Você está na página 1de 83

PONTO DE INTERROGAÇÃO .........151 Pronome possessivo ...................

176
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO
PONTO DE EXCLAMAÇÃO ............151 VERBO ......................................... 177
DE TEXTO .................................. 121
TRAVESSÃO .................................151
Erros comuns ........................... 122 PARENTESES ................................152 Estrutura verbal ........................ 177
Tópico frasal ............................ 125 ASPAS ..........................................152 Desinências verbais (DV) .......... 177
Estudando a introdução ............. 125 RETICÊNCIAS ................................153 Flexão . Erro! Indicador não definido.
Texto verbal e não verbal ........ 126 Tempo ......................................... 178
Charge ........................................ 127 CLASSES GRAMATICAIS ................ 154 Voz.. .......................................... 179
Cartum ........................................ 127 Tempos derivados do presente do
SUBSTANTIVO..............................154
Quadrinhos ................................. 127 indicativo ............................ 180
Classificação .............................155
Classificação ............................. 181
TIPOLOGIA ................................... 129 Gênero ........................................ 155
Identificação ............................... 156
Locução verbal ......................... 183
CLASSIFICAÇÃO ........................... 129 Substantivação............................ 156 Auxiliar e principal ...................... 183
Funcional ................................. 129 Nomialização .............................. 156 Flexão verbal e nominal ........... 184
Formal ..................................... 129 Locução substantiva ................... 156 ADVÉRBIO ................................... 185
Gêneros.................................... 129 Variação em número .................. 157 Locução adverbial .................... 186
TIPOS TEXTUAIS .......................... 130 Mudança de sentido ................... 157 Advérbios interrogativos .......... 186
Narração .................................. 130 Regras dos compostos ................ 157 Grau de advérbio ...................... 186
Elementos da narração ............... 130 Variação em grau ........................ 158 PREPOSIÇÃO ............................... 187
Descrição ................................. 131 Formas estilísticas ....................... 158
Classificação............................. 187
Tipos de descrição ...................... 131 ADJETIVOS ...................................159
Locução prepositiva ................. 188
Dissertação .............................. 132 Identificação .............................159
Combinação, contração e crase188
Dissertação informativa Adjetivação ................................. 160
CONJUNÇÃO ................................ 188
(EXPOSITIVA) ...................... 132 Recursos de nominalização......... 160
Classificação ............................. 188
Dissertação ARGUMENTATIVA ... 132 Classificação .............................160
Conjunção coordenativa ............. 188
Injunção ................................... 133  Simples: Apresenta um
Conjunções subordinativas ....... 189
Diálogo .................................... 133 radical: ................................160
NUMERAL .................................... 190
Tipos de estratégias Locução adjetiva .......................161
Classificação ............................. 191
argumentativas ................. 133 Variação de gênero ..................161
Argumentação por autoridade ... 133 Variação em grau .....................161 CONCORDÂNCIA .......................... 192
Argumentação por analogia ....... 134 Grau comparativo ....................... 161
CONCORDANCIA VERBAL ............ 192
Argumentação por apresentação de Grau superlativo ......................... 162
Concordância do sujeito simples193
dados estatísticos ............... 134 Variação de numero .................162
Silepse de pessoa ........................ 193
Argumentação por exemplos ..... 134 Valor discursivo ........................163 Silepse de número ...................... 193
TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO139 ARTIGO ........................................164 Concordância do sujeito composto193
Classificação .............................164 Concordância do sujeito
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS ........ 140 Artigos definidos ......................... 164
indeterminado .................... 194
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO ...... 142 Artigos indefinidos ...................... 164
Concordância da oração sem
Sentido figurado (conotativa) .. 142 Combinação ..............................164
sujeito ................................. 194
PONTUAÇÃO ............................... 144 Identificação .............................164
Casos especiais ............................ 194
Uso do artigo ............................165
VÍRGULA ..................................... 144 PRONOME ...................................168 CONCORDÂNCIA NOMINAL ......... 195
Vírgula dentro da oração ......... 144 Classificação .............................168 Concordância do adjetivo ......... 195
Vírgula entre as orações .......... 145 Pronomes pessoais ..................... 168
Vírgula dentro do período simples145 Colocação pronominal ..............171 REGÊNCIA .................................... 197
Vírgula dentro do período POAs ........................................... 171
composto ........................... 145
REGÊNCIA VERBAL ....................... 198
Pronomes de tratamento ........... 172
PONTO E VÍRGULA ...................... 148 Pronome relativo ........................ 174 REGÊNCIA NOMINAL .................... 199
DOIS PONTOS ............................. 150 Pronome interrogativo ............... 175
CRASE .......................................... 200
PONTO ........................................ 151 Pronome indefinido .................... 175

120
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE Os textos apresentam diversas referências, diretas
TEXTO ou indiretas, isso porque o autor tem um repertório
É o primeiro item de qualquer edital de concurso. próprio, ele se apoia em “ombros de gigantes” para
Compreensão é diferente de interpretação de escrever o seu texto. A essas referencias dá-se o
texto. nome de intertexto e ela pode ser entendida como o
 Texto: é originada do latim textum = "diálogo" entre um texto e outro, permitindo o
entrelaçamento de ideias. Um texto é um enriquecimento do texto final e, consequentemente,
entrelaçamento de ideias, não é apenas uma permitindo o crescimento intelectual do emissor e do
enumeração de frases e orações, e sim um receptor da mensagem.
conjunto de informações conectadas, entre si,
que estabelecem a coesão e a coerência textual. Ex.: 1: Assinale a opção CORRETA EM
 Compreensão (está no texto): Há entre o autor RELAÇÃO ao texto.
e o leitor um tipo de comunicação. A
comunicação que acontece quando um texto de O programa nacional de desenvolvimento dos recursos
hídricos, PROÁGUA nacional é um programa do governo
uma pessoa (autora) passa a mensagem que brasileiro financiado pelo banco mundial. O programa
queria passar a outra pessoa (leitora) pode ser originou-se da exitosa experiência do PROÁGUA/ semiárido e
entendida como compreensão de texto. Significa mantem sua missão estruturante, com ênfase no
que a mensagem saiu de algum lugar e chegou fortalecimento institucional de todos os atores envolvidos com
a gestão dos recursos hídricos no Brasil e na implantação de
a outro, e que, nesse percurso, houve, de fato,
infraestruturas hídricas viáveis do ponto de vista técnico,
uma comunicação eficaz (isto é, não houve financeiro, econômico, ambiental e social, promovendo, assim
"ruído" na comunicação). o uso racional dos recursos hídricos.
 Segundo o texto;
 O narrador/ autor do texto diz que;
 O texto informa que;
a. O PROÁGUA / Semiárido é um dos
 Em relação ao texto. subprojetos derivados do PROÁGUA/Nacional.
b. A expressão "sua missão estruturante"(?.5 e 6)
As questões são montadas de modo a induzir ao refere-se a "Banco Mundial"(?.3 e 4).
erro. Nesse sentido, é importante observar os c. A ênfase no fortalecimento institucional de
comandos de questão (de acordo com o texto, todos os atores envolvidos com a gestão de
conforme o texto, segundo o autor...). Se forem recursos hídricos é exclusiva do
esses comandos, você deve-se limitar à realidade PROÁGUA/Semiárido.
do texto. Muitas vezes, as alternativas extrapolam d. A implantação de infraestruturas hídricas
as verdades do texto; ou ainda diminuem essas viáveis do ponto de vista técnico, financeiro,
mesmas verdades, ou fazem afirmações que nem econômico, ambiental e social é exclusiva do
de longe estão no texto. PROÁGUA/Nacional.
e. Correto: Tanto o PROÁGUA/Semiárido como
 Interpretação de texto (está além do texto): A o PROÁGUA/Nacional promove o uso racional
interpretação tem por objetivo identificar a ideia dos recursos hídricos.
principal e, obviamente, ela somente poderá Resp:
acontecer se o pré-requisito da compreensão for Primeiro passo identificar o comando: EM
satisfeito. Após esta identificação dos RELAÇÃO AO TEXTO.
significados dos signos envolvidos no texto, é  1ª leitura: Objetivo do texto: Programa
possível reconhecer às ideias secundárias, as governamental do uso de água.
fundamentações, as argumentações e as  2ª leitura: Primeiro período: O PNDRH
explicações, levando o leitor ao entendimento programa do governo financiado pelo BM.
pleno da mensagem do narrador. Experiência PROGUA/semiárido, ênfase na
 Depreende-se/ infere-se/ conclui-se do texto; infraestrutura, uso racional dos recursos
 O texto permite deduzir que;
hídricos.
 É possível subentender-se do autor quando afirma
que.
Postura diante do texto:
 Contexto: O texto é formado por várias frases, Ler o texto pelo menos duas vezes;
em cada uma destas frases, há informações que  1ª regra: fazer a primeira leitura, que tem o
se ligam entre si, criando-se uma estruturação objetivo de responder a seguinte pergunta:
 O texto fala sobre o que ?
no conteúdo transmitido. Essa ligação é
importante e recebe o nome de contexto. Numa primeira leitura, observamos somente
aquilo que é superficial na mensagem
 Intertexto: há uma frase muito famosa de Isaac
transmitida pelo autor, o significado puro das
Newton:
 “Se cheguei mais longe foi porque me apoiei no ombro palavras.
dos gigantes”.

121
 2ª regra: A segunda leitura não precisa ser Todo homem de bom juízo, depois que tiver
corrida; o ideal e ler cada paragrafo, realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre
procurando as palavras essenciais, manifesto ter podido escapar de todos os perigos
que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais
principalmente os verbos. Coloquemos uma
que há tantos outros acidentes que diariamente
barra no final de cada paragrafo ou período. podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles
Procurar conjunções. que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos
Ao adotarmos uma postura interpretativa, quando querem empreender suas viagens.
passamos a questionar e aprofundar nosso
raciocínio em busca da mensagem central do Ex.: 1: Esse relato, associado ao imaginário das
texto, aquilo que seu autor queria realmente viagens marítimas da época moderna, expressa
explorar. um sentimento de:
 3ª regra: Ler a questão antes do texto. Para a. Gosto pela aventura.
chegar no texto, pronto para encontrar o que b. Fascínio pelo fantástico.
se pedi na questão. c. Correta: Temor do desconhecido.
d. Interesse pela natureza.
Erros comuns e. Purgação dos pecados.
Três erros capitais na interpretação de texto. Todas as alternativas podem ser consideradas
 Extrapolação: Ocorre quando o leitor sai do corretas quando associadas apenas “ao
contexto, acrescentando ideias que não estão imaginário das viagens marítimas da época
no texto, normalmente porque já conhecia o moderna”. Contudo, o texto tem como foco o
assunto devido à sua bagagem cultural. medo que essas viagens causavam em certos
Ocorre ao interpretar o que está escrito. Muitas indivíduos, visto terem como “destino” o
vezes são fatos reais, mas que não está desconhecido, que podia guardar perigos.
expresso no texto. Deve se ater somente ao
que está relatado. O corre quando saímos do Preconceitos
contexto, acrescentando ideias que não estão Preconceitos são juízos firmados por antecipação;
são rótulos prontos e aceitos para serem colados no
no texto, normalmente porque já conhecia o que mal conhecemos. São valores que se adiantam e
tema por uso de sua imaginação criativa. qualificam pessoas, gestos, ideias antes de bem
 Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se distinguir o que sejam. São, nessa medida,
atenção apenas a um ou outro aspecto, profundamente injustos, podendo acarretar
esquecendo-se de que o texto é um conjunto consequências dolorosas para suas vítimas. São pré-
de ideias. É o fato de se valorizar uma parte do juízos. Ainda assim, é forçoso reconhecer:
contexto, deixando de lado sua totalidade, dificilmente vivemos sem alimentar e externar algum
deixa-se de considerar o texto como um todo preconceito.
para se ater apenas à parte dele. Dá-se São em geral formulados com um alcance genérico:
“o povo tal não presta”, “quem nasce ali é assim”,
atenção apenas a um ou outro aspecto,
“música clássica é sempre chata”, “cuidado com
esquecendo-se de que o texto é um conjunto quem lê muito” etc. Dispensam-nos de pensar, de
de ideias. reconhecer particularidades, de identificar a
 Contraposição: Consiste em entender como personalidade própria de cada um.
correto o oposto do que se afirma no texto. É “Detesto filmes franceses”, me disse um amigo.
bom termos cuidado com algumas palavras “Todos eles?” − perguntei, provocador. “Quem viu um
como: já viu todos”, arrematou ele, coroando sua forma
 Pode, deve, não, verbos ser, etc. preconceituosa de julgar.
Não confundir preconceito com gosto pessoal. É
É comum às alternativas apresentarem ideias verdade que nosso gosto é sempre seletivo, mas ele
contraria as do texto, fazendo o candidato chegar escolhe por um critério mais íntimo, difícil de explicar.
à conclusão equivocada, de modo a errar a “Gosto porque gosto”, dizemos às vezes. Mas o
questão; Internalizar as ideias do autor e ponha-se preconceito tem raízes sociais mais fundas: ele se
dissemina pelas pessoas, se estabelece sem
no lugar dele. Só contradiga o autor se for
apelação, e quando damos por nós estamos
solicitado no comando da questão. A bancada nos repetindo algo que sequer investigamos. Uma das
oferece um texto completo e, nas questões, extrai funções da justiça institucionalizada é evitar os
uma parte do texto para a análise. O segredo é preconceitos, e o faz julgando com critério e
voltar ao texto e ler as informações anteriores e objetividade, por meio de leis. Adotar uma posição
posteriores à parte mencionada. racista, por exemplo, não é mais apenas preconceito:
é crime. Isso significa que passamos, felizmente, a
considerar a gravidade extrema das práticas
preconceituosas. (Bolívar Lacombe).

122
Ex.: 1: Atente para as seguintes AFIRMAÇÕES. Ex.:1: Deve-se entender o título do texto − Vista
1. No 1º parágrafo, o autor define o que seja cansada − como uma alusão do autor ao fato de
preconceito e avalia a extensão dos prejuízos que:
que sua prática acarreta, considerando ainda a a. Os pessimistas, como Hemingway, acreditam
dificuldade de se os evitar plenamente. que nosso olhar para as coisas implica sempre
2. No 2º parágrafo, o autor reconhece na prática uma visão de despedida da vida.
algumas formulações preconceituosas, b. Os poetas, ao contrário de Hemingway,
reforçando a ideia de que os preconceitos pensam ver tudo como se estivessem sempre
impedem uma identificação adequada das se revelando um mundo inteiramente original.
coisas e das pessoas. c. Correta: Nós tendemos a deixar de ver as
3. No 3º parágrafo, o autor estabelece um coisas porque mecanizamos nosso olhar, não
paralelo entre o juízo preconceituoso, passível distinguindo o que lhes é característico.
de penalização, e o juízo decorrente do gosto d. Nós tendemos a reparar tão somente nos
pessoal, que se rege por critérios detalhes das coisas, perdendo o sentido da
interiorizados e difíceis de definir. visão do conjunto a que se integram.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma e. Nós tendemos, com o tempo, a enfraquecer
em. nossa visão das coisas pelo excesso de
a. Correto: 1, 2 e 3. atenção que nos esforçamos para lhes
b. 1 e 2, apenas. dedicar.
c. 2 e 3, apenas.
d. 1 e 3, apenas. Politicas para a nova classe média
e. 2, apenas. O Brasil ainda enfrenta muitos obstáculos ao
desenvolvimento de suas potencialidades, incluindo um
sistema de ensino fraco, baixas taxas de poupança e um
Vista Cansada emaranhado de entraves regulatórios, só para citar alguns.
Acho que foi Hemingway quem disse que olhava Agora, para as perspectivas de crescimento futuro, o que
cada coisa à sua volta como se a visse pela última importa não é o nível absoluto desses fatores, mas como
vez. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de eles evoluem no tempo. O Brasil pode avançar
deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê verticalmente se escolher os caminhos certos em direção à
que a vida continua, não admira que Hemingway sua fronteira de possibilidades.
tenha acabado como acabou. É preciso dar o mercado aos pobres, completando o
movimento dos últimos anos, quando, pelas vias da queda
Fugiu enquanto pôde do desespero que o roía − e da desigualdade, demos os pobres aos mercados
daquele tiro brutal que acabou dando em si mesmo. (consumidores). Devemos tratar o pobre como um receptor
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, de transferência oficial de dinheiro e de crédito. Há quase
disse o poeta. Um poeta é só isto: Um certo modo de que se turbinar a participação das pessoas.
ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o O dilema entre dar o peixe e ensinar a pescar, significa
olhar. Vê não vendo. mostrar aos pobres, que já apreenderam a pescar, o
Experimente ver pela primeira vez o que você vê mercado de peixes. Já a perspectiva versão socialista
todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que desse processo seria a redistribuição dos peixes.
nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta Há riqueza no meio da pobreza e o estado pode interagir
com o setor privado.
curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como Uma agenda que está atrofiada no Brasil é a ligada aos
um vazio. Você sai todo dia, por exemplo, pela trabalhadores por conta própria e aos pequenos
mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que produtores urbanos. Dar mercado significa, acima de tudo,
você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto melhorar o acesso das pessoas ao mercado de trabalho.
ver, você não vê. Sei de um profissional que passou Os fundamentos do crescimento econômico e as reformas
trinta e dois anos a fio pelo mesmo hall do prédio de associadas são fundamentais. A educação funciona como
seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o passaporte para o trabalho formal, metas sociais
mesmo porteiro. complementaram esse movimento, incorporando eficiência
Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado do setor privado ao setor público. Alguns gostariam de
uma agenda mais amigável à ação privada, outros
ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu gostariam de um estado provedor. O coletivo brasileiro no
a descortesia de falecer. Como era ele? Sua cara? fundo quer as duas coisas, respeitando às regras de
Sua voz? Não fazia a mínima ideia. mercado e politicas social ativa pelo estado. O desafio é
Em trinta e dois anos, nunca o viu. Para ser notado, combinar as virtudes do estado com as do mercado, sem
o porteiro teve que morrer. esquecer-se de evitar as falhas de cada um dos lados.
O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas
há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E
vemos? Não, não vemos. Uma criança vê o que o
adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o
espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela
primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê. Há pai
que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a
própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos
se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se
instala no coração o monstro da indiferença.
(Otto Lara Resende, Bom dia para nascer.)
123
Ex.: 1: Analisando o titulo e o texto, é correto O apanhador de desperdícios
afirmar que, segundo o autor, Uso a palavra para compor meus silêncios. Não gosto das
a. Correto: A classe média do Brasil pode palavras fatigadas de informar. Dou mais respeito às que
vivem de barriga no chão tipo água pedra sapo.
contribuir com o crescimento econômico do Entendo bem o sotaque das águas Dou respeito às coisas
país; desimportantes e aos seres desimportantes.
b. Deve-se evitar tratar o pobre como um Prezo insetos mais que aviões. Prezo a velocidade das
receptor de crédito; tartarugas mais que a dos mísseis. Tenho em mim um
atraso de nascença.
c. A classe média dificilmente será um mercado Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho
consumidor promissor; abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do
d. Dar o mercado tem o mesmo sentido de dar o que o mundo. Sou um apanhador de desperdícios: Amo os
peixe; restos, Como as boas moscas. Queria que a minha voz
e. O estado e a iniciativa privada devem ser tivesse um formato de canto. Porque eu não sou da
informática: Eu sou da invencionática. Só uso a palavra
independentes. para compor meus silêncios.

Ex.: 2: Considerando o primeiro e o ultimo Ex.: 1: Leia atentamente as afirmações a seguir:


paragrafo, é correto dizer que o avanço brasileiro 1. O eu-lírico, em certa medida, preocupa-se em
poderá se concretizar se houver, no país, atribuir valor àquilo que não parece ter mais
a. Um emaranhado de entraves regulatórios; importância;
b. Desprezo à ação das empresas; 2. Para o eu-lírico, os misseis não são
c. Educação como passaporte exclusivamente importantes porque provocam guerras e
para o trabalho formal; abalam a natureza tão valorizada por ele;
d. Correta: Integração entre as virtudes do 3. A palavra fatigada, presente no terceiro verso,
estado e as do mercado, sem falhar; pode ser substituída por usuais.
e. Uma agenda atrofiada liga aos trabalhadores É(são) correto(s) a(s) afirma(ções):
por conta própria. a. Apenas 1;
b. 1 e 3;
Ex.: 3: considere a frase, há que se turbinar a c. Correta: 1 e 2;
participação das pessoas. Segundo o autor é d. 2 e 3.
preciso,
a. Ter aceso às ações do estado;
b. Correto: Incentivar às pessoas a agirem frente
ao mercado;
c. Ter uma agenda mais amigável;
d. Fazer com que poucas pessoas aprendem a
pescar;
e. Ter uma visão socialista frente ao processo.

Ex.: 4: Da leitura do texto, Chega-se à conclusão


de que, em relação ao futuro do Brasil. O autor
tem uma visão.
a. Pessimista;
b. Indiferente;
c. Correta: Otimista;
d. Reservada;
e. Negativa.

Ex.: 6: Com base na norma culta e nas falas dos


personagens, é correto afirmar que,
a. Correta: A palavra onde indica lugar;
b. O verbo sabe, fica e divide indicam tempo
passado;
c. Ouvi dizer equivale a tenho certeza;
d. A palavra que, nos dois balões, tem a mesma
função gramatical;
e. As expressões a céu aberto (sem crase) e à
céu aberto (com crase) estão igualmente
corretos.

124
Tópico frasal Estudando a introdução
Quando lemos um texto, identificamos que em cada A introdução é o parágrafo mais importante de um
parágrafo do desenvolvimento apresenta uma ideia texto. Há varias formas de iniciarmos um texto, no
principal. Articulada diretamente com o assunto entanto devemos fazer uso daquela que melhor se
central do texto. Ao lermos atentamente o primeiro adapte ao nosso estilo de escrita.
parágrafo do texto, iremos perceber que a primeira
frase sintetiza toda a ideia presente. É essa frase Declaração
com informação central do parágrafo que se chama É um grave erro a redução da maioridade penal. O
problema da violência urbana não está associado ao jovem
de TÓPICO FRASAL. Em alguns casos o tópico infrator, mas ao descaso com o qual tratamos as nossas
pode ser um período no meio do parágrafo, ou crianças e adolescentes, vítimas de um sistema que
mesmo no final. Não é obrigatório o tópico frasal segrega pessoas as quais vivem à margem da sociedade.
ocorrer no primeiro parágrafo.
1. 1º parágrafo: O tópico frasal que o inicia Oposição
apresenta a ideia central (grande tese) do texto: Se, por um lado, se acredita em menores de dezoito anos,
beneficiados pela lei, ascenderem à violência urbana, por
 A discussão sobre o aquecimento global e suas outro lado, tem-se a ciência do descaso sofrido por
consequências se tornou onipresente entre governos, crianças e adolescentes, os quais se encontram nas ruas e
drogados. A sociedade e as autoridades precisam
empresas e cidadãos.
entender que a redução da maioridade penal não
amenizará a violência nas grandes metrópoles, haja vista a
Uma boa estratégia para identificar o tópico frasal é presença de crianças, em morros do Rio de Janeiro, por
o tamanho do período; geralmente, o período do exemplo armadas.
tópico frasal é menor do que os outros que o
explicam. Nos períodos seguintes desse parágrafo, Pergunta
notaremos que o autor direciona a sua discussão e o Quem pode afirmar que a redução da maioridade penal
seu posicionamento. será a solução para a violência urbana? A sociedade e as
autoridades precisam entender que as crianças e
adolescentes brasileiros são marginalizados
2. 2º parágrafo e 3º parágrafo: As ideias principais constantemente. O descaso dado a essas pessoas é o
que os abrem apresentam a informação central principal responsável pela ascensão da criminalidade
do próprio parágrafo que introduzem; a essa juvenil.
informação chamamos de PEQUENA TESE:
Alusão histórica
 O escândalo relacionado às pesquisas desenvolvidas Ha algumas décadas, nas grandes metrópoles, viam-se
pelo IPCC. crianças brincando pelas ruas de futebol, bola de gude,
empinando pipa. Hoje, lastimavelmente, vemos crianças e
3. As outras frases do parágrafo aprofundam essa adolescentes brincando de matar com armas de verdade.
visão geral, trazendo conhecimento objetivo A violência infanto juvenil acentuo-se, de forma
surpreendente, a ponto de acreditarmos na redução da
acerca do assunto e o posicionamento do autor maioridade penal como a solução para o problema da
do texto em relação ao tema. 4º parágrafo: violência urbana.

 A ideia principal que o inicia traz a aceitação de que


os relatórios emitidos pelo IPCC são fundamentais e
que o problema é a forma como se lida com as
informações contidas neles.

125
Texto verbal e não verbal
Podemos considerar que o texto é qualquer
forma de comunicação oral ou escrita, verbal
ou não verbal sempre direcionada ao leitor.
 Texto verbal: Composto por palavras escritas;
 Texto não verbal: Composto por imagens.
Nos concursos existe uma mistura desses dois
tipos de textos. É cobrado analise do verbal e do
não verbal. Temos que ter o cuidado com o que
achamos no texto devemos nos ater a apenas a
lógica do texto.

Ex.: 1:

Figura 1: O texto (A) Apresenta uma placa de


trânsito, mostrando que é proibida acirculação de
bicicleta e mais ao fundo observamos outra placa
que indica quebra molas na pista; (B) O texto
temuma imagem que indica a necessidade de silêncio
no estabelecimento em que ela foi fixada; (C) O
De acordo com a Função de Linguagem, marque texto é uma charge da Mafalda que, ao caminhar
a opção CORRETA: por uma calçada, se surpreende ao pisar num
a. Apresenta linguagem mista, isto é, linguagem trecho alagado. Após constatar que a água não
vinha da chuva, ela contínua sua caminhada
verbal e não verbal. tentando saber a causa, num momento ela se
 A tira possui apenas linguagem não verbal. depara com várias pessoas chorando,constatando
b. Correta: Apresenta, apenas, linguagem não que essa é a causa do alagamento.
verbal de interpretação direta.
c. Apresenta, apenas, linguagem verbal.
 A tira possui apenas linguagem não verbal.
d. Apresenta um tipo de linguagem cômica e
publicitária.
 Não possui linguagem publicitária.
e. É um texto não verbal e lúdico que tem a
função de convencer os leitores.

Ex.: 2: Na segunda cena, qual a expressão que o


personagem Cascão faz para Cebolinha?
a. Correta: Perplexidade;
b. Satisfação; Figura 2: O texto acima é conhecido como texto misto,
c. Nervosismo; por ser compostos simultaneamente por imagens e
escritas. No 1º quadrinho o fato de Galvim gritar
d. Fúria; pela mãe é composto por um detalhe primordial
e. Tristeza. que não podemos deixar de observar. Ele está com
os pés do lado de fora. No 2º e 3º quadrinho,
Ex.: 3: Qual a conclusão que se pode tirar do verificamos que Galvim reflete em obedecer à ordem
da mãe. Por fim, notamos que só é possível
texto? depreender o significado de todo o texto somando a
a. Cascão está satisfeito com Cebolinha. parte escrita da fala de Galvim com a imagem de
b. Cascão desistiu de pegar o peso com desespero da mãe.
Cebolinha.
c. O personagem Cebolinha está disputando com
Cascão.
d. Correto: Cascão por não conseguir tirar a foto
de Cebolinha, resolve ficar de ponta-cabeça.
e. Cebolinha pede ao personagem Cascão para
tirar a foto de cabeça para baixo.

126
Charge Ex.: 2: Considere as afirmações sobre a charge:
É um estilo de ilustração que tem por finalidade
satirizar algum acontecimento atual com uma ou
mais personagens envolvidas. Mais do que um
simples desenho, a charge é uma crítica político-
social mediante o artista expressa graficamente
sua visão sobre determinadas situações
cotidianas por meio do humor e da sátira.

1. A expressão, esgoto a céu aberto significa


esgoto descoberto;
2. Há uma critica sobre as condições sociais
brasileiras;
3. As expressões por baixo e esgoto, aliados aos
Cartum elementos visuais da charge, enfatizam a
Retrata situações sociais corriqueiras, gravidade da pobreza no Brasil.
relacionadas ao comportamento humano, mas não Esta correto o que se afirma em:
necessariamente situadas no tempo. Caracteriza- a. 1, apenas;
se por ser uma anedota gráfica na qual se b. 2, apenas;
visualiza a presença da linguagem verbal c. 1 e 2 apenas;
associada à não verbal. d. 2 e 3 apenas;
e. Correto: 1, 2 e 3.

Ex.: 3: Considerando as falas da personagem no


primeiro e no terceiro quadrinhos, conclui-se que
para ela.

Quadrinhos
Hipergênero, que agrega diferentes outros
gêneros, cada um com suas Peculiaridades.
a. Impossibilidade de ser feliz impede a
Ex.: 1: alienação;
b. Correta: A busca pela verdade necessita de
proteção;
 A dica é o uso do capacete que significa
chapéu de forma arredondada, de metal,
couro, cortiça ou outro material resistente.
Sua finalidade básica é proteger a cabeça.
Claro que indica a necessidade de proteção.
c. A verdade é a forma real de se chegar à
O efeito de sentido de humor, nessa charge, felicidade;
a. É pouco perceptível, porque decorre de um d. A felicidade é o caminho para a verdade.
enunciado sem nexo lógico com a realidade.
b. Decorre da constatação, pelo orador, dos
principais feitos da humanidade ao longo de
sua Existência.
c. Independe da associação entre a fala e os
signos gráficos, porque a situação em que
ocorre a fala desmente o que o orador afirma.
d. Surge a partir do equívoco que consiste em
criar uma situação solene para o orador expor
ideias desconexas.
e. Correto: É produzido pela interpretação dada
à palavra humanidade, decorrente da
deformação do sentido do ditado popular
citado pelo orador.
127
e. Me preocupa seriamente a aposentadoria...
Ex.: 4: na opinião do palestrante: alheia..
Ex.: 7:

a. O arrependimento com relação à tatuagem é


dado como certo;
 Correta: você se arrependerá de qualquer
forma.
b. O adulto tem mais maturidade para nã se
arrepender de se tatuar;
c. A tatuagem deve ser uma marca que
diferencia jovem e adultos;
d. Os jovens devem ter uma que diferencia Nos quadrinhos acima, destaca-se a seguinte
jovens e adultos; ideia:
e. A tatuagem feita durante a vida adulta não a. A constatação de que existem erros de
provoca arrependimento. impressão num conhecido jornal forma o efeito
humorístico da tira.
Ex.: 5: De acordo com a norma padrão, as b. Correta: A notícia de jornal é compreendida de
lacunas da tira devem ser preenchidas, forma diferente, conforme a faixa etária e a
respectivamente com: perspectiva do leitor.
c. A formatação diferenciada do jornal, no
terceiro quadrinho, enfatiza a falta de
objetividade da notícia.
d. A semelhança entre a perspectiva do adulto e
a das crianças fica evidente no quarto
quadrinho.
a. Correta: Me interessa... o que me importa... e. A notícia de jornal não pode ser compreendida
têm; de formas diferentes.
 Note que a terceira lacuna deve ser
preenchida com o verbo plural têm, para
concordar com pessoas.
b. Interessa a mim... me importa... tem;
c. Interessa-me... o que importa à mim... têm;
d. Me interessa... o que mim importa... tem;
e. Interessa à mim... o que importa-me...têm.

Ex.: 6: Assinale a alternativa em que a reescrita da


frase da personagem expressa a ideia do texto
original e está de acordo com a norma padrão.

a. Me preocupa seriamente a aposentadoria? nem


a alheia;
b. Tenho preocupando-me seriamente com isso: a
aposentadoria alheia;
c. Correto: Preocupo-me seriamente com a
aposentadoria alheia;
Quanto à colocação pronominal e também reflete
o sentido original do texto.
d. Seriamente preocupa-me com a aposentadoria
alheia;

128
TIPOLOGIA  Estrutura expressiva: (predicados com
Quando falamos em tipo textual, nos referimos à verbos de opinião, avaliativas, ou subjetivas,
forma como o texto se organiza em relação à em que predominam a 1ª pessoa).
informação que será apresentada, aos aspectos  Estrutura expressiva: (predicado pela
sintáticos, aos tempos dos verbos, às relações alternância da pessoa do discurso envolvido,
lógicas, etc. podendo, porém ser reproduzida em certas
formas de escrita).
CLASSIFICAÇÃO 3º Nível: Uso das estruturas discursivas em
As diferentes tipologias textuais existentes são situações reais de comunicações são
classificadas da seguinte forma: possibilidades de uso de estruturas que aparecem
1. As que consideram as características textuais em organizações típicas associadas às varias
internas dos textos (ou FORMAIS); atividades desenvolvidas pelos indivíduos, como,
2. As que consideram os traços textuais exemplo, a estória, a piada, o editorial.
exteriores aos textos (ou FUNCIONAIS); 4º Nível: Função ou propósito comunicativo com
3. As que conciliam traços internos e externos ao que dada unidade discursiva é usada, sua força
texto (FORMAIS e FUNCIONAIS). ilocucionário, ou a variedade de eventos
comunicativos a que se associa.
Funcional
Atende a critérios funcionais, de acordo com as Gêneros
funções que os textos desempenham em relação  Gênero primário: É caracterizado por tipos de
ao leitor: informar, explicar ou orientar. Temos três enunciados espontâneos e naturais, que
categorias: ocorrem na imediatez da fala.
1. Jornalismo informativo: Notícia, reportagem,  Gênero secundário: Por tipos de enunciados
história de interesse humano, informação pela da fala aprimorada por meio da escrita;
imagem;  Estilo: Podemos fazer algumas observações:
2. Jornalismo interpretativo: Reportagem em quando escrevemos, devemos criar um estilo
profundidade; próprio, sugerimos aqui apenas três
3. Jornalismo opinativo: Editorial, artigo, qualidades de estilo: clareza, concisão e
crônica, opinião ilustrada, opinião do leitor. originalidade.
Acrescentando alguns elementos, reduz-se essa a. Clareza: É a expressão de um pensamento.
classificação a duas categorias: Para ela ocorrer, é preciso: pontuar
1. Jornalismo informativo: Nota, notícia, corretamente, evitar construções de frases
reportagem, entrevista; com palavras em ordem inversa e evitar
2. Jornalismo operativo: Editorial, comentário, períodos longos com muitas orações
artigo, resenha, coluna, crônica, caricatura, intercaladas.
carta. b. Concisão: É a arte de encerrar um
pensamento com menor uso possível de
Formal palavras. Para ter concisão, é preciso, evitar
2º Nível: Estrutura discursiva: São estruturas um número-excessivo de adjetivos,
discursivas disponíveis na língua, e, portanto, principalmente sinônimos, para cada
pertencentes ao plano das potencialidades da substantivo (manhã, linda, radiosa e
língua, tradicionalmente identificadas como o magnífica); evitar palavras inúteis ou
gênero de discurso: redundantes (atualmente, nos dias de hoje, o
 Estrutura narrativa: (predicados de ação; homem atual...). Evitar sempre que possível,
ligação temporal); o uso de dois ou mais verbos juntos (vi que
 Estrutura descritiva: (predicados estáveis, ou estava sofrendo).
equilibrados, em torno da entidade); c. Originalidade: Para termos é preciso que
 Estrutura de tipo expositivo/argumentativo: não se use lugares comuns, ou chavões,
(proposições, construções sintáticas evitando a repetição frases vulgares, usadas
complexas (subordinação) e construções, ou constantemente por pessoas incultas (chorou
arquitetações hipotéticas); um mar de lágrimas; vem surgindo o astro-rei,
 Estrutura procedurais: (organizações seus cabelos cor de prata).
sequenciais nas quais a referencia a pessoa
tem menos interesse que o processo em si). O
verbo se apresenta no modo dos diretivos, o
imperativo, o futuro ou infinitivo, é comum o
uso de orações independentes;

129
TIPOS TEXTUAIS c. Narrador onisciente, pois sabe de tudo o que
Tudo o que escrevemos recebe o nome de acontece na narrativa, seus aspectos e o
redação ou composição textual. Basicamente, comportamento das personagens, podendo,
existem 4 tipos de redação: inclusive, descrever situações simultâneas,
1. NARRAÇÃO (base em fatos); embora essas ocorram em lugares diferentes.
2. DESCRIÇÃO (base em caracterização); d. Narrador observador, pois presencia a história,
3. DISSERTAÇÃO (base em argumentação). mas diferentemente do que acontece com o
4. INJUTIVO: narrador onisciente, não tem controle e visão
sobre todas as ações e personagens, confere
Narração os fatos, mas apenas de um ângulo.
A construção de um texto narrativo indica a e. Narrador onisciente neutro, pois relata os fatos
existência de um narrador, que pode ser e descreve as personagens, no entanto, não
apresentado de forma explícita ou não. O narrador tenta influenciar o leitor com opiniões a
tem o objetivo de relatar fatos, que ocorreram em respeito das personagens, falando apenas
determinado tempo e lugar que envolve sobre os fatos indispensáveis para a
passagens. No texto narrativo há uma sequência compreensão da leitura.
de ações que ocorrem ao longo do tempo,
mantendo a progressão temporal e  3ª pessoa: Participação objetiva e
consequentemente a sequência lógica do texto. Participação onisciente.
Há uma predominância de verbos de ação. A  3ª pessoa (PARTICIPAÇÃO OBJETIVA):
narração é uma modalidade que se conta um fato, Seixas ouvira falar da menina de Santa Tereza, mas
ocupado nesta ocasião com uns galanteios aristocráticos,
fictício ou não, que ocorrem num determinado não moveu a curiosidade de conhecer desde logo a nova
tempo e lugar, envolvendo certos personagens. beldade fluminense. Aconteceu, porém, de jantar na
Refere-se a objetos do mundo real. Há uma vizinha em casa de um amigo, e em companhia de
relação de anterioridade e posterioridade. camaradas veio a falar-se de Aurélio, que era ainda o tema
das conversas; constaram-se anedotas, fizeram-se
comentários de toda a sorte. (José de Alencar- Senhora).
Elementos da narração
NARRADOR:  3ª pessoa (PARTICIPAÇÃO ONISCIENTE):
 1ª pessoa: NARRADOR PERSONAGEM; Pobre Augusto!... Ele vê a um palmo dos olhos a perna
Dirige-me para o quarto, calado. Revirei a gaveta à procura mais bem torneada que é possível imaginar!... Através da
da carta. Ao encontrá-la, fiquei criando coragem. As finíssima meia aprecia uma mistura de cor de leite com a
lagrimas banhavam-me o rosto. cor de rosae. Remontando esse interessante painel róseo,
um pezinho que só poderia medir às polegadas, apertados
“Quem um dia irá dizer que existe razão num sapatinho de cetim, e que estava pedindo um... Dez...
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer Mil beijos; mas quem o pensaria? Não foram beijos que
Que não existe razão? desejou o prazer que sentiria dando-lhe uma dentada...
Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar Quase que já não se podia suster... Já estava de boca
Ficou deitado e viu que horas eram aberta e para saltar... Porém, lembrando-se da exótica
Enquanto Mônica tomava um conhaque figura em que se via, meteu a roupa que tinha enrolada
No outro canto da cidade entre os dentes, apertando-os com força, procurava iludir
Como eles disseram sua imaginação. (Joaquim Manoel de Macedo).
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
Ex.: 2: Um escritor destaca-se pela produção dos
--Tem uma festa legal e a gente quer se divertir (…)”. gêneros conto, crônica e romance. A sua
produção está relacionada com o gênero:
Ex.: 1: Sobre o tipo de narrador presente na a. Épico.
música Eduardo e Mônica, é correto afirmar que b. Lírico.
se trata de um: c. Correto: Narrativo.
a. Correta: Narrador personagem, pois, além de  Comentário: O conto, a crônica e o romance
narrar os fatos, verídicos ou não, faz parte da são classificados como gêneros narrativos,
história contada, sendo assim, personagem pois apresentam elementos como narrador,
dela. Esse tipo de personagem apresenta uma enredo, personagens, espaço e tempo,
visão limitada dos fatos, já que a narrativa é conflito, clímax, resolução do conflito e
conduzida sob seu ponto de vista. conclusão dos fatos.
 Comentário: Narrador personagem, pois há d. Poética.
traços de emoção por parte de quem narra, e. Dramático.
mostrando ao leitor seu ponto de vista sobre
os fatos.
b. Narrador testemunha, pois é uma das
personagens que vivem a história contada,
mas não é uma personagem principal.

