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Livro Introducao A Moldagem Por Sopro PDF
Livro Introducao A Moldagem Por Sopro PDF
Escopo do livro
O assunto único deste livro será a moldagem de materiais plásticos por sopro. Dentro deste
contexto será tratado principalmente o processo de moldagem por sopro, conhecido como
moldagem por extrusão e sopro, que é baseado na utilização de uma extrusora de rosca
única, ou de extrusoras de rosca única, pelo motivo que tais processos são os mais
importantes em termos de quantidade de material processado. Porém, quando comentários
apropriados a respeito de outros processos de moldagem por sopro, como por exemplo,
moldagem por estiramento forem necessários, estes serão mencionados.
Definição
Moldagem por sopro é um processo para produzir artigos ocos fechados. Este processo foi
desenvolvido originalmente para a indústria de vidro, mas, hoje em dia, é utilizado
extensamente na indústria de plásticos, porém limitado a materiais termoplásticos como por
exemplo, PE, PVC, PEEL etc. (vide abreviações de materiais na tabela 1). Os dois
principais processos para produzir componentes plásticos são a moldagem por extrusão
(EBM) e a moldagem por injeção (IBM).
Descrição do processo
A unidade de produção para um processo de moldagem por sopro é composta dos seguintes
componentes:
(I) A máquina de produção utilizada para produzir plástico fundido (uma extrusora ou
uma máquina de injeção é utilizada para produzir plástico fundido),
(II) O sistema para formar o parison, e
(III) O molde de sopro (ou moldes de sopro).
Em ambos os principais processos o primeiro passo envolve a produção de uma mangueira.
Esta mangueira é conhecida no ramo em geral como parison (o termo foi emprestado da
indústria de vidro). Na moldagem por extrusão (EBM), o parison é produzido por extrusão,
e na moldagem por injeção (IBM) o parison (também conhecido como pré-forma) é
produzido por injeção.
A mangueira aquecida (parison) é depositada dentro de um molde de sopro, que fecha em
volta do mesmo, e, em seguida, o parison aquecido é soprado (inflado) contra as paredes do
molde, adquirindo a forma para ser refrigerado e expelido como artigo após o estágio de
refrigeração. Em muitos casos, o produto necessita de uma ope-ração de acabamento
posterior , como por exemplo, rebarbagem, impressão, etiquetagem, enchimento etc.
Porém, com equipamento moderno, muitas dessas operações de acabamento podem ser
executadas dentro do molde ou on-line. Por exemplo, um robô pode ser utilizado para
avançar os artigos durante os processos de furação e frezagem.
Variações de processo
Materiais utilizados
Os produtos de moldagem por sopro são muitos e de grande variedade, uma vez que os
processos e os materiais utilizados estão em constante desenvolvimento. A maioria dos
componentes moldados são recipientes (por exemplo, frascos e jarras), mas muitos outros
artigos estão sendo produzidos, como bolas, brinquedos, sanfonas e pára-choques. Muitos
dos frascos e jarras são utilizados na indústria de alimentação, para embalar tanto produtos
sólidos como líquidos, por exemplo, sal e molhos.
Muitas vezes estes recipientes são destinados para usar um selo reutilizável (uma tampa ou
capa), que é produzido normalmente por injeção. A maioria dos recipientes para a
embalagem de alimentos são pequenos (menos de um litro de capacidade). Porém, não se
deve pensar que a moldagem por sopro é restrita à recipientes pequenos. Pranchas de surfe
de 4 metros de comprimento já foram produzidas comercialmente, como também tanques
acima de 10.000 litros de capacidade. Um recipiente comum de grande porte é feito de
PEAD e tem capacidade para 180 litros.
Recipientes
Muitos componentes moldados por sopro são recipientes (por exemplo, frascos e jarras) e
utilizados para a embalagem de produtos sólidos e líquidos. Os recipientes devem inibir a
perda do produto e não devem permitir que o conteúdo escape.
Propriedades de barreira
A permeação de gases e líquidos pelo recipiente de plástico pode ser um dos fatores mais
importantes na determinação do tempo de estocagem de um produto. As taxas de
transmissão de oxigênio, dióxido de carbono e agentes aromáticos normalmente são de
grande importância. Permeação é uma função de materiais, projeto e método de processo.
Veja Permeabilidade a Gases e Líquidos.
Vazamento
O vazamento pode ser controlado pelo projeto, ajuste do selo ou pelo acabamento do
gargalo do frasco. Se o gargalo é moldado por compressão resulta em tolerâncias mais
apertadas do gargalo. O tipo de rosca do gargalo, o número de filetes por unidade de
comprimento e o comprimento da rosca têm influência no vazamento. Roscas tipo
“buttress” estão sendo usadas muitas vezes porque apertam o selo uniformemente. Quando
o selo contém um material macio e elástico também ajuda a prevenir vazamento.
Acetal POM
Acetal copolímero POM-K
Acetal homopolímero POM-H
Acrilato estireno acrilonitrila ASA ou AAS
Acrilato estireno acrilonitrila modificado ASA ou AAS
Acrilonitrila butadieno estireno ABS
Acrilonitrila estireno/ Polietileno clorinato ACS
Acrilonitrila estireno/EP(D)M borracha AES
Alfa metil estireno MAS
Butadieno estireno copolímero bloco BDS
Acetato de celulose CA
Acetato de celulose butírico CAB
Acetato de celulose propionato CAP
Nitrato de celulose CN
Copolímero de clorotrifluoretileno etileno ECTFE
Etileno vinil acetato EVA
Etileno vinil álcool EVOH ou EVAL
Etileno propileno fluorinato FEP ou TFE-HFP
Polietileno de alta densidade PEAD ou HDPE
Poliestireno de alto impacto HIPS ou TPS
Polietileno de baixa densidade PEBD ou LDPE
Metil metacrilato, estireno/polibutadieno MBS
Cloreto de polivinil plastificado PPVC ou PVC-P
Poliacrilonitrila PAN
Poliamida PA
Poliamida 6 ou Nylon 6 PA 6
Poliamida 11 ou Nylon 11 PA 11
Poliamida 12 ou Nylon 12 PA 12
Poliamida 66 ou Nylon 66 PA 66
Poliamida 610 ou Nylon 610 PA 610
Polibutileno tereftalato PBT
Policarbonato PC
Policlorotrifluoretileno PCTFE
Poliéter amido bloco PEBA
Poliéter éter cetona PEEK
Poliéter éster PEEL ou COPE ou YPBO
Poliéter amido PEI
Poliéter cetona PEK
Poliéter sulfono ou Polisulfono PES ou PSU
Polietileno de alta densidade PEAD ou HDPE
Polietileno linear de baixa densidade PELBD ou LLDPE
Polietileno de baixa densidade PEBD ou LDPE
Polietileno de média densidade PEMD ou MDPE
Polietileno de baixíssima densidade VLDPE ou PE-VLD
Polietileno tereftalato PET
Polimetil metacrilato (acrílico) PMMA
Poliimidas PI
Polioximetileno ou Acetal ou Poliformaldeido POM
Óxido polifenileno (modificado) PPO ou PPO-M
Sulfeto polifenileno PPS
Sulfeto de polifenileno sulfonado PPPS
Polipropileno PP ou PPR
Polipropileno copolímero PP-K
Polipropileno homoplímero PP-H
Politetrafluoretileno PTFE
Polivinilacetato PVA ou PVAC
Polivinil álcool PVALC
Cloreto de polivinila PVC
Cloreto de polivinilideno copolímeros PVDC
Fluoreto de polivinilideno PVDF
Fluoreto de polivinila PVF
Estireno acrilonitrilo copolímero SAN
Estireno butadieno copolímero bloco BDS ou SBB
Polivinilcloreto sem plastificação UPVC ou PVC-U
Polipropileno modificado com borracha RRPP ou RMPP ou PP/EPDM
Polipropileno modificado com borracha reticulada TPO-XL
Estireno butadieno estireno copolímero bloco SBS
Copolímeros de tetrafluoretileno-etileno ETFE
Elastómero termoplástico TPE
Poliolefina termoplástica TPO
Poliolefina termoplástica com borracha reticulada TPO-XL
Poliuretano termoplástico TPR ou TPE
Borracha termoplástica TPR ou TPE
Copolímeros de Cloreto de Vinilideno acrilonitrila VCA
Moldagem por extrusão é um processo utilizado para produzir artigos ocos fechados de
materiais do tipo termoplástico, como por exemplo, PE, PVC,PEEL etc. (vide abreviações
de materiais plásticos na tabela 1). Na moldagem por extrusão o parison é produzido por
extrusão (normalmente extrusão por rosca única), para ser inflado dentro do molde.
Descrição do processo
A maioria dos artigos é produzida pela técnica de sopro na parte superior, já que os artigos
(muitas vezes frascos) são fabricados com um gargalo calibrado com precisão razoável - o
processo de pressionar o pino de sopro contra o material plástico quente e macio molda o
gargalo e a eventual rosca externa. O artigo é produzido apoiado na base (em ângulo reto
na maioria dos casos) - esta orientação é útil para operações subsequentes, como por
exemplo, o enchimento do recipiente.
Em “máquinas de sopro inferior”, o artigo é produzido apoiado no gargalo. O parison cai
sobre um pino , e quando o comprimento correto é alcançado o molde é fechado - este
fechamento forma a seção do gargalo e solda a outra extremidade da mangueira, quando o
fluxo de ar está sendo introduzido através do pino, o parison é inflado.
Em alguns casos o “sopro por agulha”é mais apropriado. Quando o comprimento correto do
parison é extrudado o molde fecha - este fechamento aperta ambas as extremidades do
parison . O fluxo de ar é introduzido mediante uma agulha ou um pino pequeno para inflar
o parison.
Variações de processo
Extrusão contínua
A moldagem por extrusão (EBM) pode ser dividida em várias categorias, como por
exemplo, em moldagem por extrusão contínua (C-EBM) e em moldagem por extrusão
intermitente (I-EBM). Como o processo tipo C-EBM é o mais importante destas categorias
(para aplicações pequenas e médias - até 30 litros), o termo EBM será utilizado invés de C-
EBM, caso não mencionado especificamente (produção intermitente do parison é utilizada
em moldagem por extrusão e sopro com acumulação - AEBM).
Como o período de refrigeração é a parte mais demorada do ciclo de sopro, será necessário
retirar o parison do cabeçote (ou cabeçotes), ou desviar o fluxo de mate-rial de um molde
para outro, com a finalidade de manter a rosca em movimento contínuo. Para exigências de
alta produção, os moldes podem ser instalados numa cinta giratória rápida, ou numa roda
(carrosséis horizontais ou verticais). Porém, é mais comum os moldes serem instalados em
sistemas de fechamento e sopro (estações de sopro ou carros), que estão dispostas por baixo
ou ao lado da extrusora. O conjunto de moldes pode ser utilizado para transportar o parison
na configuração normal, por exemplo, montado num braço basculante, ou podem ser
usados alicates para deslocar o parison para o molde.
Materiais utilizados
A indústria de moldagem de plástico por extrusão e sopro se desenvolveu originalmente na
base de utilização de polietileno de baixa densidade (PEBD) e posteriormente modificou as
instalações para processar outros materiais. Por exemplo, para se adequar a um material
mais difícil de processar conhecido como PVC (cloreto de polivinila), este material têm a
grande vantagem de claridade, como é amorfo, mas possui maior viscosidade de fundição,
é mais inclinado à decomposição durante o processo. Uma outra poliolefina, o polietileno
de alta densidade (PEAD), também é muito importante para a indústria de moldagem por
sopro. Aproximadamente 56% de todos os materiais utilizados na moldagem por sopro são
um tipo de PEAD, porque tais termoplásticos são relativamente baratos e possuem
propriedades aceitáveis para muitas aplicações , como por exemplo, resistência de impacto
em baixas tempera-turas. O PEAD também é utilizado no processo conhecido como
MOLDAGEM POR EXTRUSÃO E SOPRO COM ACUMULAÇÃO para produzir
tambores e recipientes grandes.
O polipropileno (PP) está sendo usado em escala maior devido as suas propriedades (por
exemplo, baixo custo, resistência ao calor, baixa densidade e rigidez), e por sua
versatilidade - este material pode ser modificado, adicionando agentes de enchimento e
elastómeros. Tipos transparentes de PP também são disponíveis (copolímeros), - o artigo
pode adquirir maior claridade pelo estiramento antes do sopro. Para a emba-lagem de
bebidas carbonatadas, como os refrigerantes, muitas vezes é preferido outro termoplástico.
Este material é PET (polietileno tereftalado), que é menos permeável a gases: sua
resistência pode ser melhorada significativamente por orientação biaxial. Este processo no
qual o parison é estirado antes do sopro é conhecido como MOLDAGEM POR
ESTIRAMENTO E SOPRO. Para outros materiais ou produtos a coextrusão pode ser uma
outra solução para o problema de permeabilidade - veja MOLDAGEM POR
COEXTRUSÃO E SOPRO. A seleção de um material plástico específico, ou a seleção de
uma combinação específica de materiais plásticos se baseia normalmente na combinação de
preço e propriedades requeridas (aparência, permeabilidade etc.) Veja tabela 2.
PROPRIEDADE MATERIAL
PEBD PEAD PP PVC PS PET
Os produtos de moldagem por extrusão e sopro são muitos e variados, já que os processos e
materiais utilizados estão em constante desenvolvimento. A maioria dos componentes
moldados por sopro são recipientes, por exemplo, frascos e jarras, fora outros produzidos,
tais como bolas, brinquedos, sanfonas e pára-choques (a indústria automotiva é um
mercado significativo para o ramo de moldagem por sopro).
Embalagem de alimentos
Muitos dos recipientes produzidos mediante moldagem por sopro são utilizados na
indústria alimentícia, para a embalagem de produtos sólidos e líquidos, como sal e molhos.
Em muitos casos, tais recipientes foram projetados para utilizar um selo reaproveitável
(uma tampa ou capa), e este é produzido na maioria dos casos por injeção. Os materiais
empregados para esta finalidade são PEAD, PELBD, PP e TPS.
Recipientes de grande porte, por exemplo, com capacidade de 180 litros (45 galões) são
produzidos por moldagem por extrusão e sopro com acumulação. Para obter as
propriedades requeridas no produto acabado é necessário muitas vezes utilizar um plástico
de alto peso molecular, por exemplo polietileno de alto peso molecular e alta densidade
como APM-PEAD ou PEAD-APM. O emprego de moldagem por sopro para produzir
componentes de grande porte, em muitos casos, apresenta um método de moldagem mais
econômico que moldagem por injeção, devido as forças menores envolvidos.
Com a utilização de uma secção de parede dupla é possível tirar vantagem da proporção
entre alta rigidez e peso neste tipo de construção. Esta foi usada para produzir, por
exemplo, degraus em escadas. Às vezes, o uso da secção de parede dupla têm um propósito
de projeto, tal como a acomodação de cabos no produto.
Componentes de invólucro
Na moldagem por extrusão e sopro muitas vezes é necessário usar plásticos de alto peso
molecular, por exemplo, polietileno de alto peso molecular e alta densidade, como o APM-
PEAD ou PEAD-APM. A utilização de tais materiais pode exigir bastante da unidade de
acionamento de uma extrusora (particularmente quando uma configuração com canhão
ranhurado está sendo usada), devido ao fato de que o material plástico deve ser transferido
sob contrapressões altas do ferramental. Portanto, a extrusora deve estar em condições de
processar material com uma variedade ampla de propriedades de fluxo, já que às vezes
materiais com peso molecular mais baixo podem ser processados. Independente do tipo de
material processado, a temperatura da massa plástica deve ser mantida a mais baixa
possível para reduzir os tempos de refrigeração (na moldagem por extrusão e sopro o
tempo de refrigeração normalmente é o período mais longo do ciclo, por exemplo, até 80
%). A extrusora também deve estar equipada para poder acomodar o acréscimo de
quantidades variáveis de aditivos, como material recuperado, corantes, agentes
modificadores de impacto e estabilizadores. Quando a extrusora é utilizada para processar
UPVC, pode ser necessário converter misturas de pó em frascos cristalinos e resistentes ao
impacto a tempera-turas que estão no limite da temperatura de decomposição. Com a
finalidade de empregar UPVC de alto peso molecular algumas companhias estão usando
máquinas de rosca dupla. Porém, na maioria das operações de moldagem por sopro estão
sendo utilizadas as extrusoras de rosca única.
Definição de extrusão
Extrusão e termoplásticos
Configuração da máquina
O esquema de uma extrusora com rosca única é mostrado na figura 1. A figura apresenta o
arranjo das várias partes da máquina. A rosca rotativa e o canhão são as duas unidades que
agem para transportar o material plástico. Uma vez fundido é forçado a passar através do
ferramental. A unidade de acionamento, baseada normalmente em um motor elétrico, efetua
a rotação da rosca a uma velocidade pré-determinada que pode ser ajustada para qualquer
valor dentro da gama estabelecida (máquinas de sopro comumente possuem duas faixas de
velocidade: uma baixa e uma alta. A faixa baixa e utilizada para PVC e a alta para PEAD).
Controladores de temperatura são conectados aos elementos de aquecimento e refrigeração
no canhão para manter a temperatura no ponto pré-ajustado. A capacidade da unidade
rosca/canhão de extrudar um material determinado não depende apenas das características
do material plástico, mas também das características ou da construção da rosca e canhão, e
da maneira como o sistema é operado.
Equipamento de pós-extrusão
Uma vez que o extrudado está saindo do ferramental ele pode adquirir a forma já produzida
ou a forma pode ser alterada e fixada. O equipamento que efetua tal ope-ração é chamado
"equipamento de pós-extrusão”, e em termos de tamanho é muitas vezes maior que a
própria máquina extrusora. Uma razão para isso é que materiais plásticos necessitam de
um tempo considerável para serem refrigerados, o processo de refrigeração é tão
prolongado que ele determina a velocidade da linha. Este fato se aplica particularmente à
moldagem por sopro.
Produtos da extrusão
Os produtos da extrusão incluem material para outros processos de plástico, filmes, tubos,
mangueiras, fios e cabos isolados, perfis, filamentos, chapas, e papel e metais revestidos de
plástico. Este livro está tratando da moldagem por sopro - um processo muito importante
utilizado para produzir produtos ocos fechados, como brinquedos, frascos e jarras. Muitas
máquinas de sopro dependem de uma extrusora para produzir plástico fundido, já que uma
extrusora de rosca única consegue produzir uma massa plastificada a temperaturas baixas e
relativamente barata. Aproximadamente 90% de todos os produtos moldados por sopro são
feitos pelo processo EBM (moldagem por extrusão e sopro).
Classificação de extrusoras
Extrusoras podem ser classificadas por três números, por exemplo, 1-60-24. O primeiro
número indica quantas roscas estão instaladas, o segundo especifica o diâmetro da rosca em
milímetros (mm), e o terceiro especifica o comprimento efetivo da rosca como fator
múltiplo do diâmetro. No exemplo acima temos uma extrusora de rosca única com um
diâmetro de rosca de 60mm e um comprimento que eqüivale 24 diâmetros (proporção
L/D=24:1). A maioria das máquinas de sopro possuem extrusoras com uma proporção L/D
de 20:1 ou 24:1.
Figura 1 Corte transversal de uma extrusora de rosca simples.
Configuração de material e equipamento
Na moldagem por extrusão e sopro muitas vezes é necessário utilizar plásticos de alto peso
molecular para obter um parison consistente em altas temperaturas e um produto com as
propriedades requeridas. O uso de tais materiais pode exigir bastante da unidade de
acionamento de uma extrusora (particularmente quando a extrusora está equipada com um
canhão ranhurado), uma vez que o material plástico deve ser transportado sob
contrapressões altas do ferramental. Portanto, a extrusora deve ser capaz de manusear
materiais com uma grande variedade de propriedades de fluxo, já que às vezes outros
materiais com baixo peso molecular podem ser processados. Devido às dificuldades
associadas com o processamento de materiais de alto peso mo-lecular, por exemplo, PVC
com alto valor K, existe interesse na utilização de máquinas com rosca dupla.
Temperatura do extrudado
Quando uma rosca convencional está sendo usada para extrudar um material plástico uma
quantidade de calor considerável está sendo gerado, devido à taxa de compressão da rosca.
Para evitar este fenômeno existem máquinas que possuem roscas de compressão zero, isto
é, a profundidade do filete da rosca é a mesma em todo o seu comprimento. Este tipo de
rosca tem pouca capacidade de mistura, porém isto pode ser melhorado com a incorporação
de seções de mistura (por exemplo seções de ra-nhuras longitudinais) localizadas na ponta
da rosca. Tais roscas de compressão zero normalmente estão sendo utilizadas em conjunto
com canhões, que possuem ranhuras longitudinais na zona de alimentação do canhão. As
configurações com canhões ra-nhurados são consideradas essenciais para o processamento
de PE e PP de alto peso molecular, com alta produção, devido ao fato de que estas unidades
oferecem um fornecimento constante de material, mesmo com alterações da contrapressão
do cabeçote, por exemplo, por causa da programação do parison. Para máquinas sopradoras
esses tipos de canhões são disponíveis com diâmetros de até 90mm (3,5”), com uma
relação comprimento/diâmetro de aproximadamente 20:1(veja seção de canhão e rosca).
Requisitos de polímeros
Qualquer material utilizado em moldagem por sopro deve ser consistente, tanto em sua
forma como nas propriedades. Caso não seja consistente e não utilizado de uma maneira
precisa, o resultado serão produtos inconsistentes. O polímero deve fluir uniformemente
através do ferramental, porém imediatamente após a expulsão o parison não deve se
deformar. Isto significa que a viscosidade do material deve ser alta, de modo que o parison
mantenha a sua forma durante o transporte e o movimento do molde; viscosidade alta
implica em alto peso molecular e portanto nas melhores propriedades. Viscosidade alta
também significa problemas de processamento, que se torna mais grave devido à
necessidade de extrudar a baixas temperaturas da massa - necessárias para uma refrigeração
rápida e altas taxas de produção. As temperaturas baixas também são necessárias para
conferir rigidez a massa, evitando um alongamento do parison, e permitindo a inflação
suave e uniforme do mesmo. Alta rigidez e capacidade de extensão da massa são
essenciais. Estas características normalmente podem ser obtidas pela utilização de um
material com distribuição ampla do peso mo-lecular e um alto, ou muito alto peso
molecular. O material também deve possuir boas propriedades de soldagem; em moldagem
por extrusão e sopro é necessário apertar ou soldar uma ou ambas as extremidades do
parison. Na moldagem de produtos grandes por sopro uma alta taxa de produção será
necessário com a finalidade de reduzir o alongamento do parison - isto pode ser alcançado
mediante moldagem por extrusão e sopro com acumulação. O produto final naturalmente
deve possuir cores aceitáveis, transparência, boa aparência e propriedades, como por
exemplo, resistência a ataques químicos, resistência a rachaduras ao ambiente, baixa
permeabilidade e o grau apropriado de rigidez. Idealmente o material deveria ser capaz de
um processamento rápido, sem decomposição ou degradação, e de baixo custo.
Alongamento do parison
Depósito do material
Pressões e velocidades
Uma pressão suficiente deve ser disponível no pistão para poder produzir o parison na taxa
apropriada. Isto significa, por exemplo, que uma pressão de 21 até 210 bar, ou 300 até 3000
libras por polegada deve ser disponível para PA66. A pressão real necessária depende do
material, da temperatura do fundido, da perda de pressão dentro do cabeçote e da abertura
do bocal. Caso a resistência do fluxo seja muito alta, a utilização de uma força excessiva
pode forçar os lábios do bocal, resultando numa perda de controle do programador da
espessura da parede do parison. Velocidades excessivamente lentas do êmbolo de expulsão
podem provocar um alongamento do parison e distribuição defeituosa de parede do mesmo.
Estas velocidades lentas também permitem a cristalização parcial na superfície de um
material termoplástico semi-cristalino, antes do fechamento do molde, influindo no
acabamento da superfície do produto.
A força de fechamento necessária depende da área projetada do artigo e da pressão de
inflação. Uma máquina para moldagem por sopro com acumulador, com capacidade para
16 litros, pode ter uma rosca com 90mm de diâmetro e uma força de fechamento do molde
de 750kN ou 75 toneladas; as placas de fechamento podem ser de 1600mm x
600mm(VxH)-a dimensão vertical das placas de fechamento é indicada antes da dimensão
horizontal numa máquina especificada.
Recipientes grandes ou tambores de 180 litros de capacidade, por exemplo, podem ser
produzidos pela moldagem por extrusão e sopro com acumulação. Para obter as
Figura 2 Diagrama do cabeçote acumulador da Bekum.
Em muitos casos os plásticos se comportam como pseudoplásticos, isto quer dizer que eles
se tornam menos viscosos (com maior facilidade de fluxo) quando eles sao movimentados
rapidamente. A viscosidade de materiais plásticos diminui facilmente quando a taxa de
cisalhamento aumenta e a produção do parison se torna mais fácil
(aumentar a temperatura do fundido também diminui a pressão necessária, para manter uma
certa taxa de fluxo). Em muitos materiais, porém, este aumento sofre uma interrupção;
quando a taxa de cisalhamento está sendo aumentada é possível entrar numa região, na qual
não existe mais uma correlação clara entre taxa de cisalhamento e tensão de cisalhamento.
O fluxo se torna instável e imprevisível, é possível que a massa deslize e grude na parede.
Um aumento adicional da taxa de cisalhamento tem como resultado uma outra mudança - o
fluxo se torna estável novamente. A região de instabilidade deve ser evitada ou
minimizada, mediante uma seleção de condições de processamento (operando nas
temperaturas apropriadas) e pelo projeto adequado dos canais de fluxo no ferramental. Em
bocais de aberturas variáveis, muitas vezes utilizados neste processo, a fronteira entre uma
região e outra não deve ser cruzada durante a alteração da abertura do bocal. Devido aos
múltiplos movimentos envolvidos e as altas taxas de produção do parison isto pode
acontecer facilmente quando não se toma os devidos cuidados durante a fase do projeto do
ferramental.
Apesar da moldagem por extrusão e sopro ainda ser o método mais significativo de
produção, outro método - a moldagem por injeção e sopro - ocupa lugar importante na
indústria de moldagem por sopro, e é normalmente utilizado quando a moldagem por
extrusão e sopro não é adequada.
Pré-formas
Descrição do processo
A mangueira quente (pré-forma) é produzida por moldagem por cima de um pino de aço
(núcleo) que se encontra dentro de um molde aquecido, denominado estação de injeção.
Quando ainda quente, o pino e a pré-forma são transferidos para a estação de sopro, onde
segue o sopro do artigo no molde final. O pino com o artigo soprado são transferidos, em
seguida, para uma outra estação para serem ejetados; isto numa máquina de três estações.
As três operações acontecem simultaneamente.
Variações de processo
A maioria das máquinas são baseadas na seqüência de operação tal como apresentada na
DESCRIÇÃO DO PROCESSO acima. Porém, existem também máquinas de
três e quatro estações com cavidades e pinos múltiplos; a quarta estação é utilizada como
estação adicional para o condicionamento térmico dos pinos. Pela mudança da seqüência
esta estação adicional pode ser usada como estação de condicionamento de
pré-formas.
Várias técnicas são utilizadas para a transferência do parison, como sistemas de rotação dos
moldes do tipo horizontal e vertical. Alguns processos produzem as pré-formas (parisons),
que são refrigeradas e estocadas em seguida para serem transportadas para uma estação de
embalagem, com a finalidade de soprá-los posteriormente. Este processo necessita de uma
estação de reaquecimento e de uma estação de condicionamento térmico para a pré-forma.
Em outros processos o parison é estirado antes do sopro para possibilitar uma orientação
molecular diferente no artigo moldado.
Os produtos de moldagem por injeção e sopro são muitos e variados, uma vez que o
processo e os materiais utilizados são desenvolvidos continuamente. Este processo não é
uma substituição para moldagem por extrusão e sopro, mas parece ser mais adequado para
recipientes relativamente pequenos (menos de 0,5 litros ou 0,8 pts. de capacidade);
particularmente quando estes recipientes devem ser produzidos em quantidades muito
grandes (aproximadamente 1 milhão por ano). Uma razão para isso são os altos custos do
equipamento e ferramental.
A maior parte dos componentes produzidos por injeção e sopro são recipientes como, por
exemplo, frascos e jarras - particularmente jarras de boca larga. Como estes recipientes
servem como substitutos de vidro, os plásticos utilizados são materiais transparentes, por
exemplo, PS. Copolímeros de PP também estão sendo empregados de maneira crescente
neste processo, devido à maior tenacidade deste tipo de material. Como é possível produzir
componentes que não necessitam de rebarbagem e portanto não existe contaminação na
parte interna, os produtos de moldagem por injeção e sopro são utilizados freqüentemente
na indústria farmacêutica e cosmética.
Em muitos casos, tais recipientes são projetados para usar um selo reutilizável (uma tampa
ou capa), e este é produzido quase sempre mediante moldagem por injeção. Substitutos de
latas para a embalagem de bebidas carbonatadas (soft drinks) são produzidos agora de PET.
Um desenvolvimento futuro nesta área provavelmente dependerá de considerações de
reciclagem.
Vantagens e desvantagens
Desvantagens
Tipos de máquinas
As estações de injeção são baseadas em unidades de rosca única, tipo in-line, nas quais um
tipo de rosca é utilizado para a maioria de materiais como PE, PS, PP e PC. Para materiais
como PVC, PET e do tipo PAN roscas especiais estão sendo empregadas. Como em
máquinas de moldagem por injeção, as máquinas de injeção e sopro são acionadas
hidraulicamente e capazes de ajustes e reajustes bastante precisos mediante cartelas, fitas
ou Eproms. Sistemas de controle de processo (velocidade de injeção e controle de pressões
hidráulicas) são utilizados na maioria dos casos.
Orientação biaxial
ESBM
Estas iniciais significam um processo conhecido como “moldagem por extrusão e sopro
com estiramento”, conforme o termo inglês “extrusion stretch blow molding”. A resistência
de um material, por exemplo, PVC pode ser melhorada dramaticamente por orientação
(estiramento do parison antes do sopro), e isto significa que uma composição de menor
custo pode ser utilizada para um determinado produto, devido ao fato de que a adição de
um agente modificador de impacto dispendioso pode ser reduzido de 12% para 1%. O peso
do recipiente também pode ser diminuído consi-
deravelmente porque uma quantidade menor de material é necessária. O PVC não suporta
um conteúdo tão alto de gás (como por exemplo, dioxido de carbono), ou pressões como
PET e nem é tão impermeável. Porém, PVC é termoelástico dentro de uma faixa ampla de
temperatura, e a partir deste ponto de vista é um bom material para este processo. Ele
também não necessita de uma secagem extensa como PET. Em comparação à moldagem
por injeção e sopro com estiramento, o processo ESBM é uma técnica mais simples e mais
fácil de dominar. A forma e a espessura de parede do frasco acabado podem ser alteradas
sem alterar a configuração da pré-forma. Uma programação do parison normalmente não é
necessária devido ao fato de que um controle da espessura de parede é possível mediante
alteração da temperatura de processo. O processo não pode ser aplicado em recipientes com
alça.
PVC ESBM
Uma única extrusora pode ser utilizada para produzir mais de um parison, ou por exemplo,
duas extrusoras podem ser colocadas lado a lado, de modo que dois parisons são
produzidos ao mesmo tempo. Este último sistema apresenta uma maneira muito eficiente de
produzir frascos, uma vez que uma alta produção pode ser alcançada num espaço menor, e
a possibilidade de decomposição ou degradação é minimizada. Duas extrusoras, cada uma
equipada com um cabecote de fluxo central, produzem um parison continuamente. Os
carros se movimentam hidraulicamente num plano inclinado (inclinação de 15°) para
apanhar o parison e deslocá-lo, completando a seqüência de produção. O movimento dos
carros segue alternadamente para cima e para baixo.
Cada carro é equipado com as seguintes unidades: (a) o primeiro molde com a sua unidade
de fechamento, (b) o molde de acabamento com unidade de fechamento, (c) a unidade de
transferência para transferir os frascos acabados para uma esteira transportadora. Quando
um carro se encontra em posição superior o primeiro molde recebe o parison, apertando-o e
soldando-o na base para produzir uma pré-forma predeterminada.Com este carro em
posição inferior o molde de acabamento recebe a pré-forma para o estiramento, isto é, a
orientação longitudinal e o sopro do artigo final. Quando o produto é rígido suficiente, o
mesmo é transferido para uma esteira transportadora para refrigeração suplementar e
embalagem. Este processo pode ser feito automaticamente.
Processamento de tubos
Estes processos são utilizados para PP uma vez que a faixa de temperatura termoelástica
usada na orientação é muito estreita, e por ser PP um material termoplástico semi-
cristalino. A aplicação de orientação biaxial no PP porém, possibilita um peso reduzido do
produto, aumento de transparência e um melhoramento da elasticidade em temperaturas
baixas. A isenção de elasticidade em temperaturas baixas pode ser um problema em
homopolímero de PP, o ponto forte deste material comparado com copolímero de PP é o
baixo custo. No processo, um tubo de parede grossa é extrudado primeiramente, este pode
ser calibrado e controlado com precisão. Após a refrigeração e, caso necessário,
armazenamento e transporte, o tubo é reaquecido para uma temperatura muito precisa; isto
pode significar períodos prolongados no forno de reaquecimento. O tubo extrudado e
temperado é alimentado continuamente dentro de uma máquina de estiramento e sopro para
ser estirado, cortado e puxado (para o estiramento longitudinal) e soprado em seguida. O
estiramento da pré-forma permite uma orientação na área do gargalo e na base antes do
sopro. Em outros processos o tubo é cortado antes do reaquecimento.
Processo associado com PET e usado para a embalagem de bebidas carbonatadas (por
exemplo, refrigerante). Processos de um ou dois estágios estão sendo utilizados. Em caso
de utilização do de dois estágios existe a possibilidade de relaxamento da pré-forma
moldada por injeção, com isso espera-se que elementos voláteis expostos ao tempo sofram
uma difusão na pré-forma. As pré-formas de parede grossa (parison) são moldadas por
injeção em moldes de múltiplas cavidades a taxas elevadas de produção (veja
MOLDAGEM POR INJEÇÃO E SOPRO). No processo de um estágio a pré-forma é
reaquecida até a temperatura de estiramento, após a refrigeração apropriada das camadas
externas (mediante contato com a cavidade do molde ou numa estação de
condicionamento). O restante do tratamento é igual como descrito em ESBM. O processo
de dois estágios permite maior flexibilidade de produção - a pré-forma pode ser produzida
em um local e soprada em outro. Processos de um estágio não permitem uma produção tão
alta, mas economizam energia, já que a parte de reaquecimento pode ser evitada.
Este processo necessita de equipamento capaz de produzir vários parisons sobrepostos para
a extrusão de um parison de múltiplas camadas. Quer dizer, o parison final é composto de
várias camadas de plástico.
Monoextrusão e coextrusão
Melhoramento da permeabillidade
adesivos ou camadas adesivas são utilizadas, muitas vezes, como camadas intermediárias
(veja também PERMEABILIDADE CONTRA GASES, VAPORES E LÍQUIDOS).
