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A AFETIVIDADE COMO UM FATOR DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

TAUANA TAIS ESPINOSO

RESUMO:
O Artigo em tela visa analisar a importância da afetividade na educação infantil, de modo que possa propiciar a
interatividade entre professores e alunos, contribuindo assim para uma prazerosa convivência em sala de aula e
uma qualidade no nível educacional. O foco primordial está na vivência escolar e o desenvolvimento das
atividades elaboradas em sala de aula, orientados por professores sócios afetivos. Por conseguinte, este artigo
tem a protuberância de averiguar a relação entre família e o ambiente escolar, ante que o núcleo familiar é o
responsável em transmitir os princípios fundamentais da pessoa humana, além de ser intitulada a ela passar os
valores morais e éticos, ao passo que com as mudanças na sociedade, na relação entre os sexos, de igualdade nas
obrigações, o ambiente escolar tão cedo se faz presente e necessário, visto que, a criança necessita de
orientadores para desenvolver suas emoções. Logo, a escola na atualidade é o instrumento para a formação de
indivíduos, com personalidades próprias e confiantes de si.

Palavras-chave: Afetividade. Educação. Escola. Família.

ABSTRACT:
Article on Canvas aims to analyze the importance of affectivity in early childhood education , so that it can
provide interactivity between teachers and students , thereby contributing to a pleasant living classroom and a
quality education. The primary focus is on school life and development of the activities developed in the
classroom, guided by teacher’s affective partners. Therefore , this article is the bulge to ascertain the relationship
between family and school environment , versus the household is responsible for transmitting the fundamental
principles of the human person as well as being entitled to it spend the moral and ethical values , while that with
changes in society , the relationship between the sexes , equality in duties , the school environment so early is
present and necessary , since the child needs to develop guiding your emotions . Soon, the school today is the
instrument for the education of individuals with their own personalities and confident of themselves.

Keywords: Affectivity. Education. Family. School.

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1 INTRODUÇÃO
Em tese, o trabalho vem expor a importância do afeto na construção de uma educação
de qualidade. Devendo ser a figura do professor a quem possa passar segurança e
tranquilidade ao aluno, influenciando de modo significativo no processo pedagógico da
educação infantil. Logo, a afetividade é algo primordial na educação infantil. Nesse sentido
PRADO (2013) expõe que:

A afetividade é um dos elementos que colabora com o desenvolvimento do


indivíduo. Por meio do contato com o outro e da vida social, a criança estabelece
vínculos afetivos e se desenvolve. A afetividade pode contribuir para se criar
melhores condições de aprendizagem no ambiente escolar, tanto quanto para uma
prática pedagógica de qualidade. (PRADO 2013, pag.21).

A fase de adaptação da criança em um novo espaço que não seja o ambiente familiar,
trás certa angustia a criança, pelo fato de sentir-se insegura. No entanto, o papel do educador
alcança a compreensão em lidar com crianças em fase de absorção de conhecimento, por isso,
ao currículo escolar de determinadas escolas aderem a professores afetivos, para que a criança
consiga captar com maior celeridade o que o professor quer transmitir em sala da aula sem se
sentir inibida em perguntar.

Igualmente é importante destacar que todos os aspectos afetivos devem ser trabalhados
cautelosamente pelos professores na interação ensino-aprendizagem. Ante o fato de o
educador ser o mediador do seu conhecimento. No entanto, a estrita relação da escola ao
núcleo familiar só contribui para a interação sócia afetiva do aluno. Dessa forma, a aderência
dos pais em participar da vida escolar cresce o interesse em aprender do filho, do mesmo
modo que facilita o contato com o professor, neste momento que inicia o processo cognitivo
da criança, como ser capaz de discernir os seus próprios interesses. (PRADO, 2013 pag. 21).

Portanto, o objetivo do trabalho é abordar as possibilidades de crescimento


educacional em escolas, que mantém laços sócios afetivos com seus alunos em sala de aula.
Visando assim, eliminar as diferenças, trabalhando com a personalidade de cada um em sua
integralidade, para que possam conviver com a realidade e poder relacionar-se com os demais
entes da sociedade sem que se sintam diferentes. Tornando assim, adultos maduros de suas
escolhas e conquistas.