130
Texto 2. DISCURSO INDIRETO: Por meio de orações
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha subordinadas substantivas, o narrador
infância. Não quero perturbar aquela menina no seu ofício reproduz a fala do personagem, não cedendo
de sonhar. Não a quero sobressaltar quando se abre para
o mundo que tão intensamente adivinha, nem interromper à personagem espaço para que represente a
sua risada quando acha graça de algo que ninguém mais exposição de sua fala.
percebeu.
Tento remontá-la aqui num quebra-cabeças que vai Texto
formar um retrato - o meu retrato? Certamente faltarão No começo de outubro, deu-se um incidente que
algumas peças. Mas, falhada e fragmentária, esta sou eu, desvendou ainda mais aos olhos do médico a situação da
e me reconheço assim em toda a minha incompletude. moça. Fortunado metera-se a estudar anatomia e fisiologia
Algumas destas narrações já publiquei. São meu rebanho, e ocupava-se nas horas vagas em rasgar e envenenar
e posso chamá-las de volta quando quiser. Muitas eu gatos e cães. Como os guinchos dos animais atordoavam
mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no ar, pois sempre os doentes, mudou o laboratório para casa, e a mulher,
há quem se exponha a uma criança que finge não escutar compleição nervosa, teve de sofrer. Um dia, porém, não
nem enxergar muita coisa da sua vida ao rés-do-chão. podendo mais, foi ter com o médico e pediu-lhe que, como
Aqui onde estou - diante deste computador, nesta coisa sua, alcançasse do marido a cessação de tais
altura e deste ângulo -, afinal compreendo que não são as experiências. (a causa secreta- Machado de Assis).
palavras que produzem o mundo, pois este nem ao menos
cabe dentro delas. Assim aquela menina dançando no
pátio na chuva não cabia no seu protegido cotidiano: 3. DISCURSO INDIRETO LIVRE: É feito com a
procurava sempre o susto que viria além. associação das características do discurso
Então enfiava-se atrás dos biombos da imaginação, direto e do indireto. A fala do personagem ou
colocava as máscaras e espiava o belo e o intrigante, que fragmentos dele é sutilmente inserida no
levaria o resto de sua vida tentando descrever.
discurso do narrador, permitindo-lhe expor
aspectos psicológicos do personagem, já que
Ex.: 1: O texto acima pode ser entendido como
esse tipo de discurso pode revelar o fluxo do
pertencente à tipologia narrativa. Desse modo,
pensamento do personagem.
todos os elementos abaixo comprovam essa
classificação, EXCETO: Texto
a. A presença de um narrador em primeira E foi se. O mestre Amaro parou um pouco ao paredão do
pessoa que relata, com parcialidade, os fatos engenho e reparou nos estragos que a chuva fizera nos
tijolos descobertos. Pareciam feridas vermelhas. O bueiro
e elementos descritos.
baixo e a boca da fornalha escancarada, um barco sujo.
b. Referências espaciais como o estar “diante Lembrou-se dos tempos do capitão Tomas de quem seu
deste computador, nesta altura e deste pai lhe contava tanta coisa, das safras do capitão, da
ângulo”. botada com festas, das pejadas, com a casa de purgas
c. A presença de personagens como “aquela cheia de açúcar.
menina no seu ofício de sonhar”.
d. Incorreto: A defesa de um posicionamento Descrição
que fica claro na oposição entre o adulto e a É um texto em que se faz um retrato por escrito
criança no texto. de um lugar, uma pessoa, um animal ou um
objeto. A classe de palavra mais usada é o
 Discurso: Direto; Indireto e Indireto livre. ADJETIVO, pela sua função caracterizadora.
1. DISCURSO DIRETO: Reproduzem-se as Podemos descrever sensações ou sentimentos.
palavras dos personagens. Esse tipo de Não há relação de anterioridade e posterioridade.
discurso serve como uma comprovação Significa criar com palavras a imagem do objeto
concreta do que acabou de ser exposto pelo descrito. É fazer uma descrição minuciosa do
narrador, o qual cede espaço para que a objeto ou do personagem a que o texto se pega.
personagem se mostre mais abertamente
através do fato no presente. Tipos de descrição
Descrição ambiental: Esquema:
Texto 1. Inicial = Comentários;
Estávamos sentados à mesa, fumando, quando bateram 2. De desenvolvimento = Detalhes referentes à
palmas lá fora. D. Maria José foi ver e voltou logo:
estrutura global do ambiente;
- É a criada de D. Engrácia que tem negócio com o senhor.
- Comigo? 3. Final = Observação sobre a atmosfera que
- Sim senhor. baixa no ambiente.
Levantei-me, atravessei o corredor vagarosamente.
- Que é que há? Perguntei a Casimira, que esperava à
porta, grave, barbada, o rosto cheio de verruga.
- Um livro que a menina mandou.
Entregou-me o volume.
- Um livro? Ah! Sim! Sei o que é um romance. Muito
obrigado, diga a D. Marta que estou muito grato. Isso é uma
obra excelente do centro da boa imprensa, uma obra
importante. Edifica. Amanhã devolvo.

131
Texto A mesma equipe publicou um trabalho na “Nature” em
Tudo parado. Os reposteiros de veludo verde-musgo 2008, descrevendo a primeira evidência da presença de
criam sombras mais fundas. Os mortos dos retratos de água nos cristais vulcânicos trazidos pelas missões
molduras bronzeadas parecem mais mortos. O grande Apolo.“O essencial é que em 2008 dissemos que o
lustre de vidrilhos que pende do centro do teto tem um conteúdo primitivo de água no magma lunar deveria ser
brilho frio de ossada. similar à água contida na lava proveniente da drenagem do
Ali estão as grandes poltronas vazias, com florões e manto superior da Terra”, disse outro coautor do estudo,
grinaldas em relevo; a mesa pesada e longa de jacarandá Alberto Saal. “Agora, provamos que este é o caso”,
com sua coberta de veludo escuro; o console de mármore acrescentou. Enquanto as descobertas corroboram a teoria
branco estriado de azul, o grande espelho oblongo, lago longamente sustentada de que a Lua e a Terra têm origens
morto refletindo uma paisagem morte. Os minutos passam. comuns, também lançam dúvidas sobre a crença de que a
O crepúsculo azul que o luar projeta na varanda vai Lua pode ter se formado após um desprendimento da
ficando cada vez mais pálido. O silêncio continua. Terra, perdendo boa parte de sua umidade neste processo
Um tique-taque seco: o velho relógio de ébano que está de alta temperatura.
dissolvido no negrume dum canto geme estertorosamente Segundo esta teoria, de “enorme impacto” nos anos 1970,
uma badalada, outra, mais outra, três cinco, sete, nove e a Lua se formou depois que o nosso planeta colidiu com
parece que o zunido do sino sai do fundo de idades uma rocha espacial ou planeta, 4,5 bilhões de anos atrás.
remotas, avança no tempo e vem acordando todos os “Esta nova pesquisa revela que aspectos desta teoria
fantasmas da sala antiga. devem ser reavaliados”, destacou o estudo. As
Volta o silêncio. descobertas também levantam interrogações sobre as
Se o teto alto de estuque devolvesse as vozes que teorias que afirmam que o gelo encontrado nas crateras
subiram para ele no passado... Se o espelho tornasse a dos polos lunares pode ser resultante do impacto de
refletir as imagens perdidas... meteoros, sugerindo que parte do mesmo pode ter
(Érico Veríssimo- Música ao longe). provindo da erupção de magmas lunares. A NASA
anunciou, em 2009, que duas naves enviadas à Lua para
Dissertação colidir com a superfície do satélite descobriram pela
primeira vez água congelada, uma revelação considerada
É elaborado a partir da apresentação de fatos, enorme passo adiante na exploração espacial.
opiniões, pensamentos ou informações sobre
determinados assuntos. Geralmente, as ideias Dissertação ARGUMENTATIVA
apresentadas são encontradas usando-se a 3ª O autor, além de tentar convencer o leitor a
pessoa do singular, uma das formas de marcar a respeito da ideia apresentada, usa um raciocínio
impessoalidade. A dissertação pode ser lógico e coerente, usando como base de
EXPOSITIVA ou ARGUMENTATIVA é dividida em argumentação, provas que evidenciam suas
INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e ideias. O objetivo é perceber conhecimento do
CONCLUSÃO. produtor em relação a uma determinada temática.
Trata-se de um texto pessoal (emotivo) no qual o
Dissertação informativa (EXPOSITIVA) autor fará exposições, consoante sua visão crítica
O autor não se propõe a convencer o leitor, fazendo de forma parcial, exporá sua opinião, embasada
apenas explicações sobre o assunto apresentado, em pesquisa. É exigido do autor o uso de
relatando dados e ideias. O objetivo é somente argumentos universais, uma postura coerente e
informar, sem ter qualquer postura crítica. O autor precisa, uma linguagem clara e concisa a fim de
deve agir de forma imparcial, não deve estabelecer não haver contradição por parte do leitor.
qualquer comentário pessoal acerca da temática
abordada. Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento
global e suas consequências se tornou onipresente entre
governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos
Lua pode conter tanta água quanto a Terra, revela queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo
estudo. chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e
A Lua poderia ter muito mais água do que o imaginado, ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor
talvez tanta quanto a Terra, uma descoberta que lança dúvidas fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do
sobre a formação do satélite, revela um estudo divulgado esta
quinta-feira nos EUA. Durante muito tempo acreditou-se que a Lua
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
fosse um local seco e poeirento até que, há poucos anos, (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam
descobriu-se água pela primeira vez. providências radicais para cortar as emissões de gases do
Agora, cientistas das universidades Case Western efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o
Reserve e Brown acreditam que no interior da Lua haja mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma
cem vezes mais água do que se pensava inicialmente. catástrofe.
As descobertas foram feitas com o uso de um instrumento Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a
de precisão, chamado Nano SIMS 50L um microanalisador doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na
de íons para examinar o magma lunar ou pequenas esteira de uma série de escândalos.
quantidades de rocha derretida, coletada pela Apolo 17, a Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão
última missão americana à Lua, em 1972. sustentação aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam
“Estas amostras são a melhor janela que temos para de especulação sem base científica.
[calcular] a quantidade de água no interior da Lua”, disse Pior que isso: Os cientistas que conduzem esses estudos
James Van Orman, coautor do estudo e professor de manipularam dados para amparar suas conclusões.
ciências geológicas do Case Western. A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início
“O interior parece ser bastante similar no interior da Terra, do ano quando se descobriu um erro grosseiro numa das
razão pela qual sabemos sobre a abundância de água”, pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em
acrescentou. As descobertas foram publicadas na edição 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem
de 26 de maio da “Science Express”. desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global.

132
O derretimento traria consequências devastadoras para Tipos de estratégias argumentativas
bilhões de pessoas na Ásia, que dependem da água
produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios Argumentação por autoridade
cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a É realizada por meio da demonstração de
previsão não tem o menor fundamento científico e foi opiniões de pessoas consideradas autoridades.
elaborada com base em uma especulação. O mais
espantoso é que tal previsão tenha sido tratada como
verdade incontestável por três anos, desde a publicação Individualistas e comportados. E daí?
do documento. Cientistas sociais e filósofos de inúmeras correntes
Os relatórios do IPCC são elaborados por 3000 cientistas garantem: a geração de 90 é ambígua. Explica-se: os
de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor adolescentes dessa época buscam o bem-estar individual,
conjunto de informações disponível para estudar os mas também consideram o conceito “viver dignamente”
fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível como um direito da humanidade. Só que eles não
e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. pretendem se fatigar nas lutas sociais, nem se sentem
atraídos por bandeiras políticas ou cartilhas ideológicas.
Em uma pesquisa recente na França, o item “justiça
social” foi classificado como um dos menos importantes
Injunção por moças e rapazes na faixa dos 14 aos 17 anos.
Imediatamente, a geração que ouve Madonna, diverte-se
O autor tenta fazer com que o leitor tome atitude a
com Steven Spielberg e devora sanduíches passou a ser
partir de uma sequência de comandos por chamada de “novos individualistas”. O filósofo e escritor
convencimento; ele apresenta ordem, pedido, francês Laurent Joffrin, autor do livro Um toque de
conselho etc. E por isso há predominância de Juventude, celebra com muito otimismo os “moralistas
verbos no imperativo e ordenação seriada das de blue jeans: “eles não são apáticos como se
supõem. “Seus interesses vão além do prazer imediato
informações. e da pura distração”, explica Joffrin. Mais cético, seu
colega Alain Finkelkraut acredita que os jovens dos
Receita de pizza anos 90 se apoiam em relacionamentos superficiais e
1. Peneire a farinha e o sal em uma tigela grande. Adicione valores distorcidos. “Comportam-se como se a vida
o fermento e misture. fosse um grande videoclipe…”, lamenta. Enquanto os
2. Faça um buraco no centro dos ingredientes secos. intelectuais batem boca, os ingleses que cresceram
Despeje a água e o azeite e mexa até formar uma massa ouvindo a balada conservadora de Margareth Thatcher
mole. hoje insistem que a vida comportada é muito melhor. Em
3. Amasse a massa sobre uma superfície levemente uma pesquisa da revista Look Now, moças e rapazes de
enfarinhada, por mais ou menos 10 minutos, até que ela 15 a 24 anos confessam gostar de boas roupas, querem
fique lisa e elástica. ser vistos como pessoas sensíveis e responsáveis,
4. Coloque a massa em uma tigela untada e cubra com pretendem ter uma carreira sólida e fazer fortuna.
plástico transparente. Deixe-a num local morno para Desnecessário dizer que a Dama de Ferro adorou os
crescer por mais ou menos uma hora, até que ela tenha resultados da pesquisa.
dobrado de tamanho.
5. Amasse novamente a massa. Coloque-a sobre uma Observe que os trechos em negrito são todos
base levemente enfarinhada e amasse por 2 a 3 minutos.
Abra a massa como desejado e coloque-a em uma fôrma
considerados argumentos de autoridade, pois o
untada. A massa está pronta para a cobertura. autor tem como objetivo tornar o seu texto mais
convincente e para isso não se usa apenas das falas
Diálogo de cada indivíduo citado no texto, mas também das
Podemos observar que o texto é constituído por no funções que lhe conferem esta autoridade, uma vez
mínimo dois locutores, que estabelecem um que a pessoa citada no texto pode não ser
intercâmbio verbal. Ele é organizado de forma a conhecida do leitor. Assim é possível constatar que
reproduzir uma conversa validada, pois conferem não é apenas o nome do indivíduo que caracteriza a
realismo ao diálogo realizado pelos personagens autoridade, e sim a importância que esse indivíduo
que participam do mesmo espaço e discutem sobre traz ao tema apresentado. Da mesma forma isso
o mesmo tema. acontece com o uso de pesquisas que conferem
veracidade às informações apresentadas.
– E que música prefere o senhor?
– A música alemã, que é a que mais nos predispõe ao devaneio.
– Conhece os italianos?
– Ainda não; mas tenciono frequentá-los no ano que vem,
quando for residir em Paris, para completar o meu curso de
Direito.

133
Argumentação por analogia Essa atitude tanto pode colocar uma pessoa na condição
de discípulo de um grande pensador como pode embalá-la
Acontece por meio de uma comparação: na treva da ignorância. O segundo caso ocorre com maior
frequência.
“A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices As cabeças arrumadas brasileiras, atraídas pela
de doenças do coração. Imagine o leitor, por exemplo, um construção de modelos intelectuais harmônicos, dão pouca
automóvel dirigido suavemente, com trocas de marcha em atenção ao funcionamento da sociedade. Preferem evitar o
tempo exato, sem freadas bruscas ou curvas violentas. A assunto. Alguns exemplos:
vida desse veículo tende a prolongar-se bastante. Imagine O bem-pensar urbano do Rio de Janeiro legislou que é
agora o contrário: um automóvel cujo proprietário se proibido construir apartamentos com menos de 30
compraz em arrancadas de “cantar pneus (…)”. metros quadrados. Coisa de gente muito bem educada.
Faltou dizer onde vai morar uma família que não tem
Observamos nitidamente que o autor do texto usa dinheiro para essa metragem. Na favela, por certo. A
discussão dessa lei de incentivo à favelização está
de uma estratégia de comparação para conduzir o fora do debate urbano carioca.
pensamento do leitor e, para isso, compara a O bem-pensar tributário estabeleceu que os serviços
forma como se “dirige” a vida, com a forma como de telefonia devam ser taxados com mãos de ferro,
se dirige um automóvel. pois vai-se tomar dinheiro do andar de cima para
custear investimentos que atenderão ao de baixo. Deu
no seguinte: o patrão fala com Paris de graça pelo
Argumentação por apresentação de dados Skype e a empregada paga R$ 5 por um telefonema de
estatísticos dez minutos para Bangu. Um imposto destinado a
É feito por meio da apresentação de dados buscar justiça produz injustiça, mas o tema está fora
da agenda dos teletecas.
estatísticos e, assim como as outras estratégias, O bem-pensar diplomático levou Lula a propor uma
serve para provar aquilo que é dito no texto. cruzada mundial contra a fome. Fez isso em Genebra,
Geralmente os dados usados são oriundos de Paris e Nova York. Passados dois anos, contou que
pesquisa de órgãos públicos habilitados para a gostaria de arrumar recursos para combater a
desnutrição da África, aumentando as taxas de
divulgação de tais dados. embarque nos aeroportos brasileiros. Falta dizer aos
usuários do Galeão que eles pagam uma das taxas
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o mais altas do mundo, o dobro do que se cobra no
Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a Aeroporto Kennedy.
partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Num caso mais farisaico, tome-se o exemplo da
Ministério da Educação, mostra o número de crianças de legislação penal brasileira. Bem pensada, faz inveja a
sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada um advogado sueco. São muitos os doutores que
estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de fazem palestras pelo mundo descrevendo essa joia de
crianças, ou 5,5% da população nessa faixa etária (sete a modernidade.
catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não Jamais um ministro da Justiça contará que as
frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: maravilhas são parólas. O que vale mesmo é a lei da
16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da massa. O bandido que entra na prisão passa a uma
escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% nova instância judicial, a de seus pares. Maltratou a
(7200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do mãe? Morre. Estupro? Se não morrer, sofre o que fez.
Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). Respeito, só para os estelionatários.
No Brasil das cabeças desarrumadas cada tema poderá
Argumentação por exemplos ser discutido e avaliado isoladamente. Muitas opiniões
resultarão contraditórias, mas é esse exercício do juízo
É realizado por meio de exemplos que elucidam ou individual que enriquece o debate público.
justificam a ideia apresentada na tese. Um bom Harmonia e nexo podem ser desejáveis, mas é preferível
exemplo fundamenta a argumentação, pois pode conviver com pessoas de cabeça desarrumada cujas
relatar casos que sustentam a tese como opiniões não formam um nexo final do que aturar gente
que tem muito nexo, mas não se responsabiliza pelas
verdadeira.
opiniões que dá.
O resultado do referendo fez um bem ao país. Instaurou o
império das cabeças desarrumadas, e o Brasil precisa Os trechos em negrito são argumentos
delas. Uma pessoa de cabeça desarrumada é assim: exemplificativos que têm como objetivo mostrar a
defende a pena de morte e o ensino gratuito nas veracidade da tese apresentada no primeiro
universidades públicas. É a favor do aborto e se diz parágrafo (O resultado do referendo fez um bem
católico. Votou Lula em 2002 e José Serra em 2004. É
contra as cotas nas universidades e milita numa ONG de
ao país. Instaurou o império das cabeças
defesa da Mata Atlântica. Por desarrumada, essa cabeça desarrumadas, e o Brasil precisa delas.),
pode pensar tudo ao contrário e não faz a menor diferença. comprovando o posicionamento do autor do texto.
A desarrumação determina e incentiva o debate. Opõe-se
a um mundo de ideias ordenadas no qual a pessoa deve
se preocupar em “pensar direito”, entendendo-se que
sempre haverá alguém explicando o que vem a ser
“pensar direito”.
Houve uma época em que a expressão “raciocinar em
bloco” designava, com alguma ironia, inteligências ou
culturas privilegiadas, sacerdotes do bem-pensar.
Aceitando-se as virtudes do mestre, esperava-se sua
opinião e ia-se atrás.

134
REDUZIDO A UM CLIQUE aluguel, escritório, luz, funcionários humanos e
Rio de Janeiro: A notícia é alarmante: Amazon se prepara nem mesmo a ração do gato.
para vender livros físicos no Brasil. O alarme não se limita
à iminente entrada da Amazon no mercado brasileiro de
Resposta:
livros, algo que lembrará o passeio de um brotossauro pela  Alternativa (a) resposta correta: Há
Colombo. A ameaça começa pela expressão ``livros marcação de ironia nos segmentos citado,
físicos´´ é o que, a partir de agora, o diferenciará dos Best-Seller. O mais vendido. O autor ironiza a
livros digitais. Pelos últimos mil anos, dos manuscritos ao
incurábulos e aos impressos a laser, os livro têm sido
forma e a indicação do livro: pode ser o mais
chamados de livros; nunca precisaram de adjetivos para indicado, o mais vendido, nem por isso o
distingui-los dos astrolábios, das guilhotinas ou das melhor. Mas é chic no momento. O leitor,
cenouras. Quando se dizia ``livro´´, todos entendiam um muitas vezes, o adquire pela figuração da
objeto de peso e volume, composto de folhas indicação, modismo ou status. Atrás do Best-
encadernadas, protegidas por papelão ou couro, nos quais
se gravaram a tinta palavras ou imagens. Há 200 anos, os selles sempre há um belo marketing para c e
livros deixaram de ser privilégios das bibliotecas, públicas cultural do livro e teme pela sua sobrevivência.
ou particulares e passaram a ser vendidas em lojas  Alternativa (d): O tom no segmento não é
especializadas, chamadas livrarias. Desde sempre, as didático, mas crítico no sentido de tentar
livrarias se caracterizam por estantes altas, vendedores
atenciosos, uma atmosfera de paz e a ocasional presença
preservar a importância que sempre,
de um gato. Foi nelas que leitores e escritores aprenderam historicamente, caracterizou o livro.
a se encontrar e trocar ideias, gerando uma emulação com  Alternativa (e): Não há defesa, da busca de
a qual a cultura teve muito a ganhar. A Amazon dispensa lucros, nem a forma usada pelos empresários
tudo isso. Ela vende livros físicos, mas a partir de um
endereço imaterial, nada físico, acessível apenas pela
da indústria dos livros; há, sim, uma irônica
internet. Dispensa as livrarias. Se você se interessar por alusão ao risco que o marketing eletrônico
um livro (certamente recomendado por uma lista de Best- representa, distante das facilidades do
sellers) basta o número do seu cartão de crédito e um consumo, perda do prazer da busca pelo livro
clique. Em dois dias, ele estará em suas mãos, e a um que, através de um clique, que pode
preço mais em conta, porque a Amazon não tem gasto
com aluguel, escritório, luz, funcionários humanos e nem transformar-se em mais um mero produto de
mesmo a ração do gato. Com sorte, os livros continuarão consumo descartável e perder toda a magia
físicos. Mas os leitores correm o risco de ser reduzidos a condita na palavra livro.
um número de cartão de credito e um clique.

Ex.: 1: O modo como o autor desenvolve seu


Paisagem com figuras
texto sobre a notícia citada: Em meados dos anos 60, o poeta João Cabral de Mello
a. Correto: Justifica que se considerem como Neto jantava na cantina Fiorentina, no Leme, com seus
marcador pelo tom de ironia os segmentos colegas Fernando Pessoa Ferreira e Felix de Athayde,
(certamente recomendado por uma lista de pernambucanos como ele. Em certo momento, ouviu-se
um rumor na varanda e João Cabral perguntou o que
Best-seller) e com sorte, os livros continuarão estava acontecendo. “É o Chacrinha, que acabou de
físicos. chegar”, informou Fernando. “Chacrinha? Quem é
b. Revela sua diferença pelas bibliotecas Chacrinha?”, quis saber João Cabral. “É um apresentador
públicas ou particulares e a consideração que de tevê, muito famoso”, disseram. Cônsul do Brasil em
tem pelas livrarias, como se observa no Barcelona, com raras vindas ao Rio e famoso por não se
interessar por música e tomar dez aspirinas por dia para a
seguimento há 200 anos, os livros deixarão de dor de cabeça, o poeta estava por fora do que acontecia
serem privilégios das bibliotecas públicas ou por aqui. E, mesmo que estivesse a par, não podia haver
particulares e passaram a ser vendidos em ninguém menos Chacrinha do que João Cabral. Na sua
lojas especializadas, chamadas livrarias. poesia grave e desidratada, altamente cerebral, as
palavras eram de pedra; os cães, sem plumas; e as facas,
c. Explica o tom alarmante nele impresso, só lâminas. Já Chacrinha, o divino palhaço, era o barroco
reconhecível, por exemplo, nos seguimentos em Technicolor, embora a tevê ainda fosse em preto e
``A notificação é alarmante: Amazon se branco. Em seu programa, apresentava os piores cantores
prepara para vender livros físicos no Brasil e a do Brasil, atirava bacalhau para a plateia e promovia
Amazon dispensa tudo isso. concursos de comer barata. Os comunicólogos ainda não
o tinham descoberto como símbolo do “mau gosto genial”.
d. Atesta o tom didático do texto, centrado em Chacrinha entrou ventando pela Fiorentina, cercado de dez
divulgar a história do livro e seduzir leitores, ou quinze aspones. Ao passar pela mesa de João Cabral,
como se nota nos últimos mil anos, dos estacou e olhou-o fixamente. Então, abriu os braços e
manuscritos. Aos impressos, a lazer, os livros exclamou: “Cabral!!!”. O poeta levou um susto, mas não
deixou a bola cair: “Abelardo!!!”, respondeu. Levantou-se
têm sido chamados de livros e se você se no ato e os dois se jogaram nos braços um do outro, aos
interessar por um livro, basta o número do seu soluços. O poeta João Cabral de Mello Neto e o
cartão de credito e um clique. apresentador Abelardo “Chacrinha” Barbosa, colegas de
e. Legitima a hipótese de que defende a busca curso primário no Colégio Marista, do Recife, e que não se
de lucro pelos empresários ligados a indústria viam havia mais de 30 anos, tinham acabado de se
reencontrar, reconhecer e abraçar. É o Brasil.
dos livros físicos, como o atestando o
segmento a Amazon não tem gasto com

135
Ex.: 1: Ao narrar o reencontro entre o poeta João Ex.: 5: A expressão destacada em “E, mesmo que
Cabral de Mello Neto e o apresentador Abelardo estivesse a par, não podia haver ninguém menos
Barbosa, o autor traz uma reflexão bem-humorada Chacrinha do que João Cabral.” pode ser
corretamente substituída, com o sentido
sobre:
preservado, por:
a. O fato de duas pessoas tão distintas serem a. Correto: Ainda que;
igualmente famosas na mídia brasileira. b. Visto que;
b. A aleatoriedade com que o destino premia ou c. Conforme;
castiga pessoas da mesma origem social. d. Consoante;
c. Correta: As coincidências da vida e também
sobre a diversidade da cultura brasileira. Trecho do romance Quincas
Repito, Sofia comia bem, dormia largo e fofo. Chegara ao fim
d. O modo como a cultura erudita e a cultura de da missão das Alagoas, com elogios da imprensa; a Atalaia
massa são nutridas pela mesma ideologia. chamou-lhe “o anjo da consolação”. E não se pense que este
nome a alegrou, posto que a lisonjeasse; ao contrário,
e. A importância de se cultivarem as amizades da resumindo em Sofia toda a ação da caridade, podia mortificar
infância mesmo nas adversidades. novas amigas, e fazer-lhe perder em um dia o trabalho de
longos meses. Assim se explica o artigo que a mesma folha
Ex.: 2: Na construção de sentido do texto, trouxe no número seguinte, nomeando, particularizando e
glorificando as outras comissárias – “estrelas de primeira
estabelecem entre si relação de oposição as grandeza”. Nem todas as relações subsistiram, mas a maior
seguintes expressões do terceiro parágrafo: parte delas estavam atadas, e não faltava à nossa dona o
talento de as tornar definitivas. O marido é que pecava por
a. Desidratada; cerebral. turbulento, excessivo, derramado, dando bem a ver que o
b. Poesia; pedra. cumulavam de favores, que recebia finezas inesperadas e
c. Palhaço; genial. quase imerecidas. Sofia, para emendá-lo, vexava-o com
censuras e conselhos, rindo: – Você esteve hoje insuportável;
d. Correto: Grave; barroco. parecia um criado. Sofia é que, em verdade, corrigia tudo.
e. Preto e branco; mau gosto. Observava, imitava. Necessidade e vocação fizeram-lhe
adquirir, aos poucos, o que não trouxera do nascimento nem
da fortuna. Cortou as relações antigas, familiares, algumas
Ex.: 3: Está empregada com sentido figurado a tão íntimas que dificilmente se poderiam dissolver; mas a arte
palavra destacada no seguinte trecho do texto: de receber sem calor, ouvir sem interesse e despedir-se sem
a. … ouviu-se um rumor na varanda… (1º pesar, não era das suas menores prendas; e uma por uma se
foram indo as pobres criaturas modestas, sem maneiras, nem
parágrafo); vestidos, amizades de pequena monta, de pagodes caseiros,
b. … com raras vindas ao Rio… (2º parágrafo); de hábitos singelos e sem elevação.
c. Os comunicólogos ainda não o tinham
Ex.: 1: Levando em consideração o texto como
descoberto… (3º parágrafo); um todo, assinale a alternativa correta.
d. Correto: Chacrinha entrou ventando pela a. O processo de ascensão social de Sofia e de
Fiorentina… (4º parágrafo); seu marido não ocorre senão por meio de
e. O poeta levou um susto… (4º parágrafo). sobressaltos comportamentais, em que ambos
deixam transparecer a simplicidade de modos
Ex.:4: Um vocábulo responsável por estabelecer que os aproxima das “pobres criaturas
relação de comparação no enunciado está modestas, sem maneiras, nem vestidos”, de
destacado em: que ambos querem se ver livres – o que leva o
marido de Sofia, inclusive, a alguns excessos.
a. Correto: … Fernando Pessoa Ferreira e Felix
b. Pode-se inferir do fragmento como um todo
de Athayde, pernambucanos como ele. (1º que Sofia engendrou premeditadamente a
parágrafo); ascensão social de sua família, sem crises de
b. … um apresentador de tevê, muito famoso… consciência. Ao contrário do marido, que
(2º parágrafo); deixava transparecer o processo pelo qual
c. … tomar dez aspirinas por dia para a dor de passava o casal, Sofia adquiriu, por meio da
cabeça… (2º parágrafo); observação atenta, a discrição inerente às
famílias abastadas.
d. … Chacrinha, o divino palhaço… (3º
c. A relação entre Sofia e o marido é desigual:
parágrafo); enquanto este, cujas ações indicam
e. … os dois se jogaram nos braços um do preferência pelas amizades menos abastadas,
outro… (4º parágrafo). se confunde com o processo de ascensão
social que o casal atravessa, a esposa urde a
passagem às relações com amigas ricas, por
meio da observação aguda e da atenta
imitação, com os cuidados que essas pessoas
exigem.

136
d. Correto: O processo de ascensão social e. O autor se baseia em opiniões polêmicas de
experimentado por Sofia e por seu marido é, defensores da liberdade de expressão para
inicialmente, acidental: um lance de sorte (a enaltecer a política colonialista de ingleses e
publicação da Atalaia, chamando-lhe às de norte-americanos, entre os séculos XVII e
amigas de “estrelas de primeira grandeza”) XX.
permite ao casal a entrada numa rede fechada
de amizades privilegiadas e o abandono de Rio Grande do Norte: a esquina do
relações passadas. continente
e. Ao afirmar que o marido estava “insuportável”, Os portugueses tentaram iniciar a colonização em 1535,
que “parecia um criado”, Sofia reprocha-lhe os mas os índios potiguares resistiram e os franceses
modos que lhe trazem as origens humildes, invadiram. A ocupação portuguesa só se efetivou no final
que destoam das novas amizades que a do século, com a fundação do Forte dos Reis Magos e da
esposa faz à sua revelia. Também é sem o Vila de Natal. O clima pouco favorável ao cultivo da cana
consentimento do marido que Sofia abandona levou a atividade econômica para a pecuária. O Estado
amaneiradamente os antigos amigos. tornou-se centro de criação de gado para abastecer os
Estados vizinhos e começou a ganhar importância a
A liberdade enriquece extração do sal – hoje, o Rio Grande do Norte responde
A liberdade surge no oceano da economia, de onde se por 95% de todo o sal extraído no país. O petróleo é outra
espraia para todos os lugares. Isso é o que imaginava Ludwig fonte de recursos: é o maior produtor nacional de petróleo
von Mises, o arquiteto mais destacado da escola austríaca de em terra e o segundo no mar. Os 410 quilômetros de
economistas neoclássicos. Ele estava errado: a liberdade praias garantem um lugar especial para o turismo na
nasceu no continente da política, mais propriamente como economia estadual.
liberdade de expressão - o direito de imprimir sem licença. O
O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas - com
parto deu-se pelas mãos do poeta e polemista John Milton,
em 1644, no epicentro da Guerra Civil Inglesa entre o belas praias, falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo
Parlamento e a Monarquia. Naquele ano, Milton publicou a –, do qual faz parte a capital, Natal. O Polo Costa Branca,
Aeropagitica, fonte do mais clássico dos argumentos no oeste do Estado, é caracterizado pelo contraste: de um
racionais contra a censura: os seres humanos são dotados de lado, a caatinga; do outro, o mar, com dunas, falésias e
razão e, portanto, da capacidade de distinguir as boas ideias quilômetros de praias praticamente desertas. A região é
das más. Ludwig von Mises não errou em tudo; acertou no grande produtora de sal, petróleo e frutas; abriga sítios
principal. Liberdade não é um artigo de luxo, um bem etéreo,
arqueológicos e até um vulcão extinto, o Pico do Cabugi,
desconectado da economia. A Grã-Bretanha acabou
seguindo o caminho preconizado por Milton e se converteu na em Angicos. Mossoró é a segunda cidade mais importante.
maior potência do mundo. Os Estados Unidos, com sua Além da rica história, é conhecida por suas águas termais,
Primeira Emenda à Constituição - que proíbe a edição de leis pelo artesanato reunido no mercado São João e pelas
que limitem a liberdade de religião, a liberdade de expressão salinas.
e de imprensa ou o direito de reunião pacífica -, assumiram o Caicó, Currais Novos e Açari compõem o chamado Polo
primeiro posto no século XX. Liberdade funciona, pois a do Seridó, dominado pela caatinga e com sítios
criatividade é filha da crítica.
arqueológicos importantes, serras majestosas e cavernas
misteriosas. Em Caicó há vários açudes e formações
Ex.: 1: Considerando-se o teor do texto, é
rochosas naturais que desafiam a imaginação do homem.
CORRETO afirmar:
O turismo de aventura encontra seu espaço no Polo
a. Correto: Trata-se de um texto opinativo, em
Serrano, cujo clima ameno e geografia formada por
que o autor, apoiando-se em teorias e montanhas e grutas atraem os adeptos do ecoturismo.
oferecendo exemplos de sucesso, tece Outro polo atraente é Agreste/Trairi, com sua sucessão
comentários a respeito da relação entre de serras, rochas e lajedos nos 13 municípios que
liberdade e desenvolvimento econômico. compõem a região. Em Santa Cruz, a subida ao Monte
b. Há crítica em relação ao papel desempenhado Carmelo desvenda toda a beleza do sertão potiguar – em
na economia de alguns países por proposições breve, o local vai abrigar um complexo voltado
hipotéticas de poetas e economistas sob principalmente para o turismo religioso. A vaquejada e o
influência de escolas estrangeiras. Arraiá do Lampião são as grandes atrações de Tangará,
c. No 2º parágrafo encontra-se defesa por inteiro que oferece ainda um belíssimo panorama no Açude do
da opinião do economista austríaco, em Trairi.
flagrante contradição com a observação de
que ele havia se enganado, como consta do 1º
parágrafo.
d. O título se volta para a comprovação da tese
do poeta inglês de que o desenvolvimento
econômico de uma nação se associa
inequivocamente à racionalidade de seus
cidadãos.

