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Tangará da Serra
Outubro, 2019
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
2 DESCRIÇÃO GERAL DA EDIFICAÇÃO................................................................3
3 VISTORIA E LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO...............................................6
4 ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS..........................................16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................21
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................22
7 ENCERRAMENTO....................................................................................................23
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1 INTRODUÇÃO
Além da análise das patologias existentes, foi realizada uma proposta de reforma e
ampliação do prédio onde se situa a cozinha. A cozinha existente tem 98,82m² de
edificação em alvenaria convencional e algumas estruturas em madeira.
Como citado acima, 98,82m² de edificação foi executada em alvenaria convencional
com pilares de concreto armado e alguns de madeira, vigas de concreto armado, forro de
madeira com pintura de tinta à base d’água, cobertura com telha de fibrocimento com
inclinação aproximada de 25% e a estrutura do telhado feita com tesouras de madeira.
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No prédio há uma área para vendas com 13.09m², uma despensa de 10.50m², depósito
com 11.70m², a cozinha com 31.92m² e área com 23.28m². Totalizando os 98.82m² de
edificação.
Figura 01 – Planta Baixa da edificação existente
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Figura 02 – Planta Baixa da proposta doada à Escola
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3 VISTORIA E LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
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Figura 04 – Vista geral da lateral esquerda da edicação.
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Figura 06 – Vista geral dos fundos da edicação.
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Figura 08 – Trinca causada por movimentação devido à deformabilidade de
elementos estruturais
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Figura 09 – Trinca causada por movimento de fundação
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Figura 10’ – Croqui esquemático da trinca da figura 10
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Figura 12 – Trinca ocasionada por esforço de flexão
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Figura 14 – Descascamento tipo casca de laranja, pode ter ocorrido por utilização de
diluentes não recomendado ou tinta com viscosidade alta.
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Figura 16 – Descascamento ocasionado por presença excessiva de umidade.
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Figura 18 – O descolamento pode ter sido ocasionado devido o revestimento ser
aplicado sobre camadas impregnadas com produtos orgânicos, tintas, ou falta de
rugosidade da camada de base.
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Figura 20 – Manchas causadas pela presença de umidade
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Figura 21 – Trinca causada por concentração de cargas e esforços
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No caso do encontro entre paredes, onde, para facilitar-se a coordenação dimensional,
os componentes de alvenaria foram assentados com juntas aprumadas,
independentemente da natureza do material constituinte dos blocos ou tijolos ocorrerão
movimentações higroscópias que tenderão a provocar o destacamento entre as paredes.
Tais destacamento, que normalmente ocorrer a despeito do emprego de ferros inseridos
nas juntas de assentamento a cada duas ou três fiadas, provocarão a penetração de
umidade para o interior do edifício, conforme ilustrado na figura 22.
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Como temos estudado, devido os esforços da estrutura serem distribuiídos por vigas
e pilares, nos cantos de janelas tevemos ter elementos estruturais para resistir a esses
esforços. Para as janelas são executadas as vergas e contravergas.
A verga é um elemento estrutural colocado sobre o vão da janelas, destinado a
resistir aos esforços de flexão e compressão. A contraverga está posicionado sob o vão da
janela. Na ausênca desses elementos, temos as trincas causadas por sobrecarga de
carregamento. Na figura 10 temos esse tipo de patologia, porém devido a ausência da
contraverga e não a ausência de verga.
Na figura 12 temos uma trinca ocasionada por esforço de flexão, que deveria ser
resistido por uma contraverga, o que não ocorrer, logo a carga foi distribuída sobre os
tijolos que não suportam esforços de flexão e então temos o apareciemtno da trinca.
Lembrando que a alvenaria estrutural suporta esses esforços, porém como o edifício em
questão foi executado com alvenaria estrutural, tais esforços devem ser suportados pelas
vigas e pilares devidamente calculados para receber essas tensões.
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Nesse aspecto percebemos uma grande falha humana na execução, má adequação ao
projeto e uma falta de vistoria por parte técnica. Ou ainda, se há vistoria, provavelmente
foi feita uma vista grossa sobre essa patologia. Segundo Trindade, 2015:
As falhas humanas enquanto causas intrínsecas de patologias, se adequam em
apenas um aspecto: a ausência de manutenção da estrutura em sim. Sendo esta
manutenção, um conjunto de medidas previamente programadas, que objetivem
manter a qualidade do elemento estrutural.
Como a cozinha contém lavatórios e pias, é comum que haja um teor elevado de
umidade, portanto, como não foi realizado corretamente o projeto de vedação, pintura e
a execução correta, pode-se observar a presença de patologias decorrentes desse excesso
de umidade, como mostrado nas figuras (14,15,16,17,18,19,20,21), devido a aplicação de
tinta impróprias no substrato, teor excessivo de umidade, falta de limpeza no substrato
antes da aplicação da tinta, etc.
