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Índice:
AUDITORIA
4. Parecer do Auditor................................................................... 17
5. Amostragem ........................................................................... 27
14. Honorários............................................................................ 68
1
17. Distinção entre auditoria interna e auditoria independente .......... 73
2
26.6.Contingências.....................................................................124
AUDITORIA GOVERNAMENTAL:
3
4.1. Governança no setor público .................................................180
4.2. O papel da auditoria na estrutura de governança .....................181
4.3. Estrutura conceitual de análise de risco (COSO) .......................184
4.4. Elementos de risco e controle ................................................186
4.5. Aplicação da estrutura conceitual de análise de risco ................192
6.INTOSAI.................................................................................232
6.1.Apresentação.......................................................................232
6.2. Introdução..........................................................................232
6.3.Postulados Básicos de Auditoria Pública...................................233
6.4. Normas Gerais de Auditoria Pública........................................244
6.5. Normas de Procedimentos na Execução da Auditoria Pública.....259
6.6. Normas para Elaboração dos Relatórios de Auditoria Pública......269
Bibliografia:...............................................................................264
4
Bem, para responder esta pergunta, eu diria que primeiro precisamos
“reorganizar” o edital de forma que o conteúdo seja apresentado de
forma didática e inteligível a todos.
Desta forma, as aulas serão ministradas de acordo com minha
experiência e tenho certeza que este procedimento gerará bons frutos!
Não se preocupe, cobriremos todo o edital!
5
A partir daí, há diversas outras regulamentando aspectos específicos,
tais como: papéis de trabalho, amostragem, fraude e erro, etc.
Nosso trabalho consistirá em facilitar a leitura dessas resoluções,
abordando os aspectos mais importantes de cada uma delas que
normalmente são cobrados em prova.
2.Procedimentos de Auditoria
1
FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º Edição.
6
3. Testes de Observância e Testes Substantivos
3.1.Testes de Observância
Porque existe
controle interno?
7
O Controle Interno existe para proteção da empresa, para proteção do
setor público, para evitar que haja fraudes.
Por exemplo: Há um princípio de controle interno (a ser testado pelo
auditor) chamado segregação de funções, alertando para a
necessidade da existência de pessoas diferentes para realização de
atividades diversas. Ou seja, quem compra não recebe, quem cuida do
físico não cuida da contabilidade e quem vende não dá desconto. Isso
contribui para evitar desvios/fraudes.
Não podemos ter a mesma pessoa, por exemplo, fazendo a
contabilidade e ao mesmo tempo sendo tesoureiro. Devem ser pessoas
diferentes. Deve haver essa segregação de funções, porque se eu sou o
tesoureiro e sou o contador e faço as duas coisas, eu posso gerar um
desfalque conhecido como desfalque permanente na empresa.
Você sabe o que é um desfalque permanente? É aquele que eu me
aproprio do bem e dou baixa na contabilidade. Por exemplo, eu posso
ser o tesoureiro e roubo, depois, vou na contabilidade e faço um único
lançamento: de débito a despesas diversas e crédito a caixa.
Sabe quando o auditor vai conseguir descobrir esta
fraude? Nunca! Isto porque o auditor confronta real
com contábil. Por exemplo, o auditor vai olhar o
balanço patrimonial, na conta caixa estará constando
R$ 100,00, então ele conta o dinheiro e também tem
R$ 100,00, assim, está batendo a contabilidade com
real. O auditor não vai pegar a fraude que foi
cometida e porque foi ajustada na contabilidade.
Esse é o perigo! Você me diria: “o auditor pega sim, porque ele vai ver
que em despesas diversas não tem o comprovante dessas despesas”.
Faz sentido, mas ele pegaria se o valor fosse alto, se fosse significativo,
uma vez que o auditor não trabalha com 100% dos fatos, ou seja,
trabalha com amostragem, conforme estudaremos mais adiante.
Esses testes revelarão a fragilidade do controle interno da empresa (em
diferentes setores).
8
Veja a definição de controle interno cobrada pelo CESPE:
9
8 –10 =2 20% de
testes substantivos
1 8
ruim bom
10
Assim, estabelece-se uma relação entre os testes de observância e os
substantivos.
Qual deve ser aplicado primeiro? De observância. Porque, a partir daqui
você vai determinar a quantidade de testes substantivos a serem
aplicados.
11
Saldos Verificar se os saldos apresentados na contabilidade estão
corretos. Ex: Certificar que o saldo bancário apresentado na
contabilidade é realmente o saldo constante no extrato bancário.
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a) EXISTÊNCIA É verificar se um componente patrimonial existe
efetivamente numa determinada data, por meio de contagem ou
análise de documentos. Ex.: O auditor confere tudo o que
considerar relevante.
b) OCORRÊNCIA é verificar se as transações de fato ocorreram.
c) ABRANGÊNCIA é saber se todas as transações foram
registradas de fato.
d) DIREITOS E OBRIGAÇÕES é saber se realmente esses
direitos e obrigações ocorreram, ou seja, se eles de fato existem
(contas a receber e contas a pagar).
e) MENSURAÇÃO, APRESENTAÇÃO E DIVUILGAÇÃO DA
INFORMAÇÃO CONTÁBIL é saber se as informações contábeis
foram mensuradas, apresentadas e divulgadas adequadamente.
(ex: informar nas notas explicativas o critério de avaliação de
estoque, se foi feita reavaliação, % de ações preferenciais e
nominais, etc).
Ativos Superavaliados
Passivos Subavaliados
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Lembre-se que o primeiro teste a ser feito quando do início de uma
auditoria, é o Teste de Observância, pois a primeira preocupação é
definir qual o foco dos levantamentos.
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É importante destacar que se o auditor, durante a revisão analítica,
não obtiver informações objetivas suficientes para dirimir as
questões suscitadas, deve efetuar verificações adicionais,
aplicando novos procedimentos de auditoria, até alcançar conclusões
satisfatórias.
CIRCULARIZAÇÃO:
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entidade auditada que as remeta. A partir daí, aguarda as respostas e
as analisa, confrontando-as com as evidências obtidas dentro da própria
empresa. A figura a seguir evidencia a técnica citada.
Tipos de Circularização:
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na circulação negativa, o auditor não espera uma resposta de
todos. Caso o cliente não responda, o auditor subentende que
tudo está correto. Contém frases do tipo: “Responda se o saldo da
conta ______, for diferente de ______.”
4. Parecer do Auditor
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devem constar do parecer. Vale ressaltar que a data do parecer deve
corresponder ao dia do encerramento dos trabalhos de auditoria na
entidade.
1º Parágrafo: Introdução
Deve constar que o parecer está de acordo com as práticas contábeis
em vigor no Brasil, identificando, ainda, as demonstrações, os
exercícios, etc.
Exemplo:
Exceto quanto à contribuição previdenciária que não foi recolhida...
Exceto quanto ao cálculo de provisões....
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3º Parágrafo: Opinião / Conclusão
OPINIÃO (é nela que iremos identificar o tipo de parecer)
Exs.:
• Entende-se que as demonstrações contábeis estão corretas em
todos os aspectos relevantes (parecer sem ressalva)
• Entende-se que as demonstrações contábeis estão corretas,
exceto quanto ao apresentado no inciso anterior (parecer com ressalva).
19
P
Paarre
ecce
err sse
emm rre
essssa
allvva
a
A modalidade sem ressalvas é utilizada quando o auditor não
detecta impropriedades significativas que mereçam ser destacadas no
relatório, lembrando que o conceito de relevância ou materialidade é
julgamento pessoal do auditor. Assim, não é comum o CFC definir a
partir de qual patamar (em termos percentuais) determinado fato deve
ser destacado. O que se considera é o impacto nas demonstrações e a
possibilidade de distorcer a análise do usuário da informação contábil.
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Assim, o parecer sem ressalva:
1. Indica que as demonstrações contábeis foram elaboradas consoante
as disposições das NBC e Princípios Fundamentais da Contabilidade
em todos os aspectos relevantes;
2. Indica que há apropriada divulgação de todos os
assuntos relevantes às Demonstrações Contábeis.;
3. Implica afirmação de que, em tendo havido
alterações na observância das NBC e PFC, elas
tiveram seus efeitos avaliados e aceitos e estão
devidamente revelados nas Demonstrações
Contábeis. Nesses casos, NÃO É REQUERIDO NENHUMA REFERÊNCIA
NO PARECER.
P
Paarre
ecce
err cco
omm rre
essssa
allvva
a:
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administração, juntamente com o auditor, para determinar a melhor
solução para o caso, objetivando que as demonstrações e notas
explicativas não omitam fatos relevantes, ao mesmo tempo, não
prejudiquem a empresa e seus acionistas com tal divulgação.
P
Paarre
ecce
err a
addvve
errsso
o
22
A diferença entre essa modalidade e a com ressalvas é a
magnitude, cabendo mais uma vez ao auditor (julgamento pessoal)
optar por um ou por outro de acordo com sua convicção.
Neste caso:
1. O auditor deve descrever em um ou mais parágrafos intermediários
IMEDIATAMENTE ANTERIORES AO PARÁGRAFO DE OPINIÃO os
motivos ou a natureza de sua opinião adversa.
2. As demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas,
em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com
ressalva.
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P
Paarre
ecce
err cco
omma
abbsstte
ennççã
ãood
deeo
oppiin
niiã
ãoo
a
a)) p
poorr lliim
miitta
aççã
ãoon
naae
exxtte
ennssã
ãoo:
24
É preciso destacar, ainda, que uma limitação na extensão do trabalho do
auditor pode ser imposta pelas circunstâncias, como, por exemplo,
quando a época da indicação do auditor é tal que o impossibilite de
observar a contagem física dos estoques. Ela pode também ocorrer
quando, na opinião do auditor, os registros contábeis do cliente são
inadequados, ou ao concluir que não pode executar procedimento de
auditoria que julgue necessário. Nessas circunstâncias, o auditor deve
tentar executar procedimentos, afim de obter evidências de auditoria
suficientes para emitir seu parecer. Se os procedimentos alternativos
não lhe permitem evidência suficiente, caberá a ele manifestar tal
limitação em seu parecer.
b
b)) p
poorr iin
ncce
errtte
ezza
ass::
1. O auditor deve expressar em parágrafo de opinião, que, devido à
relevância das incertezas descritas em parágrafos intermediários
específicos, não está em condições de emitir opinião sobre as
Demonstrações Contábeis.
2. Não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer,
qualquer desvios relevantes que normalmente seriam incluídos como
ressalvas.
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IMPORTANTE!
Na hipótese do emprego de parágrafo de ênfase, o parecer
permanece na condição de parecer sem ressalva.
Se a matéria envolvendo incerteza relevante não está
adequadamente divulgada nas demonstrações contábeis, de
acordo com as NBC. e PFC., o seu parecer deve conter ressalva
ou opinião adversa, pela omissão ou inadequação da divulgação.
O
Obbsse
errvva
aççõ
õeess iim
mppo
orrtta
anntte
ess::
IIII)) P
Paarre
ecce
err sso
obbrre
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aççõ
õeess cco
onnttá
ábbe
eiiss cco
onnd
deen
nssa
adda
ass::
1. O auditor poderá expressar opinião sobre demonstrações contábeis
apresentadas de forma condensada, desde que tenha emitido opinião
sobre as demonstrações contábeis originais.
2. Toda informação importante, relacionada com ressalva, parecer
adverso, parecer com abstenção de opinião e/ou ênfase, constante
do parecer do auditor sobre as demonstrações contábeis originais,
deve estar incluída no parecer sobre as demonstrações contábeis
condensadas.
IIIIII)) D
Deem
moon
nssttrra
aççõ
õeess cco
onnttá
ábbe
eiiss n
nãão
o––a
auud
diitta
adda
ass:
Devem ser claramente identificadas como “não-auditadas”, em cada
folha do conjunto.
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Em havendo emissão de relatório, este deve conter a indicação de que o
auditor não está expressando opinião sobre as referidas
demonstrações contábeis.
5. Amostragem
estoque.
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Amostragem não-estatística (por julgamento) é aquela em que a
amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e
conhecimento da entidade.
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Na determinação da amostra, uma das maiores preocupações do auditor
é que ela seja representativa, ou seja, tenha as mesmas
características da população. Isso é essencial para que as conclusões
alcançadas para a amostra possam ser extrapoladas para toda a
população.
Para que a amostra seja representativa, alguns fatores deverão ser
levados em consideração, dentre os quais é possível destacar sete:
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Cada item que compõe a população é conhecido como unidade de
amostragem. A população pode ser dividida em unidades de
amostragem de diversos modos. O auditor define a unidade de
amostragem para obter uma amostra eficiente e eficaz para
atingir os objetivos de auditoria em particular. No caso, se o
objetivo do auditor for testar a validade das contas a receber, a
unidade de amostragem pode ser definida como saldos de clientes
ou faturas de clientes individuais.
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a) saldos superiores a R$ 2.000,00;
b) saldos entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00;
c) saldos entre R$ 100,00 e R$ 1.000,00; e
d) saldos inferiores a R$ 100,00.
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Supondo que o CI é pior do que realmente é (risco de subavaliação da
confiabilidade), o auditor efetuará mais testes do que o necessário,
porque não confiou no que viu, erroneamente. Em função disso, fará um
volume de testes maior que o necessário, incorrendo em maior consumo
de recursos materiais e humanos, e, portanto, mais custos.
A aceitação incorreta decorre da aplicação de procedimentos que
levam o auditor a acreditar que uma informação é correta quando, de
fato, não é. Como exemplo, podemos citar respostas às cartas de
circularização fraudadas ou notas fiscais cauçadas, não tendo sido
identificadas pelo auditor. Ao acreditar nelas, o auditor poderá
comprometer seu parecer. O contraponto (rejeição incorreta) ocorre
quando o auditor recusa o resultado de uma amostra por entender não-
razoável, quando de fato o resultado estava correto.
Como exemplo, podemos imaginar que o auditor tenha, em uma escala
de 1 a 9 na avaliação do controle interno, dado grau 3. Dessa forma,
maximizou os testes substantivos esperando detectar diversas
inconsistências. Contudo, o número de erros encontrado foi irrelevante.
Ao rejeitar o resultado, tornou a efetuar os testes em nova amostra,
tornando a encontrar o mesmo resultado anterior. Ou seja, recusou
indevidamente as conclusões tendo incorrido em novos testes
desnecessariamente.
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monetário máximo no saldo de uma conta ou uma classe de
transações que o auditor está disposto a aceitar, de forma que,
quando os resultados de todos os procedimentos de auditoria
forem considerados, o auditor possa concluir, com segurança
razoável, que as Demonstrações Contábeis não contêm distorções
relevantes.
c) a fonte de seleção; e
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Na seleção aleatória ou randômica, utiliza-se, por exemplo,
tabelas de números aleatórios que determinarão quais os
números dos itens a serem selecionados dentro do total da
população ou dentro de uma seqüência de itens da população
predeterminada pelo auditor.
Casual: quando as observações são escolhidas de forma
direcionada, não aleatória, mormente em função da experiência e
da sensibilidade do auditor.
Quando utilizar esse método, o auditor deve evitar a seleção de
uma amostra que seja influenciada, por exemplo, com a escolha
de itens fáceis de localizar, uma vez que esses itens podem não
ser representativos.
Sistemática ou por intervalo: quando as observações são
selecionadas obedecendo a intervalos constantes. Exemplificando,
podemos citar uma amostra de duplicatas fiscais submetidas à
análise com o final 2: 2, 12, 22, 32, 42, etc. Ou, ainda, os
documentos emitidos na última semana de cada mês.
Ao considerar a seleção sistemática, o auditor deve observar as
seguintes normas para assegurar uma amostra, realmente,
representativa da população:
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A amostragem sistemática consiste em proceder a seleção de itens de
maneira que sempre haja um intervalo prefixado, uniforme, entre cada
item selecionado, a partir de um ou mais pontos de partida aleatório,
em uma lista de itens da população.
Resposta: Certo
Medidas de dispersão
Série MédiaDesvio
15 10 5
5 10 -5
3 10 -7
17 10 7 .
0
Assim, não se pode calcular a média dos desvios a partir de sua soma,
uma vez que a soma será nula. Por isso, o cálculo da média dos desvios
é feito com base no desvio médio e na variância.
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Desvio-padrão: é a raiz quadrada da variância. Se, por exemplo, a
unidade de medida de uma variável for metro, a variância será apurada
em metro quadrado. Desse modo, calculando o desvio-padrão,
retornamos à variável original (metro).
Resultados da amostra:
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obtenha evidência de auditoria suficiente e apropriada, o item deve ser
tratado como um erro.
Extrapolação de Erros
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Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve
reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse
risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o
procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria
alternativos.
No programa de trabalho:
a) o exame da segurança;
b) o exame da estrutura e confiabilidade; e
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c) o grau de integração.
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d) a capacidade da estrutura de PED da entidade para gerar relatório
interno útil para o desenvolvimento de testes substantivos e outros
procedimentos analíticos; e
40
Avaliação do risco
41
7. Carta de responsabilidade da administração
42
8. Normas dos papéis de trabalho e documentação de auditoria
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As normas de auditoria exigem que as informações constantes do
relatório do auditor se baseiem em seus papéis de trabalho, devendo
haver estrita concordância entre estes e o parecer. Assim, não é
aceitável que a opinião do auditor contrarie as evidências ou provas
obtidas por intermédio dos papéis de trabalho.
2
A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, visto que não é necessário nem
prático documentar todas as questões de que o auditor trata; entretanto, qualquer matéria que, por ser
relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de trabalho que apresentem as indagações e
conclusões do auditor.
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Planejamento Extensão
Conclusão
Oportunidade Resultados
45
Essa informação é importantíssima! Essa questão já foi tema da grande
maioria das provas de auditoria. É uma das preferidas dos
examinadores, portanto, fique de olho!
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O programa de trabalho deve contemplar todas as informações
disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser
realizado, com vistas a determinar sua extensão e profundidade,
considerando o resultado de auditorias anteriores, a legislação específica
e as normas próprias da entidade, entre outros elementos.
O programa de trabalhos serve também para que o auditor supervisione
e controle a qualidade dos trabalhos da equipe técnica a ele
subordinada. O programa de trabalho traz a especificação das etapas
de execução dos serviços de auditoria, permitindo que se verifique se
todos os procedimentos estabelecidos foram cumpridos e quem os
executou.
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Você sabe o que são Tiques?
Tiques são sinais gráficos ou símbolos que o auditor utiliza para
identificar algum procedimento adotado em relação aos seus
apontamentos, como por exemplo, a indicação de que as informações
constantes dos apontamentos tiveram os cálculos revisados, ou
foram conferidas no diário ou Razão. Normalmente, o significado dos
tiques aparece na parte inferior dos apontamentos.
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Os papéis de trabalho correntes devem ser arquivados separadamente dos
permanentes, uma vez que estes poderão ser utilizados pelo auditor em
outras oportunidades, caso ele venha a auditar novamente a entidade em
exercício posterior.
a) natureza do trabalho;
b) natureza e complexidade da atividade da entidade;
c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da
entidade;
d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe
técnica;
e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.
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i)análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros
indicadores significativos;
j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de
auditoria e seus resultados;
k) evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi
supervisionado e revisado;
l)indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e
de quando o fez;
m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações contábeis
auditadas por outro auditor;
n) cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e
terceiros;
o) cópias de comunicações à administração da entidade, e suas
respostas, em relação aos trabalhos, às condições de contratação e às
deficiências constatadas, inclusive no controle interno;
p) cartas de responsabilidade da administração;
q) conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o
modo como foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais;
r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração
da entidade e pelo contabilista responsável, e do parecer e dos
relatórios do auditor.
50
que a continuidade normal dos negócios da entidade objeto da auditoria
externa está caracterizada se houver evidência de normalidade das
operações no prazo de um ano após a data das demonstrações
contábeis.
51
regime operacional por um período previsível, não menor do que um
ano a partir da data-base de encerramento do exercício.
Conseqüentemente, ativos e passivos são registrados com base no fato
de que a entidade possa realizar seus ativos e saldar seus passivos no
curso normal dos negócios. Se esse pressuposto for injustificado, é
possível que a entidade não seja capaz de realizar seus ativos ou
liquidar seus passivos pelos valores e vencimentos contratados. Como
conseqüência, é possível que os valores e a classificação de ativos e
passivos nas Demonstrações Contábeis precisem ser ajustados.
indicações financeiras:
1) passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo);
2) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Capital
Circulante);
3) empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos sem
perspectiva realista de pagamento ou renovação, ou uso excessivo de
empréstimos em curto prazo para financiar ativos em longo prazo;
4) principais índices financeiros adversos de forma continuada;
5) prejuízos operacionais substanciais de forma continuada;
6) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus
compromissos com a entidade;
7) atrasos nos pagamentos ou incapacidade financeira de propor e
pagar dividendos;
8) incapacidade financeira de pagar credores nos vencimentos;
52
9) dificuldade de cumprir as condições dos contratos de empréstimo
(tais como cumprimento de índices econômico-financeiros contratados,
garantias ou fianças);
10) mudança de transações a crédito para pagamento à vista dos
fornecedores;
11) incapacidade em obter financiamentos para desenvolvimento de
novos negócios de produtos, e inversões para aumento da capacidade
produtiva;
indicações operacionais:
1) perda de pessoal-chave na administração, sem que haja
substituição;
2) perda da licença, franquia, mercado importante, fornecedor
essencial ou financiador estratégico;
3) dificuldade de manter mão-de-obra essencial para a manutenção
da atividade ou falta de suprimentos importantes.
outras indicações:
1) descumprimento de exigências de capital mínimo ou de outras
exigências legais ou regulamentares, inclusive as estatutárias;
2) contingências ou processos legais e administrativos pendentes
contra a entidade que resultem em obrigações que não possam ser
cumpridas;
3) alterações na legislação ou política governamental que afetem, de
forma adversa, a entidade;
4) para as entidades sujeitas a controle de órgãos reguladores
governamentais, tais como Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
Banco Central do Brasil (BCB), Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Superintendência de Seguros
Privados (Susep), Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e
outros, devem ser considerados os fatores de riscos inerentes às
respectivas atividades.