Camadas de adesão
Cada uma das camadas de um produto coextrudado tem uma função específica, co-mo por
exemplo, uma camada de barreira contra oxigênio, uma camada resistente ao calor e uma
camada em contato com o alimento que recebeu aprovação química. A chave de sucesso de
tais combinações é uma boa adesão entre as mesmas. Se não e-xistir uma adesão adequada
entre elas, o conteúdo pode penetrar até a camada interna da poliolefina (PO), antes de ser
impedido pela camada de barreira. O conteúdo estaria preso entre as camadas neste caso.
Com a finalidade de melhorar essa adesão, agentes de acoplamento (CA) ou camadas de
acoplamento (TL) muitas vezes são utilizados como camadas intermediárias. A espessura
mínima destas camadas normalmente é de 20 até 30 micra (aproximadamente 0,001
polegadas). As camadas de acoplamento podem ser feitas de um PO de baixo peso
molecular modificado quimicamente, para maior afinidade com as camadas funcionais. Não
existe uma camada de adesão universal, portanto camadas de acoplamento separadas
poderiam ser necessárias para cada combinação de material. Existem programas de
computador, por exemplo, da DuPont, para ajudar na seleção de camadas de acoplamento.
Combinações de materiais
Os cabeçotes
Aplicações
Controle de qualidade
É necessário um controle da espessura de cada camada. Isto poderia ser feito pelo corte de
um recipiente, separação de uma secção e pela medição da espessura de cada camada com
um microscópio; isto é útil durante o desenvolvimento de um produto ou um processo.
Uma vez em produção, uma bexiga poderia ser produzida numa área sem utilização, e esta
bexiga poderia ser removida e medida automaticamente mediante um microscópio com
operação automática e um sistema de uma câmara operada por um microprocessador. Uma
outra maneira usada mais comumente é a anotação das condições que garantem a produção
de um produto aceitável, presumindo-se que, caso as condições permaneçam dentro dos
limites especificados, o produto também será aceitável. As condições que devem ser
monitoradas são a corrente do motor de cada extrusora, as pressões, temperaturas e
condições similares. Estas medições poderiam ser parte de um pacote de controle de
qualidade. Devido aos problemas associados com à decomposição ou degradação em
caso de reutilização, existe agora interesse em filtração contínua da massa na coextrusão.
Mas, pelas limitações de espaço, isso não é tão fácil como parece.
SEGURANÇA
Esta seção foi escrita para ajudar o operador de uma máquina sopradora a executar os
trabalhos de maneira segura. A descrição a seguir não apresenta todos os perigos, é apenas
um guia geral; lembre-se de que segurança é responsabilidade de todos. É muito importante
que todas as pessoas envolvidas no processo de moldagem por sopro reco-nheçam os
possíveis perigos. Quer dizer, segurança, treinamento e educação são muito importantes.
Máquina nova
Queimaduras
Materiais plásticos (resinas) são materiais orgânicos com alto teor de calor específico e
baixa estabilidade térmica. Nas temperaturas de extrusão eles podem estar sujeitos à
degradação e soltar odores desagradáveis e irritantes pela massa que contém um alto grau
de energia. A área de trabalho, especialmente acima do bocal ou saída do plástico, deve ser
bem ventilada, uma vez que qualquer fumaça deve ser tratada como perigosa e não deve ser
inalada. É necessário tomar os devidos cuidados para que a massa quente não entre em
contato com a pele, a resina quente funciona como adesivo e pode ser muito difícil de
remover, levando a queimaduras severas. Caso uma massa fundida quente estiver sendo
produzida, por exemplo, durante uma descarga de material, esta substância deve ser
removida com segurança e rapidez sem deixar depósitos. Um grande acúmulo de material
plástico pode permanecer quente por um tempo prolongado e até começar a pegar fogo.
Tais depósitos devem ser refri-gerados em água fria inicialmente.
Decomposição da resina
Resinas são materiais orgânicos que possuem baixa estabilidade térmica. Elas podem se
degradar facilmente nas temperaturas de extrusão utilizadas para soltar odores
desagradáveis e irritantes, e, quando superaquecidas, podem produzir uma quantia
considerável de gás. Estes gases não devem ser inalados e caso fiquem presos dentro da
extrusora ou cabeçote, sérios acidentes podem ser provocados. É possível que a resina
quente seja expulsa do cabeçote, ou até do funil de alimentação - nos piores casos poderia
causar uma explosão, rompendo, por exemplo, os parafusos do bocal do cabeçote. Portanto,
sempre é aconselhável tomar os devidos cuidados e seguir as instruções corretas de
operação, especialmente durante o início de operação da moldagem por sopro. Verifique se
a área de trabalho é bem ventilada, porque a fumaça de materiais plásticos quentes
prejudicam a saúde. Muitos dos gases produzidos são tóxicos, por isso não vale a pena se
arriscar.
Sistemas de fechamento
Rolos são utilizados largamente nos processos de extrusão, por exemplo, rolos revestidos
de borracha estão sendo usados para puxar e rolos de aço para refrigerar. Estes rolos
também são empregados às vezes em fábricas de moldagem por sopro, por exemplo, em
equipamento destinado ao transporte de produtos de moldagem por sopro. Rolos são
especialmente perigosos quando eles operam em pares. A fenda entre estes rolos é muito
perigosa, devido à possibilidade de esmagar os dedos ou de puxar a roupa, causando
ferimentos graves. Tais fendas devem ser protegidas, mas mesmo com proteção os devidos
cuidados são necessários. Se você tem cabelo comprido, o mesmo deve ser coberto.
Gravata e roupa solta não devem ser utilizadas por causa de perigo de acidente. Seja
particularmente cuidadoso em caso de usar luvas, estas também podem ficar presas, é
recomendável manter as luvas tão pequenas quanto possível, cortando as partes salientes.
Procure aprender uma técnica de início de traba-lho para evitar a possibilidade de ocorrer
acidentes com as mãos nestas fendas e, principalmente, procure saber o que fazer quando
alguma coisa ou alguém ficar preso. Isto quer dizer, como parar a máquina numa
emergência, como liberar ou abrir a fenda etc.
Roscas
Outros equipamentos
Equipamentos de corte, moagem e serras etc. naturalmente devem ser bem guardados. Os
únicos perigos que existem normalmente aparecem quando as regras de segurança são
ignoradas. Nunca se aproxime por cima de um equipamento em movimento e nunca
remova uma proteção, ou tente eliminá-la. Se você foi autorizado especialmente para
executar este tipo de trabalho, assegure-se de que o equipamento está travado no modo sem
movimento, e de que a alimentação da energia elétrica foi interrompida.
Proteções
Proteções guardam muitos componentes mecânicos, elétricos e unidades de aqueci-mento
contra perigos e devem ficar no seu lugar de destino. Lembre-se de que elas estão ali para a
sua proteção. Proteções que cobrem as correias dos motores do equipamento de processo
evitam que membros do corpo sejam apanhados e portanto ferimentos dolorosos. A
colocação de proteções em máquinas é uma maneira de tornar o processo mais seguro,
porém a dependência deste equipamento não deve chegar ao ponto de evitar inspeção,
manutenção ou treinamento.
Equipamento elétrico
Como em muitos outros itens da vida moderna, as máquinas de sopro são alimentadas por
energia elétrica. A maioria dos equipamentos de extrusão é aquecida por resistências
elétricas e acionadas por motores elétricos. A eletricidade é usada tão comumente que
muitas vezes nos esquecemos dos perigos envolvidos. Os painéis de controle das máquinas
em geral são mantidos fechados, para proteger o operador de entrar em contato com a
unidade de alimentação principal de energia elétrica ou uma versão modificada da unidade
de alimentação. Fique longe destes equipamentos, a não ser que você esteja autorizado a
inspecionar, consertar ou ajustar estas unidades. Notifique imediatamente quaisquer cabos
ou fios danificados e não faça mal uso dos fios de aterramento. Conectores ou plugs
danificados também devem ser notificados.
Capítulo 2
PLÁSTICOS E POLÍMEROS
Propriedades de materiais
Cada um dos muitos plásticos disponíveis é na realidade uma família de materiais que são
diferentes, por exemplo, em peso molecular e distribuição de peso molecular. Isto quer
dizer que é possível obter uma gama de propriedades em cada grupo de material. Qualquer
propriedade relacionada na literatura deveria ser usada somente como guia geral. As
propriedades dos plásticos também podem ser alteradas dramaticamente mediante as
condições de processamento utilizadas e pelo uso de aditivos. Para muitos materiais, são
disponíveis variações da fórmula básica mediante aditivos para dar, por exemplo, maior
resistência ao calor ou a condições meteorológicas. Alguns fórmulas oferecem uma
melhoria da resistência ao impacto ou facilidade de fluxo. Agentes modificadores de
processamento e desempenho podem ser acrescentados, incluindo, por exemplo, agentes
antiestáticos que podem fazer parte do masterbatch para coloração.
Formas de alimentação
A máquina sopradora pode ser alimentada com plásticos (resinas) ou compostos de várias
formas: o material pode ser um pó fino, material regranulado ou grãos. Quando o material é
disponível em mais de uma forma de alimentação, podem ocorrer problemas se uma
mistura de pó fino, material granulado ou grãos for usada. Em termos de eficiência de
alimentação o granulado esférico (aproximadamente 3 mm de diâmetro) é o mais eficiente.
Pó fino normalmente é a pior forma seguida por material regranulado, e nesta seqüência por
granulado cortado em forma de cubos e por granulado cortado em forma de corda
(granulado feito pelo corte de cordas de secção circular).
Por razões boas e válidas máquinas de sopro são alimentadas muitas vezes com uma
mistura de materiais plásticos e masterbatch. O uso de tais misturas, porém, pode acarretar
problemas. É comum ocorrer uma leve diferença de cores entre máquinas diferentes; outro
problema é a separação de masterbatch da resina no funil de alimentação.
DENOMINAÇÕES E ABREVIAÇÕES
Denominações comuns
A denominação da maioria dos termoplásticos começa com “poli”, e depois este termo, que
significa “muito”, é seguido pelo nome antigo do momômero do qual o plástico é derivado,
isto é, o nome da fonte de origem. Devido a esta prática temos deno-minações como
poliestireno e polietileno para homopolímeros. Quando o nome de um material plástico
possui mais de uma palavra, parênteses podem ser colocados em volta das palavras, como
por exemplo, poli (cloreto de vinila). Porém, esta prática não é universal, portanto se
encontra o mesmo termo sem os parênteses, isto é “policloreto de vinila”. Denominações
baseadas na fonte não são usadas universalmente, assim, nomes como “acetal” e
“celulose” também podem ser encontrados. Outros sistemas mais lógicos de nomenclatura
já foram propostos, mas até agora não foram adaptados.
Denominações alternativas
Muitos plásticos são conhecidos por mais de um nome, por exemplo, acetais podem ser
conhecidos como “poliformaldeido” ou “polioximetileno”. Quando isto acontece o(s)
nome(s) alternativo(s) deve(m) ser relacionado(s) para possibilitar a referência cruzada. A
utilização de nomes comerciais também é praticada, alguns destes nomes estão
relacionados na Tabela 4.
Abreviações
Deve se levar em conta que tanto abreviações normalizadas como sem normalização estão
sendo usadas. Muitas vezes os materiais aparecem e são usados antes que uma organização
de normalização estabeleça uma sugestão. Nestes casos uma abreviação sem normalização
pode ser introduzida, ou mais de uma abreviação pode aparecer para o mesmo material. O
elastômero termoplástico conhecido como elastômero polieter éster pode ser abreviado
como PEEL, ou como COPE (de copoliéster), ou como TEEE (de termoplástico elastômero
éster éster), ou ainda como YBPO (uma sugestão norte-americana).
Dadas às possibilidades de confusão foi sugerido que, quando forem utilizadas abreviações
em publicações, a primeira referência no texto deve ser colocada entre parênteses com o
nome por extenso na frente. Quando, por exemplo, poliestireno for mencionado pela
primeira vez num artigo, deverá ser escrito como poliestireno (PS). Referências posteriores
de tais palavras numa publicação podem levar apenas o nome da abreviação.
Uma prática que está crescendo, particularmente dentro de companhias, é que um maior
número de letras está sendo usado para identificar plásticos, com um mínimo de três letras,
aparentemente para assimilar as necessidades de processamento eletrônico de dados.
Quando solicitado para subtrair informações a partir de dados básicos, a solicitação pode
ser mais específica, por exemplo, quando uma letra adicional é acrescentada ao
polipropileno como R ou N especificando o termo PPR ou PPN invés de PP. Porém, em
alguns sistemas existe o perigo de subtrair tudo que começa com PP (por exemplo, PPE e
PPO), ao invés de simplesmente PP. Esta prática deve ser usada com precaução, devido ao
fato da letra R ser usada para denominar um copolímero aleatório (random), portanto, PPR
denomina precisamente um copolímero de PP - estes materiais estão sendo usados em
moldagem por sopro. Poliestireno pode ser denominado como GPPS (poliestireno de uso
geral ) ou como PS-GP.
Uma outra prática que parece crescer novamente devido ao processamento de dados é a
maneira de não colocar nada antes da abreviação básica do plástico, por exemplo,
polietileno de baixa densidade seria denominado PE BD, ao invés de PEBD. Na prática um
traço é inserido entre os grupos de letras; deste modo PE BD é denominado PEBD; (veja
também as Tabelas 3A e 3B).
Modificações de abreviações
Pelas normas e uso geral, letras adicionais podem ser utilizadas para modificar aquelas
usadas como abreviações (veja Tabelas 3A e 3B). Por exemplo, PE-UHMW denomina um
polietileno de ultra alto peso molecular. Como a norma ASTM 1600-86 sugere que a
abreviação GP seja usada para “general purpose” (uso geral), o material PS-GP significa
poliestiréno de uso geral. No mundo termoplástico G significa vidro (glass), e F significa
fibra (fiber), portanto GF é a abreviação de fibra de vidro.
O significado de uma letra em particular depende às vezes do contexto, já que letras
individuais podem ter mais de um significado, por exemplo, M quando usado em GMT
significa “manta”, com isso, GMT significa um material termoplástico do tipo de manta de
vidro. Devido ao crescimento de produtos plásticos orientados, a letra O é colocada na
frente da abreviação de um material particular, com isso PVC orientado é denominado
OPVC, denominando um recipiente feito deste material orientado.
Favor observar, caso uma letra não esteja sendo usada na Tabela 3B, isto não significa que
esta letra não seja usada em outro ramo da indústria plástica (veja também as normas ISO
1043/2 e ISO 1043/3).
Tabela 3A • Letras utilizadas para modificar abreviações
de plásticos (conf. ISO e ASTM)
LETRA SIGNIFICADO
C CLORADO
D DENSIDADE
E EXPANDIDO
F FLEXÍVEL ou FLUIDO (estado líquido)
H ALTO
I IMPACTO
L LINEAR ou BAIXO
M MÉDIO ou MOLECULAR
N NORMAL
P PLASTIFICADO
R AUMENTADO
T TERMOPLÁSTICO
U ULTRA ou NÃO PLASTIFICADO
V MUITO
W PESO
X INTERLIGADO ou CRUZADO
LETRA SIGNIFICADO
A ATÁCTICO
B COPOLÍMERO EM BLOCO
C CRISTALINO
E EMULSÃO (POLÍMERO)
F FIBRA
G VIDRO
H HOMOPOLÍMERO
K COPOLÍMERO
M MASSA ou AGLOMERADO, ou MANTA
O ORIENTADO
R COPOLÍMERO VARIADO ou ALEATÓRIO
S SUSPENSÃO (POLIMERIZAÇÃO)
V VULCANIZADO ou INTERLIGADO/CRUZADO
EP MATERIAL TERMOPLÁSTICO DE ENGENHARIA
GF FIBRA DE VIDRO
GMT TERMOPLÁSTICO (REFORÇADO) DE
MANTA DE VIDRO
GP USO GERAL
XL CRUZADO ou CURADO ou VULCANIZADO
HI ALTO IMPACTO
Obs.: Caso uma letra não esteja sendo usada nestas tabelas, não significa
que esta letra não seja empregada em outro ramo da indústria plástica.
Poliamidas
Copolímeros
Quando dois tipos de monômeros são utilizados para produzir um material plástico, o
resultado é um produto conhecido como copolímero. Este pode ser denominado mediante
as iniciais que representam os monômeros utilizados, isto é, sem o “P” para “poli“. O
copolímero (bi-polímero) produzido de estireno e acrilonitrila, por exemplo, é denominado
estireno acrilonitrilo copolímero, ou SAN. Foi sugerida que uma barra deva ser colocada
entre as abreviações dos monômeros, tal como ‘E/P’ para um copolímero etileno propileno.
Porém, esta sugestão não foi adaptada universalmente porque SAN ainda é SAN; a barra
pode ser omitida, caso isto se torne uso geral, conforme ISO 1043-1:1987(E).
O monômero que constitui a maior parte normalmente é mencionado primeiro e o outro
monômero em muitos casos somente é mencionado quando existe numa proporção maior,
como, por exemplo 5% (alguns assim chamados homopolímeros são em realidade
copolímeros, porém o segundo monômero existe apenas em proporção menor).
Misturas ou cargas
Existe um sistema de dados, por exemplo, nas normas ASTM, para classificar ou codificar
materiais plásticos, de modo que a descrição do material indica se ele é, por exemplo, um
copolímero baseado num monômero específico, o método de processamento previsto, o
conteúdo de aditivos do material que modifica o seu comportamento básico e informações
sobre as propriedades. Muitos processadores, porém, não apreciam a existência de tais
informações, estas podem ser obtidas do fornecedor de matéria-prima.
Alguns fornecedores
RESISTÊNCIA AO CALOR
Os testes normalizados mais comumente usados para medir a resistência ao calor são o
ponto de amolecimento Vicat (Vicat Softening Point) e a temperatura de distorção ao calor
(Heat Distortion Temperature).
O ponto de amolecimento Vicat (Vicat Softening Point), abreviado para VST, normalmente
é indicado em °F ou °C. Este ponto é determinado pela aplicação de uma carga normalizada
de 10 N ou 49 N, mediante uma punção circular num plástico específico, enquanto o
conjunto de teste é aquecido por uma taxa constante de 50°C (122°F), ou alternativamente
120°C (248°F) por hora. O resultado é indicado como, por exemplo, 100°C (10 N, 50°C).
Isto significa que a punção penetrou na amostra de plástico, na temperatura de 100°C, na
profundidade preajustada, quando foi submetido a uma carga de 10 Newtons e a uma taxa
de aquecimento de 50°C. Um Newton (N) corres-ponde a aproximadamente 1 kg ou 0,22
libras.
Este teste deveria ser chamado Deflexão ao calor sob carga de flexão (HDUL), porém é
chamado muitas vezes de Temperatura de deflexão ao calor (Heat deflection temperature),
ou abreviado HDT. Em especificações de testes é chamado Temperatura de deflexão sob
carga de flexão, duas cargas de flexão são indicadas.
Uma barra de plástico (por exemplo, de 110x10x4 mm, ou 4,4x0,4x0,16 polegadas) é
submetida a uma flexão de três pontos, mediante uma carga que produz uma tensão
máxima de 1,8 Mpa ou 0,48 Mpa (264 ou 66 psi) no ponto central, enquanto está sendo
aquecida. Se a largura (b) é 4 mm e a profundidade (d) é 10 mm, por exemplo, e a tensão
necessária é 1,8 Mpa, a carga (F) em Newtons que deve ser aplicada no ponto central (caso
a distância entre os pontos extremos (L) seja 100 mm) é igual a 2Pbd2/3L. Isto significa
2x1,8x100/3x100, que corresponde a 4,8 N. Esta carga é aplicada e a temperatura é
aumentada em 120°C por hora; quando a barra de 10 mm de espessura sofre uma deflexão
de 0,32 mm (0,012), a temperatura em °C anotada é chamada de HDT. A temperatura pode
ser indicada também em °F.
Resultados
O teste HDT é utilizado mais comumente nos Estados Unidos, enquanto o método VST é
mais usado na Europa. Uma comparação entre VST e HDT é apresentada na tabela a
seguir. O valor de VST em materiais termoplásticos amorfos é bastante pró-ximo da
temperatura vítrea (Tg) quando os valores 10 N e 50°C estão sendo usados. Estas condições
não se aproximam do ponto de plastificação (Tm) para materiais termoplásticos semi-
cristalinos. Neste caso, é melhor medir o HDT a 120°C por hora.
Um fato que limita a aplicação de muitos plásticos é que uma mudança relativamente
pequena de temperatura altera propriedades como a rigidez ou o tamanho dos componentes.
Uma peça pode sofrer uma distorção por aquecimento, muito antes de um sinal óbvio de
decomposição química.
Expansão
O coeficiente de expansão térmica pode ser definido como o acréscimo reversível do
comprimento de um material por aumento de temperatura. A maioria dos plásticos possui
coeficientes de expansão térmica bastante altos, bem mais altos do que metais. Isto
significa que uma mudança relativamente pequena de temperatura pode causar uma
alteração grande no tamanho de um componente plástico, e como conseqüência problemas
sérios no serviço, como trincas no componente ou até a falha do mesmo. O coeficiente de
expansão pode ser reduzido pela adição de cargas, por exemplo, fibras de vidro (GF).
A temperatura vítrea
A temperatura vítrea
Ponto de plastificação
Sobreaquecimento
Durante o processo de extrusão não deve ocorrer alteração (ou pouca alteração) da estrutura
química do material plástico, porque pode causar variações no produto. Plásticos serão
degradados se forem aquecidos a temperaturas elevadas; a taxa de alteração depende da
temperatura atual, do tempo de permanência nesta temperatura, dos aditivos existentes e da
atmosfera ambiental do material plástico. Muitas vezes o primeiro sinal de
sobreaquecimento é uma mudança de cor, como plásticos muitas vezes são selecionados
pela cor, qualquer alteração é indesejada e deve ser evitada.
A refrigeração de um material plástico através de uma temperatura baixa não causará uma
alteração da estrutura química, porém se este material for refrigerado a uma temperatura
bastante baixa poderá ocorrer uma alteração física. O material pode mudar de um
comportamento tenaz para um comportamento extremamente rígido, por exemplo, ao invés
de manter a flexibilidade quando sujeito à dobra, o material se torna quebradiço (veja
temperatura vítrea-Tg). Uma maneira de tornar plásticos mais resistentes ao impacto é
através da adição de elastômeros (borrachas).
RESISTÊNCIA QUÍMICA
Referências
Quando um material plástico é indicado como sendo resistente contra um produto químico
determinado, esta indicação deve servir apenas como referência, pois existem muitos
grades (tipos) de materiais e alguns destes podem se comportar de forma dife-rente. Mesmo
assim, pode se dizer que plásticos geralmente possuem uma boa resistência química. Esta
resistência química normalmente é melhor em materiais termoplásticos semi-cristalinos, do
que em materiais termoplásticos amorfos. Porém, em todos os plásticos a resistência
química piora com o aumento de temperatura.
ESCR
A resistência química a curto prazo da maioria de plásticos é bem conhecida. Um fato que
não é tão bem conhecido é a resistência química a longo prazo, ou a resistência ambiental e
quebra sob tensão (Environmental stress cracking resistance), abreviada ESCR.
Primeiramente, um plástico pode parecer resistente contra um produto químico em
particular, por exemplo, água; porém um estudo a longo prazo, como centenas de horas,
pode revelar uma história diferente. A única resposta é o teste de um produto real. O
problema da resistência ao ambiente e quebra sob tensão pode ser até mais difícil de
resolver em alguns casos. O termo significa, que quando uma amostra é exposta à tensão
num ambiente em particular, por exemplo, a um produto químico que parece inofensivo, a
amostra falhará. Esta eventualidade sempre deve ser considerada.
Metais e plásticos
PROPRIEDADES ÓTICAS
Transparência
Materiais são transparentes quando eles não contém um elemento que interfere com a
passagem da luz. Se a luz caísse numa peça de plástico e passasse através dela, este
material estaria completamente transparente. Porém existem muitos fatores que impedem
isso. O material pode conter estruturas cristalinas, ou a superfície pode ser riscada. As
condições de produção também podem alterar a transparência, já que a escolha de
condições incorretas pode induzir à formação de voláteis (bolhas de gás) ou tensões
internas congeladas. Uma chapa de acrílico de boa qualidade (PMMA) pode transmitir
aproximadamente 92% de luz. A luz que não está sendo transmitida é refletida, espalhada
ou absorvida.
Transmissão de luz
Opacidade
A opacidade é medida com o mesmo aparelho tal como a transparência. Ela é definida
como a porcentagem de luz transmitida, diferente do raio de luz permitido em mais de
2,5%, como resultado de espalhamento. Se a opacidade for maior do que 30% o material
será classificado como semi-transparente.
Claridade visual
Melhoramento da transparência
PROPRIEDADE DE FLUXO
Facilidade de fluxo
Em muitos estabelecimentos são feitos testes das matérias-primas recebidas, utilizando uma
extrusora pequena para determinar as qualidades reológicas. Um ferramental normalizado é
especificado e a máquina é ajustada para temperaturas determinada. O comportamento de
extrusao é avaliado dentro de uma série de velocidades, e gráficos de parâmetros como,
produção vs. rotação da rosca, temperatura vs. rotação da rosca e crescimento do parison
vs. rotação da rosca são confeccionados. Um dos grandes problemas é manter as
temperaturas pré-ajustadas, já que cada alte-ração da rotação da rosca também altera as
temperaturas do cilindro da extrusora.
Existe uma outra maneira de determinar a facilidade de fluxo de um material plástico. Este
teste é conduzido utilizando-se uma máquina de moldagem por injeção sob condições
especificas. O resultado é determinado como taxa. Se esta taxa é cotada como sendo 150:1,
isto significa que numa espessura de parede do molde de 1mm o comprimento máximo de
fluxo possível é aproximadamente 150 mm. Como a quantia do fluxo possível depende da
espessura de parede, as taxas de fluxo podem ser cotadas para uma série de espessuras.
Esta taxa é conhecida normalmente como MFR ou MFI (índice de fluxo- em Inglês Melt
Flow Index), estes dois termos têm o mesmo significado. Os termos são usados
amplamente e o teste é fácil de se conduzir e de se entender. Um material plástico aquecido
é forçado através de um furo de determinado tamanho (ferramental) numa espessura e um
peso específico. A quantia de plástico extrudado dentro de 10 minutos é chamada de MFR;
e o resultado é dado como MFR (190, 21.2)= 2.3. Isso a uma temperatura de 190°C e uma
carga (peso) de 21.2 Newtons (2,16kg).
Dados básicos
Estas informações são disponíveis nos dados básicos de materiais mantidos por muitas
companhias, por exemplo, na firma Moldflow (Europa) Ltd. Orpington, Kent, e são usados
para prever as condições de fundição num molde de injeção. Na moldagem por sopro estas
informações são utilizadas para projetar o ferramental que produz o parison, deste modo
produtos mais consistentes podem ser obtidos.
Para esta finalidade são necessários os efeitos de mudança de temperatura numa taxa
constante de cisalhamento junto com os valores que mostram, por exemplo, o efeito de uma
taxa alternada de cisalhamento numa temperatura constante. A taxa de cisalhamento é
indicada em segundos reciprocais (s-1) e quanto maior o número, mais rápido será o
cisalhamento do material ou a velocidade de avanço. Pelo gráfico da tensão de
cisalhamento (Nm-2) contra a taxa de cisalhamento (s-1) as curvas de fluxo podem ser
estabelecidas. A viscosidade (Nsm-2) é obtida pela divisão da tensão de cisalhamento pela
taxa de cisalhamento.
Pseudoplasticidade e instabilidade
Na maioria dos casos plásticos são pseudoplasticos, isto significa que eles se tornam menos
viscosos (com maior facilidade de fluxo) quando eles são movimentados rapidamente. Isto
é, a viscosidade de plásticos cai facilmente com o aumento da taxa de cisalhamento, e a
produção do parison se torna mais fácil (um aumento da temperatura da massa também
reduz a pressão necessária para manter uma certa taxa se fluxo). Porém, em muitos
materiais este aumento da taxa de cisalhamento entra em colapso; com um aumento
crescente da taxa de cisalhamento pode se entrar numa região onde não existe mais uma
correlação clara entre tensão e taxa de cisalhamento.
O fluxo se torna instável e imprevisível; com isso é possível que a massa deslize ou grude
na parede. Um aumento adicional da taxa de cisalhamento induz a uma outra mudança: o
fluxo se torna estável novamente. Este estado de instabilidade deve ser evitado ou
minimizado, mediante uma seleção apropropriada de condições de processamento
(operando em temperaturas corretas), e pelo projeto adequado dos canais de fluxo no
ferramental. Em ferramentas de abertura variável isto significa, que durante a mudança da
abertura do ferramental as fronteiras entre uma região e outra não devem ser cruzadas.
Uma vez que um tipo de plástico é selecionado para uma aplicação particular, um tipo com
alto grau de viscosidade deve ser escolhido, quando os componentes produzidos são
submetidos a tensões mecânicas severas. Os plásticos com alto grau de viscosidade
normalmente possuem o maior peso molecular e as melhores propriedades mecânicas.
Uma das razões porque muitos recipientes industriais são fabricados de PE de alto peso
molecular - estes recipientes são mais fortes e mais resistentes contra alterações de forma.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Os tipos de testes a seguir são os mais comumente utilizados em materiais plásticos, uma
das razões é o fato de serem relativamente fáceis de executar.
TESTES DE TENSÃO
Descrição
Num teste de tensão uma prova de material plástico é submetida à tração sob uma taxa
controlada, no sentido paralelo ao eixo longitudinal do corpo de prova. Durante o
esticamento do corpo de prova, o mesmo sofre um encolhimento em ambas as direções
perpendiculares ao eixo longitudinal. Corpos de prova podem ser cortados mediante uma
guilhotina afiada, uma lâmina, ou usinados a partir de uma peça extrudada. O método de
preparação deve permitir a fabricação de uma prova de cantos lisos e sem entalhes.
Amostras com entalhes podem produzir resultados errôneos devido ao fato, que a tensão
será concentrada no entalhe. Quando possível as extremidades da peça de teste devem ser
executadas com dimensões maiores, para poder apanhar a parte mais larga durante o teste
sem prejudicar o corpo de prova. A máquina de teste estica a amostra, de modo que as
extremidades se afastam numa velocidade constante, que pode ser escolhida dentro da faixa
de velocidades disponíveis da máquina. Enquanto a amostra está sendo esticada, a máquina
também indica e normalmente memoriza a carga aplicada na prova.
O sistema de indicação da carga de uma máquina de teste de tensão deve ser calibrado para
o ajuste do ponto zero, quando a máquina está sem carga, além do peso das garras de
apanhamento. Um peso de calibrado é acrescentado e a sensibilidade é ajustada até a leitura
da carga corresponder ao peso de calibrado . Os controles do ponto zero e da sensibilidade
eventualmente devem ser ajustados várias vezes até ambos ficarem corretos.
Resistência à tração
É usada para calcular a resistência à tração a carga máxima que uma amostra sustenta
durante um teste de tensão, e que continua sendo aplicada até a quebra da amostra. Esta
carga pode ocorrer durante a quebra da amostra ou mais cedo. Para calcular a resistência à
tração, a carga máxima é dividida pela área transversal da peça de teste, que deve ser
conhecida e medida antes. A área é calculada pela multiplicação da largura, pela espessura
da peça de teste. Essas medidas devem ser verificadas na parte central e reta da amostra.
Normalmente um número maior de amostras (por exemplo, 5) são medidas e testadas. A
resistência à tração deve ser calculada em cada teste para apurar um valor médio.
Resultados onde a amostra de teste foi avariada durante a preparação ou quebrou nas garras
devem ser ignorados. A resistência à tração portanto é a tensão máxima que um material
sustenta quando sujeito à tensão. O resultado de um extrudado particular depende da
velocidade e temperatura de teste, e também se uma amostra foi submetida a um
estiramento no sentido longitudinal ou transversal do extrudado.
Tensão de deformação
Se duas linhas fossem desenhadas na parte central da peça de teste, o aumento da distância
entre estas linhas indicaria a alteração do comprimento. Isto pode ser observado por
pessoas com boa visão e uma régua. Algumas máquinas de teste de tensão possuem
dispositivos de referência que apertam a amostra suavemente, e o afastamento destas
unidades é monitorado automaticamente durante o alongamento da amostra. O sistema
normalmente marca a curva de carga/extensão em intervalos re-gulares de alongamento
mediante uma marcação na curva.
Na quebra da amostra, o sistema de monitoramento memoriza o valor de alongamento neste
momento. Estes sistemas automáticos, entretanto, não são muito adequados para amostras
que apresentam um gargalo acentuado no início da deformação, isto é, para a maioria dos
plásticos semi-cristalinos, ou para amostras que quebram com um mínimo de alongamento
(como poliestireno). Eles são usados, mais freqüentemente, em polímeros elásticos, como
PVC plastificado.
Elongação na quebra
Quando o alongamento é convertido para uma porcentagem pela multiplicação por 100, o
resultado é a elongação. Portanto, a elongação na quebra é definida como:
Módulo de Young
Módulo secante
Em casos onde não está claro se existe uma parte linear na curva de carga/extensão, o
módulo secante é a avaliação mais apropriada para a rigidez. A tensão é calculada num
alongamento específico (muitas vezes 0.002 ou 0,2%), e a taxa desta tensão para um
alongamento especificado é o módulo secante.
Rastejamento
Discussão
Existem casos onde testes de flexão são mais apropriados do que testes de tensão. Estes
indicam como um componente se comporta quando sujeito à dobra, portanto esta
informação é importante se é provável que o componente sofrerá este tipo de deformação
durante a vida útil. Adicionalmente, a amostra do teste é uma tira reta e retangular, que é
mais fácil de cortar a partir de um produto. A amostra é dobrada e, apoiando-a em dois
pontos, é aplicada uma carga na parte central entre os dois suportes (carga de três pontos).
A carga de dobra é convertida para um valor de tensão e a extensão da deformação em um
alongamento. Durante a dobra o material na parte externa da amostra é esticado, enquanto o
material na parte interna é comprimido. A amostra quebra por falha da camada externa,
exposta ao estiramento, com a rachadura continuando através da amostra. No cálculo de
tensões, a camada externa é relevante. A distância entre os apoios externos é chamada de
corda (L), e deve estar entre 15 e17 vezes da espessura da amostra (t). Testes de flexão
normalmente são realizados em máquinas para testes de tensão.
Resistência à flexão
Em amostras que quebram sob uma carga F, é aplicada a fórmula a seguir. Nesta fórmula
‘b’ corresponde à largura da amostra.
Resistência à flexão = 3 F L
2bt2
Em amostras que não chegam a quebrar durante o teste de dobra, a carga é anotada quando
a deflexão ‘x’ no centro da amostra alcançou o valor de 1,5 vezes da espessura desta
amostra. A tensão é calculada pela mesma fórmula acima, porém substituindo-se a carga de
quebra pela carga registrada. Deve-se observar que a deflexão é conhecida pelo gráfico
obtido da máquina de teste de tensão, durante o teste de dobra. Como a deflexão no centro
da amostra é pequena, é mais fácil ajustar o gráfico com a velocidade em 10 vezes a do
cabeçote transversal para ampliar a deflexão.
