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WILLHAMES

Slide 1 - HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

Slide 2 - 8.000 aC - O homem primitivo já praticava uma contabilidade rudimentar ao


contar seus instrumentos de caça e pesca e seus rebanhos.

Slide 3 - 6.000 a 4.000 aC - Mas foi na Mesopotâmia, região situada entre os rios Tigres e
Eufrates (atual Iraque - berço da civilização mais antiga do mundo), onde foram
encontrados os primeiros registros contábeis.
Os primeiros vestígios de atividade contábil situam-se por volta de 8000 a.C., em Uruk,
cidade da antiga Mesopotâmia, no território atual do Iraque. Uruk era um centro da civilização
sumeriana. Esses primeiros registros contábeis constituíam-se em fichas de barro, guardadas
em receptáculos de barro, que eram utilizadas na contagem do patrimônio.
Por exemplo, uma ficha de barro poderia representar um boi. Se esse boi fosse
transferido para outra pastagem ou fosse emprestado, a sua ficha seria igualmente transferida
para um outro receptáculo de barro, registrando dessa forma o evento ocorrido e auxiliando o
controle do patrimônio por parte do proprietário. Dessa forma, um único evento contábil (por
exemplo, um empréstimo de um boi) envolveria dois receptáculos de barro: um, representando
o estoque de bois do dono do boi, forneceria uma ficha e outro, representando o direito do
dono do boi sobre a pessoa que estava tomando o boi emprestado, receberia esta ficha. Isto
seria um duplo registro da transação, ou em outras palavras, um lançamento de partida
dobrada.
Após a criação das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a criação de
tábuas com escritos cuneiformes, para a contabilização de pão, cerveja, materiais e trabalho
escravo, em Uruk e em Ur, também na Suméria. Dessa forma, a invenção da escrita pelo
homem está intimamente ligada ao surgimento da contabilidade.

Slide 4 - O homem começava a registrar o seu patrimônio - Era a origem do DIÁRIO.


Tábuas e fichas de barro mesopotâmicas onde eram registradas informações
importantes sobre sua história, transações comerciais, impostos e instrução de rotas e
navegação para viajantes. Aqueles que tinham acesso e compreensão do que era talhado nos
tabletes possuíam grande vantagem competitiva no comércio e até na política daqueles dias.

Slide 5 - 3.150 aC - Os séculos passam. Surgem novas civilizações.


Em torno do baixo Nilo, nas planícies de inundação, a agricultura floresceu e com ela um
povo que deixou o seu legado até os dias de hoje: Os Egípcios!
O Antigo Egito também contribuiu com grandes avanços na ciência contábil, principalmente
devido à necessidade do governo de organizar a arrecadação de impostos. Os antigos egípcios
inovaram ao efetuar os registros contábeis utilizando valores monetários, como, por exemplo o
shat (equivalente a 7,5g em ouro). Calculava-se o valor de um produto em shats e os
pagamentos eram feitos em ouro ou em outros produtos de valores equivalentes.

Slide 6 - O papiro, colhido às margens do grande rio, onde os escribas contabilizavam a


agricultura, eram os primeiros livros contábeis. O papiro tornou-se mais conveniente para a
escrita, fazendo com que os egípcios deixassem uma quantidade maior de escritos.
Outro fator que influenciou na conservação dos rolos de papiro foi o clima seco do Egito.
Por essa razão sabe-se muito mais a respeito da história e civilização egípcia do que de outros
povos antigos. Uma prova da utilidade do papiro na conservação dos fatos históricos, é que
ainda hoje pode-se encontrar Rolos de Papiro expostos e bem conservados em vários museus
do mundo.
Slide 7 - 1200 a 539 aC - Dos portos de Tiro e Sidon os Fenícios navegavam pelo
Mediterrâneo expandindo sua rede de comércio. Foram eles os primeiros a desenvolver
as trocas em bases monetárias e simplificaram os registros por símbolos.
O sistema de símbolos fenício consistia em um alfabeto fonético composto por vinte e duas
letras. Esse sistema de comunicação teve grande importância não só para os fenícios, mas
também influenciou no longo processo que deu origem às letras que integram o alfabeto
ocidental contemporâneo. A civilização greco-romana, considerada berço de várias línguas
atuais, teve visível influência do sistema gráfico fenício.