137
Ex.: 1: O texto se estrutura notadamente: e. A forma verbal estava, explícita em estava
a. Correta: Sob forma narrativa, de início, e adoentada, está elíptica na construção
descritiva, a seguir, visando a despertar seguinte, impossibilitada de comparecer.
interesse turístico para as atrações que o
Estado oferece. Celebridades
b. De forma instrucional, como orientação a Todos sabemos qual é a atividade de um médico, de um
eventuais viajantes que se disponham a engenheiro, de um publicitário, de um torneiro mecânico,
de um porteiro. Mas o que faz, exatamente, uma
conhecer a região, apresentando-lhes uma celebridade − além de ser célebre? Vejam que não me
ordem preferencial de visitação. refiro a quem alcançou sucesso pela competência na
c. Com o objetivo de esclarecer alguns aspectos função que exerce; falo das celebridades que estão acima
cronológicos do processo histórico de de um talento específico e se tornaram célebres ninguém
sabe exatamente por quê.
formação do Estado e de suas bases Ilustro isso com um caso contado pelo poeta Ferreira
econômicas, desde a época da colonização. Gullar. Andando numa rua do Rio de Janeiro, com sua
d. Como uma crônica baseada em aspectos inconfundível figura − magérrimo, rosto comprido e longos
históricos, em que se apresentam tópicos que cabelos prateados − foi avistado por um indivíduo
salientam as formações geográficas do embriagado que deve tê-lo reconhecido da televisão, onde
sempre aparece, que lhe gritou da outra calçada: −
Estado. Ferreira Gullar! Sujeito famoso que eu não sei quem é!
e. De maneira dissertativa, em que se discutem Aqui, a celebração não era do poeta ou de sua obra: era o
as várias divisões regionais do Estado com a reconhecimento de uma celebridade pela celebridade que
finalidade de comprovar qual delas se é, e ponto final. Isso faz pensar em quanto o poder da
mídia é capaz de criar deuses sem qualquer poder divino,
apresenta como a mais bela. astros fulgurantes sem o brilho de uma sólida justificativa.
E as consequências são conhecidas: uma vez elevada a
Ex.: 2: A transformação da frase "Eu nunca parei seu posto, a celebridade passa a ser ouvida, a ter
de pensar sobre isso", disse Goodwin, para influência, a exercitar esse difuso poder de um “formador
de opinião”. Cobra-se da celebridade a lucidez que não
discurso indireto é: tem, atribui-se-lhe um nível de informação que nunca
a. Correta: Goodwin disse que nunca parara de alcançou, conta-se com um descortino crítico que lhe falta
pensar sobre aquilo. em sentido absoluto. Revistas especializam-se nelas,
b. Goodwin diz que nunca tivera parado de fotografam-nas de todos os ângulos, perseguem-nas onde
quer que estejam, entrevistam-nas a propósito de tudo.
pensar sobre aquilo. Esgotada, enfim, uma celebração (até mesmo as
c. Goodwin disse: “Eu nunca parei de pensar celebridades são mortais), não faltam novos ocupantes do
sobre isso”. posto.
d. Goodwin diz: “Eu nunca parei de pensar sobre À falta de algum mérito real, as oportunidades da sorte ou
isso”. da malícia bem-sucedida acabam por presentear pessoas
vazias com o cetro e a coroa de uma realeza artificial. Mas
e. Goodwin disse o que pensava sobre aquilo. um artifício bem administrado, sabemos disso, pode
ganhar o aspecto de uma qualidade natural. O que se
Ex.: 3: Ao se dirigir ao juiz, pediu-lhe o advogado espera é que sempre haja quem não confunda um
de defesa que adiasse a sessão, informando ao manequim vazio com uma cabeça com cérebro dentro.
magistrado que sua principal testemunha estava
adoentada e, por essa razão, impossibilitada de Atente para as seguintes afirmações:
comparecer. 1. Para dar força à sua tese, o autor do texto não
Indique a afirmação INCORRETA sobre o texto contempla em nenhum momento a
acima. possibilidade de alguém ser celebrado pelo
a. A presença de personagens e o fato de demonstrar competência em alguma
encadeamento temporal são traços que atividade específica.
autorizam qualificar esse texto como narrativo. 2. Ao estabelecer, no 3º parágrafo, uma conexão
b. Em discurso direto, a fala correta do advogado entre o culto das celebridades e o poder da
seria: Solicito-lhe, Meritíssimo, que adie a mídia, o autor admite que essa conexão
sessão, uma vez que minha principal constitui uma relação de causa e efeito.
testemunha encontrase adoentada, o que a 3. Depreende-se da leitura do final do 3º
impede de comparecer. parágrafo que a celebração de uma
c. Há um encadeamento causal nesta sucessão personalidade costuma ser transitória, mas a
de eventos: estava adoentada, impossibilitada necessidade da celebração como fenômeno
de comparecer e pediu-lhe o advogado de social surge como permanente.
defesa que adiasse a sessão. Em relação ao texto, está CORRETO o que se
d. Incorreta: Caso o advogado fosse um afirma em:
entusiasta dos latinismos, ele poderia, a. 1, 2 e 3.
adequadamente, usar a expressão tabula rasa, b. 1 e 2, apenas.
para indicar seu respeito ao magistrado, e ipso c. Correta: 2 e 3, apenas.
facto, no sentido de por essa razão. d. 1 e 3, apenas.
e. 2, apenas.

138
TEXTO LITERÁRIO E NÃO-LITERÁRIO Ex.: 1: Sobre a linguagem não literária é correto
O texto literário tem uma dimensão estética, afirmar, EXCETO:
multissignificativa e dinâmica, que possibilita a a. É utilizada, sobretudo, em textos cujo caráter
criação de muitas e novas relações de sentido. seja essencialmente informativo.
Com predomínio da função poética da linguagem, b. Correta: Sua principal característica é a
é um meio importante de reflexão sobre a objetividade.
realidade, envolvendo um processo de recriação c. Correta: Utiliza recursos como a conotação
dessa realidade. Os textos literários exploram para conferir às palavras sentidos mais amplos
bastante, as construções de base conotativa, do que elas realmente possuem.
numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e  Alternativa “c”: Na linguagem não literária
provocar reações diferenciadas em seus leitores. não há espaço para a linguagem figurada
 Conotação: É um sentido que só advém à presente em metáforas, pois sua principal
palavra numa dada situação figurada, função é transmitir uma mensagem de
fantasiada, e que, para sua compreensão, maneira objetiva.
depende do texto. Sendo assim, estabelece-se d. Utiliza a linguagem denotativa para expressar
numa determinada construção frasal, uma nova o real significado das palavras, sem metáforas
relação entre significante e significado. ou preocupações artísticas
A produção de um texto literário envolve:
 Valorizar a forma: O uso literário da língua Ex.: 2: SOBRE A ORIGEM DA POESIA
caracteriza-se por um cuidado com a forma,
visando à exploração de recursos que o A origem da poesia se confunde com a
sistema linguístico oferece, nos planos fônicos, origem da própria linguagem.
prosódicos, léxico, morfossintático e Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a
linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem
semântico. Não é o tema, mas a maneira do discurso não poético, já que, restituindo laços mais
como ele é explorado formalmente que vai íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a
caracterizar um texto literário; poesia aponta para um uso muito primário da linguagem,
 Reflexão sobre o real: No lugar de apenas que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas
conversas, nos jornais, nas aulas, conferências,
informar sobre o real, ou de produzi-las, a
discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...]
expansão literária é usada como um meio de No seu estado de língua, no dicionário, as palavras
refletir e recriar a realidade, reordenação. Isso intermedeiam nossa relação com as coisas, impedindo
dá ao texto literário um caráter ficcional, ou nosso contato direto com elas. A linguagem poética
seja, o texto literário interpreta aspectos da inverte essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si,
coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto
realidade efetiva, de forma indireta, recriando o entre nós e o mundo [...]
real num plano imaginário. Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim.
 Reconstrução da linguagem: No texto As palavras se desapegaram das coisas, assim como os
literário o uso estético da linguagem pressupõe olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se
dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os
criar novas relações entre as palavras, poemas – contaminando o deserto de referencialidade.
combinando-se as de forma inusitada,
singular, revelando novas formas de ver o No último parágrafo, o autor se refere à plenitude
mundo. da linguagem poética, fazendo, em seguida, uma
 Multissignificação: No texto literário, faz um descrição que corresponde à linguagem não
amplo uso de metáforas e metonímias, com o poética, ou seja, à linguagem referencial.
objetivo de despertar no leitor o prazer Pela descrição apresentada, a linguagem
estético, isto é, o que define seu caráter referencial teria, em sua origem, o seguinte traço
plurissignificativo. fundamental:
No texto não-literário as relações são mais a. O desgaste da intuição.
restritas, tendo em vista, a necessidade de uma b. A dissolução da memória.
informação mais objetiva e direta no processo de c. Correta: A fragmentação da experiência.
documentação da realidade, com predomínio da  Alternativa “c”: A linguagem literária não
função referencial da linguagem, e na interação apresenta um caráter utilitário ou prático, pois
entre os indivíduos, com predomínio de outras afasta-se da materialidade das coisas do
funções. O texto não-literário usa bastante as cotidiano.
construções de base denotativa. d. O enfraquecimento da percepção.
 Denotativa: O sentido denotativo das palavras
é aquele encontrado nos dicionários, o
chamado sentido real ou verdadeiro.

139
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS A ideia de ANTONÍMICAS, o uso palavras de
As palavras podem associar-se de varias formas, sentido contrário, requer os mesmos cuidados da
ou seja, quando as palavras se relacionam pelo sinonímia. Na realidade é uma questão de
sentido, temos um campo semântico. Não se trata vocabulário.
dos sinônimos ou antônimos, mas de aproximação
de sentido num dado contexto.  É um menino CORAJOSO;
 É um menino MEDROSO.
 Perna, braço, cabeça, olhos, cabelos, nariz = parte do
corpo. Relações de HOMINIA ou paronímia: palavras
 Azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lilás = cores; homônimas são palavras que são pronunciadas
 Martelo, serrote, alicate, torno, enxada = ferramentas. da mesma forma, mas tem significados diferentes.
Existem três tipos de homônimos:
As palavras têm de assumir significados variados
1. HOMOGRÁFICOS = mesma grafia:
de acordo com o contexto: polissemia.
 Sede (lugar) ≠ sede (vontade de beber);
 Ele ANDA muito;  Almoço (substantivo) ≠ almoço (1ª pessoa do presente
 Mário ANDA doente; do indicativo do verbo almoçar);
 Aquele executivo só ANDA de avião;  Selo (substantivo) ≠ selo (1ª pessoa do presente do
 Meu relógio não ANDA mais. indicativo do verbo selar).

É a multiplicidade de sentido que uma palavra 2. HOMOFÔNICOS = mesmo som:


pode apresentar, dependendo do contexto em que
está inserida:  Buxo (arbusto) ≠ bucho (estômago);
 Cassar (tornar nulo, sem efeito) ≠ acender (seguir ou ≠
 O menino quebrou o BRAÇO; procurar);
 O BRAÇO da cadeira é macio;  Ascender (subir, elevar-se) ≠ acender (atear fogo e
 Península é um BRAÇO de terra que avança no mar. inflamar).

SINÔNIMOS são palavras que possuem Curiosidade: alguns homônimos são, ao mesmo
significados ou sentidos semelhantes, tempo, homofônicos e homográficos, por isso
algumas palavras mantêm relação de recebem o nome de homônimos perfeitos:
significação entre si e representam praticamente
a mesma ideia.  Manga (fruta) ≠ manga (parte da roupa);
 Como (conjugação) ≠ como (1ª pessoa do singular do
 Certas = corretas; Verdadeiras = exatas. presente do indicativo do verbo comer).

Sendo assim, sinônimos são palavras que


3. PARÔNIMOS: Vocábulos que possuem som
possuem significados semelhantes. Também são
ou grafia parecidas, mas com sentidos
quando uma palavra tem semelhante significação
diferentes:
com outra em alguns contextos, sem alterar a
significação literal da sentença:  Flagrante (no ato) ≠ flagrante (que tem cheiro);
 Iminente (preste a ocorrer) ≠ eminente (excelente);
 Alegre = feliz;  Infligir (aplicar) ≠ infringir (violar).
 Diminuto = pequeno;
 Falar = dizer.
Ex.: 1: No que tange à relação de sinonímia e a
antonímia de palavras do texto, assinale a
Há sinonimia quando duas ou mais palavras têm
alternativa correta.
o mesmo significado em determinado contexto.
a. A palavra discriminação pode ser substituída
Diz-se, então, que é sinonímia.
por descriminação, pois ambas pertencem ao
 O comprimento da sala é de oito metros. mesmo campo semântico;
b. Correta: Em a Seaster repudia qualquer forma
As palavras são sinônimas em certas situações, de preconceito, substitui-se corretamente a
mas podem não ser em outros, exemplo, pode-se forma verbal sublinhada por condena, visto
dizer, em principio, que face e rosto: serem vocábulos sinônimos;
c. A substituição de constantemente, por
 Ela tem uma bela face. reiteramento alteraria o sentido original do
período no qual esse vocábulo se encontra
Mas não se consegue fazer a troca por rosto inserido;
numa frase do tipo: d. Na oração que marca um episódio, a forma
verbal marca usada no sentido de acarretar.
 Em face do exposto, aceitarei.
e. O vocábulo foi erroneamente usado, pois ele
significa festejar, e o texto relata um caso de
confronto.
140
Ex.: 2: Indique o item em que o antônimo da Ex.: 6: No _____ do violoncelista _____ havia
palavra ou expressão em destaque está muitas pessoas, pois era uma beneficente.
corretamente apontado. a. Conserto – eminente – sessão;
a. Correta: Duradouro sucesso-efêmera; b. Concerto – iminente – sessão;
 Efêmera significa ligeiro, rápido, fugaz, ou c. Conserto – iminente – seção;
seja, contrário do duradouro. d. Correta: Concerto – iminente – sessão.
b. Fama em ascendência-excelso;  Concerto = reparo, concerto – harmonização,
c. Elegante região-carente; eminente = excelente, iminente = preste a
d. Sala lotada-habitada. acontecer, sessão = reunião, seção = divisão.

Ex.: 3: A palavra tráfico não deve ser Ex.: 7: Os atuais simuladores de voo militares
confundida com trafego, seu parônimo. Em que estão em condições não apenas de exibir uma
item a seguir o par de vocábulos é exemplo de imagem realista da paisagem sobrevoada, mas
homônimos e não parônimos? também de confrontá-la com a _____ obtida dos
a. Correta: Estrato/extrato; radares.
 Em todas as outras opções, os sentidos estão Termo que preenche adequadamente a lacuna no
trocados. texto é:
b. Eminente/fragrante; a. Incologia;
c. Eminente/iminente; b. Inconoplastia;
d. Inflação/infração; c. Correta: Iconografia;
e. Cavaleiro/cavalheiro.  O radical ICONO = se refere a uma imagem,
porem seu sentido se amplia ao juntar-se a
Ex.: 4: Assinale a opção correta, considerando outros radicais; LOGIA = estudo, CLASTIA =
que à direita de cada palavra há um sinônimo. pensamento, GRAFIA = Descrição, FILIA =
a. Correta: Emergir = vir à tona; imergir = amor, LITRIA = adoração. O sentido que
mergulhar; melhor se aplica é iconografia, ou seja, a
 em todas as outras opções, os sentidos estão descrição das imagens feitas por radar.
trocados. d. Iconofilia;
b. Emigrar = entrar (no país); imigrar = sair(do e. Iconolatria.
país);
c. Delatar = expandir; dilatar = denunciar; Ex.: 8: Assinale o único exemplo cuja lacuna deve
d. Deferir = diferenciar; diferir = conceder; ser preenchida com a primeira alternativa da série
 Dispensa = cômodo; despensar=desobrigação. dada nos parênteses.
a. Estou aqui ____ de ajudar os flagelados das
Ex.: 5: Indique a letra na qual as palavras enchentes (afim/a fim);
completam, corretamente, os espaços das frases b. A bandeira está ____ (arreada/arriada);
abaixo. c. Serão punidos ____o regulamento
(infligirem/infringirem);
 Quem possui deficiência auditiva não d. São sempre valiosos os ____ dos mais velhos
consegue____ os sons com nitidez; (concelhos/conselhos);
 Hoje são muitos os governos que passaram a e. Correta: Moro ____ com metros da praça
combater o _____ De entorpecentes com rigor; principal (a cerca de/ acerca de).
 O direito do presidio _____ pesado castigo aos
prisioneiros revoltosos.

a. Correta: Discriminar – tráfico - infligiu;


 discriminar = distinguir, tráfico = comércio,
infligiu = aplicou.
b. Discriminar – tráfico – infringiu;
c. Descriminar – trafego – infligiu;
d. Descriminar – trafego – infligiu;
e. Descriminar – trafico – infringiu.

141
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO Temos o sentido literal da palavra AVIÃO. Vemos
As palavras, expressões e enunciados da língua a palavra em seu sentido figurado simboliza uma
atuam em dois planos diferentes: O conotativo beleza extrema vindo da amiga, presente na frase.
(figurado); O denotativo (literal).
As palavras dentro de um contexto podem Ex.: 1: Assinale a alternativa em que está
assumir vários sentidos. Elas podem aparecer em transcrita do texto uma expressão em sentido
seu sentido real, ou em sentidos figurados. figurado, acompanhado da CORRETA indicação
Sentido próprio é aquele, que pode ser do seu sentido.
interpretado como o sentido mais usual ou básico a. Pensam os patrões = ideia de raciocinar com
da palavra ou expressão. Este seria os sentidos profundidade;
literais da palavra comum que costumamos dar a b. A arte mais desenvolvida do nosso tempo =
ela. Este, por sua vez, não precisa de um contexto ideia verdade;
para ser compreendido a palavra é usada com seu c. Os mais vis sentimentos = ideias de
sentido costumeiro, possui um valor denotativo. enobrecimento;
 Denotativa: Predomina em textos com d. Correta: Andar de pulga atrás da orelha =
função utilitária, ou seja, que tem como ideia desconfiança;
objetivo principal informar argumentar e e. O mecanismo da vida = ideia trabalho;
orientar. ex.:
Ex.: 2: Há o termo usado em sentido figurado na
Centro ritual neolítico passagem:
De 5000 a.C. em diante, as pessoas começaram a erguer a. Mostra-se igualmente essencial = a da
verticalmente as pedras para marcar a passagem do sol. O
grande monumento megalítico de Stoneheuge, em Salisbury
melhora do ambiente de negócios;
Plam, Inglaterra, está perfeitamente alinhado com o nascer do b. A edição mais recente do ranking catalogou
sol no solstício de verão. numero recorde de 314 reformas;
c. O maior atraso relativo do Brasil se dá no
Conotação: palavra usada em sentido figurado: pagamento de impostos;
d. Correta: nesse quesito em particular, o país
 Atanagildetina é uma ROSA; ocupa um trágico 184º lugar no ranking;
e. A simplificação já traria ganhos substanciais
A palavra rosa assume vários significado em eficiência ao setor privado.
figurados, que dependem da imagem que o leitor
faz da rosa, macia, perfumada, cheiroso, delicada Ex.: 3: Assinale a alternativa em que há uso de
etc. palavras ou expressão em sentido figurado.
a. Correta: inevitavelmente, um deles salta da
 João é CARTA fora do baralho. pilha para as nossas mãos;
b. Nada disso nos faz falta, assim como o livro e
Sentido figurado (conotativa) a livraria a eles;
É o sentido que uma palavra literal adquire com o c. Dei-lhe parabéns e perguntei qual era sua
passar do tempo em situações particulares de seu livraria favorita;
uso. Seu sentido é alterado ou ampliado, d. Comentar que também gostava de todos os
adquirindo então um valor conotativo, fugindo de taxis;
seu sentido inicial. Em suma, é o sentido simbólico e. Tenho amigos que não leem e não
que damos a uma palavra usual. frequentam livrarias.

Ex.: De acordo com o seu significado, podem ser Ex.: 4: Assinale a alternativa em que o termo
colocados em situações diferentes com sentidos destacado é usado sentido figurado.
diferentes: a. Nas ultimas semanas, tenho sido torturado
por computadores que ligam e desligam
 A JARARACA é uma cobra;
 Aquela sua vizinha é uma JARARACA.
sozinhas, mouses travados;
b. Meter-me debaixo da mesa e desplugar tudo
Em ambas as frases jararaca referem-se a uma da parede, esperar cinco minutos e plugar de
cobra, mas seus sentidos são diferentes. novo;
Entendemos que jararaca é uma cobra, uma c. A tecnologia tornou o mundo hostil para os
espécie de réptil com veneno; que não conseguem acompanhá-las;
d. Correta: A palavra seja chamada a dirimir
 Sua amiga é um AVIÃO. duvidas e dinamitar certeza;
 O AVIÃO decolou esta manhã; e. Que seja para continuar usando algo mais
 Sua amiga é um AVIÃO. nobre do que apenas os polegares.

142
Ex.: 5: O estopim para o movimento foi na Ex.: 9: Há linguagem conotativa em:
ultima semana, a palavra destacada foi usada no a. Conto por meio dos personagens;
sentido? b. Filho da moça considerava irmão, mãe
a. Denotativo; solteira;
b. Correta: Figurativo; c. Correta: Quando ouvir uma fofoca abra as
c. Primitivo; orelhas;
d. Objetivo. d. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia
tem como ato de criar.
Ex.: 6: A seguir, citam-se versos de canções
populares brasileiras que contextualizam as Ex.: 10: Assinale a alternativa que corresponde ao
palavras negritadas e sublinhadas em âmbito sentido denotativo do trecho grifado, E iria jogando
marcadamente conotativa, ao contrário do que pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
ocorre no texto de referencia. Assinale a única a. Correta: Não se importar com o tempo que
opção em que a palavra em destaque mantem o vem;
sentido denotativo. b. Tirar a casa e não carregar, pois não iria usar
a. Não dá pra descrever/numa linda frase/ de já que diz ser inútil;
um postal tão doce/ cuidado com doce; c. Retirar as preocupações e os medos que só
b. Tudo que queria então/era caminhar se resolvem vivendo;
sol/esquecer o amargo do dia; d. Nenhuma das alternativas.
c. Para melhorar juntas as nossas forças é só
repartir melhor o pão/recriar o paraíso agora
para merecer quem vem depois;
d. Correta: você nem arrumou a cama/ parece
que fugia de casa/ mas ficou tudo fora do
lugar/café sem açúcar dançar sem par.
e. Cheguei na boca da noite/partir de
madrugada/eu não disse que ficava/nem você
perguntou nada.

Ex.: 7: considere as sentenças abaixo.

 O domador conseguiu acalmar a fera;


 Tudo ficou mais claro após a explicação do
professor;
 Clara é o sol de nossas vidas;
 A criança saiu da escola com a cara pintada;
 Achei um barato andar de bicicleta na orla da praia.

Em quais períodos as palavras em destaque


foram usadas no sentido denotativo.
a. Correta: 1 e 4;
b. 3 e 4;
c. 1, 3 e 4;
d. 2, 4 e 5;
e. 2 e 5.

Ex.: 8: Assinale a alternativa que o verbo (morrer)


esteja empregado no sentido conotativo.
a. Minha avó morreu ondem a noite;
b. Correta: Cristina morria de chorar ao ver o
filme;
c. Anne morreu afogada;
d. Afogada;
e. Nenhuma das alternativas.

143
PONTUAÇÃO  O aluno atento fez o dever =
Pontuação é o recurso que permite expressar na  O atento aluno fez o dever.
língua escrita um espectro de matrizes rítmicas e
melódicas, características da língua falada, pelo O Adjunto adnominal
uso de um conjunto sistematizado de sinais aluno Núcleo do Sujeito
gráficos e não gráficos. Os sinais de pontuação Atento Adjunto adnominal
são marcações gráficas que servem para compor Fez Vtd
a coesão e a coerência textual além de ressaltar
O dever Objeto direto (OD)
especificidade semântica e pragmática.

VÍRGULA  O aluno fez atento o dever.


A vírgula serve para marcar rupturas da ordem  O aluno, atento, fez o dever.
direta.
Sujeito + verbo + complemento verbal O aluno Sujeito
Não há vírgula, exceto para marcar elementos Fez Vtd
intercalados. Atento Preditivo do sujeito
O dever OD
 Os RAPAZES LERAM O LIVRO no fim da semana
passada. A vírgula é usada para separar termos de uma
Aqui pode ter uma virgula facultativa depois de oração, ou orações de um período. É uma questão
livro. de sintaxe, período simples e período composto, e
 Os RAPAZES LERAM O LIVRO, no fim da semana por esse motivo separamos o estudo da vírgula
passada. em: Vírgula dentro da oração e Vírgula entre
orações.
 Os RAPAZES LERAM, no fim da semana passada, O
LIVRO.
Vírgula dentro da oração
 Os RAPAZES, no fim da semana passada, LERAM O Iniciamos pela ordem direta da oração:
LIVRO.
 Sujeito + verbo + complemento verbal + adjunto
 No fim da semana passada os, RAPAZES LERAM O adverbial ou predicativo ou complemento nominal.
LIVRO.
Os poetas escreveram os textos com entusiasmos.

Rapazes Sujeito . Os poetas Sujeito


Leram Verbo. Escreveram VTD
O livro Complemento verbal (objeto direto). Os textos Objeto direto
Com entusiasmos Adj. Adv. Modo.
 Sidney comeu o bolo ontem.
 Sidney, ontem, comeu o bolo.
 Ontem, Sidney comeu o bolo.  A vírgula NÃO pode ser usada entre o sujeito
 Na semana passada, Sidney comeu o bolo. e logo após o seu verbo:
 Sidney, na semana passada comeu o bolo.
 Todos os alunos daquele professor entenderam a
Sidney Sujeito explicação.
Ontem Adj. Adv.
Comeu Verbo transitivo direto. (VTD)  A vírgula NÃO pode ser usada entre o verbo e
O bolo Complemento verbal logo após o seu complemento ou predicativo
do sujeito:
 O mendigo caminha alegre.
 Alegre, o mendigo caminhava.  Os alunos entenderam toda aquela explicação do
professor sobre a vírgula.
Obs.: adjunto adnominal x predicativo do sujeito  Os alunos precisam de uma explicação detalhada
sobre a vírgula;
 O mendigo alegre caminhava.
 O mendigo, alegre, caminha.
 Os alunos entenderam que precisam estudar bem a
vírgula.

O mendigo Sujeito.
 A vírgula X E conjunção: não tem vírgula
Caminhava Verbo intransitivo. (VI)
quanto (E) indica soma:
Alegre Predicativo do sujeito.
 A moça veio à festa e logo se foi.
 A moça veio à festa e o marido ficou em casa.

A segunda possui sujeitos diferentes. Moça e


marido. Nesse caso a vírgula é facultativa.
144
Virgula x ETC.  Mãe, eu estou com fome;
 Pintamos paredes, tetos, pisos ETC.  Dizei-me vós, senhor deus, se é delírio ou se é verdade
tanto horror perante os céus.

Virgula x QUE:
 Todos viram QUE a água acabou.  Separa predicativos do sujeito deslocados:
 O professor pediu QUE todos fizessem silêncio.
 Sereno e tranquilo, o condenado esperava sua morte;
 O condenado, sereno e tranquilo, esperava sua morte.
 Restrição:
 Os alunos QUE foram aprovados não farão prova
final.  Separa termos (objeto direto ou indireto)
deslocados de sua posição normal na
 Explicação (ou generalização): oração:
 Os alunos, QUE foram aprovados, não farão prova
final.  As explicações sobre vírgula, o professor procurou lhes
 A terra, QUE gira em torno do sol, é o 3º planeta do dar?
sistema solar.
 Separa (facultativamente) as expressões
 A vírgula é FACULTATIVA entre o PARA MIM, PARA TU ou PARA SI quando
complemento de um verbo e logo após um indicam beneficio próprio ou posse,
adjunto adverbial: independentemente de sua posição na
frase.
 Nossos alunos ficaram exercitando questões de
vírgula ontem à noite;
 Para mim, nada é melhor que acordar depois do meio-
 Nossos alunos ficaram exercitando questões de
dia e dormir depois da meia-noite.
vírgula, ontem à noite.

 Separa termos repetidos:


 A vírgula NÃO pode ser usada entre um
substantivo e seu complemento nominal ou  Aquele aluno era esforçado, esforçado.
adjunto adnominal:
 Separa os adjuntos adverbiais deslocados:
 Todos os alunos daquele professor entenderam a
explicação.  A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.

 A vírgula NÃO pode ser usada entre a


locução verbal de voz passiva e o agente da  Separam certas expressões explicativas
passiva: retificativas, exemplificativas, como:
 Todos os alunos foram convidados por aquele  Isto é, ou seja, a demais, a saber, melhor dizendo, ou
professor para a feira. melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás,
antes, com efeito, digo.
Vírgula entre as orações
As orações, compondo um período, podem possuir Vírgula dentro do período composto
vírgula ou não.  Marca elipse de um verbo:

Vírgula dentro do período simples  O decreto regulamenta os casos gerais, a portaria, os


 Separa termos de mesma função sintática, particulares;
 Em 1994, Romário ganhou a copa do mundo; em 2002,
numa e numeração: Ronaldo.

 Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são


qualidades a serem observadas na relação oficial;  Separa orações coordenadas assindéticas:
 Devemos observar a simplicidade, a clareza, a
objetividade e a concisão na relação oficial.  Levantava-se de manhã, entrava no chuveiro,
organizava as ideias na cabeça.
 A honestidade deveria ser ordem do dia, não poderia.
 Separa aposto explicativo:

 Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da lógica.  Não separa as orações coordenadas
 João, meu vizinho, bateu o carro; sintéticas aditivas ligadas POR e ou NEM:
 Todos gostamos, de arroz e feijão, alimentos
indispensáveis no mercado brasileiro.  Muitos policiais estão envolvidos em recaptação e
continuam a envolver-se;
 Separa vocativo:  Aqueles policiais não estão envolvidos em receptação
NEM procuram envolver-se.
 Brasileiros, é chegada a hora de votar;

145
 Separam as orações coordenadas Ex.: 1: Está inteiramente CORRETA a pontuação
sintéticas adversativas: do seguinte período:
a. Correta: Toda vez que é pronunciado, a
 O dono de uma empresa demitiu 60% dos empregados,
mas arrependeu-se dias depois. palavra progresso, parece abrir a porta para
um mundo, mágico de prosperidade garantida.
 Separa as orações coordenadas sintéticas
alternativas (ou... ou..., ora..., quer...,): b. Por mínimas que pareçam, há providências
inadiáveis, ações aparentemente irrisórias,
 Ora ele procura resolver alguma situação com cuja execução cotidiana é, no entanto,
paciência, ora decida fazer justamente o inverso. importantíssima;
c. O prestígio da palavra progresso, deve-se em
 Separa as orações coordenadas sintéticas grande parte ao modo irrefletido, com que
conclusivas: usamos e abusamos, dessa palavrinha
magica;
 Os atores fizeram um grande espetáculo, por isso toda d. Ainda que traga muitos benefícios, a, a teses
a plateia os aplaudiu entusiasmadamente. ambientalistas segundo as quais, o conceito
de progresso está sujeito a uma permanente
 Separa as orações coordenadas sintéticas avaliação.
explicativas: Resposta:
 Na letra (a), A 1ª vírgula está correta: ela isola
 Devo buscar mais informações, pois a vida me exige
isso.
uma oração adverbial temporal (toda vez que é
pronunciada) antecipada. A 2ª vírgula está
 Separam as orações subordinadas errada: ela separa o sujeito (a palavra
substantivas deslocadas: progresso) do verbo (parece abrir). A 3ª
vírgula, também está errada: não se separa
 Que vocês estudam a língua portuguesa, todos já um adjunto adnominal (mágico) do substantivo
sabemos. que ele restringe (mundo);
 Na letra (b) correta: Apresenta a 1ª vírgula
 Separa as orações subordinadas adjetivas correta: oração adverbial concessiva
explicativas: antecipada (por mínimos que pareçam). A 2ª
vírgula se justifica por uma enumeração de
 O homem, que é razoável, saberá evitar uma terceira termos (providências inadiáveis e ações
guerra. aparentemente irrisórias). 3ª vírgula que inicia
uma oração explicativa (cuja execução
 Separa as orações subordinadas cotidiana é importantíssima) e duas outras
adverbiais: vírgulas pelo motivo que acabei de explicar: a
conjunção adversativa, no ENTANTO veio
 Quando comprei o material, gostei muito;
 Alguns vilões, assim que aparecem nas primeiras
deslocada, por isso entre vírgulas;
cenas;  Na letra (c), Apresenta três vírgulas
 Não irás ter quaisquer adversidades, se me amas de indevidamente usadas: A 1ª vírgula separa o
verdade. sujeito (o prestígio da palavra progresso) do
verbo (deve-se). A 2ª vírgula separa uma
 Separa as orações interferentes: oração adversativa restritiva (com que usamos
e abusamos) do seu substantivo antecedente
 O mercado financeiro, até ontem eu não estava (modo). A 3ª vírgula também está errada por
internado desses assuntos, deve beneficiar mais
pobres este ano. separar o verbo (abusarmos) do seu
complemento (dessa palavrinha mágica).
 Separa orações reduzidas de gerúndio,  Na letra (d), a 1ª vírgula foi corretamente
particípio ou infinitivo com valor de oração usada: ela isso a oração adverbial concessiva
adverbial, de coordenada aditiva (gerúndio) antecipada (ainda que traga muitos
ou de adjetivo explicativo: benefícios), entretanto, a 2ª vírgula está
errada: ela separa sujeito (a construção de
 Chegando a carta, avise-me; enormes represas) do verbo (costuma trazer).
 Terminada a palestra, rompeu com risos e aplausos; As duas últimas vírgulas estão corretas: elas
 Ele, antes de ser homem, foi uma criança. isolam o adjunto adverbial deslocado (nem
sempre).