Módulo de flexão
A rigidez na dobra é determinada medindo a inclinação da parte reta inicial da curva de
carga/deflexão, durante um teste de dobra. Presumindo-se que a inclinação seja S
mm/Newton, o módulo será calculado como indicado abaixo. Observe ao determinar a
inclinação, que esta é a carga dividida pela deflexão do cabeçote transversal. As distâncias
no gráfico podem ser em escalas diferentes, para ampliar o movimento do cabeçote
transversal.
Módulo de flexão = L3 S
4 b t3
TESTES DE IMPACTO
Tensões de impacto
Durante o serviço, componentes de plástico não apenas são submetidos a cargas constantes,
mas devem resistir também a golpes e choques de objetos em queda etc. Estas tensões de
curta duração são tensões de impacto, e várias maneiras de simulação foram desenvolvidas
em laboratórios de teste. O comportamento sob impacto muitas vezes pode ser bastante
diferente do comportamento sob testes de tensão. Por exemplo, poliestireno possui uma
resistência à tração maior que PEBD, porém as propriedades de impacto são bem piores. A
melhor maneira de testar um produto ao impacto é utilizar o próprio produto num teste que
simula as condições e tipos de impacto que o mesmo sofrerá na prática. A configuração
destes testes, portanto depende do produto. Todos os testes de impacto mostram uma
grande variedade de resultados entre as amostras. Por este motivo, é necessário testar um
número razoá-vel de amostras, isto é, pelo menos 10 peças. O desempenho depende em
grande parte se os golpes durante o teste são concentrados em entalhes acentuados ou
cantos, já que estes pontos reduzem a resistência ao impacto consideravelmente.
Vários testes normalizados já foram propostos para avaliar o desempenho relativo de
materiais diferentes. Os resultados devem ser considerados apenas como orientativos em
relação ao desempenho em condições de serviço.
Ambos os testes indicados acima utilizam um pêndulo para aplicar um golpe de impacto à
peça de teste. A altura, para qual o pêndulo sobe após o impacto, apresenta uma medida
para a energia perdida no impacto. Quanto mais energia for empregada para quebrar a
amostra, menor será a altura do movimento pendular. No teste de impacto do tipo Izod, a
amostra é de tamanho normalizado bastante espessa, e fica presa em uma extremidade. Um
entalhe de profundidade e raio determinado normalmente é cortado na amostra para tornar
os resultados mais reproduzíveis, e para mostrar a sensibilidade do material a entalhes.
O teste de impacto do tipo Charpy utiliza uma amostra menor, de forma retangular, que é
presa em ambas as extremidades e é atingida pelo pêndulo, na parte central entre os dois
suportes. Um entalhe retangular pode ser usinado na amostra. Este teste é mais apropriado
para amostras cortadas a partir de produtos moldados. As amostras devem ser testadas com
o eixo longitudinal, tanto no sentido do fluxo do material, como no sentido transversal.
Neste tipo de teste projeteis de vários níveis de energia são permitidos cair em cima de uma
amostra apoiada, e a máquina de teste registra a falha da amostra. Como teste de qualidade
passa/não passa, a energia de impacto é preajustada pela escolha do peso do martelo e a
altura da queda (para determinar a energia de impacto em Joules, deve-se multiplicar o
peso do martelo em quilos por 9.81 e pela altura da queda em metros). Um critério é
estabelecido (por exemplo, 8 amostras de um total de 10 não devem falhar), e o número
necessário de testes é executado.
O procedimento para estimar a energia numérica de impacto para o material com a
espessura submetida ao teste é mais demorado. A energia de impacto do projetil é variada
pela alteração do peso ou pela alteração da altura de queda (uma alteração de altura
também altera a velocidade de impacto). Dez amostras são testadas em cada ajuste de
energia e um gráfico da porcentagem de falha contra a energia do martelo(ou peso) é
estabelecido num formulário apropriado. A energia ou peso de uma taxa de fa-lhas de 50%
é usada posteriormente como parâmetro para a resistência de impacto à queda. Existem
métodos normalizados para apanhar ou apoiar a amostra, como também um padrão de
dimensões para o projetil e para a altura de queda.
A vantagem de testes de impacto à queda é que a peça de teste quebrará no ponto de menor
resistência, permitindo uma comparação melhor do comportamento da peça em serviço. Os
testes também podem ser executados numa peça moldada ou num perfil extrudado
inalterado (por exemplo, um tubo ou um pedaço de filme).
Outros testes aos quais produtos moldados ou extrudados podem ser submetidos incluem os
testes de coeficiente de fricção, dureza (ASTM D785, D2240 ou D2583), deformação sob
cisalhamento (ISO 537), módulo dinâmico (pêndulo de torção), fadiga dinâmica e o teste de
impacto Spencer para filmes (ASTM D1922).
Orientação
Devido ao efeito de granulação na madeira, como já foi mencionado, ela é muito mais forte
em uma direção do que em outra. Os produtos de moldagem por injeção também são muito
mais fortes em uma direção do que em outra. Porém, este efeito pode não ser, muitas
vezes, aproveitado comercialmente em moldagem por injeção. Por este motivo um produto
de moldagem por injeção sempre falha na direção mais fraca, quando o mesmo recebe um
golpe ou é jogado no chão. Esta é a direção transversal ao sentido de fluxo. Isto ocorre em
virtude da existência de forças menores entre as cadeias que ligam as moléculas orientadas.
Se fosse possível produzir moldagens por injeção por orientação biaxial, produtos mais
úteis poderiam ser feitos.
Orientação biaxial
Diferenças de cristalização
Um polímero fundido é induzido a fluir pela aplicação de uma força, às vezes também
chamada de tensão na massa. Isto causa a ocorrência de orientação, e portanto a existência
de propriedades diferentes em direções diferentes no material plástico. Para um material
plástico com a capacidade de cristalização, complicações adicionais podem ocorrer. O
motivo disso é o fato de que a quantia e o tipo das estruturas cristalinas dependem, por
exemplo, da extensão da orientação e das tensões aplicadas durante a refrigeração. Em um
material plástico particular não existe apenas um tipo, ou uma sorte de cristal, mas
normalmente mais de um. A estrutura cristalina de uma peça moldada, feita de um material
termoplástico semi-cristalino, normalmente é muito complicada e pode variar até de uma
superfície para a outra, devido a espessura da peça. Além das razões já mencionadas isto é
possível devido à taxa de refri-geração envolvida (mediante uma refrigeração rápida é
possível produzir artigos transparentes a partir do material PP, que é normalmente opaco).
As estruturas cristalinas poucas vezes são perfeitas, e por isso podem existir defeitos de
cristalização, como também outras complicações.
Testes
Testes muitas vezes são executados em amostras produzidas a partir da moldagem por
injeção, simplesmente porque isto é relativamente fácil de realizar. Estas amostras de teste
não necessariamente possuem as mesmas propriedades, como produtos moldados por
sopro. O nível de orientação e cristalinidade no material termoplástico é diferente. Em
casos onde amostras moldadas por injeção estão sendo usadas, os resultados sempre devem
ser relacionados aos resultados obtidos pelos testes de produtos moldados por sopro, se for
possível.
Objetivo de moldagem
Muitos exemplos mostram que o movimento de pequenas moléculas para dentro e para
fora, através de um material plástico é importante no processamento e na utilização de
termoplásticos. Um deles é a perda de gás numa bebida carbonatada.
Difusão
Permeabilidade
Comportamento organoléptico
Equação de permeabilidade
P= Q
a.t.dp/dx
onde são
Unidades
Várias unidades de medida estão sendo utilizadas. Conforme as normas SI, a unidade é
mol/Ns; porém a permeabilidade de gases muitas vezes é indicado como (10-10 cm2)
/(s.cm.Hg). A permeabilidade a vapores também conhecida como transmissão, muitas
vezes, é indicada em (10-10 g)/(cm.s.cm.Hg).
Para obter uma escala útil (por exemplo, de 1 até 100.000), as taxas de transmissão podem
ser cotadas de uma maneira diferente. A permeabilidade a gases pode ser expressa como
cm3/m2.24h, e aquela para vapores como g /m2.24h, colocando em cada caso a diferença
de pressão e a espessura do filme. Numa escala de 1 até 100.000, a permeabilidade a
nitrogênio de alguns polímeros seria para PVDC=1, PA6 e POM=10, SAN=50, PEAD=250
e PEBD aproximadamente 1.500. Numa escala de 1 até 100.000 a permeabilidade a dióxido
de carbono de alguns polímeros seria para celulose=5, PVDC=30, PA6=180, SAN=1.080,
PEAD=3.500 e PEBD aproximadamente 17.000 até 35.000.
Coberturas
A utilização de coberturas com um material relativamente impermeável é um método
bastante usado para reduzir a permeabilidade de produtos soprados. Muitas vezes o
material de cobertura é PVDC, porém, outros podem ser usados. O vidro é um destes
materiais, como também PE ramificado de alto peso molecular (aplicado mediante
polimerização plasmática).
Coberturas de PVCD
Frascos de PET muitas vezes são cobertos com PVDC para melhorar as propriedades de
barreira. Estas propriedades são o fator chave na utilização de qualquer polímero como
material de embalagem, porque aumentam a vida útil (shelf life) do conteúdo da
embalagem. A cobertura de frascos de PET normalmente é aplicada, imediatamente, após a
formação do frasco, ou pelo mergulho do produto, cobertura de flutuação, ou aplicação de
spray (o último método apresenta a maior taxa de cobertura). A espessura da cobertura está
em torno de 10 microns, esta espessura de cobertura aumenta a vida útil do conteúdo em
aproximadamente duas vezes.
Definições
Densidade: é indicada como massa por unidade de volume. Quando indicada em gramas
por centímetro cúbico (g/cm3) a densidade é numericamente igual à gravidade específica.
Hoje em dia, é indicada na maioria das vezes em quilogramas por metro cúbico (kg/m3),
isto é, o valor numérico é o mesmo da indicação anterior. Se um material possui uma
densidade de 2 kg/m3 será o mesmo que 2 g/cm3.
Gravidade específica: a gravidade específica é a taxa de densidade da substância em
relação à densidade máxima da água. Como é apresentada como taxa, não terá uma
unidade, também é conhecida como densidade relativa.
Volume específico: o volume específico é o volume numa temperatura e pressão
específicas ocupado por uma grama de substância, isto é, o valor recíproco da densidade
(1/D). Unidades são cm3/g, ou m3/kg ou ainda ft3/lb.
Densidade de polímeros
Um material que possui uma densidade baixa pode ser bastante favorável, já que os
materiais normalmente são comprados por peso e vendidos por volume. Por exemplo,
quando 10 cm3 de material serão necessários para produzir um item particular. Quando um
material com uma densidade de 1,4 g/cm3 for usado, serão necessários 1,4x10=14g de
material para cada item, e 1000 dividido por 14 seriam 71 itens por quilo.
Se a densidade do material fosse 0,9g/cm3, somente 9g de material seriam necessários,
portanto seria possível produzir 1000/9=111 itens de 1 kg de material. Isso significa, que o
custo por unidade de volume muitas vezes é mais útil do que o custo por quilograma de
material.
Densidade de compostos
Por exemplo, se 100g de PVC (densidade 1,4g/cm3 ) são misturados com 60g de
plastificador (densidade 0,98g/cm3 ), a densidade do composto será :
100 + 60
100 + 60 = 1,21g/cm3
1,4 0,98
ENCOLHIMENTO
Devido ao encolhimento, a maioria dos componentes plásticos são menores que os moldes,
nos quais são produzidos.
Taxa de encolhimento
Encolhimento total
O encolhimento total em um produto moldado é dividido em encolhimento no molde e
encolhimento após moldagem. O encolhimento no molde é definido como a alteração
dimensional entre o tamanho do molde e o produto moldado, 24 horas após a ejeção do
produto do molde. O encolhimento pós-moldagem que ocorre após o envelhecimento do
produto, também é chamado de encolhimento ambiental.
Encolhimento no molde normalmente aumenta com a elevação da temperatura do molde
e/ou da massa. Porém, o encolhimento total, muitas vezes, é menor com um aumento da
temperatura do molde e, na prática, produtos moldados com estabilidade dimensional
podem ser melhor obtidos. Quando a temperatura do molde é muito alta o encolhimento de
pós-moldagem pode ser desconsiderado, mesmo em materiais termoplásticos semi-
cristalinos. Estas temperaturas altas do molde podem ser vantajosas quando tolerâncias
estreitas são necessárias. Em geral deve-se observar, que não é possível produzir
componentes de moldagem por sopro com as mesmas tolerâncias possíveis na moldagem
por injeção.
Medições
Componentes são produzidos pelo método de moldagem apropriado, isto é, moldagem por
compressão em materiais termorrígidos e moldagem por injeção em materiais
termoplásticos. Isto significa que muitas vezes os valores cotados na literatura são basea-
dos em componentes moldados por injeção. Após um tempo determinado (por exem-plo 2
hs.), as dimensões do produto moldado são verificadas na temperatura do am-biente, e as
dimensões da cavidade também, caso isto não tenha sido verificado anteriormente.
Fórmulas
Tamanho da cavidade
As dimensões da cavidade (Dc) de um molde determinado podem ser calculadas
precisamente mediante a fórmula a seguir:
Dc = Dp + DpS + DpS2
Neste caso Dp é a dimensão do produto moldado, e S é o encolhimento linear. Uma
aproximação simples passo-a-passo é recomendada na especificação das dimensões da
cavidade. Esta aproximação pode ser feita mediante o procedimento a seguir.
A) Especifique e numere cada dimensão do produto
B) Decida qual o tipo e o grau de material termoplástico
C) Verifique a taxa de encolhimento para o material
D) Calcule os valores de encolhimento máximo e mínimo para cada dimensão do produto
E) Determine o tamanho da cavidade para cada dimensão do produto
F) Especifique a tolerância de fabricação para cada dimensão da cavidade
A maioria dos recipientes para líquidos são garrafas e a maioria das garrafas são utilizadas
para a embalagem de bebidas, por exemplo, água, cerveja e sucos de frutas; outros líquidos
incluem molhos e condimentos líquidos para saladas. Os materiais para a embalagem dos
líquidos incluem vidro, chapa estanhada, alumínio e plásticos.
Critérios de desempenho
Vidro
Vidro foi usado por um tempo tão longo, que as desvantagens deste material foram aceitas
naturalmente. Estas desvantagens são a facilidade de quebrar e alto peso. As vantagens
deste material extraordinário incluem transparência, cores atraentes, resistência química,
rigidez, dureza, impermeabilidade e resistência à temperatura. Vidro é produzido a partir de
uma matéria-prima de baixo custo disponível na maior parte do mundo. Garrafas precisas,
produzidas em massa e fabricadas em um molde bipartido foram patenteados
primeiramente em 1821.
Chapa estanhada
Chapa estanhada era o material original para a fabricação de latas. Este tipo de recipiente é
praticamente indestrutível, de baixo peso, impermeável e fácil de decorar. Quando usado
para a embalagem de líquidos este material oferece longa vida de estocagem , facilidade de
esterilização e abertura da lata devido ao desenvolvimento da alça de puxar. Hoje em dia,
recipientes do tipo lata podem ser fabricados de PET, estes recipientes podem ser
transparentes quando necessário.
Alumínio
Alumínio é utilizado atualmente para fabricar latas de baixo peso, feitas de duas peças, para
bebidas carbonatadas (soft drinks). Este material também é empregado muitas vezes na
fabricação de folhas laminadas baseadas, por exemplo, em papel revestido de PE, com uma
camada intermediária de folha de alumínio (Al). Estas fo-lhas laminadas são utilizadas
numa série de produtos, como cartões para a embalagem de líquidos, tais como leite e sucos
de frutas.
Plásticos
Materiais plásticos de PE tornaram a garrafa de plástico aceitável, quando nos anos de 1950
garrafas elásticas (de aperto) para detergentes foram fabricadas. Essas garrafas ofereciam
baixo peso e boa resistência ao impacto. Hoje em dia, uma enormidade de materiais
plásticos e combinações de materiais plásticos estão sendo utilizadas, num esforço para
vencer duas das maiores desvantagens de PE: a opacidade e/ou a permeabilidade. Agora,
devido ao desenvolvimento dos materiais, combinações de materiais e equipamentos,
recipientes de plásticos (produzidos pela moldagem por sopro) se estabelecem firmemente,
pelo fato de serem uma alternativa atraente e de baixo consumo de energia, em relação aos
materiais tradicionais. Estes recipientes são disponíveis numa grande variedade de
tamanhos, texturas, formas e cores. Os recipientes podem ser transparentes até opacos, e a
sua aparência pode ser destacada por uma série de técnicas de decoração.
Outra vantagem é a facilidade de configuração e o uso eficiente do espaço. Formas
complexas podem ser produzidas com facilidade, por exemplo, tanques de plástico para
automóveis. Plásticos em muitos casos são escolhidos também devido a sua rigidez e boa
resistência à quebra.
Bebidas carbonatadas
(Soft drinks) 0.25 até 2.0 PET - ISBM e ESBM
Soft drinks 0.25 até 0.33 PVC - EBM, ISBM e ESBM
Cervejas 1.5 até 22.0 PET - ISBM
Cervejas 0.25 até 0.33 PVC - EBM e ISBM
Cidras 1.5 e 2.0 PET - ISBM
Água 1.5 até 3.0 PVC - EBM, ESBM e ISBM
Água 1.5 até 22.0 PET - ISBM
Água 1.9 até 19.0 PEAD - EBM
Água 1.9 até 19.0 PC - EBM
Vinho 0.7 até 3.0 PVC - EBM
Vinho 0.7 até 3.0 PET - ISBM
Aguardente 0.02 PVC - EBM
Aguardente 0.5 até 1.0 PET - ISBM
Concentrado de frutas 1.0 até 3.0 PVC - EBM e ESBM
Suco de frutas 1.0 PET - ISBM
Suco de frutas 1.0 até 5.0 PEAD/TL/EVOH/TL/PEAD - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PC - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PEAD - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PP - EBM
Leite 0.5 até 9.5 PEAD - EBM
Leite 1.9 até 9.5 PC - EBM
Molhos / alimentos 0.25 até 2.0 PET - ISBM
Molhos / alimentos 0.25 até 1.0 PP/TL/EVOH/TL/PP - ISBM
Molhos / alimentos 0.25 até 1.0 PETG - EBM
Óleo comestível 0.25 até 3.0 PVC - EBM, ESBM e ISBM
Óleo comestível 1.0 até 2.0 PET - ESBM e ISBM
Óleo p/motores e
Agentes anti-congelantes 0.5 até 5.0 PEAD - EBM
Artigos de banho 0.02 PE/TL/PA - EBM
Cosmética 0.02 PVC e PETG - EBM
Prod. químicos domésticos 0.5 até 3.0 PVC e PEAD - EBM
Prod. químicos industriais 0.5 até 10.0 PEAD - EBM
Prod. químicos industriais 0.5 até 10.0 PET - ISBM
Produtos medicinais 0.02 PP/TL/EVOH/TL/PP - EBM
Produtos medicinais 0.02 PET - ISBM
Produtos medicinais 0.02 PC/TL/EVOH/TL/PC - EBM
Métodos de produção:
EBM = Moldagem por extrusão e sopro (Extrusion blow moulding)
ESBM = Moldagem por extrusão e sopro com estiramento (Extrusion stretch blow
moulding)
ISBM = Moldagem por injeção e sopro com estiramento (Injection stretch blow moulding)
Propriedades de barreira
Permeação de gases e líquidos, através de um recipiente plástico, pode ser um dos fatores
mais importantes que determinam a vida útil do conteúdo. As taxas de transmissão de
oxigênio, dióxido de carbono e de agentes de condimento, normalmente, são de grande
interesse. Permeação é uma função de materiais, projeto e método de processo. Veja
Permeabilidade a gases, vapores e líquidos.
Vazamento
Esterilização
Capítulo 3
MANUSEIO DE MATERIAIS
Conselhos gerais
O assunto do manuseio de materiais e componentes é um tema que está sendo tratado com
despreocupação em muitas empresas de moldagem. Como resultado, é comum a
contaminação do material e dos produtos moldados. A causa mais freqüente de
contaminação de material é a água, além de óleo e/ou graxa. Muitas vezes tempo e di-
nheiro são gastos no melhoramento da operação de moldagem propriamente dita, enquanto
o assunto do manuseio de materiais está sendo ignorado.
Fornecimento de material
Testando materiais
A grande parte dos materiais de moldagem é aceita como sendo satisfatória, até aparecer
alguma coisa errada durante a operação de moldagem. Portanto, vale a pena inspecionar o
material, anotando cor, tamanho do grão, consistência do tama-nho do grão e qualquer
contaminação óbvia. Não adianta moldar material fora de especificação, o resultado serão
recipientes fora de especificação. Quando possível, a facilidade de fluxo do material deve
ser verificada durante a operação de moldagem, por exemplo, o tempo de saída do parison
e a corrente do motor da extrusora. A presença de divergências na superfície ou faixas
prateadas indicam se o material de moldagem necessita de secagem. Em muitos materiais
plásticos de engenharia isto deve ser verificado antes do início da moldagem.
Conteúdo de umidade
Manuseio de material
Todas as áreas de armazenamento e descarga devem ser mantidas limpas e secas, para
minimizar o perigo de fogo. Os locais de armazenamento devem ser separados da oficina
de moldagem, por portas resistentes ao fogo. Não coloque o material diretamente à luz do
sol, mas sobre prateleiras adequadamente construídas. A utilização de áreas de
armazenamento sem aquecimento e ventilação natural é o suficiente.
Tome os devidos cuidados para que o material não envelheça nas áreas de armazenamento,
adotando uma política de controle rigoroso de estoque. O material que entra primeiro,
também deve ser utilizado primeiro (first in, first out). O controle rigoroso de estoque é
importante porque dentro de um carregamento de material podem existir vários lotes
diferentes, e um destes lotes pode conter material defei-tuoso. Pela adoção de uma política
rigorosa de controle de estoque, um lote defeituoso pode ser facilmente identificado e
isolado, evitando deste modo a produção de artigos defeituosos.
Formas de alimentação
Muitos materiais plásticos são disponíveis em mais de uma forma de alimentação, por
exemplo, grãos ou pó. Entretanto, problemas de alimentação podem ser encontrados em
caso de mistura. Em termos de eficiência de produção, os grãos esféricos (de
aproximadamente 3mm de diâmetro) são os mais eficientes. Pó fino é a pior forma, seguida
por material regranulado, granulados cortados em forma de cubos e ainda granulados
cortados em forma de corda (feito pelo corte de cordas de forma circular).
Quando materiais plásticos em forma de pó fino ou poeira são utilizados, os perigos do uso
de tais materiais “poeirentos” devem ser considerados. Todo o equipamento deve ser
adequadamente aterrado para minimizar os perigos de eletricidade estática. As partículas
finas produzidas (por exemplo, mediante recuperação) devem ser removidas, se possível,
antes da reutilização do material.
Poeira
Quando o plástico é levado para a área de moldagem, permita que o material adquira a
temperatura do ambiente (área de sopro climatizada) para evitar a conta-minação do
material por condensação. Por exemplo, antes das embalagens serem abertas, e depois de
levá-las à área de sopro, permita que elas permanecem na área de trabalho por 8 horas,
particularmente, durante os meses mais frios e em tempos de alta umidade. Nestas ocasiões
é aconselhável armazenar o material que será consu-mido durante um dia na área de
trabalho.
Secagem
A maioria dos materiais plásticos são fornecidos em estado seco e prontos para serem
usados, porém alguns contém umidade e devem ser secados antes da moldagem. Muitos
plásticos, e particularmente plásticos de engenharia, absorvem água (eles são
higroscópicos), e neste caso eles devem ser secados antes do uso (em muitas áreas de
moldagem por injeção, por exemplo, os materiais estão sendo secados como procedimento
normal para evitar transtornos). Alternativamente, o conteúdo de água (umidade) de um
material úmido pode ser reduzido a um nível aceitável, pela utilização de uma máquina que
permite a ventilação de gases, ou pela secagem num forno. Caso a secagem num forno seja
necessária, pode ser efetuada num forno de ar quente, numa unidade de dessecagem ou
num secador a vácuo. Os últimos dois métodos são mais eficientes e mais rápidos, eles
reduzem o conteúdo de água para níveis mais baixos e necessitam, aproximadamente, da
metade do tempo necessário da secagem em um forno de ar quente. No caso de alguns
materiais eles são a única maneira de secagem (veja o capítulo SECAGEM).
Após a secagem
Após a secagem o material não deve ser colocado dentro de um funil de alimentação aberto
por um período de tempo prolongado, onde pode absorver umidade novamente; quando
materiais higroscópicos (como ABS) estão sendo moldados, isto pode produzir manchas ou
marcas oblíquas na superfície dos artigos. Uma vez que o material foi colocado dentro do
funil de alimentação da máquina de moldagem, a tampa do mesmo deve ser recolocada
imediatamente, para prevenir contaminação ou acidentes, como por exemplo, esmagamento
dos dedos. Alguns materiais necessitam a utilização de um funil de alimentação aquecido.
Neste caso o funil de alimentação deve ser enchido com 14,4 kg de material e o nível deve
ser anotado, para não encher o funil acima desta marca.
Contaminação por óleo ou graxa normalmente ocorre após a ejeção dos artigos (por
exemplo, óleo ou graxa caindo das buchas da placa de calibração, ou das gaxetas do
cilindro hidráulico), isto deve ser corrigido, imediatamente, mantendo estes pontos sob
controle por manutenção preventiva. Outra causa comum de contaminação é a dispersão de
graxa em volta dos pinos do bocal. O bocal deve ser desmontado e limpo cuidadosamente,
e depois montado novamente, utilizando um lubrificante à base de PTFE.
Como a rebarba fica bem mais quente na ejeção do que os artigos é necessário tomar
providéncias, para que a rebarba quente não entre em contato e fique grudada nos artigos
relativamente frios. Quando isso acontece, os artigos normalmente não podem ser mais
utilizados. A retirada da rebarba quente também pode ser pro-blemática.
Muitos plásticos atraem poeira a uma taxa considerável e isso pode ser extremamente
difícil e dispendioso para remover. É muito melhor evitar a ocorréncia deste problema, em
primeiro lugar, por exemplo, cobrindo os produtos moldados todo o tempo, ou
manuseando-os o mínimo possível. Durante o manuseio ou transporte deve-se considerar os
perigos de arranhar ou marcar os artigos (eles ficam até riscados quando existe um leve
atrito entre os próprios artigos), já que muitos produtos são danificados durante o transporte
devido embalagem inadequada. Quando tocados com mãos desprotegidas, pode ser
transferida graxa para os artigos, e isto também pode ser problemático, por exemplo, em
caso da impressão dos produtos. Luvas secas e limpas devem ser usadas no manuseio dos
artigos, a não ser que esta precaução não seja necessária.
SECAGEM
A maioria dos materiais plásticos é fornecida seca e pronta para ser utilizada, porém alguns
materiais são úmidos e devem ser secados antes da moldagem. Mesmo assim é importante
prevenir contaminação por água, também quando o material for secado para reduzir o
consumo de energia. A quantidade de água que um material absorve pode ser medida em
24 horas, à temperatura ambiente. A secagem normalmente é necessária quando a
porcentagem for maior do que 0,1%. Porém, em muitas fábricas o material é submetido a
uma secagem como procedimento normal, evitando problemas sobre a necessidade e a
duração da secagem (quando PET está sendo processado pode ser necessário usar material
excepcionalmente seco, com um teor de umidade menor que 0,01%).
Prevenção de condensação
Quando o material plástico é levado para a oficina de moldagem é necessário permitir que o
mesmo alcança a temperatura do ambiente, para prevenir a contaminação do material por
condensação. Antes da abertura das embalagens, por exemplo, e depois do transporte do
almoxarifado, permita que as mesmas permaneçam na oficina por 8 horas, isto se aplica
particularmente para os meses mais frios e em períodos de alta umidade. Nestas ocasiões é
aconselhável estocar a quantidade de material, consumido em um dia, na área de
moldagem, sem abrí-lo, antes da utilização.
O conteúdo de água de um material úmido pode ser reduzido para um teor aceitá-vel, pela
utilização de uma máquina com ventilação; isto não apenas reduzirá o conteúdo de água,
mas removerá também outras substâncias, como gases (voláteis) na temperatura de
moldagem, além de possibilitar a formação de compostos com cores, com bastante
eficiência. A finalidade básica de uma máquina de moldagem com ventilação é uma
compressão e posteriormente uma descompressão da massa. Pela compressão da rosca o
material plástico é fundido, matérias de contaminação são convertidas em gases, e pela
redução da pressão no material os voláteis são removidos, através de um orifício de
ventilação. Em seguida, a massa é comprimida novamente e transportada para a parte
frontal do cilindro ou canhão. As máquinas com ventilação, normalmente, não são
consideradas como máquinas de moldagem por sopro. Porém, devido às excelentes
características de mistura do projeto das roscas, nos quais elas se baseiam, são usadas às
vezes na moldagem por sopro.
Secagem no forno
Quando a secagem no forno é necessária, isto pode ser feito num forno de ar quente, numa
unidade de dessecação ou num secador a vácuo. A secagem no forno (secagem por
convecção) é popular, porque é relativamente barata para instalar e fácil de ope-rar. Este
método porém não é muito eficiente e muitas vezes pode ocorrer uma con-taminação. O
material plástico é colocado em camadas finas (menor que 10 mm ou 0,5 polegadas) dentro
de um forno de convecção; um forno equipado com ventilação é me-lhor. As condições de
secagem para materiais diferentes estão relacionadas na Tabela 8. O tempo de secagem é
indicado em horas; é necessário tomar as devidas providências para se evitar uma alteração
do material pela perda de plastificador ou oxidação. Para evitar uma saturação do ar com
vapor de água, uma parte do ar deve ser ventilada e as gavetas devem ser cobertas com uma
malha fina ou gaze para prevenir contaminação. Melhores condições possibilitam filtração
e recirculação do ar para remover agentes de contaminação e economizar energia.
Após a secagem, o material não deve ser colocado dentro de um funil de alimentação sem
aquecimento, por um período de tempo prolongado, em virtude da possibilidade de
absorver umidade novamente, e porque na moldagem de materiais higroscópicos, como
ABS e PA66, isto pode produzir manchas ou marcas oblíqüas na superfície dos artigos. O
consumo de material para uma combinação máquina/molde determinada deve ser calculado
(veja Manuseio de materiais) para identificar quanto material de-veria ser colocado dentro
do funil prevenindo deste modo a estocagem por tempo indeterminado. Providências
devem ser tomadas também para que materiais higroscópicos não permaneçam dentro de
um funil sem aquecimento por mais de uma hora.
Mediante estes dois sistemas o material plástico é secado ou mantido seco na máquina de
moldagem. Nos sistemas mais simples, resistências aquecem o funil de
alimentação de metal. Este tipo de sistema é útil quando o material plástico foi secado em
outra unidade, para prevenir a ocorrência de condensação. Um funil aquecido, portanto, não
é necessariamente um funil de secagem. Para secar o material plástico será necessário
soprar ar aquecido através do material de moldagem durante um tempo pré-determinado.
Para obter o tempo de permanência apropriado, o funil deve ser relativamente grande (isto
pode ser calculado como indicado no capítulo MANUSEIO DE MATERIAIS). Em casos
onde o tempo de permanência necessário do mate-rial não é mantido, os sistemas utilizados
podem ser chamados de funis aquecidos mais adequadamente do que funis secadores. A
eficiência pode ser melhorada, quando o ar é secado pela passagem através de uma unidade
dessecante; cada máquina pode ser equipada com sua própria unidade de desumidificação.
Eliminação de voláteis
Quando um material plástico está sendo secado, a água muitas vezes não é a única matéria
contaminante que é removida; matérias que ficam gasosas nas temperaturas de
processamento também são extraídas do plástico em forma de voláteis. Portanto, estes
voláteis incluem água e materiais orgânicos, como monômeros. Numa área de moldagem
que está processando PS, por exemplo, o odor ácido é proveniente, muitas vezes, de
material processado de forma inadequada. Uma das substâncias que causam este odor
repugnante é estireno. Matérias orgânicas químicas, tais como estireno de-veriam ser
tratadas com cuidado e respeito, já que elas são prejudicial ao corpo humano. As condições
de processamento devem ser ajustadas para minimizar a sua formação e quando elas
existem, elas devem ser eliminadas de uma maneira aceitá-vel sem permitir que elas
poluam o ambiente da área de moldagem.
Controle de voláteis
O que é observado muitas vezes subindo da área do ferramental ou bocal de uma máquina
de moldagem é matéria volátil causada pela queima de material plástico; este material
poderia ter saído do bocal durante a operação de moldagem ou ficado após a purgação do
sistema. É muito importante manter a parte externa do ferramental/bocal ou das resistências
isento de impurezas, caso contrário é possível a formação de gases prejudicais. As
condições de operação, como, por exemplo, as temperaturas do canhão devem ser mantidas
dentro de valores (isto é, o mais baixo possível) que minimizem
a formação de gases, e qualquer matéria volátil que escape deve ser eliminada num
queimador catalítico montado em cima da máquina. Como alguns voláteis, por
exemplo, alguns retardantes de chama não podem ser queimados deste modo, a área
também deve ser equipada com um sistema eficiente de extração.
COLORAÇÃO
Material composto
Masterbatches
Masterbatches podem ser sólidos ou líquidos e disponíveis em uma série de cores de tais
matizes. Os masterbatches sólidos são os mais populares, com aproximadamente 60% de
todas as aplicações internas executadas com este método. Estes materiais sólidos podem ser
baseados numa matriz de ceras (uma matriz universal), ou no polímero básico
(concentrado específico do polímero). Estes últimos concentrados são mais baratos do que
os outros. Antes da utilização de um masterbatch universal é importante verificar que seja
apropriado para o uso em conjunto com o plástico; alguns masterbatches indicam a
utilização universal, porém esta indicação deve ser tratada com cautela. Masterbatches que
contém outros aditivos, como por exemplo, agentes absorventes de raios ultravioletas,
também são disponíveis.
Vantagens de Masterbatches
Coloração líquida
Mediante este sistema o corante é dispensado numa matriz líquida resultando num
masterbatch líquido, que pode ser facilmente dispensado ou dosado durante o
processamento. Apesar do otimismo, corantes líquidos não são usados freqüentemente hoje
em dia. As aplicações mais sucedidas parecem ser em corridas longas, utilizando uma cor,
onde uma dosagem precisa para uma coloração uniforme pode ser estabelecida e mantida.
Um dos problemas maiores é a limpeza na separação; outro é manter a precisão de
dosagem. Geralmente a coloração líquida não é popular na moldagem por sopro.