Devido as patologias acima estarem expostas a constante umidade, Thomaz, 1990
recomenda que, deve-se considerar também que estar forças de sucção são inversamente
proporcionais às aberturas dos poros; desta maneira, quando dois materiais diferentes são
colocados em contato, o material de poros mais fechados, teoricamente, absorverá água
do material com poros mais abertos. Na prática, os materiais normalmente contêm poros
de variadas aberturas, sendo o sentido de percolação da água através do mesmo
determinado pela diferença do teor de umidade dos materiais em contato; variando a
sucção por capilaridade com o teor de umidade do material torna-se extremamente difícil
estabelecer-se o sentido da percolação da água entre os materiais. Se um material poroso
é exposto por tempo suficiente a condições constantes de umidade e temperatura, graças
ao fenômeno da difusão, seu teor de umidade acabará estabilizando-se; atinge-se então a
umidade higroscópica de equilíbrio do material. Esta umidade depende da natureza e
quantidade de capilares presentes no material, assim como da temperatura e umidade do
meio ambiente.”. Thomaz, 1990
Como visto nas figuras (14,15 e 16), ocorreu o descascamento tipo casca de laranja,
e enrugamento, tal patologia ocorre devido a utilização de solventes não recomendados,
não respeitar os intervalos entre as demãos (deve-se aguardar o tempo de secagem, que
pode variar dependendo do tipo de tinta à ser aplicada), segundo Polito, 2016: 5° C é a
temperatura mínima de aplicação para a maior parte das tintas à base de água ou de
solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente. Temperaturas muito
baixas dificultam as pinceladas e passadas de rolo e prolongam o tempo de secagem, o
que faz com que a tinta fique mais sujeita a adesão de partículas de poeira do ar.
Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a tinta seque rápido demais,
comprometendo a durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes condições,
especialmente se mais de uma estiver presente. Temperatura do ar ou da superfície
superior a 30° C, luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras.
É notório salientar que além de aguardar a secagem da tinta para aplicação das
próximas demãos, o reboco deve estar totalmente curado (normalmente este processo
ocorre em cerca de 30 dias) pois pode ocorrer o descascamento da pintura.
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Para correção desses problemas deve-se raspar a área onde ocorrem as patologias; se
for preciso, refazer o emboço ou reboco, depois deve-se aplicar uma demão de fundo
preparador em seguida o selador massa, depois de aplicado uma demão de selador, aplicar
a massa corrida (PVA ou Acrílico) e por último a tinta.
Na figura 18 ocorrer o descolamento de uma das placas de revestimento do piso
cerâmico, o descolamento pode ter sido ocasionado devido o revestimento ser aplicado
sobre camadas impregnadas com produtos orgânicos, tintas, ou falta de rugosidade da
camada de base. Como podemos observar na figura 22, esta é a ordem correta para
aplicação de revestimento cerâmico. "Qualquer deformação em uma dessas camadas,
uma vez que se encontram intimamente ligadas, resultarã no aparecimento de tensões em
todo o conjunto". (FIORITO, 1994).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as avaliações já feitas, é necessário executar medidas para que sejam reparadas
as estruturas. Como sabemos, alguns critérios específicos de avaliação e ensaios não
foram realizados neste laudo, porém algumas medidas já podem ser realizadas para a
manutenção, restauração ou reparo da edificação.
Nas estruturas onde há presença de umidade deve ser realizado alguns procedimentos
para tornar a estrutura com condições aceitáveis para utilização e bom funcionamento.
Começando pelo telhado onde há percolação de água nas fissuras devido ao aperto
excessivo devem ser trocadas as telhas onde há essas fissuras e as que estão quebradas.
Nas paredes onde há descascamento, manchas ou bolhas é necessário tomar algumas
medidas: deve-se raspar a área onde ocorrem as patologias; se for preciso, refazer o
emboço ou reboco, depois deve-se aplicar uma demão de fundo preparador em seguida o
selador massa, depois de aplicado uma demão de selador, aplicar a massa corrida (PVA
ou Acrílico) e por último a tinta.
Em continuação das medidas, uma das estruturas que merecem ser restaurados é o
pilar da figura 11, onde houve uma falha humana na execução. O mais aconselhável é
refazê-lo de uma forma segura, pois o mesmo, na situação atual que se encontra não
fornece o mínimo de suporte para os esforços solicitantes.
Como vimos, o piso já se encontra bem desgastado por já ter atendido a sua vida útil.
Portanto a única maneira para corrigir este problema é realizar a troca do material.
Lembrando que deve ser feita uma regularização do contrapiso e é necessário ser utilizado
algum aditivo impermeabilizante para que assim possa receber o novo piso seja cerâmico
ou porcelanato tomando cuidado para que a camada de argamassa fique dentro da
espessura padrão. Por último deve ser aplicado a vedação das juntas com rejunte para
evitar também a percolação de agua, dessa forma a vida útil do piso irá ter um acréscimo
considerável.
É válido lembrar que a estrutura do telhado se encontrar em condições precárias,
tornando-se necessário a troca da estrutura, pois como vimos na figura 13 há uma
patologia ocasionada por deflexão devido ao escesso de carregamento e a fragilidade da
estrutura de madeira.
Nas trincas ocasionadas por ausência de verga ou contraverga é necessário que seja
inserido a estrutura (vergas e contravergas) sobre ou sob o vão das janelas e portas, só
assim o problema será sanado totalmente. Há medidades de correção paleativa que podem
ser feitas também, como o remendo das trincas, porém não é garantido totalmente a
resolução do problema.
Por fim, as trincas e fissuras causadas por movimentação de fundação são mais
rigorosas, o ideal é realizar estudos mais aprofundados e ensaios para correção das
mesmas, pois envolvem aspectos mais profundos que não foram tratados neste laudo,
portanto, como citado acima há medidadas de correção paleativas que pode ser tomadas,
pois a estrutura não corre risco de desabamento, mas com o tempo a tendência das trincas
é aumentar.
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6 BIBLIOGRAFIAS
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7- ENCERRAMENTO
Dado por encerrado este laudo técnico, composto por 23 páginas digitadas de um
laudo só, colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Assinaturas:
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Icaro Paradelo Mendes
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Maurício Vidziunas
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Juliana Esteves
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Geovana Natasha
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