Slide 8 - Ano 31 aC – Século I - Da Península Itálica vieram os Romanos - Nascia o maior


e mais desenvolvido Império da antiguidade.

Slide 9 - O Império Romano expandiu-se por toda a Europa, norte da África e Oriente
Médio - Conquistou povos e nações levando a paz romana e o que se pode chamar de
um sistema jurídico de contabilidade organizado.
Os Romanos preocupavam-se em registrar os fatos ocorridos e desenvolveram métodos
eficientes. O desenvolvimento da Contabilidade se deu em paralelo com o da Administração
Pública e das Organizações Agrícolas. A Contabilidade tinha como objetivo principal medir a
eficiência dos responsáveis pela administração dos bens e propriedades, públicas ou privadas,
através de registros exatos e minuciosos.
Utilizavam diversos livros para registrar os fatos ocorridos, como o “Codex Rationum” –
equivalente ao atual Livro Razão. Outro fato que chama a atenção é o uso de uma taxa para
amortização de um bem com o passar do tempo. Fatos históricos relatam que um Arquiteto
Romano afirmou que o valor de uma parede não poderia ser determinado pelo custo de sua
construção, mas sim, com a dedução de 1/8 por ano que ela permanecesse de pé. Desta
forma, podemos observar claramente algumas das grandes contribuições do Império Romano
para a Contabilidade: a depreciação.

Slide 10 - Ano 476 – Século V - Mas impérios nascem, crescem e morrem. E com Roma
não foi diferente. Hordas de bárbaros invadiram a península. Os sons das batalhas
ecoavam por todo o território - Era a queda do Império Romano!

Slide 11 - Idade Média - Após o colapso do Império Romano e com a invasão dos
bárbaros, o continente europeu sofreu uma drástica diminuição no comércio,
desorganização das atividades produtivas e decadência cultural.
A alfabetização ficou restrita aos mosteiros. Esses fatos ocasionaram a interrupção na
evolução da ciência contábil.

Slide 12 - 20.000 aC a 1553 - Em contrapartida a contabilidade florescia durante a


Civilização Inca.
Os Incas foram um dos povos mais civilizados da América. Estendia-se por 4000
quilômetros ao longo da Cordilheira dos Andes sem dispor da roda e sem dispor de
hidrovias para transportar os excedentes agrícolas. Com suas técnicas de engenharia,
fizeram obras que seriam uma árdua tarefa mesmo para a engenharia moderna. Eram
construtores exímios e sem o auxílio da argamassa, edificaram paredes perfeitamente
ajustadas. Milhares de quilômetros de estradas ligavam as quatro províncias à Cuzco, a
capital, que era superior a tudo o que existia à data na Europa. Numa sociedade sem
cavalos e sem roda, todos andavam a pé. Essas estradas transpunham rios por meio de
pontes pênseis e eram tão sólidas que muitas delas foram usadas ainda no século XX.
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Os Incas cobravam tributos para manter os velhos e os doentes, e para fornecer
alimentos em épocas de má colheita. Uma sociedade que tributava as pessoas e não a
produção, só poderia ter um sofisticado esquema de controle. Eles sabiam a quantidade
de homens, mulheres e crianças de seu território e com quantos poderia contar para
montar um exército ou construir uma ponte sem afetar a produção. O segredo dessa
contabilidade eram os QUIPOS, logos cordões aos quais eram amarrados vários
pequenos cordões com diferentes tipos de nós. Os responsáveis por essa contabilidade
não podiam cometer um erro sequer na confecção ou na leitura ou pagavam com a
morte.

Slide 14 - Voltando ao Continente Europeu...


Ano 1201 - Os Árabes, ao invadirem a Península Ibérica, trouxeram os algarismos indo-
arábicos, a álgebra e obras manuscritas de contabilidade que muito influenciaram o
comércio na Velha Europa. Esse comércio floresceu, principalmente, nas cidades de
Florença, Gênova, Veneza e Pisa.
Os comerciantes necessitavam de uma escrituração capaz de refletir os interesses dos
credores e investidores e que era, ao mesmo tempo, útil nas relações entre os
consumidores e fornecedores.
A sistematização da contabilidade estava a caminho.

