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Resolução das questões 10 – 19 da apostila sobre Produção Escrita.

Trabalho referente à disciplina de Análise e Produção de texto argumentativo.

Isadora Machado.

10) Junto com colegas reunidos em pequeno grupo, analise o texto de Gabriela, procurando
localizar:

a) Oproblema apresentado: A construção de uma escola em um prédio próprio em Campo Belo.


b) Tese da articulista: A comunidade e as pessoas alunas merecem um prédio para estudarem.
c) Opiniões contrárias à da articulista: Gasto de dinheiro público em uma escola para poucas pessoas
alunas.
d) Argumentos de sustentação da tese: O fato de não haver uma escola adequada influencia na
existência de poucas pessoas alunas. Mesmo sendo poucas, merecem um lugar adequado para
realizarem seus estudos.

11)

a) Qual a tese defendida? De que as cotas para ensino público trariam más consequências à
universidade pública.
b) Quais os argumentos utilizados inicialmente? De que tem tudo para receber aprovação popular, de
que resolve uma injustiça social.
c) Quais os contra-argumentos presentes com pretensões de desconstrução dos argumentos
iniciais? a relação da apropriação mercadológica da universidade com as cotas (?!), de que isso seria
uma desculpa para não investir no ensino básico, de que as universidades precisam se manter
“saudáveis e seguras”, de que isso fere os pais que matricularam os filhos em bons colégios (?!), de
que diminui a qualidade do ensino (o que, hoje, está provado que é mentira), que aumenta a evasão
(muito mais por dificuldade de permanência por fatores de exclusão social em um meio
historicamente elitista, falta de auxílio financeiro para bancar estar na universidade com qualidade e
falta de responsabilização institucional pelos tempos em que a universidade se fazia praticamente
exclusiva)
d) Por que refutar o próprio argumento constitui uma forte estratégia argumentativa? Porque faz
parecer que a pessoa que escreveu ponderou diversas perspectivas.

12) a) Qual a polêmica em discussão? A risada dos colegas por estar descrevendo um lugar sonhado
e que não corresponde a realidade da vida da menina.
b) Qual a tese defendida? De que narrar um sonho pode ser uma forma de contar sobre um lugar.
c) Quais os argumentos que sustentam a tese? a própria construção do texto apesar da irrealidade
d) Que contra-argumentos são apresentados? creio que nenhum
e) Tendo em vista o que já foi discutido sobre o gênero texto de opinião, você considera
que o texto de Jossimara é um texto de opinião? Justifique.

Acredito que não se encaixe na formalidade desse gênero, porque apresenta apenas um argumento
e que está implícito: Jossimara tem a opinião que falar sobre um sonho de moradia é válido para se
contar onde se vive. O texto abunda de poeticidade, ao mesmo tempo que relata um acontecimento e
narra um sonho. Jossimara usa recursos literários. Os textos de opinião costumam estar mais
atrelados à defesa de um ponto de vista e a possiblidade de transformar uma questão (ou a visão de
uma questão) a partir disso.

13)

Tomar as cotas, tanto para ensino público quanto para pessoas negras e indígenas, como um debate
em aberto, no ano de 2019, deveria constituir uma espécie de estupidez reconhecida a nível nacional.
Para isso, seria necessário que estivéssemos um país com ampla aderência ao reconhecimento de sua
própria história recente e colonial e que esse reconhecimento levasse a implementação de um
programa nacional com esforços institucionais gerais voltados à consciência e reparação histórica.
O fato de as instituições superiores brasileiras terem sido, de certa forma, importadas
(epistemologicamente) de modelos europeus e ser indiscutível seu histórico exclusivo a pessoas
majoritariamente brancas (descendentes de imigrantes europeus) e provindas de classe alta e média
justificaria a medida por si só, em um país onde a população é majoritariamente negra e pobre,
fizéssemos nós enquanto população realmente o esforço compreender nossas veredas. As cotas
preenchem o significado da palavra público, atribuído às instituições de ensino superior que assim
se denominam, e são um instrumento de universalização de direitos.