53
podendo pagar suas dívidas normais pode ser contrabalançado por
planos da administração para manter fluxos de caixa adequados por
outros meios, tais como, por alienação de ativos, reescalonamento de
pagamentos de empréstimos ou obtenção de capital adicional. Do
mesmo modo, a entidade pode mitigar a perda de um fornecedor
importante, se dispuser de outra fonte de fornecimento adequada.
54
f) indagar os advogados da entidade quanto a litígios e
reclamações;
g) confirmar a existência, a legalidade e a possibilidade de a
entidade exigir, de partes relacionadas e de terceiros, o
cumprimento de acordos para proporcionar ou manter suporte
financeiro;
h) avaliar a capacidade financeira e o compromisso das partes
relacionadas e de terceiros proporcionarem tais recursos;
i) considerar a posição dos pedidos de clientes em carteira da
entidade.
Observações importantes:
Deve ser dada ênfase aos planos que possam ter um efeito
significativo sobre a solvência da entidade em futuro previsível.
Neste caso, o auditor deve obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada de que esses planos são viáveis, de que podem ser
implantados e de que seus resultados proporcionarão melhorias na
situação da entidade. O auditor deve obter declaração escrita da
administração com respeito a esses planos, mediante carta de
responsabilidade da administração.
55
Depois que os procedimentos considerados necessários tiverem sido
executados, que todas as informações necessárias tiverem sido
obtidas, e que o efeito de qualquer plano da administração e outros
fatores mitigantes tiverem sido considerados, o auditor deve decidir
se a dúvida que surgiu sobre o pressuposto de continuidade
operacional foi resolvida satisfatoriamente.
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suas atividades. As Demonstrações Contábeis não incluem
quaisquer ajustes relativos à realização e à classificação dos
valores de ativos ou quanto aos valores de liquidação e à
classificação de passivos que seriam requeridos na
impossibilidade de a Entidade continuar operando”.
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Demonstrações Contábeis for tão relevante e amplo que torne as
Demonstrações Contábeis enganosas, o auditor deve emitir um
parecer adverso.
10. Independência
De acordo com a Resolução CFC n° 1.034/2005, que aprova a NBC P 1.2
– Independência, a condição de independência é fundamental e óbvia
para o exercício da atividade de auditoria independente. Entende-se
como independência o estado no qual as obrigações ou os interesses da
entidade de auditoria são suficientemente, isentos dos interesses das
entidades auditadas para permitir que os serviços sejam prestados com
objetividade. Em suma, é a capacidade que a entidade de auditoria tem
de julgar e atuar com integridade e objetividade, permitindo a emissão
de relatórios ou pareceres imparciais em relação à entidade auditada,
aos acionistas, aos sócios, aos quotistas, aos cooperados e a todas as
demais partes que possam estar relacionadas com o seu trabalho.
58
administração, ou os proprietários da empresa, ou entre o auditor e um
grupo de usuários, o indivíduo que lê as demonstrações com toda
certeza duvidará da independência desse profissional.
Fica, portanto, patente a necessidade de o auditor evitar todo
relacionamento que possa levar quem usa as demonstrações a duvidar
de sua independência.3
A independência exige:
A fim de que a opinião do auditor seja isenta, imparcial, deve ele ser
independente (quando externo) ou autônomo (quando interno). Isso
significa que não deve ser vinculado à entidade auditada.
3
Cook, John W.
59
- Interesse financeiro, imediato ou mediato;
- Relação de trabalho nos dois últimos anos;
- Ser sócio ou acionista.
O rol acima é meramente exemplificativo, pois qualquer situação,
mesmo não enumerada, que implique em perda de independência,
impede o auditor de realizar os trabalhos.
60
Visando possibilitar contínua renovação da objetividade e do ceticismo
do auditor, necessários na auditoria, é requerida a rotação dos
responsáveis técnicos pelos trabalhos na entidade auditada.
61
administrador ou colaborador assalariado, ainda que essa relação seja
indireta, nos últimos dois anos.
Errado. Muito embora esteja sendo reproduzida uma passagem da
regulamentação do assunto pelo CFC, a banca não especificou o auditor
a que se refere (interno ou externo). Nesse sentido, opção estaria
correta no que diz respeito ao auditor externo, apenas, estando
incorreto no que diz respeito ao auditor interno.
11. Sigilo
62
O sigilo profissional deve ser observado nas seguintes circunstâncias:
na relação entre o auditor e a entidade auditada (deve tomar
cuidado com a hierarquia interna);
na relação entre os auditores;
na relação entre os auditores e os organismos reguladores e
fiscalizadores (CRC, CRF); e
na relação entre o auditor e demais terceiros.
63
especiais – em juízo, por exemplo – para a defesa da legítimos de
terceiros ligados à empresa.
Certo. Conforme estudamos, há duas exceções à divulgação de
informações sigilosas da auditada: (1) por determinação judicial e (2)
quando houver autorização da própria auditada, por escrito, por pessoa
que tenha competência para autorizar e especificando o que poderá ser
divulgado.
12. Responsabilidade
64
A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional,
quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade
auditada, sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham
efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, quando tal fato for
mencionado em seu parecer.
65
Antes de aceitar o trabalho, o auditor deverá obter conhecimento
preliminar da atividade da entidade a ser auditada, mediante avaliação,
junto à administração, da estrutura organizacional, da complexidade das
operações e do grau de exigência requerido, para a realização do
trabalho de auditoria, de modo a poder avaliar se está capacitado a
assumir a responsabilidade pelo trabalho a ser realizado. Esta avaliação
deve ficar evidenciada de modo a poder ser comprovado o grau de
prudência e zelo na contratação dos serviços. Um auditor, por exemplo,
que não disponha de equipe técnica necessária à auditoria de uma
empresa de grande porte que pretenda contratá-lo deverá recusar os
serviços.
66
previstas nesta Norma, submetendo-as ao Plenário do Conselho Federal
de Contabilidade (CFC).
c) Zelar pela confidencialidade dos exames, pelos seus resultados e por
outras informações relacionadas.
d) Emitir relatório até 60 (sessenta) dias após a conclusão de cada
Exame, a ser encaminhado para o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), que o encaminhará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao
Banco Central do Brasil e ao IBRACON - Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil.
e) Decidir, em primeira instância administrativa, sobre os recursos
apresentados.
67
No que tange à Aprovação e à Periodicidade, o candidato será
aprovado se obtiver, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) dos
pontos possíveis, sendo aplicado 2 (duas) vezes em cada ano.
14. Honorários
condicionar
4
Honorários contingenciais são aqueles calculados em uma base pré-determinada com relação ao desfecho ou
resultado de uma transação ou trabalho executado.
68
a) a relevância, o vulto, a complexidade, e o custo dos serviços a
executar;
b) o número de horas estimadas para a realização dos serviços;
c) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou
permanente;
d) a qualificação técnica dos profissionais que irão participar da
execução dos serviços; e
e) o lugar em que os serviços serão prestados, fixando, se for o caso,
como serão cobrados os custos de viagens e estadas.
69
Por determinação do CFC, a utilização dos mesmos profissionais de
liderança (sócio, diretor e gerente) na equipe de auditoria, numa mesma
entidade auditada, por longo período, pode gerar perda da objetividade
e do ceticismo, necessários na auditoria. O risco dessa perda deve ser
eliminado adotando-se a rotação, a cada intervalo menor ou igual a
cinco anos consecutivos, das lideranças da equipe de trabalho de
auditoria, que somente devem retornar à referida equipe após o
intervalo mínimo de três anos. Essa regra vale, também, para as
empresas de auditoria. Assim, uma empresa de auditoria pode prestar
serviços para um mesmo cliente para um prazo máximo de 5 anos. A
partir daí, deverá haver um intervalo de, pelo menos, três anos.
70
A resolução CFC n° 1.023/2005 que aprova a NBC P 1.8 sobre a
utilização de trabalhos de especialistas, elenca exemplos dessas
evidências, na forma de relatórios, opiniões ou declarações de
especialistas são:
71
Ao planejar o uso do trabalho de um especialista, o auditor
independente deve avaliar a competência do especialista em questão.
Isso envolve avaliar:
a) se o especialista tem certificação profissional, licença ou registro no
órgão de classe que se lhe aplica; e
b) a experiência e reputação no assunto em que o auditor busca
evidência de auditoria.
72
f) informação sobre premissas e métodos a serem empregados pelo
especialista e sua consistência com aqueles empregados em períodos
anteriores.
Principais características:
O Auditor: é contratado
Finalidade: Parecer sobre adequação das Demonstrações Contábeis
Remuneração: Recebe honorários
Testes: Testa menos
Grau de Liberdade: Possui independência
73
verificar se o controle interno está em efetivo funcionamento, proferindo
sugestões para seu aperfeiçoamento. No que pertine ao escopo,
habitualmente verifica 100% das transações da entidade.
Principais características:
O Auditor: é empregado da empresa
Finalidade: adequação dos controles internos
Remuneração: Recebe salários
Testes: Testa mais
Grau de Liberdade: Possui autonomia
74
18. Planejamento da Auditoria
75
* Pode ser pessoa física ou jurídica que tenha inferência nos negócios
da empresa. Ex:
- Venda de negócio para o dono da empresa;
- Fornecedor exclusivo;
- Empresas controladas.
76
menor que fechou o ano anterior) e não contenha representações
errôneas ou inconsistentes;
b) Verificar a uniformidade de práticas contábeis.
Uniformidade é um dos princípios estabelecidos pelo IBRACON. Se é
adotado um critério contábil em um ano, é ideal que este critério seja
adotado ao longo dos próximos anos, para permitir uma melhor
comparabilidade. Ex: mudança no critério de tributação – lucro
presumido para real.
Dica: o critério pode ser mudado, desde que seja destacado nas
notas explicativas.
c) Ler o relatório de auditoria anterior (parecer) e, se for necessário,
solicitar a autorização formal para pedir os papéis de trabalho do
auditor anterior. (como mecanismo de “conhecimento” da auditada);
d) Verificar relevantes eventos subseqüentes ao exercício anterior,
revelados ou não.
e) Identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da
auditada e sua situação patrimonial e financeira.
f) Levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de
controle interno.
77
19. Fraude e erro
78
Fraude: o ato intencional de omissão ou manipulação de
transações, adulteração de documentos, registros e
demonstrações contábeis; e
Exemplos de Fraude:
I) Manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos;
II) Apropriação indébita de ativos;
III) Supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;
IV) Registro de transações sem comprovação;
V) Aplicação de práticas contábeis indevidas.
79
Exemplos de Erro:
I) Erros aritméticos na escrituração contábil ou Demonstrações
Contábeis;
II) Aplicação incorreta das práticas contábeis;
III) Interpretação errada das variações patrimoniais.
80
III. O auditor pode renunciar ao trabalho caso a entidade não tomar
as medidas corretivas dessas fraudes e/ou erros (Comunica-se à
CVM).
a) Sugerir medidas corretivas;
b) Informar sobre possíveis efeitos no parecer caso não as adotar.
81
melhores evidências disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos,
quando não exista forma precisa de apuração, e requerer julgamento na
determinação do valor adequado a ser registrado nas Demonstrações
Contábeis, sendo de responsabilidade da administração da
entidade.
82
7. prejuízos sobre contratos em andamento;
8. provisões de garantia;
9. provisões para indenizações.
83
Dica: O auditor deve avaliar se os dados em que a estimativa se baseia
são precisos, completos e relevantes. Se dados contábeis forem
utilizados, eles devem ser uniformes com os processados no sistema
contábil.
84
Nessas circunstâncias, o auditor deve avaliar as estimativas contábeis
tomadas como um todo.
Responsabilidade do auditor
Estimativa independente
85
Mudanças em Estimativas Contábeis
86
O efeito da mudança numa estimativa contábil deve ser incluído na
apuração do lucro líquido ou do prejuízo:
Divulgações
87
Se o montante do efeito sobre os exercícios subseqüentes de uma
mudança em estimativa contábil não for passível de estimativa, a
entidade deve divulgar tal fato.
5
Transação entre partes relacionadas - transferência de recursos ou obrigações entre partes relacionadas,
ainda que a titulo gratuito.
88
citar a concessão de garantias ou de empréstimos, cessão de direitos e
venda de mercadorias super (sub) faturadas para entes controladores.
89
d) revisar os registros de acionistas para determinar os nomes de
acionistas principais ou, se apropriado, obter uma relação de acionistas
principais do registro de ações;
e) revisar atas de reuniões de acionistas e conselho de
administração, da diretoria e outros registros legais pertinentes;
f) indagar, se aplicável, de outros auditores envolvidos na auditoria
de empresas coligadas, controladas ou controladoras, ou auditores
antecessores, sobre seu conhecimento de outras partes relacionadas;
g) revisar confirmações de empréstimos a receber e a pagar, bem como
de confirmações bancárias. Essa revisão pode indicar relacionamento
por fiança e outras transações com partes relacionadas;
h) revisar transações de investimentos, por exemplo, compra ou
venda de uma participação societária em um empreendimento;
i) revisar as declarações e as informações fornecidas a órgãos
normativos; e
j) revisar os registros contábeis para localizar transações ou saldos
elevados ou inusitados, dando atenção particular a transações
contabilizadas no fim do período abrangido pelo Parecer do auditor e até
a data de sua emissão.
90
Se o auditor não puder obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada sobre partes relacionadas e transações com essas partes, ou
concluir que sua divulgação nas Demonstrações Contábeis é insuficiente
e/ou inadequada, o auditor deve modificar o parecer de auditoria
apropriadamente. Quando o auditor entender que, pela magnitude das
operações com partes relacionadas e pela diferenciação dessas
operações quando comparadas com operações entre partes não-
relacionadas, a situação merece ser destacada aos usuários das
Demonstrações Contábeis, o auditor deve adicionar, ao seu parecer,
parágrafo de ênfase, indicando que a entidade realiza volume
significativo de operações com partes relacionadas em condições
diferentes às de mercado e os resultados dessas operações poderiam
ser diferentes se realizadas em condições de mercado.
91
Após a publicação do parecer, não há nada a fazer, salvo se já tiver
ocorrido antes do término do trabalho. Neste caso, o auditor pode:
- Solicitar para a auditada republicar o parecer modificado ou
publicar que o parecer não tem mais efeito;
- Se a auditada não quiser fazer isto, o auditor comunica à CVM
para tomar as medidas cabíveis.
92
c) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital;
d) compra de nova subsidiária ou de participação adicional relevante
em investimento anterior;
e) destruição de estoques ou estabelecimento em decorrência de
sinistro;
f) alteração do controle societário.
93
c) leitura das Demonstrações Contábeis intermediárias posteriores
àquelas auditadas e, à medida que for considerado necessário e
apropriado, dos orçamentos, das previsões de fluxo de caixa e de outros
relatórios contábeis; comparação dessas informações com as constantes
nas Demonstrações Contábeis auditadas, na extensão considerada
necessária nas circunstâncias. Neste caso, o auditor deve indagar da
administração se as informações mais recentes foram elaboradas nas
mesmas bases utilizadas nas Demonstrações Contábeis auditadas;
94
TRANSAÇÕES E EVENTOS OCORRIDOS APÓS EMISSÃO DO
PARECER
95
Contábeis não-retificadas; a necessidade de comunicação aos órgãos
reguladores depende das normas aplicáveis em cada caso.
96
que seu Parecer seja utilizado por terceiros, resguardando, assim, seus
direitos e obrigações legais. Entre essas medidas, incluise, como
mínimo, comunicação formal à administração de que o Parecer,
anteriormente, emitido não mais deve ser associado às monstrações
Contábeis não-retificadas. A necessidade de comunicação aos órgãos
reguladores depende das normas aplicáveis em cada caso.
97
de auditoria a serem aplicados no exame de uma empresa, em
particular.
Como profissional treinado que é, o auditor fundamenta seu julgamento
em anos de estudos, treinamento e experiência. Seu julgamento é o
critério definitivo para todos os atos relacionados com a auditoria.i
98
25. Práticas para o Exercício Profissional de auditoria interna
6
O IIA é a entidade internacional dedicada ao desenvolvimento profissional do auditor interno.
99
Adicionalmente, o auditor externo ou independente, além
de sua opinião ou parecer sobre as demonstrações
contábeis, passou a emitir um relatório-comentário, no qual apresentava
sugestões para solucionar os problemas da empresa, que chegaram a
seu conhecimento no curso normal de seu trabalho de auditoria.
Entretanto, o auditor externo passava um período de tempo muito curto
na empresa e seu trabalho estava totalmente direcionado para o exame
das demonstrações contábeis.
Para atender à Administração da empresa, seria necessária uma
auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade e visando
também às outras áreas não relacionadas com contabilidade (sistemas
de controle de qualidade, administração de pessoal, etc).
Portanto, surgiu o auditor interno como uma ramificação da profissão
de auditor externo e, conseqüentemente, do contador. O auditor interno
é um empregado da empresa e, dentro de uma organização ele não
deve estar subordinado àqueles cujo trabalho examina. Além disso, o
auditor interno não deve desenvolver atividades que ele possa vir um
dia a examinar (como, por exemplo, elaborar lançamentos contábeis),
para que não infira em sua independência.
A título de exemplo, em uma estrutura organizacional, o Departamento
de Auditoria ficaria situado da seguinte forma:
100
processos, dos sistemas de informações e de controles internos
integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
7
Processo de Governança corporativa – Procedimentos utilizados pelos representantes dos
proprietários (por exemplo, acionistas etc.) para atribuir responsabilidades sobre riscos e processos
de controle administrados pelas gerências.
101
Este conceito acima merece ser esmiuçado: a auditoria interna tem duas
preocupações principais: A avaliação e consultoria.
A avaliação pressupõe a verificação de determinada situação, processo
ou registro e a comparação com um padrão. Objetiva a coleta de
evidências que darão suportes à emissão de uma opinião. Vale ressaltar
que o escopo é determinado pelo auditor interno e desse processo
fazem parte, pelo menos, três pessoas: a pessoa responsável pelo
processo, a que avalia (o auditor) e a que faz uso da avaliação. Na
consultoria há apenas duas pessoas envolvidas: a pessoa que necessita
e recebe a consultoria e a que a realiza.
Vale ressaltar que nas atividades de consultoria o auditor não deve
assumir responsabilidades gerenciais.
102
Um código de ética é apropriado e necessário para profissão de auditoria
interna, fundamentada como está na confiança colocada em assegurar o
objetivo sobre gerenciamento de risco, controle e governança
corporativa. O Código de Ética do IIA vai além da definição de auditoria
interna para incluir dois componentes essenciais:
1. Princípios relevantes para a profissão e prática da auditoria interna;
2. Regras de Conduta que descrevem normas do comportamento
esperado de auditores internos. Estas regras são uma ajuda na
interpretação dos Princípios em aplicações práticas e tem o objetivo de
orientar a conduta ética de auditores internos.
25.2.1. Princípios
Os auditores Internos são exigidos a aplicar e manter os seguintes
princípios:
Integridade - A integridade dos auditores internos exige
confiança e assim, representa a base para a confiabilidade em
seu julgamento.
103
Objetividade - Auditores internos apresentam o mais alto grau
de objetividade profissional na coleta, avaliação, comunicação de
informações sobre a atividade ou processo em exame. Auditores
internos geram uma avaliação equilibrada de todas as
circunstâncias relevantes e não são influenciados de forma
indevida pelos seus próprios interesses ou por outros, na
formulação de julgamentos (opiniões).
Confidencialidade - Os auditores internos respeitam o valor e a
propriedade das informações a que têm acesso e não as divulgam
sem a autorização apropriada a não ser em caso de obrigação
legal ou profissional.
Competência - Auditores internos aplicam o conhecimento,
habilidades e experiência necessários na realização de serviços de
auditoria interna.
104
o Não devem aceitar qualquer coisa que possa prejudicar ou
que, presumivelmente, prejudicaria seu julgamento
profissional.
o Devem divulgar todos os fatos materiais de seu
conhecimento que, se não divulgados, podem distorcer
relatórios das atividades sob sua revisão.
25.3. Normas
105
As normas de atributo são as chamadas pelo CFC de “normas
profissionais do auditor”. Já estudamos sobre essas normas nas aulas
anteriores e vemos que as definições apontadas pelas Normas
Internacionais não trazem muitas novidades.
As normas de desempenho referem-se às normas de auditoria
independente.
A primeira refere-se ao perfil e a segunda ao trabalho em si.
Merece destaque ainda, o fato de que estas normas são aplicáveis à
todos os serviços de auditoria.
25.3.1 Independência
Independência Organizacional:
O diretor executivo de auditoria deve estar subordinado a um nível
dentro da organização, que permita à atividade de auditoria interna
cumprir suas responsabilidades.
Objetividade individual:
Os auditores internos devem ter atitude imparcial e isenta e evitar
conflitos de interesses.