146
 Na letra (e), a 1ª vírgula tem erro: ela separa o c. Correta: Depois que, há algumas gerações, o
substantivo dúvida do seu complemento arsênico deixou de ser vendido em farmácias,
nominal oracional (de que o auto do texto...) não diminuíram os casos de suicídios ou
ora, não se separam termos integrantes por envenenamento criminosos, mas aumentou-se
vírgulas (verbo de objeto nome de quanto- o número de ratos;
complemento etc.) Observa-se outro erro na 2ª a. Depois que há algumas gerações o arsênico
vírgula: não faz sentido separar o pronome deixou de ser vendido em farmácias- não
relativo (as quais) do restante da oração diminuirão os casos de suicídio, ou
adjetiva. envenenamentos criminosos, mas aumentou;
e quanto o número de ratos;
Ex.: 2: Assinale a alternativa correta  O ponto e vírgula depois de aumentou não
correspondente ao período de pontuação devem existir;
CORRETA: e. Depois que há algumas gerações o arsênico
a. Na espessura do bosque, estava o leito da deixou de ser vendido em farmácia; não
diminuíram os casos de suicídios ou
irara ausente;
envenenamento criminoso, mas aumentou; e
Correta: (a) o único lugar em que se pode pôr
quanto o número de ratos.
uma vírgula é entre o adjunto adverbial e o
restante da frase.  A vírgula de depois que separa a conjunção
integrante da oração que ela introduz.
b. Na espessura, do bosque, estava o leito, da
irara ausente; Ex.: 4: Há erro no uso da vírgula na frase:
c. Na espessura do bosque, estava o leito da a. Deixe-me, senhora;
b. Dallas, 9 de julho de 1994;
irara, ausente; c. Alias, isto é conhecido de todos;
d. Na espessura do bosque estava, o leito da d. Correta: Espero que ele venha;
irara ausente. e. O alferes continuava a dominar em mim,
embora a vida fosse menos intensa, e a
Ex.: 3: Assinale o item em que há erro no tocante consciência mais débil.
à pontuação: Resposta:
 Na letra (a): Usou-se a vírgula para isolar o
a. –D. Sara, a senhora é nossa benfeitora;
vocativo senhor do restante da oração;
b. Mulheres pobres, lavando roupa;  Na letra (b): A vírgula foi usada para separar,
c. Peixada, galinha da cabidela, tudo me recorda na data, o nome do lugar (Dallas) do restante
da informação;
D. Sara;
 Na letra (c): A palavra de retificação ALIAS
d. Bandeira, só enfrentava a orfanadada; deve, mesmo, vir isolada por vírgula;
e. Incorreta: Couto meu melhor amigo antecedeu-  Correta: Na letra (d): separou-se o verbo
me na academia. (espero) do seu objeto direto, que veio sob a
Resposta: (e): A expressão meu melhor amigo forma de oração (que ele venha).
é um aposto, deve aparecer entre vírgula.  Na letra (e): apresenta a oração adverbial
concessiva intercalada, e, exatamente por ter
Ex.: 4: Escolha a alternativa em que o texto é saído da ordem direta, veio entre vírgulas.
apresentado com a pontuação mais adequada:
a. Depois que há algumas gerações o arsênico,
deixou de ser vendido em farmácias, não
diminuíram os casos de suicídios ou
envenenamentos criminosos, mas aumentou;
e quanto... o número de ratos;
 Vírgula depois do arsênio separa o sujeito do
verbo;
b. Depois que há algumas gerações o arsênico,
deixou de ser vendidos em farmácias, não
diminuíram os casos de suicídios ou
envenenamento criminoso, mas aumentou: é
quantos o número de ratos;
 A vírgula depois do arsênico separa o sujeito
do verbo;

147
PONTO E VÍRGULA Resposta:
É usado para marcar uma pausa maior do que a  Na letra (a): O ponto e a vírgula separam
da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a clareza orações coordenadas. Perceba que, se
do texto. O ponto e vírgula servem para: houvesse necessidade de se dar uma pausa
 Separar orações coordenadas assindéticas, discursiva ainda maior, ter-se-ia optado pelo
normalmente entre trechos já separados ponto, e não pelo ponto e vírgula.
por vírgula; marcando uma enumeração:  Na letra (b): O ponto e vírgula separa itens de
uma enumeração tem sido, corretamente
 As leis, em qualquer caso, não podem ser infligidas; usado.
mesmo em casos de dúvida, portanto, elas devem ser  Na letra (c) resposta correta: O ponto e
respeitadas.
vírgula separa núcleos de um sujeito composto
 Em crianças, era um menino tímido mais inteligente ;
(a iniciativa..., o esforço...; bem como a
quando moço, era esperto e alegre; agora, como
homem maduro, tornou-se um tolo.
participação...). É como se construíssemos
uma frase do tipo:
 Separar vários itens de uma enumeração:  ``João; José; Antônio chegaram´´.
 Na letra (d): O ponto e vírgula separa uma
 Art. 1º: a república federativa do Brasil, formada pela oração coordenada assindética da sua oração
união indissolúvel dos estados e municípios e do distrito coordenada sintética adversativa. Foi
federal, constitui-se em estado democrático de direito e adequadamente usada.
tem como fundamento.
 Na letra (e): Ele separa orações coordenadas
1. A soberania;
assintéticas.
2. A cidadania;
3. A dignidade da pessoa humana;
4. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Ex.: 2: com base em seus conhecimento,
considere o uso do ponto e vírgula nas seguintes
 Separa orações cujas conjunções afirmativas.
``implícita´´ é facilmente percebida: 1. Não foi possível fazer a impressão do
 Comeu muito na festa, exageradamente; não
documento, nem colorida; nem em preto e
consegui vir à aula de hoje. branco;
 Separa orações coordenadas adversativas e 2. Na linguagem escrita é o leitor; na fala o
conclusivas com conectivo deslocada. ouvinte;
 Ficarei como está; não posso pagá-la à vista, 3. Ele chegou adiantado, como de costume;
porém; como de costume; foi o último a sair;
 Finalmente vencemos, fiquemos; pois, felizes com 4. Uns trabalham; outros descansam.
nossa conquista!
Está correto o uso do ponto e vírgula em:
a. 1 a 3 apenas;
Ex.: 1: No 6º parágrafo o autor usou o sinal de
b. 2 a 4 apenas;
pontuação e vírgula de acordo com as normas
c. 1, 2 e 3 apenas;
gramaticais, frases abaixo as normas gramaticais
d. Correta: 2, 3 e 4 apenas;
também foram observadas no uso do ponto e
e. 1, 2, 3, e 4.
vírgula, exceto em?:
a. Os professores compareceram à festa de
Ex.: 3: no trecho:
formatura, trajados a rigor; os alunos, trajados
esportivamente. Seja em que lugar for, observa-se que as mulheres figuram
b. Um dos alunos obteve nota suficiente para ser no centro preferencial dessa violência; tal, as que gozam de
apenas aprovado; o outro, apesar de não ter a maior publicidade, nas artes e nos esportes, surpreendidas
mesma capacidade de estudo, classificou-se com a publicação de cenas de intimidade portador na internet.
em segundo lugar.
c. Incorreta: A iniciativa segura e coerente da O uso do ponto e vírgula por parte do autor ocorre
direção; o esforço de alunos e professores, para.
bem como a participação de pais e a. Indicar o acompanhamento de uma oração à
responsáveis nas atividades da escola positiva;
dinamizaram-na e tornaram-na uma b. Fazer a separação de um adjunto adverbial
verdadeira casa de educação; c. Isolar uma oração a fim de enfatiza-la;
d. Investir em educação só traz retorno para a d. Determinar a posição de um esclarecimento;
nação a longo prazo; mas os resultados são, e. Correta: Distinguir uma oração coordenada
normalmente, satisfatórios. relativamente extensa.
e. Não há como resolver os problemas da
educação com soluções paliativas, de pouco
alcance; há de se investir, de forma planejada,
em projetos de longo prazo que priorizem o
profissional da educação.
148
Ex.: 4: Assinale a alternativa que explica
CORRETAMENTE o uso do ponto e vírgula e da
vírgula neste período.

O comendo discursivo é a voz do poder; e o silêncio, o signo


da obediência (...).

 O ponto e vírgula separa orações


subordinadas ligadas pela conjunção (e), que
têm sujeitos diferentes e já apresentam
vírgula; a vírgula sinaliza uma pausa
estilística;
 Ambos, o ponto e virgula e a vírgula, foram
igualmente usados para separar orações
coordenadas;
 O ponto e virgula marca uma pausa estilística
prolongada; a virgula sinaliza a supressão do
termo discursivo;
 Correta: O ponto e vírgula separa orações
coordenadas ligadas pela conjunção (e), que
tem sujeito diferente e já apresentam virgula;
a vírgula sinaliza a supressão do verbo ser.
 O ponto e vírgula separa orações
coordenadas que têm sujeitos diferentes; a
virgula sinaliza a supressão do verbo e do
termo discursivo.

Ex.: 5: Assinale a alternativa em que a vírgula foi


usada INCORRETAMENTE.
a. Deus é contra a guerra, mas fica do lado de
quem atira bem;
b. Se você quer as pessoas pensem que você é
muito inteligente simplesmente concorde com
elas;
c. De qualquer forma, case-se; se conseguir,
uma boa esposa você será feliz; se arranjar
uma esposa ruim você se, tornará um
filosofo;
 Incorretamente: de qualquer forma, case-
se; se conseguir uma boa esposa, você
será feliz; se arranjar uma esposa, você
será feliz; se arranjar uma esposa ruim,
você se tornara um filosofo.
d. No tronco mais verde, que no prado que
houvesse amar me mandou seu nome
escrever;
e. Mais longe, derramados pelo vale, viam-se o
monojo, a bolandeira, o moinho, a serraria,
tocadas pela água de um ribeiro que se
serpejavam rumejando entre as margens
pedregosas,

149
DOIS PONTOS Ex.: 2:
O sinal de dois pontos pode ser usado em duas A corrupção é uma doença que deve ser combatida por meio
situações. de uma vacina: a educação.
1. Pode dar inicio a fala ou citação de outro:
Os dois pontos usados no trecho acima
 O professor disse:
introduzem um aposto.
-- Eu sou a razão. (X) certo ( ) errado.

A frase exemplifica o inicio da fala de outro. Ex.: 3:


Além de todos os desafios impostos pela inconstância e pela
 Rui Barbosa afirmou: Esta minha a que chamam fragmentação das demandas sociais, vivemos um divorcio
prolixidade, bem fora estaria de merecer os desprezilhos entre políticos e poder.
que nesse vocábulo me torcem o nariz.
 Quem foi que disse: há mais causas entre o céu e a terra Para fazer frente a essa transformações, é
do que supõe nossa vã filosofia. necessário um tipo de planejamento urbano.
Seria incorreto a inserção de dois pontos
2. Os dois pontos podem introduzir uma imediatamente após o trecho ``é necessário´´.
explicação, enumeração, esclarecimento: (X) Certo ( ) errado.

 Encontrei um motivo para não encontrá-lo: uma viagem Ex.: 4:


de última hora; A abordagem desse tipo de comércio, inevitavelmente, passa
 Na frase, os dois pontos introduzem uma explicação, pela ocorrência, visto que é por meio da garantia e da
um esclarecimento da afirmação anterior; possibilidade de entrar no mercado internacional, de
estabelecer permanência ou de engendrar saída, que se
 São três os autores a estudar: Machado, Alencar e alcança o resultado ultimo dessa interatuação: o preço
eficiente dos bem e serviços.
Drummond.
 Na frase, os dois pontos introduzem uma explicação,
um esclarecimento da afirmação anterior. A cerca de aspectos linguísticos do texto
precedentes e das ideias nele contidas, julgue o
Ex.: 1: item a seguir. Na linha 6, os dois pontos
Graças a algumas características: eles possuem objetivos introduzem um esclarecimento a respeito do
claros, vários modos de atingir o sucesso e Feedback rápido, resultado ultimo dessa interatuação.
ou seja, o jogador recebe uma sequencia imediata após cada
(X) Certo ( ) errado.
ação.

Ex.: 4: Assinale a alternativa que corresponda ao


Os dois pontos introduzem no contexto:
uso de sinal de dois pontos no trecho a seguir.
a. Um segmento enumerativo, com intenção Calcula dormiu no máximo 8 horas desde que os
explicativa; bombardeiros começaram: estamos usando medicamentos
 Resposta (a): perceba que o que vem após caducados confiando que ainda surtam efeitos e amputando
o sinal de dois pontos é uma enumeração do membros que em qualquer outro lugar poderiam ser salvos.
que o autor chamou de características.
Trata-se de uma oração apositiva, que é um a. Foi usado em um esclarecimento;
segmento enumerativo que tem a intenção b. Foi usado para fazer uma síntese do que
de explicar um substantivo anteriormente acabou de dizer;
citado. c. Correto: Foi usado para demarcar uma
b. Um comentário pessoal, de caráter opinativo; citação;
c. Uma repetição enfática para atrais a atenção d. Foi usado para demarcar uma enumeração.
do leitor;
d. Uma ressalva ao que vem sendo;
e. A remota da ideia mais importante do texto.

150
Ex.: 5:
Diz uma lenda grega que a Esfinge, uma criatura mitológica  Combinado com o ponto de exclamação
das civilizações do Egito e da Mesopotâmia, após invadir a
para denotar surpresa, admiração etc.:
cidade de Tebas e destruir suas plantações, teria
ameaçado os moradores que não conseguissem decifrar
o seu enigma, dizendo: decifra-me ou te devoro. A lição  Você não conseguiu chegar ao local de prova?!
extraída dessa passagem talvez não seja o suficiente para
levar a sociedade o refletir sobre o significado das favelas na  Em interrogação retórica:
estrutura da cidade. Mas, de alguma forma, aponta um
caminho para decifrar enigma: o conhecimento da sua
 E o que tenho eu com isso?
realidade, da sua complexa organização espacial, das suas
 Pessoas morrem de fome de 5 em 5 segundos no
particularidades, das suas vicissitudes, dos seus defeitos, das
mundo. Jogaremos comida fora à toa?
suas qualidades e, principalmente, da sua cultura. ( ... ).

O sinal de dois pontos após ``dizendo´´ e, logo a PONTO DE EXCLAMAÇÃO


seguir, após ``o seu enigma´´, tem como fim É usado para marcar o fim de qualquer frase com
introduzir no texto, respectivamente: entonação exclamativa, indicando altissonância,
a. Correta: Citação-explicitação ou exaltação de espírito.
esclarecimento;
 Os dois-pontos após dizendo, está  Normalmente exprime admiração, surpresa,
introduzindo uma citação; os dois pontos assombroso, indignação, ordem etc.:
após o seu enigma, está introduzindo uma
 Coitada dessa menina!
explicação um esclarecimento.  Que linda mulher!
b. Citação-explicitação ou esclarecimento;  Saia daqui!
c. Explicitação ou esclarecimento-exemplificação;
d. Citação-resultado ou consequência-  Vem após as interjeições usualmente:
explicitação ou esclarecimento.
 Nossa! Deus do céu! Como não vimos isto antes? Oh!
PONTO Isso é fantástico!
Usa-se, para indicar o fim de uma frase,
declarativa de um período simples ou composto.  É repetido quando a intenção é marcar uma
 Pode substituir a vírgula quando o autor ênfase, uma intensidade na voz:
quer enfatizar o que vem após.
 Neymar driblou um, driblou dois, ficou de cara para o gol e
perdeu!!! Inacreditável futebol clube!
 Posso ouvir assoprar com força. Derrubando tudo!

TRAVESSÃO
 O ponto é usado em quase todas as
É um sinal usado na narração, na descrição, na
abreviaturas, sempre tem que ter ponto
dissertação e no diálogo, portanto, figura repetida
final após a abreviação:
em qualquer prova; é um instrumento eficaz numa
 fev. =fevereiro;
redação. Pode vir em dupla, se vier intercalado na
 hab. =habitante; frase.
 rod. =rodovia.  Indica a mudança de interlocutor no
diálogo:
 O ponto do etc. termina o período, logo não
pode haver outro ponto.  - Que gente é aquela, seu Alberto?
 - São japoneses.
 Feijão, arroz, etc... Absurdo também é usar etc.  - Japoneses? E ... É gente como nós?
Seguido de reticência... feijão, arroz, etc...
 Colocam em relevo certos termos,
PONTO DE INTERROGAÇÃO expressões ou orações, substitui nestes
Marca uma entoação ascendente com tom casos a vírgula, os dois pontos, os
questionador. Usa-se neste caso: parênteses ou os colchetes:

 Frase interrogativa direta:  Marlene pereira - sem ser artificial ou piegas - lhe
perdoou incondicionalmente.
 O que você faria se só lhe restasse um dia?  O grupo teatral – super elogiado – estava deixando o
hotel esta manhã.

 Entre parênteses para indicar incerteza


sobre o que se disse:

 Eu disse a palavra pesemptório(?), mas acho que havia


palavra melhor naquele contexto.

151
ASPAS
Ex.: 1: São usadas comumente em citações, mas
A companhia das índias orientais – a primeira grande também há outras funções. Atualmente o negrito e
companhia de ações do mundo, criada em 1602 – foi a mãe o itálico vêm substituindo frequentemente o uso
das multinacionais contemporâneas.
das aspas. São usadas em:
O segmento isolado pelos travessões constitui, no
contexto, comentário que:  Antes e depois de citações textuais:
a. Especifica as qualidades empresariais de uma
 A vírgula é um calo no pé de todo mundo, ``afirma´´
companhia de comércio; editora de opinião do jornal correio Braziliense e
b. Contem informações de sentido explicativo, especialista em língua portuguesa ``dad squarisi´´; 64.
referente à empresa citada;
 Resposta: os travessões assim como a  Para assinalar estrangeirismo, neologismo,
vírgula separam termos, com sentido arcaísmo, gírias e expressões populares ou
explicativo. vulgares conotativas:
c. Enumerar as razões de sucesso atribuído a
essa antiga empresa;  Chaves, com 58 anos, é uma figura doente e
d. Enfatiza, pela repetição, as vantagens fugidia, que, que hoje representa o
oferecidas pela empresa; ``establishment´´.
 Não me venham com ``problemática´´, que tenho a
e. Busca restringir o âmbito de ação de uma
``solucionática´´.
antiga empresa de comércio.
 Estamos no ``Hall´´ do hotel.
 Há ``trombadinhas´´ nas cidades grandes
PARENTESES ``batendo carteiras´´.
 São usados para: Colocar em relevo certos
termos, expressões ou orações; substitui  Para realçar uma palavra ou expressão
nestes casos a vírgula ou os travessões. imprópria; às vezes com objetivo irônico ou
malicioso.
 Marlene pereira (sem ser artificial ou piegas) lhe
perdoou incondicionalmente.
 Os professores (amigos meus do curso carioca) vão  Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um ``não´´
fazer vídeo aula. sonoro.
 Veja como ele é ``educado´´ cuspiu no chão!
 Inclui dados informativos sobre bibliografia
(autor, ano, de publicação):  Quando citamos nomes de mídia, livros etc.

I. Maldoso câmara (1977:91) afirma que, as vezes,  Ouvi a noticia no ``jornal nacional´´;
os preceitos da gramática e os registros dos  ``Os lusíadas´´ foi escrito no século XVI.
dicionários são discutíveis: Consideram erro o
que já poderia ser admitido e aceitam o que Ex.: 1: O uso das aspas em algumas palavras do
poderia, de preferência, ser posto de lado.
texto: algumas são exóticas também no sentido de
``diferentes´´ ou ``esquisitas´´ nenhuma delas é
 Indicar marcações numa peça de teatro: nativa do Brasil. dependendo das circunstâncias,
podem ser ``imigrantes´´ inofensivos... muitas
 João – você vai onde?
 Pedro – devo ir à praia. vezes tornam-se organismos nocivos aos
 João – vou com você. Tchau, mãe! (sai pela ecossistemas ``naturais´´.
esquerda). a. Correta: Chama a atenção do leitor para a
importância de seu sentido no contexto;
 Resposta: Passando pelas alternativas,
percebemos que, em cada uma delas, fala-
se de uma das regras de uso das aspas, só
lendo as frases destacadas, descobriremos
à resposta. Trata-se do uso das aspas para
destacar palavras ou expressões no texto.
Evidenciar informações.
b. Indica uso específico de termos técnicos para
esclarecer alguns conceitos;
c. Aponta para o sentido particular de certas
palavras de uso comum na gíria;
d. Mostra a inclusão de opiniões alheias, como
um novo interlocutor no contexto;
e. Atesta a participação de palavras de origem
estrangeiro no vocabulário nacional.

152
Ex.: 2:

(...) Para o diretor executivo do instituto FEMUSC, o resultado


não chega a surpreender. ``estamos satisfeitos com a
resposta do público, que este ano lotou todas as noites de
concertos, nos teatros da sociedade cultura artística, mas
também marcou presença em outros ambientes do centro
cultural´´, assinale. (...)

O uso das aspas indica:


a. Síntese das ideias principais do texto;
b. Correta: Citação das palavras da outra
pessoa;
c. Ressalva ao que foi dito anteriormente;
d. Realce irônico atribuído ao segmento;
e. Valor particularmente significativo da
expressão.

RETICÊNCIAS
São usadas para:
 Assinalar interrupção do pensamento:

 O presidente da república está ciente...


 Uma parte, por favor...
 ...Ciente do problema conceda a parte ao nobre
deputado.

 Indicar partes que são suprimidas de um


texto:

 O primeiro e crucial problema de linguística geral que


Saussure focaliza a natureza da linguagem. Encarava-a
como um sistema de signos... Considerava a linguística,
portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a
ciência dos signos.

 Para sugerir o prolongamento da fala; Para


indicar hesitação suspense ou expressão,
normalmente com malicia, ironia ou outro
sentimento.

 Ela é linda... Você sabe como...!

Ex.: 1: Provavelmente as novelas exibam casos


de Ascenção social pelo amor – genuíno ou
fingido – em proporção maior que a vida real...
O uso das reticências no final do segmento
transcrito acima denota.
a. Nova referência, desnecessária, ao comentário
de alguém alheio ao contexto;
b. Recurso adotado pelo autor, no sentido de
estimular o interesse do leitor;
c. Certeza da concordância de um eventual leitor
com a opinião ali exposta;
d. Desejo de que ficção possa se deter,
realmente, em fatos que ocorrem na vida real;
e. Hesitação, pela presença de um comentário de
cunho subjetivo, sem base em dados reais.
 Correta (e): não há certeza do que foi
escrito.

153
CLASSES GRAMATICAIS SUBSTANTIVO
Organiza as palavras de acordo com sua função É a palavra que nomeia tudo o que tem
no texto. São dez as classes gramaticais: substância, tudo o que existe tudo o que
substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, imaginamos existir ou tudo o que tem um conceito
verbo, advérbio, conjunção, preposição e abstrato. O substantivo pode indicar ação, estado,
interjeição. A classe de uma palavra existe condição, qualidade, sentimento e acontecimento.
independentemente da frase. 1. O substantivo é uma palavra que varia em
gênero, número e grau:
O garoto chegou. Meu filho chegou. O bom aluno chegou. O  Garoto varia em gênero (garota) em número (garotos)
primeiro candidato chegou. Chegamos cedo. em grau (supergaroto).

Observamos que a palavra O, artigo definido, Ex.: 1: Quanto ao gênero dos substantivos,
acompanha o substantivo GAROTO, está na sua assinale a frase em que a forma em destaque é
dependência. O pronome adjetivo possessivo atendida CORRETAMENTE:
MEU acompanha o substantivo FILHO. O a. Na última noite de festa, a foliã incansável
adjetivo BOM está ligado ao substantivo amanheceu pulando o carnaval;
ALUNO. O numeral PRIMEIRO se liga ao b. Correta: A pessoa mais agradável durante o
substantivo CANDIDATO. jantar, sem duvida, a anfitrioa;
O último exemplo: a palavra CEDO se liga ao c. Dentre as hortaliças, o alface foi mais afetado
verbo chegamos, passando-lhe uma ideia de pelo excesso de chuva;
tempo. Uma palavra dependente do verbo. d. A espécime é uma achado e tanto.
Chama-se, ADVÉRBIO.
Numa questão que envolva reconhecimento das Ex.: 2: Assinale a alternativa que apresenta todos
classes, procure localizar os substantivos e os substantivos masculinos.
observe as palavras que formam grupos com ele. a. Pianista; cal; comunicação; alface;
Essas palavras serão, necessariamente, artigos, b. Correta: Jornal; papel; sistema; poeta;
adjetivos, numerais e pronomes adjetivos. c. Sabia; profeta; amor; champanha;
Adjetivo d. Cetim; dente; dor; seguro;
Numeral e. Calor; televisão; viola; painel.
Artigo Substantivo
Pronome O substantivo é o NÚCLEO dos termos
O substantivo e o termo determinado = núcleo. sintáticos: Sujeito; Objeto direto e indireto;
Predicativo do sujeito e do objeto; Complemento
 Variáveis: singular/plural: feminino/masculino.
nominal; Agente da passiva; Adjunto adnominal e
 Substantivo
adverbial; Aposto e vocativo;
 Artigo.
 Adjetivo. O discurso daquele aluno provocou grande alegria no
 Verbo: Apenas singular e plural. professor.
 Pronome.
 Numeral. A palavra DISCURSO:
 Nomeia uma ação praticada, discurso é um
 Invariáveis: não tem plural e nem gênero: manifesto oral;
 Adverbio;  Pode variar de forma se a frase toda for
 Preposição; pluralizada;
 Conjunção;  É o núcleo do sujeito; o que provocou grande
 Interjeição. alegria no professor.

154
Ex.: 1: Ex.: 1: Assinale a alternativa que contém
substantivo próprio.
(...) Mais adiante, para não achincalhar a todos, a. O juiz julgou o réu com justiça;
indistintamente, com a pecha infamante de b. Correta: A cidade de Fraiburgo é hospitaleira;
“subdesenvolvido”, premiou-se os melhores com o gentil
“em desenvolvimento”. Tais países não eram mais “sub”,  É aquele que particulariza seres
não estavam mais tão por baixo. Nos últimos anos, distinguindo-os da sua espécie, como
substituiu-se o “em desenvolvimento” por “emergente”, entidades, países, cidades, estados,
palavra que igualmente se opõe ao “sub”. (...) continentes, planetas, entre outros.
c. Príncipes e princesas visitaram a cidade;
A expressão ``em desenvolvimento´´ apresenta d. Alunos e alunas marcharam bonito no desfile;
valor. e. A prefeita decretou ponto facultativo amanhã.
a. Adjetivo;
b. Correta: Substantivo; Note que há Ex.: 2: Assinale a alternativa que possui um
determinantes substantivando a expressão substantivo comum, simples e abstrato.
``em desenvolvimento´´. a. Girassol;
c. Adverbial; b. Correto: Medo;
d. Prepositiva; c. Livro;
e. Conjuntiva. d. Floricultura;
e. Contrarregra.
Classificação
O substantivo pode ser classificado segundo sua Ex.: 3: Indique a alternativa em que todos os
forma e a sua significação: substantivos são derivados:
 Quanto à FORMA os substantivos podem ser a. Flor-de-lis; pratinho-sapato;
primitivo, derivado, simples e composto. b. Ferro-pedra-pão;
 PRIMITIVO: Não apresenta afixo: c. Correto: Ferreiro-sapateiro-pedreiro;
 Pedra, marte, agenda; d. Livraria-livreiro-livro;
e. Frota-esquadra-congresso.
 DERIVADO: Apresenta afixos:
 PedrEIRO, marcIANO, EXTRA-agenda;
Gênero
 SIMPLES: Apresenta apenas um radical: Os substantivos podem apenas ser masculino ou
 Samba, enredo, caixa, água; feminino. Serão reconhecidos pela terminação
(alunO/alunA; gênero BIFORME) ou pela
 COMPOSTOS: Apresenta mais de um determinante (O atleta/ A atleta, gênero
radical: UNIFORME). A palavra criança é um substantivo
 Samba-enredo, caixa-d água. feminino, pois os determinantes que se ligam a ela
indicam isso:
 Quanto à significação, os substantivos podem João é uma criança linda.
ser: COMUNS, PRÓPRIOS, ABSTRATOS,
CONCRETOS e COLETIVOS.  Tipos: Existe o substantivo UNIFORME (não
muda de forma para indicar gêneros
 COMUM: Representa todos os seres de uma diferentes) e o BIFORME (muda de forma para
espécie: indicar gênero diferente).
 Homem, cidade, bairro, instituição.  Masculino:
 Filho, gato, lobo e menino;
 PRÓPRIO: Representa apenas um ser de
apenas uma espécie:  Feminina: Troca de terminação: -O por -A;
 Pedro, Salvador, Aeronáutico, Sonrisal .  FilhA, gatA, lobA e meninA;

 ABSTRATO: Representa ações, estados,


qualidades, sentimentos, resultados de
ações, propriedades e concepções:
 Luz, Som, Eco, Chuva, DVD, Relógio, Rua, Ilha,
Aldeia, Fada, Deus.

 CONCRETO: Palavra que não precisa de


outra para existir.
 Ar, Ex.: 1:
No caixa, outras freguesas perguntaram se ele atinha
restaurante;
 COLETIVO: Representa um grupo de seres
da mesma espécie:
 Girândola, atlas, cancioneiro, pinacoteca, réstia, varo.
155
Nesse trecho, o termo caixa passou a ser Substantivação
aparentemente masculino, mas, na verdade, É um tipo de nomialização, pois ocorre mudança
ocorreu ai uma elipse de um termo masculino o de muitas classes gramaticais, que se tornam
funcionário da caixa. substantivo desde que a palavra, expressa ou a
O substantivo a seguir em que ocorre uma frase esteja acompanhada de algum determinante.
idêntica elipse que causa aparente mudança de
gênero é:  Você tem uma aracnofobia? (radical)/ eu tenho fobias;
a. O celular; o telefone;  (substantivo. O pronome indefinido muitos atua como
b. O municipal; o teatro municipal; determinantes);
c. A capital; a cidade capital;
 Sou muito pró-ativo (prefixo)/ esta questão só tem um
d. Correto: O palmeiras; o time do palmeiras; pró
e. A lava-jato; a operação lava-jato.  (substantivo. O numeral um atua como determinante)

Ex.: 2: Ao flexionar o substantivo ``esposo´´ no  Aquela blusa é preta? (adjetivo)/ preta, você me ama.
feminino, substitui-se o ``O´´ final por ``A´´;  (substantivo. Percebe-se que a palavra virou um
esposo/esposa. A alternativa que apresenta um substantivo porque está nomeando o alguém no meio
de um apelido).
substantivo que, no feminino é flexionado da
mesma maneira que Esposo é.
Nomialização
a. Correto: Moço;
b. Rio; É normal transformarmos uma estrutura verbal
c. Grilo; numa estrutura nominal, ou seja, substituir um
d. Pássaro; verbo por um substantivo de mesmo radical, a fim
e. Fio. de evitar exagero no uso dos verbos. Isso se dá
por meio de derivação regressiva:
Ex.: 3: Observe:
José, ____ testemunha, chegou ao tribunal com  Derivação sufixal:
____ sósia como acompanhante e também com  -ÇÃO por -SÃO:
 Fabricar →fabricaÇÃO: ligar→ligaÇÃO:
___ champanha embaixo do braço. Resolveu dar  Adaptar→adaptaÇÃO:expressar→expresSÃO:
___ telefonema surpreende, ocasião em que cerder→cesSÃO.
tropeçou, obtendo ___ entorse no joelho.
a. O, o, o, um, uma;  Fabricar produtos sustentáveis está na moda (frase com
b. O, a, a, uma, um; dois verbos);
c. Correta: a, o, o, um, uma;  A fabricação de produtos sustentáveis está na moda
(frase com um verbo);
d. A, a, a, um, um.
 Ceder meus direitos autorais ao artista foi difícil (frase
Identificação com dois verbos);
Qualquer vocábulo ou expressão pode tornar-se  A cessão de meus direitos ao artista foi difícil (frase
um substantivo. Para reconhecermos o com um verbo).
substantivo dentro da fase, precisamos perceber
se ele vem na posição de núcleo dos termos Derivação regressiva:
 Quem canta seus males espanta (frase com dois
sintáticos ou acompanhados de determinante verbos);
(artigo, pronome, numeral, adjetivo ou locução  O canto espanta os males (frase com um verbo);
adjetiva). A estrutura em que o substantivo vem
acompanhado de determinantes se chama  Ele causou o estardalhaço porque se revoltou com a
sintagma nominal: postura dos políticos (frase com dois verbos);
 A causa do estardalhaço foi sua revolta com a
 Determinantes + substantivo = sintagma postura dos políticos (frase com um verbo).
nominal.
O sintagma nominal é um grupo de vocábulo Locução substantiva
centrado num nome (substantivo); é uma
É um grupo de vocábulos que equivale a uma só
expressão cujo núcleo é um nome substantivo.
palavra. Uma locução é substantiva quando
formada por um grupo de vocábulos, com valor de
substantivo:
 Anjo da guarda;
 Dona de casa;
 Estrada de ferro.

156
Variação em número Mudança de sentido
O substantivo varia no plural, pelo acréscimo da Dependendo do número do mesmo substantivo,
desinência de número (-S), a fim de indicar pode haver mudança de sentido.
quantidade.  Singular: Ar (substância atmosférica);
 CarroS indicam mais de um carro;  Plural: Ares (condição climática, aparência);
 MistoS-quenteS indicam mais de um misto-quente.
 Singular: Costa (litoral);
A regra para os substantivos simples e, depois,
 Plural: Costas (dorso).
para os substantivos compostos.
Simples:
Regras dos compostos
 Singular: ChÃO, vÃO, mÃO, GrÃO, órgÃO, sótÃO,
bençÃO e acórdÃO; Os substantivos, os adjetivos, os numerais e os
 Terminação: -ÃO por -S (monossílabos e pronomes que fazem parte dos substantivos
paroxítonas); compostos variam em número:
 Plural: ChãoS, vãoS, mãoS, grãoS, órgãoS, sótãoS,
bênçãoS e acórdãoS.  Os tenentes-coronéis (subst+subst) foram convidados
para reunião;
 Singular: CristÃO, CidadÃO, irmÃO, apagÃO,  Estes alunos-mestres (subst+subst) desempenham bem
o papel de professor;
demÃO;
 Comprei dois cachorros-quentes (subst+adj) bem
 Terminação: -ÃO mais -S (oxítonas): saborosos naquela barraca;
 Plural: CristãoS, cidadãoS, irmãoS, apagõeS, demãos;  Os capitães-mares (subst+adj) eram autoridades que
comandavam certas milícias;
 Singular: LeÃO, sabÃO, caixÃO, canhÃO, foliÃO,  Ah, os arrozes-doces (subst+adj) da mamãe! Quanta
estaçÃO, visÃO, razÃO, limÃO, naçÃO; saudade!;
 Os baixos-relevos (adj+subst) são bastante usados na
 Terminação: -ÃO por -ÕES (oxítonas); decoração arquitetônica.
 Plural: LeõES, sabÕES, caixÕES, foliÕES, estaçÕES,
visÕES, razÕES, limÕES, naçÕES; As demais classes gramaticais não variam em
número (verbo, advérbio, conjugação, preposição,
 Singular: AnÃO, anciÃO, aldeÃO, corrimÃO, interjeições).
cirúrgiÃO, charlatÃO, ermitÃO, faisÃO, guardiÃO, refrÃO,
sacristÃO, verÃO, violÃO, zangÃO;
 Aquela porta-bandeira (verb+subst) sabe o que é
 Terminação: -ÃO por -S, -ES, -ÕES (oxítonas): sambar;
há mais de uma forma no plural;  Nunca se viram beija-flores (verb+subst) tão garbosos
 Plural: Anãos/ões, anciãos/ões, aldeãos/ões, como esses;
artesão/ões, charlatãos/ões, guardiões/ões, faisãos/ões,  Vamos lutar para os abaixo-assinados (adj+adj) serem
sacristãos/ões. aceitos.

Ex.: 1: Assinale a alternativa em que está Ex.: 2: O plural dos substantivos ``couve-flor´´,
CORRETA a formação do plural: ``pão-de-ló´´ e ``amor-perfeito´´, é:
a. Cadáver - cadáveis; a. Couve-flores; pães-de-lo; amores-perfeitos;
b. Gavião - gaviões; b. Correto: Couve-flores; pães-de-ló; amores;
c. Fuzil - fusíveis; c. Couve-flores; pão-de-ló; amor-perfeitos;
d. Mal - maus; d. Couve-flores; pão-de-ló; amores-perfeitos;
e. Correta: Atlas - os atlas. e. Couves-flores; pães-de-lo; amor-perfeitos.

157
Variação em grau Ex.: 2: A ponte a sequencia de substantivos que,
Toda palavra variável que aceita o sufixo – sendo originalmente diminutivos ou aumentativos,
INHOS e –ÃO, correspondentes a pequenas e perderam essa acepção e se constituem em
grandes. Pertence à classe dos substantivos. formas normais, independentes do termo
Casa: derivado.
 CasINHA = casa pequena; a. Pratinho-papelinho-livreco-barraca;
 CasarÃO = casa grande. b. Tampinha-cigarrilha-estantezinha-elefantão;
c. Cartão-flautim-ligueta-cavalete;
O substantivo varia em grau quando exprime sua d. Correta: Chapelão-bocarra-cidrinho-portão;
dimensão aumentam ou diminuem o tamanho e. Palhacinho-narigão-beiçola.
normal que exprime um substantivo. A forma
sintética se dá, por meio do uso de sufixos. Nos Ex.: 3: Numa das seguintes frase, há uma flexão
substantivo não se fala em flexão de grau, mas de de plural grafada da erradamente.
derivação, pois na gradação se unem afixos. a. Os escrivães serão beneficiados por esta lei;
Aumentativo b. O número mais importante é o dos
Forma analítica (adjetiva): anõezinhos;
 Celular grande, computador enorme, espaço imenso,
festa colossal.
c. Faltam os hifens nesta relação de palavras;
d. Correta: Fulano e beltrano são dois grandes
Forma sintética (sufixo) caracteres;
 Aço (a): barcaça, louraça, morenaço; e. Os répteis são animais ou ímpares.
 Alho (a): muralha, gentalha, politicalha;
 Alhão: grandalhão, facalhão.