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CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras
civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci de autoria de
Leonardo Fibonacci. O Liber Abaci, de Leonardo Fibonacci (ou Leonardo de Pisa) é um livro
histórico sobre aritmética. Foi um dos primeiros livros ocidentais a descrever os algarismos
arábicos e o funcionamento dessa numeração, inclusive do ZERO. Ao abordar os comerciantes
e acadêmicos começou a convencer o público da superioridade deste sistema algorítmico. O
título Liber Abaci significa o "Livro do Cálculo", mas também foi traduzido como "Livro do
Ábaco". A intenção do livro é descrever os métodos de calcular sem recorrer ao ábaco.

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CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - Ano 1202 a 1494 “Summa de Arithmetica,
Geometria proportioni et proportionalità” - Livro de Luca Pacioli já impresso pela
impressora de Gutenberg (inventada em 1455) - As artes e a ciência se desenvolviam. O
continente europeu deixava a Idade das Trevas. Surge o Renascimento e com ele um
monge franciscano e célebre matemático italiano: Luca Pacioli. Considerado o pai da
contabilidade moderna, foi o primeiro a descrever a contabilidade de dupla entrada:
O Método das Partidas Dobradas. Princípio contábil segundo o qual todo lançamento a
crédito numa conta faz com que surja outra conta onde é registrada a mesma
importância a débito e vice-versa.

Slide 17 - CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - Francesco Villa nasceu em Milão


(Itália), em 1801. Foi um contador e professor de contabilidade italiano. A sua obra, “La
Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche” (A Contabilidade Aplicada à
Administração Privada e Pública), foi escrita para participar de um concurso sobre
Contabilidade promovido pelo governo da Áustria. Além do prêmio, ele recebeu o cargo de
Professor Universitário. Francesco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade,
segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa
inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas,
as leis e as práticas que regem as matérias administradas, ou seja, o Patrimônio. Era o
pensamento patrimonialista. Foi o início da fase científica da Contabilidade.
Slide 18 - 1500 – Descobrimento do Brasil
Com o a instituição do Governo Geral chegaram os Provedores da Fazenda que
acumulavam esse cargo com o de Contador. Nossos primeiros colegas em solo
brasileiro. Com o desenvolvimento da Colônia, Cartas Régias passaram a regulamentar
os princípios contábeis e instituíam cargos e funções da Administração Fazendária.
O primeiro profissional nomeado para o Brasil, especificamente como “Contador da
Casa Real”, foi Gaspar Lamego, em 05 de Janeiro de 1549, por carta de rei Dom João III,
quando o Governador Geral era Tomé de Souza.

Slide 19 - 1679 – Brasil - Através de Carta Régia foi criada a Casa dos Contos. Órgão
incumbido de processar e fiscalizar as receitas e despesas de Estado, ganhando
autonomia somente no reinado de João I.
1770 – Portugal - Foi baixada a Lei que regulamentava a profissão de Contador.
1808 – Chegada da Família Real - Inicia-se o ensino contábil em terras brasileiras com a
instalação, em 1810, da Aula de Comércio da Corte sendo nomeado o Sr. José Antonio
Lisboa como o primeiro professor de Contabilidade no Brasil. A partir daí novas escolas
eram fundadas disseminando o ensino e desenvolvendo normas e métodos.

Slide 20 - 1870 – primeira profissão liberal regulamentada no Brasil


A mais antiga instituição profissional e cultural da ciência contábil que se tem notícia no
Brasil é a Associação dos Guarda-Livros da Corte, fundada em 18 de abril de 1869 na
cidade do Rio de Janeiro - A classe contábil se organizava.

Slide 21 – 1905 - Os diplomas da Academia de Comércio do Rio de Janeiro e da Escola


Prática de Comércio de São Paulo eram reconhecidos como oficiais.
De lá para cá observa-se uma história de lutas com a fundação de associações
profissionais, sindicatos e institutos.
Em todos esses organismos estava o fio condutor que levaria à criação do Conselho
Federal e dos Conselhos Regionais de Contabilidade.