106
Prejuízos à Independência ou Objetividade:
Se a independência ou objetividade forem prejudicadas de fato ou
na aparência, os detalhes de tal prejuízo devem ser informados às
partes apropriadas. A natureza da comunicação dependerá do
prejuízo.
Os auditores internos devem abster-se de avaliar operações
específicas pelas quais tenham sido responsáveis anteriormente.
Presume-se prejudicada a objetividade, se um auditor prestar
serviços de avaliação para uma atividade pela qual tenha sido
responsável no ano anterior. (ou seja, se ele a tiver executado)
Trabalhos de auditoria de avaliação relacionados a funções que
estejam sob a responsabilidade do diretor executivo de auditoria
devem ser supervisionadas por alguém externo à atividade de
auditoria.
Os auditores internos podem prestar serviços de consultoria
relacionados às operações pelas quais tenham sido responsáveis
anteriormente.
Caso os auditores internos constatem potenciais prejuízos à
independência ou objetividade relacionados a serviços de
consultoria propostos, o cliente do trabalho deve ser informado
antes que a execução do mesmo seja aceita.
Proficiência8:
Os auditores internos devem possuir conhecimentos, habilidades e
outras competências necessárias à execução de suas responsabilidades
individuais. A atividade de auditoria interna, de forma coletiva, deve
possuir ou obter o conhecimento, habilidades e outras competências
necessárias para o desempenho de suas responsabilidades.
8
Proficiência significa competência, capacidade, habilidade.
107
O diretor executivo de auditoria deve obter assessoria competente e
assistência, se a equipe de auditoria interna não dispuser de
conhecimentos, habilidades ou outras competências necessárias à
execução do todo ou parte do trabalho de auditoria. (Usar o trabalho de
especialistas)
108
O auditor interno deve exercer o Zelo profissional devido, considerando:
• A necessária extensão do trabalho para alcançar os objetivos do
trabalho de auditoria.
• A relativa complexidade, materialidade ou importância dos assuntos
sobre os quais os procedimentos de auditoria são aplicados.
• A adequação e eficácia dos processos de gerenciamento de risco, de
controle e de governança corporativa.
• A probabilidade de erros significativos, irregularidades, ou
desconformidades.
• Custo do trabalho de avaliação em relação a benefícios potenciais.
O auditor interno deve estar alerta aos riscos significativos que poderiam
afetar os objetivos, operações ou recursos. Entretanto, procedimentos de
auditoria, por si só, mesmo quando desenvolvidos com o cuidado profissional
devido, não garantem que todos os riscos significativos serão identificados.
109
25.3.3. Desenvolvimento Profissional Contínuo
110
25.3.4. Programa de garantia de qualidade
Avaliações Internas
As avaliações internas devem incluir:
• Revisões contínuas do desempenho da atividade de auditoria interna;
e
• Revisões periódicas executadas através de auto – avaliação ou por
outras pessoas da organização, com conhecimento das práticas internas
de auditoria e das Normas.
Avaliações Externas
111
As avaliações externas, tais como revisões de qualidade do trabalho de
auditoria, devem ser conduzidas ao menos uma vez a cada cinco anos
por revisor qualificado e independente ou por equipe de revisão externa
à organização.
25.3.5 Planejamento
Escopo
Objetivos
Prazo
Alocação de recursos
112
De acordo com a Resolução CFC nº 986/93, o planejamento do trabalho
da Auditoria Interna compreende os exames preliminares das áreas,
atividades, produtos e processos, para definir a amplitude e a época do
trabalho a ser realizado, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela
administração da entidade.
113
Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir
como guia e meio de controle de execução do trabalho, devendo ser
revisados e atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem.
Os auditores internos devem registrar os programas de trabalho de
desenvolveram para alcançar os objetivos do trabalho.
114
O diretor executivo-chefe de auditoria deve controlar o acesso aos
registros dos trabalhos. Para tanto, ele deve obter aprovação da
alta administração sênior e/ou conselho legal, antes de liberar tais
registros a terceiros, quando requisitado.
O Diretor executivo de auditoria deve desenvolver requisitos de
guarda dos registros do trabalhos de auditoria. Estes requisitos
devem ser consistentes com as orientações da organização,
quaisquer regulamentações pertinentes ou outros requisitos.
O diretor executivo de auditoria deve desenvolver políticas de
administração da custodia e guarda dos registros dos trabalhos de
consultoria, bem como sua liberação interna e externamente.
Estas políticas devem ser consistentes com as diretrizes da
organização, quaisquer regulamentações pertinentes ou outros
requisitos.
115
A comunicação sobre o progresso e os resultados de um trabalho de
consultoria irão variar em forma e conteúdo, dependendo da natureza
do trabalho e das necessidades do cliente.
116
25.3.8 Monitoramento do progresso
117
Quando o diretor executivo de auditoria considerar que o nível de risco
residual assumido pela alta administração não deveria ser aceito pela
organização, este deve revisar o assunto. Caso a decisão relativa aos
níveis de risco residual não seja consensada, o diretor executivo de
auditoria juntamente com a alta administração devem apresentar a
matéria ao Conselho para solução e deliberação.
118
Vale ressaltar que as normas de execução dos trabalhos descritas pela
NBC T 11 são adotadas, destacadas algumas peculiaridades,
praticamente da mesma forma na auditoria governamental. Portanto,
fique de olho!
26.1. Relevância
119
práticos, ocorre quando o auditor emite um parecer sem ressalvas
quando o mais apropriado seria o adverso, e vice-versa.
1) Risco inerente
É vinculado ao negócio e às atividades da empresa. Ex: inexistência
ou inadequação de controle interno; concentração de dívidas com um
único cliente; flutuação de estoque.
* O risco inerente está ligado à empresa.
2) Risco de controle
Neste caso, a empresa tem o controle interno, só que ele falhou
(evento humano). O controle interno pode até ser rigoroso e
adequado, mas é sempre passível de ser burlado.
3) Risco de detecção
Inerente ao trabalho do auditor. Ex: no planejamento está
estabelecida uma extensão, só que não é feito conforme está
previsto no planejamento. Decorre de erros do auditor, mormente em
função da aplicação de procedimentos inadequados (testes em
volume inferior ao que seria desejável é uma situação).
120
1) Geral
Quando considera a situação econômica e financeira da empresa (os
índices demonstram este risco), a qualidade da administração, as
demonstrações contábeis.
Abrange as atividades da empresa, a situação econômica e
financeira, os negócios, a qualidade da administração,
as demonstrações em conjunto e a avaliação do
sistema contábil e de controle interno. (Visão macro).
2) Específico
Abrange os saldos das contas, natureza e volume das
transações. (Visão micro).
121
O programa de revisão pelos pares instituído pelo CFC objetiva
garantir que os serviços prestados pelos auditores evidenciem a
qualidade desejada pelos organismos fiscalizadores, dentre os quais o
próprio CFC, o IBRACON e outros, a fim de evitar prejuízos para os
usuários das informações contábeis. Dessa forma, exige que as
empresas de auditoria prestem serviços para companhias
abertas (auditores-revisados) submetam-se à fiscalização por outras
empresas de auditoria, do mesmo porte (auditores-revisores), que, após
aplicação de procedimentos, dentre os quais análise de papéis de
trabalho coligidos junto aos clientes, emitirá um parecer, evidenciando a
adequação do sistema usado pelo revisado.
Ao receber o parecer do revisor, o revisado se compromete a elaborar
um plano de ação, com o objetivo de melhorar a qualidade nos aspectos
evidenciados, encaminhando-a ao “Órgão” que fiscaliza todo o processo:
o Comitê de Revisão Externa de Qualidade – CRE, composto por 4
membros do CFC e 4 do IBRACON. Além de funcionar como órgão
julgador (quando o revisado discorda do parecer elaborado pelo colega),
o CRE publica, ainda, o relatório sumário anual (uma espécie de
estatística sobre os trabalhos realizados, as inconsistências mais
comuns, etc). Atualmente, esse programa acontece de 4 em 4 anos,
o mandato dos integrantes é de 3 anos (permitida a recondução)
e a competência para escolher o revisor é do revisado, sendo
vedada a revisão recíproca.
122
26.4. Estudo e Avaliação do Sistema Contábil e de Controles
Internos:
123
Este é um dos únicos prazos contados a partir da publicação das
demonstrações; os demais são contados a partir da emissão do parecer.
Assim, presume-se que o trabalho de auditoria foi bem conduzido no
que diz respeito a continuidade caso a entidade continue operando
normalmente durante o ano seguinte ao auditado.
26.6. Contingências
Existem transações que são baseadas em fatos objetivos que são mais
fáceis do auditor identificar. Entretanto, existem situações que são
extremamente subjetivas, como as contingências e as estimativas.
124
razoabilidade na hora de fazer essas contingências. Assim, o auditor
deverá identificar se o montante é ou não adequado para a situação em
questão.
125
Constituem objetos de exames realizados pelo Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal, nos órgãos da Administração Direta,
entidades da Administração Indireta Federal e entidades privadas:
Patrimônio (conservação)
Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do
patrimônio sob responsabilidade das unidades da Administração Direta e
entidades da Administração Indireta Federal.
Arrecadação
A arrecadação, a restituição e as renúncias de receitas de
tributos federais.
126
PAD (processo administrativo disciplinar),
sindicâncias e inquéritos
Procedimentos destinados a apurar faltas funcionais.
PED
Os sistemas eletrônicos de processamento de dados,
suas informações de entrada e de saída, objetivando constatar:
a) segurança física do ambiente e das instalações do centro de
processamento de dados;
b) segurança lógica e a confidencialidade nos sistemas desenvolvidos
em computadores de diversos portes;
c) eficácia dos serviços prestados pela área de informática;
d) eficiência na utilização dos diversos computadores existentes na
entidade;
e) os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de
concessão de aposentadoria, reforma e pensão;
Processos de Contas:
As pessoas física ou jurídica, pública ou privada, sujeitam-se à atuação
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal mediante os
seguintes processos:
127
operacional e à guarda de bens e valores públicos e deverá ser
encaminhada à respectiva unidade de controle interno, pelo titular da
unidade gestora.
128
Devem prestar contas:
a) os dirigentes das entidades supervisionadas da Administração
Indireta Federal;
b) os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou
privado, que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam
subvenções ou transferências à conta do Tesouro;
c) as pessoas físicas que recebam recursos da União, para atender
necessidades previstas em Lei específica.
129
II. Auditoria de Acompanhamento da Gestão: realizada ao longo
dos processos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real
sobre os atos efetivos e os efeitos potenciais positivos e negativos de
uma unidade ou entidade federal, evidenciando melhorias e economias
existentes no processo ou prevenindo gargalos ao desempenho da sua
missão institucional.
130
eficácia e economicidade, procurando auxiliar a administração na
gerência e nos resultados, por meio de recomendações, que visem
aprimorar os procedimentos, melhorar os controles e aumentar a
responsabilidade gerencial. Este tipo de procedimento auditorial,
consiste numa atividade de assessoramento ao gestor público, com
vistas a aprimorar as práticas dos atos e fatos administrativos, sendo
desenvolvida de forma tempestiva no contexto do setor público,
atuando sobre a gestão, seus programas governamentais e sistemas
informatizados.
131
a) centralizada – executada exclusivamente por servidores em
exercício nos Órgão Central ou setoriais do Sistema de Controle Interno
do Poder Executivo Federal.
b) descentralizada – executada exclusivamente por servidores em
exercício nas unidades regionais ou setoriais do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo Federal.
c) integrada – executada conjuntamente por servidores em exercício
nos Órgãos Central, setoriais, unidades regionais e/ou setoriais do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
132
documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao
cumprimento de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado, sob
qualquer pretexto, nenhum processo, documento ou informação,
devendo o servidor guardar o sigilo das informações caso elas estejam
protegidas legalmente.
133
g) referência quanto ao uso de material e/ou documentos de exames
prévios ou outras instruções específicas.
9
Capacidade dos sistemas de controle interno administrativo - avaliar os procedimentos, políticas e registros
que compõem os controles, com o objetivo de constatar se estes proporcionam razoável segurança de que
as atividades e operações se realizam, de forma a possibilitar o atingimento das metas, em termos
satisfatórios de economia, eficiência e eficácia.
Efetividade - realizar exame das operações que se processam nos sistemas de controle interno
administrativo, com o propósito de verificar se os procedimentos, políticas, mecanismos, registros e outros
dados relevantes, funcionam de acordo com o previsto e se os objetivos de controle estão sendo atendidos,
de forma permanente, sem desvios.
134
c) certificar a existência e a idoneidade dos critérios, para identificar,
classificar e mensurar dados relevantes das operações, verificando,
igualmente, se estão sendo adotados parâmetros adequados para
avaliação da efetividade, eficiência, eficácia e economicidade dessas
operações; e
d) comprovar se os procedimentos estabelecidos asseguram,
razoavelmente, o cumprimento das diretrizes governamentais, das leis,
regulamentos, normas e outras disposições de observância obrigatória.
135
Prevenção de impropriedades e irregularidades
Os sistemas de controle interno administrativo, instituídos em uma unidade
ou entidade, devem conter procedimentos, mecanismos e diretrizes que
prevejam ou minimizem o percentual de impropriedades ou irregularidades.
Um bom sistema de controle interno administrativo reduz a probabilidade de
ocorrer tais impropriedades ou irregularidades, ainda que não possa evitá-
las totalmente.
136
entidade examinada. As evidências da supervisão exercida deverão ficar
registradas nos próprios papéis de trabalho.
137
grau razoável de convencimento a respeito da realidade ou veracidade
dos fatos examinados. Evidência suficiente é convincente.
b) Adequação da evidência - entende-se como tal, quando os testes ou
exames realizados são apropriados à natureza e características dos fatos
examinados. Evidência adequada proporciona o melhor
entendimento.
c) Pertinência da evidência - a evidência é pertinente quando há
coerência com as observações, conclusões e recomendações
eventualmente formuladas. Evidência pertinente é a que guarda
relação, agregando valor e sendo útil ao processo decisório.
10
A importância relativa refere-se ao significado da evidência no conjunto de informações e os
níveis de riscos prováveis, às probabilidades de erro na obtenção e comprovação da evidência.
138
princípios de legalidade, legitimidade, eficiência, eficácia e
economicidade. A irregularidade é caracterizada pela não observância
desses princípios, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio
de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável
para o Erário.
139
Relatórios: constituem-se na forma pela qual os resultados dos
trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades
competentes, com as seguintes finalidades:
140
Certificado: É o documento que representa a opinião do Sistema de
Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e
adequação, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo
Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda,
autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades
setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
141
irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda
Nacional e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações
financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período
ou exercício examinado.
142
diligência pelo órgão ou entidade examinado, quando então, mediante
novos exames, o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal emitirá o competente Certificado.
Neste caso, quando sobrestado o exame, o órgão do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal deve dar ciência da
ocorrência ao Tribunal de Contas da União.
1.5. Operacionalidade
143
144
145
146
147
Os Atos Legais são dispositivos da legislação em vigor, emanados de
autoridades competentes, relativos à Administração Pública Federal.
As Normas Disciplinares Externas são atos emanados de órgãos ou
entidades externos ao Sistema de Controle Interno, com aplicação no
âmbito do Sistema.
As Normas Disciplinares internas são atos expedidos pelos órgãos
central e setorial do Sistema de Controle Interno.
O Relatório é o documento que reflete os resultados dos exames
efetuados pelo Sistema de Controle Interno.
148
estrangeira, firmado entre o Governo Brasileiro e Organismos
Internacionais de crédito e administrado por órgãos e entidades das
administrações federal, estadual, municipal e do Distrito Federal.
VII. Relatórios e Atas dos Conselheiros Fiscais - representa o relato
circunstanciado dos assuntos tratados e deliberados pelo Conselho
Fiscal, na forma e modelo estabelecidos no "Manual do Conselheiro
Fiscal", aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional.
149
processo utilizado pelos auditores e o impacto desse processo irão variar
com a focalização. Tal como a própria organização, a função auditoria
precisa ter a certeza de estar a focalizando os objetivos que devidos e
fazendo corretamente o que ser feito.
Ao analisar aquilo que o auditor deve examinar para a organização em
cada fase do seu crescimento e do seu desenvolvimento, derivamos um
modelo de interação do auditor com a organização que é ao mesmo
tempo diagnóstico (conhecendo um ponto, nós podemos deduzir os
outros) e previsão (nós conhecemos o caminho do crescimento e a
contribuição da função de auditoria).
150
primeiros estágios da fase de normalização, a auditoria tem a função de
ajudar a reforçar as novas regras. O vigilante perde eficácia no decurso
da fase de normalização à medida que o sistema de controle vai se
construindo. É sempre necessário um certo nível de manutenção, mas
no ultimo estágio da normalização, os recursos adicionais aplicados à
função do vigilante não tem custos relevantes.
O foco do vigilante são os desvios ou erros, omissões, atrasos e fraudes.
São estes os riscos importantes para organização no final da fase de
formação e no início da normalização. São nesses momentos que a
maior parte dos sistemas consegue mostrar as suas vantagens ou se
tornam vulneráveis devido a faltas de controles por terem sido
construídos sob pressão durante a fase de formação.
151
aqueles que permaneceram no amadurecido e envelhecido estádio de
plenitude, é importante que não se perca a "alma da organização."
152
e) observância às normas ortográficas e gramaticais na redação dos
relatórios;
f) elaboração de comentários sucintos sobre os assuntos enfocados, nas
sugestões/recomendações, sem explanações muito extensas,
desnecessárias ou inexpressivas, que nada acrescentem ao trabalho;
g) não utilização de termos dúbios, obscuros, ofensivos;
h) eventual existência de interpretações ou conclusões subjetivas que
evidenciem pontos de vista pessoais, não calcados em provas
substanciais ou fatos devidamente comprovados;
i) análise dos atos e fatos, objeto de exame, com isenção e bom senso,
atendo-se mais à eficiência e segurança dos controles internos
administrativos e não, especificamente, às pessoas que os tenham
praticado;
j) redação clara e objetiva, que transmita, por parte da equipe,
seriedade, consideração e respeito aos responsáveis e dirigentes dos
órgãos e entidades examinadas; e
k) conclusão objetiva, coerente com o assunto enfocado, e ressalvas
oportunas condizentes com os itens que expressam claramente o erro
ou impropriedade detectada.
153
ou distorções existentes no planejamento, na execução e na
comunicação dos resultados com vistas a indicar as correções a serem
feitas, no sentido de se alcançarem os objetivos colimados.
2.4. Planejamento
154
i) as formas de divulgação que serão utilizadas para mobilizar a
clientela, quando for o caso;
j) os mecanismos de controle, inclusive de controle social; e
k) as informações a respeito das ações do Sistema de Controle
Interno no exercício anterior, bem como sobre o exercício atual.
VI. elaborar o plano estratégico da Ação selecionada, incluindo
levantamento dos pontos críticos e frágeis capazes de impactar a
execução e a definição da abordagem de controle a ser adotada, que
terá por foco os pontos críticos identificados; e
VII. elaborar o plano operacional de cada divisão de trabalho definida na
abordagem da Ação, com identificação das ações de controle a serem
realizadas, definição de instrumentos e do período de realização dos
trabalhos.
hierarquização dos
programas/programações
detalhar as informações
promover a hierarquização
relatório de situação
plano estratégico
l
Plano operacional
155
A metodologia de trabalho adotada abrange os aspectos pertinentes ao
conhecimento das Ações de cada Ministério, à percepção sobre as
principais áreas de atuação e pauta política específica, à compreensão
sobre o funcionamento dos Programas e respectivas Ações ou
equivalentes, bem como avaliação sobre as unidades responsáveis pelas
diferentes etapas do processo gerencial de implementação da Política
Pública e o planejamento das ações de controle a serem implementadas
para avaliação da execução dos Programas de Governo e da Gestão
Pública.
Este processo permanente de trabalho permite, por meio da reavaliação,
efetuada a cada novo conjunto de dados e informações obtidas, manter
o controle sempre atualizado e atuante.
156
dos Papéis de Trabalho a equipe responsável irá elaborar, desde o
planejamento até o relato de suas opiniões, críticas e sugestões.
157
A utilização das folhas de registro dos exames tem por finalidade
documentar as verificações e exames efetuados no campo. Trata-se da
documentação básica das atividades de controle. A partir desse registro
são desdobrados os resultados dos trabalhos.
A elaboração dos papéis de execução representa, assim, o mais
importante momento de documentação dos trabalhos de controle. Os
papéis de trabalho, do tipo corrente, utilizados nas atividades de campo
são considerados os mais importantes elementos documentais do
trabalho do servidor do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal.
158
b) fatos que mereçam exames mais profundos, em outra
oportunidade, por fugirem ao escopo dos trabalhos realizados.
O
fundamental é descrever o que se deve fazer, ou seja, como deve ser o
exame. Esse abrange testes de observância e testes substantivos:
a) testes de observância: visam à obtenção de razoável segurança de
que os procedimentos de controle interno estabelecidos pela
Administração estão em efetivo funcionamento e cumprimento.
b) testes substantivos: visam à obtenção de evidências quanto à
suficiência, exatidão e validação dos dados produzidos pelos sistemas
11
Veja mais sobre testes de auditoria na aula 01
159
contábil e administrativos da entidade, dividindo-se em testes de
transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.
Técnica de Auditoria é o conjunto de processos e ferramentas
operacionais de que se serve o controle para a obtenção de evidências,
as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para
conclusão dos trabalhos.