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2 EDUCAÇÃO INFANTIL: SURGIMENTO E SUAS PECULIARIDADES

A responsabilidade de educar as crianças era concedida inicialmente a família ao qual


detinham esta responsabilidade no contexto social, visto que é por meio dela que a criança na
antiguidade aprendia seus hábitos e adquiria conhecimentos. Nesse sentindo que BUJES
(2001) ressalta que por muito tempo a família e o grupo social responsabilizavam sobre a
educação da criança. Por conseguinte com mudanças advindas socialmente a noção de que
somente o homem emanava a obrigação de sustentar o lar estava se deteriorando, iniciando-se
a impor a participação da mulher no quadro trabalhista. Com a imposição da mulher no
mercado de trabalho, consequentemente as famílias que tinham filhos levavam-nos para locais
adequados e apropriados para serem cuidados, em suma este foi um dos primeiros passos para
a construção dos ideais da educação infantil. (SAVIAN 2008).

Igualmente, nos séculos XV e XVI, passa a surgir com o desenvolvimento cientifico,


artístico e comercial, ideais de como as crianças devem ser educadas. Somente no século
XVIII a relação dos pais com seus filhos têm a valorizar a área afetiva e social da criança,
dando ênfase a necessidade da criança. Esclarece LUNARDI (2003), que à família começa
assumir um novo papel, uma vez que a educação das crianças incide uma atenção especial.

A escola da antiguidade considerava a criança um ser incapaz de absorver


conhecimentos, um ser inacabado, desprovido de qualquer capacidade cognitiva. Portanto, a
maior função da escola da época era introduzir regras, de modo repetitivo, baseadas em
valores, sociais, morais, éticos. Com o fito de prepara-las para o mercado de trabalho.
(SAVIAN 2008).

Denota-se que durante o século XIX, no Brasil as creches, internatos foram criados
com a intenção de atender crianças pobres, sendo que com a abolição da escravatura os
escravos não tinham onde se refugiar, por isso estes locais atendiam ainda os seus filhos.

Neste sentindo esclarece KUHLMANN (1998 p. 192) em relação à educação


assistencialista

Uma educação que parte de uma concepção preconceituosa da pobreza e que, por
meio de um atendimento de baixa qualidade, pretende preparar os atendidos para
permanecer no lugar social a que estariam destinados. Uma educação bem diferente
daquela ligada aos ideais de cidadania, de liberdade, igualdade e fraternidade.

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Em prosseguimento o Referencial Curricular Nacional para a educação infantil (RCN


1988), estabelece que:

Embora haja um consenso sobre a necessidade de que a educação para as crianças


pequenas deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos,
cognitivos e sociais da criança, considerando que esta é um ser completo e
indivisível, as divergências estão exatamente no que se entende sobre o que seja
trabalhar com cada um desses aspectos.

Portanto, a função da educação assistencialista estava ligada em apenas cuidar da criança, a


proteger, de modo que aceitasse sua condição social.

No Brasil apesar das inúmeras instituições de ensino infantil criada, estas até então
tinham um caráter mais assistencialista do que educacional, em 1988 se reafirma a natureza
educativa das mesmas com a nova Constituição Federal, consolidando o direito a educação da
criança de zero a seis anos de idade. (SAVIAN 2008).

Em 1990 surgi o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal 8969/90- ECA,


deixando esclarecido em seu artigo 3º que:

A Criança e o Adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à


pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhes, por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades, a fim de
lhes facilitar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade. (ECA, 2005, p. 7-8).

Contudo, artigo supramencionado constata a educação como garantia fundamental


para o desenvolvimento dos envolvidos por diferentes aspectos. Atualmente há diversas
instituições preparadas a receber crianças, de modo a valorizar o desenvolvimento integral,
seja psicológico, cognitivo, intelectual, moral ou social, com o objetivo de prepara-las para
sua condição social de modo a não questionar a realidade.

3 AFETIVIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUNS


PRESSUPOSTOS

A se referir ao desenvolvimento infantil a pedagoga SILVA (2008), menciona que “a


infância é um período em que a criança vive um processo de adaptação progressiva ao meio
físico e social” neste momento rompe-se a vida familiar da criança para novas experiências.
Esclarece. Para que a criança se sinta adaptada a um novo contexto social é necessário que
seja bem acolhida e possa perceber segurança ao seu redor, dessa forma se inclui a
importância da afetividade na relação Professor-aluno. Além de toda mudança na sociedade,
incluído a padronização na relação entre os sexos, detona-se que cada vez mais se faz
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necessário à inclusão das crianças em creches, em escolas infantis ou mesmo em espaços


adequados para recebê-las, o que se espera é uma socialização entre as mesmas, para que ao
poucos se sintam acolhidas e possam absolver conhecimentos. Em suma esses espaços sejam
qual for devem proporcionar relações interpessoais positivas e os educadores trabalhar com
uma abordagem integrada para atender a necessidade da criança. (SILVA 2008).