Coloração seca
A maneira menos onerosa de colorir plásticos é através do uso de corantes secos, porém a
principal desvantagem é a tendência de ser um processo sujo e poeirento. Para manter a
consistência de cores durante uma corrida de produção (isto é, melhorar a meticulosidade e
consistência) saquinhos ou caixas com a quantia correta para embalagens de 25 quilos ou
embalagens maiores são disponíveis. Durante a utilização de corantes secos, é imperativo
que a superfície do granulado esteja coberta uniformemente com o corante para alcançar
uma dispersão satisfatória do corante na massa do polímero. O tipo da técnica de mistura
(por exemplo, rotação por eixos individuais ou múltiplos) e o tempo de mistura devem ser
normalizados para assegurar uma cobertura uniforme do granulado pelo corante. Quando
um procedimento bem sucedido foi estabelecido este deve ser mantido para alcançar a
uniformidade da cor. Também será necessário tomar os devidos cuidados para que o
corante não absorva umidade durante o armazenamento, por causa da ocorrência de
aglomeração; estes aglomerados podem produzir diferenças de cores ou faixas nos produtos
moldados. Devido ao problema de toxicidade, muitos pigmentos em forma de pó (por
exemplo, baseados em cádmio) requerem manuseio cauteloso; estes problemas ajudam a
explicar o motivo porque a utilização de corantes secos está diminuindo.
Observação: Independente do método utilizado para colorir o polímero natural, é necessário
lembrar que as propriedades e dimensões do produto moldado podem ser afetadas
consideravelmente pelo tipo de corante ou pigmento usado.
CORANTES
O termo corante é um termo geral usado para descrever os materiais utilizados para
transferir cor aos objetos. Os dois corantes básicos são as tintas e os pigmentos.
Tintas
As tintas são solúveis no material a ser colorido e portanto podem dar cores transparentes.
O uso de tintas em plásticos porém é limitado, porque elas possuem geralmente baixa
resistência à luz, baixa estabilidade térmica e tendência à migração.
Pigmentos
Pigmentos são corantes insolúveis e transferem cores opacas; eles são classificados como
orgânicos ou inorgânicos. Os pigmentos orgânicos são produtos químicos orgânicos
complexos, baseados em anéis de benzeno, enquanto os inorgânicos são baseados
normalmente em óxidos metálicos.
Pigmentos envernizados
Efeitos especiais
Alguns pigmentos e tintas podem ser usados para apresentar efeitos visuais além de cores,
tais como efeitos metálicos, perolados, fluorescentes e fosforescentes. Materiais baseados
em alumínio podem ser usados para obter cores metálicas prateadas e ligas de cobre são
utilizadas para obter cores metálicas douradas. Para alcançar um efeito perolado ou de
madrepérola, será necessário usar um pigmento de placas com alto índice refrativo, como
por exemplo, carbonato básico de chumbo. Corantes fluorescentes podem dar uma cor mais
brilhante do que tintas e pigmentos normais, porque eles absorvem luz invisível e emitem
luz visível. Os corantes fosforescentes se comportam de maneira similar, porém a luz é
emitida como incandescência, isto é, eles ficam acesos no escuro.
Comparação
Utilização
Incorporação
A maioria dos artigos plásticos são da mesma cor por inteiro. Para obter uma cor uniforme
o corante deve ser incorporado durante um estágio de plastificação, isto é, sob condições de
cisalhamento e altas temperaturas. O corante deve ser escolhido em primeiro lugar para
resistir a tais condições. A maioria dos pigmentos orgânicos entra em colapso rapidamente
quando a temperatura passa dos 290°C, e alguns somente resistem a 240°C por um período
de tempo curto, por exemplo 5 minutos. Uma co-loração da superfície é possível mediante
tingimento após a produção ou aplicação de uma camada (skinning) durante a produção. A
aplicação de camadas é possível tanto para moldagem por injeção como para extrusão. Este
método está sendo usado em “DMC moulding”, para colocar uma camada dura e resistente
a arranhões em uma ou ambas as faces do artigo; uma mistura de resina/vidro é pulverizada
dentro do molde antes da moldagem. A moldagem por coextrusão e sopro é outra maneira
de reduzir o uso de corantes.
REPROCESSAMENTO
A possibilidade de recuperar produtos de moldagem defeituosa, como também as rebarbas
e restos de material produzidos durante a operação de moldagem de materiais
termoplásticos, muitas vezes é uma benção duvidosa, porque isto pode levar à postura de
que a produção de artigos defeituosos não tem importância. Um comentário muitas vezes
comum é de que os artigos podem ser moídos para produzir material recuperado e utilizado
novamente.
Empenho perdido
Alterações no material
Durante o processo de moldagem não devem ocorrer alterações no material plástico, ainda
que pequena. Qualquer uma é indesejável. Algumas das alterações que podem surgir são as
seguintes:
A) Contaminação por água - causada pela absorção de água no material ou por
condensação.
B) Oxidação - quando os plásticos são aquecidos em contato com oxigênio ocorre a
oxidação; o primeiro sinal disso é uma mudança de cor e depois uma mudança de
propriedades.
C) Sobreaquecimento - quando sobreaquecidos, mesmo na ausência de ar, o plástico sofrerá
uma decomposição ou degradação térmica; muitas vezes gases são produzidos e podem ser
perigosos.
D) Contaminação de poeira - é fácil gerar eletricidade estática em plásticos, isto atrai poeira
ou sujeira rapidamente.
Efeitos de aditivos
Alguns materiais podem acelerar alterações químicas (eles catalisam), por exem-plo, o
cobre pode causar uma alteração rápida em PP quente. Isso quer dizer, que a adição de
qualquer produto ao material ou à resina plástica deve ser efetuada com cuidado, e somente
quando existir certeza de que isto não causará uma alteração indesejável. Portanto,
qualquer aditivo deve ser testado antes de ser usado na produção. Isto é, se um pigmento ou
masterbatch para coloração foi especificado, este não deve ser substituído por outro até o
novo aditivo ser testado e aprovado.
Rejeição implacável
Quando artigos defeituosos, parisons ou rebarbas estão previstos para serem recuperados
eles devem ser examinados cuidadosamente, e somente o material isento de contaminação e
mudanças de cor deve ser usado. Porque é uma prática comum misturar material virgem
(novo) com material recuperado (moído), e quando o material recuperado é contaminado,
uma grande quantia de material rejeitado será produzida novamente. Se isto não for
verificado, o problema facilmente sairá de controle. Portanto, seja implacável em rejeitar
qualquer material ou sistema de alimentação suspeito de contaminação, isto é, somente
recupere o material de boa qualidade.
Inspeção regular
Mantenha coberto todo o material que deve ser recuperado. Mantenha o moinho e os
recipientes de armazenamento isentos de impurezas. Inspecione as facas do moinho
regularmente para verificar se existem facas quebradas, sem corte ou gastas, e substitua-as
quando necessário. Coloque o material recuperado em equipamento que retire poeira ou
impurezas, fragmentos de metais e água. Trate-o depois como mate-rial novo, ou seja,
armazene o material recuperado dentro de recipientes fechados numa dispensa limpa e seca.
Misture-o com material virgem na proporção exatamente especificada.
Regranulação na máquina
A identificação completa da maioria dos polímeros pode ser muito difícil ou quase
impossível. Porém, o que é necessário, em muitos casos, é a separação ou reconhecimento
de lotes de materiais cuja identificação foi perdida. Nestes casos o uso de testes simples é
justificado.
Testes simples
Exame preliminar
Densidade
Comportamento no aquecimento
Ponto de plastificação
Novamente não é exigido um valor muito preciso. A maneira mais simples de se obter um
valor aproximado é pelo aquecimento de uma amostra pequena numa placa metálica
quente, enquanto o aumento da temperatura está sendo registrado; deve ser usada uma taxa
de aumento da temperatura de aproximadamente 50°C (120°F) por hora (veja Tabela 9
referente aos detalhes de alguns pontos de plastificação).
Identificação de recipientes
Tg = Temperatura vítrea
Tm = Ponto de plastificação
HDT= Temperatura de deflexão ao calor
Capítulo 4
O SISTEMA DE MOLDAGEM POR SOPRO
SISTEMA DE ACIONAMENTO
Este tipo de motor é o mais popular em extrusoras modernas. Eles são controlados
mediante um circuito de estado sólido que retifica a corrente alternada de alimentação. O
custo do circuito de estado sólido depende do número de tiristores. Quando apenas três
tiristores estão sendo utilizados, a voltagem retificada tem uma ondulação de 180 Hz e um
fator de forma de 1,05. Com o aumento do número de tiristores para seis, a freqüência de
ondulação aumenta para 360 Hz e o fator de forma para 1,01. Um alisamento maior pode
ser efetuado mediante filtragem, que é mais fácil em altas freqüências. A ausência de uma
voltagem equilibrada provoca perda de calor no motor e redução da eficiência. A eficiência
geral destes motores depende de seu tamanho, da carga e da velocidade. A tabela a seguir
indica as eficiências típicas disponíveis nos eixos, para motores na faixa de potência de 15
até 100 kW (20 até 133 HP).
Eficiência do motor em %
Carga plena Carga média (50%)
Rotação máxima 89 87
Rotação média (50%) 86 84
Numa diminuição maior da rotação, a eficiência fica reduzida para 50%. Motores mais
potentes tendem a ser mais eficientes do que motores pequenos. Além de ser um dos tipos
de motores mais eficientes na faixa de velocidade de 20-100% do máximo, os motores de
corrente contínua permitem uma larga gama de velocidades controláveis, na faixa de 30:1.
Uma desvantagem em motores de corrente contínua é a tendência de alterar a velocidade
com o aquecimento do motor, porém isto pode ser reduzido mediante a realimentação do
tacômetro. Além disso, os motores necessitam de escovas e comutadores, e estes itens
requerem uma manutenção programada em intervalos regulares.
Potência do motor
Para fornecer um guia das exigências de potência que se pode esperar para diâmetros
diferentes, a tabela seguinte indica valores aproximados, presumindo-se a utilização de uma
extrusora de canhão liso sem ventilação e uma relação de L/D (comprimento/diâmetro) de
aproximadamente 24:1. Caso um canhão ranhurado seja utilizado serão necessários
aproximadamente 50 kW (65 HP) a mais, e em caso de uma extrusora ventilada deve-se
acrescentar mais 30 kW (40HP) de potência.
38mm (11/2”) 12 16
64mm (21/2”) 40 50
89mm (31/2”) 85 115
114mm (41/2”) 130 175
152mm(6”) 230 310
230mm (8”) 400 530
Redutor
Estes mancais devem apoiar a rosca no sentido horizontal, para evitar o contato com as
paredes do canhão, e devem suportar uma carga axial considerável (por exemplo, uma
extrusora com um diâmetro de 41/2” terá uma carga axial de 28 toneladas, quando a
pressão no final da rosca for 4000 psi), além de transmitir o torque para a rosca. A haste da
rosca encaixa na luva de acionamento dentro da carcaça do mancal de pressão.
Normalmente uma chaveta individual é usada, porém encaixes com entalhes periféricos
providenciam uma distribuição melhor do torque em volta da haste. Apesar do fato de que
rolamentos de esferas permitem uma rotação mais alta, a sua capacidade de carga não
chega àquela dos rolamentos de rolos, portanto estes últimos estão sendo empregados para
resistir às altas cargas axiais. Uma lubrificação programada do mancal de pressão é
importante.
Mancais estão sujeitos a desgaste e quando danificados afetam o desempenho da rosca. Os
sintomas muitas vezes são um acréscimo da corrente do motor e uma diminuição de
produção, isto é, quando o defeito não é sanado há um desgaste maior de rosca e canhão.
Os mancais são vendidos sob condições de vida e carga pré-determinadas. O efeito da
mudança de condições de operação na vida útil dos mancais é apresentado na próxima
seção.
A vida útil B-10 de um rolamento axial é o período de tempo em horas quando 10 mancais
de um total de 100 são previstos a falhar, se utilizados sob certas condições especificadas.
Muitos fabricantes estão cotando a vida B-10, presumindo que a extrusora será operada a
100 rpm e com uma pressão axial de 5000 psi (~352 bar). Se a extrusora é operada numa
velocidade maior ou com uma pressão axial mais alta, existe uma redução na vida útil
esperada do mancal. A tabela a seguir mostra o fator de multiplicação da vida B-10 para
uma série de condições diferentes das normalizadas. Quando um rolamento axial de
esferas, por exemplo, tem uma vida útil prevista de 100.000 horas na rotação de 100 rpm, a
vida útil esperada numa rotação da rosca de 125 rpm e uma pressão axial de 7000 psi será
somente 30.000 horas (0,3x100.000). Observe que 100.000 horas são aproximadamente 12
anos, a 7 dias por semana e operação 24 horas por dia.
O CANHÃO
Estamos presumindo que a máquina utilizada seja do tipo de rosca única, porque este tipo é
o mais popular. São a rosca e o cilindro da extrusão ou canhão que interagem para
transportar e plastificar o material e para gerar pressão no material plástico. É muito
importante que isto seja feito de maneira controlada, já que é necessário produzir material
plastificado uniformemente, de composição constante, e numa taxa controlável e
constante. Para alcançar isto, o canhão deve ser executado com grande precisão; o erro total
de desalinhamento após a usinagem deve ser menor que a metade da folga entre canhão e
rosca.
Configuração do canhão
Tendo em vista que as pressões geradas podem chegar a valores muito altos, os cilindros
de extrusoras ou canhões devem ser fabricados para resistir a estas altas pressões. Eles são
fabricados a partir de tubos de aço ligado de parede grossa, e são normalmente previstos
para operar até a uma pressão de 5000psi (~350 bar), resistindo a uma pressão mínima de
rompimento de 10.000 psi (~700 bar). A abertura de alimentação normalmente é integrada
ao canhão ou incorporada a uma peça fundida separada (situada entre o canhão e o redutor),
e é aproximadamente do tamanho do diâmetro do canhão (a refrigeração da zona de
alimentação é muito importante para evitar a formação de “pontes” no funil de alimentação,
bloqueando a passagem do material). Na outra extremidade do canhão existem provisões
para a fixação do ferramental (cabeçote), mediante uma peça de adaptação.
Ventilação
O conjunto de rosca e canhão operam num ambiente muito agressivo, que pode causar
severos problemas de desgaste. Para melhorar a resistência do canhão ao desgaste este pode
ser revestido com uma liga resistente, como por exemplo Xaloy. Esta camada resistente
pode ser fundida durante a fabricação do canhão, ou o revestimento pode ser inserido
posteriormente (por exemplo, na recuperação de uma máquina com desgaste). Estas
unidades montadas são conhecidas como canhões bimetálicos, eles são utilizados, muitas
vezes, quando compostos abrasivos estão sendo processados (em casos da extrusão de
materiais como vinil cloreto, até materiais de revestimento mais resistentes à corrosão
podem ser aplicados). Alguns canhões são temperados pela nitretação da face interna; estes
canhões nitretados não possuem a mesma duração que os canhões temperados. Em virtude
da dureza do canhão acabado, todas as operações de usinagem, por exemplo, furos para os
sensores de temperatura devem ser executados num estágio anterior. Como é mais fácil
repor uma rosca do que um canhão, o canhão deve ser mais duro do que a rosca.
Quando uma rosca convencional está sendo usada para extrudar um material plástico, uma
grande quantidade de calor está sendo gerada devido à taxa de compressão da rosca. Para
evitar esta geração de calor, hoje em dia, são fabricadas máquinas que possuem roscas de
compressão zero, isto é, a profundidade do filete da rosca é a mesma em todo o seu
comprimento. Este tipo de rosca não é capaz de produzir uma boa mistura, porém isto pode
ser melhorado pela incorporação de uma parte misturadora (por exemplo, com entalhes
longitudinais) localizada na parte frontal da rosca. Estas roscas de compressão zero
normalmente são usadas em conjunto com canhões, que possuem ranhuras longitudinais na
zona de alimentação do canhão. Os conjuntos com canhões ranhurados são considerados
essenciais para o processamento de PE e de PP de alto peso molecular com altas taxas de
produção, e estes conjuntos fornecem uma produção consistente, mesmo com uma variação
de contrapressão no cabeçote, por exemplo, devido à programação do parison. Para
máquinas de moldagem por sopro estes canhões são disponíveis em diâmetros de até 90
mm (3,5”), e uma relação de comprimento/diâmetro de 20:1 e até 30:1(veja seção sobre
ROSCAS).
Geração de pressão
Numa extrusora convencional (equipada com uma rosca de três zonas) a pressão da massa
aumenta gradualmente, durante o avanço do fluxo da massa em direção à parte frontal da
rosca. Isto não acontece numa rosca de compressão zero e num conjunto de canhão
ranhurado. Com este sistema a pressão já chega no ponto máximo(ou quase no máximo),
quando o final da zona de alimentação refrigerada por água foi alcançado. Estas pressões
podem chegar a até 600 bar dentro de um comprimento de seis vezes o diâmetro da rosca e
podem cair depois para 200 bar (2844 psi) no final do canhão. Numa extrusora
convencional a pressão chegará a apenas 100 bar (1422 psi) dentro do comprimento de seis
diâmetros, e a pressão máxima de aproximadamente 200 bar (2844 psi) é alcançada no
comprimento de 13 até 16 vezes o diâmetro, para cair depois para 150 bar (2140 psi) no
final do canhão. O valor de pressão para um material específico é determinado pelas
dimensões geométricas da zona de alimentação ranhurada e refrigerada e pelo volume do
canal da rosca. A resistência total de transporte da rosca e a contrapressão do cabeçote e
bocal tem pouca influência na taxa de produção, dentro de limites moderados.
Ranhuras
Aumento de pressão
Com a finalidade de obter de uma extrusora uma massa de boa qualidade, é importante que
o material seja aquecido e plastificado uniformemente, e bem misturado. Uma plastificação
e mistura apropriadas necessitam da utilização de uma rosca correta e da presença de uma
pressão (ou contrapressão) adequada no canhão. Um pacote de telas, suportado pela placa
de fixação, normalmente é utilizado para formar a pressão numa máquina convencional de
três zonas. Pelo fato das rebarbas serem recicladas, muitas vezes, imediatamente num
sistema fechado, as chances de contaminação são bastante reduzidas, em comparação com
um sistema onde as rebarbas são manuseadas manualmente. Por este motivo, muitas
máquinas de moldagem por sopro não são equipadas com um conjunto de telas
intercambiáveis. Misturadores estáticos também não são utilizados largamente devido à alta
viscosidade da massa de materiais para moldagem por sopro, resultando em altas
resistências da massa. É mais comum utilizar seções misturadoras na parte final das roscas
(veja seção sobre ROSCAS).
Filtração da massa
A ROSCA
Presumimos que o tipo de máquina utilizada seja uma máquina de rosca única, uma vez
que este tipo é o mais popular. A rosca e o cilindro de extrusão ou canhão interagem para
transportar e plastificar e para gerar pressão dentro do material plástico. Condição essencial
é que isto seja feito de uma maneira controlada, já que será necessário obter um material
uniformemente plastificado, de composição constante, e numa taxa constante e controlada.
Detalhes da rosca
Partimos da suposição que as máquinas foram equipadas com uma rosca de uso geral, caso
não especificada diferentemente. Com estas roscas de uso geral, a profundidade do canal
muda ao longo do comprimento da rosca; ela é maior na região do funil de alimentação e
menor próxima da ponta da rosca. Isto significa que a rosca possui uma taxa de compressão
para compensar a redução efetiva de volume, que ocorre na fundição do granulado plástico.
A taxa de compressão está relacionada com a profundidade do canal, portanto se a
profundidade é 9,48 mm (0,373”) por baixo do funil e 3,18 mm (0,125”) na ponta da rosca,
a taxa de compressão será de 3:1. As roscas típicas de uso geral possuem uma taxa de
compressão de aproximadamente 2,0 até 2,5 e uma relação de comprimento/diâmetro (L/D)
de 20:1 até 24:1. Alguns dos termos utilizados para descrever ou definir uma rosca são
indicados na Figura 4.
Figura 4 Termos usados para descrever uma rosca
Zonas da rosca
As roscas típicas de uso geral que são instaladas tradicionalmente nas extrusoras de rosca
única possuem três zonas distintas: a zona de alimentação, a de compressão (ou
plastificação) e a de transporte. A zona de alimentação começa na parte traseira do funil de
alimentação e possui uma profundidade constante. Em seguida o diâmetro do núcleo da
rosca cresce gradualmente a partir do final da zona de alimentação até o início da zona de
transporte, onde o núcleo permanece constante novamente. A zona de alimentação
corresponde a aproximadamente 50% do comprimento efetivo da rosca, a zona de
compressão (ou transição) a 30%, e a zona de transporte a 20%. Porém, muitas máquinas,
particularmente aquelas utilizadas para PE de alto peso molecular, estão equipadas
atualmente com uma rosca de compressão zero em conjunto com um canhão ranhurado.
Roscas especiais
Como as roscas de uso geral são previstas para processar a maior gama possível de
materiais plásticos, pode-se dizer que elas não são a resposta ideal para a extrusão de um
material específico, como por exemplo, PA. Uma rosca projetada para este material
termoplástico semicristalino deve fornecer uma quantia maior de calor, do que uma rosca
projetada para um material termoplástico amorfo. Quando uma máquina é dedicada à
produção de um plástico específico por um período de tempo prolongado, vale a pena
pensar em comprar uma rosca especial.
Roscas compridas
Para máquinas de moldagem por sopro um comprimento “normal” de rosca é 20D, isto é, a
rosca possui uma relação de comprimento/diâmetro (L/D) de 20:1. Estas máquinas
“normais” são disponíveis tipicamente para PE em diâmetros de até 120 mm (4,724”), e
para PVC em diâmetros até 90 mm (3,5”). A geometria da rosca depende do material a ser
processado. As roscas para PVC, por exemplo, podem ser equipadas com refrigeração
interna da área na ponta da rosca. Conjuntos maiores de rosca/canhão são disponíveis, por
exemplo, com uma relação de comprimento/diâmetro de 24:1. Estas unidades de maior
comprimento são utilizadas em casos de necessidade de altos índices de fluxo e excelente
homogeneidade da massa, por exemplo, na produção de frascos de UPVC.
Um conjunto comprido de rosca e canhão fornece a mesma produção que um conjunto mais
curto, porém com menor rotação da rosca. Isto é particularmente importante quando o calor
gerado por alta fricção deve ser evitado. A utilização de um conjunto mais comprido de
rosca e canhão proporciona flexibilidade de operação como, por exemplo, maior
possibilidade de incorporação de elementos de cisalhamento ou mistura.
Quando uma rosca convencional para a extrusão de um material plástico é utilizada, uma
quantia considerável de calor será gerada devido à taxa de compressão da rosca. Para evitar
esta geração de calor existem máquinas que possuem roscas de compressão zero, isto é, a
profundidade do filete é a mesma em todo o comprimento da rosca. Estas roscas possuem
pouca capacidade de mistura, porém isto pode ser melhorado pela incorporação de seções
misturadoras (por exemplo, seções de sulcos longitudinais) localizadas no final da rosca.
As roscas de compressão zero são utilizadas normalmente em conjunto com canhões, que
estão configurados com ranhuras longitudinais na zona de alimentação dos mesmos. Estes
conjuntos de canhões ranhurados são considerados essenciais para o processamento de PP e
PP de alto peso molecular com altas taxas de produção. Estas unidades fornecem uma
produção constante, mesmo com alterações da contrapressão do cabeçote com uma
programação do parison. Para máquinas de moldagem por sopro estes canhões são
disponíveis em diâmetros até 90 mm (3,5”), e com uma relação de comprimento/diâmetro
de 20;1 até 30:1 (veja seção sobre CANHÃO).
Nem uma rosca convencional ou uma rosca de compressão zero possibilitam uma boa
mistura, por causa da maneira como o material está fluindo, ou sendo transportado ao longo
da rosca. O material no centro do filete pode permanecer facilmente imperturbado, quer
dizer, a produção da máquina não será de qualidade uniforme, ou homogênea. Para
melhorar a mistura pela quebra do fluxo laminar pode-se incorporar pinos, que se destacam
do núcleo da rosca e alcançam o material plástico, e/ou equipar a ponta da rosca com
seções ou elementos misturadores como, por exemplo, um misturador tipo Maddock.
Típico para uma máquina de moldagem por sopro para o processamento de PE de alto peso
molecular é uma rosca comprida para a incorporação de uma seção misturadora de sulcos
longitudinais, seguida por uma seção que contém pinos misturadores. A seção misturadora
de sulcos longitudinais (também conhecida como misturador Maddock) é uma seção
cilíndrica de cisalhamento com um comprimento de aproximadamente 2D a 3D, disposta na
ponta da rosca. Esta parte possui sulcos semicirculares de entrada que são fechados, e
através dos quais a massa somente pode passar para os sulcos de saída por cima do topo do
filete. Isto é, a massa deve passar através de uma fenda estreita antes de poder escapar.
Porém, com altas taxas de produção estas seções misturadoras (ou cisalhadoras ) muitas
vezes não conseguem homogeneizar as massas de alto peso molecular satisfatoriamente,
portanto se utiliza também uma seção misturadora de pinos após o misturador Maddock.
Este arranjo permite que a massa fique homogeneizada térmicamente depois do processo de
cisalhamento. Existem, ainda, outros arranjos como, por exemplo, um misturador do tipo
Maddock entre duas seções misturadoras.
Roscas de barreira
O filete de uma rosca convencional de entrada única muitas vezes fica cheio de uma
mistura de plástico sólido e de massa plastificada. Isto é, a parte sólida flutua ou “nada” na
massa plastificada e a rosca tem dificuldade em apanhar a resina sólida. Para melhorar a
capacidade da extrusora de produzir uma massa mais uniforme, estão sendo utilizadas
roscas de barreira de duas entradas. Isto significa que a rosca possui duas entradas de filetes
separadas pelo topo do filete; quando a resina entra em estado de plastificação ela é
transferida para o outro filete. Deste modo a rosca aplica um princípio de separação de
depósitos para a massa e a resina sólida, resultando em melhor produção por rotação e em
diminuição da temperatura da massa.
O conjunto de rosca e canhão opera num ambiente muita agressivo que pode causar sérios
problemas de desgaste. Além de possibilitar condições corretas de operação, a resistência
da rosca ao desgaste pode ser melhorada de várias maneiras, por exemplo, pela nitretação
profunda, até uma dureza de 67Rockwell C. Isto melhora a resistência ao desgaste,
protegendo-a de ataques químicos e evitando também a adesão e a decomposição do
plástico na rosca. Não é necessário que a rosca seja de uma única composição, porque as
partes de maior solicitação podem ser protegidas separadamente. A rosca poderia ser feita
de aço temperado SAE 4140, por exemplo, e os filetes poderiam ser revestidos com uma
liga resistente ao desgaste, como Colmonoy 56. Como existe maior facilidade em se repor a
rosca do que o canhão, o canhão deve ser mais duro do que a rosca.
Uma parte do calor necessário para plastificar a resina é o resultado da rotação da rosca,
uma rotação maior resulta em maior temperatura. O motivo disso é o aumento da
velocidade periférica da rosca e, conseqüentemente, um aumento do grau de cisalhamento.
Em virtude da importância da velocidade periférica da rosca, em máquinas maiores ela
deve girar mais lentamente do que em máquinas menores, diminuindo a taxa de
cisalhamento e evitando um sobreaquecimento local. A velocidade de rotação também
varia de material para material. O material PVC rígido, por exemplo, é limitado a uma
velocidade periférica máxima de 0,25 m/s (15 m/min. ou 50 pés/min.), enquanto para
outros materiais mais resistentes ao cisalhamento podem ser aplicadas velocidades maiores.
Calor de cisalhamento
Conversões
Para converter de rpm (rotações por minuto) para m/s (metros por segundo), multiplique
rpm com o diâmetro da rosca em mm e depois por 0,0000524. Por exemplo, para
determinar a velocidade real de uma rosca de 30 mm de diâmetro, e para alcançar uma
velocidade periférica de 0,25 m/s o procedimento é o seguinte:
CABEÇOTES E FERRAMENTAS
Os critérios de projeto
No projeto ou na avaliação de ferramentas existem certos critérios gerais que podem ser
aplicados. A exigência principal é produzir a forma correta do extrudado, isto é, a seção
transversal. Muitas vezes isso envolve o alcance de uma espessura
constante no extrudado (por exemplo, em filmes, chapas, tubos, revestimento de cabos
etc.). Na moldagem por sopro o conjunto de extrusora/ferramental pode ser configurado
para produzir uma seção transversal não constante. Normalmente, a forma necessária é
circular, porém outras seções podem ser produzidas, por exemplo, ovais, se a forma do
produto exigir tal configuração. Contudo, o ferramental deve ser projetado presumindo-se
que uma espessura constante será necessária.
Espessura constante
Evitar a degradação
Uma degradação dentro do ferramental deve ser evitada. Isto implica em canais de fluxo
lisos sem mudanças do tamanho do degrau. Degraus no canal de fluxo podem apresentar
áreas onde a massa pode ficar parada por um período prolongado e degradar
posteriormente; partículas de polímero preto degradadas são levadas então até o fluxo da
massa, e portanto ao extrudado. O ferramental deve ser projetado para que exista uma
redução contínua da seção transversal, na medida em que a saída se aproxima, de modo que
a taxa de cisalhamento também cresça na aproximação da saída (este acréscimo da taxa de
cisalhamento não deve cruzar para uma região de fluxo diferente onde ocorre, por exemplo,
um escorregamento de parede).
Outra fonte de decomposição ou degradação é uma montagem defeituosa ou um mal ajuste
do ferramental. Qualquer vazamento no ferramental possibilita entrada de ar e uma rápida
degradação da massa.
O tempo de permanência da massa dentro do ferramental também determina o grau de
contaminação. O tempo médio de permanência dentro do ferramental é a taxa de peso do
polímero fundido contido no ferramental, em relação à taxa de expulsão. Por exemplo, se
um tubo de 380 mm (15”) contém aproximadamente 91 kg (200 lbs.) de PVC rígido
fundido, e se a taxa de expulsão é 500 kg/h, isto é, 8,3 kg/minuto (ou 1100 lbs./h,
respectivamente 18,3 lbs./min.), o tempo médio de permanência será 91:8,3 (ou
200:18,3)=11 minutos. O peso do material dentro do ferramental pode ser determinado por
experimentação ou por cálculo. No último caso, o volume do ferramental deve ser
calculado e depois multiplicado pela densidade do polímero fundido. No caso de PVC, a
densidade em estado fundido é de aproximadamente 1200 kg/m3, em comparação a uma
densidade de 1400 kg/m3, à temperatura ambiente. A possibilidade de degradação pode ser
reduzida pela diminuição do tamanho dos canais internos. Observe que o cálculo acima
somente indica o tempo de permanência média no ferramental. O material no centro do
canal de fluxo está sujeito a uma passagem mais rápida, enquanto o material mais próximo
das paredes do ferramental leva um tempo muito maior.
Muitas vezes, durante a produção, ocorre uma mudança do grau do polímero e o tempo de
troca depende da rapidez com que a composição do extrudado efetua a mudança para o
novo material. A configuração do ferramental afeta o tempo de troca, e ferramentais com
baixos tempos de permanência, sem áreas onde o polímero pode ficar preso, devem ser
preferidos. Devido ao comportamento de fluxo nos canais do ferramental o material novo
aparece primeiro no centro do extrudado, e o material mais velho permanece um tempo
maior nas camadas externas.
Acabamento de superfície
Bloqueio
O bloqueio dos canais de fluxo por contaminação ou massa degradada pode ocorrer quando
os canais são muito estreitos. Por esta razão, a largura mínima de um canal não deve ser
menor do que 0,75 mm ou 0,03”.
Contrapressão
Manutenção do ferramental
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Propriedades
a) Um módulo alto para evitar a deformação dos canais sob pressão ou sob o peso do bocal.
b) Tenacidade para resistir às solicitações de uso.
c) Resistência ao desgaste para possibilitar uma longa vida útil.
d) Facilidade de usinagem para a aplicação de um bom acabamento, especialmente mais
próximo da saída do material plástico. A facilidade de usinagem também é importante na
fabricação do bocal.
e) Alta condutibilidade térmica e baixa densidade para manter a temperatura uniforme.
f) Baixo custo de matéria-prima e de fabricação.
Aço carbono
Aço carbono de baixo teor de carbono (por exemplo SAE 1020) pode ser usinado
facilmente, porém possui pouca resistência para o uso em ferramentas. As características de
desgaste são pobres e a ferramenta terá pouca duração.
Latão
Este material possui pouca resistência ao desgaste, porém a usinabilidade é muito boa e ele
não necessita de tratamento térmico. Por este motivo, o latão é usado às vezes na fabricação
de protótipos, para avaliar o desempenho antes de se fabricar o dispendioso ferramental
final. As alterações dos canais de fluxo podem ser efetuadas facilmente e o ferramental terá
longa duração para a execução dos testes.
Aços cementados
Aços nitretados
Estes materiais possuem ligas de cromo ou molibdênio, que formam nitretos duros quando
aquecidos a temperaturas de 600ºC (1100ºF), numa atmosfera de amoníaco. Não é
necessária uma refrigeração e por isso distorções são menos prováveis.
Aplicação de cromo
AQUECIMENTO DO FERRAMENTAL
O ferramental não deve ser utilizado para alterar a temperatura da massa, mas para dar aos
canais a mesma temperatura da massa. Para o aquecimento, estão sendo usadas
resistências elétricas em conjunto com termopares como sensores, e com controladores de
temperatura, como, por exemplo, controladores de três pontos do tipo PID. Em geral, o
ferramental é dividido em mais de uma zona. Isto permite um controle melhor da
temperatura, especialmente durante o aquecimento, a partir do estado frio.
Resistências de cartucho
Aquecedores fundidos
Este cálculo ignora qualquer perda de calor da superfície do ferramental. Para compensar
isso, uma resistência de 10 kW provavelmente será escolhida.
Comentários gerais
A configuração mais antiga e mais simples é o tipo com torpedo alimentado lateralmente. O
fluxo da massa é direcionado para a parte lateral do mandril (também conhecido como
pinola ou torpedo), que começa na parte superior e vai até a parte inferior do cabeçote, e
corre em volta do mesmo (em ambos os lados), antes de se juntar novamente ao lado oposto
de alimentação. Devido a este fato existe uma diferença inerente entre os dois lados do
cabeçote. Uma configuração cuidadosa da espessura dos canais de fluxo, curvaturas dos
canais para baixo, e a providência de restritores ou controladores de fluxo (por exemplo,
anéis) do lado de alimentação do cabeçote, fornece um fluxo razoavelmente uniforme.
Porém, qualquer alteração nas condições de operação, ou uma mudança do plástico
utilizado, invalidará a balança do projeto e, portanto, a mangueira produzida não se tornará
uniforme.
Um dos maiores problemas em cabeçotes de alimentação lateral está na linha de soldagem
produzida quando os dois fluxos da massa se encontram depois de fluir em volta do
torpedo. Neste caso, uma faixa fina ou região de espessura e cor diferente é muitas vezes
observada; este problema se torna mais grave com o aumento do peso molecular do
material. Uma solução definitiva seria a produção por coextrusão. O fluxo da massa é
dividido para produzir duas mangueiras, e, em seguida, elas são juntadas novamente dentro
de mesmo cabeçote. A linha de soldagem de uma mangueira está situada no lado oposto ao
da linha de soldagem da outra mangueira, deste modo existe um balanço entre as duas.