Diminutivo (adjetivo)
 Televisão pequena, cadeira pequenina, sala
minúscula;

Forma sintética (sufixo)


 Acho (a) riacho, fogacho;
 Ebre: casebre;
 Eco (a): jornaleco, soneca, padreco.

Formas estilísticas
De grau dos substantivos é os que fogem à ideia
normal de grau, acrescentando sentido extra a
eles. Os sufixos aumentativos (normalmente -ÃO)
e diminutivos (normalmente (Z)-INHO) podem
apresentar outras ideias, além de grandeza e
pequenez:

 Carinho, afeto, admiração, ironia, desprezo e vergonha;


 Ok, sabichão e sabichona, vocês nunca erram (ironia)
 Aquele homem não passa de um padréco (depreciação);
 Nossa! Que carrão! (admiração).

Ex.: 1: ``Vive pertinho do céu´´ o valor do


diminutivo no vocábulo sublinhado se repete em:
a. A favela é um lugarzinho bonito;
b. Os barracõezinhos das favelas cariocas são
coloridas;
c. A subida para os morros está coberta de
papeizinhos;
 Correta: A policia chegou rapidinho ao morro;
[é um adverbio intensificado pelo sufixo]
d. O sufixo –INHO, quando ligado a adjetivo ou
advérbio, indica intensidade. Rapidinho e
equivalem a muito rápido e muito perto.
e. Lourinha ganhou o concurso de beleza.

158
ADJETIVOS Para entendermos todas as definições de
É a expressão modificadora do substantivo que adjetivos, analisemos esta frase:
denota qualidade, condição ou estado de um ser.
 Meus alunos conseguiram conquistar as vagas
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida, que concorridíssimas no ano passado.
caminha para a morte.  A palavra concorridíssima:
 Caracteriza/modifica uma palavra:
 Concorridíssima caracteriza vagas;
Os adjetivos HONESTOS, BONS e COMOVIDOS  Variou de forma (termino, plural, superlativo) as vagas
referem-se aos substantivos GENTE, qualificando- concorridíssimas.
o. O adjetivo exerce duas funções na frase:
ADJUNTO ADNOMINAL quando vêm dentro do Identificação
sintagma nominal, mas, quando têm função de É uma palavra caracterizadora que modifica um
PREDICATIVO, vêm fora do sintagma nominal. substantivo, por isso, diante de uma frase,
devemos notar qual palavra está atribuindo uma
Aquela casa amarela e suntuosa.
característica ao substantivo:
Amarela funciona como adjunto adnominal, por O meu pai era paulista;
fazer parte do sintagma nominal (aquela casa Meu avô, pernambucano;
amarela) já suntuosa funciona como predicativo, O meu bisavô, mineiro;
pois está fora do sintagma. Meu tataravô, baiano;
Meu maestro, soberano;
 Sintagma nominal: tem como núcleo um Um artista brasileiro.
nome ou pronome.
Os adjetivos modificam, respectivamente, os
Os alunos fizeram a pesquisa.
substantivos pai, avô, bisavô e maestro. Somente
Os alunos Sujeito. dois adjetivos exercem função sintática de adjunto
Fizeram a pesquisa Predicado. adnominal, pois fazem parte dos seguintes
sintagmas nominais:
Os sintagmas são um conjunto de elementos
 Meu maestro SOBERANO;
constituídos de uma unidade significativa em torno  Um artista BRASILEIRO.
de um elemento significativo, chamado NÚCLEO.
 Adjunto adnominal: Termo acessório da Os demais adjetivos estão fora do sintagma, por
oração com a função de caracterização ou isso são adjetivos com função do predicativo.
determinar o substantivo. Feito por artigos,
adjetivos e outros elementos com função  Função de predicativo: Função que atribui
adjetiva. uma dada propriedade ou qualidade à
entidade designada por um sintagma nominal
As melhores receitas foram deixadas por nosso avós.
 Sujeito: as melhores receitas;
com função de sujeito, objeto direto ou
 Núcleo do sujeito: receitas. indireto.
 Adjetivos substantivos: Muitos adjetivos são
AS (artigo) da contração POR + OS é adjunto usados com valor de substantivos, facilmente
adnominal de avós. O mesmo acontece com subtendido.
NOSSOS (pronome adjetivo): OS e NOSSOS
referem-se aos avós.  Os antepassados (os HOMENS antepassados);
 Os justos (os HOMENS justos);
 Função de predicativo: função que atribui  O circular (o ÔNIBUS Circular).
uma dada propriedade ou qualidade à
entidade designado por um sintagma nominal Ex.: 1:
com função de sujeito direto ou indireto. Talvez seja bom o proprietário do imóvel passar
As classes gramaticais modificadas pelos desconfiar de que ele não é tão imóvel assim.
adjetivos são os substantivos, o pronome, o As palavras destacadas são, respectivamente:
numeral e até uma oração substantiva. a. Substantivo e substantivos;
b. Correta: Substantivos e adjetivos;
 Rocha Lima e Celso Cunha eram excelentes;
 Eles eram excelentes; c. Adjetivo e verbo;
 Os dois eram excelentes; d. Advérbio e adjetivo;
 Viver é excelente; e. Adjetivo e advérbio.
 Acho excelente resolver exercícios de
português.

159
Ex.: 2: Os adjetivos que, respectivamente, melhor Recursos de nominalização
caracterizam a forma ou a natureza das seguintes Em caso dos adjetivos, a nominalização se dá
expressões: objeto fora de uso, caminho com pela transformação de oração subordinadas
muitas curvas, coisas sem peso, nariz adjetivos em meros adjetivos:
semelhante a um bico de águia são:
a. Correta: Obsoleto, sinuoso, imponderável,  O aluno que é inteligente passou na prova;
aquilino;  O aluno inteligente passou na prova;
b. Estagnado, cúbico, portátil, afunilado;  Comprei para minha fruta dois carros que estavam
novíssimas.
c. Vultuoso, inacessível, intangível, abaulado;
d. Delgado, intransitável, inumerável, abobadado;
e. Sombrio, tubular, imensurável, gretado. Oração subordinada: são orações que exercem
uma função sintática em relação à oração
Ex.: 3: Assinale a alternativa em que o termo principal, complementando seu sentido e sendo
dependente dela.
sublinhado tenha função adjetiva.
a. Correta: Característica da nação;
Classificação
b. Ameaça de colapso;
c. Deterioração de valores;  Simples: Apresenta um radical:
d. Instituição de escravidão;  Visão social, visão econômica;
e. Uso de violência.
 Composto: Apresenta mais de um radical:
 Visão socioeconômico;
Adjetivação
Há dois conceitos de adjetivação:  Primitivo: Não apresenta afixos:
 Presença de muitos adjetivos num texto:  Sorriso, amarelo.
 Acho minha namorada linda, sedosa, cheirosa, gostosa,
quente, etc.  Derivado: Apresenta afixos:
O propósito do excesso de adjetivo é o realce, a  Sorriso-amarelo;
ênfase.
 Restritivo: Acrescenta um sentido:
 Transformação de um substantivo em  Carro azul, homem feliz, leite quente não inerente ao
adjetivo: O que é mais importante é saber, a ser.
transformação de um substantivo em adjetivo:
 Explicativo: Apresenta um sentido inerente.
 Seu jeito moleque atrai as mulheres mais novas;  Impróprio:
 Esta blusa laranja lembra a da seleção de futebol da  Carro motorizado, homem mortal, do ser.
Holanda;
 É preferível ter um cachorro amigo a um amigo  Pátrio/gentílico: Referem-se a continente,
cachorro;
países, cidades:
 Polaco, americano, regiões, raças e povos, indicando
Os termos destacados não são caracterizados afeição, mineiro, origem.
(adjetivos), mas nomeadores (substantivo).
Ex.: 1: Assinale a alternativa que contém o grupo
 Substantivos adjetivos: trata-se de de adjetivos gentílicos, relativo a ``Japão´´, ``três
substantivos usados com valor de adjetivos. corações´´ e ``moscou´´;
Vapor Cinza = Vapor de cinza a. Oriental, tricardiano, moscovita.
↓ b. Nipônico, tricordiano, soviético;
Resíduo de combustão c. Japonês, trêscoraçoense, moscovita;
d. Correta: Nipônico, tricardiano, moscovita;
Comício Monstro = comício grandioso e. Oriental, tricardíaco, soviético.

Ser disforme

Blusa Rosa = Blusa com cor rosa



Designação de flor

160
Locução adjetiva Ex.: 1: Assinale a alternativa em que todos os
É um grupo de vocábulos com valor de adjetivos adjetivos têm uma só forma para os dois gêneros.
formados por: Preposição locução prepositiva + a. Andaluz, hindu, comum;
substantivos/ advérbio/ pronome/ verbo/ b. Europeu, cortês, feliz;
numeral. Tal expressão frequentemente se liga a c. Fofo, incolor, cru;
um substantivo: d. Superior, agrícola, namorador;
e. Correto: Exemplar, fácil, simples.
 Briguinha ATOA, pizza a LENHA, TV em CORES, casa
SOBRE RODAS, homem SEM CORAGEM, vida COM Variação em grau
LIMITES. O adjetivo terá algumas vezes seu valor
intensificado, normalmente por advérbio ou por um
Mas também pode, ligar-se a pronomes ou a um sufixo. Existem duas situações em que o adjetivo
numeral: pode variar em grau:
1. Numa estrutura de comparação;
 AS (= aquelas) da sala 1, OS (= aqueles) do Brasil, todo 2. Numa de superlativação.
mundo do bairro, os dois sem graça... eles sem caráter, o
corpo era de cristal, o menino ficou com fome este tempo
todo?
Grau comparativo
Compara-se uma qualidade, ou qualificação,
Como se viu nos três últimos exemplos, a locução entre dois seres ou duas qualidades de um
adjetiva nem sempre vem dentro do sintagma mesmo ser. Há três tipos, com construções
nominal, pode vir de fora também, neste caso, terá peculiares a ela:
função de predicativo.  De igualdade: (TÃO... QUANTO/COMO):

Ex.: 1: A ponte a alternativa INCORRETA quanto  Português é tão divertido QUANTO (ou COMO)
matemática;
á correspondência entre a locução e o adjetivo.
a. Glacial (de gelo); Ósseo (de osso);  De superioridade: (MAIS (DO) QUE):
b. Fraternal (de irmão); pétreo (de pedra);
c. Farináceo (de farinha); pétreo (de Pedro);  Português é MAIS divertido (DO) QUE matemática;
d. Inorreto: Viperino (de vespa); ocular (de olho);
e. Ebúrneo (de marfim); Insípido (sem sabor).  De inferioridade: (MENOS (DO) QUE):
Ex.: 2: Assinale a alternativa que contém uma  Português é MENOS divertido (DO) QUE matemática.
correlação INCORRETA entre o adjetivo e a
locução correspondente: O adjetivo destacado está sendo intensificado
a. Água de chuva – pluvial; pelos advérbios TÃO, MAS e MENOS. A ideia de
b. Pele de marfim – ebúrnea; comparação é marcada pelas conjunções (OU
c. Incorreta: Representante dos alunos – COMO) e que (OU DO QUE).
docentes;
d. Agilidade do gato – felino; Ex.: 1: Nas orações ``esse livro é melhor que
e. Copo de prata – argênteo. aquele´´ e ``este livro é mais lindo que aquele´´,
há os graus comparativos.
Variação de gênero a. Superioridade, respectivamente sintético e
Existe o adjetivo uniforme, e o biforme. analítico;
 Masculino: LindO, saborosO, maciO. b. Correto: De superioridade, ambos analíticos;
 Troca à terminação: -O/-A. c. De superioridade, ambas sintéticas;
 Feminina: LindA, saborosA, maciA. d. Relativos;
e. Superlativos.
 Masculina: AtEU, europEU, GalilEU, sadurEU.
 Troca de terminação: -EU/EIA.
 Feminina: AtEIA, europEIA, galilÉIA,
saducÉIA.

 Masculina: LhÉU, tabarÉU.


 Troca de terminação: -ÉU/-AO.
 Feminina: IlhOA, tabarOA.

 Masculino: MaU, nU, francÊS, espanhOL.


 Troca de terminação: -U, -ÊS, -OL, OI/ A.
 Feminina MÁ, nuA, francesA, espanholA.
161
Grau superlativo Ex.: 4: Em qual alternativa se apresenta o
Há um engrandecimento, uma intensificação da superlativo absoluto sintético destoando da forma
qualidade de um só ser: temos dois tipos de erudita?
superlativos. a. Doce/dulcíssimo;
b. Celebre/celebérrimo;
Absoluto: c. Baixo; intimo;
 Analítico: O adjetivo e modificado por um d. Amargo/amaríssimo;
advérbio de intensidade: e. Correta: Livre/livríssimo.

 João é muito inteligente e bastante humilde mas Variação de numero


extremamente pobre. O plural adjetivo simples se faz da mesma forma
com que se pluralizam os substantivos.
 Sintético: Quando há o acréscimo de um O plural dos adjetivos compostos são constituídos
sufixo (ISSIMO, (r)IMA, (l)IMA). de dois ou mais radicais. Sua pluralização segue
as seguintes regras:
 João é inteligentíssimo, mas é probéssimo e
humílimo.
 Varia apenas o último elemento se o
adjetivo composto é formado por adjetivo +
Relativo: adjetivo:
 Superiorizada: Enaltecimento da qualidade de
 Cabelos castanho-escuro, lenços verde-claros, poemas
um ser dentre outros seres, por meio da herói-cômicos, folhas verde-escuro.
construção O/A mais adjetivo + DE/DENTRE.

 João é o mais inteligente DENTRE todos da sala.


 O adjetivo surdo-mudo flexiona seus dois
elementos:
 Inferioridade: Desvalorização/minimização da  Meninas surdas-mudas.
qualidade de um ser dentre outros seres, por
meio da construção O/A MENOS + adjetivo +
DE/ DENTRE.  Sendo o adjetivo composto por uma
palavra invariável (1º elemento) e o
 Mário é a aluna menos inteligente do grupo segundo variável, apenas este será
pluralizado.
Ex.: 1: No trecho ``os jovens estão mais ágeis
 Mal-educado, semi-selvagens, recém-formadas.
que seus pais´´ temos:
a. Um superlativo relativo de superioridade;
Correta: Um comparativo de superioridade;  Caso adjetivo composto seja formado por
b. Um superlativo absoluto; um adjetivo + substantivo, os dois
c. Um comparativo de igualdade; elementos permanecerão invariáveis.
d. Um superlativo analítico de ágil.
 Lençóis verde-oliva, tapetes azul-turquesa, camisas
amarela-ouro.
Ex.: 2: Os homens são os melhores fregueses.
Os melhores encontram-se no grau: Permaneceram também invariáveis os
a. Comparativo de superioridade; compôs azul-marinho, azul-celeste e azul-
b. Correta: Superlativo relativo de ferrete.
superioridade;
c. Superlativo absoluto sintético; Ex.: 1: O plural de ``terno azul-claro´´ e ``terno
d. Superlativo absoluto de superioridade. verde-mar´´ é:
a. Ternos azuis-claros; ternos verdes-mares;
Ex.: 3: Indique a alternativa em que não é b. Ternos azuis-claros; ternos verde-mares;
atribuida ideia de superlativo a adjetivo. c. Ternos azul-claro; ternos verde-mar;
a. É uma ideia agradabilíssima; d. Correto: Ternos azul-claros; ternos verde-mar;
b. Era um rapaz alto, alto, alto; e. Ternos azuis-claros; ternos verde-mar.
c. Saí de lá hipersatisfeito;
d. Correta: Almoceis tremendamente bem;
e. É uma moça assustadoramente alta.

162
Valor discursivo Ex.: 2: Considerando os adjetivos e suas
O adjetivo exerce um papel fundamental dentro respectivas locuções: adjetivas, assinale a
do discurso. Dependendo da posição do adjetivo, alternativa INCORRETA:
pode haver mudança de sentido e até de classe a. Hípico – de cavalo;
gramatical. Dependendo da escolha do adjetivo, b. Incorreta: Onírico – de ouro;
contextualmente a intenção do produtor de texto c. Insular – de ilha;
pode ser revelada (modalização discursiva). d. Pluvial – de chuva.
Respeitando a relação de concordância em Resposta:
gênero e número com o substantivo, o adjetivo 1. Alternativa (a): hípico = Referente a hipismo,
pode retomar termos, dando coesão ao texto. cavalo, equino.
Mudanças de posição do adjetivo pode implicar 2. Alternativa (b) incorreta: O adjetivo referente
mudança de sentido ou de classe gramatical: à locução adjetiva de outro é áureo e não
onírico;
 Ele é um pobre homem (coitado; adjetivo);  Onírico = referente a sonho ou que é próprio
 Ele é um homem pobre (sem recursos; adjetivo). do sonho ou da natureza do sonho;
 Ele é um alto funcionário (posição; adjetivo);
 Ele é um funcionário alto (comprimento; adjetivo)  Áureo = referente a ouro, feito ou recoberto
 Um belo dia fui visitá-la (indeterminada; adjetivo); de outro, dourado.
 Ontem foi um dia belo (bonito; adjetivo).  Alternativa (c): insular = que tem
característica ou é semelhante a uma ilha.
O adjetivo pode expressar um ponto de vista, um  Alternativa (d): pluvial = referente ou que
juízo de valor, uma avaliação por parte do locutor provém da chuva.
do texto. Isso é modalização. O adjetivo é o
modalizador, exprime uma opinião, logo pode ser
retardado.
E este programa é ÓTIMO; adjetivo ótimo
exprime um julgamento não se trata de uma
verdade absoluta, logo poderemos contra
argumentar.
Os adjetivos podem ser usados como
instrumentos ou recursos coesivos dentro do
texto. Em outras palavras, fazem referências a
vocábulos dentro do texto para evitar a repetição e
manter o sentido dele.
O homem e a mulher irromperam numa
discussão ferrenha sobre quem era mais relevante
no curso histórico. Derrotado após o embate,
chegamos a conclusão de que a mulher ainda é a
base de tudo!
Note que adjetivo derrotado, só pode se referir
ao homem. Logo, a palavra homem não precisou
ser repetida, coube ao adjetivo à função de
retomada, isso é coesão.

Ex.: 1: Assinale a alternativa em que se respeitam


as normas cultas de flexão de graus.
a. Nas situações críticas, protegia o colega de
quem era amiguíssima;
b. Mesmo sendo o Canadá friossíssimo, optou
por permanecer lá durante as férias;
c. No salto, sem concorrentes, seu desempenho
era melhor de todos;
d. Diante dos problemas, ansiava por um
resultados mais bons que ruim;
e. Comprou um copo barato, de cristal, de mais
malíssima qualidade.

163
ARTIGO Ex.: 2: Por outro lado, a taxa Selic continuará a
É a palavra variável em gênero e número que ser reduzida a partir do patamar de 16,5% a que
antepomos aos substantivos para determiná-los chegou no fim do ano passado.
de modo preciso ou vago, indicando-lhe o gênero Os termos grifados no trecho acima se
e o número em razão disso, há artigos definidos e classificam, respectivamente, como:
indefinidos. a. Artigo – artigo – preposição – artigo;
b. Preposição – artigo – preposição – artigo;
O time jogou UMA partida memorável; c. Artigo – preposição – preposição – artigo;
OS times jogaram UMAS partidas memoráveis. d. Correta: Artigo – preposição – preposição –
artigo;
Classificação e. Preposição – preposição – artigo – artigo.
Há dois tipos: definidos (O, A, OS, AS) e
indefinidos (UM, UNS, UMA, UMAS). Ex.: 3: Assinale a alternativa em que o termo
grifado seja artigo definido.
Artigos definidos a. O que os empurra a dar crédito para setor
Determina o substantivo de modo preciso, pode privado e para as pessoas físicas;
ser singular (O, A) ou plural (OS, AS). b. O que se faz;
c. O que está ocorrendo é que os interesses que
O professor participou dA festa; prevalecem;
OS professores participaram dAS festas.
d. Agora, o que se está fazendo é buscar
``acalmar´´ os que temam perder, lucros na
Os artigos definidos se antepõem ao substantivo fase de transição;
para indicar, que se trata de um ser já conhecido, e. Correta: Ou seja, há uma possibilidade, não
pelo falante e pelo ouvinte, individualizando-o. desprezível, de o país perder, mais uma vez,
uma janela de oportunidade.
Artigos indefinidos
Determina o substantivo de modo vago, Combinação
impreciso. Pode ser singular (UM, UMA) ou plural Os artigos se combinam e se constroem:
(UNS, UMAS):
 A, DE, EM e POR resultando em:
UM aluno fez UMA prova;
UNS alunos fizeram UMAS provas.  ao/aos, do/dos, dum/duns, duma/dumas, no/nos,
na/nas, num/nuns, numa/numas, pelo/pelos, pela/pelas.

Os artigos indefinidos se antepõem ao


Identificação
substantivo para indicar, que se trata de um ser
desconhecido, o indeterminado ou generalizando- O artigo, geralmente, vem antes do substantivo.
o. No entanto isso não quer dizer que ela vem
imediatamente do substantivo:
Ex.: 1: Observe as frase seguintes depois escolha
 AS grandes e frequentes CRISES econômicas vêm
a única alternativa INCORRETA. atrapalhando certos países.

1. Com a Ana ele vai brigar;


2. Com Fred ele não vai discutir.
Sintagma nominal em que o artigo (AS) se
encontra:
a. A frase 1 contém um artigo definido, no
feminino e no singular, que semanticamente  AS grandes e frequentes CRISES econômicas.
 Grandes e frequentes se tornaram substantivos só
torna Ana mais próxima do emissor;
porque o artigo veio antes? Não, pois grandes e
b. A frase 1 contem um artigo definido, no frequentes são adjetivos que caracterizam o substantivo
feminino e no singular, pois antecede um crises.
nome próprio de mesma característica
morfológica;
c. No confronto entre a frase 2 pode se notar a
importância do uso estilístico do artigo;
d. A frase 2, dispensando o artigo diante do
nome próprio, marca o distanciamento entre o
referente e o emissor;
e. Correta: A frase 2, não contendo artigo
definido diante do nome próprio, está errado.

164
Uso do artigo Ex.: 2: Considere o período:
 A antecipação do artigo pode substantivar Os dois passaram a discutir a questão da verba disponível.
qualquer palavra: Os termos destacados são, respectivamente.
 Como resposta recebeu UM NÃO.
a. Correto: Preposição, artigo definido;
NÃO: Advérbio substantivado, exercendo a função b. Artigo definido, preposição;
sintática de núcleo do objeto direto. c. Pronome, artigo definido;
d. Preposição, pronome.
 Na vida, jornalística, O PORQUÊ dos fatos nunca
pode ser desprezado. É obrigatório o uso do artigo definido entre o
PORQUÊ: Conjunção substantivada, exercendo a numeral AMBOS e o substantivo a que esse
função sintática de núcleo do sujeito. numeral se refere.

 O artigo evidencia o gênero e o número de  O promotor de justiça convocou AMBOS OS cônjuges


para a audiência;
substantivo que estiver determinando:  As criações podem ser feitas por pessoas de AMBOS
OS sexos.
 Fiquei com UM DÓ enorme do menino.
DÓ: Substantivo masculino singular. Ex.: 1: Assinale a alternativa que apresenta
ERRO quanto usado artigo:
 Convidaram A COLEGA para jantar. a. Avisei a ela que não haveria a reunião;
COLEGA: Substantivo feminino singular. b. Feliz o pai cujos filhos são ajuizados;
c. Correta: Li a noticia no estado de Sergipe;
 Contra as dores, usaram AS CATAPLASMAS.
d. Ambos os casos merecem considerações;
CATAPLASMAS: Substantivo feminino plural.
e. Discutia os assuntos mais profundos.
 O COLEGA de Ronaldo chegou atrasado.
COLEGA: Substantivo masculino singular. Nunca deve ser usado artigo depois dos
pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS e
 O artigo pode aparecer unido com CUJAS.
preposições.
 Ele estava NO sitio dos amigos;  Tenho simpatia pelo poeta CUJA biografia estou lendo;
 O empréstimo concedido aos servidores CUJO cadastro
NO = EM + O
seja aprovado;
 Ele precisava DO apoio dos amigos;
DO = DE + O. Ex.: 1: Há erro quanto ao uso do artigo na
seguinte afirmativa:
 Não pode comparecer À festa; a. O Brasil é um país maravilhoso;
À = A + A. b. O juiz solicitou a presença de ambos os
cônjuges;
 Fizeram referencia ÀS pessoas presentes; c. Correta: Esta é a mulher cujo o amigo
ÀS = A + AS. desapareceu;
d. Faltaram uns dez alunos;
Ex.: 1: Partindo-se do principio de que a crase é o e. O menino fugiu.
fenômeno resultante da fusão da preposição ``a´´
e do artigo ``a´´, assinale a alternativa cujo termo Não se deve usar artigo antes das palavras
sublinhado se classifica apenas como artigo, dai CASA (no sentido dela, moradia) e TERRA (no
justificar a inexistência desse fenômeno. sentido de chão firme) a menos que venham
a. Todos os estudos feitos nos anos 1990 especificadas.
continuam a mostrar;
b. Enquanto que 70 a 80 por cento das mulheres Os meninos não estavam EM CASA;
Estavam na CASA DOS AMIGOS.
afirmam;
c. A exemplo de seu ancestral, ele quer ficar
sentado em uma pedra;
d. Correto: Afirma que a família é prioridade
absoluta.

165
Ex.: 1: Considere a frase:  A SENHORITA não vai à cerimonia de casamento de sua
Ele fez críticas a algumas pessoas prima?;
 Não vi A SENHORA nos últimos dias?
Assinale a alternativa em que o a possui a  A MADAME ainda não tomou café da manhã.
mesma classificação morfológica, apresentada na
frase acima. Usa-se o artigo definido com o superlativo relativo:
a. Não a vi da janela;  Não consegui resolver AS QUESTÕES MAIS
b. Correta: Depois da chuva, voltei a casa; DIFÍCEIS;
c. A tardinha está deliciosa;  Resolvi AS MAIS DIFÍCEIS QUESTÕES.
d. A noite é sempre assim linda;
e. Voltamos com a sombra das nuvens. Depois do pronome indefinido TODO, usa-se
artigo quando quer dar ideia de inteiro, totalidade
Alguns nomes de lugar admitem a anteposição quando se quer dar ideia de qualquer se omite o
do artigo, outros não: artigo.
 Meu filho não faz todo O trabalho (trabalho inteiro);
 Todo homem tem problema na vida (qualquer homem);
 Meus filhos foram passear EM SALVADOR e nO rio de
 Todo O país comemorou o pentacampeonato de futebol
janeiro.
(país inteiro).
 Campo grande é a capital do MATO GROSSO DO SUL;
 Todo país suas tradições (qualquer país, cada país).
 Cuiabá é a capital DE MATO GROSSO;
 BRASÍLIA é a cidade onde moro.
No plural, TODOS e TODAS sempre virão
Se o nome de lugar que não admite artigo vier seguidos de artigo, exceto se houver palavra que
qualificado, o uso do artigo será obrigatório: os exclua, ou numeral não seguido, de
substantivo.
 Adoro morar nA BELA BRASILIA.  TODOS OS AMIGOS compareceram ao lançamento do
 Nas sacadas dos sobrados dA VELHA SÃO livro;
SALVADOR há lembrança de donzelas do tempo do  TODOS AQUELES AMIGOS compareceram ao
imperador; lançamento do livro;
 Sou a matriarca dA ROMA NEGRA.
 TODOS SEIS compareceram ao lançamento do livro;
 TODOS OS SEIS AMIGOS compareceram ao
Ex.: 1: Assinale a alternativa cujo contexto possui lançamento do livro.
o uso incorreto do artigo:
a. Nunca penetrei na alma ressequida do meu Não é aconselhável unir com preposição o artigo
tio; que faz parte do nome de revistas, jornais, obras
b. Correta: A ilha a mais paradisíaca pede literárias ou que preceda um sujeito.
regulamentação;
c. A ilha deve ser selvagem o quanto possível;  Ele trabalha na redação de O estado de São Paulo. (e
d. Nenhuma das alternativas. não : do estado);
 Essa noticia foi publicada em O globo. (e não: no globo);
 A guerra de Canudos é relatada em OS Sertões (e não:
É facultativo o uso do artigo definido diante de sertões);
pronomes adjetivos possessivos.  Ouvi em A Voz do Brasil que o salario vai aumentar (e
 Tenha cuidado com MEU LIVRO. Ou; não: na voz).
Tenha cuidado com O MEU LIVRO;
Ex.: 1: Assinale a alternativa correta:
 Desconheço SUA OPINIÃO. Ou;
Desconheço A SUA OPINIÃO.
a. Correta: Li a noticia no Estado de S. Paulo;
b. Li a noticia em O Estado de S. Paulo;
Não se usa artigo antes dos pronomes de c. Vi essa noticia em A gazeta;
tratamento. d. Foi em O estado de S. Paulo que li a noticia.

 Sua excelência, o governador, resolverá os problemas Não se deve empregar artigo diante de
de VOSSA SENHORIA. substantivo usado em sentido genérico.
 Conheci SUA SANTIDADE no vaticano;  Thiago toca percussão, bateria e ate violão.
 Quem VOCÊ pensa que é?
Diante de antropônimos (nome de pessoas),
Cabe ressaltar que as formas senhor, senhora, convém observar as seguintes orientações para o
senhorita, madame e dona não são pronomes e uso do artigo:
sim substantivos, usados como formas de  Se a pessoa for intima, familiar, deve-se usar o
tratamento, razão disso admitem a antecipação de artigo:
artigos:  Refiro-me AO Thiago, meu filho;
 A Carla, minha esposa, é servidora pública.

 O que O SENHOR esta fazendo no momento, pai?


166
 Se não ficar caracterizado a intimidade, o
artigo será facultativo:
 Refiro-me AO/A joão;
 Quero conhecer Tereza/ A Tereza.

 Se se tratar de personalidade pública, não se


usará o artigo:
 Refiro-me A Alexandre, O grande;
 Quero conhecer Pelé.

Ex.: 1: Em qual dos caso o artigo denota


familiaridade.
a. O amazonas é um rio imenso;
b. D. Manuel, o venturoso, era bastante esperto;
c. Correta: O Antônio comunicou-se com João;
d. O professor João Ribeiro está doente;
e. Os lusíadas são um poema épico.

Ex.: 2: Assinale a alternativa Correta:


a. Correta: Mostram-me cinco livros. Comprei
todos cinco;
b. Mostram-me cinco livros. Comprei todos cinco
livros;
c. Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os
cinco livros;
d. Mostraram-me cinco livros. Ei a
todos cinco livros;
e. Nenhuma das alternativas.

Ex.: 3: Determine o caso em que o artigo tem


valor qualitativo:
a. Estes são os candidatos que lhe falei;
b. Correta: Procure-o, ele é o médico! Ninguém
o supera;
c. Certeza e exatidão, estas qualidades não as
tenho;
d. Os problemas que os afligem não me deixam
descuidado;
e. Muito é a procura; pouco é a oferta.
.

167
PRONOME  2ª pessoa: com que se fala, o receptor ou
É a palavra variável que substitui ou acompanha ouvinte:
um substantivo, relacionando-o com uma das três  TU:
pessoas do discurso. Há pronomes substantivos e  Viva pixiguinha TU és divina e graciosa, estátua
pronomes adjetivos. majestosa (sujeito)
 Teu filho se tornou TU, da cabeça aos pés (predicativo
 Pronome SUBSTANTIVO: É o que substitui do sujeito);
substantivo, que ocupa o lugar de um  Tu nunca será eu, e eu nunca serei TU. (predicativo
substantivo na oração. do sujeito)
 JOAQUIM é casado = ELE é caso;  Ó TU, campeão dos campeões, ganhe a libertadores
 Não faça UMA LOUCURA = não faça ISSO. para nós este ano (vocativo).
 TU viajaste;
 Pronome ADJETIVO: É aquele que
acompanha o substantivo, determinando-o  VÓS:
 VÓS sois o sal da terra, disse o hebreu. (sujeito);
restringindo-lhes o significado.  Nos não somos VÓS, homens intolerantes.
 TODO homem tem a obrigação de ser feliz; (predicativo do sujeito);
 ESTE livro será útil para você.  VÓS, que atende, por professores, vede quantos
 Meu aluno é esperto. alunos carentes (vocativos);
 VÓS viajastes (aposto).
Meu aluno Sujeito  Cumprimentaram-te;
Aluno Núcleo do sujeito  Cumprimentaram-vos.
Meu Pronome adjetivo
 3ª pessoa: de quem se fala, o referente ou
Classificação assunto:
Pronomes pessoais  ELE/ELA/ELES/ELAS:
 ELES e ELAS continuam se digladiando (sujeito);
São os que representam as pessoas do discurso.  A noite ELE vira ELA. (predicativo do sujeito);
Substitui os substantivos, indicando diretamente  minha mãe, apenas ELA, é a melhor mãe do mundo
as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve, (aposto).
assume os pronomes EU ou NÓS, usam-se os  ELE viajou;
 ELES viajaram;
pronomes TU, VÓS, VOCÊ ou VOCÊS para  Cumprimentei-o;
designar a QUEM se dirige;  Cumprimentei-os.
Designam as três pessoas do discurso no
singular e no plural; são sempre pronomes 2. Pronomes oblíquos: São os pronomes que
substantivos e se dividem em dois tipos: nas orações desempenham funções de
1. Retos: São os pronomes que nas orações complemento verbal ou nominal. As formas
desempenham a função de sujeito ou dos pronomes pessoais do caso oblíquo
predicativo do sujeito: Os pronomes retos variam de acordo com a tonicidade com que
normalmente conjugam verbos, por isso são pronunciados dividindo-se em ÁTONOS e
exercem função de sujeitos, mas também TÔNICOS. Os pronomes oblíquos átonos só
podem exercer função de predicativo do podem aparecer ao lado do verbo:
sujeito, vocativo, aposto e, raramente, objeto
direto.  Jamais me ABANDONARÁ.
 ABANDONAR-me-À?;
 ABANDONOU-me.
 1ª pessoa: quem fala, o emissor ou falante:
 EU:
 Raul seixas já dizia: EU sou a mosca que pousou em Os pronomes oblíquos tônicos podem aparecer
sua sopa (sujeito); em qualquer lugar da frase.
 Que rei sou EU? (sujeito);
 Eu sou mais EU. (predicativo do sujeito);  Para MIM estudar português é fácil;
 Fernando Pestana, EU mesmo, é uma pessoa muito  Estudar português para MIM é fácil.
inquieta (aposto).
 EU viajei; Os pronomes oblíquos ME, TE, SE, NOS, VOS
podem exercer função de sujeito (raramente),
 NÓS: objeto (normalmente), objeto indireto
 NÓS queremos paz! (sujeito);
(normalmente), complemento nominal (raramente)
 Vocês nunca serão NÓS, pois somos dos que não
Esmorecem (predicativo do sujeito); e adjunto adnominal (raramente).
 Os brasileiros, NOS próprios, toleram amiúde a
corrupção
 NOS viajamos;
 Cumprimentaram-ME;
 Cumprimentaram-NOS.