Em consonância ressalta WALLON (apud Almeida, 1999) que:


"a afetividade e a inteligência constituem um par inseparável na evolução psíquica,
pois ambas têm funções bem definidas e, quando integradas, permitem à criança
atingir níveis de evolução cada vez mais elevados" (p. 51).

Em síntese a afetividade deve fazer parte da função psíquica do individuo para


entender e educar outro ser humano, concedendo maior importância para a natureza dos
afetos. Henri Wallon (1979-1962), filósofo Francês trouxe significativas contribuições acerca
da temática, reconhecendo as raízes orgânicas da emoção, com sua visão rompe valorativos da
emoção, de forma a compreendê-las através da evolução da consciência de si. Segundo as
visões de WALLON, (apud Galvão 1995), “o desenvolvimento humano pode ser considerado
descontinuo ora por foco em cognição ora por foco em afetividade”, de modo a contribuir de
forma significativa para a percepção do saber e querer adquirir conhecimentos, através de um
ensino baseado em afeto e dedicação. Ressalta.

Por conseguinte, SILVA (2008) esclarece que:

“É fundamental que cada criança seja vista e tratada como pessoa única, respeitada
na sua singularidade, nas suas aptidões, e também em suas limitações. Isto significa
garantir o direito ao colo e ao carinho, bem como o respeito ao ritmo de cada
criança. É igualmente importante propiciar às crianças momentos de privacidade,
autonomia e criatividade”.

Para a efetivação de uma política educacional, destinada a coleta de informação e


aprendizado por meio de afeto, faz necessário ao educador o apoio emocional de modo a
compreender o cotidiano da criança, conhecendo-a. Dessa forma, cada criança deve ser
tratada em suas particularidades, cabendo ao educador afetivo garantir em sala de aula um
espaço que repele segurança, com o fito de facilitar o desenvolvimento infantil. SILVA
(2008) enfatiza que o ambiente pedagógico há de ser um espaço de fascinação, lugar que
possa motivar a criança ao processo de socialização, com isso a aprendizagem torna-se
prazerosa.

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Assim como Wallon tentou explicar como o contexto da afetividade contribui pra o
processo cognitivo da criança, Vygotsky (1934 pag. 20) busca delinear o percurso da
afetividade com base na seguinte informação:

O desenvolvimento pessoal seria operado em dois níveis: o do desenvolvimento real


ou efetivo e o afetivo referente às conquistas realizadas e o desenvolvimento
potencial ou proximal relacionado às capacidades a serem construídas [...] os
processos pelos qual o afeto e o intelecto se desenvolvem e estão inteiramente
enraizados em suas inter-relações e influências mútuas.

Sendo assim, ambos os autores denotam que a relação entre afeto e cognição é peças
necessárias para a formação de personalidades e caráter.

Em prosseguimento ressalta AMORIM (2012 pag. 3), como se passa a expor:

As instituições de Educação Infantil integram as funções de cuidar e educar,


comprometidas com o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico,
intelectual, afetivo e social, tendo a criança como um ser completo, capaz de
aprender e conviver consigo mesma e com seus semelhantes, com o ambiente que a
cerca de maneira articulada e gradual.

Em suma, as instituições que trabalham com o lado afetivo despertam o interesse das
crianças, tornando assim a escola um ambiente socializador, em que se adquirem as primeiras
experiências de vida fora do ambiente familiar, ao qual se detém os prazeres e os desprazeres
da vida escolar, a intenção de integrar a afetividade na área educacional e fazer com que a
criança desperte o interesse pelo ambiente escolar, para que assim possa definir suas relações
sócias- afetivas.