Algumas pessoas contrárias à vigência das cotas tendem a afirmar que a inclusão de alunos por
políticas afirmativas resultaria em um rebaixamento na qualidade do ensino. Fazendo uma busca
rápida é possível acompanhar diversos estudos que comprovam que esse argumento é falacioso. Para
além de não conferir com a realidade acompanhada desde o vigor das políticas, as cotas não apenas
se justificam por tais pesquisas. Elas também garantem uma diversidade no alunado do ensino
superior público que garante o trânsito e a expressão de perspectivas diferentes dentro da
universidade e isso transforma o espaço universitário de forma a garantir debates e estudos mais
democráticos onde, por exemplo, uma população que é historicamente associada enquanto objeto de
estudo questiona esse fato ao se colocar como sujeito produtor de conhecimento. A existência de
pessoas advindas de escolas públicas e racializadas no ensino superior permite que as
representações estereotipadas de pessoas atravessadas por essas marcas sociais extrapolem um
imaginário cristalizado em que esses ocupam apenas posições profissionais subalternizadas. Basta
imaginar o passeio em uma escola pública antes e depois da implementação das políticas para se dar
conta da enorme mudança que a reserva de vagas produz: os adolescentes que há pouco tempo nem
sabiam da existência ou da utilidade de uma universidade, hoje em dia se preparam para o ENEM e
inclusive tem professoras que utilizaram tal direito para espelharem-se. (O ano de implementação
das cotas em nível nacional data de 2012, a duração de um curso superior é, costumeiramente, de 4
a 5 anos)

Outro argumento muitas vezes utilizado para desbancar as cotas é aquele que fala sobre a provável
maior evasão a partir de suas vigências. O problema desse argumento é que ao invés de compreender
e complexificar a dinâmica das evasões, a utiliza como cerne de um problema per si. A experiência
demonstra que a continuidade do estudo de alunos cotistas está relacionada a: programas de
permanência sustentados pela universidade, onde, para além da vaga, a pessoa possa ser
acompanhada em relação a sua situação acadêmica e socio-econômica, para que consiga usufruir de
seu direito ao estudo integralmente com a possibilidade de bolsas de auxílio, moradia estudantil e
isenções de tarifas para tal feito; existência de coletivos/núcleos de apoio onde a experiência de ser
um aluno cotista possa ser compartilhada e afirmada - tal que as universidades abrigam de forma
velada práticas e discursos preconceituosos e nocivos à saúde mental e, por vezes, física desses
alunos; existência de docentes atentos e éticos, visto que os corpos institucionais não discente foram
produzidos por vias formativas anteriores à implementação e não está garantida ou dada o acordo
dos formadores em relação a seus novos alunos.

A política de cotas não se encerra com a implementação dessas, mas demanda uma mudança radical
da estrutura da universidade e da capacidade dessa em se deixar ser criticada, revista e reformulada
por/com suas e seus novos integrantes. Para tal, é necessário que façamos da universidade um lugar
onde não temamos enfrentar as transformações e conflitos que precisam emergir e serem
considerados para a construção de uma sociedade realmente democrática. Tornar a defesa das
políticas afirmativas uma obviedade é um caminho para que nenhum passo dado em relação a essas
transformações sociais seja retrocedido. Precisamos todos nos confrontar com as nossas histórias se
temos a intenção de que a continuidade dessa siga por um caminho mais justo para todos os cidadãos
brasileiros.