Uma configuração mais simétrica no sentido axial pode ser encontrada no cabeçote de
alimentação superior (com torpedo de ilhas), no qual a massa é direcionada para o centro,
na parte superior do mandril. Obviamente o mandril deve ser apoiado no corpo do
cabeçote. Ilhas em forma de jato são utilizadas para esta finalidade. O fluxo e o
reajuntamento posterior da massa, devido a passagem pelas ilhas, produz um distúrbio no
caminho de fluxo em cada ilha e uma falha potencial na mangueira. Uma linha de soldagem
pode ser observada, e o parison ou produto não é perfeitamente redondo. Estas linhas de
soldagem reduzem a resistência do produto ao longo da linha.
Para eliminar este tipo de problema as ilhas do torpedo podem ser deslocadas ou
interrompidas. Elas não correm toda a largura do canal de fluxo, isto é, do topo do cabeçote
até o torpedo numa linha reta. Cada ilha começa na parte superior, é conectada a um anel
circular (suporte), e este anel é conectado ao torpedo, mediante uma outra ilha, que é
deslocada da primeira. Para PE de alto peso molecular, até 12 ilhas podem ser usadas em
cabeçotes maiores. Uma outra técnica para melhorar o produto é sobrepor as correntes da
massa pela alimentação em níveis diferentes.
Uma vantagem da configuração por alimentação superior é o baixo volume total
dos canais de fluxo no cabeçote. Isto fornece um período curto de permanência, e por este
motivo este tipo de configuração é utilizado extensivamente para PVC (Cabeçotes para
PVC também são polidos intensivamente na parte interna). Estes cabeçotes
possibilitam uma mudança rápida de cores. O tamanho máximo é de aproximadamente
200 mm (8”).
Na moldagem por sopro o uso de um parison de seção transversal constante, muitas vezes,
resulta num produto de seção transversal irregular. Isto acontece, por exemplo, porque a
taxa de sopro é diferente ao longo do produto. A abertura do bocal pode ser variada para
compensar este defeito.
Variação longitudinal
Durante a produção do parison a abertura do bocal pode ser variada para maior ou para
menor, de acordo com as exigências do produto. Para possibilitar isto, o pino (ou núcleo) e
o bocal que trabalham em conjunto devem possuir inclinações diferentes, de modo que
quando um se movimenta em relação ao outro a fenda do bocal se altera. Quando o núcleo
possui uma cabeça tipo cogumelo, o conjunto pode ser denominado “cabeçote divergente”,
e quando o núcleo possui uma cabeça cônica, o conjunto pode ser denominado “cabeçote
convergente” ou “cabeçote cônico”. A utilização de um tipo ou outro pode afetar a
expansão do parison. Com o material PA 66, por exemplo, a utilização de um cabeçote
divergente pode resultar numa expansão pequena do parison, enquanto o uso de um
cabeçote convergente resultará numa expansão notável. Este tipo de expansão significa que
a resposta a uma programação do parison não é muito expressiva. A utilização de um
cabeçote do tipo cogumelo, porém, resultará num maior diâmetro do parison para um
tamanho determinado.
Alteração da concentricidade
Canhões ranhurados
Mesmo para componentes relativamente pequenos é prática geral alterar a espessura de
parede do parison durante a extrusão, para acompanhar a forma do produto. Isto significa
que a fenda do bocal e, portanto, a resistência nesta área é alterada durante a produção do
parison. Na utilização de uma rosca convencional (uma rosca de três zonas), a produção e a
temperatura da massa sofrem uma mudança na alteração da fenda do bocal. Estas alterações
indicam que variações de peso significativas terão de ser toleradas no produto. Para
minimizar tais variações, as roscas de compressão zero em conjunto com canhões
ranhurados estão sendo utilizados largamente, principalmente em poliolefinas, mas também
para PVC, em alguns casos.
MOLDES DE SOPRO
Os moldes de sopro para a moldagem por extrusão e sopro normalmente são fixados em
placas; estas placas fazem parte de um carro situado por baixo do cabeçote de extrusão. As
partes de muitos moldes de sopro são guiadas mediante pinos e buchas de guia.
Cada caso deve ser considerado pelo seus próprios méritos, levando-se em conta os fatores
a seguir: a forma e o tamanho do artigo a ser produzido, o acabamento de superfície
necessário, as tolerâncias exigidas, o número de componentes envolvidos, a facilidade de
conserto, a resistência à corrosão, o material a ser moldado, as considerações de desgaste
ao esmagamento, o tempo disponível de fabricação e os custos de construção do molde.
Muitos destes fatores são inter-relacionados. Em muitos casos o molde é feito de mais de
um material, com a finalidade de tirar vantagens das propriedades de cada um destes
materiais. O corpo do molde, por exemplo, pode ser feito de aço, enquanto a área de
gargalo pode ser de cobre-berílio, já que esta é a parte mais grossa. A possibilidade de
modificar o gargalo independentemente do corpo oferece uma certa liberdade de
configuração. Porém, os moldes de aço e de alumínio (com postiços de aço) são
encontrados mais freqüentemente.
Comparação de materiais
Durabilidade M H H L M L
Soldagem/Conserto L-M M H L M L
Resistência à corrosão L H H L M L
Condutibilidade térmica H M H L H L
Dimensões
Ventilação do molde
Grandes quantias de ar devem ser deslocadas de um molde de sopro num período muito
curto de tempo, com a finalidade de deixar a superfície do produto moldado conforme
especificado e para oferecer uma taxa de refrigeração apropriada ao artigo. O tipo mais
simples de ventilação são ranhuras ou fendas ao longo da linha divisória do molde; estes
são de uma profundidade de aproximadamente 0,01 até 0,03 mm (0,004-0,012”) em moldes
pequenos e podem chegar até 0,5 mm (0.02”) em moldes grandes. As aberturas de
ventilação devem ter uma largura de aproximadamente 3 até 6mm (0,12-0,24”). Os furos
para remover o ar de seções rebaixadas ou de letras não devem ser maior do que 0,2 mm
(0,008”) de diâmetro. Pinos e anéis inseridos com ventilação fornecem um auxílio útil para
a saída de ar em moldes. Bujões de metal poroso são usados para esta finalidade, as marcas
que eles deixam nos artigos podem ser toleradas.
Acabamento de superfície
Em moldagem por extrusão e sopro a linha divisória do molde deve incluir uma zona ou
área perfilada, que providencia a solda no parison. Em geral esta zona não é maior do que
80% da largura da base do recipiente; caso a linha de solda fique muito comprida, coincide
com a parede lateral do artigo. Este tipo de configuração enfraqueceria o artigo,
possibilitando uma falha prematura por rachar em condições ambientais ou por
empilhamento. Qualquer alteração brusca da seção transversal deve ser evitada. Alguns
componentes fabricados de plásticos de engenharia podem necessitar de uma zona de
esmagamento em volta de toda a cavidade. Nestes casos o molde deve ser equipado com
bolsas para a rebarba e áreas de distribuição. A zona de esmagamento providencia a solda,
mas ela também é configurada para possibilitar uma remoção fácil da rebarba. A geometria
da zona de esmagamento, a velocidade de fechamento e a quantia de material envolvido
determinam a resistência da solda. A largura do canto de esmagamento deve ser a mais
estreita possível, porém isso depende do material de construção do molde e do tamanho da
cavidade. Os cantos devem possuir um acabamento liso, sem rebaixos, e devem ser
chanfrados em direção à cavidade do molde. A largura mínima dos flancos é 0.4 mm ou
0,016”, porém, em geral o valor está em torno de 0,5 a 2,5 mm (0,02-0,1”). Para recipientes
menores de PEAD, o valor pode ser 0,75 mm (0,03”), e para recipientes maiores o valor
pode chegar até 2-3 mm (0,08-0.12”). O ângulo dos flancos é de aproximadamente 30º.
Produtos grandes de moldagem por sopro provavelmente requerem uma barragem atrás da
zona de esmagamento para prevenir o afinamento do produto.
Comprimento do parison
L= W
C π D t S2
O sistema de fechamento deve apresentar uma série de qualidades, como por exemplo:
Hidráulica proporcional
Os moldes de sopro são fixados em placas, e estas placas são movimentadas pelo sistema
de fechamento. Placas de fechamento de alumínio são utilizadas, muitas vezes, porque elas
são leves e rígidas, e podem ser movimentadas rapidamente pelo sistema de fechamento.
Estes sistemas de fechamento podem ser baseados em sistemas de movimentação
pneumáticos ou hidráulicos. Independente do sistema utilizado a força de fechamento deve
ser aplicada por igual, para obter um esmagamento consistente, seguro e equilibrado, por
exemplo, na área da alça de um recipiente. Com a finalidade de obter o controle necessário,
muitos fabricantes preferem máquinas com sistemas hidráulicos de fechamento, baseados
na hidráulica proporcional.
Nas assim chamadas “máquinas de sopro pelo topo”, o molde se desloca após a produção
do parison, levando-o para uma estação separada de sopro (isto permite a produção de mais
parisons, ou uma extrusão contínua). Um pino de sopro é inserido no topo do parison
(gargalo do frasco) na estação de sopro e, em seguida, o ar é introduzido mediante o pino
de sopro. Isto causa a expansão do parison contra as paredes do molde, o material plástico
adquire forma pela refrigeração e após este estágio o produto é ejetado. Em muitos casos o
produto necessita de uma operação posterior de acabamento, como por exemplo,
rebarbagem, impressão, etiquetagem, enchimento com o conteúdo etc. (veja também
INTRODUÇÃO À MOLDAGEM POR SOPRO)
Além da introdução do ar de sopro, um pino de sopro de calibração também forma ou
calibra o diâmetro interno de uma abertura no topo do artigo. Se o molde fecha em volta do
pino, a operação é chamada de “calibração por curso de fechamento”. Caso o pino de sopro
entre no molde fechado a operação é chamada de “calibração por curso do pino”.
A maioria dos produtos é produzida pela técnica de sopro pelo topo, já que o artigo (na
maioria frascos) pode ser obtido com uma precisão razoável, um gargalo calibrado (a ação
de introduzir o pino de sopro dentro do material plástico quente e maleável) permite a
moldagem da parte interna e da rosca externa do gargalo. O artigo é produzido apoiado na
base (na maioria em posição vertical) e esta orientação do produto é útil para operações
posteriores, por exemplo, um enchimento do recipiente. Em “máquinas de sopro pelo
fundo”, o artigo é produzido apoiado no gargalo. O parison cai em cima de um pino, após a
extrusão do comprimento previsto e o molde fecha; este fechamento forma a parte do
gargalo e solda a outra extremidade da mangueira, para permitir a inflação do parison
quando o ar é introduzido através do pino de sopro. Em alguns artigos o “sopro por agulha”
é a forma preferida de produção. Após a extrusão do comprimento correto do parison, o
molde fecha, e este fechamento esmaga tanto a parte do topo como a parte do fundo do
parison. O ar é introduzido mediante um agulha ou um pino pequeno para inflar o parison.
Pinos de sopro
O SISTEMA DE CONTROLE
Reprogramação
Adaptação universal
O fabricante da máquina pode equipar todas elas de configurações similares, com o mesmo
tipo de controlador; variações podem ser obtidas pela variação do programa. Os processos
de fabricação serão simplificados e os custos serão reduzidos. Uma máquina mais versátil
pode ser apresentada, mesmo se os custos estão equiparados à aqueles de outros sistemas
de controle.
Segurança
A incorporação de maior segurança é uma vantagem muito importante na aplicação de
controles por microprocessador. O estado de muitas proteções, intertravamentos etc. podem
ser determinados, e a máquina somente permitirá uma operação quando ela é segura. Em
caso de alteração da legislação o sistema pode ser atualizado.
Localização de problemas
Controle de periféricos
Estatística
Capítulo 5
AQUECIMENTO E INTRODUÇÃO DE CALOR
Plásticos comerciais não são bons condutores de calor, possuem pouca estabilidade térmica
e alto calor específico. Isso significa que estamos tentando colocar uma grande quantidade
de calor dentro de um material que não consegue conduzi-lo, e que entrará em degradação
na impossibilidade de fazê-lo.
Temperatura da massa
A temperatura da massa pode ser medida no bocal, ou pela ejeção do material ao ar.
Quando medida pela extrusão do material ao ar deve-se tomar os devidos cuidados, para
assegurar que a purgação do material plástico quente não causará um acidente. São
necessários cuidados porque a massa plástica é quente o suficiente para causar queimaduras
severas e também aderir à pele; estas queimaduras são ferimentos comuns em áreas de
processamento de plásticos. Por este motivo, é recomendável usar luvas e proteções faciais
no manuseio de materiais quentes, ou quando existe perigo de espirro de massa plástica,
por exemplo, durante o início de operação ou na purgação do material. Para obter maior
precisão na medição do ar, a ponta do instrumento de medição deve ser pré-aquecida até a
temperatura esperada de medição.
Para uma determinada máquina alcançar a temperatura da massa, os ajustes reais do
cilindro (ou canhão) dependem, por exemplo, da rotação da rosca e da pressão dentro do
canhão. A temperatura da massa deve ser verificada periodicamente, já que a produção é
afetada significativamente por este fator. Um aumento de 30°C na temperatura da massa,
por exemplo, facilmente pode prolongar o tempo de refrigeração por 5 segundos.
Temperatura do produto
Ajuste de temperatura
Verificação de temperatura
Sempre será necessário verificar se a máquina está ajustada e se está sendo ope-rada nas
temperaturas especificadas nas fichas de processos. Isso é muito importante porque a
temperatura afeta tanto o acabamento de superfície do artigo como a produção. O que
merece ser destacada é a temperatura da face interna do cabeçote, que deve ser verificada
usando, por exemplo, um instrumento de medição.
As medições devem ser verificadas durante a operação de extrusão e moldagem, e as
temperaturas das resistências devem ser ajustadas com a finalidade de manter as
temperaturas internas necessárias. Todos os pontos do cabeçote e bocal, como também do
molde, devem ser equipados com sensores de temperatura, e os valores medidos devem ser
registrados.
Aquecendo a máquina
Uma vez que uma extrusora ou uma máquina de moldagem por injeção foi colocada em
operação, o calor necessário para plastificar o material pode ser gerado tanto pelas
resistências de aquecimento do canhão, como pelo esforço em girar a rosca (esta quantia de
calor pode ser calculada quando o calor específico do material é conhecido, e quando a
diferença entre a temperatura de processamento e a temperatura gerada também é
conhecida). O calor gerado pela rotação da rosca pode ser tanto, que em muitas máquinas
as resistências de aquecimento não serão ligadas, uma vez que a extrusora opera na
velocidade do processo (quando uma máquina foi projetada para operar sem aquecedores
externos, é chamada de “extrusora adiabática”). Quando as resistências não estão sendo
ligadas, o ponto de ajuste dos controladores foi ultrapassado e o material está saindo do
bocal numa temperatura maior do que a especificada. Este calor excessivo deve ser
removido. Por este motivo, a refrigeração do canhão muitas vezes é necessária para evitar a
decomposição da resina ou taxas de produção excessivamente baixas.
Calor de cisalhamento
O esforço consumido para girar a rosca e bombear o material para a frente é convertido em
calor. Calor de cisalhamento também é gerado quando o material plástico é forçado do
bocal de um cabeçote acumulador ou na moldagem por injeção e sopro. Como existe um
cisalhamento do material, este calor é chamado de calor de cisa-lhamento. Ele não é
distribuído uniformemente pelo material, mas é maior onde a taxa de cisalhamento for
maior, e pode ser tão alto ao ponto de causar sobreaquecimento local, por exemplo, nos
cantos dos filetes da rosca, no caso de processamento de UPVC. Uma vez que uma
decomposição deste material ocorre, ela pode se estender rapidamente. Para um material
determinado a quantia de calor de cisalhamento depende da velocidade e do diâmetro da
rosca (veja também a seção REFRIGERAÇÃO). Quando possível, o tamanho da máquina
deve ser adaptado à produção prevista. É possível, por exemplo, se conseguir a produção
exigida com uma extrusora pequena em alta rotação, ou com uma extrusora de maior
diâmetro em rotação mais baixa. Provavelmente, será constatado que a extrusora maior está
produzindo a massa a temperaturas significativamente mais baixas, e portanto uma
produção maior será possível.
Uma vez que a extrusora é colocada nas condições de operação, o calor necessário para
plastificar o material pode partir tanto das resistências de aquecimento do ca-nhão, como do
esforço de girar a rosca. A máquina deve ser operada de modo para mi-nimizar a quantia de
calor friccional e evitar a geração de excesso de temperatura (veja a seção Aquecimento).
Isto é muito importante porque algumas máquinas não possuem meios de remover o calor
excessivo, isto é, elas não possuem um sistema de refrigeração no canhão. Em caso da
geração de calor excessivo normalmente é mais rápido removê-lo durante o processo de
produção (extrusão), já que a massa pode ser misturada, facilitando a transferência de calor.
Refrigeração do canhão
Os sistemas de refrigeração são operados à base de ar ou água. Estes sistemas são atuados
ou comutados normalmente pelos mesmos instrumentos de controle do sistema de
aquecimento; usualmente as zonas de refrigeração são como as zonas de aquecimento. Os
sistemas mais simples são sopradores de ar ou ventiladores, que são ligados quando a
temperatura pré-ajustada for ultrapassada, e após o aquecimento for desligado. O sistema
pode ser composto de elementos de aquecimento embutidos num isolamento de cerâmica e
montados dentro de uma carcaça de aço inoxidável, e cada zona pode ser equipada com um
ventilador centrifugal montado acima do canhão.
Refrigeração da rosca
Conteúdo de calor
O calor contido na resina fundida pode ser propagado no ar do ambiente ou removido pelo
sistema de refrigeração dentro do molde. A quantia de calor contido na massa pode ser
calculada quando a taxa de produção, o calor específico e a temperatura da massa são
conhecidos. Veja seção Aquecimento e introdução de calor.
Refrigeração do produto
Os sistemas de refrigeração utilizados nos moldes para máquinas de moldagem por sopro
normalmente são baseados em água; o fluido passa através do molde na taxa necessária,
para remover o calor contido no material plástico. Refrigere o molde a taxas diferentes,
caso necessário, para obter uniformidade de refrigeração dentro do produto. A finalidade
deve ser a refrigeração mais rápida possível, assegurando que defeitos, como uma
superfície irregular, alterações nas propriedades físicas etc, não sejam encontrados. Devido
à maior espessura das regiões do gargalo e do fundo, uma zona separada de refrigeração
pode ser necessária.
O calor contido na resina fundida pode ser disperso no ar do ambiente, ou removido pelo
sistema de refrigeração dentro do molde. Vamos presumir que o calor será removido pelo
sistema de refrigeração dentro do molde. Isto significa que é muito importante assegurar
que a quantia correta de fluido (normalmente água), na temperatura correta, está sendo
circulada.
Em casos onde artigos já moldados não são disponíveis, o volume total do parison por
ciclo deve ser calculado para determinar o peso total do artigo em cada ciclo. Na
disponibilidade deste valor, o volume por ciclo pode ser multiplicado pela densidade do
material para determinar o peso total do parison.
A Tabela 10 indica o teor de energia do calor que deve ser removido por grama, para uma
série de materiais termoplásticos. A quantia de calor (q) a ser removida por ciclo é a
seguinte:
q = Peso total do parison do artigo (g) x energia de calor a ser removido (J/g)
Tempo do ciclo (s)
A divisão por 1000 fornecerá q em kJ/s, que é o mesmo que quilowatts. Sugerimos que o
artigo seja dividido em duas partes principais: o corpo do produto (1), e a parte do gargalo
e fundo (2). Podemos dizer que todo o calor contido em (1) deve ser removido pela água da
refrigeração, porém, somente a metade do calor contido em (2) será removida pela água da
refrigeração.
Isto significa, naturalmente, que dois cálculos devem ser executados. A Tabela 10 mostra
que a temperatura de desmoldagem é 20°C, isso é, aproximadamente 70°F. Caso isto não
seja possível, diminua a nova temperatura de desmoldagem da tempe-ratura da massa para
obter o diferencial de temperatura DT. A multiplicação de DT pelo calor específico
indicará o valor do calor a ser removido.
Uma regra em geral aceita é que a taxa de fluxo necessária é a quantidade mínima de água
exigida para manter a temperatura pré-determinada do molde, dentro da faixa de +/- 2°C.
Quando a temperatura ajustada é 30°C, por exemplo, ela pode variar entre 28 - 32°C. A
temperatura da água de entrada deve ser de 28°C, e a temperatura da água de saída 32°C.
A seguinte fórmula pode ser usada:
Q= q
Cp x ∆T
Verificação de turbulência
A remoção de calor é mais eficiente quando a água esta fluindo de maneira turbulenta. Para
obter turbulência a velocidade da água deve ser maior do que 0,45 m/s, com um diâmetro
do canal de 10 mm.
Quando o diâmetro dos furos é 10 mm, a área será 0,000078 m2. Pela divisão de taxa de
fluxo em toneladas por hora (ou m3/h), pela área do furo em metros quadrados pode-se
obter a taxa de fluxo em m/s. Caso essa medida seja menor do que 0,45m/s, o diâmetro do
furo deve ser reduzido até uma turbulência de fluxo poder ser realizada.
Utilize a fórmula a seguir para calcular o comprimento total dos canais de refrige-ração:
L = 2xsxq
K x π x D x ∆T
PROCEDIMENTOS INICIAIS
O início da operação é uns dos períodos mais perigosos durante a moldagem por sopro. A
máquina está sendo aquecida e o material pode se decompor e ser expelido do bocal ou
orifício de saída; o operador está ocupado para colocar a máquina em condições de ope-
ração satisfatórias, e isso envolve uma atuação bem perto da máquina. Portanto, é
necessário tomar bastante cuidado no início da operação. Particularmente, não se deve
permitir a presença de pessoas perto do bocal de saída de material (alguns canhões em
máquinas de injeção podem ser basculados para o lado, com a finalidade de purgar o
material), e a tampa do funil de alimentação deve ser posta firmemente no funil para evitar
a exposição da rosca. Nenhuma pessoa deve estar na área de moldagem sem autorização.
Temperatura da massa
A temperatura da massa pode ser medida no bocal ou pela extrusão do material ao ar, ou
ainda “atirando” o material ao ar. Independente do método utilizado é necessário tomar
muito cuidado durante a medição, para assegurar que, por exemplo, a purgação do plástico
quente não cause um acidente. A massa plástica é quente o suficiente para provocar
queimaduras severas e também aderir à pele, e pode ser muito difícil de removê-la.
Queimaduras são ferimentos comuns em áreas de moldagem. Por este motivo é
recomendável utilizar luvas e protetores da face no manuseio de material quente, ou onde
exista o perigo de espirros de massa plástica, por exemplo, durante a purgação no início de
operação. Com alguns materiais, por exemplo, PA66, é aconse-lhável usar PEAD com
material de purgação; o material obtido deste modo pode espumar e espirrar, portanto seja
bastante cuidadoso.
Para obter uma precisão maior de medição durante o lançamento do material ao ar, a ponta
do instrumento de medição deve ser pré-aquecida para a temperatura prevista na medição.
Os ajustes reais do cilindro de extrusão para alcançar esta temperatura da massa numa
máquina especificada, dependem, por exemplo, da rotação da rosca e da contrapressão.
Máquina cheia significa que o cilindro ou canhão está cheio de material plástico. Uma
máquina cheia e fria às vezes pode acontecer por falta de energia, ou por ter dei-xado
material que degrada pelo processo de oxidação, por exemplo poliolefinas, de propósito no
canhão. No final de uma corrida de moldagem com material facilmente oxidável, o caso de
poliolefinas em altas temperaturas, a máquina pode ser deixada com material no canhão
para prevenir oxidação (não deixe um canhão ranhurado cheio de material, porque um novo
início de operação será muito difícil).
Devemos estar certos de que a máquina esteja aquecida de maneira segura para evitar uma
decomposição ou degradação do material, e mesmo que isto aconteça, que não cause um
acidente. Uma decomposição pode produzir gases sob pressão, e estes gases pressurizados
podem causar acidentes graves, por exemplo, expelindo material quente do bocal ou do
orifício de saída de material.
Ajuste todas as temperaturas para abaixo da temperatura de plastificação do material
utilizado, por exemplo, 135°C (275°F) para PEBD. Permita que a máquina alcance e se
equilibre nessas temperaturas. Em seguida aumente a temperatura do bocal para acima da
temperatura de plastificação do material, aumente as temperaturas da zona frontal e da zona
traseira até a temperatura acima da de plastificação, e faça o mesmo em seguida com as
zonas centrais. Permita um equilíbrio das condições nessas temperaturas por um período
curto, antes de começar a purgar ou moldar.
A moldagem por operação automática somente deve ser iniciada após a produção de uma
massa satisfatória durante a operação de purgação. Os ajustes da máquina são aqueles
baseados em experiência ou aqueles obtidos durante a operação manual.
Comece a moldagem no ciclo automático ou semi-automático, utilizando tempos de ciclo
pré-determinados (mesmo que estes possam ser calculados, eles são baseados normalmente
em experiência, e obtidos durante a operação manual). Ajuste as condições gradualmente
até obter um produto com a qualidade desejada e na taxa de produção prevista. Após cada
ajuste, permita que a máquina se equilibre por um tempo razoável (aproximadamente 6
artigos), antes de efetuar outro ajuste. Em máquinas de extrusão intermitente ajuste o tempo
de refrigeração até o artigo ser ejetado sem distorção e, somente depois, ajuste a velocidade
da rosca para preencher este tempo.
Uma vez em operação, a aparência, a cor, e o peso (ou as dimensões) do produto são
verificados e comparados com os valores previstos ou especificados. As velocidades ou
ajustes são alterados até o produto estar de acordo com as especificações. É importante
levar em conta que qualquer alteração deve ser antecipada com cuidado, e que ela deve ser
feita gradualmente, porque qualquer mudança, por exemplo, na velocidade da rosca, não
aumentará apenas a taxa de produção, mas também a temperatura. Portanto, as alterações
devem ser feitas uma por vez. É necessário permitir um equilíbrio da máquina e anotar o
efeito da mudança, caso contrário ninguém saberá o que está acontecendo e grandes
quantias de refugo serão produzidas.
MONITORAMENTO DO PROCESSO
Uma vez que a extrusora ou máquina de sopro é ajustada e está operando, é muito
importante assegurar que valores como a temperatura e a pressão da massa, sejam
consistentes. Quando a temperatura ou a pressão estão sujeitas a variações, o produto
também varia. A velocidade da rosca da extrusora ou de outro equipamento também deve
permitir um controle preciso. Estes ajustes ou parâmetros não são os únicos que devem ser
mantidos a valores constantes; a ficha de processo da máquina indicará as necessidades de
registro e monitoramento. Antes que alguma coisa possa ser controlada ela deve ser capaz
de ser medida.
Medições
Temperatura da massa
As temperaturas da resina quente (da massa) são medidas por termopares de temperatura. A
temperatura da massa deve ser mantida constante, uma vez que qualquer variação implica
na viscosidade ou facilidade de fluxo do material. Quando a tempe-ratura fica muito alta o
material plástico queima ou entra em degradação (a degradação também depende do tempo
de permanência do material dentro do canhão). As variações de temperatura podem ser
equilibradas pelo uso de um misturador estático entre a ponta da rosca e o cabeçote, na
moldagem por sopro é mais freqüente porém, se utilizar uma seção misturadora na própria
ponta da rosca. No emprego de roscas de compressão zero, em conjunto com um canhão
ranhurado e uma seção misturadora, é possível aumentar a produção mediante uma massa
de baixa temperatura. Um equilíbrio do diâmetro da rosca com a relação L/D
(comprimento/diâmetro) também pode possibilitar uma redução da temperatura da massa.
Porém, para uma máquina determinada, condições de operação sensatas, o uso de um bom
sistema para o controle de temperatura (PID) e de um sistema de refrigeração bem
configurado, é o caminho mais simples de se produzir uma massa de baixa temperatura.
A temperatura da massa pode ser medida por um termopar (ou termoelemento), ou pela
técnica de purgação do material ao ar.
Quando a temperatura da massa é medida dentro da máquina, a distância da ponta do
sensor até a parede do canhão deve ser de aproximadamente 6 mm (0,25”) para mi-nimizar
erros. Os termopares que fazem parte do sistema de controle devem ser embutidos no
canhão, o mais profundo possível, por exemplo, até 6 mm da face interna.
A técnica de purgação do material ao ar, ou a medição de temperatura durante a purgação, é
mais comum porque é mais simples de se realizar, porém devidos cuidados são necessários
para se evitar acidentes. É recomendado o uso de luvas resistentes ao calor, óculos de
segurança ou proteções da face. Deposite o material plástico numa prancha não metálica
resistente ao calor, remova-o da área do bocal e insira a ponta do instrumento de medição
imediatamente na massa, depois recarregue o canhão ou acumulador. Em seguida, repita
esta operação, efetuando uma nova medição, mexendo a ponta do instrumento na massa e
anotando a temperatura mais alta. A temperatura mais alta medida é a temperatura da
massa.
Pressão da massa
Na moldagem por extrusão e sopro estas duas variáveis importantes podem ser medidas
com certa facilidade, mediante a colocação de um anel entre a extremidade do canhão e o
cabeçote, isto é, entre os flanges de conexão. Este anel deve ser configurado com furos e
roscas apropriados para a fixação dos sensores da massa. Quando uma ponte em forma de
jato conecta os dois lados opostos do anel, os termoelementos podem ser alojados nesta
ponte. A ponta dos sensores deve ter uma distância de aproximadamente 6 mm (0,25”) das
paredes da ponte. Os sinais de saída dos sensores devem ser registrados.
Rotação da rosca
A taxa de rotação da rosca determina quanto material plástico está sendo bombeado para a
frente e para fora do bocal, ou dentro de um cabeçote acumulador. Esta taxa de
bombeamento também controla ou afeta a mistura, a temperatura da massa e as variações
da temperatura da massa. A velocidade da rosca, portanto, deve permitir um ajuste preciso,
uma leitura clara e uma consistência de rotação (dobrando-se a rotação da rosca, a
produção aumentará em aproximadamente o dobro na moldagem por extrusão e sopro).
Portanto, a máquina de moldagem deve possuir uma indicação da rotação da rosca, e o
motor da extrusora deve ser potente o bastante para manter a velocidade constante. Caso
contrário, ocorrerão variações de velocidade quando a temperatura da massa for muito
baixa ou quando existir uma mudança na forma de alimentação.
Controle de qualidade
DETECÇÃO DE DEFEITOS
1) Denomine o defeito. Isto parece óbvio, mas alguns defeitos recebem uma va-riedade de
termos. Por exemplo, “marcas de espirros” podem ser chamados de “marcas de mica” ou
“listrados de prata”. Portanto, tenha certeza que todos os envolvidos sabem exatamente do
que se trata. Decida que termo deveria ser usado e mantenha esta decisão.
2) Descreva o defeito. Descreva o defeito nos termos mais simples possíveis sem atribuir
qualquer provável causa. Deste modo a mente fica liberada de qualquer preconceito para o
próximo estágio do esquema, que é investigar a causa do defeito.
3) Investigue a causa do defeito. Isto pode ser um processo demorado, já que envolve
considerações do material, da máquina, do molde e do processo. São recomendadas as
seguintes diretrizes:
Material - Verifique as referências do grau de material e assegure que o grau e tipo
corretos estão sendo utilizados. Cheque a existência de contaminação no material e
verifique se a matéria-prima está de acordo com as especificações do fabricante. Quando a
falha ocorre com lotes diferentes do material do mesmo fabricante, ou com um material
equivalente de um fabricante diferente, isso indica que o defeito não deve estar no material.
Cheque o material recuperado, anotando particularmente as mudanças nas características de
processamento.
Máquina - Verifique o funcionamento da máquina, por exemplo, pressões, tempera-turas,
velocidades e tempos. Quando o defeito aparece ocasionalmente ou intermitentemente, isto
indica, em geral, um defeito no funcionamento da máquina, por
exemplo, devido a um temporizador defeituoso.
Molde - Assegure que o molde está montado e ajustado apropriadamente, verifique se todas
as partes do molde estão nas temperaturas corretas, e se todas as partes móveis estão
lubrificadas e se movimentam com facilidade.
Processo - Verifique se as pressões, temperaturas, velocidades e tempos estão ajustados
corretamente, de acordo com o protocolo de ajuste e de acordo com as recomendações do
fornecedor da matéria-prima. Quando a falha desaparece no deslocamento do molde para
uma outra máquina, o defeito será provavelmente devido às condições de processamento
utilizadas e/ou à consistência de produção na máquina original. Se a falha desaparece
quando a máquina é operada por uma pessoa diferente, o defeito pode ser de um elemento
humano envolvido no processo. Verifique a velocidade e a regularidade do ciclo de
moldagem com operadores diferentes, por exemplo, e os componentes do ciclo de
moldagem, como os tempos de abertura e fechamento da porta de segurança.
4) Determine os efeitos da falha. Se a falha causa a impossibilidade de uso, ou de venda do
produto, ela obviamente terá de ser corrigida. Se a falha tem apenas uma significância
menor, pode não ser necessário eliminá-la neste estágio.
5) Estabeleça uma responsabilidade para o defeito. Isto deve ser feito quando defeitos
reaparecem para tentar uma solução permanente.
6) Tome precauções para evitar a falha. A falha em tomar precauções apropria-das pode
resultar na produção desnecessária de artigos defeituosos e em aumentos no custo dos
produtos. Artigos defeituosos muitas vezes podem ser recuperados por gra-nulação, mas
um processo operado deste modo é térmicamente e economicamente indesejável.
7) Tome precauções para evitar uma recorrência. Assegure-se de que os devidos registros
das condições que eliminaram a falha foram efetuados, como também das condições que
causaram a sua aparência. Anote quaisquer reparos ou alterações que foram feitos no molde
ou na máquina e qualquer alteração no tipo ou grau e qualidade da matéria-prima. Se
material recuperado for utilizado, anote as proporções exatas como também a qualidade.
Defeito: Descrição:
Causas possíveis:
Recurso sugerido:
Defeito: Descrição:
Causas possíveis:
Recurso sugerido:
Defeito: Descrição:
Causas possíveis:
Recurso sugerido:
Defeito: Descrição:
Causas possíveis:
Recurso sugerido:
Defeito: Descrição:
Causas possíveis:
Recurso sugerido:
ENCERRAMENTO
Paradas temporárias
Durante uma parada temporária efetue uma purgação periódica do canhão, passando o
material pela máquina e/ou ejetando o material ao ar. Se o material plástico parece
descolorido é necessário aumentar a freqüência de purgação. Durante um reparo menor os
aquecedores do cilindro de plastificação devem ser ajustados para valores mais baixos, por
exemplo, 150°C (302°F), para minimizar a degradação
térmica.
Paradas noturnas
Para uma parada noturna, quando um material plástico térmicamente estável esti-ver sendo
moldado (por exemplo, PE em temperaturas de moldagem), somente será necessário fechar
a gaveta na base do funil de alimentação, desligar o aquecimento do canhão (deixe o
aquecimento do bocal ligado) e purgar o canhão limpo pelo bombeamento do material fora
da rosca. Quando o material parar de sair do bocal do cabeçote, ligue a refrigeração do
canhão ao máximo, e quando a máquina estiver fria desligue todo o equipamento. A
máquina estará pronta para um reaquecimento.