Elucida CAPELATTO (2002), em relação à educação com afetividade e as decisões


que devem ser tomadas pelo educador em matéria de interação e ensino, expondo que:

O Educador deve impor os limites necessários com autoridade, mas sem ser
autoritário. Ao dizer a uma criança: “não quero que você me bata” e segurar sua
mão, impedindo-a de realizar o ato, está estabelecendo um limite. Dizer à criança
que ela está errada em querer me bater, que ela está tendo um desejo ruim, etc.,
implica desvalorizá-la e impor-lhe outra identidade diversa da que ela manifesta no
momento Os prejuízos dessas posturas inadequadas são conhecidos por todos nós.
Estabelecer um limite é oferecer à criança os extremos, a fronteira até onde ela
pode ir ou não naquele momento. (Capelatto 2002, pag.9).

Cuidar e educar são uma arte que envolve aproveitar os momentos corretamente,
sejam eles de frustração ou até mesmo fragilidade com a intenção de referência como
educador, por estar fazendo parte de um crescimento sadio e determinante. Esclarece
CAPELATTO (2002).

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Portanto, apesar da afetividade ser a dinâmica profunda e complexa, faz se necessário


à ligação de um sujeito ao outro pelo carinho e dedicação, de modo que, possa querer
aprender a cuidar de maneira correta de todas as emoções para então proporcionar ao aluno
uma vida emocional equilibrada.

4 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR- ALUNO


O vinculo afetivo entre professores e alunos contribuem para a formação da
personalidade dos alunos em adultos seguros de si, de modo que, a afetividade é um recurso
de motivação para a aprendizagem do aluno, logo, age de maneira significativa na construção
do ensino em sala de aula. No entanto, para trabalhar com a afetividade na relação entre
professores e alunos, a de analisar o estado emocional em que o aluno encontra-se, visto que,
ao educador cabe perceber as atitudes emocionais além das expressões impostas em sala de
aula. Dessa forma, analisado o estado emocional afetado da criança, o professor deve manter
uma postura equilibrada, para passar segurança e tranquilidade, elogiando e conhecendo o
valor do aluno, acreditando na capacidade de poder ser um aluno melhor e mais dedicado.
Portanto a afetividade é capaz de derrubar a baixa estima e obstáculos que impede de aprender
em sala de aula. Esclarece PEREIRA (2010).

Denota-se que a presença de afeto na relação professor-aluno em sala de aula,


contribui na construção do aprendizado dos alunos. Nesse sentido, GALVÃO (1996) ressalta
que:

Apesar de alternarem a dominância, afetividade e cognição não se mantêm como


funções exteriores uma à outra. Cada uma, ao reaparecer como atividade
predominante num dado estágio, incorpora as conquistas realizadas pela outra, no
estágio anterior, construindo-se reciprocamente, num permanente processo de
integração e diferenciação.

No processo cognitivo, a afetividade tem forte influência, ante que quando a criança se sente
amada tem interesse em aprender.

Assim sendo, SIQUEIRA (2011), menciona que o afeto é o recurso mediador para o
conhecimento, sendo que educar não é apenas transmitir conhecimentos, mas dar
oportunidades para que o aluno apresente suas próprias verdades, suas próprias experiências.
Ressalta. Porém, SALTINI (2008, pag.12), expõe que:

Inicialmente, educar seria, então, conduzir ou criar condições para que, na interação,
na adaptação da criança de zero até seis anos, fosse possível desenvolver as
estruturas da inteligência necessárias ao estabelecimento de uma relação lógico-
afetivo com o mundo.

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Destarte que um educador que não esteja preparado adequadamente para analisar e
observar a alma infantil e suas nuances, pode afetar a natural necessidade de aprender e, por
conseguinte expressar-se. (SIQUEIRA 2011).
A afetividade é o termo utilizado para designar as acepções estritas, bem como, os
sentimentos ligeiros ou matrizes de sentimentos agradáveis ou desagradáveis, enquanto o
afeto é definido como qualquer espécie de sentimento ou emoção que pode ser associada a
ideias ou a complexidade de ideais. Poder ajudar de modo agradável, impulsiona para a
solução de pequenas nuances que impedem o desenvolvimento escolar. O educador deve
trabalhar para transmitir segurança e tranquilidade no ensino, fazendo assim com que o aluno
possa sentir prazer em absolver informações e melhorar a relação interpessoal.

Outrossim, Cunha (2008, pag. 69) relata que:

Há professores – mesmo com pouquíssimos recursos – que afetam tanto que são
capazes de transformar suas aulas em dínamos de inteligências, mesmo recitando o
catálogo telefônico. Pode ser um exagero usar o catálogo como metáfora, mas na
verdade, em nossa memória, o que mais conservamos são as coisas que nos afetam,
para o bem ou para o mal.