160
VIII. Observação das Atividades e Condições – verificação das
atividades que exigem a aplicação de testes flagrantes, com a finalidade
de revelar erros, problemas ou deficiências que de outra forma seriam
de difícil constatação. Os elementos da observação são:
a) a identificação da atividade específica a ser observada;
b) observação da sua execução;
c) comparação do comportamento observado com os padrões; e
d) avaliação e conclusão.
12
Veja mais sobre amostragem estatística na aula 01.
161
A representatividade é uma característica fundamental para a amostra,
que depende da forma de seleção e do tamanho da amostra.
Potencialmente, a amostra obtém essa característica quando ela é
tomada ao acaso. Para uma amostra ser considerada representativa de
uma população, ela deve possuir as características de todos os
elementos da mesma, bem como ter, conhecida a probabilidade de
ocorrência de cada elemento na sua seleção.
Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em
levantamentos de grandes populações. Uma dessas razões é a
economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e materiais são
escassos a amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do
servidor bem mais fácil e adequado. Outro fator de grande importância
é o tempo, pois onde as informações das quais se necessitam são
valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica. Outra
razão, é o fato de que com a utilização da amostragem, a
confiabilidade dos dados é maior devido ao número reduzido de
elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando
erros nas respostas. Além disso a operacionalidade em pequena escala
torna mais fácil o controle do processo como um todo.
162
A principal característica do método de amostragem não-probabilístico é
que este se baseia, principalmente, na experiência do servidor, sendo
assim, a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados se torna
inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da
amostra para a população. Essa limitação faz com que o método não
sirva de suporte para uma argumentação, visto que a extrapolação dos
resultados não são passíveis de demonstração segundo às normas de
cálculo existentes hoje. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de
determinados contextos, tal como, na busca exploratória de informações
ou sondagem, quando se deseja obter informações detalhadas sobre
questões particulares, durante um espaço de tempo específico.
Já o método de amostragem probabilístico tem como característica
fundamental o fato de poder ser submetido a tratamento estatístico,
sendo, portando, os resultados obtidos na amostra generalizáveis para a
população.
Para tanto, a amostragem estatística conta com uma série de formas
diferentes de obtenção do tamanho da amostra.
Uma dessas formas é a Amostra Aleatória Simples que tem como
característica que cada elemento da população tem a mesma chance de
pertencer à amostra. Considera-se para isso que os elementos da
população em questão estão distribuídos de maneira uniforme. Nas
demais formas ou métodos de amostragem, pelo fato dos elementos
não se processarem de maneira homogênea na população, se faz
necessário dispor de técnicas mais sofisticadas na obtenção do tamanho
e seleção da amostra.
163
unidades de amostragem (elementos). A partir do conhecimento da
população objeto de estudo e seus elementos é que se torna possível
conhecer como essa população se distribuí entre os seus elementos,
para a partir daí ser definido o método de amostragem a ser adotado,
bem como todas as suas considerações “a priori”.
Outro fator importante a ser definido anteriormente é a precisão que se
deseja, ou seja, o máximo que se admitirá de erro para os resultados
obtidos na amostra. Além disso, é importante que a seleção dos
elementos da amostra seja rigorosamente aleatória, essa exigência é
necessária pois, se na seleção da amostra não for garantida a
aleatoriedade significa que o servidor está influenciando com seu juízo
pessoal na escolha dos elementos da amostra e colocando assim em
risco todo o trabalho realizado, pois as informações obtidas a partir
daquela amostra enviesada irá trazer resultados equivocados a respeito
do universo em questão.
164
as considerações adotadas na elaboração do mesmo, tais como: nível de
confiança, margem de erro, método de amostragem escolhido, divisões
da população, caso seja a nível nacional, ou estadual, ou municipal, ou
ainda, por tipos de ocorrência.
165
2.10. Revisão analítica, conferência de cálculo, confirmação e
observação
Reveja a aula 01.
13
Tércia Maciel Gomes – Lira Alves Desenvolvimento Empresarial - 2005
166
mas não existe; o outro existe, mas não é contabilizado. A apuração
dessas situações é feita por meio de testes, cuja direção (metodologia)
varia em função da natureza de cada conta.
167
b) Saldo credor na conta caixa
O fato de a escrituração do contribuinte indicar saldo credor de Caixa
constitui presunção legal de omissão de receitas. Dentre as inúmeras
decisões do Conselho de Contribuintes a respeito da matéria,
destacamos:
168
d) Diferenças em levantamentos quantitativos por espécie
A legislação vigente estabelece outra hipótese de presunção legal de
omissão de receitas, que consiste na identificação de receitas omitidas
através de levantamento, por espécie, das quantidades de matérias
primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da
pessoa jurídica.
A B
Estoques de produtos, no início do
período, constantes no Registro de
Produtos vendidos escriturados no Diário
Inventário
+
+
produtos fabricados
+
estoques, no final do período, constantes
matérias primas e produtos no Registro de Inventário
intermediários utilizados no período
Diferença positiva:
Se a soma de “A” for maior que a de “B” ficará configurada a presunção
de venda de produtos sem a emissão ou sem registro de notas fiscais.
Diferença negativa:
Se, ao contrário, “A” resultar menor que “B”, presumir-se-á que houve
compra de matérias-primas ou produtos intermediários com recursos de
ingressos não escriturados.
169
O critério de apuração de receita omitida aplica-se, também, às
empresas comerciais, relativamente às mercadorias adquiridas para
revenda.
170
margem da escrituração, omitidos, portanto, dos resultados da
empresa.”
CRÉDITOS
Duplicatas e Outros Títulos a Receber – inspeção documental dos
títulos, investigação e confirmação junto a devedores.
Provisão para Devedores Duvidosos – revisão dos cálculos por meio
da conferência da exatidão aritmética do valor e inspeção para
verificação dos documentos que serviram como base para fixação dos
critérios de cálculo.
14
FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º Edição.
171
ESTOQUES
Mercadorias e Matérias – Primas - acompanhamento de inventário;
inspeção física; inspeção documental das notas fiscais, faturas,
duplicatas, conferência dos cálculos na apuração das saídas e dos
estoques finais.
Produtos Acabados e em Elaboração - acompanhamento de
inventário; inspeção física; inspeção e revisão dos cálculos dos
documentos e registros da contabilidade de custos.
DESPESAS ANTECIPADAS
Juros, Seguros e Outras Despesas Antecipadas - inspeção dos
documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos valores
apropriados como despesa do exercício. Também são aplicáveis os
procedimentos de investigação e confirmação, por intermédio da
circularização de pessoas que receberam os valores antecipadamente.
b) Ativo Permanente
INVESTIMENTOS
Participações Permanentes em Outras Sociedades - inspeção
documental para a verificação de contratos, estatutos e suas alterações,
certificados de ações, estratos de ações escriturais etc.; revisão dos
cálculos de provisões para perdas, da aplicação do método da
equivalência patrimonial e do custo de aquisição.
IMOBILIZADO
Bens de Uso Permanente – Inspeção dos documentos de aquisição de
bens tangíveis e contratos representativos de bens intangíveis;
investigação e confirmação com fornecedores de bens móveis e no
Registro de Imóveis, para comprovar a propriedade de imóveis;
inspeção física para constatar a existência dos bens; revisão dos
cálculos nos casos de depreciação, amortização e exaustão acumuladas.
DIFERIDO
172
Despesas Pré – Operacionais e Outras Despesas Diferidas –
inspeção dos documentos e revisão dos cálculos para a verificação dos
valores apropriados como despesa do exercício, revisão dos cálculos no
caso da amortização acumulada.
e) Patrimônio Líquido
173
Reservas de Lucros – verificação dos cálculos feitos na constituição
das reservas; inspeção de atas, relatórios e demais documentos que
justifiquem a constituição.
15
FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º Edição.
174
Em regra, a confirmação e a observação não são feitas propriamente
para as contas de resultado. As informações obtidas por meio desses
procedimentos se destinam, mais diretamente, às contas patrimoniais.
A inspeção é adotada em relação às contas de resultado no que diz
respeito ao exame de documentos e livros. Em geral, não envolve a
verificação da existência de ativos tangíveis.
Quando os controles internos da entidade auditada são considerados
inadequados, a melhor ocasião para a adoção dos procedimentos de
auditoria das contas de resultado é a data do encerramento do
exercício.
16
FERREIRA, Ricardo J. Auditoria – Rio de Janeiro - Editora Ferreira – 3º Edição.
175
3 – confronto das notas fiscais de venda emitidas até a data do
encerramento do exercício com os documentos de despacho, com vistas
à confirmação da remessa das mercadorias aos clientes até a data do
balanço (a realização da receita de vendas ocorre no momento da
entrega das mercadorias ao cliente.
176
f) Apontamento das falhas e omissões constatadas.
g) Outras verificações que se fizerem necessárias.
177
f) Receitas lançadas e não recebidas ao término do exercício:
reconhecer como variações independentes da execução
orçamentária todos os valores a receber reconhecidos, de
natureza tributária ou não, no momento em que deles a
administração tomar conhecimento independentemente de sua
constituição definitiva;
178
recursos, o banco de valores arrecadados pela tesouraria, o número
da guia de receita respectiva.
b) Solicitação de declaração, que deverá ser emitida pelo tesoureiro e
pelos demais responsáveis pelo setor financeiro da entidade
auditada, sobre a inexistência de qualquer outro valor, em espécie,
além dos que forem lançados no termo de conferência de caixa de
que trata a alínea “b”, anterior.
c) Solicitação, através de documento protocolado, da seguinte
documentação, referente ao período do levantamento:
• Relação das receitas orçamentárias e extra-orçamentárias,
acompanhada dos respectivos comprovantes.
• Relação das despesas orçamentárias e extra-orçamentárias,
destacando, especialmente, o banco, a conta e o número do
cheque respectivo de cada item, ou o número da guia de
arrecadação, no caso de receita arrecadada pela tesouraria,
acompanhada dos respectivos comprovantes.
• Declaração, emitida por cada banco depositário, contendo o saldo
de todas as contas na data do início do levantamento.
• Cópia dos extratos de todas as contas bancárias do período a que
se refere o levantamento.
• Declaração, emitida pelo tesoureiro e pelos demais responsáveis
pelo setor financeiro da entidade auditada, sobre a inexistência de
qualquer outro documento de despesa, além dos que forem
relacionados e entregues aos auditores.
179
A análise do balanço patrimonial, que demonstra os valores dos
bens, direitos e obrigações, bem como o saldo patrimonial da entidade
auditada, deverá ser efetuada através dos seguintes procedimentos:
a) Conferência dos valores lançados no ativo financeiro disponível
(caixa, bancos, etc.) com os valores, da mesma rubrica, lançados
como saldo final no balanço financeiro do exercício, cuja conferência,
por sua vez, é efetuada em relação aos valores constantes na
documentação comprobatória respectiva.
b) Conferência dos valores lançados no ativo financeiro realizável
(devedores diversos, títulos e valores, bancos em prazo fixo, etc.)
com os valores constantes nos demonstrativos e comprovantes
respectivos.
c) Conferência dos valores lançados no ativo permanente (móveis,
imóveis, créditos, dívida ativa, etc.) com os valores constantes nos
demonstrativos e comprovantes respectivos.
d) Conferência dos valores lançados no passivo financeiro (restos a
pagar, depósito, etc.) com os valores, da mesma rubrica, lançados no
balanço financeiro, os quais, por sua vez, são conferidos em relação
aos dados constantes na documentação comprobatória respectiva.
e) Conferência dos valores lançados no passivo permanente (dívida
fundada e outros) com os valores constantes nos demonstrativos e
comprovantes respectivos.
f) Conferência de outros itens do balanço patrimonial, porventura
existentes, em relação aos dados constantes nos demonstrativos e
comprovantes respectivos.
g) Verificação da existência de irregularidades na administração do
patrimônio da entidade auditada, que impliquem na elaboração
incorreta do balanço patrimonial, apuradas por meio dos
procedimentos de auditoria do ativo e passivo patrimonial.
h) Conferência e análise do saldo patrimonial (ativo real líquido ou
passivo real descoberto) da entidade auditada, na data da realização
do balanço.
i) Apontamento das falhas e omissões constatadas.
180
capital da entidade auditada de, pelo menos, cinco exercícios
anteriores ao de realização da auditoria.
b) Verificação da compatibilidade entre os dados constantes nos
documentos referidos na alínea anterior.
c) Análise dos demonstrativos da despesa de capital (obras, material
permanente, etc.), bem como da documentação relativa à alienação
de bens, no período a que se referir a auditoria.
d) Verificação da compatibilidade dos dados constantes na
documentação de que tratam as alíneas “a “ e “c” com os preceitos
da legislação pertinente ao assunto.
e) Diligenciamento dos bens móveis (material permanente) e imóveis,
quanto à existência, utilização e conservação dos mesmos.
f) Diligenciamento dos bens móveis de natureza incorpórea (ações,
títulos, etc.).
g) Diligenciamento de toda a documentação relativa à dívida ativa.
h) Diligenciamento de eventuais obras inacabadas, evidenciando o
tempo, os motivos e os efeitos da paralisação.
i) Análise e diligenciamento da participação da entidade auditada em
outras entidades públicas ou privadas.
j) Diligenciamento dos demos itens existentes no ativo patrimonial da
entidade auditada no momento da realização da auditoria.
l) Verificação da compatibilidade dos dados constantes na
documentação referida nas alíneas “a” e “c” com os dados
resultantes dos o procedimentos de que tratam as alíneas “e” a “j”.
m) Análise e apuração de eventuais denúncias de irregularidades sobre a
administração do ativo patrimonial da entidade auditada.
n) apontamento das falhas e omissões constatadas.
181
d) Verificação da compatibilidade dos dados constantes na
documentação de que tratam as alíneas “a” e “c” com os preceitos
da legislação pertinente ao assunto.
e) Diligenciamento da dívida fundada, caso exista, quanto à sua
legalidade, obrigatoriedade e execução.
f) Diligenciamento do saldo de restos a pagar, quanto à sua legalidade,
obrigatoriedade e liquidação.
g) Diligenciamento do saldo das obrigações de natureza compensatória
(depósito, débitos de tesouraria, etc.), quanto à existência,
legalidade e obrigatoriedade das obrigações.
h) Diligenciamento dos demais itens existentes no passivo patrimonial
da entidade auditada, no momento da realização da auditoria.
i) Verificação da compatibilidade dos dados constantes na
documentação referida nas alíneas “a” e “c” com os dados
resultantes dos procedimentos de que tratam as alíneas “e” a “h”.
j) Análise e apuração de eventuais denúncias de irregularidades sobre a
administração do passivo patrimonial da entidade auditada.
l) Apontamento das falhas e missões constatadas.
182
4.1. Governança no setor público
183
públicos e todos os aspectos de desempenho e, submetendo-se ao
escrutínio externo apropriado.
Além dos princípios, o IFAC apresenta as dimensões que as
entidades da administração pública devem adotar:
• Padrões de comportamento: como a administração da entidade
lidera e determina os padrões da instituição, como definem a
cultura da organização e o comportamento de todos os
envolvidos;
• Estruturas e processos organizacionais: como a administração
é designada e organizada dentro da instituição, como as
responsabilidades são definidas e asseguradas;
• Controle: controles estabelecidos pela cúpula administrativa da
organização no apoio ao alcance dos objetivos da entidade, da
efetividade e eficiência das operações, da confiança dos relatórios
internos e externos, da complacência com as leis aplicáveis,
regulamentações e políticas internas;
• Relatórios externos: como a organização demonstra a prestação
de contas da aplicação do dinheiro público e seu desempenho.
Se os conceitos de governança forem aplicados e disseminados na
organização, podem trazer contribuições significativas para a melhoria
da qualidade da gestão.
184
financeiros/contábeis. Seu primeiro objeto de estudo foram os controles
internos.
Em 1992 publicaram o trabalho "Internal Control - Integrated
Framework" (Controles Internos – Um Modelo Integrado), que tornou-se
referência mundial para o estudo e aplicação dos controles internos.
Posteriormente a Comissão foi convertida em Comitê, que passou
a ser conhecido como COSO – The Comitee of Sponsoring Organizations
(Comitê das Organizações Patrocinadoras).
O COSO é uma entidade sem fins lucrativos, voltada à melhoria
dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles
internos e governança corporativa.
185
Para os integrantes do COSO, o ponto de partida é a definição e a
função do controle interno. Com isso eles chegaram a seguinte
conclusão:
"Controle Interno é um processo, desenvolvido para garantir,
com razoável certeza, que sejam atingidos os objetivos da
empresa.”
Este processo depende das seguintes categorias:
• Eficiência e efetividade operacional (objetivos de desempenho ou
estratégia): categoria relacionada com os objetivos básicos da
entidade, inclusive com as metas de desempenho, rentabilidade,
segurança e qualidade dos ativos;
• Confiança nos registros contábeis/financeiros (objetivos de
informação): todas as transações devem ser registradas, todos os
registros devem refletir transações reais, consignadas pelos
valores e enquadramentos corretos;
• Conformidade (objetivos de conformidade) com leis e normativos
aplicáveis à entidade e sua área de atuação.
De acordo com a definição acima, o controle interno é um
elemento que compõe o processo de gestão, com o objetivo principal de
auxiliar a entidade atingir suas metas, sendo responsabilidade de todos.
O controle interno proporciona uma garantia razoável, nunca
absoluta, por alguns motivos relacionados abaixo:
a- Custo/benefício: todo controle tem um custo, que deve ser inferior à
perda decorrente da consumação do risco controlado;
b- Conluio entre empregados: da mesma maneira que as pessoas são
responsáveis pelos controles, estas pessoas podem valer-se de seus
conhecimentos e competências para burlar os controles, com objetivos
ilícitos;
c- Eventos externos: estes eventos estão além do controle de qualquer
organização. Como exemplo, temos os acontecimentos do dia
11/09/2001, nos Estados Unidos. Fato que ninguém poderia prever ou
controlar.
186
a) Ambiente de Controle,
b) Avaliação e Gerenciamento dos Riscos,
c) Atividade de Controle,
d) Informação e Comunicação, e
e) Monitoramento.
a) Ambiente de Controle:
Ambiente de controle é essencial à efetividade dos controles
internos, envolvendo competência técnica e compromisso ético. O
ambiente de controle torna-se efetivo quando as pessoas da entidade
sabem quais são suas responsabilidades, os limites de sua autoridade, e
o comprometimento de fazerem o que é correto da maneira correta.
A postura da alta administração desempenha papel determinante
neste componente, deixando bem claro aos seus funcionários, as
políticas, procedimentos, Código de Ética e Código de Conduta a serem
adotados. Estas definições podem ser feitas de maneira formal ou
informal.
Dicas
• O ambiente de controle torna-se mais efetivo, à medida que as
pessoas têm a sensação que estão sendo controladas;
• Certifique-se que os funcionários conhecem suas
responsabilidades e a função de seus serviços;
• Verifique se há um plano adequado de treinamento, e se os
funcionários sabem qual o padrão de conduta e ética a serem
seguidos;
• Verifique se são tomadas as ações corretivas disciplinares devidas,
quando o funcionário não agir de acordo com os padrões
estipulados pela entidade.
b) Avaliação e Gerenciamento dos Riscos
A existência de objetivos e metas é condição "sine qua non"
para a existência dos controles internos. Eles devem ser claros, para
poder melhor, identificar os riscos que ameacem os seus cumprimento;
e tomar as ações necessárias para o gerenciamento dos riscos
identificados.
187
A avaliação de riscos é uma responsabilidade da administração,
mas cabe à Auditoria Interna fazer uma avaliação própria dos riscos,
confrontando-a com a avaliação feita pelos administradores. A
identificação e gerenciamento dos riscos é uma ação proativa, para
evitar surpresas desagradáveis.
Análise dos Riscos
Risco é a probabilidade de perda ou incerteza
associada ao cumprimento de um objetivo. Por isso
deve ser feito um processo de identificação dos riscos
para cada objetivo proposto.
Uma vez identificados os riscos, devemos avaliá-
los, levando em conta os seguintes aspectos:
• a probabilidade (freqüência) dos riscos ocorrerem;
• o impacto nas operações, considerando os aspectos quantitativos
e qualitativos, no caso de ocorrer o risco;
• ações necessárias para administrar os riscos identificados.
Perguntas Chaves
Sugere-se que o auditor responda as perguntas abaixo, como
auxílio no processo de identificação dos riscos.
a- O que pode dar certo ou errado?
b- Como e onde podemos falhar?
c- Quais ativos devem ser protegidos?
d- Há algum ativo líquido ou de uso alternativo?
e- Com podemos ser lesados?
f- Como sabemos se nossos objetivos foram ou não alcançados?
g- Onde gastamos mais dinheiro, e como faturamos e cobramos
nossas vendas?
h- Quais as informações mais importantes e decisões que requerem
mais análise?
i- Quais atividades são mais complexas e atividades mais
regulamentadas?
188
j- Quais são nossas maiores exposição ao risco legal?
Dicas
• Certifique-se que a entidade tem uma missão clara, e que as
metas e objetivos estejam formalizados;
• Avalie os riscos ao nível de dependência e setor, e ao nível de
processo.
• Elabore um papel de trabalho para cada atividade relevante,
priorizando as atividades e processos mais críticos e que podem
ser melhorados.
c) Atividades de Controle
São tipos de atividades que, quando executadas a tempo e
maneira adequados, permitem a redução ou administração dos riscos.
As atividades de controle compreendem o que, na sistemática de
trabalho anterior à do COSO, era tratado como controle interno. Elas
podem ser de duas naturezas: atividades de prevenção ou de
detecção.