Processamento em temperaturas altas
Materiais que são utilizados para limpar o cilindro de plastificação são conhecidos como
compostos de purgação; eles podem ser adquiridos especificamente ou podem ser resinas
como PEBD, ou ainda PEBD misturado com material da própria fábrica. Estes materiais
são introduzidos no canhão após a limpeza da rosca; o material mais instável, por exemplo,
é PVC.
Antes da utilização de compostos especiais de purgação pode ser necessário remover o
bocal do cabeçote, já que muitos compostos de purgação não plastificam ou fluem assim
como materiais normais, caso contrário, o conjunto do bocal terá de ser limpo
extensivamente. Após a passagem do composto de purgação o procedimento de
encerramento pode ser iniciado.
Quando o material PE está sendo utilizado para a purgação, é recomendável que seja
alojado num funil separado ao longo do funil principal. Deste modo, o material pode ser
introduzido rapidamente quando necessário, por exemplo, mediante uma válvula ou gaveta
operada por energia elétrica. Esta introdução rápida pode ser necessária na queima de PVC.
Qualquer parada maior que meia hora no processamento de UPVC deve resultar numa
purgação com PE. Após a falta de energia, uma desmontagem, limpeza e purgação deve ser
efetuada no início de operação com UPVC. (o uso de um material como PEBD misturado
com outro material da própria oficina provavelmente não será adequado para a purgação de
uma máquina que estava processando UPVC).
PA 66
Este material é moldado em temperaturas muito altas (por exemplo, ele não entra em estado
de plastificação a até 265°C), portanto a oxidação e a remoção do mate-
rial podem ser problemáticas. Ele pode ser purgado com PEAD “molhado”, isto significa
um PEAD com adição de aproximadamente 2% de água. Esta adição deve ser efetuada um
pouco antes da utilização do material. A água reduz a viscosidade e causa uma
despolimerização do PA.
Feche a gaveta na base do funil de alimentação, efetuando uma purgação do material PA da
máquina. No processo de moldagem por acumulação, abra a fenda do bocal, mas mantenha
a operação da máquina e do canhão em altas temperaturas, por exemplo, a 270°C. Passe
parte do material PEAD “molhado” através do sistema e/ou encha o cabeçote acumulador.
A massa aparecerá espumada e provavelmente ocorrerão ruídos de estalo e esguichamento.
Mantenha o fluxo do material, mas reduza a tempe-ratura para aproximadamente 215°C
(429°F) e abra o bocal completamente. Introduza algum PEAD seco e faça uma purgação
completa do cilindro, esvaziando a rosca. Quando o material acabar de sair do bocal,
desligue o aquecimento e ligue a refrige-ração do canhão ao máximo até o resfriamento da
máquina, para desligar todo o equi-pamento em seguida. A máquina estará pronta para um
reaquecimento. Uma máquina com cabeçote acumulador de 7 kg (15 lbs) pode necessitar
de 90 kg (200 lbs.) de PEAD “molhado” e 45 kg (100 lbs.) de PEAD seco para purgar o
material PA para fora.
UPVC e POM
Alguns materiais plásticos degradam com facilidade como, por exemplo, POM e UPVC.
Caso haja uma parada de emergência durante o processamento destes mate-riais, não
continue com a moldagem imediatamente. Ligue o aquecimento do cabeçote, e somente
quando o material for plastificado no cabeçote e bocal, ligue o aquecimento do canhão.
Ajuste as temperaturas do canhão para aproximadamente 120°C (250°F) e permita um
equilíbrio do cilindro nestas temperaturas por uma hora. Encha o funil auxiliar de PE com
PEBD para possibilitar uma introdução rápida quando necessário. Em seguida aumente a
temperatura até a temperatura de processamento e efetue uma purgação assim que possível.
Todo o material purgado deve ser posto num balde de água fria. Introduza o PEBD; este
material de purgação deve ser um grau natural de PEBD (não do tipo anti-chamas). Quando
o PEBD aparecer no bocal, dimi-nua a rotação da rosca para o mínimo, mas continue
purgando.
Ajuste as temperaturas para 120°C e continue purgando para ter certeza de que a máquina
estará vazia quando a temperatura alcançar aproximadamente 130°C (265°F). Desligue a
aquecimento e o equipamento auxiliar etc, mas mantenha a refri-geração na região de
alimentação, até que a máquina esteja fria.
Nunca misture POM (acetal) e PVC (vinil), ou coloque um após o outro, sem uma purgação
completa com PEBD.
Recomendações de controle
Sempre verifique se você seguiu o procedimento correto antes de desligar uma máquina, ou
antes de mudar para o processamento de um outro material. Os fabricantes de materiais
lançam folhetos que apresentam uma grande quantidade de informações e são facilmente
disponíveis. Estes folhetos devem ser estudados para a edição de um “Procedimento oficial
de encerramento”, disponível para cada material. Este protocolo deve ser posto ao lado da
máquina para fácil alcance do operador.
LIMPEZA DA EXTRUSORA
Compostos de purgação
Extração da rosca
Este termo apresenta a remoção da rosca do cilindro de extrusão ou canhão. Após a retirada
do conjunto do cabeçote da extrusora um “empurrador” pode ser inserido, em muitos casos,
através do eixo de acionamento da rosca, vazado na parte traseira da máquina. A rosca
pode ser empurrada para fora do canhão, pela aplicação de pancadas, ou preferivelmente
pela utilização de um dispositivo que contenha fuso. Pode-se usar até o próprio
acionamento da extrusora como força motriz.
Limpeza da rosca
Após a retirada parcial da rosca do canhão faz sentido limpar a parte exposta da rosca neste
estágio. Retire o máximo possível do plástico residual aderente à rosca e remova o restante
com uma escova de arame de latão. Efetue um polimento da rosca com a escova de latão
até chegar à parte metálica, deixando-a com brilho. Retire-a para fora mais um pouco e
repita o processo. Não arrisque uma retirada da rosca fora do canhão; elas são muito caras e
ainda você pode se ferir. Num estágio apropriado pode-se retirar a rosca completamente do
canhão e colocá-la cuidadosamente numa prateleira, preparada com antecedência, para
terminar a limpeza. Nunca utilize para isso materiais abrasivos ou muito duros, por
exemplo, papel de lixa, porque poderá danificar uma superfície galvanizada. Cubra a rosca
com um leve filme de óleo antes da armazenagem.
Muitos preferem bombear a rosca para fora com um material plástico quebradiço, como PS,
que possui boa estabilidade térmica.
Limpeza do canhão
Uma vez removida a rosca, o canhão também deve ser limpo até ficar totalmente livre de
material plástico e material decomposto. Uma escova redonda é muito útil para esta
finalidade, porque permite a colocação de telas metálicas ou panos em volta da cabeça, em
estágios diferentes. Utilize primeiro a tela metálica e em seguida o pano para polimento.
Seja cuidadoso com o uso de solventes; muitos deles são tóxicos e podem causar dermatite,
portanto é melhor evitar. A experiência mostrará se alguns materiais podem ser removidos
mais facilmente com um canhão aquecido.
Limpeza do cabeçote
Na maioria dos casos o cabeçote pode ser limpo com mais facilidade quando quente, após a
retirada das resistências de aquecimento. Retire os termoelementos cuidadosamente, e
remova o plástico acessível com uma espátula de latão ou madeira; nunca utilize
ferramentas de aço para esta finalidade. Desmonte o cabeçote e limpe cada peça em
seqüência; caso o cabeçote necessite de reaquecimento, faça isto de uma maneira segura. O
material plástico pode ser queimado usando uma chama de solda (não um maçarico), um
forno, ou um banho de sal quente, os pigmentos ou resíduos podem ser retirados com uma
escova de metal macio. Trate os lábios do bocal com bastante cuidado, qualquer arranhão
pode produzir estrias no produto.
Armazenamento do cabeçote
Após a limpeza do cabeçote, o mesmo deve ser consertado antes de uma nova utilização ou
de ser armazenado. Os componentes do cabeçote devem ser controlados neste estágio
mediante autorização, e o cabeçote consertado deve levar um certificado, como estando
apto para o uso. É recomendado também que o cabeçote seja tratado com um agente
anticorrosivo antes do armazenamento; a área de armazenagem deve ser limpa e seca.
Deve-se manter registros dos trabalhos executados, da área e do conteúdo armazenado, das
ferramentas necessárias para manutenção e das ferramentas necessárias para o uso do
cabeçote. Observe que alguns cabeçotes permanecem em propriedade do cliente, porém a
empresa de moldagem é responsável pela utilização e manutenção.
DESGASTE
Presumimos que o tipo de máquina utilizado seja de rosca única, uma vez que este tipo de
máquina é o mais popular. O cilindro de extrusão e a rosca interagem para transportar,
plastificar e gerar pressão dentro do material plástico. Este conjunto de canhão e rosca
opera num ambiente muito agressivo, que pode causar sérios problemas de desgaste.
Temperatura da massa
Efeitos do desgaste
Projeto e construção
Projete e construa a rosca para reduzir o desgaste, por exemplo, utilizando filetes largos e
uma zona de transição de comprimento correto ( uma zona de transição muito curta pode
causar um depósito de material plástico sólido, que empurra a rosca contra o canhão), e
para alcançar uma rigidez adequada. A flexibilidade da rosca pode ser diminuída pela
redução do seu peso (reduzindo também o efeito de balanço) e mantendo-se a profundidade
da zona de alimentação no valor mínimo. A rigidez também pode ser melhorada pelo uso
de filetes duplos - particularmente na zona de alimentação.
Taxa de desgaste
EXPANSÃO DO PARISON
Moléculas de polímeros termoplásticos são compostas de longas cadeias que assumem uma
configuração espiral ou aleatória sempre que possível. Quando um material plástico é
forçado a fluir através de um ferramental, as cadeias longas ficam parcialmente endi-
reitadas, ou orientadas na direção do fluxo, isto é, elas não são mais orientadas de forma
aleatória. Quando o material emerge do ferramental, as moléculas estão tentando assumir a
forma espiral de novo; isto causa um encolhimento do extrudado (ou parison) no sentido da
extrusão (ou fluxo na máquina), e uma expansão no sentido transversal (ou seção
transversal). Este fenômeno é conhecido como expansão do parison, ou expansão do
ferramental e significa que se os extrudados não forem retirados mais rápidos do que na
maneira que são, terão uma seção transversal maior. Se a expansão do parison se tornar
excessiva, ocorrerá uma fratura da massa; a superfície do extrudado se tornará muito áspera
e o produto não poderá ser utilizado.
Motivos de expansão
As massas plásticas são conhecidas como materiais viscoelásticos, isto quer dizer que uma
parte da pressão que deve ser aplicada para conseguir a fluidez é armazenada no fluxo da
massa. Quando a massa está saindo do ferramental esta energia armazenada é liberada
como expansão do parison. A expansão também é causada pela fricção alta entre as paredes
do ferramental e a massa fluindo. Quando a fricção é alta, a massa fluindo próximo ás
paredes assume uma velocidade menor do que a massa no centro do ferramental; uma
massa nos cantos de um ferramental não circular fluirá mais lentamente do que a massa
afastada dos cantos. Isto pode resultar numa alte-ração da forma do extrudado.
Redução da expansão
Alteração de forma
O extrudado muitas vezes assume uma forma diferente em relação à forma do ferramental,
por exemplo, uma forma triangular é obtida num ferramental ou bocal redondo. A causa
disso pode ser a expansão do parison, ou o fato da massa ter maior facilidade em sair de
uma parte específica do ferramental, ou ainda porque estava fluindo em volta das ilhas do
torpedo. Um aumento de temperatura de uma parte do ferramental (ou cabeçote) pode
facilitar o fluxo nesta região. Em muitos casos, porém, isso não renderá os resultados
desejados, ou não é praticável, e a configuração do cabeçote terá de ser alterada. No caso
de um parison fora de forma, a utilização de um torpedo com ilhas deslocadas pode ser a
solução esperada.
Quando um parison é produzido por extrusão contínua, ocorrerão dois efeitos competitivos.
A expansão causará o encolhimento do parison no comprimento e o crescimento da área
transversal. Por outro lado, o peso do parison sob a influência da gravidade provocará uma
alteração no sentido longitudinal; o parison ficará mais comprido e mais fino. O efeito
predominante depende da resina particular, das condições de processamento e do tempo
envolvido. É possível controlar a seção transversal, usando-se um bocal de abertura
variável. Em produtos grandes os efeitos do alongamento do parison podem ser
minimizados pela produção rápida do mesmo, por exemplo, utilizando um cabeçote
acumulador. Uma programação também ajuda a evitar alteração da forma do parison.
A espessura de parede de um produto soprado circular, por exemplo, uma garrafa, pode ser
calculada pelo conhecimento das dimensões do bocal, da taxa de expansão do material
plástico e do diâmetro do molde no ponto particular considerado, pela fórmula a seguir:
T = (VS)3 G D
BD
O ângulo de entrada do bocal para um material particular em extrusão às vezes pode ser
determinado, na prática, pela colocação de um bocal em forma de placa, que possui uma
abertura apropriada, num suporte sem forma aerodinâmica. Passe o
material pelo bocal, mude a cor, e após um tempo adequado remova o bocal e o suporte do
mesmo. Permita a refrigeração dos componentes, retire o material plástico frio e examine a
seção transversal. As alterações de cor indicarão a forma aerodinâmica necessária. Em
materiais sensíveis ao calor (PVC), uma mudança de cor do material não será necessária.
Também é possível usar um corante sensível ao calor para os materiais que não indicam as
alterações de cor com facilidade.
Acabamento
Rebarbagem do gargalo
Remoção da rebarba
Muitos produtos soprados ainda estão com a rebarba do fundo presa no frasco quando o
molde abre. A faixa de material que liga o produto com a rebarba pode ser muito fina (um
corte de faca é possível em PEBD), portanto a separação da rebarba deve ser fácil, mesmo
em materiais de alto impacto. A zona de esmagamento deve ser configurada
cuidadosamente e fabricada com precisão, de um material de alta qualidade. Velocidades
de fechamento controladas também auxiliam bastante na separação da rebarba. O corte, ou
a estampagem, enquanto o artigo está sendo segurado numa máscara, após a abertura do
molde, é uma prática comum, particularmente para reci-pientes com alça. A rebarba cortada
é reciclada imediatamente para reduzir conta-minação. Para prevenir a contaminação do
recipiente com cavaco, o corte da rebarba do gargalo pode ser efetuado com o frasco
invertido.
Os processos de moldagem por extrusão e sopro com remoção totalmente automática da
rebarba foram desenvolvidos para a produção em massa de todos os tamanhos e formas de
recipientes. Os métodos utilizados para esta finalidade incluem a retirada da rebarba dentro
do molde, o corte dentro do molde, esmagamento durante a desmoldagem e a utilização de
dispositivos de transferência e corte após a desmoldagem.
Usinagem
Em geral a usinagem de artigos moldados de plástico deve ser evitada quando possível.
Mesmo que exista a possibilidade de processamento por usinagem, estas ope-rações podem
ser problemáticas, com grande consumo de tempo e gasto de material. A usinagem somente
terá sucesso quando as propriedades dos materiais plásticos estiverem sendo consideradas.
Por exemplo, a baixa temperatura de distorção ao calor e o baixo módulo (maciez e
alteração de forma), a recuperação após a exposição a uma carga e alto coeficiente de
expansão térmica. Os produtos moldados de plástico devem ser bem apoiados e firmados
antes do inicio da operação de usinagem. Todas as ferramentas devem ser limpas e bem
afiadas para obter um corte limpo e não uma esfrega durante a usinagem. O cavaco do
material plástico deve ser retirado e a área de corte deve ser mantida fria, mediante, por
exemplo, a aplicação de um fluido de corte apropriado. O processo de usinagem não deve
deixar cantos vivos, devido ao perigo de falha prematura no produto.
Juntar e soldar
Muitas vezes é mais simples, e em muitos casos mais barato, produzir um componente pela
montagem de vários componentes menores; mediante este procedimento os custos de
moldagem e tempos de produção podem ser reduzidos substancialmente. Os conjuntos
montados produzidos deste modo podem ser permanentemente juntados (não recuperáveis),
ou juntados temporariamente (recuperáveis). A soldagem (por exemplo, com placas
quentes), rebitagem e a colagem com adesivos são exemplos de juntas não recuperáveis. A
utilização de conjuntos parafusados ou juntas com engates apresentam algumas que podem
ser separadas e portanto são chamadas de juntas recuperáveis. A colagem de materiais
termoplásticos semicristalinos, como poliolefinas em geral não é recomendada, estes
materiais devem ser juntados por soldagem. Com um material termoplástico amorfo, tanto a
colagem por adesivos como a soldagem pode ser aplicada com sucesso, possibilitando que
os problemas de rachaduras nas tensões ambientais e de alivio de tensões possam ser
resolvidos.
Impressão
A impressão é o método mais comum de se colocar uma legenda num produto moldado de
plástico. De todos os métodos de impressão a serigrafia (silk screen) é o mais importante.
Os outros métodos de impressão utilizados para seguir os contornos de um produto
moldado são a impressão letterflex e a impressão offset seca. Em virtude da falta de grupos
polares ativos na superfície de poliolefinas, as tintas de impressão
têm pouca aderência, ou quase nenhuma na superfície de um material termoplástico
semicristalino, como PE ou PP. É possível ativar a superfície por métodos químicos ou
físicos.
A aplicação de chama é um método popular, já que é barato e efetivo. As chamas devem
ser altamente oxidantes e numa temperatura acima de 1000°C (1832°F). A taxa de mistura
de gás e ar, a quantia usada e a distância entre o produto e as chamas são fatores que devem
ser controlados. Os tempos de contato são muito curtos - menor que 0,1 segundos.
Mantenha o tempo entre o tratamento preliminar e a impressão curto, e evite o manuseio
dos produtos ao máximo possível; a impressão é efetuada em condições melhores
imediatamente após o tratamento preliminar.
Capítulo 6
Materiais específicos para moldagem por sopro
ABS
TERMO QUÍMICO Acrilonitrila butadieno estireno
ABREVIAÇÃO ABS
TERMOS ALTERNATIVOS Estireno/misturas de copolímeros; ABS copolímeros
ALGUNS FORNECEDORES NOMES OU MARCAS COMERCIAIS
BASF Terluran
Bayer Novodur
Bayer Bayblend TC (ABC/PC)
Borg Warner Cycolac
CdF Chimie/Orkem Ugikral
Dow Magnum
DSM Ronfalin
ENI Chemicals Urtal e Ravikral
Monsanto Lustran
Monsanto Cadon (anidrido maléico modificado)
Montedison Edister
Orkem Ugikral
Rhone Poulenc Alcoryl
USS Chemicals Arylon T (ABS polisulfono)
Profundidade zona de alimentação (6D) 10,9mm (0,43”) 14mm (0,55”) 15,2mm (0,60”)
Compressão (6D)
Profundidade 1ª zona de equilíbrio (6D) 4,1mm (0,16”) 5,1mm (0,20) 5,8mm (0,23”)
Descompressão (1D)
Profundidade zona de ventilação (4D) 13,5mm (0,53”) 17,3mm (0,68”) 19,1mm(0,75”)
Compressão (2D)
Profundidade 2ª zona de equilíbrio (5D) 6,9mm (0,27”) 8,9mm (0,35”) 10mm (0,40”)
Obs.: Os números entre parênteses indicam o comprimento de cada zona por diâmetro da
rosca.
Na utilização de uma rosca de um estágio deve existir uma taxa de compressão entre 2,7 e
3,0. A relação de L/D deve ser aproximadamente 24:1, com 4 a 6 diâmetros como zona de
alimentação, 8 a 12 diâmetros como zona de transição e 8 a 10 diâmetros como zona de
equilíbrio.
TEMPO DE CICLO. Devido ao baixo conteúdo de calor e à alta rigidez deste material
podem ser obtidos tempos rápidos de ciclo.
As temperaturas utilizadas podem ser diferentes de um grade para outro. Os tipos ou grades
resistentes a chamas, por exemplo, e também as ligas de ABS/PVC devem ser moldados a
temperaturas mais baixas do que os tipos normais. Tipos de alto calor, como também as
ligas de ABS/PC e ABS/SMA devem ser moldados a temperaturas mais altas da massa,
devido à maior viscosidade da massa. Os tipos previstos para a galvanização também são
moldados em temperaturas mais altas.
FALTA DE RESISTÊNCIA. PC não é resistente a água quente, evite o contato com água
em temperaturas acima de 60ºC (140ºF). Também não é resistente a aminas, soluções
alcalinas e à amônia. Este material fica inchado por benzeno, clorobenzeno, acetona,
tetracloreto de carbono e é solúvel em solventes, como cloreto de metileno, cloreto de
etileno, clorofôrmio, tricloretano e metacresol. O PC, em geral, não é resistente a bases
fortes, hidrocarbonetos aromáticos e clorados, ésteres e cetonas. Como o PC fica inchado
por benzeno, é suspeito a rachaduras sob tensão quando em contato com combustíveis
aromáticos; as misturas de PC/PBT resistem a este tipo de combustível, como também a
combustíveis à base de metanol.
VELOCIDADE DA ROSCA. A rotação da rosca deve ser mantida a valores baixos, por
exemplo, 40 a 60 rpm. Não exceda uma velocidade periférica da rosca de 0,5 m/s. É
recomendado utilizar um sistema de acionamento que desenvolva um alto torque em baixas
velocidades.
PEEL
RESISTÊNCIA. PEEL é resistente a temperaturas muito baixas (até 55°C negativos) sem
ficar quebradiço, como também a maioria dos óleos e solventes. As resinas mais duras são
mais resistentes do que as mais macias. O material pode ser aplicado em concentrações de
ácidos e bases diluídos ou médios, hidrocarbonetos, álcoois, cetonas, ésteres, solventes
baseados em gasolina, óleos e fluidos hidráulicos. É resistente à hidrólise, e esta resistência
aumenta com o aumento do módulo da resina básica. Estes materiais são resistentes à
exposição contínua a graxas, lubrificantes automotivos, fluidos de freio e sais de estrada;
eles resistem a tais produtos químicos dentro de uma ampla faixa de temperatura.
PEBD OU LDPE
PROPRIEDADES DO MATERIAL.
Quando o etileno é aquecido em altas pressões (até 3000 bar) e temperaturas de 100 a
300°C (212 até 572°F) na presença de um elemento radical, é produzido o plástico
conhecido como polietileno de baixa densidade. Este material é um termoplástico
semicristalino e como tal não é disponível como produto moldado transparente. A sua cor
natural é um branco leitoso e o material possui um toque macio, parecido com cera. Devido
à ramificação das cadeias, o grau de cristalinidade é baixo e o material possui uma
densidade relativamente baixa, por exemplo, 0,92g/cm3. Pela variação das condições de
polimerização é possível produzir materiais comerciais com densidades de 0,915 até
0,94g/cm3. São presentes tanto ramificações de cadeias longas como de cadeias curtas, e
como moléculas ramificadas de cadeia longa são compactas, o material flui relativamente
fácil. Este material é tenaz, porém tem uma resistência à ruptura moderada e é sujeito ao
rastejamento; para fins de projeto somente 5% de deformação podem ser utilizados como
limite de operação. A resistência ao impacto, resistência a produtos químicos e às
propriedades de isolamento elétrico são excelentes.
Como em todos os tipos de PE, a permeabilidade de vapor de água neste tipo de PE
também é baixa. O PE é permeável a gases e vapores (permite a passagem), porém PELBD
e PEAD são menos permeáveis a gases e vapores do que PEBD. A permeabilidade a
vapores orgânicos é menor para álcoois e aumenta na ordem indicada a seguir: de ácidos
para aldeídos e cetonas, ésteres, éteres, hidrocarbonetos e hidrocarbonetos halogenados (a
permeabilidade diminui com a densidade).
Com uma densidade de 0,910 até 0,925g/cm3, o material é conhecido às vezes como Tipo
1; na densidade de 0,926 até 0,940g/cm3, como Tipo 2; e PEAD, com uma densidade de
0,940 até 0,965g/cm3, como Tipo 3.
Pela copolimerização com olefinas do tipo alpha é possível produzir uma série de materiais
de densidade muito baixa (VPEBD), de 0,88 até 0,91g/cm3. Estes podem ser utilizados
como alternativa a elastômeros termoplásticos e para modificações de materiais, por
exemplo, para melhorar a resistência ao impacto de PP. Materiais de maior densidade
também são usados na moldagem por injeção. Pela copolimerização de etileno com monó-
xido de carbono é possível produzir um material que é biodegradável; com o aumento do
nível de monóxido de carbono a fragilidade cresce. Este material pode ser feito mais
biodegradável do que papelão.
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é próxima ao branco, é possível uma
quantidade considerável de cores, exceto cores transparentes. A matéria-prima é vendida
tanto em cores já compostas como em estado natural, para a coloração na máquina de
moldagem por técnicas como, coloração a seco, aplicação de masterbatch e coloração
líquida. A coloração na própria área é uma técnica utilizada freqüentemente. Corantes
orgânicos não devem ser utilizados na coloração de PEBD para evitar o problema de
sangria ou absorção de cores. Para a maioria dos processos de coloração é preferível o uso
de pigmentos orgânicos e inorgânicos.
Na coloração seca de PEBD são usados normalmente níveis de corantes até 1%. Agentes
umedecedores são usados em conjunto com corantes secos, mais para manter a limpeza da
área de moldagem, que para a dispersão do corante. Masterbatches do tipo universal
também são utilizados com PEBD a níveis de concentração de 1%, porém para obter uma
cor mais uniforme no produto moldado o nível pode ser aumentado para 3-5%. Quando a
uniformidade de cor é muito importante, masterbatches na base de PEBD são preferidos. Se
uma opacidade da cor é necessária, existe a tendência de se usar pigmentos inorgânicos. Na
realidade não existem limitações para o uso de corantes líquidos para PEBD. Os níveis de
adição do corante devem ser mantidos os mais baixos (máximo 3%), caso contrário pode
ocorrer um deslizamento da rosca.
A maciez e a facilidade de fluxo deste material devem ser consideradas na coloração de
PEBD. Para melhorar a dispersão dos pigmentos dentro da massa é necessário criar um
mecanismo de mistura e moagem no canhão da máquina. Para conseguir isto, muitas vezes
é necessário reduzir as temperaturas para valores mais baixos, que ainda permitem uma
produção dos componentes na qualidade desejada.
É bastante comum haver, em roscas para polietileno, uma zona de mistura após a zona de
equilíbrio. Esta zona tem um comprimento de aproximadamente 2D e consiste em uma
série de pinos arranjados de forma apropriada em volta do núcleo da rosca. Na passagem da
massa pela cabeça misturadora ela é recortada e cisalhada pelo pinos em rotação. Isto
provoca a mistura, e portanto a uniformidade da massa de maneira bastante eficiente.
Observe que a potência do motor necessita de um acréscimo quando uma zona de mistura é
utilizada.
Roscas de barreira já foram utilizadas com sucesso com PEBD, porque possibilitam uma
temperatura mais equilibrada da massa. Para maiores produções, no caso de um diâmetro
de canhão determinado, os canhões podem ser fornecidos com zonas de alimentação
ranhuradas. As ranhuras correm paralelamente ao eixo longitudinal da extrusora e forçam
os grãos sólidos ao longo da rosca. A produção com a utilização de canhões ranhurados
depende da temperatura na zona ranhurada. Para melhorar a produção, esta zona é
refrigerada evitando a fundição dos grãos neste estágio. Com uma zona de alimentação
ranhurada também é necessário utilizar uma cabeça misturadora.
As extrusoras de canhão ranhurado possibilitam uma produção maior, porém os requisitos
de potência também serão maiores do que numa extrusora de configuração convencional do
mesmo tamanho. Um desgaste maior do canhão pode ser outro problema com um sistema
de ranhuras.
PRODUÇÃO (Lbs/h)
Tamanho da Extrusolra Canhão Liso Canhão Ranhurado
PRODUÇÃO (Kg h)
Tamanho da Extrusolra Canhão Liso Canhão Ranhurado
45 mm 70 130
60 mm 140 230
75 mm 240 330
90 mm 320 440
120 mm 450 550
FIM DA OPERAÇÃO. PEBD é um material relativamente estável, por este motivo não há
necessidade de se efetuar uma purgação do equipamento. O material degrada sob a
influência do ar e este processo é acelerado em altas temperaturas. Portanto, qualquer
procedimento para terminar a operação deve ter a finalidade de eliminar o ar do material e
de reduzir o tempo de exposição do mesmo a altas temperaturas. Isto pode ser feito pela
redução da rotação da rosca para um valor muito baixo, mantendo o material em
movimento sem gastar muito, e pela redução das temperaturas da extrusora para cerca de
150°C (300°F). Continue com este procedimento por um curto período de tempo e em
seguida desligue a máquina e reduza as temperaturas o mais rápido possível. Deixe o PEBD
dentro da extrusora. As temperaturas somente não podem ser reduzidas no final de uma
operação de limpeza, porque o material deverá estar em estado fundido quando o cabeçote
estiver sendo desmontado e a rosca retirada do canhão. Neste caso todos os restos do
polímero deverão ser removidos das superfícies metálicas, antes da nova montagem do
equipamento.
ACABAMENTO E DECORAÇÃO. Este material não pode ser juntado com outro do
mesmo tipo pela utilização de solventes, porque não é solúvel à temperatura ambiente. Por
causa de sua superfície inerte também não pode ser colado com bons resultados pelo uso de
adesivos; o sucesso com adesivos de contato ou de fundição a quente é limitado. Quando a
superfície é polarizada, por exemplo, mediante uma chama ou descarga elétrica, este
material pode ser colado com metais pela utilização de epóxis ou adesivos nitrilo-fenólicos;
estes tratamentos também melhoram a possibilidade de impressão. O material pode ser
soldado normalmente por técnicas, como placa ou sapata quente. A usinagem deste plástico
é difícil devido a sua natureza macia e elástica. Não aplique muita pressão na usinagem,
pode ocorrer distorção. A rebarbagem é fácil devido à maciez e à flexibilidade do plástico.
OUTROS COMENTÁRIOS. PEBD pode ser reticulado por radiação de alta energia ou
pela incorporação de peróxidos. A adição de negro-de-fumo possibilita um reforço do
material, como também maior resistência à luz.
PELBD OU LLDPE
MÉTODOS DE PRODUÇÃO. Em termos de moldagem por sopro, este material pode ser
moldado pelo processo de extrusão e sopro (EBM) e por moldagem por extrusão e sopro
com acumulação (AEBM).
CONFIGURAÇÃO DE ROSCA E CANHÃO. Quando PELBD for processado num
equipamento destinado ao processamento de PEBD, a potência necessária para PELBD
com a mesma rotação da rosca seria consideravelmente maior. Os motivos são a maior
viscosidade do PELBD e as maiores taxas de cisalhamento na extrusora. Em conseqüência,
será necessária uma potência maior do motor. A aplicação de mais energia terá como
resultado temperaturas mais altas da massa e uma maior dependência da temperatura da
massa em relação à velocidade da rosca. Para providenciar um melhor controle de
temperatura, uma série de configurações de roscas, diferentes das roscas para PEBD, foram
testadas e comprovadas com sucesso.
A configuração básica da rosca de uso geral (descrita no capítulo sobre PEBD) é alterada,
com profundidade maior nas zonas de alimentação e equilíbrio. Os aumentos de potência e
temperatura da massa exigidos podem ser reduzidos pelo aumento da fenda entre o topo
dos filetes da rosca e o canhão na zona de equilíbrio.
As configurações melhoradas incluem uma ponta de cisalhamento tipo Maddock na zona
de equilíbrio e o aumento da profundidade na zona de equilíbrio, em direção ao final da
rosca. Uma rosca com um diâmetro de 63,5 mm (2 1/2”) baseada nesta configuração teria
as seguintes características:
Profundidade Comprimento
Uma rosca deste tipo, na rotação de 150 rpm, possibilitaria uma produção de
aproximadamente 99 kg/h, ou 220 lbs./h.
A Union Carbide (Estados Unidos) desenvolveu roscas de “passo decrescente” para a
utilização com PELBD, nos diâmetros de 1/4” (19 mm) até 8” (203 mm). A compressão é
alcançada pela redução do passo da rosca ao invés da alteração da profundidade do canal.
Esta configuração está possibilitando uma alta produção em baixo torque e menor desgaste
que o normal. Uma rosca deste tipo com um diâmetro de 63,5 mm (2 1/2”), e uma relação
L/D de 18:1 possibilita uma produção de 179 kg/h (395 lbs./h) na rotação de 100 rpm.
Por outro lado, roscas com passo crescente também já foram usadas com sucesso. Estas
configurações também aumentam a fenda entre o topo dos filetes da rosca e a parede do
canhão e reduzem a largura dos filetes, abaixo da largura normal de 0,1D.
Canhões com zonas de alimentação ranhuradas podem ser utilizados com PELBD. Estes
oferecem maior produção sem acréscimo na temperatura da massa, porém necessitam mais
potência do motor e estão submetidos a um desgaste maior. A eficiência pode ser
melhorada pela intensa refrigeração da zona de alimentação com água.
FIM DA OPERAÇÃO. Existe evidência de que este material possui maior tendência à
degradação por oxidação do que PEBD. No fim da operação o PELBD deve ser purgado
com PEBD, e em seguida as temperaturas da extrusora e do cabeçote devem ser abaixadas,
enquanto a extrusora está operando em velocidade baixa. Quando as temperaturas
atingirem abaixo de 130°C (265°F), o motor da extrusora deve ser desligado e a energia das
resistências interrompida.
REPROCESSAMENTO. Quando este material é recuperado, sugere-se que até 25% dele
sejam misturados com material virgem. Em alguns casos até 100% de material recuperado
podem ser utilizados, porém isto depende exclusivamente do produto e dos requisitos de
uso final. Um dos problemas principais na utilização de material recuperado é a dificuldade
em manter uma alimentação constante de material para o conjunto do canhão. Polietileno
regranulado é leve e fofo por natureza, e devido a esta característica tem a tendência de
formar pontes no funil, criando problemas de alimentação. Em muitos casos material
virgem é acrescentado ao recuperado para providenciar peso (corpo) para a mistura de
recuperado/virgem e vencer os problemas de formação de pontes. Quando o material
recuperado é acrescentado ao material virgem, não é tão crítico que o recuperado seja da
mesma densidade, ou do mesmo índice de fluxo como o material virgem, como no caso de
PEBD.