168
 LHE(s):  O, A, OS, AS:
 Pode exercer função de objeto indireto  Os pronomes oblíquos átonos de 3ª pessoa
(normalmente) sujeito (raramente), O(S), A(S), se estiverem ligados a verbos
complemento nominal (raramente) e adjunto terminados em –R, -S e –Z viram LO(S),
adnominal (raramente). Por sua vez, os LA(S). Se estiverem ligados a verbos
pronomes átonos O, A, OS, AS só exercem terminados em ditongo nasal (AM, EM, ÃO,
função de objetos direto (normalmente) ou ÕE) viram NO(S) NA(S).
sujeito (raramente).
 Vu resolver uma questão = vou resolvÊ-LA;
 Fiz o concurso porque quis o emprego de funcionário
 TE: público. FI-LO porque quI-LO (ou porque quis).
 Há um principio da língua portuguesa  Apagaram nossos arquivos = apagarAM-NOS.
chamada uniformidade de tratamento. Não  Você põe a mão onde não deve = você pÕE-NO onde
podemos usar formas de 3ª pessoa com não deve.
formas de 2ª pessoa na mesma frase, ou se
usa tudo na 2ª pessoa ou se usa tudo na 3ª Ex.:1: Adolescente vivendo em familias que não
pessoa. lês transmitem valores sociais altruísticos,
 VOCÊ nunca fez (3ª pessoa) mal a ninguém, por formação moral e não lhes impuseram limites de
isso eu TE (2ª pessoa) admiro (inadequado); disciplina.
 TU nunca fizeste (2ª pessoa) mal a ninguém, por O pronome LHES, nas duas ocorrências, nesse
isso eu TE (2ª pessoa) admiro (adequado).
trecho, refere-se, respectivamente, a:
a. Correta: Adolescente e adolescentes;
 NÓS: Dentro do discurso, o NÓS (além das
b. Familias e adolescentes
demais formas de 1ª pessoa do plural) pode
c. Valores sociais altruísticos e limites de
cumprir os seguintes papeis.
disciplinas;
d. Adolescentes e familiares;
 Designar um sujeito coletivo que se e. Familias e familiares.
responsabiliza pelo que foi dito: Resposta:
 NÓS já nos demos contamos de nossos erros e
corrigi-los-emos tão logo.  Alternativa (a) correta: Substituindo para
facilitar: familiares não transmitiram valores
 Incluir enunciados e leitor, para aproximá-los: aos adolescentes e familiares que não
 O Brasil ainda pode deixar de ser conhecido como um impuseram limites aos adolescentes;
país corrupto se NÓS unirmos e usarmos bem nossa  Alternativa (b) incorreta: O termo familiares
arma mais preciosa: o voto. possui função de sujeito;
 Alternativa (c) incorreta: O pronome LHE
 Evitar a 1ª pessoa do singular como não pode ter função de objetos direto (valores
estratégia de polidez ou modéstia: sociais e limites);
 NÓS conseguimos realizar tal feito, pois nos
empenhamos, com muito vigor nesse projeto.  Alternativa (d) incorreta: O termo familiares
possui funções de sujeito;
 Marcar um sujeito ``institucional´´  Alternativa (e) incorreta: O termo família
(representante por alguma instituição): possui função de sujeito.
 NÓS, o BNDES, nos colocamos à disposição
daqueles que querem investir em soluções Ex.: 2: O álcool ganha poder de sedução por meio
realmente eficazes. de propagandas direcionadas ao público jovem
que o associa a situação de poder, conquista, de
 Indicar um enunciador coletivo (de modo belas companhias, velocidade (como evitar que o
vago): motorista bêbados fiquem impunes e continuem a
 Não é verdade que sempre NÓS tacharam de
conveniente com a postura política do nosso país?.
matar no trânsito, Rodrigo, Cardoso, Paulo Rocha,
Michel alecrim e Luciani Gomes. IstoÉ,
 LHE/LHES: Nov.2011.adaptado).
A palavra O, em destaque, substitui a palavra:
 O pronome oblíquo LHE pode ser
a. Álcool;
substituído por ELE (A/S), para ELE (A/S),
b. Meio;
NELE (A/S) ou por qualquer pronome de
c. Jovem;
tratamento após as preposições, (A, PARA,
d. Público;
EM):
 Agradecemos-LHES a ajuda sincera. (agradecemos e. Poder.
a eles)
 A mãe LHE comprou uma boneca? (comprou uma
boneca para você?);
 Deus criou o home e infundio-LHE um espírito
imortal (infundiu no homem).

169
 Alternativa (a) correta: substituindo: o álcool  Alternativa (b) incorreta: Não se inicia a
ganha poder de sedução por meio de oração com pronomes átonos, o correto é:
propaganda direcionada ao público jovem que falaram-nos que a diplomacia;
associa o álcool, a situação de poder,  Alternativa (c) correta: O pronome indefinido
conquista de belas companhias, velocidades; ninguém atrai o pronomes oblíquos átonos
 Alternativa (b) incorreta: Não associa o meio; para antes do verbo, ocorrendo a próclise:
 Alternativa (c) incorreta: Não associa o colocação que antecede o verbo: ninguém o
jovem; informou.
 Alternativa (d) incorreta: não associa o  Alternativa (d) incorreta: Conformado
público; rendeu-se às punições. Não se usa pronome
 Alternativa (e) incorreta: não associa o oblíquo após a vírgula;
poder.  Alternativa (e) incorreta: A conjunção
integrante atrai o oblíquo, todos querem que
Ex.: 3: No ano seguinte à implantação da lei seca, se combata.
quando a fiscalização marcava presença nas ruas
e os veículos de comunicação a divulgavam,
houve uma redução (como evitar que o motorista
bêbados fiquem impunes e continuem a matar no
trânsito, Rodrigo, Cardoso, Paulo Rocha, Michel
alecrim e Luciani Gomes. IstoÉ,
Nov.2011.adaptado).
É CORRETO afirmar que:
a. A palavra a, em destaque, é um pronome e
substitui a palavra rua;
b. A forma verbal divulgaram, deveria estar no
singular, concordando com a palavra
comunicação;
c. A palavra, em destaque, é um pronome e
substitui a palavra comunicação;
d. E forma verbal divulgavam está usada
corretamente, concordando com as palavras
fiscalização e ruas;
e. Correta: A palavra a, em destaque, é um
pronome e substitui a expressão lei seca.
Resposta:
 Alternativa (a) incorreta: Substitui a lei;
 Alternativa (b) incorreta: Concorda com
veículos, plural;
 Alternativa (c) incorreta: Substitui a lei;
 Alternativa (d) incorreta: Concorda com
veículos, plural;
 Alternativa (e) correta: Divulgavam a lei seca.

Ex.: 4: Assinale a alternativa cujo uso do pronome


está em conformidade com a norma padrão da
língua.
a. Não autorizam-nos a ler os comentários
sigilosos;
b. Nos falaram que a diplomacia americana está
abalada;
c. Correta: Ninguém o informou sobre o caso
WikiLeaks;
d. Conformado, se rendeu às punições;
e. Todos querem que combate-se a corrupção.
Resposta:
 Alternativa (a) incorreta: não (advérbio de
negação) atrai o pronome obliquo átono;
ocorre a próclise, não nos autorizaram a lei;

170
Colocação pronominal  Entre a preposição em o verbo no gerúndio:
Trata da adequada posição dos PRONOMES com certas conjunções coordenativas aditivas
OBLÍQUOS ÁTONOS (POA) junto ao verbo. e certas alternativas antes do verbo: NEM,
 Próclise (POA antes do verbo); NÃO SÓ, APENAS. SOMENTE... MAS,
 Ênclise (POA depois do verbo); COMO... TANTO, QUANTO/COMO..., QUE,
 Mesóclise (POA no meio do verbo). OU...OU, ORA...ORA, QUER...QUER... JÁ...,
JÁ...
 Ora me ajuda, ora não me ajuda.
POAs  Não foi nem, se lembram de ir.
O, a, os, as (que viram lo, la, lós, lãs diante de
verbos terminados em r, s e z ou viram no, no,  Orações exclamativas e optativas (exprimem
nas, nos diante de verbos terminados em ditongo desejo).
nasal (exceto os verbos no futuro do indicativo).  Quanto se ofendem por nada, rapazes!
 Deus te proteja, meus filhos, e que bons ventos o
 Comprarão uma casa (comprei-a) / vou comprar uma tragam logo.
casa (vou compra-la) / eles compraram uma casa (eles
compram-na) / eles comprarão a casa (ele comprarão-na,
inadequado).  Com infinitivo flexionado procedido de
preposição:
1. Próclise: É o nome que se dá à colocação  Foram ajudados por nos trazerem até aqui.
pronominal antes do verbo. É usado nestes
casos:  Com formas verbais proparoxítonas:
 Nós lhes desobedecíamos sempre.
 Palavras de sentido negativo antes do
verbo: NÃO, NUNCA, NADA, NINGUÉM,
 Com o numeral ambos:
NEM, JAMAIS, TAMPOUCO, SEQUER etc.  Ambos te abraçaram com cuidado.

 Não se esqueça de mim.


2. Ênclise: É o nome que se dá à colocação
pronominal depois do verbo, ela é
 Advérbio ou palavra denotativa antes do
basicamente usada quando não há fator de
verbo: JÁ, TALVEZ, SÓ, SOMENTE,
próclise, veja:
APENAS, AINDA, SEMPRE, TALVEZ,
 Verbo no inicio da oração sem palavra
TAMBÉM, ATÉ, INCLUSIVE, MESMO etc.
atrativa:
 Vou-me embora daqui.
 Agora se negam a depor.

 Pausa antes do verbo sem palavra atrativa:


 Conjunções e locuções subordinativas antes  Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
do verbo: QUE, SE, COMO, QUANDO,
ASSIM, QUE, PARA QUE, À MEDIDA  Verbo no imperativo afirmativo sem palavra
QUE, JÁ QUE, EMBORA etc. atrativa:
 Quando eu dar o sinal, silenciem-se todos.
 Soube que me negariam.
 Verbo no infinitivo não flexionado sem palavra
 Pronomes relativos antes do verbo: QUE, O atrativa:
QUAL (e variações), CUJO, QUEM,  Machucar-ter não era minha intenção.
QUANTO (e variações), ONDE COMO,
QUANDO.
 Verbo no gerúndio sem palavra atrativa:
 Recusou a proposta, fazendo-se desentendida.
 Identificaram-se duas pessoas que se encontravam
desaparecidos.
3. Mesóclise: É o nome que se dá à colocação
 Pronomes indefinidos antes do verbo: pronominal no meio do verbo (extremamente
ALGUNS, TODOS, TUDO, ALGUÉM, formal); ela é usada nos seguintes casos:
QUALQUER, OUTRO, OUTREM etc.  Verbo no futuro do presente do indicativo sem
palavras atrativas:
 Realizar-se-à, na próxima semana, um grande evento
 Pouco te deram a oportunidade.
em prol da paz no mundo.

 Pronomes interrogativos antes do verbo:  Verbo no futuro do pretérito do indicativo sem


QUE, QUEM, QUAL, QUANDO:
palavra atrativa:
 Não fosse o meu compromisso, acompanhá-la-ia
 Quem te fez a encomenda? nesta viagem.

171
Ex.: 1: Reescreva cada uma das frases seguintes, Pronomes de tratamento
substituindo o termo destacado por um pronome São usados no trato formal, quando não deve ter
pessoal oblíquo átono. intimidade apresentam algumas peculiaridades
a. Entregue seus livros aos colegas: quanto à concordância verbal, nominal e
 Entregue-os aos colegas. pronominal. Embora se refiram a 2ª pessoa
b. Entregue seus livros aos colegas: gramatical, levam a concordância para a 3ª
 Entregue-lhe seus livros. pessoa.
c. Envie seus textos ao editor:  O verbo concorda com o substantivo que
 Envie-os aos editor. integra a locução como seu núcleo sintático:
d. Envie seus textos ao editor:  Vossa SENHORIA nomeará o substituto;
 Envie-lhe seus textos.  Vossa EXCELÊNCIA conhece o assunto.
e. Mostrei o melhor caminho aos turistas:
 Mostrei aos turistas.  Os pronomes possessivos referidos a
pronomes de tratamento são sempre os da 3ª
Ex.: 2: Complete as frases seguintes com a forma pessoa:
apropriada do pronome pessoal da primeira  Vossa SENHORIA nomeará SEU substituto;
 Vossa EXCELÊNCIA levará CONSIGO o documento.
pessoa do singular:
a. Este fichário é para (*) fazer meus
Quanto aos adjetivos referidos a esses
apontamentos:
pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com
 Este fichário é para EU fazer meus
o sexo da pessoa a que se refere, e não com o
apontamentos.
substantivo que compõe a locução. Nosso
b. Discutimos, mas no fim tudo ficou resolvido.
interlocutor:
não há mais nada de pendente entre (*) e ele;
 Discutimos, mas no fim tudo ficou resolvido.
não há mais nada pendente entre MIM e ele.  Se for homem:
 O correto é VOSSA EXCELÊNCIA está atarefado,
c. É difícil para (*) aceitar sua ausência; VOSSA SENHORIA deve estar satisfeito.
 É difícil para MIM aceitar sua ausência.
d. Quem trouxe isto para (*)?  Se for mulher:
 Quem trouxe isto para MIM?  O correto é VOSSA EXCELÊNCIA está atarefada,
e. Não vá sem (*). VOSSA SENHORIA, deve estar satisfeito.
 Não vá sem MIM.
Uso:
 Vossa excelência: Para as seguintes
Ex.: 3: Leia atentamente as frases seguintes. A autoridades: Presidente da república, vice-
seguir, sugira soluções para os problemas presidente da república, governadores,
pronominais que apresentam. embaixadores etc.
a. Querida, gosto muito de si:  Vossa senhoria: Usado para as demais
 Querida, gosto muito de VOCÊ. autoridades e para particulares;
b. Querida, gostaria muito de sair consigo;  Vossa magnificência: Usados por força da
 Querida, gostaria muito de sair COM VOCÊ. tradição, em comunicação dirigida a reitores
c. Falei consigo ontem, não se lembra? de universidade;
 Falei com VOCÊ ONTEM, não se lembra?  Vossa eminência ou reverendíssimo: Em
d. Apesar da distância que nos separa, creia que comunicações aos cardeais;
nunca me esqueço de si.  Vossa alteza: Usado para arquiduques,
 Apesar da distância que nos separa, creia duques e príncipes.
que nunca me esqueço DE VOCÊ. As formas dadas acima são usadas para falar
diretamente com a pessoa. Quando queremos
Perceba a pegadinha. Os pronomes SE, SI, falar delas (e não com elas) trocamos o VOSSA
CONSIGO são de 3ª pessoa, por isso não por SUA:
podemos substituí-lo por TE, TI, CONTIGO, já que  Sua excelência;
estas são de 2ª pessoa.  Sua senhoria.

172
Ex.:1: Está correta a seguinte frase: Pronomes demonstrativos
a. O presidente advertiu vossa excelência para Substituem ou acompanham os nomes, marcam
que não deixeis passar o prazo previsto no a posição temporal ou espacial de um ser em
acordo caso em que sereis responsabilizados relação a uma relação das três pessoas do
legalmente pelo decurso; discurso:
b. Tenho exaurido minhas forças nesse 1ª pessoa: este (a/s), isto;
pretencioso projetos, mas nem que consiga o 2ª pessoa: esse (a/s), isso;
octogésimo lugar no concurso, que é o último 3ª pessoa: aquele (a/s), aquilo.
espero vê-lo analisado; Mesmo(s), Mesma(s):
c. Correta: Já está inserto na obra e trecho em Estas são as mesmas roupas que usei ontem.
que ele afirma acreditar muito na água que Próprio(s), Própria(s):
considera benta, pois diz que, tendo sido Os Próprios meninos fizeram o brinquedo.
benxida em dia de muito fervor, é miraculosa; Semelhante(s):
d. Urge, e ninguém discorda disso, as mediadas Não diga semelhante coisa!
já anunciados m se o secretário dispuser de
imediato de toda a verba prometida, poderá Para demonstrar no espaço
Pronome Usado para Dica
haver problemas mais à frente; Este(s), esta(s), isto O que está próximo a mim Aqui
e. Tratam-se de advertência as mais Esse(s), essa(s), isso O que está próxima a você Ai
singularidades, entre elas a que incita os Aquele(s), aquela(s), aquilo. O que está distante. Lá
cidadãos a que remedeiem por si sós os danos
cuja reparação está legalmente sob o dever do Este livro em minhas mãos foi escrito por aquele
estado. autor sentado na sexta fileira.
Resposta: Essa aliança é de qual casamento seu?
 Alternativa (a) incorreta: O presidente
advertiu vossa excelência para que não Para retomar elementos (pessoas ou coisas)
Pronome Usado para
deixe [ao se usar pronome de tratamento, o Este(s), esta(s) Retomar o elemento mais próximo
verbo deve concordar na 3ª pessoa], caso do pronome.
em que será responsabilizado; Aquele(S), aquela(s) Retomar o elemento mais distante
 Alternativa (b) incorreta: Tenho exaurido [ do pronome.
a palavra exausto é adjetivo] minhas forças
nesse pretensioso projeta. octogésimo; Matemática e literatura me agradam: esta
 Alternativa (c) correta: O nome inserido é desenvolve a sensibilidade, aquela, o raciocínio.
sinônimo de inserida; Percebam que, se caso a ordem for alterada, os
 Alternativa (d) incorreta: Urgem (...) as pronomes, serão alterados também. dependerá
medidas já enunciadas; sempre do contexto.
 Alternativa (e) incorreta: Trata-se [o verbo Literatura e matemática me agradam: aquela
o é transitivo indireto o se é índice de desenvolve a sensibilidade, esta, o raciocínio.
indeterminação do sujeito. se o sujeito
indeterminado, o verbo fica na 3ª pessoa do Para ideias
singular. Pronomes Usado para Dica
Esse(a), isso. Para retomar Anáfora.
ideia.
Este(a), isto. Para citar ideia. Catáfora.

Pronome anafórico: Retoma ideia do período


anterior ou do parágrafo anterior;
Pronome catafórico: Cida ideia. associa o com
inicio dos dois vocábulos.
Ex.:
Espero sinceramente isto: que se procedam as
reformas;
Que as reformas sejam efetuadas logo; é isso que
desejo.

173
Ex.: 1: substitua os asteriscos das frase seguintes Pronome relativo
pelos pronomes demonstrativos adequados. Estabelece uma relação entre uma palavra
a. A grande verdade é (*). foi ele o mentor do antecedente que representa, e aquilo que a seu
plano; respeito se vai dizer na oração que introduz, ou
 A grande verdade é (ESTA). foi ele o mentor que estabelece uma relação entre um nome que
do plano = catáfora. determina um antecedente.
b. Embora tenha sido o mentor do plano, ele  O homem que veio aqui ERA o presidente;
nunca admitia (*) fato;  Ninguém QUE esteve no Brasil desapontou-se;
 ALI, onde você mora, não é o melhor lugar do mundo.
 Embora tenha sido o mentor do plano, ele
O qual, a qual, os quais, as quais.
nunca admitia (ESSE) fato = anáfora. Variáveis Cujo, cuja, cujos, cujas.
c. Ninguém conseguiu provar sua culpa. Diante Quanto, quantos, quanta, quantas.
(*), o júri teve de absolvê-lo; Que;
 Ninguém conseguiu provar sua culpa. Invariáveis Quem;
Onde.
Diante (DISSO), o júri teve de absolvê-lo =
anáfora.
d. O país atravessa um momento delicado (*)  QUE (Invariável): Refere-se às pessoas ou
crise parece não ter fim; coisas. É substituível pelo variável QUAL.
 As mulheres, QUE (=as quais) são geniosas por
 O país atravessa um momento delicado natureza, permanecem ótimas;
(ESSA) crise parece não ter fim = anáfora.  Para rimar, o mengão, QUE (=o qual) sempre será meu
e. Compramos um programa capaz de gerenciar time de coração, é pentacampeão;
os dados armazenados em nosso  Os dois QUE (=os quais) você ajudou, já estão
recuperados.
microcomputador. Um programa (*) é
indispensável ao bom desempenho do
equipamento.  QUEM: Refere-se à pessoa ou a algo
 Compramos um programa capaz de personificado. A preposição precederá o
gerenciar os dados armazenados em nosso relativo quem, exceto se o verbo ou um nome
microcomputador. Um programa (DESSE) é da oração subordinada adjetiva exigir outra
indispensável ao bom desempenho do preposição.
 A justiça a QUEM devo obediência é meu guia;
equipamento. = anáfora.  Eis o homem a QUEM mais admiro;
 Conheci uma musa, por QUEM me apaixonei.

 CUJO: Pronome adjetivo que vem entre dois


nomes substantivos explícitos, entre o ser
possuidor (antecedente) e o ser possuído
(consequente). Concorda em gênero e número
com o nome consequente. O qual geralmente
difere do antecedente. Nunca vem precedido
ou seguido de artigo, é por isso que não há
crase antes dele. Equivale à preposição de +
antecedente se invertida a ordem dos termos.
 O Flamengo, CUJO passado é glorioso, continua
alegrando;
 O telefone, CUJA invenção ajudou a sociedade, é útil;
 Vi o filme CUJAS cenas você se referiu.

Quem Usado apenas para pessoas.


Concorda com o termo posterior
Cujo e indica posse e não admite artigo, apenas
preposição.
Usado para retomar lugar e pode ser substituído
Onde por em quem, no qual, na qual, nas quais, nos
quais.

 ONDE (Invariável): Aparece com antecedente


locativo real ou virtual. Substituível por EM
QUE, NO QUAL. Pode ser antecedido, pelas
preposições A, DE, POR e PARA. Aglutina-se
com a preposição A tornando-se AONDE, e
com a preposição de, tornando-se DONDE.

174
 A cidade ONDE (=em que / a qual) moro é linda; Pronome interrogativo
 O sítio para ONDE (=em que / a qual) voltei evocava
várias lembranças; Os pronomes QUE, QUEM, QUAL e QUANTOS,
 O lugar DONDE retornei não era tão bom quanto são particularmente interrogativos porque são
aqui. usados para formular interrogação direta ou
indireta:
 QUE foi isso?
 QUANTO (Variável): Aparece após os  Quero saber QUEM foi?
pronomes tudo, todo e tanto seguido ou não  QUEM é esse rapaz?
de substantivo ou pronome.  Quero saber QUEM é esse rapaz?
 Ele encontrou tudo QUANTO procurava;  QUAL o melhor itinerário?
 Bebia toda a cerveja QUANTO lhe ofereciam;  Quero saber QUAL é o melhor itinerário?
 Explico tantas vezes QUANTAS se podem esperar.  QUANTO custa?
 Quero saber QUANTO custa?
 COMO (Invariável): Precedido pelas palavras
modo, maneira, forma e jeito. Equivale à pela Variáveis Quanto, quanta, quantos,
qual, normalmente. quantas, qual e quais.
 Acertei o jeito COMO fazes as coisas; Invariáveis Que, quem e
 Encontramos o modo COMO resolver a questão; Onde.
 A maneira COMO você se comportou é elogiável.
 São os pronomes indefinidos que, quem, qual,
 QUANDO Invariável: Retoma antecedente e quanto, usados nas interrogações (direta ou
que exprime valor temporal equivale a em que. indireta).
 Ele era do tempo QUANDO (=em que) se amarrava  QUEM precisa de um novo Fidel?
cachorro pelo rabo;
 É chegada a hora QUANDO (=em que) todos devem se
 Nesse caso, o pronome indefinido quem está
destacar. inserido numa frase interrogativa direta: com
ponto de interrogação.
Ex.: 1: Assinale a alternativa em que o pronome  Desconheço QUEM organizou a festa.
relativo sublinhado tem seu antecedente
incorretamente indicada. Pronome indefinido
a. O projeto consiste num complexo prisional Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa
suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as do discurso de forma vaga, imprecisa ou genérica.
tentativas de fuga.
b. Correta: Devido à altura potencialmente fatal Na escola
Na escola de treinamento para homem-bomba, todos os
de uma queda e à visibilidade que o fugitivo alunos estão reunidos, muito concentrados na aula, quando o
teria aos olhos dos pedestres na parte de professor explica:
baixo./queda. -Olha aqui, vocês prestem muita atenção, porque eu só vou
c. A cadeia ainda teria espaços para manter um fazer uma vez.
campo de agricultura, onde os detentos
poderiam trabalhar.../campo. Perceba que todos carrega uma ideia de
d. O teórico social Jeremy Bethan projetou uma indefinição ou quantidade definida? Logo, é um
instituição que maneira todas as células num pronome indefinido.
local circular.../instituição.
e. Outra solução criativa foi pensada e realizada Locuções pronominais indefinidas: Grupos de
na Austrália, onde um centro de detenção foi vocábulos com valor de pronome substantivo
elaborada.../Austrália. indefinido.
 Cada qual, cada um, quem quer que, seja quem for, seja
Resposta: qual for, tudo o mais, todo mundo, um ou outro, nem um
 Alternativa (a) incorreta: O (ISSO) + que nem outro, qualquer um, fosse quem fosse.
(O QUAL)= pronome demonstrativo + A mudança de posição de alguns indefinidos
pronome relativo ordem direta: ISSO (O) poderá mudar ora sua classe, ora seu sentido.
dificultaria as tentativas;  Qualquer mulher merece respeito. (sentido generalizado,
 Alternativa (b) correta: Ordem direta; o pronome indefinido);
 Ela não é uma mulher qualquer. (sentido pejorativo,
fugitivo teria aos olhos a altura e a pronome indefinido);
visibilidade. Não se refere à queda;  Algum amigo te traiu (sentido genérico, impreciso,
 Alternativa (c) incorreta: Os detentos pronome indefinido).
poderiam trabalhar na cadeia = onde;
 Alternativa (d) incorreta: Uma instituição
manteria todas as celas = sujeito;
 Alternativa (e) incorreta: Um centro de
detenção foi elaborado na Austrália=onde
(lugar).

175
 Todo: No singular e junto de artigo ou  Minha mulher não anda com roupas indecentes (só tem
uma mulher)
pronome demonstrativo, significa inteiro, sem  Mulher minha não anda com roupas indecentes
artigo, significa qualquer. No plural, sempre (qualquer mulher dele).
indica fatalidade.
 TODA mulher é bonita (qualquer mulher)
 Alessa mulher TODO é bonita (e mulher inteira)
 O pronome possessivo seu (e variação) pode
 TODOS os prédios desta cidade têm cinco andares. causar ambiguidade:
 O PM prendeu o bandido em sua casa (na casa de
quem?)
 NENHUM varia normalmente quando  João, Maria e seu filho saíram. (filho de quem?)
anteposto ao substantivo:  Jose contou-me que Rute perdeu seus documentos e
 Não havia NENHUMA fruta na cesta. ficou desesperado (documento de quem)

 O pronome indefinido OUTRO junto de artigo  O artigo definido é facultativo antes dos
pode mudar de sentido. pronomes adjetivos possessivos, mas dos
 OUTRO dia fui visita-lo (tempo passado); pronomes substantivos possessivos, o artigo é
 Fui visitá-lo no OUTRO dia (tempo futuro=no dia-
obrigatório.
seguinte).
 Gosto de meu trabalho/ gosto do meu trabalho/ gosto
de meu trabalho, mas não do teu.
 O pronome CADA pode ter valor discriminativo
ou intensivo: Ex.: 1:
 Em CADA lugar, há diversidade de beleza; Nunca precisamos de adjetivos para distingui-
 Tu tens CADA mania.
los dos astrolábios...
A forma pronominal acima, em negrito, será
 O vocábulo UM pode ser artigo indefinido, também encontrada numa das frases abaixo,
numeral ou pronome substantivo indefinido: quando o termo nela sublinhado for substituído
 Nunca deixou de ser UM bom homem (artigo
indefinido); pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é:
 Ele é só UM, deixe-o em paz, covarde! (numeral). a. Correto: Reconheceram o valor do auxiliar e
indicaram o jovem para a promoção;
b. Convocou todos os funcionários para
Pronome possessivo agradecer a eles a especial colaboração;
Os pronomes possessivos estabelecem relação c. O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário
de posse entre seres e conceitos e pessoas do com coragem;
discurso: d. Viu o filho da vizinha e não o cumprimentou
1ª pessoa meu, minha/nosso; menino pelo seu aniversário;
2ª pessoa teu, tua/vosso; e. Sabia que os nadadores estariam lá e
3ª pessoa seu, sua. realmente chegou a encontrar os rapazes.
Resposta:
Eles variam em gênero e número com o  A alternativa (a): INDICAR pede o
substantivo que se ligam ou a que se referem. O complemento objeto direto (o jovem), mas a
pronome possessivo, como todo pronome, faz conjunção E atrai o pronome oblíquo e resulta
referência às pessoas do discurso, mas concorda na forma E O INDICAM.
em gênero e número com mulheres, o pronome  Alternativa (b): agradecer A ALGUEM: verbo
substantivo possessivo MEUS refere-se à 1ª transitivo indireto: agradecer-lhes.
pessoa do discurso, mas concorda em gênero e  Alternativa (c): TEM ENFRENTADO = A
número com seu referente: ENFRETAM, sugiro que sempre substitua os
 Os pronomes de tratamento exigem os dois verbos por um para facilitar a
possessivos na 3ª pessoa: classificação do verbo (quem enfrenta,
 Vossa senhoria deve encaminhar suas reivindicações enfrenta alguém = V.T.D);
ao diretor.  Alternativa (d): CUMPRIMENTAR é
transitivo direto, mas o advérbio de negação
 Em algumas construções, os pronomes não atrai o pronome oblíquo: não o
pessoais oblíquos assumem valor de cumprimentou.
possessivos:  Alternativa correta: letra (e). O pronome
 Vou seguir-lhe os passos (vou seguir os seus pessoal oblíquo, LOS, possui função sintática
passos).
 Apertou-me as coxas (apertou as minhas coxas).
de objeto direto (distinguir alguém); o verbo
encontrar (transitivo direto) também exige
como complemento o objeto direto.
 Mudanças de posição podem gerar mudanças
Encontrar os rapazes = encontrar alguém:
de sentido:
 Envio tuas fotos ainda hoje (foto tirada por mim) encontrá-los.
 Envio fotos tuas ainda hoje (fotos em que estou
presente)

176
VERBO  Vogal temática (VT): Vem após o radical por
Verbo são palavras variáveis que indicam ação motivo eufônico (boa pronúncia) ou para
(caminhar), estado (ser), fenômeno da natureza liga-los, formando o tema. Não há VT na 1ª
(amanhecer), processos naturais (morrer), pessoa do singular do presente do indicativo e
processos mentais (estudar) etc. Normalmente em nenhuma flexão do presente do subjuntivo.
indica uma ação ou um processo, mas pode  Eu amO;
indicar estado, mudança de estado ou fenômeno  Espero que ele voltE;
 Espero que ele bebA.
natural, sempre dentro de uma perspectiva
temporal.
 O aluno ESTUDOU muito (ação/passado); Desinências verbais (DV)
 A aluna ESTÁ feliz (estado/presente) Existem as:
 A aluna VIROU professora (mudança de 1. DESINÊNCIAS MODO TEMPORAIS (DMT´s):
estado/passado). Marcam a flexão do verbo para indicar as
noções de:
1. Morfologicamente: O verbo varia em MODO,  Modo:
TEMPO, NÚMERO e PESSOA, segundo a  Certeza: fato (modo INDICATIVO);
gramática tradicional. As quatro primeiras  Incerteza: hipótese (modo SUBJUNTIVO);
flexões combinadas formam o que chamamos  Ordem: Manda (modo IMPERATIVO).
de CONJUGAÇÃO VERBAL para atender às
necessidades dos falantes, o verbo muda de Modo
forma à medida que variamos a ideia de modo, É a forma como o verbo se apresenta na frase
tempo, número e pessoa. para indicar uma atitude da pessoa que usou. O
 Um verbo varia quando ele sai de sua forma verbo ESTÁ se encontra numa determinada
nominal infinitiva terminar em: forma, indicando certeza a afirmação, convicção,
 –AR (amAR), -ER (vendER), -IR (partIR).
constatação este é o modo INDICATIVO.
 Se comermos um hambúrguer e gostarmos,
2. Sintaticamente: O verbo tem um papel exclamamos: como isso aqui ESTÁ gostoso!
importante dentro da frase; sem ele não há
orações na língua portuguesa, pois o verbo é o A forma, o modo, a maneira como o verbo se
núcleo do predicado. apresentar mudou em relação ao do indicativo
 Toda vez que eu PENSO em você, SINTO uma coisa para expressar outra ideia que o falante quer
diferente. passar, a saber: Dúvidas, suposição, incerteza,
possibilidade, este é o modo SUBJUNTIVO.
Os vocábulos PENSO e SINTO, indicam uma  Se estamos comendo com vontade dizemos; Espero
ideia de ação e percepção. Variam em modo, que ESTEJA gostoso mesmo.
tempo, número, pessoa ``saindo´´ de sua
forma nominal; ambos os verbos estão na Nesta frase, o verbo pode indicar sugestão,
primeira pessoa do singular do presente do ordem, pedido, este verbo encontra no modo
indicativo. Funcionam como núcleo do IMPERATIVO, o modo de ordem, de pedido, de
predicado verbal, como núcleo das orações. sugestão, de exortação, de advertência, de
súplica.
Estrutura verbal  COMA este hambúrguer, você não vai quere outro.
Na conjugação de um verbo, ocorre a
combinação de alguns elementos, como os a. Modo indicativo: Os verbos no modo
seguintes: indicativo aparecem em orações coordenadas
 Radical VOGAL TEMÁTICA (VT); , mas podem aparecer nas orações
 Tema: DESINÊNCIA MODO TEMPORAL subordinadas também. O modo indicativo é
(DMT) dividido nos seguintes tempos:
 DESINÊNCIA NÚMERO PESSOAL (DNP).  Presente: É usado para expressar um fato
Esses elementos verbais podem sofrer algumas que ocorre no momento que se fala.
mudanças na forma, chamadas de ALOMORFIA.  Guilherme ESTÁ cansado.
 Radical: É à base do verbo, cujo sentido está  Descreve um fato permanente: A terra GIRA
nele embutido. Sem este morfema, o verbo em torno do sol.
não existe.  Expressa um hábito: Fernando ESTUDA aos
 Não POSSo DEIXar que isso OCORRa. domingos.
  Conferir realidade a falas passadas: Em
Radical POSS-, DEIX-, e OCORR-, 1500 Cabral DESCOBRE o brasil.
São os RADICAIS dos verbos PODer, DEIXar e  Indicar futuro próximo: VOU amanhã para
CORRer. Deles, só o radical de poder (POD-) Búzios.
sofreu modificação (POSS-), chamado de
alomorfia.
177
 Pretérito imperfeito: Pode ser usado para  Pretérito imperfeito: Expressa uma ação
expressar, fatos repetidos habituais no posterior a outro fato na oração principal:
passado:  Duvidei que ele TERMINASSE o trabalho;
 Quando ERA pequena, BRINCAVA de boneca;  Gostaria que você TROUXESSE as crianças.
Pode expressar também ideia de condição ou
As duas ações que estão no pretérito imperfeito desejo:
 Se ele VIESSE ao clube participaria do campeonato.
indicam fatos frequentes no passado. Uma ação
que estava ocorrendo quando outra aconteceu:
 Pedro TOMAVA banho quando o telefone TOCOU.  Futuro: Indica uma ação eventual, que pode
ocorrer ou não, num momento futuro:
Temos duas orações pretéritas, a ação TOMAR  Quando ele VIER à loja, levará as encomendas.
BANHO é durativa, enquanto que a ação de o
TELEFONE TOCOU é instantânea, estando, no c. Modo imperativo: Quando aparecem verbos
pretérito perfeito. denotando ordem, pedido, desejo, súplica,
 PRETENDÍAMOS ir até sua casa, mas não foi possível. temos o modo imperativo, que se formam das
seguintes formas:
 Pretérito perfeito simples: Expressa um fato  Afirmativo: TU e VÓS: Retirada do presente
que começou e terminou no passado, próximo do indicativo com a supressão do S final.
 FALA (tu), FALAI (vós).
ou distante.
 Conversei com Andreia HOJE (passado próximo); Você, nós e vocês: Retiradas do presente do
 Em 1990 (passado distante). subjuntivo sem alteração:
 Fale (você), falemos (nós), falem (vocês).
 Pretérito mais que perfeito: é usado, para
expressar um fato já terminado antes de outro  Negativo: Conjugação igual á do presente do
no passado: subjuntivo, acrescentando-se a negativa
 Ele já ESTUDARA quando sua namorada ligou. antes da forma verbal.
 Não fales tu, não fale você, não falemos nos, não falei
vós, não falem vocês.
Observe que há duas ações no passado: a ação
de estudar ocorre antes da ação de ligar, daí ela
Tempo
vir no pretérito mais-que-perfeito.
 Futuro do presente: É usado nas seguintes O tempo indica o momento em que se dá o fato
situações: Para indicar um fato futuro em expresso pelo verbo. Existem três no modo
relação a outro no passado: indicativo (presente, passado (pretérito) e
 Ele DISSE que FARIA todos os deveres. futuro), mas só o passado e o futuro apresentam
subdivisões:
Esse é o uso comum do futuro do pretérito: ele a. Presente: Faz referência a fatos que se
aqui vem combinado ao pretérito perfeito –DISSE- passam ou se estendem ao momento em que
e indica uma ação futura, posterior à outra no falamos:
passado para expressar duvida ou incerteza.  Do indicativo: Indica ação que acontece no
 Quem ESTAVA lá? momento da fala:
 Ele ESTUDA de manhã e trabalha à tarde.
Percebemos que tanto o futuro do presente  Canta, cantar, canto, cantamos, cantarei, cantam.
quanto o futuro do pretérito podem, indicar dúvida,
incerteza. Para denotar desejo, em tom polido:  Do subjuntivo: Indica hipótese, dúvida:
 GOSTARIA de um café?  Que nós ESTUDEMOS todas as manhãs.
 Que eu cante, cante, cante, cantemos, canteis,
cantem.
Observe que, poderíamos até usar um verbo no
presente do indicativo –ACEITA UM CAFÉ- mas a b. Passado: Faz referência a fatos anteriores ao
frase perderia seu tom polido, educado. momento em que falamos é subdividido em:
 Cantava (imperfeito, ação prolongada);
b. Modo subjuntivo: Expressa um fato incerto,  Cantei (perfeito ação concluída);
duvidoso ou até irreal. Suas principais  Cantara (mais-que-perfeito ação passada em relação
subdivisões são: a outra ação também passada).
 Presente: Pode indicar semanticamente
presente ou futuro: c. Futuro Enuncia um fato que ocorre no
 É apenas que eles ESTEJAM doentes (possibilidade momento após em que se fala:
no presente);  Eu cantarei, quando eu cantar.
 Espero que CHOVA (hipótese no futuro).  Pretérito: Enuncia um fato anterior em
relação ao momento em que se fala.
 E eu cantara, eu cantei, eu cantava, se eu cantasse.
 Presente: Enuncia um fato que ocorre no
momento em que se fala:
 Eu canto, que eu cante...
178
Ex.: 1: Complete as lacunas, colocando o verbo b. Voz sintética: Constitui-se do verbo principal
no tempo e modo pedidos. na 3ª pessoa + partícula apassivadora SE.
a. Que me conste, ainda ninguém____o seu  Comeu-se a banana;
próprio delírio...  Comeram-se bananas;
 Colheu-se a rosa.
 (Relatar –Pretérito perfeito do indicativo-
Relatou).
3. Voz reflexiva: Ocorre quando o sujeito, ao
b. Antes de iniciar este livro____ construído pela
mesmo tempo, prática e sofre a ação verbal, é
divisão do trabalho.
agente e paciente, executa e recebe a ação
 (Imaginar –Pretérito imperfeito do indicativo-
expressa pelo verbo.
Imaginei).  Âni cortou-se com a faca;
c. Nesse tempo eu não____mais nela...  O macaco feriu-se;
 (Pensar -Pretérito imperfeito do indicativo-  Maria cortou-se.
Pensava).
d. Não sendo meus costumes dissimular ou Conjugação dos verbos
esconder nada,____andar. Conjugar um verbo é fazê-lo passar por todas as
 (Cantar -Futuro do presente do indicativo- modificações que denotam o modo, o tempo, a
Cantarei). pessoa, o numero e a voz.
e. O barulho urbano___amortecido aqui no quinto A conjugação é constituída de radial (ou radicais)
andar. acrescido de características modais e temporais e
 (Chegar –Pretérito imperfeito do indicativo- de desinências pessoais e numéricas (flexões)
Chegava).
Conjugação e verbos regulares
Voz Tempo simples: terminações dos tempos
Trata-se da reação existente entre o verbo e o simples e formas nominais:
sujeito de uma mesma oração. Indica se o sujeito  1ª conjugação: tema em a: andAr;
está participando ou sofrendo a ação expressa  2ª conjugação: tema em e: movEr;
pelo verbo. São três:  3ª conjugação: tema em i: partIr.
1. Voz ativa: Ocorre quando o sujeito prática a Para conjugar qualquer verbo regular, teremos,
ação verbal, é o agente, executa a ação apenas que ajustar seu radical as terminações da
expressa pelo verbo: respectiva conjugação (1ª, 2ªe 3ª).
 Âni comeu a deliciosa maçã;
 Eles saíram;
 O macaco comeu a fruta.
Modo indicativo
 Todos os alunos ouviram aquela musica.
Todos os aluno Sujeito
Ouviram V.T.D
Aquela musica Objeto direto

2. Voz passiva: Ocorre quando o sujeito sofre a


ação verbal, é o paciente, receptor da ação
expressa pelo verbo.
 A deliciosa maçã foi comida pela Âni;
 Comeu-se a deliciosa maçã.