189
sua autorização. Jamais devem assinar em branco ou fornecerem sua
senha eletrônica.
C] Segregação de Funções (prevenção) - a segregação é essencial para
a efetividade dos controles internos. Ela tanto reduz o risco de erros
humanos quanto o risco de ações indesejado. A contabilidade e
conciliação, informação e autorização, custódia e inventário, contratação
e pagamento, administração de recursos próprios e de terceiros,
normatização (gerenciamento de riscos) e fiscalização (auditoria) devem
estar segregadas entre os funcionários.
D] Normatização Interna (prevenção) - são regras internas necessárias
ao funcionamento da entidade. Elas devem ser de fácil acesso para os
funcionários da organização, e devem definir responsabilidades, políticas
corporativas, fluxos operacionais, funções e procedimentos.
As atividades de controle devem ser implementadas de maneira
ponderada, consciente e consistente. Também é essencial que as
situações adversas identificadas pelas atividades de controles sejam
investigadas, adotando-se ações corretivas apropriadas.
Quanto à detecção
A] Conciliação (detecção) - é a confrontação da mesma informação com
dados vindos de bases diferentes, adotando as ações corretivas, quando
necessário.
B] Revisões de Desempenho (detecção) - Acompanhamento de uma
atividade ou processo, para avaliação de sua adequação e desempenho,
em relação às metas traçadas e aos benchmarks, assim como,
acompanhamento contínuo do mercado financeiro (no caso de bancos),
de forma a antecipar mudanças que possam impactar negativamente a
organização.
Temos como exemplos: a monitoração do comportamento de
usuários de cartões de crédito; monitoração e questionamento de
flutuações abruptas nos resultados de agências, produtos, carteiras
próprias e de terceiros; monitoração de valores orçados em unidades,
com o objetivo de identificar dificuldades ou problemas; e,
acompanhamento da concorrência, visando o lançamento de novos
produtos.
Quanto à prevenção e detecçao
A] Segurança Física (prevenção e detecção) - os valores de uma
entidade devem ser protegidos contra uso, compra ou venda não-
autorizados. Para melhor controle e proteção destes ativos, temos a
190
segurança física, considerada, controle de acessos, isto é, controle de
entrada e saída de funcionários e materiais, senhas para arquivos
eletrônicos, “call-back” para acessos remotos, criptografia entre outros.
Incluem-se neste controle, os processos de inventário de itens valiosos
para a entidade, como por exemplo: conferência de numerário.
B] Sistemas Informatizados (prevenção e detecção) - os
controles constituídos mediante os sistemas
informatizados são divididos em dois tipos:
• Controles gerais – pressupõe os controles nos
centros de processamentos de dados e controles na
aquisição, desenvolvimento e manutenção de
programas e sistemas. Exemplos: organização e manutenção dos
arquivos de back-up, arquivo de log do sistema, plano de
contingência;
• controles de aplicativos: são os controles existentes nos
aplicativos corporativos, a fim de garantir a integridade e
veracidade dos dados e transações. Exemplo: validação de
informação através de checagem das informações com registros
armazenados em banco de dados.
d) Informação e Comunicação
A comunicação é o fluxo de informações, essencial, dentro de uma
organização, para o bom funcionamento, e devem ocorrer em todas as
direções – dos níveis hierárquicos superiores aos níveis inferiores.
Informações sobre planos, ambiente de controle, riscos, atividades
e desempenho de controle devem ser transmitidas a toda entidade. Por
outro lado, as informações recebidas, de maneira formal ou informal,
internas ou externas, devem ser identificadas, verificadas quanto à sua
confiabilidade e relevância, processadas e comunicadas às pessoas
apropriadas.
O processo é determinado formal quando este acontece mediante
os sistemas internos de comunicação – que podem variar desde
complexos sistemas computacionais à simples reuniões de equipes de
trabalho. O processo formal é importante porque reúne informações
necessárias ao acompanhamento dos objetivos operacionais, de
informação e de conformidade. Por outro lado, o processo informal
ocorre em conversas e encontros com clientes, fornecedores,
autoridades e empregados, onde são colhidas informações necessárias à
identificação de riscos e oportunidades.
191
e) Monitoramento
O monitoramento é a avaliação dos controles internos ao longo do
tempo, a fim de verificar se os controles internos são adequados e
efetivos. Ele é feito tanto através do acompanhamento contínuo das
atividades, quanto através de avaliações pontuais, tais como auto-
avaliação, revisões eventuais e auditoria interna.
Os controles são adequados quando os cinco elementos do
controle (ambiente, avaliação de riscos, atividade de controle,
informação & comunicação e monitoramento) estão presentes e
funcionando conforme planejado.
192
identificar áreas de risco do programa ou projeto que poderão ser
investigadas com profundidade;
sistematizar e estruturar informações relevantes sobre o ambiente
de análise.
APLICAÇÃO
1º Passo – Identificação dos pontos fracos e ameaças - a partir
dos Pontos Fracos e das Ameaças identificadas na análise SWOT (que
veremos a seguir) a equipe deverá elaborar uma versão preliminar da
verificação de risco para ser discutido com o os gestores, conforme
exemplificado na Figura a seguir.
193
3o Passo – avaliação do risco – a avaliação do risco permitirá
enumerar as prioridades e apresentar as informações para tomada de
decisão sobre a forma como os riscos devem ser controlados.
ANALISE SWOT
194
A palavra SWOT é um acrônimo formado pelas palavras inglesas:
Strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities
(oportunidades) e Threats (ameaças).
Na análise das capacidades internas busca-se identificar as forças e as
fraquezas da organização, enquanto o ambiente externo no qual atua a
organização deve ser analisado em termos das oportunidades e
ameaças presentes (vide Figura 1).
195
A título de exemplificação, sem intenção de esgotar os campos de
investigação, estão listados na Figura 3, a seguir, itens que devem ser
verificados ao se formular o diagnóstico do ambiente, avaliando se seus
efeitos são positivos ou negativos sobre o desempenho do objeto de
auditoria:
196
APLICAÇÃO
Nos trabalhos de auditoria de natureza operacional, esta técnica permite
à equipe identificar os problemas e as respectivas ações a serem
implementadas para corrigi-los, a partir da análise das forças e
fraquezas do ambiente interno do objeto da auditoria e das
oportunidades e ameaças do ambiente externo, buscando um novo
equilíbrio entre essas variáveis. Como mostrado na Figura 3 acima, as
informações colhidas no ambiente interno, sobre os pontos fortes e
fracos do objeto de auditoria, devem revelar condições favoráveis para o
auditado ou indicar questões que provoquem situações desfavoráveis
em relação ao seu ambiente interno.
As informações sobre oportunidades e ameaças podem estar
referenciadas, no microambiente, a beneficiários, fornecedores,
concorrentes (programas semelhantes de iniciativa de outras esferas de
governo). No macro-ambiente podem referir-se a situações econômicas,
demográficas, políticas, culturais, tecnológicas, legais, ecológicas,
sociais. Essas informações podem ser obtidas de diversas fontes, entre
elas entrevistas com os usuários, análise de relatórios de atividades de
outras instituições e revistas especializadas.
197
Uma forma de propiciar a participação é por meio da
realização de oficinas17, envolvendo os principais
responsáveis pela instituição ou programa/projeto
auditado que, sob a orientação da equipe de auditoria,
vai elaborando, passo a passo, o diagnóstico do
ambiente.
17
Reunião destinada à troca de idéias e conhecimento prático sobre um assunto.
18
Tata-se de uma reunião de interessados aos quais um problema foi exposto e que,
numa sessão de livre associação, sugerem soluções. A característica principal do
brainstorm é a ausência completa de crítica e o julgamento adiado
198
características positivas internas que uma organização pode explorar
para atingir suas metas;
6º passo – na caixa “Fraquezas”, aplicar as folhas autocolantes com
as características negativas internas que podem inibir ou restringir o
desempenho da organização;
7º passo – na caixa “Oportunidades”, aplicar as folhas autocolantes
que registram as características do ambiente externo com potencial para
ajudar a organização a atingir ou exceder as metas planejadas,
atentando para os fatores do micro/macro-ambiente;
8º passo – na caixa “Ameaças”, aplicar as folhas autocolantes que
correspondem às características do ambiente externo que podem
impedir o alcance das metas planejadas, atentando para os fatores do
micro/macro-ambiente.
9º passo – analisar a situação com os participantes, classificando as
oportunidades e ameaças, segundo o seu impacto para o auditado; em
seguida correlacionar os pontos fortes e fracos com as oportunidades e
ameaças. Dessa forma, identificam-se as ações a serem realizadas para
tirar o máximo proveito das oportunidades e dos pontos fortes com o
objetivo de minimizar o impacto das ameaças e neutralizar os pontos
fracos.
199
identificar parceiros com a competência necessária para apoiar as
atividades a serem desenvolvidas;
reformular os processos de trabalho;
aprimorar a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários.
Matriz de Planejamento:
Trata-se de uma esquematização das informações relevantes do
planejamento de uma auditoria. O propósito da matriz de planejamento
é auxiliar na elaboração conceitual do trabalho e na orientação da
equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria que torna o
planejamento mais sistemático e dirigido,
facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia entre a equipe
e os superiores hierárquicos e auxiliando na condução dos trabalhos de
campo.
200
QUESTÕES DE AUDITORIA
A questão de auditoria é o elemento central na determinação do
direcionamento dos trabalhos de auditoria, das metodologias e
técnicas a serem adotadas e dos resultados que se pretende atingir.
a) Questões descritivas:
201
São questões do tipo “Quem? ” “Onde? ” “Quando?” “O quê?”. São
formuladas de maneira a fornecer informações relevantes sobre o objeto
da auditoria e, em grande parte, devem ser respondidas durante a fase
de levantamento de auditoria. Exemplo de questão descritiva: “Como
funciona o programa?”.
b) Questões normativas:
São aquelas que tratam de comparações entre o desempenho atual e
aquele estabelecido em norma, padrão ou meta, tanto de caráter
qualitativo quanto quantitativo. Abordam o que deveria ser e
usualmente são perguntas do tipo: “O programa tem alcançado as
metas previstas?”.
A abordagem metodológica empregada nesses casos é a comparação
com critérios previamente identificados e as técnicas de mensuração de
desempenho.
202
Embora não exista um método fácil para se chegar às questões de
auditoria, o NAO sugere uma abordagem estruturada para a formulação
da questão de auditoria, baseada no método cartesiano de solução de
problemas (NAO, 1997, p. 11-5):
203
4º passo - Teste suas hipóteses;
Identifique as hipóteses/questões de difícil resposta e considere como as
dificuldades podem ser contornadas. Confronte as questões com os
recursos disponíveis para a realização da auditoria, definidos em termos
de custo, prazos de execução e pessoal alocado.
204
Nesse sentido, as equipes poderão deparar-se com quatro situações:
• questões ligadas à economicidade, à eficiência e à eficácia:
realização de uma auditoria de desempenho operacional;
• questões ligadas à efetividade: realização de uma avaliação de
programa;
• questões interdependentes ligadas tanto à efetividade, como à
economicidade, à eficiência e a eficácia: realização de uma
avaliação de programa;
• questões ligadas tanto à efetividade, como à economicidade, à
eficiência e à eficácia, mas autônomas: realização de uma
avaliação de programa ou de uma auditoria de desempenho
operacional, conforme a relevância das conclusões que podem ser
extraídas de cada modalidade de auditoria.
205
É importante considerar que a estratégia metodológica está
diretamente relacionada com a qualidade técnica das evidências
que podem ser obtidas, o que, por sua vez, influirá na confiabilidade das
conclusões do trabalho.
206
c) Causa: As razões do mau ou bom desempenho observado.
207
5.1. Mensuração de desempenho
208
bem ou serviço oferecido. O efeito deve demonstrar a necessidade de
ação corretiva e pode ter ocorrido no passado, estar ocorrendo no
momento da auditoria ou vir a ocorrer no futuro.
209
• a sua concepção lógica;
• a adequação e a relevância de seus objetivos, declarados ou não,
e a consistência entre esses e as necessidades previamente
identificadas;
• a consistência entre as ações desenvolvidas e os objetivos
estabelecidos;
• as conseqüências globais para a sociedade;
• os efeitos não incluídos explicitamente nos seus objetivos;
• a relação de causalidade entre efeitos observados e política
proposta;
• os fatores inibidores do seu desempenho;
• a qualidade dos efeitos alcançados;
• a existência de outras alternativas de ação, consideradas ou não
pela administração, e os respectivos custos envolvidos (análise de
custoefetividade);
• o cumprimento de dispositivos legais aplicáveis à sua natureza,
aos seus objetivos e à população-alvo.
No entanto, uma avaliação de programa pode não tratar,
necessariamente, de todos os aspectos acima mencionados. A ênfase
em um ou outro desses aspectos dependerá das questões específicas
que se pretende abordar, desde que o rigor metodológico esteja sempre
presente.
Conclusão
210
Quanto às informações que se pretende utilizar na análise, é importante
mencionar que tipo de problema espera-se encontrar, tanto em relação
à dificuldade de acesso aos dados, como em relação à sua qualidade e
confiabilidade. Ademais, devem ser citadas as limitações de ordem
operacional, envolvendo a disponibilidade de recursos humanos e/ou
materiais, os quais, de alguma forma, podem comprometer o resultado
final dos trabalhos.
211
b= coeficiente angular – acréscimo no valor de "Y" por
unidade de "X"
Exemplo:
Com a tabela abaixo, que relaciona o volume de chuva ao volume
de produção de leite, calcule:
a) Ajustar os dados através de um modelo linear;
b) Fazendo, em 2000, um índice de chuvas de 24 mm, qual será o
volume de leite?
CHUVA LEITE
ANOS -X -Y X² XY
1995 30 28 784 840
1996 32 27 729 864
1997 28 22 484 616
1998 30 26 676 780
1999 30 25 625 750
SOMA 150 128 3298 3850
Solução:
212
b = 10 / 21,2 = 0,47
a = Y – b .X = ∑ Y / n – b.∑x/n
b) Fazendo X = 24 mm
Y = 17,97 + 0,47.24 = 29,25
5.4.1. Entrevistas
213
As entrevistas podem ser classificadas ao longo de um continuum de
estrutura. Desta forma, as entrevistas podem ser classificadas como
estruturadas ou não-estruturadas.
5.4.2. Questionários
214
considerado adequado na aplicação direta; no entanto, o índice de
respostas aos questionários enviados pelo correio costuma ser menor
que 50%. Por exemplo, no estudo de Murphy ET AL. (1991), o índice de
respostas aos questionários enviados pelo correio às residências dos
estudantes não-tradicionais foi de 31%. Um índice de resposta tão baixo
levanta a questão de quão representativas ou imparciais as respostas
são para o grupo como um todo. De fato, Rogellberg, Luong, Sederburg
e Cristol (2000) observaram que os não-respondentes de uma pesquisa
demonstraram mais atitudes negativas a respeito de vários aspectos de
seu trabalho do que os respondentes de pesquisa. Os pesquisadores
puderam determinar as atitudes de ambos os grupos por meio de
entrevistas. Suas descobertas lançam dúvidas quanto à possibilidade de
generalização das respostas a algumas pesquisas para a população
maior em questão.
Por outro lado, Stanton (1998) descobriu que uma pesquisa usando a
internet continha menos respostas incompletas ou faltantes do que a
mesma pesquisa administrada via correio. O autor defendeu o uso da
internet como um meio eficiente de coletar dados de pesquisa.
As tarifas postais também são uma preocupação nas pesquisas via
correio. Os pesquisadores costumam pagar a postagem de respostas.
215
5.4.3. Fluxogramação
216
Vantagens:
Descreve qualquer tipo de processo, mesmo os mais complexos;
Permite visão ampla de todo o processo que está sendo estudado;
Descreve o funcionamento de todos os componentes do processo;
Possibilita a verificação de maneira clara e precisa, das falhas de
funcionamento, dos gargalos, da duplicidade de procedimentos e de
outros problemas oriundos do processo em estudo;
Não permite a dupla interpretação, graças à padronização dos
símbolos utilizados;
Possibilita a análise e a proposição de modificações, visando à
melhoria do processo;
Permite fácil atualização.
Tipos de Fluxogramas
Fluxograma vertical:
É o mais utilizado no estudo de processos produtivos, do tipo linha de
produção, no qual se pode dividir um grande processo em vários outros,
mais simples, com poucas áreas envolvidas e com número restrito de
operações que se encaixam nos símbolos, previamente, estabelecidos
pelo fluxograma. Podemos, também, utilizá-lo em processos
administrativos, desde que feitas as devidas adequações.
Pode ser impresso como formulário padronizado e é constituído de
símbolos e convenções pré-impressos em colunas verticais.
217
Exemplo de fluxograma vertical
Fluxograma horizontal
Esse tipo de fluxograma procura descrever um processo de maneira
horizontal. Tanto a elaboração quanto a leitura são feitas como se
estivesse escrevendo ou lendo, ou seja, da esquerda para direita,
utilizando símbolos e convenções previamente definidos. Existe o
fluxograma descritivo e o de colunas.
218
Fluxograma horizontal descritivo
Descreve o fluxo das atividades, dos documentos e das informações que
circulam em um processo, por meio de símbolos padronizados.
A elaboração é feita como se estivesse escrevendo, só que no lugar de
somente palavras são utilizados símbolos e palavras que permitem a
descrição do fluxo do processo de maneira mais clara e precisa.
219
Identificar onde e como acontecem;
Identificar duplicidade de atividades e tarefas em cada área;
Identificar a execução de atividades e tarefas desnecessárias;
Identificar atividades e tarefas que estão sendo desenvolvidas em
áreas não afins;
Apropriar os recursos (humanos e materiais), o tempo de
execução, o volume de trabalho e os custos, tanto em relação a
cada área quanto a todo o processo;
Identificar onde se originam os diversos documentos que tramitam
no processo e qual o tratamento que é dado em cada área do
fluxo;
Identificar quais as informações que tramitam no processo, como
e quando são utilizadas em cada área e em todo o processo; e
Facilitar a apropriação por área, permitindo uma análise setorial e
global do processo.
Desenhando um fluxograma
220
d) O desenho deve reservar espaços para a identificação do
fluxograma, ou seja: nome da organização, denominação do
processo, data, versão e identificação da equipe de trabalho;
e) Devem ser reservados, também, espaços para notas explicativas
que se fizerem necessárias e para as legendas do fluxograma
(explicação do significado de cada símbolo utilizado).
Terminal
221
Operação (tarefas/atividades)
Representa qualquer ação para criar, transformar, conferir ou analisar
uma operação (ou processamento). Dentro do símbolo, descreve-se o
objeto da ação.
Executor
Representa área (ou pessoa/cargo) que realiza a ação.
Documento
Representa qualquer documento criado ou transformado no fluxo do
processo.
Informação verbal
Representa os contatos verbais mantidos entre os participantes do
processo.
Arquivo
Representa o arquivamento da documentação inerente ao processo.
222
Decisão
Indica um ponto no processo que apresenta ações condicionantes (se),
onde há caminhos alternativos, se acontecer determinado evento (sim
ou não).
Conector
Indica onde continua a seqüência do fluxo.
Material
Representa o material que circula no processo
Sentido da circularização
São setas que servem para interligar os diversos símbolos, indicando o
fluxo do processo.
223
Símbolos do fluxograma horizontal de colunas
224
Arquivo definitivo
Arquivo provisório
225
Arquivo definitivo
Fluxo Atual do Processo de Aquisição de Material
226
considerar, entre outras variáveis, o número de aprovações por série ou
a redução da evasão escolar.
A tarefa de traduzir conceitos abstratos em variáveis mensuráveis,
definindo indicadores apropriados, é indispensável para que se possa
medir o alcance dos objetivos perseguidos pela administração.
As informações coletadas e usadas para dar suporte aos achados de
auditoria de desempenho operacional ou de avaliação de programa são
consideradas evidências e podem assumir as seguintes formas (ANAO,
1992, p. 110-3):
• física: dados coletados a partir da observação direta, podendo ser
representados por fotografias, mapas, gráficos ou outras
representações pictográficas;
• oral: declarações geralmente obtidas em entrevistas ou pesquisas
com usuários ou beneficiários da iniciativa governamental, bem
como com especialistas, gestores ou membros da equipe técnica
encarregada;
• documental: dados registrados em papel ou meio magnético (em
geral, os mais empregados em trabalhos de auditoria);
• analítica: informações geradas a partir de outras evidências,
geralmente envolvendo cálculos, comparações ou sínteses.
É recomendável o uso de mais de um tipo de evidência, de forma a
fortalecer as conclusões finais.
As evidências físicas, obtidas a partir da observação de pessoas, eventos
ou condições materiais existentes, sempre que constituírem elementos
críticos para o alcance dos objetivos da auditoria, devem ser
corroboradas. Por esse motivo, as observações diretas devem ser
feitas por, no mínimo, dois membros da equipe de auditoria, de
preferência acompanhados de representantes do auditado. Caso a
equipe considere necessário, deve-se preparar uma descrição detalhada
das condições observadas e solicitar a anuência formal do representante
do auditado.
Da mesma forma, as evidências orais, normalmente obtidas em
entrevistas, não são provas conclusivas, devendo ser
sustentadas por evidências documentais. Nos casos em que as
declarações do entrevistado forem críticas para a auditoria e não for
possível obter documentação comprobatória, deve-se tentar obter do
mesmo a confirmação formal das suas declarações em um resumo ou
minuta da entrevista.