Portanto, para a efetivação da boa relação no ensino escolar, a escola como mantedora
da educação deve propor em seu campo de vivencia, o sinônimo de cidadania para que possa
proporcionar aos educandos momentos prazerosos de aprendizados.
4.1 A Influência da Afetividade na Aprendizagem

No decorre da escolarização das crianças elas passam por vários processos de


interação, em que tão se faz presente à afetividade, logo este será o caminho facilitador em
busca de uma celeridade na aprendizagem. (BRUST 2009).

Para ROUSSEAU (1994) entende que “um bom professor não deve sobrecarregar
seus alunos com trabalhos difíceis, mostrando-se apenas severo e zangado, construindo
assim a reputação de um homem rigoroso e rude”. Seguindo este raciocínio que CERIZARA
(1990) esclarece que através da educação o professor deva se preocupar em ajudar a construir
um novo individuo para viver em sociedade, posto a enfrentar a realidade, posto que a criança
não consegue se assumir como um ser moral, precisando do adulto para orienta-la.

Posto que, ANTUNES (2006, pag.5) evidencia afetividade educacional como sendo:

Um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções


que provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética
da pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
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nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro, e


essa necessidade se traduz em amor.

Denota-se no exposto, tendo em vista que nos anos iniciais do ensino fundamental a criança
precisa de cuidados de adultos, diante dessa perspectiva que o professor se torna fundamental
na aprendizagem dos mesmos.

Contudo, em sala de aula faz se necessário ter sensibilidade em ouvir os alunos, de


modo que os professores possam entender seus sentimentos, além dos diálogos e apoio para
que busquem superar seus limites. (BRUST 2009).

5 ESCOLA E FAMÍLIA: Parceria Fundamental com a Educação de Qualidade


Ao longo da história houve mudanças na relação escola-família, como nos campos
sociais, como nos campos econômicos, político e cultural. Ressalta MACIEL (2006), que a
influência desse processo de transformação ocorreu por experiências de diálogos, além da
possibilidade que ambas denotaram da união das duas em constituírem indivíduos atuantes na
sociedade. Desta forma, escola e família desempenham papel de grande importância na
formação social do individuo, pois, estimula o autoconceito e a autoestima das crianças, ante
o fato que o individuo que não trabalha ou não possui o autoconceito adequado não estará
aberta as suas experiências afetivas, do mesmo modo que o individuo que tem autoestima
baixa, possui dificuldades em aceitação. Esclarece (MACIEL 2006).

É variável a amplitude da relação escola-família, posto que outros fatores atuem na


realidade familiar, tal como numero de filhos ou até escolarização das famílias. Portanto,
tanto escola quanto família deve ser estudada em suas particularidades, para a definição de
funções que possam contribuir para o processo de valoração educacional.

Contudo, a realidade atual que vive a escola no Brasil estabelece relação com a família
no sentido de verificar o investimento familiar e pessoal para a aprendizagem escolar, porém
nem sempre os resultados são alcançados. Enfim, a família é denotada como o primeiro
núcleo da construção de um individuo, sendo aquela responsável em transmitir
primordialmente os princípios básicos e os valores éticos e morais. (MACIEL 2006).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que é sempre importante discutir sobre vínculos afetivos na educação
infantil, ante que revela a qualidade de vida humana e os benefícios que a relação professor-
aluno pode propiciar aos interesses sociais, econômicos, culturais e intelectuais que almejam
possuir quando adultos. No entanto, a afetividade deve estar presente desde a vida intrauterina
até o ultimo suspiro de vida. A educação infantil é um período formidável, tendo em vista ser
o período de formação intelectual e emocional da criança.

Contudo, a família e o professor, devem manter uma estreita relação promissora na


vida escolar da criança, construindo um individuo com amor e afeto, desafiando a realidade
agressora e injusta, mas que, a solução está no afeto. Portanto, o amor e o afeto é a solução
para uma educação de alto nível, favorecendo novos desafios, novos conhecimentos, novas
atitudes e conquistas. Dessa forma todo trabalho está pautado na afetividade em sala de aulas
e o poder que a mesma tem de mediar o autoconhecimento.

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