PEAD OU HDPE
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é um tipo de branco, ele pode ser
colorido numa série de cores, exceto cores transparentes. O material é comercializado
tanto em cores já compostas como na cor natural para a coloração posterior na máquina de
moldagem, por técnicas como a utilização de masterbatch, coloração seca e coloração
líquida. No processo da coloração à seco, os tempos de mistura devem ser controlados
precisamente, pelo fato de que um tempo muito curto de mistura resultará numa dispersão e
adesão inadequada dos pigmentos, e um tempo de mistura prolongado pode causar a
compactação dos pigmentos. Não exceda uma concentração de pigmentos de
aproximadamente 0,4%; concentrações mais altas podem ser obtidas a partir de compostos
coloridos. A esco-lha do pigmento adequado é importante, porque alguns deles aumentam a
sensibilidade ao fraturamento sob tensão e/ou possibilitam a deformação dos produtos
(alguns pigmentos orgânicos agem como agentes de nucleação para PEAD). Consulte um
especialista em co-loração sobre o tipo de pigmento recomendado para PEAD. Na
utilização de negro-de-fumo como corante seco será necessário prevenir a absorção de
umidade durante o armazenamento, caso contrário o polímero colorido terá que ser secado
antes da moldagem.
45 6 6 2
60 8 10 3.3
90 10 13.5 4.5
120 12 15.75 5.25
Roscas do tipo barreira também já foram usadas com sucesso, com PEAD. Uma rosca
típica de barreira com um diâmetro de 114 mm (4 1/2”) terá uma relação L/D de 24:1, e
pode ser operada até 100 rpm. Canhões com zonas de alimentação ranhuradas, em conjunto
com roscas de compressão zero, são utilizados largamente com este material, tanto na
forma de pó como na forma de grãos. Quando buchas de inserto com ranhuras estão sendo
utilizadas na zona de alimentação do canhão, elas devem ser refrigeradas intensamente pela
circulação de bastante água, por exemplo, com um volume de 1m/s (uma extrusora com
120 mm de diâmetro pode necessitar 2000 l/hora de água na zona de alimentação). Não
permita um aumento de temperatura acima de 100°C (212°F), mantenha a temperatura a
mais fria possível; isto melhorará a eficiência de alimentação.
Uma extrusora de 60 mm (aproximadamente 2,4”) poderia ter 6 ranhuras de uma
profundidade inicial de 4 mm (0,16”), e uma largura de 8 mm (0,32”). Uma extrusora de
120 mm (cerca de 4,8”) pode ter 12 ranhuras de uma profundidade inicial de 4 mm e uma
largura de 10 mm (0,4”). As buchas de inserto com ranhuras se estendem até 3 1/2D, além
da abertura de alimentação. A compactação de pó pode ser melhorada, quando o canhão é
alargado na região do funil em até 4 mm (0,16”) e o passo da rosca é 0,8D. O ângulo de
transição entre esta bolsa e o diâmetro normal do canhão não deve ser menor que 7°.
Para uma zona de alimentação ranhurada, são recomendadas roscas de maior comprimento,
incorporando zonas de cisalhamento e mistura. As dimensões das ranhuras devem ser
adaptadas ao tamanho dos grãos do material processado.
Este material necessita de unidades de acionamento de alta potência (motores e mancais
axiais), o valor de potência requerido - por quilograma de produção - é aproximadamente o
dobro daquele para um material termoplástico amorfo.
CONFIGURAÇÃO DO CABEÇOTE. Cabeçotes com alimentação central do fluxo são
utilizados principalmente para produtos moldados pequenos, e cabeçotes do tipo pinola
para produtos maiores. Os cabeçotes devem ser configurados para possibilitar um fluxo
uniforme de calor para o material, como também uma taxa de cisalhamento e temperatura
uniforme da massa. Para alcançar estes objetivos, o cabeçote pode incorporar várias
características de projeto, por exemplo, distribuidores de fluxo ou canais. O material que
entra primeiro no cabeçote deve ser o primeiro a sair, para evitar problemas de
decomposição ou degradação. Normalmente são usados controladores de espessura de
parede no processo de moldagem por extrusão e sopro com acumulação.
TEMPOS DE CICLO. Apesar do alto conteúdo de calor de PEAD é possível obter tempos
rápidos de ciclo com alguns produtos quando, por exemplo, a espessura da parede pode ser
reduzida. Isto é possível devido à alta rigidez deste material. A rigidez do frasco para uma
espessura de parede determinada é proporcional à raiz cúbica do módulo de rigidez deste
material. Nesta base, um frasco produzido de um material de 0,96g/cm3 de densidade, pode
ter 50% da espessura de parede de um frasco feito a partir de um material com uma
densidade de 0,92g/cm3.
O PEAD pode ser reticulado por radiação de alta energia ou pela incorporação de peró-
xidos. A incorporação de negro-de-fumo possibilita um reforço destes materiais e aumenta
a resistência à luz.
PP
A largura do filete da rosca normalmente é 0,1D e o passo é 1D; isto resulta num ângulo de
inclinação do filete de 17,7°. A rosca e o canhão devem ser fabricados de um aço nitretado;
às vezes um revestimento de aço resistente ao desgaste é utilizado. PP possui menor
condutividade térmica do que o PEAD, é importante que o calor seja introduzido de forma
bastante uniforme. Por este motivo, algumas roscas utilizadas para PP possuem elementos
de mistura/cisalhamento num estágio anterior. Com roscas relativamente curtas de pequeno
até médio diâmetro, é necessário dar atenção especial a um controle rigoroso de
temperatura do sistema. Pela utilização de um perfil de temperatura de pouca inclinação ou
até revertido, podem ser obtidas melhores produções e maior resistência da massa.
Para uma produção maior, é recomendada a utilização de extrusoras com um inserto
ranhurado e refrigerado na zona de alimentação do canhão. Estas extrusoras podem
apresentar um rendimento maior do que 80%, em comparação com uma máquina
convencional do mesmo tamanho. O canhão possui uma relação de L/D de
aproximadamente 30:1. Ranhuras de uma profundidade de 4 mm (0,16”) são dispostas
num espaçamento de cerca de 33 mm (1,25”) na parte interna da zona de alimentação do
canhão. É muito importante manter a seção ranhurada bem refrigerada (veja PEAD). Na
mudança de material, de PEAD para PP, a produção pode cair bastante; a densidade a
granel de PP é menor (0,51 g/cm3 contra 0,54 g/cm3). Com uma rosca convencional a
produção pode cair em 25% e com uma máquina de canhão ranhurado a produção pode ser
10% mais baixa. Quando estes materiais são plastificados, a suas densidades são parecidas
(1,76 g/cm3), por este motivo a profundidade da zona de equilíbrio deve ser a mesma.
A temperatura da massa pode ser medida no bocal ou pela técnica de injetar o material ao
ar, e deve estar na faixa de 190 a 210° (374-410°F). Acima de 230°C (446°F) podem existir
problemas com a estabilidade do parison, e abaixo de 190°C a massa provavelmente não
será homogênea. A tabela a seguir indica os ajustes de temperaturas para tipos diferentes do
material.
OUTROS COMENTÁRIOS. PP reforçado com fibras de vidro pode ser moldado por
extrusão e sopro. Este material possui maior rigidez e estabilidade térmica, do que outros
tipos sem reforço, porém o desgaste das extrusoras é bem maior no seu processamento.
PP com carga de borracha também já foi moldado por extrusão e sopro; o material é
manuseado de modo similar a PP-CO. Possui massa de boa resistência e expansão no bocal.
É possível obter produtos bastante brilhantes a partir do PP. O brilho pode ser me-lhorado
ainda pelo uso de ceras baseadas em PP. O PP pode tolerar a adição de até 2% de cera, sem
uma perda notável de propriedades. Estas ceras também podem ser utilizadas para controlar
as propriedades de fluxo no emprego de material recuperado.
A transparência de PP pode ser aperfeiçoada pelo uso de agentes de nucleação, isto é,
copolímeros aleatórios. Agentes de nucleação, particularmente ativos, são metais alcalinos
ou os sais de alumínio de ácidos aromáticos ou carboxilas, como benzoato de alumínio.
PRODUTOS TÍPICOS. São fabricados de PP recipientes com volumes de um, três, quatro
e cinco litros para óleo de motor. Um tamanho de frasco de 5 litros pode necessitar de 180
gramas de PP e possibilitar uma resistência ao empilhamento de 1000N. Uma quantidade
de material de 260 g de APM-PEAD seria necessária, se o mesmo frasco fosse feito deste
material. Aplicações industriais representam uma parte considerável do mercado para PP,
incluindo a fabricação de componentes para carros, situados embaixo do capô, dutos de ar
para automóveis, tanques de expansão, revestimentos para caldeiras e painéis de aque-
cimento solar. Para obter uma massa elástica, que é útil na moldagem por sopro destes
componentes, é necessário utilizar um material de alto peso molecular com uma
distribuição ampla mesmo.
Devido a sua inércia química, alta rigidez e resistência a temperaturas relativamente altas, o
PP é utilizado para recipientes (tanto monocamada como multicamada) que são enchidos a
quente, pelo fato de que PP dá maior rigidez estrutural.
Quando submetidos a uma orientação biaxial, os produtos de PP moldados por sopro
possuem boa tenacidade e propriedades óticas transparentes. Para este tipo de reci-piente
existe um grande mercado (veja o capítulo sobre OPP).
Os copolímeros aleatórios de PP (conhecidos às vezes como polímeros estatísticos) são um
grupo de termoplásticos baseados em poliolefinas que possuem tenacidade, flexibilidade e
transparência; aspectos importantes, principalmente para a moldagem por sopro. Estes
materiais oferecem resistência química e propriedades de barreira de PP-H, porém possuem
um ponto de plastificação mais baixo. O desenvolvimento e a aplicação desta classe de
materiais ajudaram a transformar o PP num material de sopro da maior importância.
Estes materiais contém de 1,5 a 7% de etileno por peso e a sua estrutura é similar àquela de
PP isotáctico, porém com inserção aleatória de unidades de etileno. Estas unidades não são
inseridas em blocos; se 7% de etileno fossem inseridos em unidades individuais, o ponto de
plastificação estaria em torno de aproximadamente 66°C (150°F). Estas inserções destróem
a estrutura cristalina e dão tenacidade. Os pontos de plastificação de tipos comerciais estão
na faixa de 121 até 152°C (250-305°F). A transparência destes materiais pode ser
melhorada por agentes de nucleação, e eles são processados pela moldagem por extrusão e
sopro (produtos de monocamada e multicamada), moldagem por injeção e sopro e
moldagem por estiramento e sopro. Os artigos são utilizados para a embalagem de produtos
farmacêuticos, como também para frascos de multicamada enchidos a quente, na
embalagem de alimentos. Estes produtos possuem transparência e propriedades de barreira
contra vapores úmidos para a embalagem de medicamentos. Também possuem boa rigidez
e resistência ao calor para aplicações de enchimento a quente, e alta resistência ao impacto
para o uso em aplicações de refrigeração.
Copolímeros aleatórios foram utilizados para produzir itens de parede dupla com
dobradiças ativas, por exemplo, caixas para ferramentas. Estes produtos são fabricados pela
técnica de sopro por agulha e as dobradiças são formadas inicialmente por compressão -
saliências no molde comprimem o parison. Imediatamente após a moldagem o produto
deve ser submetido a flexões várias vezes para desenvolver as dobradiças. Estes materiais
não branqueiam sob tensão e são resistentes ao impacto; o produto é mais barato de se
produzir do que pela moldagem por injeção.
UPVC OU PVC-U
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é transparente, é possível uma série de
cores; isto inclui tanto cores transparentes, como opacas. A maioria dos frascos de UPVC é
transparente, por este motivo a quantia de corante necessária é relativamente pequena. O
material é vendido tanto em cores compostas, como na cor natural para a coloração na
máquina de moldagem, por técnicas como coloração a seco, mistura de masterbatch e co-
loração líquida. Na coloração de UPVC, tanto corantes, como pigmentos podem ser
utilizados. Certos tipos de pigmentos, porém, podem catalisar ou provocar a taxa de
decomposição - estão nessa categoria pós ou óxidos metálicos.
O tipo mais comum de masterbatch usado é o sólido. Porém, apenas alguns masterbatches
universais são apropriados, portanto recomenda-se verificar as especificações dos
fabricantes antes do uso. Cores líquidas também podem ser usadas, entretanto, o nível de
adição deve ser controlado atentamente, para evitar alterações de propriedades do composto
de moldagem, como resultado do portador líquido.
MÉTODOS DE PRODUÇÃO. Este material pode ser moldado por sopro, pela moldagem
por extrusão contínua e sopro (C-EBM), moldagem por extrusão e sopro com estiramento
(ESBM), por injeção e sopro (IBM), e moldagem por injeção e sopro com estiramento
(ISBM). Qualquer máquina destinada ao processamento de UPVC deve ser protegida
contra ataques de corrosão, isto significa, que o painel de controle, o equipamento
complementar e a máquina etc, devem ser revestidos, pintados, ou fabricados de aço
inoxidável. Para proteger tanto o equipamento, como os operadores, um bom sistema de
ventilação deve ser instalado e controlado regularmente, assegurando o funcionamento do
sistema.
OUTROS COMENTÁRIOS. Polímeros de vinil cloreto (VC) podem ser fabricados por
emulsão (dando PVC-E), suspensão (PVC-S) e aglomeração, também conhecido como
polimerização da massa (PVC-M). O último é usado largamente para produtos
transparentes, devido a sua pureza. Como VC é tóxico, o nível do monômero residual no
plástico deve ser mantido muito baixo, por exemplo, abaixo de um milhão (<1ppm). O
material UPVC normalmente é baseado em PVC-S ou PVC-M. Uma das vantagens na
utilização de estabilizantes baseados em estanho é que eles podem ser usados com qualquer
tipo de PVC. Não é o caso com sistemas baseados em bário e cádmio, estes são formulados
para a adaptação a um produto ou processo específico.
PLÁSTICOS ORIENTADOS
OPET, OPP E OPVC
OPP. Quando submetidos a uma orientação biaxial, frascos de PP moldados por sopro
possuem excelente firmeza e transparência; o mercado para estes produtos é considerá-vel.
Devido as melhorias possíveis através desse processo, podem ser utilizados tipos de PP de
menor custo (o homopolímero).
Pela técnica de moldagem por extrusão e sopro com estiramento (ESBM), artigos até um
volume de 2 litros podem ser produzidos. As matérias-primas usadas possuem uma taxa de
fluxo (MFR) entre 1,5 e 2,5. Elas possibilitam um processamento rápido com boa
resistência da massa, e os produtos acabados são transparentes, resistentes ao impacto
e rígidos (caso uma transparência máxima seja necessária, devem ser utilizados
copolímeros aleatórios de PP).
A transparência através do produto é muito boa, tanto com os frascos cheios, como vazios.
Frascos de PP não submetidos a uma biorientação, possuem boa claridade quando
enchidos, porém a transparência em estado vazio (olhando através do frasco) é inferior. Os
frascos de OPP podem assemelhar-se a frascos de PVC na claridade.
PP possui as melhores propriedades de barreira contra o vapor de água dos termoplásticos
normalmente utilizados, e a biorientação reduz estas taxas de transmissão em 50%. Por
isso, não há necessidade de encher os frascos excessivamente, resultando em economia de
conteúdo, além da economia obtida pela menor quantidade de material utilizado. Frascos de
OPP possuem melhor resistência à queda, do que frascos sem biorientação; a rigidez e a
resistência à tração também são melhores. Sendo um material termoplástico semicristalino,
o condicionamento térmico é extremamente crítico.
Copolímeros aleatórios de PP (às vezes conhecidos como polímeros estatísticos) são um
grupo de termoplásticos baseados em poliolefinas que possuem tenacidade, flexibilidade e
transparência (que é o mais importante para a moldagem por sopro). Estes materiais ofe-
recem resistência química e propriedades de barreira de PP-H, porém com um ponto de
fusão mais baixo. O desenvolvimento e a aplicação deste tipo de material ajudará a
transformar o PP em um material da maior importância na moldagem por sopro (veja PP).
Capítulo 7
TABELAS E FÓRMULAS ÚTEIS
Observações:
- Condicionado significa condicionado para o equilíbrio em 50% de umidade relativa
- “a” pé libras por polegada de entalhe com amostras de 0,125 polegadas
- “b” expansão térmica significa o coeficiente de expansão térmica em unidades de 10-6
pol./pol. °C
- HDT significa a temperatura de deflexão sob calor, ou temperatura de deflexão sob carga
de flexão
- “c” as unidades da condutibilidade térmica são 10-4 cal-cm/sec-cm < °C
- “d” testes de absorção de água conduzidos com amostras de 0,125 polegadas
- “psi” significa libras/polegada quadrada, equivalente a 0,0703 kgf/cm<
Observações:
- Condicionado significa condicionado para o equilíbrio em 50% de umidade relativa
- “a” pé libras por polegada de entalhe com amostras de 0,125 polegadas
- “b” expansão térmica significa o coeficiente de expansão térmica em unidades de 10-6
pol./pol. °C
- HDT significa a temperatura de deflexão sob calor, ou temperatura de deflexão sob carga
de flexão
- “c” as unidades da condutibilidade térmica são 10-4 cal-cm/sec-cm>°C
- “d” testes de absorção de água conduzidos com amostras de 0,125 polegadas
- “psi” significa libras/polegada quadrada, equivalente a 0,0703 kgf/cm>
Observações:
- Condicionado significa condicionado para o equilíbrio em 50% de umidade relativa
- “a” pé libras por polegada de entalhe com amostras de 0,125 polegadas
- “b” expansão térmica significa o coeficiente de expansão térmica em unidades de 10-6
pol./pol. °C
- HDT significa a temperatura de deflexão sob calor, ou temperatura de deflexão sob carga
de flexão
- “c” as unidades da condutibilidade térmica são 10-4 cal-cm/sec-cm>°C
- “d” testes de absorção de água conduzidos com amostras de 0,125 polegadas
- “psi” significa libras/polegada quadrada, equivalente a 0,0703 kgf/cm>
Observações:
- Condicionado significa condicionado para o equilíbrio em 50% de umidade relativa
- “a” pé libras por polegada de entalhe com amostras de 0,125 polegadas
- “b” expansão térmica significa o coeficiente de expansão térmica em unidades de 10-6
pol./pol. °C
- HDT significa a temperatura de deflexão sob calor, ou temperatura de deflexão sob carga
de flexão
- “c” as unidades da condutibilidade térmica são 10-4 cal-cm/sec-cm_ °C
- “d” testes de absorção de água conduzidos com amostras de 0,125 polegadas
- “psi” significa libras/polegada quadrada, equivalente a 0,0703 kgf/cm_
Observações:
- Condicionado significa condicionado para o equilíbrio em 50% de umidade relativa
- “a” pé libras por polegada de entalhe com amostras de 0,125 polegadas
- “b” expansão térmica significa o coeficiente de expansão térmica em unidades de 10-6
pol./pol. °C
- HDT significa a temperatura de deflexão sob calor, ou temperatura de deflexão sob carga
de flexão
- “c” as unidades da condutibilidade térmica são 10-4 cal-cm/sec-cm_ °C
- “d” testes de absorção de água conduzidos com amostras de 0,125 polegadas
- “psi” significa libras/polegada quadrada, equivalente a 0,0703 kgf/cm_
CONVERSÃO DE TEMPERATURAS
Para converter de °F para °C, verifique o número no centro da coluna e olhe imediatamente
para a esquerda, por exemplo, 200°F seriam 93°C. Isto também pode ser verificado pela
subtração de 32 do número 200, a divisão por 9 e a multiplicação por 5.
- 40 - 40 - 40
- 34 - 30 - 22
- 29 - 20 -4
- 23 - 10 14
- 18 0 32
- 12 10 50
- 7 20 68
- 1 30 86
4 40 104
10 50 122
16 60 140
21 70 158
27 80 176
32 90 194
38 100 212
43 110 230
49 120 248
54 130 266
60 140 284
66 150 302
71 160 320
77 170 338
82 180 356
88 190 374
93 200 392
99 210 410
104 220 428
110 230 446
116 240 464
121 250 482
127 260 500
132 270 518
138 280 536
143 290 554
CONVERSÃO DE UNIDADES
COMPRIMENTO
Sabendo GAUGE - multiplique por 0,254 para obter MICRA
Sabendo MILÉSIMOS (Polegada) - multiplique por 25,4 para obter MICRA
Sabendo POLEGADAS - multiplique por 25,4 para obter MILÍMETROS
Sabendo PÉS (FEET) - multiplique por 0,305 para obter METROS
Sabendo JARDAS (YARDS) - multiplique por 0,914 para obter METROS
Sabendo MICRA - multiplique por 3,937 para obter GAUGE
Sabendo MILÍMETROS - multiplique por 0,0394 para obter POLEGADAS
Sabendo CENTÍMETROS - multiplique por 0,3937 para obter POLEGADAS
Sabendo METROS - multiplique por 1,094 para obter JARDAS
Sabendo METROS - multiplique por 3,28 para obter PÉS (FEET)
ÁREA
Sabendo POLEGADAS QUADRADAS - multiplique por 645 para obter MILÍMETROS
QUADRADOS
Sabendo PÉS QUADRADOS - multiplique por 0,093 para obter METROS QUADRADOS
Sabendo JARDAS QUADRADAS - multiplique por 0,8354 para obter METROS
QUADRADOS
Sabendo MILÍMETROS QUADRADOS-multiplique por 0,0016 para obter POLEGADAS
QUADRADAS
Sabendo METROS QUADRADOS - multiplique por 10,76 para obter PÉS QUADRADOS
VOLUME
Sabendo POLEGADAS CÚBICAS - multiplique por 16,387 para obter MILÍMETROS
CÚBICOS
Sabendo POLEGADAS CÚBICAS - multiplique por 16,39 para obter CENTÍMETROS
CÚBICOS
Sabendo PÉS CÚBICOS - multiplique por 0,0284 para obter METROS CÚBICOS
Sabendo CENTÍMETROS CÚBICOS - multiplique por 0,061 para obter POLEGADAS
CÚBICAS
Sabendo METROS CÚBICOS - multiplique por 35,3 para obter PÉS CÚBICOS
Sabendo PINTA LÍQUIDA (USA)- multiplique por 0,833 para obter PINTA IMPERIAL
(GB)
Sabendo PINTA LÍQUIDA (USA) - multiplique por 0,473 para obter LITROS
Sabendo PINTA IMPERIAL (GB) - multiplique por 1,201 para obter PINTA LÍQUIDA
(USA)
Sabendo LITROS - multiplique por 61,024 para obter POLEGADAS CÚBICAS
Sabendo LITROS - multiplique por 2,114 para obter PINTA LÍQUIDA (USA)
PESO
Sabendo LIBRAS - multiplique por 0,452 para obter QUILOGRAMAS
Sabendo TONELADAS (USA)- multiplique por 0,907 para obter TONELADAS
MÉTRICAS
Sabendo QUILOGRAMAS - multiplique por 2,205 para obter LIBRAS
Sabendo TONELADAS MÉTRICAS - multiplique por 1,103 para obter TONELADAS
(USA)
PRESSÕES E TENSÕES
Sabendo PSI - multiplique por 0,0069 para obter Mpa
Sabendo Mpa - multiplique por 145 para obter PSI
Sabendo Mpa - multiplique por 10 para obter BAR
Sabendo BAR - multiplique por 1,013 par obter ATMOSFERAS
Sabendo BAR - multiplique por 14,50 para obter PSI
VELOCIDADE
Sabendo PÉS/ MINUTO - multiplique por 0,0051 para obter METROS/ SEGUNDO
Sabendo PÉS/ MINUTO - multiplique por 0,305 para obter METROS/ MINUTO
Sabendo METROS/ SEGUNDO - multiplique por 197 para obter PÉS/ MINUTO
Sabendo METROS/ MINUTO - multiplique por 3,28 para obter PÉS/ MINUTO
DENSIDADE
Sabendo LIBRAS/ PÉ CÚBICO - multiplique por 16 para obter KG/ METRO CÚBICO
Sabendo KG/ METRO CÚBICO - multiplique por 0,06243 para obter LIBRAS/ PÉ
CÚBICO
POTÊNCIA
Sabendo PÉS LIBRAS/ SEGUNDO - multiplique por 1,356 para obter WATTS
Sabendo CAVALO DE FORÇA (HP) - multiplique por 745,7 para obter WATTS
Sabendo CAVALO DE FORÇA (HP) - multiplique por 550 para obter PÉS LIBRAS/
SEGUNDO
Sabendo QUILOWATTS - multiplique por 737,6 para obter PÉS LIBRAS/ SEGUNDO
Sabendo QUILOWATTS - multiplique por 1,341 para obter CAVALO DE FORÇA (HP)
DEFEITOS DE MOLDAGEM
PROCESSOS EBM E AEBM
Defeito/Problema:
Rompimento do produto (com ar de sopro preso dentro do produto, sem possibilidade de
escapar antes da abertura do molde).
Correções sugeridas:
1) Verifique se os temporizadores (relês de tempo) foram ajustados corretamente e efetue
um reajuste, caso necessário.
2) Verifique o funcionamento das válvulas de escape rápido e corrija, caso necessário.
3) Verifique se a válvula principal de sopro está permitindo a passagem de ar, quando ela
deveria estar fechada e corrija, caso necessário.
Defeito/Problema:
O comprimento do parison varia de ciclo para ciclo.
Correções sugeridas:
1) Verifique se a operação da extrusora é consistente, por exemplo, se não existe um fluxo
oscilante; verifique a refrigeração da zona de alimentação e corrija, caso necessário.
2) Verifique a eficiência da operação da mistura, por exemplo, da mistura de material
recuperado e virgem e do masterbatch no funil de alimentação da máquina.
3) Verifique o carregamento de masterbatch.
4) Verifique o funcionamento de todas as resistências e controladores de tempe-ratura e
assegure que as resistências de aquecimento estão devidamente apertadas.
5) Verifique se os termopares estão assentados e conectados corretamente.
6) Verifique o funcionamento do programador do parison, e em seguida verifique e reajuste
o controlador de comprimento do parison (caso foi instalado).
Defeito/Problema:
Marcas de linhas ou faixas no parison e/ou produto.
Correções sugeridas:
1) Verifique se existe contaminação de material e efetue uma purgação.
2) Verifique se um aumento das temperaturas do canhão possibilita uma melhoria.
3) Abaixe as temperaturas do cabeçote.
4) Limpe o conjunto de cabeçote e bocal, caso as marcas ou faixas apareçam de forma
aleatória e imprevisível.
5) Caso essas medidas não tenham resultado, verifique o efeito da colocação de um suporte
do núcleo com compressão no cabeçote.
Defeito/Problema:
A resistência na área de esmagamento e/ou da solda é baixa.
Correções sugeridas:
1) O corte na área de esmagamento é muito afiado, alargue o fio de corte com uma pedra ou
mediante uma retífica - faça isso pouco a pouco.
2) Reduza as temperaturas da massa (dentro dos limites de operação adiabática).
3) Verifique a profundidade de corte e reduza, caso necessário.
4) Aumente o amortecimento do molde, isto é, diminua a velocidade lenta e final de
fechamento do molde, quando o esmagamento estiver sendo efetuado.
5) Investigue o efeito de um pré-sopro com pressão reduzida do ar.
Defeito/Problema:
O encolhimento e/ou o empenamento é inaceitável.
Correções sugeridas:
1) Verifique se o peso do produto não aumentou acima do peso previsto.
2) Verifique o fluxo e a temperatura do sistema de refrigeração do molde; reduza as
temperaturas do molde pelo aumento de fluxo do meio de refrigeração, ou pela redução da
temperatura do fluxo.
3) Verifique se a pressão do ar de sopro não diminuiu imprevisivelmente e efetue um
reajuste, caso necessário.
4) Caso as verificações e sugestões acima não eliminaram o problema, aumente o tempo de
ciclo do sopro.
5) Caso um conjunto de bocal/ núcleo ovalado tenha sido utilizado, verifique se o núcleo
foi montado na posição correta.
6) Ajuste a programação do parison.
7) Reduza as temperaturas da massa ao máximo possível mediante, por exemplo, a redução
das temperaturas do canhão e do cabeçote. Verifique se estas alterações não causarão um
aumento da temperatura da massa devido a operação adiabática.
Defeito/Problema:
O acabamento de superfície ou a qualidade é insuficiente ou irregular.
Correções sugeridas:
1) Verifique se existe condensação dos moldes e aumente as temperaturas do molde pelo
aumento da temperatura do fluxo de refrigeração.
2) Verifique se existe um bloqueio das áreas de ventilação, caso necessário limpe e/ou
alargue as áreas de ventilação.
3) Aumente a pressão do ar de sopro para assegurar que o parison esteja em contato
completo com a cavidade do molde.
4) Efetue um polimento da cavidade do molde com lixa fina, ou mediante um jateamento
com areia - verifique depois se o acabamento da superfície do produto é aceitável (o
acabamento pode se tornar mais fosco).
Defeito/Problema:
Dificuldades de separação da rebarba, por exemplo, a rebarba é muito grossa para uma
separação manual com facilidade.
Correções sugeridas:
1) Verifique primeiro se a rebarba pode ser removida manualmente com facilidade. Quando
um ajuste correto foi realizado, a rebarba na área de esmagamento e na região da alça deve
ser removível facilmente com uma faca afiada, ou na maioria dos casos a rebarba deve ser
removível com as mãos.
2) Verifique todas as áreas de corte cuidadosamente, efetue uma afiação do corte apenas
quando necessária e evite reduzir a largura do fio de corte. Observe que a função de corte
pode ser verificada melhor pela colocação de papel carbono entre as metades do molde
enquanto elas são fechadas e apertadas.
3) Verifique e aumente a profundidade do corte onde necessário.
4) Revise a programação do parison para reduzir a quantia de material nas áreas de
esmagamento - ao máximo possível - sem prejudicar as especificações do produto.
5) Diminua o amortecimento do molde, isto é, aumente a velocidade final de fechamento.
Capítulo 8
FICHAS DE PROCESSO
Ficha de processo
Data: Turno:
Outros detalhes:
Identificação da máquina
Detalhes da rosca:
Requisitos especiais:
Identificação do cabeçote
Requisitos especiais:
Pino de sopro
Curso de estampagem:
Outros:
Identificação do molde
Requisitos de refrigeração:
Requisitos especiais:
Equipamento complementar:
Detalhes:
Comentários de moldagem:
Requisitos de segurança:
Ferramentas necessárias:
Inspeção do produto a cada ................... caso não passe, teste a seguir ..................
TEMPOS (s)
Retardo de fechamento do molde
Fechamento rápido do molde
Fechamento lento do molde
Retardo -corte para frente
Retardo - corte para trás
Retardo de sopro
Tempo de sopro - 1
Tempo de sopro - 2
Retardo de abertura do molde
Abertura rápida do molde
Abertura lenta do molde
Estampagem
Tempo total do ciclo
VAZÃO DE ÁGUA
(em l/s, ou gal./min)
Trocador de calor (tanque hidráulico)
Bloco do funil
Zona de alimentação - canhão ranhurado
Rosca
Molde - 1
Molde - 2
Molde - 3
Outras
PRESSÕES
(em bar, ou psi)
Ar comprimido - geral
Pré-sopro - 1
Pré-sopro - 2
Ar de sopro - 1
Ar de sopro - 2
Ar de apoio
Bucha de corte (cilindro)
Estampagem
Água de refrigeração
Pressão da massa - 1
Pressão da massa - 2
Outras pressões
VAZÕES DE AR
(em l/s, ou cu.ft/min)
Secador
Cabeçote
Refrigeração - 1
Refrigeração - 2
Refrigeração - 3
POTÊNCIAS (Ampères)
Motor da extrusora
Motor da bomba hidráulica
Outras
VELOCIDADES
(em m/s, ou ft/min)
Fechamento rápido do molde
Fechamento lento do molde
Corte para frente
Corte para trás
Abertura rápida do molde
Abertura lenta do molde
Estampagem
Outras
ROTAÇÕES
(em rpm)
Rotação da rosca
Dosagem
Outras
PESOS (g ou ozs.)
Peso total do parison
Rebarba - 1
Rebarba - 2
Produto - 1
Produto - 2
DIMENSÕES CRÍTICAS
(em mm, ou polegadas)
1-
2-
3-
4-
5-
Aspecto visual:
Observações:
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31 32
Capítulo 9
GLOSSÁRIO DE TERMOS
Abaulamento: A distorção de um produto moldado por sopro causada, por exemplo, pelo
uso de uma temperatura muito alta durante o enchimento a quente.
Adaptador: Liga a extrusora com o cabeçote e canaliza a massa para o cabeçote; utilizado
para conectar os cabeçotes à máquina. Também pode mudar a direção do fluxo da massa;
existem adaptadores dispostos de forma angular ou cruzada, como também adaptadores
deslocados.
Adesivo reativo: Uma categoria de adesivo que é fixado por reação química; uma
polimerização e/ou uma reticulação ocorre após a aplicação do adesivo em forma líquida.
Agente antiestático: Aditivos acrescentados para reduzir problemas de estática; podem ser
compostos iônicos dispersos que afloram na superfície (por exemplo, de um filme) e
formam uma camada condutiva.
Agente de sopro: Uma substância que expande a massa plástica de propósito, pela geração
de um gás, muitas vezes um produto químico sólido que entra em decomposição em
temperaturas de moldagem, por exemplo, um composto azo.
Almofada de apoio: A parte do molde que suporta a força de fechamento e que impede a
acumulação de rebarba. Em moldes de sopro esta parte é localizada imediatamente depois
da bolsa de rebarbas; ela deve ser configurada para suportar a força total de fechamento.
Anel de retenção: Uma válvula anti-retorno na ponta da rosca, prevendo uma perda da
massa durante a moldagem por injeção, pelo assentamento do anel num selo no final da
rosca.
Aquecimento por fricção: Calor gerado dentro da extrusora, por exemplo, pela rotação da
rosca.
Ar de pré-sopro: Ar com uma pressão reduzida, utilizado durante o pré-sopro (veja pré-
sopro).
Assentamento: Tensão remanescente após o relaxamento completo da força que causou a
deformação.
Avanço da rosca: Durante a moldagem numa máquina com rosca integrada, a rosca
inicialmente empurra a massa ao longo do canhão, sem muita resistência ao movimento;
isto acontece quando uma descompressão da massa foi incorporada para evitar um
vazamento.
Banda morta: A faixa do controlador, na qual o controle não afeta a temperatura; a energia
elétrica está desligada, permitindo uma derivação da temperatura.
Bandeja de balança: Uma bandeja colocada abaixo do molde para receber os produtos
moldados após a ejeção; quando o artigo possui o peso correto, o processo de moldagem
continua e o componente é aceito. Associado à moldagem por injeção.
Bar: Uma unidade métrica de pressão que corresponde a aproximadamente 14,5 libras por
polegada quadrada (psi), ou uma atmosfera.
Barras ou réguas de esmagamento: Duas barras que são apertadas para soldar o parison
em processos de moldagem por extrusão e sopro.
BBS: Um sistema de sopro e aplicação de barreira (Blow and barrier system). Se refere a
um processo de aplicação de flúor para diminuir a permeabilidade de certos líquidos, por
exemplo, combustíveis em recipientes de PE.
Bolha: Uma imperfeição, uma elevação redonda na superfície do plástico, parecida com
uma bolha na pele humana.
Bolsa de rebarba: Uma parte de um molde, por exemplo, fora da área de esmagamento
num molde de sopro, que é destinada a alojar este material em excesso; normalmente é
1,5x a espessura do parison para cada metade do molde.
BOPP: Significa polipropileno orientado por orientação biaxial. Na moldagem por sopro é
mais
conhecido como OPP.