227
A confiabilidade e a relevância da evidência oral são funções da posição,
do conhecimento, da especialização e da idoneidade do entrevistado, ou
seja, da sua credibilidade. Algumas vezes, a resposta do entrevistado a
uma pergunta específica pode revelar ambigüidade, contaminando
outros elementos do depoimento e, dessa forma, comprometendo a
confiabilidade de todo o seu testemunho.
FONTES DE INFORMAÇÃO
As fontes de informação podem ser primárias ou secundárias.
As fontes primárias são aquelas nas quais a equipe tem controle sobre a
forma de coleta dos dados. Por exemplo, entrevistas realizadas
diretamente com os beneficiários de um programa ou registros e
anotações originários de uma visita da equipe às instalações de um
projeto.
As fontes secundárias são aquelas coletadas e sistematizadas por
outros, como, por exemplo (GAO, 1994a, p. 3.2):
• registros administrativos, em papel ou em meio magnético;
• estudos e pesquisas existentes;
228
• legislação, normas ou procedimentos;
• documentos oficiais, como memorandos, ofícios, etc.
Os principais problemas ligados à utilização de dados secundários são os
seguintes (GAO, 1994a, p. 3.3):
• a forma de coleta pode não ter sido adequada;
• os controles internos podem não ser confiáveis;
• os dados podem ter sofrido manipulação;
• os dados podem não representar as variáveis selecionadas para
análise.
Pesquisa:
A pesquisa é uma estratégia metodológica que permite obter
informações de caráter quantitativo e qualitativo relacionadas tanto aos
aspectos operacionais e gerenciais, como aos resultados esperados.
Freqüentemente, é utilizada em conjunto com estudos de caso como
suporte para as análises de caráter qualitativo, típicas dessa última
estratégia. Em geral, a sua utilização permite:
• obter informações descritivas de uma população ampla;
• conhecer opiniões e pontos-de-vista dos beneficiários ou dos
executores do programa;
• estabelecer relações causais em situações particulares.
19
pesquisa que tem como objeto todos os membros de uma população é denominada
censo.
229
Nesse sentido, são consideradas fontes potenciais de erros (GAO,
1994a, p. 3.33):
• erro amostral: se uma amostra é muito pequena, há uma grande
chance de que não reflita as características da população da qual
foi extraída (métodos estatísticos podem ser utilizados para
estimar o tamanho da amostra e, dessa forma, controlar o
presente tipo de erro);
• erros não-amostrais: baixa taxa de resposta, erros de
mensuração resultantes de instrumentos inadequados ou de
entrevistas mal conduzidas ou erros resultantes da ausência, na
amostra selecionada, de uma
• categoria importante de respondentes (esses erros podem
introduzir vieses nos resultados da pesquisa).
230
exame de registros administrativos e a observação direta são meios
alternativos de coleta de dados.
Em relação ao momento de realização da pesquisa, pode-se ter:
231
Já falamos sobre entrevista e questionário. Falaremos agora sobre a
observação direta e utilização de dados secundários.
232
auditoria. Uma vez que a coleta de dados é um procedimento caro e
demorado, deve-se considerar a possibilidade de que sejam utilizados
dados já existentes.
As fontes de dados disponíveis, sejam sistemas gerenciais existentes,
sejam pesquisas realizadas anteriormente, devem ter sido identificados
no levantamento de auditoria.
Dependendo da questão a ser investigada, essas fontes podem prover
material relevante e suficiente para o desenvolvimento dos trabalhos.
A utilização de dados já existentes requer cuidados especiais por
parte da equipe de auditoria. Entre as questões a serem levantadas,
destacam-se as seguintes (ANAO, 1992, p. 103): Que tipo de dado está
disponível? Ele se adapta à questão que se pretende investigar? Os
dados estão completos e o período de abrangência é suficiente para a
análise?
De que forma o dado está armazenado? Quais as limitações relativas à
forma dos dados e quais as dificuldades existentes para a sua obtenção?
Que atividades de coleta são realizadas regularmente? Foi realizada
coleta de dados com objetivo específico? Há outras fontes relevantes de
dados para o tema a ser investigado?
233
Neste sentido, o auditor deve ter a capacidade, competência de
identificar e distinguir as informações significantes das insignificantes
para substanciar seu trabalho apenas com informações significantes.
6. INTOSAI
6.1. APRESENTAÇÃO
6.2.INTRODUÇÃO
234
Grupo 2: Normas Gerais da Auditoria Pública
Coordenador: Austrália
Grupo 3: Normas de Procedimentos na Execução da
Auditoria Pública
Coordenador: Suécia
Grupo 4: Normas para a Elaboração dos Relatórios de
Auditoria Pública
Coordenador: Grã-Bretanha
235
se nas Declarações de Lima e de Tóquio, nas declarações e relatórios
aprovados pela INTOSAI em vários Congressos e no relatório do Grupo
de Especialistas em Contabilidade e Auditoria Públicas dos países em
desenvolvimento junto às Nações Unidas.
236
(b) A EFS deve usar sua própria capacidade de julgamento nas diversas
situações que se apresentem no exercício de sua função fiscalizadora.
237
06. Os parágrafos seguintes tratam da importância dos postulados
básicos de auditoria.
238
e consultas aos arquivos das EFSs; (e) atividades administrativas; e (f)
atividades de processamento eletrônico de dados.
Estas atividades proporcionam informações valiosas aos responsáveis
pelas decisões e devem ser comprovadamente de alta qualidade.
239
17. A EFS deve avaliar o grau de compatibilidade das normas de
auditoria de outras procedências com o exercício de sua competência
legal. A EFS deve reconhecer, contudo, que as normas de auditoria da
INTOSAI representam um consenso de opiniões de auditores públicos e
procurar aplicá-las quando forem compatíveis com suas atribuições.
A EFS deve, quando necessário, procurar eliminar as incompatibilidades,
a fim de permitir a adoção de normas apropriadas.
240
22. Os postulados básicos de auditoria estabelecem ainda que:
241
auditor não deve considerar a observância correta das normas contábeis
como prova definitiva da apresentação fidedigna dos vários relatórios
financeiros. A fidedignidade constitui uma expressão da opinião do
auditor que ultrapassa os limites da mera aplicação estrita de normas
contábeis. Esta premissa reforça a tese de que as normas de auditoria
não passam de requisitos mínimos para a atuação do auditor. A decisão
de ultrapassar este mínimo fica a seu critério.
242
Todas as atividades de fiscalização da EFS devem ser
desempenhadas no exercício de sua competência legal.
243
(d) auditar o controle interno e as funções da auditoria interna;
244
eficácia da administração, cabe a Ministros, a quem se atribui a tarefa
de organizar os serviços administrativos, sendo eles responsáveis pela
sua gestão perante o Legislativo. A expressão que parece ser a
mais adequada, neste caso, para descrever as auditorias que
ultrapassam os limites tradicionais da regularidade e da legalidade é
"auditoria da boa gestão". Tal auditoria não busca efetuar um exame
crítico da eficácia nem da eficiência no uso dos recursos financeiros, mas
sim proceder a uma análise da despesa pública à luz dos princípios
gerais da boa administração. Os dois tipos de auditorias - de
regularidade e de gestão - podem, na prática, ser realizados
concomitantemente, ainda mais que são mutuamente reforçadores: a
auditoria de regularidade ser preparatória para a de gestão, e a última
levando à correção de situações causadoras de irregularidades.
245
que será mais fácil mediante a aplicação de normas gerais de auditoria
apropriadas.
246
técnicos; fazer uma boa distribuição das tarefas de auditoria entre o
pessoal, segundo sua especialidade, designando um número suficiente
de pessoas para cada auditoria e realizar um planejamento e uma
supervisão adequados para alcançar as metas preestabelecidas com o
zelo profissional e empenho devidos e
247
Espera-se que a EFS trabalhe estreitamente com o poder legislativo,
inclusive com quaisquer de suas comissões encarregadas de examinar
os relatórios da EFS. Tal cooperação pode contribuir para a eficaz
continuidade do trabalho da EFS. Da mesma forma, os resultados
importantes da fiscalização da execução orçamentária do governo e dos
órgãos da administração pública, assim como, as controvérsias e
desentendimentos com os órgãos auditados, devem ser levados ao
conhecimento do legislativo por meio de relatório ou comunicação
especial.
Comissões especiais do legislativo podem ser encarregadas de
examinar, na presença de Ministros, de representantes dos órgãos
auditados e de outros representantes, as observações dos relatórios e
comunicações especiais da EFS. O estreito vínculo entre o legislativo e a
EFS pode também ser implementado por meio de um exame do
orçamento, assim como pela assistência técnica ao trabalho das
comissões parlamentares incumbidas de examinar os projetos
orçamentários.
248
determinar a forma de conduzir todas as suas atividades, inclusive as
tarefas solicitadas pelo Parlamento.
249
recusar qualquer destas propostas. É fundamental para o conceito de
independência da EFS que as decisões quanto ao trabalho de auditoria,
inclusive o programa, caibam, em última instância, à própria EFS.
250
A independência dos membros das EFSs que exercem função judicante e
que freqüentemente são organizadas de forma colegiada, deve ser
garantida de vários modos, particularmente pelo princípio da
inamovibilidade dos juizes, pela prerrogativa do exercício do poder
judicante, pela definição de sua situação perante a lei e pela sua
independência como auditor.
67. A fim de que a EFS não apenas exerça suas funções com
independência do executivo, mas também para que isto seja
manifestado claramente, é importante que sua competência legal e
posição independente sejam bem compreendidas pela sociedade. A EFS
deve, ao surgirem oportunidades adequadas, promover um trabalho
educativo neste sentido.
251
competência legal e levar em consideração as opiniões da administração
ao formular seus pareceres, conclusões e recomendações de auditoria,
sem assumir, todavia, qualquer responsabilidade perante a
administração da entidade auditada quanto ao âmbito ou natureza de
sua auditoria.
252
prerrogativa do seu titular e, nas de estrutura colegiada, da própria
instituição.
80.
Zelo Profissional As normas gerais aplicáveis tanto ao auditor quanto a
EFS estabelecem que:
253
O auditor e a EFS devem agir com o devido zelo profissional e
interesse ao observarem as normas de auditoria da INTOSAI.
Isto inclui o devido zelo profissional ao especificar, reunir e
avaliar informações probatórias e ao relatar suas constatações,
conclusões e recomendações.
254
86. Quando a EFS usar o trabalho de outros auditores, deve
aplicar os procedimentos adequados para ter certeza de que eles agiram
com o devido zelo profissional e observaram as normas de auditoria
pertinentes, podendo revisar seu trabalho para comprovação da
qualidade.
255
Os parágrafos seguintes explicam o treinamento e o aperfeiçoamento
como norma de auditoria.
256
98. As normas gerais aplicáveis apenas às EFSs estabelecem
ainda que:
257
usados na designação de pessoal para a auditoria devem procurar
distribuir os especialistas de acordo com a natureza do trabalho. Assim,
a equipe formada reunirá a especialização e a experiência necessárias
àquela auditoria específica.
258
107. Ao definir a distribuição de seus recursos entre as diferentes
atividades de auditoria, a EFS deve dar prioridade às tarefas que
precisam, por lei, ser realizadas dentro de um prazo específico. Deve-se
dar especial atenção ao planejamento estratégico a fim de se identificar
a ordem adequada de prioridade das auditorias que, a seu juízo, a EFS
pretenda realizar.
259
112. As EFSs devem implantar sistemas e procedimentos
para:
260
imediata: possibilidade de impugnação da despesa em caso de
irregularidade de natureza jurídica ou contábil verificada pela EFS.
261
execução e um funcionário hierarquicamente superior deve revisar a
documentação obtida;
262
auditor quanto à organização, programa, atividade ou função auditada
e
263
(i) determinar o método de auditoria mais eficiente e eficaz;
(j) realizar um exame para verificar se foram tomadas providências
adequadas com relação a constatações e recomendações de auditoria
comunicadas anteriormente e
(k) reunir a documentação apropriada referente ao plano de auditoria e
à inspeção in loco proposta.
264
e um controle adequados são, portanto, sempre necessários,
independentemente da competência individual dos auditores.
130. A supervisão deve ser orientada tanto para o conteúdo como para
o método de auditoria e isto implica garantir que:
265
Esta norma funciona de modo diferente nas EFSs colegiadas. Neste
caso, as decisões, salvo as de natureza rotineira, são tomadas de forma
colegiada, em instâncias apropriadas à importância do assunto. Assim, a
EFS, como uma entidade, decide sobre o âmbito da inspeção e sobre as
verificações e métodos a serem usados.
266
Cumprimento 136. As normas de procedimento na execução da auditoria estipulam
que:
das Leis e
Regulamentos
Aplicáveis
Nas auditorias de regularidade (cumprimento legal)
deve-se verificar a observância das leis e regulamentos
aplicáveis. O auditor deve planejar táticas e procedimentos
capazes de garantir adequadamente a detecção de erros,
irregularidades e atos ilegais que possam ter um efeito direto e
significante sobre os valores registrados nas demonstrações
financeiras ou sobre os resultados das auditorias de
regularidade. O auditor também deve estar atento a possíveis
atos ilegais que possam ter um efeito indireto e significante
sobre as demonstrações financeiras ou sobre os resultados das
auditorias de regularidade.
267
Os parágrafos seguintes explicam a legalidade como uma norma de
auditoria.
268
142 Os auditores devem agir com o zelo profissional devido e com
precaução sem afetar a independência da EFS, ao empregarem táticas e
procedimentos de auditoria aplicáveis a atos ilegais, para não
interferirem em possíveis investigações ou processos judiciais futuros. O
zelo profissional implica recorrer à assistência apropriada de um
consultor jurídico, bem como dos órgãos incumbidos de garantir o
cumprimento das leis aplicáveis, a fim de determinar as táticas e
procedimentos a serem seguidos
269
146. A escolha dos métodos e procedimentos deve levar em conta a
qualidade das informações probatórias a serem obtidas, as quais devem
ser adequadas, pertinentes e razoáveis.
270
deve ser feita visando a proporcionar uma fundamentação sólida
que permita a expressão de um parecer sobre elas.
271
153. A expressão "relatório" abrange tanto o parecer e outras
observações do auditor sobre um conjunto de demonstrações
financeiras, formulados em decorrência de uma auditoria de
regularidade (financeira e de cumprimento legal), como também o
relatório propriamente dito do auditor ao término de uma auditoria de
otimização de recursos.
272
158. As normas para a elaboração do relatório prescrevem que:
273
regularidade (financeiras e cumprimento legal) pode ser posterior ao
período das demonstrações financeiras).
274
auditoria foi executada de acordo com procedimentos geralmente
aceitos.
275
esclarecimentos adequados nas demonstrações financeiras, nem tampouco como
uma alternativa ou um substituto de um parecer com ressalvas.
276
claramente que não se pode dar uma opinião e especificar, clara e
concisamente, todos os pontos incertos.
277
susceptível de julgamentos e interpretações. Sua abrangência é também
mais seletiva, podendo estender-se a ciclos de vários anos ao invés de a
apenas um exercício financeiro. Além disso, a auditoria de otimização de
recursos normalmente não lida com demonstrações financeiras
específicas nem de qualquer outra natureza. Por conseguinte, seus
relatórios são variados e apresentam mais pontos de discussão e
argumentação criteriosa.
278
garantir que sejam completos, exatos e adequadamente apresentados
no relatório. Pode também ser preciso incluir, na íntegra ou
resumidamente, as respostas da entidade auditada às questões
levantadas, principalmente quando a EFS expuser seus próprios pontos
de vista ou recomendações.
279
Questões de Concursos Anteriores e Gabaritos:
PARTE 1
280
Questão 5: (CESPE/UNB - Fiscal de Tributos Municipais de
Maceió – 2003) Quanto à auditoria, julgue os itens a seguir.
Na determinação da amostra, o auditor deve considerar apenas os
seguintes fatores: população objeto da amostra, erro tolerável e erro
esperado.
281
B) Em razão da natureza da atividade de auditor e da independência que
deve ter esse profissional, o trabalho por ele desempenhado não está
sujeito a revisão, tendo a responsabilidade de suas tarefas caráter
estritamente pessoal.
C) As NBCs não se aplicam às entidades auditadas pertencentes a ramos
de atividade sujeitos a normas reguladoras específicas.
D) Devem-se adotar procedimentos que permitam identificar as
contingências ativas e passivas relevantes e verificar a tomada de
conhecimento dessas contingências pelos administradores da entidade.
E) Na busca por evidências, os auditores devem-se fixar nas
informações relevantes, ou seja, nas referentes aos valores contábeis
mais elevados.
282
reposição em máquinas de uso operacional, então, nesse caso, a conta
de máquinas e equipamentos estava superavaliada e o grupo de
despesas subavaliado porque, de acordo com os princípios contábeis,
deveriam ser registradas como despesas pré-operacionais.
283
IV Inspeção, observação, investigação e confirmação, cálculo e revisão
analítica são procedimentos técnicos básicos de auditoria relacionados
ao planejamento de auditoria.
V Nos papéis de trabalho, o auditor deve registrar informações como o
planejamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos
procedimentos aplicados; porém, não é necessário incluir nesses papéis
suas opiniões ou conclusões, pois essas farão parte do parecer do
auditor.
Estão certos apenas os itens
A I e IV.
B I e V.
C II e III.
D II e IV.
E III e V.
284
13. (CESPE/UNB - Perito Criminal da Polícia Federal – 2004)
Relativamente à auditoria independente, de acordo com as normas
brasileiras de contabilidade, julgue os itens que se seguem.
285
a) De acordo com a Resolução CFC nº 700, de 21/04/1991, o parecer do
auditor classifica-se, segundo a natureza da opinião que contem, em
três categorias: parecer sem ressalva, perecer com ressalva e parecer
com abstenção de opinião.
Gabarito:
07.
a) Certo. Estudamos sobre os papéis de trabalho na aula demonstrativa.
Vamos recordar?
O auditor deve documentar, através de papéis de trabalho, todos os
elementos significativos dos exames realizados e que evidenciam ter
sido a auditoria realizada de acordo com as normas aplicáveis.
Os papéis de trabalho, ou Working papers (WP´s), constituem a
documentação preparada pelo auditor ou fornecida a este na execução
da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de
evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, meios
eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.
286
De acordo com a NBC T 11.3, que estabelece procedimentos e
critérios relativos à documentação mínima obrigatória a ser gerada na
realização dos trabalhos de auditoria das demonstrações contábeis, o
auditor deve documentar as questões que foram consideradas
importantes para proporcionar evidência, visando a fundamentar seu
parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de
acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações
Contábeis.
b) Certo.
08. Resp: D
A) Os testes substantivos são aplicados com a finalidade de atestar a
existência, ocorrência, abrangência, direitos e obrigações, mensuração,
apresentação e divulgação das informações econômico-financeiras. Não
garantem, contudo, a eliminação completa da margem de erro. Vale
ressaltar que o autor trabalha com base em amostragem.
b) O trabalho do auditor deve ser revisado por profissional com
experiência e qualificação necessária, tanto em nível interno (dentro da
287
empresa de auditoria, pelos colegas mais experientes), quanto em nível
externo (revisão pelos pares).
c) As NBCs são aplicadas a quaisquer tipos de empresas. Vale ressaltar
que quando o seguimento sujeito a normas específicas (bancos que
estão sujeitos a regulamentação do Banco Central, por exemplo) tiver
que aplicar práticas conflitantes com as NBCs, ficará o auditor obrigado
a considerar um parecer com ressalvas.
e) Não necessariamente as evidências estão insertas nos valores
contábeis mais elevados. Pequenos valores que se repetem várias vezes
podem representar indícios significativos (evidências). Ainda, nem todas
as evidências são numéricas; há evidências situacionais.
10.
1) Certo. Os testes por superavaliação demonstram a preocupação do
auditor com as contas que tendem a estar superavaliadas e que, em
estando (em montante relevante), distorcem de maneira significativa as
informações contábeis. São dirigidas para as contas de ativos e de
despesas, em função do risco dos elementos do ativo estarem com saldo
contábil maior que o real (revelando descumprimento do princípio da
prudência, elencado na Res. CFC n. º 750/93) e do risco das despesas
estarem majoradas (o que implicaria em lucro menor e,
conseqüentemente, menor carga tributária...). Os testes por
subavaliação, seguindo a mesma linha de raciocínio, são dirigidos para
as contas credoras (passivo, PL e receitas). Isso ocorre em virtude da
tendência dessas contas comportarem saldos contábeis menores que os
reais, o que revelaria, no caso do passivo, uma situação melhor que a
existente (deixando os investidores satisfeitos – com uma situação
irreal), descumprindo o princípio da prudência. No que tange à receita,
uma receita não-contabilizada ensejaria uma menor carga tributária
(PIS, COFINS ISS ou ICMS, IR e CSLL).
2) Errado. Não cabe o reconhecimento como despesa pré-operacional,
a menos que o exercício informasse que as atividades ainda tivessem
sido iniciadas (o que não ocorreu). Quanto ao registro como despesa do
288
Exercício ou como imobilizado, deveria ser ponderado o acréscimo de
vida útil e o valor envolvido. Assim, gastos que aumentam a vida útil em
mais de 2 anos e que sejam superiores a R$ 326,68 (RIR
n. 3.000 de 1999) devem ser imobilizados, ajustando-se o novo prazo
de depreciação. Caso o aumento da vida útil não seja significativo, o
lançamento é efetuado como despesa do período.
