand Música & Mercado
90. Richard Boveri e Diego Profita, da Lan Music 91. David Kelley, da Tycoon Percussion 92. Staner recebe felicitações da Expomusic 93. Rosana, das baquetas PHD
94. Carlos Cesar Medeiros, da Condortech e diretores da Artec 95. Stand Equipo: império de marcas e inovação

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97 101 102 106

98 103 107

99 104 108

96. Stand da Eagle: muitos consumidores 97. Astor Silva, da Quanta Music 98. Mario Garcia e Sidney Torquetto, da Sparflex 99. Daniel Klajman, da Tecniforte
100. Stand da Chrom: novos no mercado 101. Nelson Jr. no stand da Zoom: demonstração de produtos 102. Stand da Spectral Balance 103. Saad Romano, da Turbo
Music: apostando no público infanto-juvenil 104. Rosi de Jesus, das guitarras Marques 105. Demonstração na N.Zaganin: atenção de todos 106. Pakito e Samantha
Albuquerque, da Roland Brasil 107. Diretoria da Oversound 108. Equipe Odery Drums

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FEIRA

109 114 118

110 119
115

111 120

116
112 121

113 117 122

109. José Roberto e Andre Mattos: marca nova na Rozini 110. Stand da Superlux: opção de microfones 111. Edson Sartori, Thiago e Augusto Cabrera 112. Weril: volta
à Expomusic e nova política de venda 113. Diretoria e equipe de venda da Onerr: novos amplificadores 114. Familia NIG: cordas e pedais para exportação 115. Elixir:
cordas premium e público com dinheiro 116. Stand da Cabrera Pickups 117. Flávio Giannini: empresa voltou a investir 118. Stand da Dobsom 119. Moug: mais espaço
nas lojas 120. Diretoria da Sunset Music 121. Guitarrista testa os amplificadores da Leác’s 122. Músico se apresenta na Izzo

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RODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS

➻ MADE IN BRAZIL
GIBSON ROBÓTICA
O instrumento não precisa de
afinação, pois é feita automaticamente
por meio de tecnologia robótica. Sua
ponte isola cada corda por um anel
de cerâmica. Atrás dele, existem
sensores de vibração que detectam
as notas para cada corda, que são
gravadas em uma placa central.
Contato: (11) 3061-3131 ou
www.madeinbrazil.com.br

➻ ROLAND
V-DRUMS TD-12KV
Tem pads com mesh-head, tecnologia COSM e manuseio ultra-intuitivo
graças ao visor LCD. Apresenta chimbal VH-11, rack MDS-12, clamps
resistentes e fáceis de manusear. Acompanha crash CY12R/C e suporte
de prato MDY-10U. Kit disponível nas cores branca e preta.
Contato: (11) 3087-7700 ou www.roland.com.br

➻ MUSICAL EXPRESS
KIT CABLESTATION DA PLANET WAVES
Tem sistema de montagem com cabos
sem solda. Permite ao músico montar seus
próprios cabos de diversos tamanhos, para
diferentes situações.
Contato: (11) 3158-3105 ou
www.musical-express.com.br

➻ PROSHOWS
OUT SQUARE LED
O aparelho de led
outdoor (IP-65) ➻ FRITZ DOBBERT
trabalha com cinco QUIETTIME GT2
canais DMX e mais Ideal para quem toca em casa, mas sofre
de 200 leds. Tem com a reclamação dos vizinhos, o produto da
baixo calor e baixo PianoDisc funciona com o acionamento de uma
consumo de energia, alavanca que não permite que o martelo bata
ângulo de raio de 40° nas cordas e produza o som acústico. Com a
e tensão Full Range. ajuda de um fone de ouvido, o músico pode ouvir
Contato: (51) 3554-0222 ou normalmente a música que está sendo tocada e
www.proshows.com.br também gravar e reproduzir a sua execução.
Contato: (11) 3974-9111 ou
www.fritzdobbert.com.br

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ODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS

➻ CONDORTECH DO BRASIL
SÉRIE COMEMORATIVA ORANGE OR 50
Com 40 anos de existência, o amplificador tem controle de
Gain, Bass, Middle, Treble, HF Drive e Master Volume.
Contato: (61) 3629-9400 ou www.condormusic.com.br

➻ BAGS IBOX
BB300 – BAG LUXO
IBOX PROFISSIONAL
Para contrabaixo, é forrado com
espuma e isomanta para proteger o
instrumento do calor. Possui bolso
grande para guardar partituras e
cabos, além de alça modelada
com tecido aerado.
Contato: (14) 3366-6355 ou
www.ibox.ind.br

➻ ARWEL
BOCAL BARI ESPIRIT
Produzido com material rígido, é indicado para estudantes e
amadores. Disponível com ou sem braçadeira e cobre-boquilha.
Para clarinete, sax soprano, sax alto, sax tenor e sax barítono.
Contato: (11) 3326-3809 ou www.arwel.com.br

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RODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS PRODUTOS

➻ CRAFTER GUITAR’S
SIGNATURE GUSTAVO GUERRA
Com corpo de basswood, braço de
maple e escala com rosewood. Conta
com dois humbuckers, ponte com
microafinação e tampo de maple
figurado. Contato: (31) 3222-9160
ou www.crafterguitars.com.br
➻ ADAH
PELES GESS DE CARA NOVA
Agora com peles de resposta de bumbo, porosas de filme duplo e
caixa com anel abafador. Kits completos ou somente de tambores.
Contato: (11) 2231-5352 ou www.adahdrums.com.br

➻ METEORO
MCK 200 – EXTREME (HÍBRIDO)
O equipamento tem potência de 200 watts RMS, dois falantes de
12”, entrada e conexão para guitarra com sensibilidade de 100
mv, potência transistorizada e reverb de três molas tipo Hammond.
Mede 690 x 520 x 280 mm e pesa 31 kg.
Contato: (11) 6443-0088 ou www.amplificadoresmeteoro.com.br

➻ SANTO ANGELO
PARA GUITARRA E BAIXO
Fabricadas com matéria-prima importada, as cordas são embaladas a
➻ FONE LYCO vácuo e têm corpos de travamento coloridos. Acompanham palhetas
DJ 100 MK2 com espessura de 1 mm. Modelos: guitarra light e super light (0.009 e
Indicados para uso profissional, 0.010) e para contrabaixo super light quatro e cinco cordas (0.040).
a Lyco traz os fones de ouvido Contato: (11) 2423-2400 ou www.santoangelo.com.br
LCPRO-500 com mobilidade e vedação
do som. Acompanhados de bolsa para
transporte e plugue adaptador P10,
esses fones apresentam potência de
3,5 watts RMS e eficiência de 107 DB.
Contato: www.lyco.com.br

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CAIXAS SPM SELENIUM.
Versatilidade que soa bem em
qualquer ambiente.
C • Bi-amplificada (300W + 100W)
• Circuito de proteção térmica e limiter com visualização de clipping
• Caixa ativa permite conectar 1 caixa passiva (escrava)
M

Y
• Woofer especialmente projetado
CM • Driver de titânio de 1"
MY
• Caixa com design angulado para uso como monitor de palco
• Dispersão sonora da corneta de 90 H x 45 V
CY
SPM 1502 com Pedestal • Suporte para pedestal e 4 insertos para montagem fly
CMY • Pegadores exclusivos (superior e lateral)
K

Linha e MIC Linha e MIC


independentes com independentes com
controle de ganho. controle de ganho.
Linha: Combo P10 Linha: Combo P10
SPM 1202 ou XLR e RCA ou XLR e RCA
MIC: Combo P10 ou MIC: Combo P10 ou
XLR XLR
Linha: XLR Linha: XLR
Escrava: Tipo Speakon Escrava: Tipo Speakon

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PAINEL DE NEGÓCIOS

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MM39_PAINEL DE NEGOCIOS.indd 109 12/11/2008 13:15:57
PAINEL DE NEGÓCIOS

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CONTATOS
As empresas aabaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre compras e produtos.
Para referência, mencione que você obteve a informação por meio da Música & Mercado.