Bucha: Uma luva substituível para o alojamento de um pino de guia, ou a seção tubular de
um ferramental que forma o diâmetro externo da mangueira.
Cabeça perdida: Uma parte do produto moldado, que é removida antes do enchimento
com o conteúdo. Utilizada na fabricação de artigos assépticos por sopro, onde a parte acima
do gargalo é selada, após o sopro, para impedir a entrada de bactérias.
Cacada: Um termo de controle, que significa que um valor real está oscilando em torno de
um valor ajustado; normalmente aplicado no controle de temperatura liga/desliga.
Caixa preta: Um termo utilizado para descrever um dispositivo cujo funcionamento é mal
definido ou entendido.
Camada de barreira: Uma camada separada de material num produto extrudado, que tem
a finalidade de parar ou impedir a passagem de um meio, ou de uma substância; a camada
de barreira pode ser um plástico ou um metal.
Canal balanceado: Isto significa que a distância (ou canal de fluxo) entre o canal de
descida e o canal de alimentação é idêntica para cada cavidade do molde. A utilização de
um sistema de canal ba-lanceado assegura que cada cavidade seja enchida ao mesmo tempo
com material fundido, e é sujeita à mesma pressão de injeção para possibilitar a produção
de artigos idênticos em cada cavidade.
Canal da rosca: O espaço aberto entre os filetes da rosca é chamado de canal da rosca.
Canhão: O cilindro que contém a rosca e o material plástico e que aquece e funde (ou
plastifica) o material.
Carga axial: A carga gerada pela rotação da rosca; deve ser duas vezes maior do que a
pressão dentro do cabeçote, por exemplo, quando uma máquina de 3,5” opera contra uma
pressão máxima do cabeçote de 5000 psi, a força direta de apoio deve ser 50.000lbs
(223kN); a carga axial máxima, portanto, será o dobro disto, ou 100.000 libras.
Carga de reforço: Uma carga que reforça um polímero; um dos exemplos mais conhecidos
é negro-de-fumo, que é usado largamente para fabricar compostos de borracha.
Chamuscamento: A ação de aplicar uma chama a uma superfície plástica, para tornar esta
superfície mais apropriada para a aceitação de tintas de impressão ou melhorar a qualidade
de impressão.
Chave de fluxo de ar: Uma chave colocada na saída de um circuito de refrigeração de um
motor elétrico para prevenir um sobreaquecimento do motor na ausência do fluxo de ar; útil
num ambiente de poeira acumulada.
Chave fim-de-curso: Uma chave elétrica colocada no limite do movimento de uma parte
da máquina, por exemplo, para iniciar o corte do extrudado.
Cilindro de injeção: O canhão ou cilindro utilizado para amolecer o material que deve ser
injetado no molde.
Coextrusão: O processo de extrusão no qual dois ou mais fluxos de massa são combinados
no ferramental para permitir a extrusão de duas ou mais camadas de plástico; uma destas
camadas muitas vezes é uma camada de barreira.
Contador de ciclos: Um instrumento que totaliza o número de ciclos que uma máquina
completou.
Contrapressão: A pressão que a rosca deve vencer antes do retorno para a posição inicial,
na moldagem por injeção.
Controle de malha fechada: Termo utilizado para um sistema de controle que verifica se
os comandos emitidos foram executadas e obriga o sistema a corrigir qualquer desvio.
Controle total de qualidade (TQC): Significa que cada funcionário de uma empresa é
comprometido com a produção de qualidade.
Coordenação: Um grupo de controladores ligados em conjunto para possibilitar um ajuste
a partir de um ponto central; muitas vezes aplicado em sistemas de acionamento, por
exemplo, as velocidades do dosador, da extrusora e das esteiras de transporte podem ser
ajustadas simultaneamente para cima ou para baixo.
Copolímeros aleatórios de PP: Conhecidos às vezes como polímeros estatísticos; eles são
um grupo de termoplásticos baseados em olefinas que possuem tenacidade, flexibilidade e
transparência, uma qualidade extremamente importante na moldagem por sopro. Estes
materiais oferecem resistência química e as propriedades de barreira de PP-H, porém
possuem um ponto de fusão mais baixo.
Corte de cordão: Normalmente se refere a granulado que foi produzido pelo corte de
cordões de seção transversal circular.
Corte dentro do molde: Um processo patenteado pela Bekum, que possibilita o corte da
cabeça do produto dentro do molde, antes da sua abertura; o ar de sopro segura o
componente de parede fina firmemente contra as paredes do molde, durante a remoção da
cabeça perdida.
Corte rotativo (trepanning): Uma operação de corte na moldagem por sopro na qual uma
cúpula, ou cabeça, é removida pela ação de uma faca de corte circulante; geralmente
utilizado na produção de recipientes de boca larga ou de jarras. Quando existe um motor
acionado por força pneumática, a operação é chamada de corte rotativo tipo turbo (turbo
trepanning).
Cravo: Uma imperfeição que pode ser definida como uma pequena protuberância de
forma variada na superfície de um produto plástico.
Curto: Uma imperfeição numa peça moldada de plástico, devido a uma condição de
enchimento incompleto.
D: Veja derivado.
Densidade: Medida como massa por unidade volumétrica. Quando apresentada em gramas
por centímetro cúbico (g/cm3), é numericamente igual à gravidade específica. É indicada
muitas vezes em quilogramas por metro cúbico (kg/m3), isto é, o valor numérico é igual tal
como em g/cm3. Quando um material possui uma densidade de 2 kg/m3, será igual como
em 2 g/cm3. A densidade aparente é o peso em ar de uma unidade volumétrica de material;
a densidade a granel é o peso por unidade volumétrica de um material, incluindo espaços
vazios inerentes, como testado.
Derivado: Referido como ‘D’; este termo é acrescentado num controlador, com a
finalidade de prevenir a ultrapassagem do valor ajustado.
DIN: Método de teste ou norma alemã, emitido pelo comitê de normas da Alemanha
(Deutscher Normenausschuss).
Disco perfurado: Um disco ou uma placa com uma série de furos colocados no sentido de
extrusão, que permitem o fluxo do material plástico. Normalmente utilizado para apoiar
telas, e colocado entre o canhão da extrusora e o suporte do cabeçote.
Dosador: Um dispositivo que alimenta e regula a quantia do material plástico e/ou dos
aditivos para a introdução no cilindro de extrusão ou canhão.
Duroplástico: Um material plástico que somente pode ser formado e fixado (ou reticulado)
uma vez, sem possibilidade de reprocessamento.
Efeito de coroa: Tratamento elétrico aplicado em plásticos para facilitar a adesão de tinta
ou outros adesivos.
Efeito de porta aberta (open door effect): Associado com PC significando que devido a
alta permeabilidade deste material a vapor de água, a água que está presa (dentro das
paredes) pode ser liberada rapidamente de um recipiente de múltiplas camadas.
Empenamento: Distorção do produto que ocorre geralmente algum tempo após o término
da refrigeração.
EPROM: Memória somente para leitura, que pode ser apagada e programada. Uma
unidade de armazenamento de dados que é parte de um computador.
Escalpamento: Uma perda do produto ou uma perda da parte de um produto para uma
camada interna num artigo coextrudado. Normalmente ocorre quando a camada de barreira
está do lado externo do recipiente; esta configuração pode resultar na perda de adesão da
camada.
Esmagamento: A parte do molde de sopro que solda o parison para possibilitar a inflação
ou um corte.
Espécime: Uma peça ou porção de uma amostra usada para fazer um teste.
Estado sólido: Um sistema de controle que substitui o controle por relés; baseado em
componentes eletrônicos que não possuem partes móveis, porém pode-se executar uma
ação de comutação.
Extrusão em cascata: Um tipo de máquina de duas roscas, na qual duas extrusoras são
efetivamente conectadas, de modo que a saída da massa da primeira alimenta a segunda;
um devolatilização é efetuada normalmente entre as duas extrusoras.
Extrusão vertical: Um processo onde o canhão de uma extrusora está disposto em ângulo
reto em relação ao piso, ou montado em posição vertical.
Extrusora de massa elástica: Um extrusora operando com dois discos, que utiliza o efeito
da elasticidade da massa do polímero, para transportar a massa plástica através do sistema e
fora do ferramental.
Extrusora de pistão: Uma máquina extrusora que aplica a pressão do pistão diretamente
no mate-rial para causar a extrusão.
Extrusora de rosca dupla: Uma extrusora que utiliza duas roscas para transportar o
material plástico; estas roscas normalmente são dispostas lado a lado e podem ser
engrenadas, ou trabalhar separadas.
Extrusora de rosca única: Uma extrusora que utiliza apenas uma rosca para transportar o
material plástico.
Extrusora ventilada: Uma extrusora que possui um furo, ou uma entrada no canhão,
através do qual matéria pode ser retirada ou introduzida no material plástico; utilizada
muitas vezes para extrair voláteis do material plástico.
Fabricação: A manufatura de produtos plástico a partir de peças moldadas, barras, tubos,
chapas, peças extrudadas e outras formas, por operações apropriadas, como estampagem,
corte, furação, e rosqueamento; também inclui a montagem de peças plásticas num
conjunto, ou a montagem de peças plásticas com outros componentes, mediante fixação
mecânica, adesivos, selagem a quente, ou
outros meios.
Faixa proporcional: Às vezes abreviado para ‘PB’; significa normalmente uma faixa ou
gama de temperatura (por exemplo, 10% do ponto de ajuste), dentro do qual a energia é
proporcionada ou reduzida ao aproximar-se do ponto de ajuste.
Faixa visora: Uma parte de um recipiente usada para inspecionar o nível do líquido dentro
do frasco.
Fator de massa: A relação entre o volume de uma massa determinada de material para
moldagem e o seu volume em forma moldada. O fator de massa também é equivalente à
relação entre a densidade do material e a densidade aparente na forma a granel.
Ferramental: O orifício para conferir forma à massa plástica (também chamado de bocal).
Filete: O espaço entre o diâmetro externo da rosca e a superfície do núcleo da rosca num
giro
completo.
Flanco de guia do filete: Se refere a parte do filete da rosca que é localizada do lado do
ferramental do sistema.
Flanco de pressão: A face ou flanco do filete da rosca que empurra o plástico em direção
ao ferramental; a face mais próxima ao ferramental.
Fluxo de arraste: O tipo de fluxo que predomina na extrusão por rosca única; a massa é
arrastada em direção ao ferramental pela interação entre a rosca e o canhão. O polímero
deve tocar tanto a rosca, como o canhão para produzir o efeito do fluxo de arraste.
Fluxo de vazamento: A perda de produção, causada pela perda de material por cima dos
filetes da rosca; esta perda ocorre na fenda entre a rosca e o canhão.
Fluxo extensivo: O tipo de fluxo que ocorre quando uma massa está sendo puxada ou
extrudada; por exemplo, durante a estiragem a partir de um ferramental.
Fluxo frio: Normalmente se refere a um fluxo de material, que está abaixo da temperatura
apro-
priada para a massa.
Fluxo transversal: O padrão circular de fluxo gerado entre o canhão e a rosca. Assume-se
que a massa circula no canal retangular que é formado pelo núcleo da rosca, parede do
canhão e
pelos filetes da rosca.
Folga da rosca: A folga da rosca é a diferença entre o raio do canhão e o raio da rosca.
Com uma folga de 0,1 mm numa extrusora de 100 mm de diâmetro, o raio da rosca seria
49,9 mm, ou o diâmetro seria 99,8 mm.
Força de fechamento: A força utilizada para manter o molde fechado contra as forças de
abertura. Na moldagem por sopro, é recomendada uma força de fechamento de 1,25x
pressão de sopro x área projetada.
Formagem: Um processo onde a forma de peças plásticas, como chapas, barras ou tubos é
alterada para obter a configuração desejada. O uso do termo ‘formagem’ na tecnologia de
plásticos não inclui operações como moldagem, fundição ou extrusão, onde formas ou
peças são fabricadas a partir de materiais de moldagem ou líquidos.
Fracionamento: Pode significar a produção de produtos químicos simples a partir de
produtos complexos por aquecimento, ou a aparência de fissuras finas num produto.
Fraturamento sob tensões de ambiente: Também conhecido como ESCR; significa que
um material ou um produto falhará quando submetido a uma tensão em um ambiente
específico. A tensão pode ser interna causada pelo processamento, enquanto o ambiente
muitas vezes é um líquido (como detergente).
Fraturamento sob tensões: Uma rachadura interna ou externa num plástico, causada por
tração, não por tensões mecânicas de curta duração. O desenvolvimento destas rachaduras
freqüentemente é acelerado pelo ambiente ao qual o plástico é exposto. As tensões que
causam o fraturamento podem existir internamente ou externamente, ou podem ser uma
combinação de ambos.
Gaseado: Ar que está preso dentro de molde e que aquece muito quando o molde é
enchido, causando a marcação e queimadura dos produtos.
Gaveta: Uma válvula, por exemplo, a gaveta na base do funil para parar ou liberar a
passagem do material, ou parte do ferramental. Uma gaveta basculante pode ser usada para
fixar o adaptador na extrusora. Na moldagem por injeção significa uma restrição no sistema
de alimentação.
Gel: Um sistema parcialmente sólido composto de uma cadeia de agregados sólidos que
contém líquido; na extrusão normalmente significa as protuberâncias vistas em filmes, que
são o resultado de uma degradação ou reticulação da resina.
Granulador: Uma máquina que mói o plástico para a reutilização; não produz
necessariamente grãos de forma regular.
Halogênio: Um elemento químico que normalmente pode ser cloro, flúor ou iodo.
Haste da rosca: A haste da rosca é a extremidade traseira, isto é, a parte que é acoplada no
acionamento, e que contém as chavetas para a transmissão do torque.
Haste de selagem: A parte da rosca que funciona como selo para prevenir o vazamento de
material plástico para o sistema de acionamento; possui o mesmo diâmetro que os filetes da
rosca.
Ilha do torpedo: Uma ilha para suportar o torpedo (ou suporte do núcleo), isto é, a parte
do canal de fluxo que forma o diâmetro interno da mangueira.
Ilhas deslocadas de torpedo: Uma parte do sistema de apoio do torpedo, com a finalidade
de minimizar a formação de linhas de solda e a diminuição da parede do parison no ponto
de solda, causada pelas ilhas do torpedo. As ilhas não são colocadas de forma contínua a
partir do lado superior do torpedo; elas são conectadas primeiro para um anel suporte e,
uma outra ilha, deslocada da primeira, mantém o apoio até a parte inferior do torpedo.
Impressão: Outra palavra para cavidade; os moldes podem ser especificados como sendo
de impressão simples (de uma cavidade), ou de impressão múltipla (mais de uma cavidade).
Impresso: As técnicas para aplicar letras ou figuras em produtos extrudados, estes incluem
a serigrafia, a fotogravura e a flexografia.
Inclinação: A distorção de um produto moldado por sopro, causado, por exemplo, pelo uso
de uma temperatura demasiadamente alta durante o enchimento à quente.
Inibidor: Uma substância utilizada em concentrações baixas, que inibe uma reação
química. Inibidores são consumidos durante a reação, ao contrário de catalisadores.
Inserto: Material colocado dentro do molde antes da moldagem, que é integrado à massa
durante a moldagem.
Insertos do molde: Componentes substituíveis do molde; utilizados, por exemplo, na
moldagem por sopro para possibilitar a formação de roscas e outras configurações com
rebaixos.
ISO: International Standards Organisation - uma instituição como a ASTM, que emite
normas e procedimentos de teste.
JIT: Produção em tempo hábil (just in time), significando que os componentes não serão
produzidos até serem necessários.
K: Pode significar tanto uma medição de temperatura em graus Kelvin (por exemplo,
205K), como pode significar o valor ‘K’ de PVC; esta é uma medida do peso molecular.
Kelvin: Significa a medição de temperatura em graus Kelvin (por exemplo, 205K), este
valor pode ser obtido pela adição de 273 ao valor da temperatura em °C; também
conhecido como temperatura
absoluta.
Linha de remenda: Uma marca, ou um ponto fraco num plástico moldado, causada pela
junção de duas ou mais correntes de plástico.
Linhas de ilhas: Uma falha de extrusão, causada pela divisão do plástico pelas ilhas do
torpedo.
Luva de ejeção: Também conhecida como ejetor de luva, isto é, uma peça cilíndrica no
molde que desliza sobre um pino, permitindo a remoção do produto moldado.
Macho: A parte sólida do molde que dá a forma interna ao produto, isto é, a parte saliente.
Mancal axial: É o mancal principal que suporta a carga axial gerada pela rosca;
configurado para durar no mínimo 100.000 horas com a carga máxima da rosca.
Mandril: Termo usado para descrever um elemento de calibração (ou pino) num
ferramental, ou dispositivo de calibração que normalmente controla a dimensão do
extrudado - o diâmetro interno na maioria dos casos.
Máquina sopradora de dupla estação: Uma máquina com dois jogos idênticos de placas
de fechamento; cada jogo de placas é apresentado alternativamente ao cabeçote de extrusão
para apanhar o parison, possibilitando a produção dupla de uma máquina de simples
estação.
Máquina sopradora de estação simples: Uma máquina com apenas um jogo de placas de
fechamento; pode ser utilizada com cabeçotes múltiplos para uma produção alta de
recipientes pequenos.
Máquina sopradora rotativa: Uma máquina que possui mais de dois jogos de placas de
fechamento; cada jogo de placas é colocado em torno do cabeçote de extrusão para apanhar
o parison, possibilitando uma produção extremamente alta. As placas podem ser montadas
em carrosséis verticais ou horizontais. Também conhecidas como ‘máquinas de rodas’.
Máquina sopradora: Uma máquina utilizada para fabricar produtos pela moldagem por
sopro.
Material recuperado: Material plástico recuperado; outro termo para material moído.
Média: A medida da tendência central; normalmente obtida pela soma dos valores
individuais de um conjunto de medidas, dividido pelo número dos itens do conjunto.
Metade receptora: A metade do molde de sopro que dirige ou guia o parison quando o
molde está em posição inclinada.
MFI: Índice de fluxo (melt flow index), também chamado de taxa de fluxo (MFR).
Misturador estático: Uma unidade integrada que mistura a massa plástica, para obter
uniformidade de temperatura e composição. É feita pela divisão e a recombinação da
massa, forçando o fluxo a passar sobre muitas obstruções em forma de lâminas.
Moído: O termo usado para o material que foi recuperado por moagem.
Moldado: A quantia total de polímero capaz de ser moldado por vez; a quantia de material
injetada por ciclo.
Moldagem e enchimento: Um processo de embalagem onde o recipiente é moldado e o
conteúdo é inserido em seguida. Utilizado, por exemplo, na moldagem por sopro para obter
altas taxas de produção pela rápida refrigeração resultante, quando o líquido frio é injetado
nos frascos.
Moldagem por coextrusão e sopro: A produção de artigos com mais de uma camada de
material plástico; utilizada para melhorar as propriedades de barreira e/ou para reaproveitar
plásticos de baixa qualidade.
Moldagem por extrusão e sopro: Um processo de moldagem por sopro, no qual o parison
ou a mangueira é produzida por extrusão.
Moldagem por injeção e sopro: Um processo de moldagem por sopro onde a pré-forma,
parison ou mangueira, é produzida mediante uma operação de moldagem por injeção.
Moldagem por injeção, extrusão e sopro (IEBM): Neste processo o gargalo do artigo é
moldado por injeção a partir de um acumulador, e em seguida um parison é formado por
extrusão num sentido ascendente. Enquanto este parison é produzido, ele é estirado. A taxa
de estiramento e a velocidade de extrusão podem ser controladas de forma independente,
para alcançar a espessura apropriada em
qualquer ponto. Após o sopro, o componente é transferido para uma estação de corte para a
remoção da base.
Moldagem por injeção: Um processo cíclico, onde um material amolecido por calor é
injetado dentro de um molde, do qual é ejetado após a sua formação pela cavidade.
Moldagem por mergulho e sopro: Também referido como moldagem por injeção de baixa
pressão. Não utiliza a parte fêmea para a produção do parison e, portanto é mais barato do
que um produto de moldagem por injeção. Um mandril é inserido num reservatório de
massa e depois retirado numa velocidade para alcançar a espessura requerida em qualquer
ponto. A pré-forma é soprada em seguida sem rebarba de forma convencional.
Moldagem por sopro com acumulação: Também conhecida como AEBM. Para evitar o
alongamento excessivo do parison na produção de artigos soprados grandes, a massa
plástica é armazenada o tempo necessário num cabeçote acumulador, para ser expulsa
rapidamente quando solicitada.
Moldagem por sopro com disco: Um processo onde recipientes de boca larga são
produzidos a partir de um disco formado por injeção; este disco aquecido é submetido a um
estiramento preliminar mediante um mandril, antes de ser soprado. Associado com jarras de
PET.
Moldagem por sopro: Um processo utilizado para produzir componentes ocos fechados,
como frascos, pela expansão do extrudado (parison), ou da pré-forma produzida por
injeção, dentro de um molde.
Molde inclinado: Às vezes visto na moldagem por sopro; o molde não é colocado em
posição vertical, mas em posição inclinada em relação ao cabeçote, para facilitar a
produção de artigos complexos e finos.
Monoaxial: Em filmes ou fitas este termo se refere a uma orientação num sentido singular;
isto é, pelo estiramento no sentido de processamento ou direção da máquina.
Núcleo da rosca: O núcleo da rosca é a haste central, ou o material que sobra após a
usinagem dos filetes.
O: Um ‘O’ antes da abreviação de um material plástico significa que o produto feito deste
material teve uma orientação biaxial, por exemplo, OPP.
Offset: Na terminologia de controle este termo significa que o valor real é constantemente
diferente do valor ajustado; no controle da temperatura este efeito pode ser minimizado
pelo uso de um controlador com circuito integral (I).
Olhos de peixe: Defeito num extrudado (normalmente em filmes) com aparência similar a
um olho de peixe, causado por partículas pequenas de resina não plastificada; pequenas
massas globulares que não se misturaram completamente com o restante do material.
Operação manual: Um método de operar uma máquina onde o operador inicia o ciclo da
máquina.
Orifício de ventilação: Uma abertura num ferramental para tubos ou perfis, utilizada para
permitir a passagem de ar na parte interna do extrudado oco.
Orifício: Um furo ou uma passagem no canhão, através do qual matéria pode ser retirada
ou introduzida na peça plástica.
Passo quadrado: Quando o passo da rosca é igual ao seu diâmetro, a rosca é chamada de
rosca de passo quadrado; possui um ângulo de hélice de 17,7°, e o número de voltas é igual
a relação de L/D.
Passo: A distância horizontal entre dois filetes correspondentes sucessivos de uma rosca.
Perfil: A seção transversal vista num extrudado quando é cortado no sentido perpendicular
ao sentido de extrusão; normalmente uma forma complexa.
Peso do moldado: O peso total do polímero capaz de ser moldado por vez; este inclui tanto
o sistema de alimentação como os componentes.
Pino de ejeção: Uma haste ou pino que é atuado quando o molde abre, ejetando o produto.
Pino de encaixe: Pinos de guia utilizados para assegurar que o molde feche corretamente.
Pino de sopro de calibração: Além da introdução de ar de sopro, este tipo de pino também
forma, ou calibra um diâmetro interno ou uma abertura na parte superior do artigo soprado.
Quando o molde fecha em volta do pino, o processo é conhecido como “calibração por
curso de fechamento”. Quando o pino entra no molde fechado, o processo é conhecido
como “calibração por curso do pino”.
Pinola: Outro termo para um torpedo ou mandril; o componente que forma o centro ou o
diâmetro interno de um parison.
Pinos de purgação: Pinos ou mandris inseridos num produto moldado por sopro na estação
de pós-moldagem, para obter uma refrigeração mais rápida.
Placa de apoio: Uma placa suporte no molde que apoia os blocos com as cavidades.
Placa de ejeção: Uma placa ou peça metálica que leva os pinos de ejeção, permitindo que
eles se movimentem de maneira uniforme.
Placa de estrangulamento: Um inserto de furo único, que é usado entre o final do canhão
da extrusora e o suporte do cabeçote, para produzir uma queda de pressão controlada na
massa.
Plasma: Um plasma é um gás que contém elétrons livres, íons e partículas neutras através
da aplicação de excitação externa. É utilizado para o revestimento de artigos soprados com
polímeros relativamente impermeáveis, por exemplo, PE reticulado.
Plástico expansível: Um plástico com a capacidade de ser expandido para a forma celular,
por meios térmicos, químicos ou mecânicos.
Plástico reciclado: Plástico preparado a partir de artigos descartados, que foram limpos e
moídos.
Plástico: Um material que contém um ou mais polímeros de alto peso molecular como
ingrediente essencial, que é sólido em temperatura ambiente, e que é capaz de ser formado
por fluxo em algum estágio.
Plásticos celulares de células fechadas: Plásticos celulares nos quais não existe uma
interligação entre a maioria das células.
Plásticos de nylon: Outro termo para plásticos de poliamida, por exemplo, PA6 ou PA66.
Plásticos laminados: Termo aplicado a produtos plásticos em forma de chapa muito fina,
porém muito rígida.
Plastificado: Na tecnologia de extrusão este termo significa que o material plástico foi
transformado em uma massa; na tecnologia de PVC o termo também pode significar que a
resina foi amolecida pela incorporação de um agente de plastificação.
Pontuação: Uma imperfeição; uma pequena cratera na superfície do plástico, com uma
largura apro-ximadamente igual a sua profundidade.
Porta de segurança: Uma porta de acesso à parte móvel da máquina, que só entra em
funcionamento fechada..
Pré-forma: Na moldagem por sopro este termo significa um produto em forma tubular
produzido pela moldagem por injeção, que é soprado ou estirado e soprado em seguida para
produzir o recipiente acabado.
Processo multibloco: Processo utilizado para produzir uma grande quantidade de itens
muito pequenos a partir de um parison na moldagem por extrusão e sopro. O parison é
estirado inicialmente por um par de pinças, colocado em cima de um molde de múltiplas
cavidades e soprado em seguida.
Produtos ocos: Termo usado para descrever os produtos da moldagem por sopro, por
exemplo, brinquedos e dutos.
Proporcional: Uma ação de controle, denominada ‘P’; significando que dentro da faixa
proporcional o fornecimento de energia é reduzido progressivamente durante a
aproximação do ponto de ajuste.
Rebite: Um pino com cabeça usado para montar conjuntos de peças sem recuperação; a
haste do pino é passada nos furos dos objetos a serem juntados e martelada do lado oposto
para fazer uma outra cabeça.
Registro da cavidade: Faces inclinadas em partes do molde, que casam quando o molde é
fechado para assegurar o alinhamento correto das partes do molde.
Resistência da massa: A capacidade de uma massa plástica em manter a sua forma sem
deformar ou alongar após a saída do ferramental.
Revestimento com PVDC: Frascos de PET muitas vezes são revestidos com PVDC para
melhorar as propriedades de barreira, normalmente pelos processos de revestimento por
mergulho, passagem de fluxo ou pulverização.
Revestimento externo: Usado na moldagem por sopro para colocar uma camada
impermeável, como PVDC, num recipiente.
Revestimento por fluxo: Na moldagem por sopro este processo é utilizado às vezes para
revestir frascos de PET com PVDC, para melhorar a permeabilidade. Imediatamente após a
moldagem o PVDC é despejado por cima dos frascos num fluxo espesso, drenado por
aproximadamente 30 segundos, depois os frascos são secados por 2 a 3 minutos na
temperatura de 65 a 70°C. Até 5000 frascos por hora podem ser revestidos desta maneira.
Rodding: Processo utilizado para conseguir um fluxo de material através da extrusora; uma
vareta de plástico (o mesmo utilizado na extrusão) é empurrada dentro da rosca até o
material alimentado ser apanhado e fluir por impulso próprio.
Rosca com ponte: Uma rosca que não consegue transportar o material, devido a existência
de uma ponte, ou um arco no funil de alimentação; normalmente removido mediante uma
haste de plástico.
Rosca cônica e paralela: Uma rosca que possui um núcleo gradualmente cônico (a
profundidade do canal é alterada gradualmente), até chegar na zona de equilíbrio. A partir
deste ponto, a profundidade do canal fica constante (normalmente o diâmetro do núcleo da
rosca aumenta progressivamente a partir da zona do funil até o ferramental).
Rosca cônica: Uma rosca que possui um núcleo progressivamente cônico, isto é, a
profundidade do canal muda de forma gradual - normalmente o diâmetro do núcleo
aumenta a partir do funil até o ferramental.
Rosca de barreira: São roscas típicas de duas entradas com a finalidade de separar a
massa fundida continuamente do plástico em estado semi-plastificado, e de submeter o
material em estado
semi-plastificado a altas forças de cisalhamento; em seguida os dois fluxos da massa são
combinados e passam por uma ponta misturadora, para assegurar que a massa resultante
possua uma tempe-ratura uniforme.
Rosca paralela dupla ou rosca para nylon: Uma rosca com duas zonas paralelas
(alimentação e equilíbrio), ligadas por uma zona cônica de transição; esta zona de transição
normalmente é muito curta para a extrusão de nylon.
Rosca paralela ou rosca de profundidade constante: Uma rosca onde a profundidade do
canal é constante ao longo de seu comprimento, isto é, o diâmetro do núcleo da rosca
sempre é o mesmo. Utilizado em máquinas sopradoras, devido ao fato, que esta
configuração minimiza a geração de calor e os efeitos das alterações de pressão.
Rosca vario: Uma rosca de extrusora, sem compressão, que incorpora uma seção
cisalhadora tipo Mad-dock na parte final da rosca, seguida por aproximadamente 4D de
seções de mistura e transporte. As últimas seções podem ser variadas, ou intercambiadas,
para a adaptar-se ao material ou ao processo.
Rosca: A rosca consiste de uma barra redonda de aço na qual um canal helicoidal é usinado
(deixando os filetes da rosca). Ela gira dentro do cilindro de extrusão ou canhão e
transporta o material plástico do funil de alimentação até o ferramental ou cabeçote.
RPM ou UPM: Rotações por minuto, por exemplo, de uma rosca de extrusora.
Scotch: Uma trava mecânica utilizada, por exemplo, nas portas de segurança de alguns
máquinas de moldagem. Quando a porta fica aberta esta trava impede o aperto do molde.
Semi-automático: Isto significa que uma máquina, por exemplo, de sopro executa um
ciclo de ope-ração e fica parada em seguida, até o operador iniciar o próximo ciclo.
Semicondutor: Um material com uma resistência elétrica entre aquela de um isolador e
aquela de um condutor.
Sistema de alimentação: O sistema que alimenta o molde com material plástico. Consiste
do canal primário de entrada, dos canais de distribuição e dos orifícios de entrada do
molde, na moldagem por injeção.
Sistema de ejeção: O sistema completo responsável pela remoção dos produtos do molde;
este pode ser atuado por força mecânica, hidráulica, pneumática ou elétrica.
Sola: Uma porção grossa de material colocada dentro de um parison, numa operação de
moldagem por extrusão e sopro; utilizada quando são previstas grandes extensões num
sentido determinado.
Solda ultra-sônica: Um processo para a junção de plásticos que utiliza a fricção induzida
nos componentes por ultra-som.
Sopro por pressão (pressblowing): Técnica de moldagem por sopro que utiliza tanto a
moldagem por injeção como a extrusão; a parte do gargalo é produzida primeiro por
injeção, depois um parison é extrudado e soprado em seguida.
Sopro por pulsação: Uma técnica utilizada para acelerar a refrigeração na moldagem por
sopro. Após o sopro do recipiente, a pressão de ar é reduzida e ar novo e frio é introduzido.
Stellite: Uma liga dura, resistente à corrosão feita de cobalto (35-80%), cromo (15-40),
tungstênio (10-25%), molibdênio (0-40%) e ferro (0-5%).
Superfície aparente: A superfície visível durante o uso, que deve possuir uma qualidade
especificada.
Taxa de fluxo: Uma medida para a facilidade de fluxo de um material; um número maior
significa maior facilidade de fluxo e um peso molecular mais baixo.
Taxa fracionada de fluxo: Quando o valor da taxa de fluxo é menor que um, portanto o
material possui alta viscosidade.
Tela: Uma peça de gaze de arame utilizada como malha, ou coador, normalmente feita em
jogos.
Tempo de avanço da rosca: Na moldagem por injeção este tempo começa quando a
rosca/pistão inicia o movimento para frente, e termina quando a rosca concluiu o
movimento de retorno, como resultado da rotação ou da descompressão.
Tempo de recuperação da rosca: Na moldagem por injeção este tempo começa quando o
alívio da pressão do molde termina, e acaba quando a rosca parou o movimento rotativo.
Tensão de cisalhamento: A força aplicada num material para causar o fluxo; possui a
dimensão de força por área unitária.
Termoplástico: Um material plástico que pode ser amolecido repetitivamente por calor e
endurecido por refrigeração.
Termoplásticos de alto desempenho (HPT): Estes materiais são baseados em PVC com
um valor “K” de aproximadamente 64.
Teste do embrião: Quando a pressão total de sopro não foi alcançada na moldagem por
extrusão e sopro, o parison sem formação completa não é transferido para a próxima
estação, onde causaria um bloqueio da linha.
Transdutor: Um aparelho que converte energia de uma forma para outra, por exemplo,
uma força pode ser convertida para um sinal elétrico num transdutor de pressão.
Transição vítrea: Uma alteração reversível num material amorfo de tenaz a frágil, ou de
frágil a tenaz. Isto também ocorre nas regiões amorfas de um material termoplástico
semicristalino.
UV: Ultravioleta.
Valor médio: A medida da tendência média, isto é, o valor obtido pela soma dos itens de
um conjunto de medidas e a posterior divisão pela quantidade dos itens individuais deste
conjunto.
Válvula de cartucho: Uma válvula que possui apenas duas posições, isto é, aberta ou
fechada (ou ‘ligada’ ou ‘desligada’). Devido a este fato, pode ser chamada de ‘hidráulica
digital’.
Válvula de extrusão: Uma restrição ajustável no canal de fluxo, usada para controlar a
contrapressão numa extrusora.
Válvula direcional: Uma válvula hidráulica para divergir ou direcionar o fluxo de óleo.
Variância: Um termo estatístico que pode ser obtido pela raiz da derivação padrão.
Viscosidade aparente: Pode ser definida como a relação entre a tensão de cisalhamento e a
taxa de cisalhamento dentro de uma faixa estreita, para um fluido não-newtoniano, como
uma massa plástica.
Volume específico: O volume numa temperatura e pressão específica ocupado por uma
grama de substância, isto é, o valor recíproco de densidade. As unidades são cm3/g, ou
m3/kg, ou ainda ft3/lb.
Zona de compressão: Na moldagem por sopro é uma parte do molde que também é
chamada de barragem. Esta barragem força o material de volta para a área de esmagamento
durante o fechamento do molde, resultando num aumento de espessura local nesta área
fraca. Uma zona de compressão também existe em muitas roscas de extrusoras para gerar
pressão na massa.
Zona de equilíbrio: A zona da rosca que possui uma profundidade uniforme do filete e que
controla a taxa de fluxo através da extrusora para o cabeçote (também chamada de zona
transportadora).