3) Certo. De acordo com os princípios da competência e da
oportunidade estabelecidos na Res. CFC n. 750 de 1993, os fatos
contábeis devem ser registrados na ocorrência de seu fato gerador e no
momento em que ocorrem. Dessa forma, a compra deve ser registrada
não por ocasião do pagamento, mas em função do recebimento do bem
adquirido.
4) Errado. As contas estavam subavaliadas.
5) Certo.
11. Resp: C
12. Resp: D
a) Faltou incluir dentre os itens que o auditor considera na seleção da
amostra o objetivo da amostragem.
b) A revisão analítica compreende índices e comparações, ferramentas
que não foram mencionadas na opção supra. Até porque a conformação
de saldos junto a terceiros constitui outro procedimento.
c) É necessário o acompanhamento do inventário físico.
e) As informações relevantes que constaram nas demonstrações
originais deverão ser reproduzidas nas versões condensadas. Vale
ressaltar que o parecer sobre estas somente poderá ser emitido pelo
auditor que deu opinião sobre as demonstrações originais.
13. Certo
289
14.
01) Errado. O parágrafo de ênfase, nos termos do CFC, deve ser
utilizado nos casos de incerteza, risco de continuidade e partes
relacionadas. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas com
observância dos PFC.
02) Certo. O auditor tem responsabilidades no que pertine à forma e ao
conteúdo das demonstrações, devendo acompanhar, inclusive, a
regularidade na divulgação dos demonstrativos, nos termos da Instrução
CVM n. º 308 de 1999.
03) Certo. Vale ressaltar que, embora não represente garantia de
viabilidade futura, espera-se que a auditada continue operando
normalmente pelo prazo de um ano, a contar da data das
demonstrações contábeis.
04) Errado. Espera-se, conforme mencionado, que a empresa continue
operando normalmente pelo prazo de 1 ano.
15.
a) Errado. Faltou o adverso.
b) Errado. O mais adequado, dado grau de inadequação das DC
apontado acima, é o parecer adverso.
PARTE 2
(A) De evidência.
(B) De aderência.
(C) De controle.
(D) De observância
(E) Substantivos.
290
valores significativos mediante índices, quocientes, quantidades
absolutas e outros meios é denominado
(A) Inspeção.
(B) Investigação.
(C) Confirmação.
(D) Revisão analítica.
(E) Observação.
a) na amostragem
b) nos testes
c) nas evidências
d) nos papéis de trabalho
e) nos achados
291
05. (FCC – Agente de Rendas SP – 2006) De acordo com o
disposto na NBC T-11 do Conselho Federal de Contabilidade,
considera-se que a continuidade normal dos negócios da
entidade objeto da auditoria externa está caracterizada se
houver evidência de normalidade das operações no prazo de um
ano após a data
292
II. A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento
profissional, visto que não é necessário nem prático documentar todas
as questões de que o auditor trata.
III: A natureza do trabalho, a natureza e condição dos sistemas
contábeis e de controle interno da entidade, são alguns dos fatores que
podem afetar a forma e conteúdo dos papéis de trabalho.
293
(B) negativo em preto
(C) negativo em branco
(D) positivo em branco
(E) positivo em preto
294
Considerando os principais objetivos desses documentos, julgue
os itens a seguir.
I Por serem de uso privativo, tais documentos não são relevantes no
caso de substituição dos auditores.
II Os papéis de trabalho devem ser mantidos sob a custódia do auditor
até a realização da próxima auditoria, quando, então, poderão ser
destruídos.
III O conteúdo dos papéis de trabalho é importante para comprovar a
realização do trabalho e fundamentar o parecer do auditor.
Assinale a opção correta.
A Apenas um item está certo.
B Apenas os itens I e II estão certos.
C Apenas os itens I e III estão certos.
D Apenas os itens II e III estão certos.
E Todos os itens estão certos.
295
e) passivo a descoberto.
Gabarito
01. Resp: E.
Têm, ainda como finalidade: existência (se um componente patrimonial
de fato existe em determinada data), direitos e obrigações (idem, no
que se refere à créditos e a dívidas), ocorrência, abrangência,
apresentação, divulgação e mensuração. Os testes de observância
(aderência) tratam do controle interno.
A questão reproduz literalmente o conceito de Testes Substantivos
contido na norma.
O item 11.1.2 da Resolução CFC 820/97 que aprovou a NBC T 11
define:
296
11.1.2.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidências
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo
sistema contábil da entidade, dividindo-se em:
a) testes de transações e saldos; e
b) procedimentos de revisão analítica.” (grifamos)
02. Resp: D
Mais uma questão que reproduz literalmente o conceito contido na
norma. A Resolução CFC 820/97 que aprovou a NBC T 11 define, em seu
item 11.2.6, a aplicação dos procedimentos de auditoria:
297
ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.” (grifamos)
03. Resp: d
Uma das finalidades dos working papers é dar suporte à opinião do
auditor, bem como documentar a realização do trabalho, servir como
guia, permitir a revisão, atender às normas do CFC, etc.
04. Resp: c
A circularização é uma técnica utilizada dentro do procedimento de
investigação e confirmação. Isso não significa que os demais estejam
errados, mas é a melhor resposta. A revisão analítica é utilizada na
análise da variação dos saldos, bem como são efetuados cálculos para
determinação do montante da previsão. Contudo, a verificação da
efetiva existência dos créditos é melhor evidenciada pela confirmação
junto a terceiros dos valores contabilizados (investigação e confirmação,
nos termos do CFC).
05. Resp: C
A Resolução CFC nº 1.037/05, que aprovou a NBC T 11.10 –
Continuidade Normal das Atividades da Entidade, revogou o item 11.2.8
da NBC T 11, mantendo porém a redação original em relação ao tópico
em análise.
298
06. Resp: C
Teste de Observância consiste em observar se o controle interno
(procedimentos estabelecidos para proteção dos ativos e garantia da
eficácia das operações) está em funcionamento na prática.
07. Resp: a
Essa questão foi retirada da resolução CFC nº 1.024/2005 que a prova a
NBC T 11.3 sobre Papéis de Trabalho e Documentação da Auditoria.
Veja a transcrição desta resolução sobre o assunto abordado em cada
item.
Item I:
11.3.1.4. Os papéis de trabalho destinam-se a:
a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores ou pelos
coligidos quando da contratação de uma primeira auditoria, no
planejamento e na execução da auditoria;
b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e
c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o
parecer do auditor independente.
Item II:
11.3.2.2. A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento
profissional, visto que não é necessário nem prático documentar todas
as questões de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que,
por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis
de trabalho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor.
Ao avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar
o que seria necessário para proporcionar a outro auditor, sem
experiência anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho
executado e a base para as principais decisões tomadas, sem adentrar
os aspectos detalhados da auditoria.
Item III:
299
a) natureza do trabalho;
b) natureza e complexidade da atividade da entidade;
c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da
entidade;
d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe
técnica;
e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.
08. Resp: b
De acordo com o CFC, amostragem estatística é aquela em que a
amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os
resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a
teoria da probabilidade ou as regras estatísticas.
09. Resp: : e
O pedido de confirmação é positivo porque solicita que os clientes
respondam à correspondência, e é preto porque está informando os
valores.
300
12. Errado. Não há restrições quanto à forma de elaboração. Podem ser
preparados de forma manual, por meios eletrônicos ou por outros
meios.
13. Resp: A
A única afirmativa correta é a III.
A afirmativa I está errada porque são relevantes, podendo, inclusive,
serem solicitados pelos auditores sucessores. Vale ressaltar que a
substituição de auditores pode ser acompanhada pela CVM, caso haja
indícios de irregularidades (por exemplo, quando a entidade auditada
rescinde o contrato com o auditor ao saber que receberá um parecer
adverso).
A afirmativa II está errada porque os papéis de trabalho devem ser
guardados, no mínimo, por 5 anos.
14. Resp: D
PARTE 3
Questão 1: (CESPE/UNB - Auditor Fiscal da Previdência Social –
2003) Com fulcro na normas de auditoria vigentes no Brasil, julgue os
itens a seguir:
Um dos princípios de ética profissional a que o auditor deve atender é a
independência. Sob esse aspecto, é vedado ao auditor, relativamente à
entidade auditada, possuir relação de trabalho como empregado,
administrador ou colaborador assalariado, ainda que essa relação seja
indireta, nos últimos dois anos.
301
O sigilo profissional do auditor deve ser mantido, a qualquer custo, a
menos que o assunto sigiloso deva ser revelado em circunstancias
especiais – em juízo, por exemplo – para a defesa da legítimos de
terceiros ligados à empresa.
302
auditada. A emissão de laudo de avaliação a valores contábeis é
exemplo de serviço característico de conflito de interesses e
conseqüente perda da independência do auditor.
303
A) O auditor interno é um empregado, em caráter permanente, da
empresa que audita, e, na organização, não deve estar subordinado ao
trabalho que examina.
B) O auditor interno, assim como o externo, deve ser zeloso e imparcial,
e deve evitar prestar assessoria ao conselho fiscal, em função do
princípio da segregação.
C) A auditoria interna compreende exames, análises, avaliações,
levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a
avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos; o controle interno gerencia riscos com
vistas a assistir a administração da entidade no cumprimento de seus
objetivos.
D) A auditoria interna tem por finalidade agregar valor ao resultado da
organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos
processos.
E) A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade
estão limitadas à sua área de atuação.
304
d) Os procedimentos de auditoria independente são o conjunto de
técnicas que permite ao auditor obter evidências ou provas suficientes e
adequadas para fundamentar sua opinião acerca das demonstrações
contábeis auditadas, sem abranger, no entanto, testes de observância.
305
c) Para determinar o risco de auditoria, o auditor externo avaliará o
sistema de controle interno da entidade auditada, compreendendo a
estrutura organizacional e os métodos de administração adotados para
definição de autoridade e responsabilidade.
Gabarito
6)
a) Errado. A auditoria certifica a qualidade e adequação das afirmações
contidas nas demonstrações financeiras. A contabilidade controla,
avalia e evidencia o patrimônio das entidades.
b) Errado. O laudo de avaliação a valores contábeis, apesar de causar a
impressão de que gera conflito de interesses, de fato não gera
problemas, visto que tem como referência as próprias DC, analisadas
pelo auditor. Haveria problemas se o auditor emitisse um laudo de
avaliação a valores de mercado (reavaliação), ficando impedido de
306
realizar o serviço de auditoria. A regra geral, para garantir a
independência é a seguinte: (1) o auditor não deve auditar seu próprio
trabalho, (2) não deve exercer funções gerenciais e (3) não deve
promover interesses pelo seu cliente.
c) Errado. A responsabilidade pela elaboração das demonstrações é
exclusiva da auditada, nos termos da Lei n. º 6.404/76 e do CFC.
d) Errado. Compete à auditoria, com base no sistema de controle
interno - CI, avaliar a quantidade de exames a serem feitos para, no
final, opinar sobre as demonstrações. Nesse sentido, não há como se
afirmar que substitui, complementa, descarta ou extrapola o conceito de
controle interno. São coisas diferentes. Especificamente na auditoria do
setor público, nos termos dos Códigos de Administração Financeira de
vários estados e municípios, a auditoria interna corresponde à etapa
final do controle interno. Neste caso, em especial, a auditoria interna
integraria o CI.
e)Certo, competindo a ele, ainda, dar sugestões para o aprimoramento.
f)Certo, nos termos do CFC. Nesse sentido, é menos importante a data
de sua assinatura.
g) Errado. Os investidores tomam ciência da situação econômico-
financeira da empresa por meio do parecer dos auditores
independentes, que, em seu relatório, não apontam falhas no sistema
de controle interno, mas atestam a aderência às normas contábeis. Em
alguns casos especiais, apenas, como ocorre nas instituições financeiras,
por determinação do IBRACON/CVM, os auditores são obrigados a
informar, por meio de outro relatório, as deficiências encontradas no
sistema de controle interno da entidade.
7. Errado
De acordo com a Resolução CFC n° 1.024/05 que aprova a NBT 11.3
sobre os papéis de trabalho e documentação de auditoria, os papéis de
trabalho são de propriedade exclusiva do auditor. Partes ou excertos
destes podem, a critério do auditor, ser postos à disposição da entidade.
Dessa forma, não há obrigatoriedade de cedê-los.
307
Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e
apontamentos que o auditor colige antes, durante e após a aplicação
dos procedimentos de auditoria.
Assim, são exemplos de “papéis” de trabalho:
cópia de contratos de financiamento,
cópia de contratos de empréstimos,
relação de fornecedores,
relação de clientes,
mapa de apuração de impostos,
mapa de apuração de dividendos e de participações,
cópia de documentos fiscais,
arquivos magnéticos,
cartas de circularização,
etc.
Dica: Os papéis de trabalho são uma garantia de que a auditoria foi feita
de acordo com as normas brasileiras de contabilidade, práticas adotadas
no Brasil e os princípios de contabilidade.
A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional,
visto que não é necessário nem prático documentar todas as questões
de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser
relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de
trabalho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor. Ao
avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve
considerar o que seria necessário para proporcionar a outro
auditor, sem experiência anterior com aquela auditoria, o
entendimento do trabalho executado e a base para as principais
decisões tomadas, sem adentrar os aspectos detalhados da auditoria.
Dica: Caso alguma pessoa não autorizada tenha acesso há algum papel
de trabalho, a responsabilidade é do auditor, pois, segundo a Resolução
nº 820 do CFC, o auditor é o responsável pela guarda e zelo do papel de
trabalho, que deverá ser arquivado de forma racional e sistemática.
08. Resp: B
O auditor interno, diferentemente do auditor independente, DEVE
prestar assessoria ao conselho fiscal ou órgão equivalente. Vale
308
ressaltar que o auditor da entidade é empregado dela, devendo
contribuir para o sucesso da instituição. Já o auditor independente, em
função da autonomia e imparcialidade que devem reger sua conduta,
encontra-se impossibilitado de prestar consultoria e realizar auditoria
para a mesma empresa no mesmo momento.
09.
a) Certo
b) Certo
c) Errado. O auditor independente PODERÁ expressar opinião acerca das
demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada, DESDE
que tenha emitido opinião relativa às demonstrações contábeis originais.
d) errado. As técnicas aplicadas pelo auditor abrangem testes de
observância.
10.
a) Certo
b) Certo
c) Errado. As estimativas não são de responsabilidade do auditor, mas
da administração da entidade. Cabe ao auditor assegurar-se de sua
razoabilidade.
11.
a) Certo
b) Errado. A obrigação de elaborar o relatório de deficiências do controle
interno compete ao auditor INDEPENDENTE.
c) Errado. Para determinar o risco de auditoria, o auditor externo
avaliará o AMBIENTE de controle interno da entidade auditada,
compreendendo a estrutura organizacional e os métodos de
administração adotados para definição de autoridade e responsabilidade.
d) Errado. Ao reduzir o tamanho da amostra, o risco de não ser
detectada alguma transação relevante aumenta.
12.
a) Certo
b) Certo
c) Errado. O parecer ADVERSO deve ser considerado. A abstenção
é cabível quando o auditor não tiver formado juízo de valor.
309
PARTE 4
01. (Auditor-Fiscal da Receita Federal – AFRF 2003) Ao
selecionar a amostra, o auditor não deve considerar:
a) sistematização
b) materialidade
c) casualidade
d) experiência
e) aleatoriedade
310
04. (Unb/CESPE – TRE/Pará – Analista Judiciário – 2005) Ainda
acerca das normas de auditoria independente das
demonstrações contábeis, assinale a opção correta.
A) De acordo com a norma brasileira de contabilidade, amostragem de
auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte
da totalidade dos itens que compõem, por exemplo, o saldo de uma
conta, para que o auditor possa formar uma conclusão. Para tanto, o
auditor seleciona a amostra considerando apenas a população objeto da
amostra, a estratificação da amostra, o tamanho, o risco, o erro
tolerável e o erro esperado.
B) Constitui procedimento de revisão analítica determinar se as
obrigações da sociedade para com terceiros são reais e se sua liquidação
está sendo efetuada de acordo com a política financeira da empresa.
C) Mesmo que haja valores expressivos em relação à posição
patrimonial e financeira, não é necessário que o auditor acompanhe o
inventário físico, realizando testes de contagem física e demais
procedimentos complementares.
D) Se o auditor independente não puder utilizar os trabalhos de outros
auditores ou não puder aplicar procedimentos adicionais suficientes nas
demonstrações contábeis de empresas coligadas ou controladas,
auditadas por outros, o seu procedimento técnico deve ser o de emitir
parecer contendo ressalva ou abstenção de opinião.
E) Compete ao auditor definir se as informações importantes constantes
do parecer sobre as demonstrações contábeis originais constarão nas
demonstrações contábeis condensadas.
311
c) As estimativas contábeis são de responsabilidade dos auditores
internos e independentes e se baseiam em fatores objetivos e
subjetivos, requerendo julgamento na determinação do valor adequado
a ser registrado nas demonstrações contábeis.
312
de transações registradas estão relevantemente corretos,
quando de fato não estão, é denominado:
313
13. (NCE/UFRJ – Arquivo Nacional 2006) O auditor terminou, em
24/03/X1, seus trabalhos de auditoria dos Balanços Contábeis de
31/12/X0 da empresa Campos S/A. O mesmo deve atentar para a
ocorrência de eventos subseqüentes até a data de:
(A) 31/12/X0 – data-base dos balanços;
(B) 15/03/X1 – término dos testes de auditoria das contas de passivo;
(C) 20/03/X1 – término dos testes substantivos;
(D) 24/03/X1 – término dos trabalhos;
(E) 31/03/X1 – publicação dos demonstrativos em jornais de circulação.
Gabarito
01. Resp: B
De acordo com a Resolução CFC nº 1.012/05, na seleção de amostra,
devem ser consideradas:
02. Resp: A
314
"Taxa de desvio aceitável" é o mesmo que "taxa de desvio tolerável" ou
"taxa de erro tolerável". A "taxa de desvio" é apurada pela divisão do
número de desvios pelo tamanho da amostra: Número de Desvios /
Tamanho da Amostra. Assim, se a amostra for de 100 itens e houver
desvio (erro, em sentido amplo) em 3, a taxa de desvio será de: 3/100
= 0,03 ou 3%. Já a "taxa de desvio aceitável" ou tolerável representa o
máximo de desvios em relação aos controles internos que o auditor
pode aceitar sem alterar seu grau de confiança inicial neles. Vale dizer,
trata-se de um limite para o parecer sem ressalvas. A taxa de desvio
aceitável e o tamanho da amostra são inversamente proporcionais, ou
seja, quanto menor a amostra, maior será a taxa de desvio tolerável. É
fácil entender o motivo. Se uma população é composto de 1000
elementos, numa amostra de 5 elementos, se o primeiro estiver errado,
não se deve, de imediato, considerar que há tendência de erro de: 1/5
= 20% na população. Trata-se de uma amostra muito reduzida e pouco
representativa da população.
O tamanho da amostra também pode considerar o tamanho da
população e o volume de transações. Todavia, a partir de um certo
limite, esses fatores têm interferência mínima ou nula na fixação do
tamanho da amostra.
03. Resp: E
Conforme estudamos, ao analisar os resultados da amostra o auditor
deve: analisar os erros da amostra, extrapolar os resultados dos erros
da amostra para a população da qual foi selecionada e reavaliar o risco
de amostragem.
04. Resp: D
a) Faltou incluir dentre os itens que o auditor considera na seleção da
amostra o objetivo da amostragem.
b) A revisão analítica compreende índices e comparações, ferramentas
que não foram mencionadas na opção supra. Até porque a conformação
de saldos junto a terceiros constitui outro procedimento.
c) É necessário o acompanhamento do inventário físico.
e) As informações relevantes que constaram nas demonstrações
originais deverão ser reproduzidas nas versões condensadas. Vale
ressaltar que o parecer sobre estas somente poderá ser emitido pelo
auditor que deu opinião sobre as demonstrações originais.
315
05.
a) Certo
b) Certo
c) Errado. As estimativas não são de responsabilidade do auditor, mas
da administração da entidade. Cabe ao auditor assegurar-se de sua
razoabilidade.
06.
a) Certo
b) Errado. A seleção que considera intervalos constantes é a
sistemática. A casual é baseada na experiência do auditor.
07. Resp: C
Conforme estudamos, a amostra é aleatória quando os itens são
escolhidos ao acaso, ou seja, têm a mesma probabilidade de serem
selecionados.
08. Resp: E
O risco de amostragem é a possibilidade da amostra não ser
representativa, levando o auditor a conclusões errôneas, que poderão
vir a comprometer sua opinião.
Nos testes de observância, o risco de amostragem abrange o risco de:
superavaliação de confiabilidade ou superdependência dos
controles internos;
subvaliação de confiabilidade ou subdependência dos controles
internos.
Nos testes substantivos, o risco de amostragem pode ser classificado
como:
risco de aceitação incorreta;
risco de rejeição incorreta.
09. Resp: A
316
de uma conta ou classe de transações registrados estão relevantemente
corretos, quando de fato não estão.
10. Resp: C
11. Resp: d
12. Resp: E
317
13. Resp: D
14. Resp: E
PARTE 5
318
de competência se sua administração e prescindem dos fatores
econômicos.
319
d) O uso do trabalho dos auditores internos deve ser avaliado quando da
contratação dos serviços do auditor independente, e, ao elaborar o seu
planejamento, o auditor independente deve ter noção clara do
envolvimento com a auditoria interna da entidade a ser auditada, do
nível de coordenação e colaboração a ser adotado e do tipo de trabalho
que a auditoria interna vai realizar como suporte ao auditor
independente.