14) a) O que exatamente a aluna não sabe? o que a aluna não demonstra saber, no texto escrito, é a
diferença entre um texto narrativo e um texto de opinião
b) O
que é importante que ela saiba? o funcionamento específico de um texto de opinião
c) Oque será necessário que a professora pesquise a fim de ajudar a garota? revistas, jornais, textos de
outros colegas ou próprios onde consiga demonstrar para a aluna como se comporta o texto de opinião

15) a) Um campeonato de futebol deve ter pontos corridos. situação polêmica


b) Deve-se revogar a lei que pune diferenciadamente crimes hediondos. situação polêmica
c) A solução para o rompimento de infecção por Doenças Sexualmente Transmissíveis é
a fidelidade. situação polêmica
d) As partidas de futebol deveriam ser monitoradas por juízes eletrônicos. situação polêmica
e) Cabe ao estado a construção de escolas em todas as comunidades e o apoio ao trabalho
do professor. situação polêmica
f) Reformar a pracinha da cidade é urgente. situação polêmica
g) Reduzir o número de vereadores na Câmara Municipal de sua cidade é importante. situação polêmica
h) A instalação de fábricas em uma pequena cidade, gera emprego mas traz desconforto
e insegurança.
i) A construção de uma penitenciária em seu bairro. polêmica
j) O trânsito engarrafado de uma grande cidade em função de uma obra pública de
grande porte. situação problema
k) A reeleição de políticos corruptos. polêmica
l) O desmatamento da Amazônia. polêmica
m) A adoção de uma criança é saída para quem não pode gerar. problema
n) Toda sala de aula deveria ter uma câmera para monitoramento dos alunos. polêmica

15. 2) Os estudantes universitários são balbúrdia. (grande parte da população de são joão nos
reconhece apenas pelo lixo que deixamos de nossas festas, já nós mesmos por nossos estudos e
trabalhos e pensamento crítico)

16) Procure identificar, no texto lido, os itens solicitados no quadro que segue.
Tema Polêmico: A recente existência de fábricas de confecção em Cristais.
Argumentos favoráveis: Gera emprego, carteira de trabalho assinada, possibilidade de aposentadoria e
assistência do INSS.
Argumentos contrários: Traz outras pessoas à cidade, a cidade está mais cara, causando estranhamento
a comunidade da família cristalense, populando uma cidade sem estrutura para tanta gente, trazendo
problemas de segurança.
Posicionamento do enunciador: Apesar de reconhecer o lado bom da geração de empregos na cidade, a
autora relaciona a vinda de pessoas de outras regiões com o problema de aumento de custo de vida da
cidade e falta de segurança atual. Ao mesmo tempo, confia que Deus ajudará a resolver o problema:
acolhendo os novos integrantes e permitindo a cidade ser uma boa cidade.

17) a) já que – apoia na argumentação da importância do emprego a partir dos problemas do


desemprego
b) mas – introduz uma opinião mais abrangente sobre os efeitos do emprego
c) apesar de – reconhece algo bom dentro de algo que ainda assim não está resolvido
d) com isto – com a vinda das pessoas recém apresentadas no texto, dando relação de continuidade
e) pois – justifica a causalidade
f) enfim – ajuda a concluir

18) Por toda a característica de apresentação e refutação, desconstrução da polêmica e construção do


argumento e contra argumento.

19) Vamos desenvolver um texto de opinião? Para começar, preencha o quadro que segue:
Tema Polêmico: O encobrimento de questões como as queimadas amazônicas na mídia
Sua tese: O desenvolvimentismo baseado em soja e gado acaba com a terra e com as pessoas que
prescindem dela – no caso, todos nós.
Argumentos contrários à sua tese: é bom porque gera emprego, movimenta a economia
Argumentos favoráveis à sua tese: as vidas indígenas importam, as vidas ao norte importam, o bioma
amazônico é importante para todos os países, ele não é “natural”, mas foi construído e mantido por
povos ali habitantes e é o ambiente de maior biodiversidade do planeta. Evo Morales, presidente da
Bolívia, país que também tem território amazônico, aceitou ajuda internacional para impedir os
incêndios de se alastrarem. Enquanto cidadãos brasileiros, devemos estar informados e atentos e ser
capazes de construir opiniões para além da mídia massiva.
Portador: panfleto informativo a ser entregue nas casas dos moradores de São João del rei
Público-alvo: cidadãs e cidadãos de são joão del rei

a) Tendo em vista o que já trabalhamos até agora, que elementos novos surgiram nesse
quadro? Portador e Público-Alvo
b) Qual a importância deles na produção de um texto de opinião? São importantes pois prever o suporte
do texto faz com que tenhamos que adequar a sua diagramação e escrita a esse formato e prever o
público alvo adequar a linguagem a uma compreensível a este.