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CASIO ........................................... 11 3115-0355 • casio.com.br • 41 RICO ............................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 69
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EVANS ........................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 9

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MIX DE PRODUTOS A pesquisa é feita por meio de nosso telemarketing/e-mail para lojas aleatórias. Pesquisa realizada no mês de outubro de 2008.

PAINEL DO LOJISTA
Esta pesquisa utiliza-se de respostas instantâneas, sem nenhuma interferência da revista Música & Mercado, por meio de
indicação ou sugestão. Por vezes, alguns lojistas mencionam marcas regionais e, em alguns casos, trocam categorias
(ex.: fabricantes por importadores). Música & Mercado opta por não interferir nas respostas dadas.

TIMBRES INST. MUSICAIS • CAMPINAS (SP) • Roberto G. da Silva ELETRO MUSICAL • DIVINÓPOLIS (MG) • Rogério e Petrônio Aquino
Sopro Condor, Waldman, Arena Sopro Eagle, Michael, Shelter
Violão Condor, Takamine, Yamaha Violão Tagima, Michael, Strinberg
Guitarra Ibanez, Condor, Tagima Guitarra Tagima, Condor, Cort
Contrabaixo Condor, Tagima, Ibañez Contrabaixo Condor, Tagima, Strinberg
Viola Mater, Giannini Viola Rozini, Giannini, Strinberg
Case/bags Solid Sound, Hardbag, Zad Som Case/bags KGB, Solid Sound, Lecourucci
Efeitos (guitarra/contrabaixo) Boss, Dunlop, Zoom Efeitos (guitarra/contrabaixo) Boss, Zoom, Behringer
Amplificadores (guitarra/baixo) Condor, Fender, Meteoro Amplificadores (guitarra/baixo) Meteoro, Crate, Warm Music
Amplificadores multiuso Frahm, Meteoro Amplificadores multiuso Frahm, Ciclotron, Attack
Bateria Mapex, RMV, Michael Bateria RMV, Mapex, Adah
Peles Remo, Evans, RMV Peles RMV, Michael, Adah
Baquetas Liverpool, Alba, Vic Firth Baquetas Spanking, Alba, Michael
Pratos de bateria Octagon, Stagg, Sabian Pratos de bateria Orion, Octagon, Krest
Percussão Bauer, Contemporânea, LP Percussão Michael, Luen, RMV
Teclado Yamaha, Roland, Kurzweil Teclado Yamaha, Kurzweil, Fenix
Suporte de microfone/instrumentos RMV, Visão, Vector Suporte de microfone/ instrumentos Vector, ASK, RMV
Cordas D’Addario, Giannini, Ernie Ball Cordas SG Strings, Nig, D’Addario
Processador de áudio STK, Behringer Processador de áudio Behringer, Phonic, Alesis
Potência LL, Frahm Potência Ciclotron, Appoteck, Studio R
Caixas acústicas Frahm, Skp, Samson Caixas acústicas Frahm, Ciclotron, Loudvox
Mesa de som Yamaha, Behringer Mesa de som Ciclotron, Staner, Behringer
Cabos Santo Angelo, Planet Waves, Rock Cable Cabos Santo Angelo, Hayonik, Wireconex
Microfones JTS, Karsect, Samson Microfones LeSon, Karsect, Yoga
Surpresa* Violões Caimbé Surpresa* Violões Tagima

1% 5% 3%
EM % DE FATURAMENTO, 12% EM % DE FATURAMENTO, 10% 15%
QUANTO VOCÊ VENDE: 19% 13%
QUANTO VOCÊ VENDE: 7%
Guitarras/Baixo Teclados Guitarras/Baixo Teclados 20%
Violão Bateria/Percussão 10% Violão Bateria/Percussão 15%
Áudio profissional Material didático 24% Áudio profissional Sopro
Acessórios Sopro 16% Acessórios 30%

FINANCIADORAS FINANCIADORAS
Losango Losango, Master Cabo e Visa “As guitarras e os
PRINCIPAL IMPORTADOR PRINCIPAL IMPORTADOR contrabaixos Tagima
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