Temos dois tipos de voz passivas a ANALÍTICA e


a SINTÉTICA:
a. Voz analítica: Constitui-se da locução verbal
formada pelo verbo auxiliar + verbo principal
no particípio. Os auxiliares usados são SER ou
IR.
 A fruta FOI comida pelo macaco;
 A rosa SERÁ colhida por Maria;
 O santo IA carregado pelos fiéis.

SER + particípio:
 Aquela musica foi ouvida por todos os alunos.
Aquela musica Sujeito paciente
Foi ouvida Ser + particípio
Por todos os alunos Agentes da passiva.

179
Modo subjetivo Tempos derivados do presente do indicativo
 Presente do subjuntivo: Substitui-se a
desinência –O da 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo pela desinência –E (nos
verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência –
A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

 Imperativo:
Imperativo afirmativo: Tira-se do presente do
indicativo a 2ª pessoa do singular (TU) e a
segunda pessoa do plural (VÓS) eliminando-se o
S final. As demais pessoas são retiradas, sem
alteração do presente do subjuntivo.

Imperativo negativo: Forma-se o imperativo


negativo, inserindo a negação as formas do
presente do subjuntivo.

Ex.: 1: Na frase [O homem] deixou de exercer sua


força perante uma força maior, há o seguinte
pressupostos acionado linguisticamente pelo verbo
deixar.
a. Correta: No passado, o homem exerceu sua
força perante uma força maior;
Modo imperativo b. O homem é por natureza um ser que procura
impor-se pela força;
c. O homem esperto sabe que pode exercer sua
força perante o mais fraco;
d. Nos dias atuais, o homem busca varias formas
de exercer seu poder sobre os demais.
Resposta:
 Alternativa (a) correta: se ele deixou de
exercer sua força perante uma força maior
significa que anteriormente ele exerceu;
 Alternativa (b) incorreta: não há relação com
o verbo destacado, muito menos com força
física;
 Alternativa (c) incorreta: não há comparação,
apenas ideia de tempo;
 Alternativa (d) incorreta: sem relação com o
verbo destacado.

Ex.: 2: A locução verbal, foram implementados,


corresponde à forma implementaram-se.
( ) certo ( ) errado.
 Certo: implementaram-se: voz passiva
sintética (V.T.D + se). foram implementadas:
voz passiva analítica (ser + particípio).

180
Ex.: 3: Considerando as flexões verbais nos c. Não revelarão nenhuma das identidades;
enunciados e considerando as flexões verbais nos d. Não são revelados nenhuma das identidades;
enunciado e considerando a formalidade da língua, e. Correta: Não revelaram nenhuma das
assinale a alternativa correta. identidades;
a. A policia federal não interviu no caso da Resposta:
guerrilha urbana, porque entendeu não ser de  Alternativa (a) incorreta: Presente do
sua competência; indicativo;
b. Se este verão trazer mais chuvas, teremos  Alternativa (b) incorreta: Pretérito perfeito
haver enchentes Brasil a fora; do indicativo;
c. Em qualquer ramo da atividade humana,  Alternativa (c) incorreta: Futuro do presente
sempre evocaram bons e maus profissionais; do indicativo;
d. Correta: Especialistas recomendam que  Alternativa (d) incorreta: Presente do
respeitamos a natureza se não quisermos indicativo;
legar desastres irreparáveis a nossos filhos;  Alternativa (e) correta: Era a revelavam:
e. A adoção de políticas mais severas em nova pretérito imperfeito do indicativo: ações
Iorque redeu a onda de crimes que assolava a prolongadas.
cidade.
Resposta:
 Alternativa(a) incorreta: interveio = vir, veio;
 Alternativa (b) incorreta: trouxa;
 Alternativa (c) incorreta: houve;
 Alternativa (d) correta: que respeitamos:
presente do subjuntivo-dúvida, quisermos:
pretérito imperfeito do subjuntivo condição. 2. DESINÊNCIAS NÚMEROS-PESSOAIS
 Alternativa (e) incorreta: redeve = ter, teve. (DNP´s): Marcam a flexão dos verbos para
indicar as noções de quantidades (número) e
Ex.: 4: Com o verbo no futuro, a frase Eu vou emissor (1ª pessoa), receptor (2ª pessoa),
andar 10km, deve ser reescrita da seguinte forma: referente (3ª pessoa). Vem após as DMT´s,
a. Eu andava 10km não há DNP´s em todos os tempos e modos.
b. Correto: Eu andarei 10KM; Radical Estud Bat Sorr
c. Eu tenho andado 10km; VT A E I
d. Eu ando 10km; Tema Estuda Bate Sorri
e. Eu andara 10km. DMT Sse Re Ra
Resposta: DNP Mos Mos Mos
 Alternativa (a) incorreta: Altera o tempo
para o pretérito imperfeito;
 Alternativa (b) correta: Vou andar equivale
uma ação futura andarei;
 Alternativa (c) incorreta: Passa para o
tempo composto (ter + particípio);
 Alternativa (d) incorreta: Alterna o tempo
para o presente do indicativo;
 Alternativa (e) incorreta: Altera o tempo
para pretérito mais que perfeito do indicativo.

Classificação
 Regulares: Possuem as desinências normais
de sua conjugação e cuja flexão não provoca
Ex.: 5: Mantendo-se o mesmo modo e tempo alterações no radical.
verbal, a oração: Nenhuma das identidades era  Canto, cantei, cantarei, cantava, cantasse.
reveladas. Pode ser reescrita da seguinte forma:
a. Não se tem revelado nenhuma das  Irregulares: A flexão provoca alterações no
identidades; radical ou nas desinências.
 Faço, fiz, farei, fizesse.
b. Não se revelou as identidades nenhuma;
181
 Defectivos: Não apresentam conjugação  Cacarejar: galinha;
 Coaxar: sapo;
completa.  Cricrilar: grilo.
 Colorir, computar, falir.

 Pessoais: não apresenta algumas flexões


 Auxiliares: Fazem parte da formação dos
por motivos morfológicos ou eufônicos.
tempos compostos e das locuções verbais.  Falir, computar.
 Ser, estar, ter e haver.
Anômalos: São aqueles que incluem mais de um
 Abundantes: Possuem mais de uma forma radical em sua conjugação. Os clássicos são os
com o mesmo valor. Geralmente, esse verbos SER e IR, acrescentamos o PÔR e
fenômeno costuma ocorrer no particípio, em SABER.
que, além das formas regulares terminadas em Ir Vou Vais Ides Fui Foste.
,-ADO ou -IDO, surgem as chamadas Por Ponho Pus Pôs Punha.
FORMAS CURTAS (particípio irregular). Ser Sou És Fui Foste Seja.
 Fritar: frito, fritado. Saber Sei Saber Soube Saiba.
 Prender: preso, prendido.

 Pronominais: São aqueles verbos que se e. Auxiliares: São aqueles que entram na
conjugam com os pronomes oblíquos átonos formação dos tempos compostos e das
ME, TE, SE, NOS, VOS, SE, na mesma locuções verbais. O verbo principal, quando
pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade acompanhado de verbo auxiliar, é expresso
(pronominais acidentais) ou apenas numa das formas nominais:
 Infinitivo;
reforçando a ideia já implícita no próprio  Gerúndio;
sentido do verbo (reflexivos essenciais).  Particípio.
 Abster-SE, ater-SE, apiedar-SE, atrever-SE, dignar-
se, arrepender-se.
Os dois verbos podem ser substituídos por um, e
o verbo que desaparece é o auxiliar.
 Essenciais: Sempre se conjugam com os
Farei Prova.
pronomes oblíquos ME, TE, SE, NOS, VOS e
Vou Fazer Prova.
SE. Verbo Verbo principal
 Abster-SE, ater-SE, apiedar-SE, atrever-SE, dignar- auxiliar no infinitivo
SE, arrepender-SE, etc.
Chega A hora da aula.
 Acidentais: Verbo transitivo diretos em que a Está chegando A hora da aula.
ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto Verbo Verbo principal
representado por pronome oblíquo da mesma auxiliar no gerúndio
pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma
ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, Nós cumprimentamos os aprovados
forma a VOZ REFLEXIVA. Os aprovados Foram Cumprimentados Por nós
 Eu me arrependo; tu te arrependes; ele se Verbo Verbo principal no
arrepende; nós nos arrependeis, eles se auxiliar Particípio.
arrependem.

d. Defectivos: Verbos que não apresentam


conjugação completa. Classificam-se em
impessoais, unipessoais e pessoais.
 Impessoais: Não possuem sujeito.
Normalmente, são usados na 3ª pessoa do
singular. Os principais são:
 Haver: quando o sinônimo de existir,
acontecer, realizar-se ou fazer, ser e estar
(quando indicam tempo).
 Fazer: ser e estar (quando indicam tempo).
 Todos os verbos que indicam fenômenos
da natureza são impessoais:
 Chover, ventar, nevar, gear, trovejar.

 Unipessoais: Possuem sujeito e são


conjugados apenas nas terceiras pessoas, do
singular e do plural. Entre os unipessoais
estão os verbos que significam vozes de
animais:
 Bramar: tigre;
 Bramir: crocodilo;
182
 Auxiliares de tempo composto: Formam o
tempo composto dos verbos (ter/haver +
particípio).
 Espero que tenha/haja começado o jogo;
 Se nós tivéssemos/houvéssemos vibrado mais,
talvez conquistaríamos a copa.

 Auxiliares de aspecto: Precisam o momento


em que ação verbal se realiza:
 Passou/começou/pôs-se a estudar (início);
 Estou para (por) estudar (iminência);
 Fiquei/ando/estou (a) escrever/escrevendo venho/
vou escrevendo (continuidade).

 Auxiliares de modo (modais): Precisam o


modelo como a ação verbal se realiza ou deixa
de se realizar, os valores semântico dos
verbos variam no contexto discursivo.
 Tinha/havia de estudar, preciso (de) estudar
(obrigação, necessidade, dever);
 Posso estudar (possibilidade, capacidade,
permissão);
 Você pode começar a pagar a divida, se não vai
preso! (obrigação/imposição).

Locução verbal
É um grupo de verbos que tem uma só unidade Exemplo 1: Está inteiramente adequada a
de sentido, como se fosse um só verbo. Formada correlação entre os tempos e os modos verbais da
por verbo auxiliar + verbo principal, a locução frase:
verbal representa uma só oração dentro da frase. a. Os prefácios correriam o risco de serem inúteis
Para reconhecer uma locução verbal, note que os caso tenham sido escrito segundo as
verbos têm de se referir ao mesmo sujeito. instruções convencionais;
 Vou estudar: quem vai? Eu. Quem estudará? Eu. b. Correto: Houve enorme interesse pela leitura
 de prefácios e os editoriais certamente
Logo, se ambos os verbos se referem ao mesmo cuidariam que fossem mais criativos;
sujeito, estamos diante de uma locução verbal. c. Quando se fizesse glosa de frase de um
grande autor deve=se citar a fonte original:
Auxiliar e principal esse é um dever ético;
Um verbo é chamado de AUXILIAR porque ele d. Caso o autor viesse a infirmar tanta o nome
colabora (auxiliar/ajuda) com a formação de uma do grande poeta como o da frágil poetisa,
locução verbal, concorda em número e pessoa muitas o acusarão de indiscreto;
com sujeito, nunca variando os verbos auxiliares e. Menos que seja objeto de preconceito, um
carregam aspectos ou durações diversas no bom prefacio sempre resistiria aos critérios de
processo verbal ampliando o sentido do verbo um crítico rigoroso;
principal. Resposta: (b).
O verbo PRINCIPAL é aquele que carrega  Alternativa (a): caso tivessem;
consigo o significado principal da locução e a  Alternativa (c): quando se fizer;
noção de predicação verbal.  Alternativa (d): acusariam ou venham;
 Auxiliares da voz: Forma a voz passiva (ser,  Alternativa (e): resistirá.
estar, ficar, viver, andar, ir, vir + particípio):
 Fomos vistos por ela; Exemplo 2: Transpondo-se para a voz passiva a
 Estive, vencido pelo cansaço, mas agora é frase vou glosar uma observação de Machado
diferente;
 O mestre ficou rodeado de alunos. de Assis, a forma verbal resultante deverá ser:
a. Terei glosado;
b. Seria glosada;
c. Haverá de ser glosado;
183
d. Correta: Será glosada; arrumadEIRA, O lavradOR = lavradEIRA, O
e. Terá sido glosada. trabalhadOR = trabalhadEIRA.
 Resposta (d): Encontre o objeto direto da
ativa, faça a transposição e acrescente o  O sufixo EIRA pode indicar qualidade,
verbo ser no tempo em que está o verbo portanto, adjetivação:
 Mulher trabalhadEIRA, pessoa faladEIRA.
principal da ativa: uma observação de
Machado de Assis será glosada = sujeito
 Alguns substantivos com terminação E
paciente + verbo ser no futuro do P.I +
podem fazer o feminino mudando a
particípio do verbo principal + agente da
terminação para A.
passiva.  O infantE = InfantA, O governantE = A governantA, O
 Alternativa (a): Além de alterar o tempo, elefantE = A elefantA.
acrescentou-se o verbo ter e isso não pode
ocorrer;  Substantivos terminados em ÊS, L e Z
 Alternativa (b): O tempo foi alterado para fazem o feminino com o acréscimo de A.
futuro do pretérito do indicativo (condição);  O freguÊS = A freguesA, O oficiaL = oficialA, O juiZ =
 Alternativa (c): Se na ativa temos um verbo, JuizA.
na passiva teremos dois, já que
acrescentaremos apenas o verbo ser.  Há ainda substantivos que são masculinos
eliminado facilmente; ou femininas, conforme o sentido com que
 Alternativa (e): Mais uma vez há três verbos. se acham usadas.
 A cabeça (parte do corpo)/O cabeça (O chefe), A
grama (relva)/O grama (unidade de peso).

 Número: Os nomes de modo geral admitem a


flexão de número em: singular e plural.
Flexão verbal e nominal f. Plural dos substantivos simples: aos
São morfemas colocamos no final das palavras substantivos terminados em vogal, ditongo
para indicar flexões verbais ou nominais. Podem oral e consoante N devem ser acrescidos a
ser: consoante S ao final da palavra.
 Nominais: Indicam gênero e número de  HerÓI = HeróiS;
nomes (substantivos, adjetivo, pronomes,  IrmÃO = IrmãoS.
 PlânctoN = PlânctonS.
numerais).
 Casa-casAS, gato-gatA.
g. Aos substantivos que terminam em
 Gênero: Os substantivos masculinos são consoantes M devem ser acrescidos aos
antecedidos pelo artigo O: consoantes NS ao final da palavra.
 O lança-perfume, O tapa, O champanha, O dó, O  AbordageM = AbordageNS;
diabetes.  ModelageM = ModelageNS;
 HomeM = HomeNS.
Os substantivos têm duas formas uma para o
h. Aos substantivos que terminam com as
masculino, e outro para o feminino. São os
consoantes R e Z devem ser acrescidos ES
substantivos biformes. Regras de formação do
ao final da palavra.
feminino:  HambúrgueR = HamburguerES;
 Substantivos terminados em O mudam para  Chafariz = ChafarizES;
A.  ColheR = COLHERES.
 O sapO = A sapa, O canáriO = A canáriA, O pilotO = A
pilota. i. Nos substantivos terminados em AL, EL, OL,
UL deve ser substituído a consoante L por IS.
 Substantivos terminados em ÃO mudam  GirassOL = GirassóIS;
para à outros para AO e ainda para ONA  VogAL = VogaIS;
(aumentativo).  AzuL = AzuIS;
 O capitÃO = A capitÃ, O telÃO = A tecelÃ/tecelONA, O  MaL = MalES;
chorÃO = A chorONA.  CônsuL = ConsulES.

 Substantivos terminados em OR formam o j. Os substantivos que terminam em IL são


feminino com o acréscimo de A. pluralizados de duas formas:
 O doutOR = DoutorA, O coletOR = coletorA, O  Em palavras oxítonas terminadas em IL:
trabalhadOR = trabalhadorA, O arrumador = a  AnIL = Anis;
184
 JuvenIL = JuveniS.

 Em palavras paroxítonas terminal em IL:


 InútiL = InúteiS;
 RéptIL = RéptEIS.

k. Os substantivos terminados em consoantes S


fazem o plural de duas formas.
 Em substantivos monossilábicos ou
oxítonos, há o acréscimo de ES.
 Paz = Pazes;
 Algoz = Algozes.

 Os substantivos paroxítonos ou
proparoxítonos são invariáveis:
 Férias = Férias;
 Ônibus = Ônibus.

l. Os substantivos terminados em ÃO podem


ser pluralizados de três formas:
 Substituindo o ÃO por ES:
 DoaçÃO = DoaçÕEs;
 EmoçÃO = EmoçÕES.

 Substituindo o ÃO por ÃES:


 Alemão = Alemães;
 Pão =Pães.

 Substituindo o ÃO por ÂOS:


 CidadÃO =CidadÃOS;
ADVÉRBIO
Os substantivos terminados em X são invariáveis. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
 CórteX = CortéX. sentido do verbo, do adjetivo e do próprio
advérbio. Modifica o verbo exprimindo uma
circunstância (tempo, lugar, modo) pode ainda o
 Verbais: Indicam número, pessoa, tempo e
modo dos verbos. Existem dois tipos de advérbio modificar o adjetivo ou outro advérbio. E
desempenha na oração a função de adjunto
desinências verbais: Flexões estas
adverbial.
relacionadas a pessoa: indica as três pessoas  Aqui tudo vai bem (lugar e modo);
relacionadas tanto no modo singular, quanto  Hoje não irei lá (tempo, negação e lugar);
no plural.  O aluno talvez não tenha redigido muito bem (duvida,
 Número: Representa a forma pela qual o negação, intensidade e modo).
verbo se refere a essas pessoas gramaticais.
O advérbio é constituído por palavra de natureza
nominal ou pronominal unitária, a um adjetivo e a
um advérbio (intensificador), ou a uma declaração
inteira.
 João escreve bem (advérbio em referência ao verbo);
 José é muito bom escritor (advérbio em referência ao
advérbio bem);
 José escreve muito bem (Advérbio em referência ao
advérbio bem).

Distribuímos os advérbios em assinalar a posição


temporal (tempo) ou espacial do falante (lugar) ou
ainda o modo pelo qual se visualiza o estado de
coisas designadas na oração combinações com
advérbios: Advérbios há o de tempo e lugar que
marcam melhor sua função ou designação
mediante o uso de uma preposição.
 Por agora, estão encerrados os trabalhos;
 Perto cedo, já havia compradores de ingressos;
 De longe, já se viam as chamas.

185
 Quando, expressa circunstâncias:
Diferença de advérbio e locução adverbial:  Quando você volta?
Advérbio. Uma palavra. Ontem.
Locução É um conjunto de palavras que De modo Grau de advérbio
Adverbial. pode exercer a função de advérbio. Algum. São consideradas palavras invariáveis, pois não
sofrem flexão de gênero e número. Porem, alguns
Diferença entre o advérbio, pronome indefinido sofrem flexão de grau como os adjetivos.
e adjetivo:
Advérbio Ligado ao verbo e Estudei muito= Grau comparativo:
invariável estudamos muito.
Adjetivo Qualifica e varia O livro é caro=  De igualdade: Na formação do comparativo
(gênero e normal) os livros são caros. de igualdade, usamos o tão antes do advérbio
Pronome Sentido vago Estudamos muitas horas. e o como ou quanto depois:
indefinido  Os alunos chegarão tão cedo quanto os professores.

Conforme a circunstâncias que expressam, os  De superioridade: Na formação do


advérbios classificam-se em: comparativo de superioridade, usamos o mais
 Modo: Às pressas, à vontade, à vista, em antes do advérbio e o que ou do que depois:
silêncio, de cor, ao acaso etc.  Os alunos chegaram mais cedo do que os
 Tempo: À noite, de manhã, à tarde, em breve, professores.
de vez em quando etc.;
 Lugar: Ao lado, de longe, por ali, à direita, de  De inferioridade: Na formação do
cima etc.; comparativo de inferioridade, usamos o menos
antes do advérbio e o que ou do que depois:
 Afirmação: Com certeza, sem dúvida etc.;  Os alunos chegaram menos cedo do que os
 Negação: de modo nenhum, de forma alguma, professores.
etc.;
 Quantidade/intensidade: Muito, demais,
bastante, pouco, menos, tão etc.
 Duvida: talvez, provavelmente, possivelmente,
quiça. Grau superlativo: Pode ser analítico ou sintético.
Locução adverbial Analítico: Formado com auxilio de um advérbio de
Uma locução adverbial é um conjunto de uma ou intensidade:
mais palavras que desempenham a função de um  Cheguei muito cedo à escola ontem.
advérbio. Geralmente é formada por:
Sintético: é formado pelo acréscimo do sufixo ao
Preposição + substantivo/adjetivo/advérbio.
advérbio:
A preposição, funcionando como transpositor
 Cheguei cedissimo à escola ontem.
prepara o substantivo para exercer uma função
que primeiramente não lhe é próprio:
 Preposição + substantivo = na verdade;
Ex.: 1: Analise os advérbios em destaque,
 Preposição + adjetivo = de novo; classificando-os de acordo com as circunstância
 Preposição + advérbio = por aqui. que a eles se referem.
a. HOJE fomos surpreendidos com a chegada
 Modo: Às pressas; à vontade, à vista, ao dos visitantes; Tempo.
acaso; grande parte dos vocábulos terminados b. NÃO me incomodo com sua impaciência;
em MENTE: alegremente, calmamente, Negação.
afobadamente etc. c. TALVEZ eu compareça ao seu aniversário;
 Tempo: À noite, de manhã, à tarde, em breve; Dúvida.
 Lugar: Ao lado, de longe, por ali, à direita, de d. Estamos MUITO contentes com sua
cima; aprovação; Intensidade.
 Afirmação: De modo nenhum, de forma e. ALEGREMENTE Pedro se despediu de sua
alguma; família. Modo.
 Quantidade/intensidade: De pouco, de todo.
Ex.: 2: Os advérbios em MENTE das alternativas
Advérbios interrogativos abaixo designam a mesma circunstância, exceto
As palavras ONDE, COMO, QUANDO, usadas em:
em frases interrogativas, são chamadas advérbios a. Os soldados combateram estoicamente até a
interrogativos: morte;
 Onde, expressa circunstância de modo: b. Os fiscais sugerirão ironicamente que os
 Onde você mora?; candidatos fossem submetidos a outro exame;
 Quero saber onde você mora. c. Correto: Possivelmente haverá nova
 Como, expressa circunstância de modo: oportunidade; (incerteza).
 Como se chega a casa de José?;
 Não sei como ele fez isso.
186
d. No momento da discussão, alguns convidados
saíram sutilmente sem se despedirem.

PREPOSIÇÃO
Preposição é a palavra invariável que liga duas
outras palavras, estabelecendo relações de
sentido ou de dependência:
 A loja de José fica na vila Mariana.

A preposição DE relaciona JOSÉ e LOJA,


indicando uma relação de posse. Essa relação é
do tipo subordinativo, ou seja, entre os
elementos ligados pela preposição não há sentido
de expressão é dependente da união de todos os
elementos que a preposição vincula.
 Os candidatos de São Paulo falavam sobre a prova.

As preposições ligam termos, subordinam-nos. O


termo que antecede a preposição é chamado de
regente e o termo posposto é chamado regido.
As preposições são palavras invariáveis, pois não
sofrem flexão de gênero, número ou variação em
grau como os nomes, nem de pessoa, número,
tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. Em
varias situações as preposições se combinam a
outras palavras da língua e, assim, estabelecem
uma relação de concordância em gênero e
número com essas palavras às quais se ligam.

Classificação
Classificamos as preposições de duas formas.

 Essenciais: São palavras que funcionam só


como preposição:
 A, ante, após e até;
 Com, contra;
187
 De, deste.
Em + pronomes demonstrativos:
 Acidentais: São palavras de outras classes  Em + este(s) = neste(s);
gramaticais, que em certas ocasiões  Em + esta(s) = nesta(s);
 Em + esse(s) = nesse(s).
funcionam como preposição.
 Conforme, consoante, segundo, durante, mediante,
como, etc.  Crase: a fusão de vogais idênticas:
 A + artigos definidos femininos:
Locução prepositiva  A + a(s) = às;
É um conjunto de duas ou mais palavras fazendo  A + aquele(s) = àquele(s);
 A + aquela(s) = àquela(s).
a ligação entre dois termos:
 Abaixo de;
 Acima de; Ex.: 1: Assinale a alternativa em que a preposição
 Acerca de; estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase
 A fim de; matriz:
 Além de;
a. Criaram-se a pão e água.
b. Desejo todo o bem a você;
Combinação, contração e crase c. A julgar por esses dados, tudo está perdido;
As preposições A, DE, EM e POR, quando unidas d. Correto: Andei a colher alguns frutos do mar;
a certas palavras, formam um só vocábulo. e. Ao entardecer, estarei ai.
 Combinação: a preposição não sofre
mudanças.
m. A + artigos definidos masculinos:
 Eles foram AO cinema;
 As meninas voltaram AOS seus quartos.

CONJUNÇÃO
É a palavra invariável que liga duas orações
entre si, dentro da mesma oração, liga dois termos
 A + onde (advérbio interrogativo/pronome entre si independentes.
relativo):
 Aonde você foi? Classificação
 Sempre quis conhecer a cidade aonde você foi nas Podem ser coordenativas ou subordinativas.
férias passada. coordenadas ligam orações independentes
sintaticamente e subordinadas ligam orações que
 Contração: A preposição sofre algumas possuem dependência sintática.
mudanças:
 De + Artigos:
 De + O(s) = do(s); Aditivas;
 De + A(s) = da(s); Adversativas;
 De + um(s) = dum; Coordenadas Alternativas;
 De + uns = duns; Conclusivas;
 De + uma(s) = duma(s).
Explicativas.
Subordinadas Integrantes;
 De + pronomes pessoais: Adverbiais.
 De + ele(s) = dele(s);
 De + ela(s) = dela(s).
Conjunção coordenativa
 De + pronomes demonstrativos: Conjunções que ligam duas orações ou dois
 De + este(s) = deste(s); termos, sendo que ambos os elementos ligados
 De + esta(s) = desta(s); permanecem independentes entre si. As
 De + esse(s) = desse(s);
 De + essa(s) = dessa(s).
conjunções coordenativas subdividem-se em:
 Aditivas: ligam pensamentos similares ou
De + pronomes indefinidos: equivalentes. Principais conjunções:
 De + outro = doutro(s);  E, nem, mas também, senão, ainda...
 De + outra = doutra(s).  Radegondes não veio NEM ligou.

 De + advérbio:  Adversativas: ligam pensamentos similares


 De + aqui = daqui; que contrastam entre si. Principais
 De + aí = daí; conjunções:
 De + ali = dali.  Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, não
obstante etc.
 Em + artigos:  Ela saiu, MAS voltará logo.
 Em + o(s) = no(s);
 Em + a(s) = na(s).

188
 Alternativas: ligam pensamentos que se realização da ideia expressa na oração principal,
excluem ou se alternam. Principais embora seja contrário àquela ideia. Principais
conjunções: conjunções:
 Ou, ou... Ou, ora... Ora, já... Já, quer... quer etc.  Embora, ainda que, mesmo que, posto que.
 Você lavará a louça, OU limpará o quarto.  Ela está sorrindo, EMBORA se sinta triste.

 Conclusivas: Ligam duas orações, sendo que  Condicionais: Ligam duas orações, sendo
a segunda encerra a conclusão ou dedução de que a segunda expressa uma hipótese ou
um raciocínio. Principais conjunções: condição.
 Logo, portanto, por conseguinte por consequência, Principais conjunções:
pois (após o verbo da oração). etc.  Se, caso, salvo se, desde que, a menos que, contanto
 Ela estuda bastante, LOGO terá boas notas. que etc.
 Ela ficará feliz, SE você visitá-la.
 Explicativos: Que ligam duas orações, sendo
que a segunda se apresenta justificando a  Conformativos: Ligam duas orações, sendo
anterior. Principais conjunções: que a segunda expressa circunstancia de
 Pois, porque, que, porquanto etc. conformidade ou modo.
 Ela não irá à festa, PORQUE haverá prova no Principais conjunções:
mesmo dia.  Como, segundo, conforme etc.
 Tudo aconteceu SEGUNDO havia previsto a
cartomante.

Conjunções subordinativas  Consecutivas: Ligam duas orações, sendo


São as que ligam duas orações, sendo que a que a segunda diz a consequência de uma
segunda é sujeito, complemento ou adjunto da intensidade expressa na primeira.
primeira. A primeira é oração subordinativa Principais conjunções:
subdividem-se em integrantes e adverbiais.  (Tão)... que, (tal)...que, (tamanho),,, que, (tanto)... que
etc.
Integrantes: São as que ligam duas orações,  Ela estudou tanto QUE foi a primeira colocada no
sendo que a segunda é sujeito ou complemento concurso.
da primeira. Principais conjunções: QUE, SE.
 É necessário QUE ela se case.  Finais: Ligam duas orações, sendo que a
 Eu não sei SE o rapaz fará o trabalho.
segunda expressa circunstância de finalidade.
Principais conjunções:
 Adverbiais: São as que ligam duas orações,  Para que, a fim de que, que, porque:
sendo que a segunda é adjunto adverbial da  Ele estudou, A FIM de passar no concurso.
primeira, ou seja, a segunda expressa
circunstancia de finalidade, modo,  Proporcionais: Ligam duas orações, sendo
comparação, proporção, tempo, condição, que a segunda expressa fato que decorre ao
concessão, causa ou consequência. As mesmo tempo que outra, em relação de
conjunções subordinativas adverbiais proporção. Principais conjunções:
subdividem-se em:  À medida que, à proporção que, tanto mais, quanto
n. Causa: Ligam duas orações, sendo que a mais etc.
segunda contém a causa, e a primeira o  À MEDIDA QUE os convidados chegavam, o baile
ficava mais animado.
efeito.
Principais conjunções:
 Porque, visto que, quanto, já que, como etc.;  Temporais: Ligam duas orações, sendo que a
 Ela saiu mais cedo, JÁ QUE não havia mais trabalho a segunda expressa circunstancia de tempo.
fazer. Principais conjunções:
 Quando, enquanto, apenas, mal logo que, depois que,
Comparativas: Ligam duas orações, sendo que a antes que, até que, que etc.
 Ela sorriu, QUANDO me viu.
segunda contém o segundo termo de uma
comparação. Principais conjunções:
 Como, (tal)...tal, (menos)... Do que (mais)... Do que, Ex.: 1: Nas frases seguintes, identifique as
(tal)... Qual etc. preposições e indique o sentido da relação que
 As meninas eram lindas COMO anjo. estabelecem:
a. Não se deve ir à praia ao meio dia!
Concessivas: Ligam duas orações, sendo que a  A = lugar / a = tempo.
segunda contém um fato que não impede a  Passei o dia à toa; à noite, senti-me vazio;
 A = modo / a = tempo.
189
b. Com o não reagir ante tanta desfaçatez;
 Ante = lugar conotativo.
c. Varias pessoas seguiam após eles;
 Após = lugar.
d. Após alguns minutos, resolvi intervir;
 Após = tempo.
e. Estou decidido: agora, vou até o fim!;
 Até = limite.
f. As discussões estão suspensas, até segunda
ordem.
 Até = limite.

NUMERAL
O numeral indica a quantidade absoluta
(cardinal), quantidade fracionada (fracionária),
quantidade multiplicativa (multiplicativa) e
ordem, sequencial, posição (ordinal) de coisas
ou pessoas. O numeral é uma classe variável
em gênero e número é um determinante que
acompanha o substantivo (numeral adjetivo) ou
substitui (numeral substantivo).
 Numerais cardinais: Em gênero e numero
variam em gênero são:
Um = uma; dois = duas.
 Só um aluno e uma aluna da turma passaram na prova.

 Numerais ordinais: Variam em gênero e


número:
 Primeiro, primeira, primeiros, primeiras.

 Numerais multiplicativos: Variam em gênero


e em número quando acompanham
substantivo.
 Os saltas e piruetas triplas daquela ginasta deixam-nos
de queixo caído.

 Numerais fracionários: variam em gênero e


número:
 Um quarto, dois quartos, duas quartas, trinta e quatro
avos...

O numeral é um termo que funciona como


adjunto adnominal quando acompanha um
substantivo; quando substitui o substantivo, tem
função substantiva.
 UMA cerveja é pouco, DUAS é bom, TRÊS é... bom
demais.

190
 Os vocábulos uma, duas e três. Indicam
quantidade absoluta, logo são cardinais. Com relação às datas podemos ou não usar aos,
Variaram os dois primeiros, de forma: a ou em:
 Uma cerveja... duas é bom...  A presidenta tomou posse 2 de janeiro de 2011;
 A presidenta tomou posse a 2 de janeiro de 2011;
 A presidenta tomou posse em 2 de janeiro de 2011;
O primeiro numeral é adjetivo, pois acompanha  A presidenta tomou posse aos 2 de janeiro de 2011;
um substantivo e os demais são numerais  A presidenta tomou posse no dia 2 de janeiro de
substantivo, pois substituem um substantivo 2011.
(cerveja); Funcionam como adjunto adnominal (o
primeiro) e como sujeito (o segundo e o terceiro). Não se usa o ponto entre os numerais quando
estes designam datas. Nos demais casos, o ponto
Classificação deve ser colocado entre centenas e milhares.
 Escrevi isto no dia 13 de junho de 2012;
Nossos numerais são de origens árabes, por isso  A gramática tem mais de 1.500 questões
é algarismo arábicos, também temos romanos: comentadas.
Arábicos:
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10...100; Leitura: Separando os números em centenas e,
Romano: no inicio, também de dezenas ou unidade. Entre
I, II, III, IV, V, VI, VIII, IX e XX. esses conjuntos usam-se vírgulas, as unidades
ligam-se pela conjunção E.
Numerais coletivos: indicam o número exato de  1.203.726: um milhão, duzentos e três mil, setecentos
seres ou objetos de um conjunto, flexionando em e vinte e seis;
 45.520: quarenta e cinco mil quinhentos e vinte.
número, quando necessário:
Dúzia, cento, milhas, par e milheiro.