2) Ainda que a Amazônia seja um território considerado o de maior biodiversidade no planeta, atraindo
para si o investimento de centena de ONG’s nacionais e internacionais para o manejo de sua preservação,
a relação dos governos brasileiros com a sua importância é controversa e, neste governo atual, estão
ainda mais explícitas as ações que favorecem os grupos dominantes do setor da agropecuária e mineração
interessados no território em detrimento da luta dos povos indígenas por sua morada e dos ambientalistas
em geral.

O fato de que precisamos ver um dia como noite em algumas cidades do país e, principalmente, São Paulo,
para atentarmos mais massivamente a questão de fundamental importância que é a proteção desse
território e povos que sobrevivem dele, demonstra que a circulação de notícias sobre a emergência dos
fatos acontecidos nesse território ao norte é menorizada ante àquilo que acontece no eixo centro-oeste.
A demarcação de terras a quilombolas e indígenas, embora esteja inclusa na constituição de nosso país,
não terá sua eficácia garantida enquanto o governo for permissivo às ocupações ilegais e queimadas
amazônicas. Essa permissividade perpassa tanto a falta de atuação frente ás denúncias em relação a
ocorrência de uma organização para por fogo em terras amazônicas, evento propagado como “o dia do
fogo”, quanto, indiretamente mas bastante expressiva, a deslegitimação da Comissão da Verdade, que
dentre os tantos trabalhos feitos para averiguar os assassinatos ocorridos durante a ditadura militar, tem
um relatório sobre as 8.000 mortes indígenas durante o período.

A comunidade política internacional está atenta à situação, tal que a extinção do bioma amazônico afeta
não só o território brasileiro. Alguns países cancelaram investimentos em ONGs de proteção ambiental
situados ali e foram criados núcleos de aliança política para a discussão e dimensionamento do que tange
a situação. O Papa Francisco, representante maior da igreja católica, não está neutro diante da situação,
tendo convocado um conselho de Bispos para discutir a questão amazônica em outubro.

Enquanto isso, o mandatário brasileiro refuta todas as investidas nacionais e internacionais, invalidando
dados produzidos pelo Instituto Nacional Especial de Pesquisas, chamando de ataque à soberania nacional
todo tipo de sanção imposto ao Estado brasileiro ao recusar-se em obter apoio internacional para o
enfrentamento do problema. É possível afirmar, portanto, que o governo está escolhendo deixar a
Amazônia para depois. Nessa brecha temporal que nada tem de neutra, segue o avanço ilegal sobre as
terras e segue a vulnerabilização da população defensora do habitat amazônico. Ainda assim, ainda com
o recente assassinato de um colaborador da FUNAI evidenciando a política de guerra amazônica, povos
indígenas, indigenistas e organizações ambientais tentam cavar as sendas para a resistência ante ao
martírio atual. Acredito que, sem o envolvimento da população brasileira em discutir e reivindicar
seriedade no tratamento da questão de proteção aos povos e ao território supracitado, estamos sendo
omissos e ingênuos diante de algo abominável.

a) Que dúvidas você teve ao produzir o esquema de seu texto? Como combinar as informações que
sustentam a argumentação de forma a manter precisa a elaboração de um texto nítido e com
capacidade de fazer pensar. Se isso é um texto argumentativo.
b) Quais foram suas maiores dificuldades na elaboração do texto? Saber articular tudo aquilo que abarca
a questão sem deixar o texto poluído, não sinto que consegui resolver isso sem ter a leitura de alguém
distante de mim ou eu mesma após um período.
c) Que soluções você encontrou para suas dúvidas e dificuldades? Escrever e apostar que terei algum tipo
de retorno para aprender melhor a lidar com a produção do texto argumentativo.

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