320
a) Considere que, na execução de procedimentos específicos de
auditoria, tenha sido verificado que o nível de risco é maior que o
previsto na fase de planejamento. Nesse caso, o nível de relevância
preliminarmente estabelecido deve ser reduzido.
321
C) Mesmo que haja valores expressivos em relação à posição
patrimonial e financeira, não é necessário que o auditor acompanhe o
inventário físico, realizando testes de contagem física e demais
procedimentos complementares.
322
d) A preparação das demonstrações contábeis pressupõe a continuidade
da entidade em regime operacional por um período previsível, não
superior a dois anos, a partir da database de encerramento do exercício.
323
b) Na seleção da amostra, deve ser considerada, entre outras, a seleção
casual com base nos intervalos entre as transações realizadas.
Gabarito
4.
a) Errado. Os fatores econômicos e seu impacto específico na entidade
também devem ser considerados.
b) Errado. No que diz respeito à oportunidade (momento), o
planejamento deve ser iniciado antes do início dos trabalhos. O
levantamento de informações sobre a auditada, a consulta a outros
auditores (anteriores) e a visita de ínterim são exemplos de
procedimentos efetuados antes do início dos trabalhos de campo.
c) Certo. Esse é um dos cuidados adicionais que o auditor deve tomar,
dentre outros, tais como verificar a uniformidade das práticas contábeis,
ler os relatórios de auditorias anteriores e identificar relevantes eventos
subseqüentes, revelados ou não pela entidade.
5.
a) Errado. Não conseguindo formar opinião sobre determinado aspecto,
as modalidades de parecer a serem aplicados são com abstenção de
324
opinião ou com ressalva, caso haja limitação no escopo. Há de se
lembrar que a abstenção de opinião compromete todo o parecer. Assim,
se apenas um aspecto não puder ser validado e isso não comprometer
as demonstrações como um conjunto, um parecer com ressalva deve
ser considerado. Não havendo limitação no escopo, a incerteza por parte
do auditor gera um parágrafo de ênfase.
b) certo
c) Errado. ADEQUADAS E SUFICIENTES seria a expressão correta.
d) Certo.
e) Errado. O parecer de auditoria não representa garantia de viabilidade
futura nem atestado de eficácia na gestão dos negócios. A auditoria
valida o passado, as transações ocorridas, os registros efetuados. Não
tem, assim, foco no aspecto prospectivo.
7.
a) Errado. O auditor deve considerar os eventos subseqüentes em seus
trabalhos. Esses fatos integram o escopo da auditoria.
b) certo
08. Certo
9. Certo
10. Certo.
325
e) As informações importantes constantes no parecer sobre as
demonstrações originais deverão figurar nas demonstrações
condensadas.
Resp: D
12.
a) Errado. O parágrafo de ênfase deve ser considerado em casos de
incerteza ou risco de continuidade.
b) certo
c) certo
d) Errado. A continuidade considerada é de um ano a contar das
demonstrações contábeis.
13.
a) certo
b) certo
c) Errado. Eventos irrelevantes não demandam ajustes.
14.
a) Certo
b) Errado. A seleção que considera intervalos constantes é a
sistemática. A casual é baseada na experiência do auditor.
PARTE 6
326
d) a consecução dos objetivos e das metas;
e) a proteção e a conservação dos recursos.
III. Uma venda à vista efetuada nos últimos dias do ano no valor
de R$ 25.000,00, com custo de mercadoria vendida de R$
15.000,00, não havia sido contabilizada, sendo que os impostos
e contribuições sobre o lucro da companhia são cobrados à
alíquota de 30%.
No balanço patrimonial da companhia, que adota a sistema
de inventário permanente, em decorrência dos ajustes feitos
pela auditoria, houve um aumento do
327
(H) Circularização dos devedores da companhia.
(I) Conferência do cálculo dos créditos.
(J) Observação de processo de controle.
328
c) de regularidade, de regularidade com negativa de opinião e de
aderência.
d) de ilegalidade com ressalva, de regularidade com ênfase e de
ilegalidade.
e) de aderência, de aderência com ênfase e de aderência com ressalva.
329
08. (CESPE/UNB – PMV – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal –
2007) Várias são as hipóteses que caracterizam omissão de
receitas. Com base nos procedimentos usuais e nas
circunstâncias, julgue o item abaixo.
330
d) Um dos objetivos da auditoria do ativo imobilizado é determinar se as
adições do período foram adequadamente contabilizadas e aprovadas
por pessoal competente para tal.
331
finalidade específica, a natureza da entidade e o conhecimento adquirido
em auditorias anteriores são irrelevantes e devem ser desconsiderados.
332
sociedades foram debitadas indevidamente nessa conta, quando o
correto seria o grupo de contas de investimentos, então, nesse caso, o
ativo diferido estava superavaliado e o investimento, subavaliado.
333
de documentos. Acerca desses documentos e da auditoria
contábil, assinale a opção correta.
A O certificado de regularidade com ressalvas está condicionado a
falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal, que — por sua
irrelevância ou imaterialidade — não caracterizam irregularidade dos
agentes responsáveis.
B O relatório de dirigente de órgão de controle interno é peça
compulsória em processos de tomada e prestação de contas a serem
remetidos ao TCU.
C O certificado de regularidade deve ser expedido quando forem
obedecidos os princípios da legalidade e da legitimidade, ainda que não
seja observado o princípio da economicidade.
D A emissão de certificado de irregularidade somente se aplica aos
casos que resultem em prejuízo quantificável para a fazenda pública.
E A auditoria contábil, no âmbito do serviço público, pode ser executada
por servidor efetivo de qualquer formação profissional, admitido
mediante concurso público.
334
A São passíveis de auditoria somente as entidades da administração
direta e indireta, as fundações e as autarquias, ou seja, as entidades
que pertencem à administração pública.
B O objetivo primordial da auditoria governamental é exercer o controle
prévio da aplicação dos recursos públicos.
C Quando um ente público é omisso no dever de prestar contas e contra
ele é instaurado processo de tomada de contas especial, a auditoria
deve ser realizada pelo sistema de controle interno do Poder Executivo.
D É atribuição da auditoria governamental comprovar a legalidade e
legitimidade dos fatos administrativos; comprovar a legalidade e
legitimidade dos atos administrativos fica a cargo dos tribunais de
contas.
E A auditoria do sistema de controle interno, no Poder Executivo federal,
classifica-se em contábil, operacional, especial e de desempenho.
335
18. (CESPE/UNB – PMV – Auditor Fiscal do Tesouro Municipal –
2007) Várias são as hipóteses que caracterizam omissão de
receitas. Com base nos procedimentos usuais e nas
circunstâncias, julgue o item abaixo.
336
realizar auditorias e fiscalizações nos sistemas contábeis, financeiros,
orçamentários, de pessoal e demais sistemas administrativos e
operacionais.
337
governo, projetos, atividades, ou segmentos destes. Com relação
a esse tema, julgue.
338
c) Os Órgãos Setoriais encaminham ao órgão central os planos de
trabalho das unidades de auditoria interna das entidades vinculadas.
339
33. A respeito dos tipos de unidades e entidades da
Administração Federal do Sistema de Controle Interno, julgue os
itens que se seguem.
340
37. Quanto ao detalhamento do planejamento das ações de
controle adotado no Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo, julgue os itens que se seguem.
341
legais fazem parte dos princípios fundamentais de controle interno
administrativo.
342
das normas estabelecidas. Considerando o tema acima, julgue os
seguintes itens.
Gabarito
01. Resp: d
As outras opções também podem ser consideradas corretas, entretanto,
a consecução dos objetivos e metas engloba todo o resto.
02 -Resp: B
343
C: Disponibilidades 95.500
C: Receitas Financeiras a apropriar 4.500
III)
1. Registro da Venda
Disponibilidades
a Receita de Vendas 25.000
Lançamentos AC PC Resultado
Reserva de Reavaliação - - -
a LPA 5.000
344
Disponibilidades -
a Receita de Vendas 25.000 + 25.000 + 25.000
CMV
a Estoques 15.000 - 15.000 - 15.000
Despesas com Impostos e Contribuições
a Impostos e Contribuições a Pagar 7.500 + 7.500 - 7.500
Variações +13.000 + 7.500 +5.500
03. Resp: C
Para certificar-se de que direitos de créditos efetivamente existem o
auditor utiliza principalmente a circularização (confirmação externa) com
os devedores da companhia.
04. Resp: A
D: Seguros a Vencer
C: Despesas de Seguro 63.000
O lançamento seria:
345
C: Duplicatas a Receber 30.000
D: Encargos de Depreciação
C: Depreciação Acumulada 20.000 (4% x 500.000)
05. Resp: A
Conforme estudamos, esses são os três tipos de certificados.
06. Resp: E
Se os clientes pararam de pagar à vista, é muito provável que eles não
tenham mais estímulo para fazê-lo, o que poderia ser explicado pela
eliminação dos descontos para pagamento no vencimento.
07. Resp: E
Esse é o não probabilístico.
09. Certo
346
10.
a) Errado
A legitimidade relaciona-se com a aplicação dos recursos em finalidades
públicas (interesse público). A auditoria do disponível busca evidenciar a
existência efetiva do saldo, além de subsídios para (correlação)
cruzamento de informações.
b) certo
c) Errado
d) certo
e) certo
f) certo
g) certo
h) certo
i) certo
11.
a) Certo
b) Errado
A natureza e o conhecimento são relevantes e devem ser considerados.
12.
a) Certo
b) Errado
O registro como despesas pré-operacionais não cabe, a não ser que a
questão informasse que a entidade ainda não tivesse começado a operar
e, mesmo assim, em situações específicas.
c) Certo
d) Certo
e) Certo
13.
347
a) Errado. Implementação não é procedimento de auditoria, de acordo
com a Res. 820/97 do CFC.
b) certo
c) Errado. A revisão analítica considera índices, quocientes e
comparações.
d) Errado. Para confirmar valores de contas, são usados outros
procedimentos, como a confirmação e a inspeção.
e) Certo
14. Resp: A
15. Resp: B
16. Resp: C
348
(E) A classificação correta inclui a auditoria de avaliação de gestão e
a de acompanhamento da gestão, não fazendo parte a de
desempenho.
17. Resp: A
(B) Se não houver elementos suficientes para emissão de opinião, o
processo ficará sobrestado por prazo previamente fixado para
cumprimento de diligência. HÁ, PORTANTO, DIFERENÇA SIGNIFICATIVA
EM RELAÇÃO À AUDITORIA INDEPENDENTE. Nesta, a falta de elementos
causada por limitação de escopo pode conduzir a um parecer com
abstenção de opinião ou com ressalvas.
18. Errado
19.
a) Errado. Deverá ser expressa, também, por meio de Parecer,
Certificado ou Nota.
b) Certo.
c) Certo. Como as súmulas e decisões julgadas em casos semelhantes,
para garantir a uniformidade de entendimento.
21. Certo.
22.
a) Certo.
b) Certo.
c) Errado. Precisa-se tanto do exercício atual quanto do exercício
anterior.
23.
a) Errado. Tem com objetiva eliminar duplicidade. A racionalização visa
otimizar a utilização dos recursos humanos e materiais disponíveis.
349
b) Certo. Estes últimos, paraestatais, realizam serviços sociais
autônomos.
c) Certo. Para analisar o nível de execução e alcance das metas, e a
adequação do gerenciamento.
28.
a) Certo.
b) Errado. É de competência do Órgão Setorial.
c) Certo.
31.
a) Certo. Esta abordagem leva em consideração o caráter relativo dos
valores envolvidos.
350
b) Errado. Este é o método da relevância. A criticidade representa o
quadro de situações críticas efetivas ou potenciais a auditar ou fiscalizar
uma determinada unidade.
32.
Certo. Por isso, devem-se observar as normas legais, estatutos,
assegurar confiabilidade e integridade nas informações contábeis,
financeiras, administrativas e operacionais, entre outros.
33.
a) Certo. Porque elas são dotadas de personalidade jurídica própria.
b) Certo. Compreendem os serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
36.
a) Certo.
b) Certo. Originado do SFC/MF.
c) Errado. Este relatório não é produzido pelo Sistema de Controle
Interno, e sim originado pelas unidades de auditoria das entidades
supervisionadas.
37.
a) Errado. Este é relato faz parte do controle assistemático, que tem
como premissa a existência de um processo detalhado de planejamento
como base para deflagração das ações do controle.
b) Certo.
c) Errado. Pelo contrário, também deve propiciar conhecimento da
existência da Ação.
d) Certo.
38.
351
a) Errado. Busca-se melhores rendimentos mais com menores custos
possível.
b) Certo. O ato de delegação deverá indicar com precisão, a autoridade
delegante, delegada e o objeto da delegação.
c) Certo.
39.
Errado. Esta é a característica da irregularidade. A impropriedade
consiste em falhas de natureza formal de que não resulte dano ao
erário.
40.
Certo. Os procedimentos e a padronização são publicados pela
Secretaria Federal de Controle Interno do Ministério da Fazenda.
41.
a) Errado. A auditoria também é feita sob a responsabilidade dos órgãos
privados.
b) Certo. Classifica-se neste tipo de auditoria os demais trabalhos não
inseridos em outras classes de atividades.
c) Errado. Faz parte da Auditoria de Avaliação da Gestão. A Auditoria de
Acompanhamento da Gestão tem o objetivo de atuar em tempo real
sobre os atos efetivos e os efeitos positivos e negativos de uma
entidade federal.
42.
a) Certo.
b) Errado. Não deve apresentar a utilização desses termos.
Certo. Outro aspecto importante é a execução dos trabalhos
PARTE 8
352
b- Mesmo sem objetivos e metas claras, formalizadas, deve-se avaliar a
necessidade de controle interno na entidade, proporcionando-a uma
garantia razoável.
353
5] Baseado nos elementos de risco e controle. Julgue os itens
relacionados abaixo.
b- A base para definir o gerenciamento dos riscos deve ser feita através
da identificação e análise dos riscos associados ao não cumprimento das
metas e objetivos operacionais.
354
acesso restrito aos funcionários da organização para melhor
atender as políticas corporativas.
355
(A) I - a, II - b, III - c, IV - d
(B) I - b, II - a, III - d, IV - c
(C) I - c, II - b, III - a, IV - d
(D) I - d, II - a, III - b, IV - c
(E) I - d, II - a, III - c, IV - b
(C) (D)
(E)
356
diferente do que é proporcionado pelas descrições de
funções, pois estas se concentram em posições da estrutura
organizacional e em órgãos, enquanto os fluxogramas
seguem os passos dos processos e rotinas, acompanhando-
os na passagem de um órgão para outro. Os fluxogramas
facilitam o trabalho do analista ao permitir melhor
compreensão da rotina administrativa. Portanto, pode-se
concluir que os fluxogramas (ou gráficos de organização)
servem para
I. estabelecer as atribuições de cada órgão ou cargo, em função de
situações e condições do ambiente externo à organização.
II. identificar as relações informais entre as pessoas que trabalham
em um mesmo órgão ou unidade administrativa.
III. representar a seqüência de procedimentos e rotinas
administrativas e operacionais, isto é, a tramitação dos
documentos que circulam intra e interórgãos.
IV. identificar os passos dos processos e rotinas e acompanhar o
percurso dos documentos e informações entre as unidades
organizacionais.
V. estabelecer a estrutura hierárquica dos cargos que compõe cada
órgão, bem como apresentar novo arranjo físico dos móveis e
dos equipamentos em cada órgão.
Pode-se afirmar que está(ão) correta(s)
(A) somente a proposição II.
(B) somente as proposições III e IV.
(C) somente a proposição V.
(D) somente as proposições I e II.
(E) I, II, III, IV e V.
357
d) histograma
e) fluxograma
15. (FCC – TRE/PE – Analista Judiciário – 2004) Considere o
Fluxograma abaixo:
358
d- Mediante os elementos integrantes do diagnóstico podemos concluir
que, as oportunidades e ameaças são provenientes de variáveis
internas, controlável pelo programa, enquanto, os pontos fortes e fracos
são provenientes de variáveis externas.
359
b- Este modelo é usado para tratar de uma grande escala de questões
relacionadas à pesquisa, tornando-o muito popular, mas com limitações
práticas.
5. Gabarito
1]
a- Errado. Probabilidade de perda e incerteza.
b- Errado. Se a entidade não apresenta objetivos e metas, não há
necessidade de controle interno.
c- Certo. Para confrontar sua avaliação com a dos administradores.
2]
Errado. É uma entidade de sem fins lucrativos, de iniciativa
independente, criada nos Estados Unidos, por representantes das
principais associações ligados a área financeira, tendo como objetivo
principal estudar os controles internos.
3]
a- Certo.
b- Errado. A transparência é que se tornou um marco, pois é um dos
fatores responsáveis pelos desmandos da gestão pública.
c- Certo. Também deve observar a estrutura e processo organizacional
dentro da instituição, como as responsabilidades são definidas e
asseguradas.
d- Errado. No setor privado o foco de governança é priorizado pelos
dirigentes.
4]
Certo.
5]
a- Errado. É constituído por cinco elementos e devem estar relacionados
entre si, e presentes em todos os controle internos.
b- Certo.
360
c- Certo.
d- Errado. Não só a atividades de prevenção como também as
atividades de detecção compreendem as atividades de controle de risco.
e- Errado. O item, corresponde à segurança física nas atividades de
controle, incluindo os processos de inventário de itens valiosos, como
conferência de numerário.
f- Errado. Bem como, ao nível de dependência e de processo.
6]
Certo. É essencial que as pessoas saibam as suas responsabilidades, os
limites de sua autoridade e o comprometimento de atuar de maneira
correta.
7]
Errado. Elas devem ser de fácil acesso aos funcionários e devem definir
responsabilidades, políticas corporativas, fluxos operacionais, funções e
procedimentos.
8]
a- Certo.
b- Errado. Neste caso diz-se que os controles são adequados.
c- Certo. Bem como as informações confiáveis nos relatórios e sistemas
corporativos, e o cumprimento das leis, regulamentos e normas
pertinentes.
10. Resposta: A
Vemos que a resposta poderia ser um círculo ou um retângulo. Como
não temos retângulo em nenhuma das opções, a resposta correta é a
letra “a” círculo.
11. Resposta: D
Conforme a listagem de símbolos e seus significados que estudamos,
podemos concluir que a resposta correta é a letra “d”.
O item I se relaciona com a figura “d” uma vez que o relatório de
materiais estocados é um documento.
O item II se relaciona com a figura “a” que significa decisão.
361
O item III se relaciona com a figura “b” uma vez que trata da descrição
de uma operação.
O item IV se relaciona com a figura “c” por ser o símbolo do arquivo.
12. Resp: e
A alternativa “a” representa decisão;
A “b” arquivo;
A “c” representa um conector no fluxograma horizontal descritivo e um
processamento / operação no fluxograma horizontal de colunas;
A “d” processamento / operação;
E, finalmente, a “e” representa um terminal, utilizado para representar o
início ou o fim do processo.
13. Resp: B
A afirmativa I está errada porque os fluxogramas não estabelecem
atribuições dos órgãos, eles apenas descrevem os processos.
A afirmativa II está errada porque os fluxogramas não tratam de
relações entre pessoas.
A afirmativa V também não representa descrição de processos.
14. Resp: E
O conjunto de atividades feitas para gerar produtos e serviços que
atendam às necessidades dos clientes é um processo, e o fluxograma é
a representação gráfica de um processo.
362
problemas são colocados no lado direito do gráfico, onde estaria situada
a cabeça do peixe, enquanto as causas são dispostas no lado esquerdo.
A utilidade do diagrama espinha de peixe é identificar as causas que
geram os efeitos, isto é, as causas das causas.
Causas Efeitos
Qualidade
Material Máquinas
Organograma:
363
dentro da organização. Os títulos dos retângulos mostram quais
as responsabilidades de cada unidade de trabalho.
b) Comunicação: as linhas que ligam os retângulos mostram a
interdependência entre as unidades de trabalho.
c) Autoridade e hierarquia: o número de níveis em que os
retângulos estão agrupados mostra como a autoridade está
graduada, do gerente que tem mais autoridade, no topo da
estrutura, até o que tem menos autoridade, na base da estrutura.
Gráfico de Pareto:
364
Figura 7. O Histograma. Extraído do livro Administração nos Novos Tempos, Segunda
Edição – Idalberto Chiavenato.
16.
a- Errado. Atingir o ajuste entre as capacidades internas e as
possibilidades externas.
b- Certo.
c- Certo. Pois estes são elementos essenciais ao planejamento
estratégico.
d- Errado. As variáveis estão ao contrário.
17. Certo.
18.
a- Errado. Este método requer treinamento e preparação específica do
observador, em técnicas de anotação de campo e capacidade de
concentração e percepção seletiva.
b- Certo. Essas são algumas vantagens desse método, que é muito
empregado em avaliações de programa do tipo qualitativo.
20.
a- Errado. As pessoas mantêm o anonimato.
b- Certo.
c- Errado. A pergunta fechada é que são predeterminadas.
365
Bibliografia:
366
A GRAVIDADE INSTITUCIONAL JUSTIFICANDO A GOVERNANÇA
CORPORATIVA. Francisco Cristino de França Júnior (Faculdade de
Tecnologia e Ciências)
marcoscampelo.blogspot.com
www.auditoriainterna.com.br
i
Cook John W & Winkle, Garry M. Auditoria: filosofia e técnica
ii
Marcelo Cavalcanti Almeida. Auditoria Um curso moderno e completo. 5ª Edição. São Paulo: Atlas
367