Uso: Na designação de soberanos, (reis,


príncipes, imperadores), papas, séculos, livros e Ex.: 1: Cardinais ou ordinais?:
partes de uma obra (capítulo, parágrafo, tomo a. Luiz XVI; Dezesseis, oitavo, sexto;
etc). b. Henrique VIII; Oitavo;
Quando o numeral é posposto ao substantivo, c. Dom João VI; Sexto.
usam-se os numerais ordinais até o décimo daí
em diante, devem-se usar os cardinais. Se estiver Ex.: 2: Os ordinais referentes aos números 80,
anteposto, o ordinal é obrigatório: 300, 700 e 90 são, respectivamente.
 Ao papa Paulo VI (sexto); João Paulo II (segundo), Bento a. Octagésimo, trecentésimo,
XVI (dezesseis); septagentesimo, nongentésimo;
 Este livro é o 10º (décimo); b. Octogésimo, trecentésimo,
 O rei Luiz XV (quinze); septuagésimo, nonagésimo;
 Após o parágrafo IX (nono);
 O V (quinto). c. Octingentésimo, tricentésimo,
septuagésimo, nonagésimo/
Em textos legais, na linguagem jurídica, os artigos, d. Octogésimo, tricentésimo, septogésimo,
incisos, decretos, portarias, regulamentos e nongentésimo.
parágrafos numerados até nove são lidos como
ordinais, do número dez em diante, são lidos Ex.: 3: Identifique se o termo destacado é
como cardinais. Alem disso, flexiona-se o numeral numeral ou artigo indefinido.
em gênero para identificação da página e folhas, a. Você só tem uma vida, cuide bem dela;
preferencialmente. Se estiver anteposto, o ordinal b. Ele não fala uma palavra de chinês;
é obrigatório. c. Aqueles invasores podem representar
 Antes do artigo 10 (dez) vem o artigo 9º (nono); uma ameaça para os índios;
 O 22º (vigésimo segundo) decreto. d. A decomposição desse material pode
demorar um século.
Na identificação de casas, apartamentos, e. Resposta: Numeral, artigo, artigo,
páginas, que não em meio jurídico usam-se os numeral.
cardinais. se antepostos usa-se cardinal.
 Moro na casa seis da vila;
 Leia, por favor, na página três a sinopse;
 Dia quatro de setembro é meu aniversário.

Em relação ao primeiro dia do mês, deve-se usar


o ordinal:
 Rio de janeiro, 1º de dezembro de 2012.
191
CONCORDÂNCIA
A concordância diz respeito à conformidade de
palavras que mantêm relação entre si.
Concordância é a correspondência de flexões
existentes entre dois termos, ou mais, de uma
oração, como entre verbo e sujeito, entre
substantivo e adjetivo.
A concordância é o processo sintático segundo o
qual certas palavras se combinam. Essa
combinação formal se chama flexão, e se dá
quanto a gênero e numero, nos nomes; e pessoa
e número nos verbos. Daí a divisão:
1. Concordância nominal;
2. Concordância verbal.

CONCORDANCIA VERBAL
Trata da adequada flexão, em número e pessoa,
de um verbo com seu sujeito. Ou seja: sujeito no
singular=verbo no singular, sujeito na 3ª pessoa =
verbo na 3ª pessoa... E por aí vai...
Você me faz Feliz
Sujeito Verbo
Pronome 3ª Verbo 3ª
Pessoa pessoa
do singular do singular

Musica e literatura fazem Bem à alma


Sujeito composto Verbo
2 núcleos: Verbo 3ª
3ª pessoa pessoa do
do plural plural.

E certos casos, o verbo pode concordar com o


termo mais próximo do sujeito. Dizemos que,
nesses casos, há uma concordância verbal
atrativa.
192
 Conquistou O ALUNO E A ALUNA a tão sonhada  Sujeito simples constituído de pronome
vaga de analista judiciário.
relativo QUE: o verbo concorda com o
É obvio que o verbo poderia concordar com os referente do pronome relativo:
dois núcleos do sujeito composto:
 Fui eu QUE escrevi a carta;
 Fostes vós QUE escreveste a carta;
 Conquistaram O ALUNO E A ALUNA a tão  Não serão os meninos QUE farão esse trabalho.
sonhada vaga de analista judiciário.

 Sujeito simples constituído do pronome


Concordância do sujeito simples
relativo QUEM: O verbo concorda com o
Sujeito simples é aquele que possui apenas um referente do pronome relativo ou com o próprio
núcleo, então o verbo concordará em pessoa e pronome relativo (3ª pessoa do singular).
número com esse núcleo:
 O chefe da seção PEDIU maio assiduidade;  Fui eu QUEM escrevi a carta;
 A violência DEVE ser combatida por todos;  Fui eu QUEM escreveu a carta;
 Os servidores públicos do ministério da fazenda  Fostes vós QUEM escrevestes a carta;
DISCORDARAM da proposta.  Fostes vós QUEM escreveu a carta;
 Não serão os meninos QUEM farão esse trabalho;
Particularidades:  Não serão os meninos QUEM fará esse trabalho.
 Sujeito simples constituído de substantivo
coletivo + determinante: Verbo concorda
com o coletivo ou com o determinante:

 O bando VOOU;
 Bando de aves VOOU;
 O bando de aves VOARAM.

 Sujeito simples constituído de expressão Silepse de pessoa


quantitativa + determinante: Verbo concorda
É possível, usar o sujeito na 3ª pessoa do plural e
com a expressão quantitativa com o
o verbo na 1ª pessoa do plural. Isso é a
determinante:
concordância ideológica, ou irregular (silepse):
 A maioria das pessoas VIAJOU para o sul do país;
 A maioria das pessoas VIAJARAM para o sul do  Os culpados seremos punidos;
país;  Os alunos estudiosos fomos aprovados no concurso;
 Todos somos a pátria;
 A maior parte das alunas FALTOU;
 A maior parte das alunas FALTARAM. Silepse de número
Com as expressões quantitativas distantes do
 Sujeito simples constituído de nome verbo, podemos concordar o verbo com a ideia de
próprio no plural: Sem artigo e verbo no plural transmitida pela expressão quantitativa:
singular, com o artigo, verbo concorda com o
artigo:  Esperavam por ajuda: sem comida, sem água, sem
abrigo, a multidão desabrigada pela chuva;
 A maioria chegou cedo, com as cestas cheias de
 Alpes FICA na Europa;
guloseimas, espalharam tudo sobre lindas toalhas e
 Os Alpes FICAM na Europa;
foram brincar, aproveitando a deliciosa manhã.
 Estados Unidos DOMINA o mundo;
 Os Estados Unidos DOMINAM o mundo. Concordância do sujeito composto
Sujeito composto é aquele que possui dois ou
 Sujeito simples constituído de pronome mais núcleos, então o verbo concordará em
indefinido plural + pronomes pessoais NÓS pessoa e número com esse núcleo:
ou VÓS: o verbo pode concordar com o
pronome indefinido ou com o pronome  A MENINA e o MENINO saíram;
pessoal:  As JOIAS e os DÓLARES desapareceram;
 Iremos ao mercado VOCÊ e EU.
 Alguns de nós FARÃO o trabalho;
 Alguns de nós FAREMOS o trabalho;  Sujeito composto constituído de pessoas
gramaticais diferentes: O verbo vai para o
 Quais de vós SERÃO os premiados?
 Quais de vós SEREIS os premiados?
plural e para pessoa que tiver a primazia,
nesta ordem: 1ª pessoa tem prioridade sobre
 Muitos de nós PARTICIPARÃO das competições. 2ª e 3ª, 2ª e 3ª são equivalentes.
 muitos de nós PARTICIPAREMOS das competições.
 PASCOALINA e EU fomos ao mercado;
193
 TU e EU viajaremos para o sul do país;  ACREDITA-SE em marcianos.
 ELE e EU não fizemos a prova;
 ELE, TU e EU seremos amigos para sempre; Concordância da oração sem sujeito
 TU e ELE sereis amigos para sempre.
Oração sem sujeito é aquela que trata de
 Sujeito composto pospostos ao verbo: O fenômenos que independem da participação/ação
verbo fica no plural, concordando com o de qualquer ser. Como não há sujeito, o verbo da
conjunto, ou concorda com o núcleo que frase deve ficar sempre na 3ª pessoa do singular.
estiver mais próximo: Os verbos dessas orações são chamados de
verbos impessoais.
 Chegaram o PRESIDENTE e seus MINISTROS;
 Chegou o PRESIDENTE e seus MINISTRO.  Com verbos que expressas fenômenos
naturais:
 Na semana passada, estivemos aqui TU e EU;
 Na semana passada, estiveste aqui TU e EU.  NEVOU em várias cidades do sul do país;
 RELAMPEJOU muitas vezes seguidas;
 Sujeito composto constituído de termos  CHOVEU durante quarenta dias.
 Com verbos ESTAR e FAZER indicando tempo
sinônimos ou quase sinônimos: Quando os meteorológico ou cronológico:
sinônimos formam um todo indivisível, ou  ESTÁ muito calor hoje;
simplesmente se reforça, a concordância é  ESTÁ tarde!
facultativa no singular ou no plural:  FAZ dias frios aqui!
 FARÁ noites quentes no próximo verão.
 A SOCIEDADE, o POVO se une para construir uma
nação mais justa;
 A SOCIEDADE, o POVO se unem para construir
uma nação mais justa;
 AMOR e PAIXÃO move o mundo;
 AMOR e PAIXÃO movem o mundo.  Com o verbo HAVER expressando
 Sujeito composto constituído de formas em existência ou acontecimento:
 Havia muitos conhecidos na festa de ontem;
graduação: O verbo vai para o plural ou  Haverá aqui amanhã vários carros para revisão
concorda com o núcleo mais próximo: mecânica;
 Há duzentas alunos no pátio esperando a visita do
 Um mês, um ano, uma década da ditadura não calou A presidente do clube;
VOZ do povo;  Houve comemoração pelos 456 anos da cidade.
 Um mês, um ano, uma década de ditadura não calaram
A VOZ do povo. Casos especiais
 Verbos PARECER + INFINITIVE: O verbo
 DESPERTADOR, BANHO e CAFÉ ajuda a acordar;
 DESPERTADOR, BANHO e Café ajudam a acordar.
PARECER é o único verbo auxiliar da língua
portuguesa que pode transferir para o principal
 Sujeito composto resumido por pronome: O a flexão de numero:
verbo concorda com o pronome resumitivo:  As meninas parecem sorrIR para mim;
 Desvios, fraudes, roubos, tudo acontecia naquela
 As meninas parece sorriREM para mim;
cidade;
 Jocarte, pascoalina, padegondes, NINGUÉM foi à
 As estrelas parecerão brilhAR mais, se você vier me
festa;
visitar esta noite;
 Jocarte, pascoalina, padegondes, TODOS foram à
 As estrelas parecerá brilharEM mais, se você vier me
festa.
visitar esta noite.

Concordância do sujeito indeterminado


 Com os verbos DAR, BATER e SOAR. Podem
Sujeito indeterminado é aquele que não se concordar com a praticante da ação ou, na
conhece, sabe-se que existe um praticante da ausência deste, com as expressões de tempos
ação verbal, mas não se consegue definir quem da frase, que passam a ser o sujeito dos
ou o que. Há duas formas de se construir uma verbos:
frase com sujeito indeterminado:
 Com verbo na 3ª pessoa do plural, sem  A torre da igreja DEU três horas;
sujeito expresso:  Na torre da igreja, DERAM três horas;
 O relógio BATEU cinco horas;
 ROUBARAM o meu carneiro;  No relógio, BATERAM cinco horas.
 ATIRARAM uma pedra na minha janela.
 Com a expressão HAJA VISTA: a palavra
 Verbo na 3ª pessoa do singular + SE índice vista é invariável. o verbo pode sofrer
de indeterminação do sujeito: variações de acordo com: Expressão não
seguidas de preposição, o verbo HAVER
 PRECISA-SE de moças; pode variar ou não:
194
 HAJA VISTA o caso;
 HAJAM VISTA os casos.

Expressão seguida de preposição, o verbo


haver não varia:

 HAJA VISTA ao caso;


 HAJA VISTA aos casos.

 Com sujeito oracional: O verbo que tem


como sujeito uma oração fica na 3ª pessoa do
singular:

 Espera-se que as meninas tragam as tortas;


 Aos alunos cabe resolver as questões.

 Verbo SER impessoal: O verbo ser pode ser


impessoal: nesse caso, haverá concordância
especial.
Na expressão de distancia, concorda com o
adjunto adverbial de distancia:

 Daqui à praia são 100 quilômetros;


 Daqui à praia é um quilometro;
 Do planalto ao congresso são duzentos metros.
 Na expressão de tempo, concorda com o
núcleo do adjunto adverbial de tempo: CONCORDÂNCIA NOMINAL
É chamada de concordância nominal a relação
 É dia 13 de julho; de combinação que se estabelece entre:
 São 13 de julho; Substantivo e adjetivo, artigos, pronomes e
 É uma hora; numerais. Os nomes flexionam-se em:
 É bem mais de uma hora. 1. Gênero:
2. Masculino e feminino.
 As expressões de peso, medida ou 3. Número:
quantidade invariáveis: 4. Singular e plural.
Os termos determinantes da oração (artigo,
 Quinze quilos de arroz é pouco;
 Cinco metros de tecido é muito; pronome, numeral e adjetivo) sempre
 Trezentas pessoas é suficientes para a produção na acompanham um nome (substantivo ou pronome
fábrica. substantivo). Assim, os determinantes terão as
mesmas características de gênero que os
 A partícula expletiva, ou de realce, É QUE é substantivos e pronomes substantivos.
invariável: A concordância entre determinantes e os nomes
é obrigatório:
 Eu é que fiz o bolo;
 Nós é que fizemos o bolo.  As minhas duas belas primas chegaram.

A base da concordância nominal é o substantivo


PRIMAS. O artigo AS, o pronome MINHA, o
numeral DUAS e o adjetivo BELAS variam em
gênero e numero para concordar com o
substantivo PRIMAS.

Concordância do adjetivo
Dois ou mais substantivos determinantes por um
adjetivo:
Adjetivo posposto: Quando o adjetivo posposto
se refere a dois ou mais substantivos, concorda
com o ultimo ou vai facultativamente para o plural,
no masculino, se pelo menos um deles for
masculino; ou para o plural no feminino, se todos
eles forem femininos.
195
 Homem e mulher bela ⟶ homem e mulher belas;  Anexo, só, junto, incluso, excluso, próprio,
 Mulher e homem belo ⟶ mulher e homem belos. quite, obrigado. São adjetivos e concordam
com o substantivo a que se referem:
 Ternura e amor humano ⟶ ternura e amor humanos;
 Amor e ternura humano ⟶ amor e ternura humanos.
 Anexar, seguem as fotos solicitadas;
 Em anexar, seguem as fotos solicitadas;
Adjetivo anteposto: Quando o adjetivo anteposto  Estas enviam anexos ao pacote os documentos do
se refere a dois ou mais substantivos, concorda divorcio;
com o mais próximo.  Eu estas quite com o banco;
 Nos estamos quites com o banco.
 Belo homem e mulher;
 Bela mulher e homem.  O mais/menos (adjetivo) possível: Existem
as seguintes possibilidades de concordância.
 Humana ternura e amar; O artigo (o/a) que inicia a expressão, assim
 Humana amar e ternura.
com a palavra POSSIVEL, deve concordar em
gênero e número com a palavra a que se
Um substantivo determinado por dois ou mais
refere:
adjetivos. Quando dois ou mais adjetivos se
referem a um substantivo, temos duas opções:  Quero dez pães os mais claros possíveis;
 Substantivo no singular: Coloca-se artigos  Comprei doze rosas as mais abertas possíveis;
nos adjetivos, a partir do segundo:  Quero duas respostas aos menos ambíguos possíveis.

 Estudo a língua inglesa, a portuguesa e a alemã.


 Ele detém o poder material e o espiritual.
 A expressão o MAIS/MENOS...POSSÍVEL
deve se manter no masculino singular,
 Substantivo no plural: Basta acrescentar os independentemente da palavra a que se liga:
adjetivos:
 Quero dez pães claros o mais possível;
 Estudo as línguas inglesa, portuguesa e alemã;  Comprei doze rosas mais abertas possível;
 Ele detém os poderem material e espiritual.  Quero duas resposta as menos ambíguas possível.

 Substantivo usado como adjetivo: Se a  Menos, alerta, pseudo: são palavras


palavra que funciona como adjetivo for um invariáveis:
substantivo, ficará invariável.
 Os escoteiro devem estar sempre alerta;
 Ele comprou ternos cinzas e camisas rosa;  Houve menos reclamações dessa vez;
 Ele ouviu falar dos homens-bomba;  As pseudopedagogas foram desmascaradas;
 Na infância, assistia na TV a série sobre a família
monstro.
 Silepse de gênero: Concordância irregular,
também chamada de concordância
 Adjetivos compostos: Quando houver ideológica, é a que se não com o termo
adjetivos compostos, apenas o último termo do escrito, mas com a ideia que ele expressa.
composto concordará com o substantivo a que  São Paulo é linda;
se refere, os demais termos ficarão no  Agente está cansado.
masculino/singular:
Ex.: 1: A frase em que a concordância respeita
 Encontrei varias mulheres luso-franco-brasileiras; as regras da gramática normativa é:
 Não li as crônicas sócio-politico-economico-financeiros. a. É bilateral, sem duvida alguma, os interesses
pela exploração desse tipo de negócio, por
Casos especiais: Muito, bastante, meio, todo e isso os países envolvidos terão de fazer
mesmo: concessões mutuas.
 Quando modificarem um substantivo, b. Cada um dos interessados em participar dos
concordarão com ele, por serem pronomes projetos devem apresentar uma proposta de
adjetivos ou numerais. ação e uma previsão de custo;
 Quando modificarem um verbo, um adjetivo ou c. Acordo luso-brasileiros têm sido recebidos
um advérbio, ficarão invariáveis, por serem com entusiasmos, o que sugere que haverá de
advérbios: serem cumpridos fielmente;
d. Quanto mais discussão houver sobre as
 Bastantes funcionários ficaram bastante satisfeitos com
a empresa;
questões pendente, mais se informarão, com
 Há provas bastantes de sua culpa; certeza, os que tem de decidir as próximas
 Eles saíram bastante apressadas; passa do processo;

196
e. Procede, por uma questão técnica, segundo os
especialistas entrevistados, as medidas
divulgadas ontem, pois a urgência de
saneamento é indiscutível.
Resposta:
 Resposta certa (d): o verbo houver, quando
impessoal (sentido de existir), não admite
plural.
 Alternativa (a): os interesses são bilaterais;
 Alternativa (b): cada um dos interessados
devem apresentar locução e pode ser
substituído serão. O verbo haver é auxiliar e
admite plural porque deve concordar com o
sujeito. A ideia é que os acordos luso-
brasileiros serão cumpridas fielmente.
Correção da frase: haverão de ser.
 Alternativa (e): as medidas procedem.

REGÊNCIA
Regência é a relação de dependência entre os
componentes de uma oração ou entre orações.
Regência é maneira como o nome ou verbo se
relacionam com seus complementos, com a
preposição ou sem ela. Quando um nome exige
um complemento proporcionando, dizemos que
este nome é um termo regente e que seu
complemento é um termo regido.
Termo regente: Aquele que pede um
complemento;
Termo regido: Aquele que completa o sentido de
outro. O homem está apto para o trabalho.
O nome APTO não possui sentido completo,
precisa de um complemento; o termo PARA O
TRABALHO aparece completando o sentido do
nome APTO.
Assistimos ao filme.
O verbo ASSISTIMOS não tem sentido completo,
ele necessita de um outro termo que lhe dê
completude, o termo AO FILME está completando
o sentido do verbo ASSISTIR. Os termos apto e
assistimos são os regentes, pois exigem
complementos, já os termos para o trabalho e ao
filme são os regidos, pois funcionam como
complemento.
Ninguém Assistiu À palestra
Termo regido Termo regido

Necessidade De ser fera


Termo regente Termo regido

Regência
Verbo Nominal
V.T.D Admiração a, por
V.T.I Doutor em
V.T.D.I Diferente de

197
I. Suspeito de O pronome interrogativo QUE está no lugar do
Longe de complemento do verbo gostar.
O verbo gostar pede a preposição DE antes do
A regência é dividida em: seu complemento, portanto, deve aparecer essa
 Regência nominal: Quando o termo regente é preposição antes do pronome interrogativo que.
um nome: A frase correta é:
 O homem está para o trabalho.
 Do que você mais gosta em mim?
 Regência verbal: Quando o termo regente é
um verbo: Um único complemento para dois ou mais verbos:
 Assistimos ao filme.  Comi e saboreei a fruta;

Os complementos colocados na frase receberam O objeto direto a fruta se liga tanto ao verbo comer
nomes específicos: quanto ao verbo saborear, e a frase está correta.
 Complemento nominal: Quando completa o  Comi e goste da fruta (errado).
sentido de um nome e vem sempre introduzido
por preposição: Perceba que o objeto indireto da fruta se liga tanto
 Complemento verbal: Quando completa o ao verbo comer quanto ao verbo gostar, e a frase
está errada.
sentido do verbo e pode ser ou não introduzido
por preposição; nesse caso teremos de No primeiro exemplo, tanto o verbo comer quanto
o verbo saborear são verbos transitivos diretos, ou
renomeá-lo como:
seja, têm a mesma regência.
 Regra: Verbos de regência idênticas podem
 Objeto direto: É o complemento diretamente
ter complemento único comum.
ligado ao verbo, sem auxílio de preposição;
 Regra: verbos de regência idênticas podem ter
 Objeto indireto: É o complemento
complemento único comum:
indiretamente ligado ao verbo, com o auxílio  Comer é VTD, gastar é VTI, ou seja, são verbos de
de uma preposição. regências diferentes.

REGÊNCIA VERBAL  Regra: Verbos de regências diferentes pedem


Nesse tipo de regência, é o verbo que pede um complementar distintos:
complemento que pode ou não ligar-se através de  A correção será: comi a fruta e gostei dela.
preposição. A escolha da preposição adequada
depende da significação do verbo. Devemos  Entrei e sai da sala (ERRADO);
observar as possibilidades de uso de uma outra  Entrei na sala e dela sai.
preposição.  Li e refleti sobre o texto. (ERRADO);
 Li o texto e refleti sobe ele.
Existem verbos que admitem mais de uma
regência sem mudar seu significado:  Amo e obedeço meu pai. (ERRADO);
 Amo meu pai e obedeço-lhe.
 Cumpriremos com o nosso dever;
 José tarda a chegar;  Regência com pronome interrogativo: Que,
 José não tarda em chegar. qual, quem, quanto e onde são pronomes
interrogativos: Há dois modelos de frase
Existem verbos que mudam seu significado interrogativa:
quando se altera a regência: o. Direta: Quando a frase termina em ponto de
interrogação:
Aspirei o aroma das flores. (aspirar=sorver, respirar);  Que horas são agora?
Aspirei a um bom cargo. (aspirar= desejar, objetivar, almejar).

Olhe para ele (olhar=fixar o olhar);  Indireta: Quando a frase termina em ponto-
Olhe para ele (olhar=cuidar). final, mas dá ideia de pergunta.
 Gostaria de saber que horas são.
Particularidades: A estrutura oracional da língua
portuguesa permite que se altere a posição dos Os pronomes interrogativos substituem os
termos dentro da frase e também autoriza o uso complementos verbais ou nominais, portanto
de um ou outro termo para que se evite a estão sujeitos à regência como qualquer outro
redundância, a repetição. Quando usamos esses termo nessa função.
processo facultada pela língua, devemos ter
cuidado de não trocar a regência dos termos:  Regra: se o pronome interrogativo é usado
com um verbo ou nome que peça preposição,
 O que você mais gosta em mim? (Errado). essa preposição deve ser colocada antes
desse pronome interrogativo:

198
 Qual perfume você falou? (ERRADO);  ME: objeto direto, pois o verbo obedecer pede
 De qual perfume você falou. um complemento com preposição. Os
pronomes O, OS, A, AS, LHE, LHES têm uso
 O que o senhor, ao concorrer a uma vaga, aspira?
(ERRADO);
específicos, por se referirem todos à 3ª
 Aqui o senhor, ao concorrer a uma vaga, aspira? pessoa:

 Que filme você assistiu ontem? (ERRADO);  O, A, OS, AS: São sempre objeto direto, ou
 A que filme você assistiu ontem? seja, só podem substituir complementos
verbais sem preposição:
 Regência com pronome relativo: Que, qual,  Comi as frutas = comi-as;
quem, onde e cujo são pronomes relativos,  Observei o paciente = observei-o;
substituem termo mencionado anteriormente.  Não vi as meninas hoje = não as vi hoje.

 Ela é a mulher. + Eu amo a mulher. = Ela é a mulher  LHE, LHES: São sempre objeto indireto, ou
que eu amo. seja, só podem substituir complementos
verbais com preposição:
 Que: substitui nomes de pessoas, animais e  Ela obedece aos pais = ela lhe obedece;
coisas:  Nós agradecemos a Pedro o jantar = nós lhe
 Ana é a secretária que eu contratei; agradecemos o jantar;
 Cachorro é o animal que lhe darei;  Mandei flores para a Radegontes = mandei-lhes
 Comprei a camisa que você me pediu. flores.
 Qual: substitui nomes de pessoas, animais e  Verbos que pedem dois complementos: Os
coisas. Esse pronome sempre é usado com VIDI devem sempre apresentar um
artigo antecedente: (o qual, a qual, os quais, complemento sem preposição e outro com
as quais): preposição. Caso isso não aconteça, a frase
estará incorreta.
 Ana é a secretária da qual eu te falei;
 Cachorro é o animal do qual gosto;  O pai autorizou aos filhos a irem ao cinema (ERRADO);
 Comprei as camisas das quais você falou.  O pai autorizou os filhos a irem ao cinema.
 Os filhos = objeto direto;
 A irem ao cinema = objeto indireto.
 Quem: Substitui nomes de pessoas:  Sujeito e regência: o sujeito, jamais poderá estar
Todos são pessoas em quem confio. preposicionado:
 Já era hora dela chegar (ERRADO);
 Onde: Substitui nomes de localidades (lugar):  Já era hora de ela chegar.
 Aquela é a casa onde moro;
 Visitei a cidade onde nasci.  Perceba que o pronome ELA é sujeito do
verbo CHEGAR se unimos a preposição DE
 Cujo: Substitui nomes de pessoas, animais e ao pronome, teremos um sujeito
coisas desde que expressem ideia de posse. preposicionado, daí o ERRO.
Esse pronome sempre concorda com o
substantivo posterior a ele. Não pode haver  Ela saiu apesar do pai pedir que não saísse
artigo entre o pronome cujo e o substantivo (ERRADO);
 Ela saiu apesar de o pai pedir que não saísse.
com o qual ele concorda:
 Esta é a fazenda cujo posto recai;
 Antes da dor bater, tome logo uma aspirina
 conheço o home cujas filhas estão na TV.
(ERRADO);
 Antes de a dor bater, tome logo uma aspirina.
 Regra: Se o pronome relativo é usado com
verbo ou nome que peça preposição, essa REGÊNCIA NOMINAL
preposição deve ser colocado antes do É o fato de um nome não ter sentido completo e
pronome relativo. exigir outro que lhe complete o sentido. A escolha
 Eu não conheço a marca de margarina que você gosta de uma ou outra preposição deve ser feita com
(ERRADO).
 Não conheço a marca de margarina de que você gosta. base na clareza, na eufonia e também deve
 O verbo GOSTAR pede a preposição DE, que aparece adequar-se às diferentes formas de pensamentos.
antes do pronome relativo, pois este é o seu
complemento.  Aberto a, para;
 Aborrecido a, com, de, por;
 Abrigado a;
 Regência com pronome pessoal do caso  Abundante de, em;
oblíquo átono: Pronome obliquo como objeto  Adequado a.
direto ou objeto indireto, de acordo com a
regência do verbo a que se ligam. assim: Exemplo 2: O segmento do verbete que
 Ela me procurou. apresenta descuido quanto à regência é:
199
a. Adoção [...] de políticas e práticas
organizacionais socialmente responsáveis;
b. Seu objetivo básico é atuar no meio ambiente
[...], inter-relacionando-se com o equilíbrio
ecológico, com o desenvolvimento econômico
e com o equilíbrio social.
c. A organização que exerce sua
responsabilidade social procura respeitar e
cuidar da comunidade;
d. A organização que exerce sua
responsabilidade social procura [...] conserva a
vitalidade da terra e a biodiversidade;
e. A organização que exerce sua
responsabilidade social procura [...] promover
o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e
a qualidade de vida.

Resposta: CRASE
 Alternativa (a): adoção de algo; A palavra crase origina-se do grego Krasis e
 Alternativa (b): atuar em algo; significa fusão, junção, mistura. Ocorre com
 Alternativa (c) correta: FCC e suas vogais idêntica e o primeiro a sempre será uma
novidades. Dois verbos só podem admitir o preposição.
mesmo complemento se possuírem a mesma Crase é a fusão de duas vogais idênticas. A 1ª
predicação, Isto é, se exigirem o mesmo tipo vogal A é um artigo, os pronomes demonstrativos,
de complemento. Correção: procura respeitar normalmente um verbo ou um nome exige a
a comunidade e cuidar dela = respeitar é preposição A, que se funde com outro A,
transitivo direto e cuidar é transitivo indireto. formando a crase À. Existem quatro situações
 Alternativa (d): exercer algo e conservar algo; básicas:
 Alternativa (e): exercer algo e promover algo.
1. A (preposição) + a (s) (artigo)= à(s):
 É impossível resistir à lasanha da minha mãe

Quem nunca resiste... nunca resiste a + a


(lasanha )= à (lasanha).

Mas como é que sabemos que há um artigo


feminino antes do substantivo lasanha para a
gente poder crasear o A? Para, isso basta colocar
o artigo antes do substantivo e criar uma frase
hipotética, colocando-o como sujeito da frase:
 A lasanha da minha mãe é ótima?

A ausência do artigo tornaria a frase estranha;


 Lasanha da minha mãe é ótima?

O artigo serve para determinar, especificar a


palavra lasanha.
 Minha mãe deu À luz um bebê lindo em 1982

O verbo dar, como se sabe, é bitransitivo. Logo,


um bebê lindo é objeto direto, e à luz, o objeto
indireto.

2. A (preposição) + a (s) (pronome


demonstrativos)= à (s)
Há dois casos em que o vocabulário a pode ser
pronome demonstrativo, equivalendo ao pronome

200
aquela, antes de pronome relativo que antes de Este texto é posterior à Este texto é posterior
preposição de: invenção do conto. ao invento do conto.
A (=aquela) que chegou era minha filha/sua filha é
linda, mas a (=aquela) dele é muito mais.  Nas indicações de horas:
1º. Nós nos referimos à que foi primeira do  Acordamos às seis horas, = ao meio-dia;
concurso para analista judiciário.  Elas chegaram às dez horas, = ao meio-dia;
 Foram dormir à meia-noite, = ao meio-dia.
2º. Sempre procurou fazer alusão às lições de
Bechora do Celso Cunha.
No 1º caso, que se refere, se refere, a + a = à.  Diante de nomes de lugar: Substitua o termo
No 2º caso, que faz alusão, faz alusão a + a = às. regente por um verbo que peça preposição
DE. resultando na contração DA significação
3. a + (preposição) + aquele(s) aquele(s), que esse nome de lugar aceita o artigo e
aquela(s), aquilo (pronome demonstrativos = haverá crase.
 Vou à França = vim da França;
aquele(s), àquela(s), aquilo.  Cheguei à Grécia = vim da Grécia;
 Retornarei à Itália = vim da Itália.
Casos obrigatórios
Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivos e Obs. Se especificar o nome do lugar, haverá
prepositivos com núcleo feminino. A crase ocorre crase:
porque a preposição a que inicia tais locuções se  Retornarei à São Paulo dos bandeirantes = vim da
funde com o artigo a que vem antes do núcleo São Paulo dos bandeirantes.
 Irei à Salvador de Jorge Amado = vim da Salvador
feminino. O acento grave é fixo. de Jorge Amado.
Um policial à paisana trocou tiros com três
homens que tentavam roubar um banco. Diante de pronomes demonstrativos: Crase
Cheguei ás cinco horas mais seguro; Diante desses pronomes sempre que o termo
Einteins estava à frente de seu tempo. regente exigir a preposição a.
Refiro-me A aquele livro
Diante da palavra moda = à moda de.
Preposição a + pronome demonstrativo aquele=
à moda de, à maneira de;
àquele.
Devido à regra, o acento grave é
Dediquei A aquele Aluno o meu livro
obrigatoriamente usado nas locuções
prepositivas com núcleo femininas iniciadas por
AI. Dediquei algo A alguém
Os frangos eram feitos à moda da casa Preposição a + pronome
imperial. demonstrativo aquele = à
As vezes, a locução, vem implícita antes de alguém.
substantivos masculinos.
Comi uma caça à espanhola anteontem; Casos proibitivos
Ontem jantei um bacalhau à Gomes de Sá;  Antes de substantivos masculinos:
 Andou a CAVALO pela cidadezinha, mas preferia ter
Hoje comerei um filé à Osvaldo Aranha. andado a PÉ.

Haverá crase quando o termo regente exigir a  Antes de substantivo usado em sentido
preposição a e o termo regido admitir o artigo a generalizado:
ou as.  Depois do trauma, nunca mais foi a FESTA;
Referi-me À autora  Não foi feita menção a MULHER, nem a CRIANÇA,
tampouco a HOMENS.
Referi-me a (preposição) + a (artigo) = à.
 Antes de artigo indefinido UMA:
 Iremos a UMA reunião muito importante no domingo.
Ficou insensível À dor
Insensível a algo + a (artigo) = à.  Antes de nomes de santa, nossa senhora e
(preposição) de mulheres celebres:
 Tenho devoção a SANTA Maria Madalena;
Chegamos Às sete horas.  Muito devemos a TEREZA de Calcutá;
 Dirigiu-se a SANTA Rita em oração com fervor.
Chegamos a (preposição) + as (artigo)=às.
 Antes de pronomes pessoais, pronomes
Casos em que sempre haverá crase: Diante interrogativos, pronomes indefinidos,
de palavras femininas, substitua sempre por pronomes demonstrativos e pronomes
uma masculina: relativos:
Sou grata à aluna. Sou grata ao aluno.  Fizemos referência a vossa excelência, não a ELA;
Alcool é prejudicial à Alcool é prejudicial  A QUEM vocês se reportaram no plenário?;
saúde. ao organismo.  Assisto a TODAS peça de teatro no RJ, afinal, sou
um critico.
201
 Antes de numerais não determinados por
artigos:
 O professor não conseguiu explicar o assunto a
UMA aluna, as TRÊS não quiseram esperar para
tirar suas dúvidas.
 O político iniciou visita a DUAS nações europeias.

 Antes de verbos no infinitivo:


 A PARTIR de hoje serei um pai melhor, pois VOLTEI
a trabalhar.

 Depois de outra preposição qualquer:


 Fui PARA a Itália;
 A fundação casa é uma instituição que atua em
casos de extrema gravidade, MEDIANTE a
determinação judicial.

 Entre palavras repetidas que formam uma


locução:
 Quero que você fique CARA a CARA e diga a
verdade;
 Nosso DIA a DIA nunca mais foi o mesmo após o
furacão.

Exemplo: O uso do sinal indicativo da crase em


``Já existia o Patronato agrícola, ligado a
secretaria de agricultura, o qual se ocupava de
tais ``questões´´ justifica-se por que o verbo ligar
exige complemento regido pela preposição a, e a
palavra ``secretaria´´ é antecedida pelo artigo
definido feminino singular a.
Resposta: Para justificar essa questão, primeiro
lembraremos um dos casos da regra da crase,
que é o sinal gráfico para marcar a junção de uma
preposição a + artigo a. A palavra ``ligado´´ exige
preposição ``a´´ e a palavra ``secretaria da
agricultura´´ exige o artigo definido ``a´´. em vista
disso há ocorrência dessa fusão. Certo.

Exemplo: Há omissão do sinal indicativo da crase


em:
Os vizinhos tomaram providências a respeito dos
latidos;
O autor que refere a dupla de artistas como
adoráveis;
Agradeci a ele pelo magnífico presente;
Os cães continuaram a latir sem parar;
Ela visita a avó todos os domingos.
Resposta: a regência do verbo ``referir-se´´ exige
uma preposição ``a´´, e a palavra ``dupla´´ é um
substantivo antecedido de artigo, portanto deveria
ocorrer crase. alternativa (B).

202

Você também pode gostar