Slide 22 - 16/08/1924 – Rio de Janeiro – I Congresso Brasileiro de Contabilidade


Realizado na Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro, o Congresso
foi enfático ao recomendar a aprovação de uma lei para regulamentar o exercício da
profissão. Para chegar a esse objetivo foi preciso uma grande luta em que não faltaram
idas e voltas de projetos que eram apresentados e não apreciados. Finalmente, o
Presidente Eurico Gaspar Dutra, através do Decreto Lei nº 9295/46, reconhecia uma das
profissões mais antigas do Brasil.

Slide 23 - Devemos todas essas conquistas à tenacidade de homens que, com seu
trabalho incansável, ajudaram a consolidar a profissão, tais como:
professor Francisco D’Áuria: precursor dos estudos científicos em contabilidade no Brasil
professor Frederico Hermann Jr.: pai do ensino de Economia em nível universitário.
Senador João de Lyra Tavares: Patrono da Classe Contábil. Instituiu o dia 25 de Abril como o
Dia dos Contabilistas Brasileiros.
professor Hilário Franco: Contador, economista, administrador, professor. Lecionou mais de 35
anos em diversas instituições renomadas, sobre matérias da área contábil. Foi sócio de muitas
empresas. Atuou como consultor contábil. Foi membro dos Conselhos Fiscais de inúmeras
Companhias. A classe contábil brasileira não teria a mesma importância que possui hoje, sem
a participação do professor Hilário Franco.
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No decorrer dos séculos, o homem sempre buscou utilizar e aperfeiçoar máquinas e
instrumentos para o exercício da sua profissão. O mesmo aconteceu com os contadores.
O primeiro instrumento conhecido a ser utilizado de forma contábil foi o ÁBACO que
surgiu na Mesopotâmia (2.700 a 2.300 aC).
Com um ábaco pode-se calcular operações que utilizam a multiplicação, a divisão,
a adição, a subtração, a raiz quadrada e a raiz cúbica a uma alta velocidade.

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A primeira máquina auxiliadora de cálculos apareceu em 1642 com o filósofo e
matemático francês Blaise Pascal quando tinha 18 anos de idade. A máquina, batizada
de “la Pascalinne”, efetuava apenas as operações de adição e subtração.

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Por volta de 1668, o filósofo e matemático alemão, Gottfried Wilhelm Leibniz, inventou
uma máquina muito parecida com a “la Pascalinne,” mas que efetuava as quatro
operações (adição, subtração, divisão e multiplicação).

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Em 1901, Halcom Gordon Ellis, construiu a famosa máquina ELLIS, precursora da
máquina de contabilidade. Ela era projetada para escrever os números e calcular (soma
e subtração). Perfeita para os lançamentos contábeis da época.

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Em 1714, o engenheiro inglês Henri Mill, inventou e patenteou a primeira máquina que
possuía um primitivo dispositivo para escrever mecanicamente.
Ela era conhecida pelos nomes mecanógrafo ou datilógrafo.
Em 1838, coube aos americanos Christopher Latham Sholes, Carlos Glidden e Samuel
W. Soule idealizarem o primeiro modelo realmente viável que passou a ser
industrializado a partir de 1873 nas oficinas da empresa Remington.
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A tecnologia da Remington se firmou por muitos anos.
Com o advento de tecnologias mais avançadas, as máquinas de escrever foram, aos
poucos, sendo substituídas por computadores.

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Painel "Evolução da Contabilidade", que hoje decora o hall de entrada do CRCMG, foi
criado pelo artista plástico Sinval Fonseca, que pesquisou sobre o tema através de
visitas ao museu de contabilidade do CFC, em Brasília, e de entrevistas com o Professor
Doutor Antônio Lopes de Sá. Cada quadro do Painel simboliza uma fase da história:
* Origem da Contabilidade / Contabilidade do Mundo Antigo
* Contabilidade do Mundo Medieval
* Contabilidade do Mundo Moderno / Contabilidade do Mundo Científico

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Nos dias de hoje os avanços tecnológicos estão cada vez mais velozes.
Qual será o futuro da Contabilidade?

Slide 32 - FIM

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