Você está na página 1de 207

Este material corresponde ao conteúdo do Curso de Educação para Ciclistas, oferecido pela

Escola Pública de Trânsito do Detran/RS, na modalidade EAD.


ead.detran.rs.gov.br
APRESENTAÇÃO DO CURSO

Olá cursista,
Seja bem-vindo(a) ao curso Educação para Ciclistas, desenvolvido pela
Coordenadoria de Tecnologia e Ensino a Distância – Escola Pública de Trânsito –
DIVEDUC do Detran/RS.
O objetivo deste curso é orientar todos os usuários do trânsito sobre a utilização da
bicicleta como meio de transporte abordando os benefícios deste modal e as regras de
circulação para o compartilhamento do espaço público com responsabilidade e segurança.

Totalmente a distância, o curso tem carga horária de 24h/aula.


Dentre os temas que serão abordados, você encontrará:

Mobilidade urbana

Ciclovias e outras vias cicláveis

Sinalização

Normas de circulação

Equipamentos de segurança

1
ESTRUTURA DO CURSO E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O curso Educação para Ciclistas está organizado em quatro módulos, conforme


ilustrado abaixo.

Módulo I · A bicicleta como meio de transporte Módulo II · Infraestrutura cicloviária

Serão abordados conteúdos sobre: Serão abordados conteúdos sobre:

o História da bicicleta o Vias cicláveis


o Benefícios à saúde o Sinalização
o Sustentabilidade o Estacionamento de bicicletas
o Mobilidade urbana o Integração e compartilhamento

Módulo III · Pedalando com segurança Módulo IV · Boas ideias

Serão abordados conteúdos sobre: Serão abordados conteúdos sobre:


o Curiosidades
o O ciclista no trânsito o Equipamentos e segurança
o O pedestre e o ciclista o Serviços
o O motorista e o ciclista o Infraestrutura
o Eventos, campanhas, ações e prêmios
o Incentivos e boas práticas
o Para todos os gostos
2
METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO

A carga-horária do curso é de 24 horas e, para seu total aproveitamento, é necessário


realizar as atividades previstas, dedicando-se, em média, 6 horas de estudo semanais, que
incluem leituras, trocas e tarefas. O curso deve ser concluído até a data estipulada no
cronograma, disponível no ambiente virtual de aprendizagem.

Requisitos

Dispor de tempo para dedicação ao curso;


Realizar a leitura de todas as unidades
disponibilizadas;
Cumprir as tarefas até o prazo final do curso;
Citar a fonte devida no caso de utilizar referências
que não sejam de sua autoria.

Avaliação
A avaliação será realizada de forma processual, considerando a presença e
o envolvimento no ambiente virtual de aprendizagem, leitura das unidades e
cumprimento das atividades.

Ao longo do curso o
aluno contará com
acompanhamento
para esclarecer suas
dúvidas, sejam
específicas do
conteúdo ou de
ordem tecnológica, de
segunda a sexta-feira

3
Participação

A participação será verificada a partir de registros quantitativos monitorados


automaticamente através da própria plataforma MOODLE e da realização
das tarefas propostas ao final de cada módulo.

Certificação

A certificação está vinculada à leitura das aulas


e ao cumprimento das tarefas de forma
satisfatória (mínimo 70% de acertos), sendo
que para cada tarefa serão disponibilizadas até
três tentativas.

Findado o período do curso, ficará disponível o resultado da avaliação final,


considerado satisfatório (aprovado) ou insatisfatório (reprovado), mediante os critérios já
descritos. Após sua aprovação, você poderá gerar o seu certificado através da página
inicial do curso.

4
A BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Com o uso da bicicleta em evidência, seu reconhecimento como meio de transporte


na legislação brasileira e investimentos em infraestrutura apropriada em muitas cidades, o
tema desperta cada vez mais o interesse de usuários, estudiosos, gestores e diversos
segmentos da sociedade.
O reconhecimento das formas ativas de deslocamento pelo Código de Trânsito
Brasileiro (CTB, Lei Federal nº 9.503/97), que entrou em vigor em 1998, e a priorização dos
modos de transportes não motorizados sobre os motorizado através da Política Nacional
de Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/12) representaram importante passo na busca
de uma mobilidade mais sustentável no país.

CULTURA DA BICICLETA

Atualmente, mais do que ser utilizada como transporte urbano, prática de esporte e
lazer, a bicicleta tem gerado uma nova cultura: a “Cultura da Bicicleta”. Expressões como
“Planejamento Cicloviário” e “Cicloativismo” começam a fazer parte do vocabulário e não é
mais possível falar em mobilidade urbana sem considerar o papel da bicicleta na
organização das cidades.
Deslocar-se com este veículo representa atualmente uma escolha consciente,
econômica, saudável e sustentável de mobilidade, o que vem fomentando o
desenvolvimento de diversos programas de incentivo à mobilidade ativa, como o Fórum
Mundial da Bicicleta, que teve sua 1ª edição realizada em Porto Alegre, em 2012, e recebe
convidados do mundo inteiro para discutir o tema.

5
Para conhecer um pouco da história da bicicleta e fomentar reflexões sobre seu
potencial e relevância para a qualidade de vida, estruturamos o módulo com as seguintes
temáticas:

BENEFÍCIOS DA BICICLETA

Antes de pedalar para o próximo tema, observe a figura abaixo e descubra 10


benefícios proporcionados pela bicicleta.

ORIENTAÇÃO PARA APRENDIZAGEM

Ao término desta etapa, esperamos ter contribuído para que o cursista:


Reconheça a bicicleta como parte do trânsito;
Compreenda os impactos causados pela produção em larga escala e o aumento
do número de automotores nas ruas;
Identifique a importância do meio ambiente e da sua responsabilidade na
preservação da natureza;
Compreenda a relação entre qualidade de vida e mobilidade urbana;
Conheça algumas estratégias de mobilidade urbana sustentáveis no Brasil e no
mundo.
6
REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Política Nacional de Mobilidade Urbana. Instituída pela Lei nº 12.587, de 3 de


janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12587.htm>. Acesso em: 30 de ago. 2018.

SANCHES, Renato. Benefícios da Bicicleta. Disponível em:


<http://www.nucleobike.com.br/frases/beneficios-da-bicicleta/>. Acesso em: 05 de set. 2018.

FÓRUM Mundial da Bicicleta. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rum_Mundial_da_Bicicleta>. Acesso em: 05 de set.
2018.

7
UNIDADE 1 – HISTÓRIA DA BICICLETA

8
Balance Bike

9
10
11
12
Para finalizar esta Unidade, leia a Cartilha “Conhecendo a bicicleta”, que contém
uma breve descrição dos principais componentes e apresentação dos modelos mais comuns
de bicicleta no Brasil. Está disponível para download na biblioteca do curso. Confira!

13
REFERÊNCIAS

CIA DO PEDAL. Balance bike ou bicicleta de equilíbrio. Disponível em: <


https://www.ciadopedal.com.br/blog/balance-bike-ou-bicicleta-de-equilibrio/>. Acesso em: 05
de set. de 2018.

DEUSTCHE WELLE – DW. A bicicleta completa 200 anos. Disponível em: <
https://www.dw.com/pt-br/a-bicicleta-completa-200-anos/g-39211186 >. Acesso em: 03 set.
2018.

ESCOLA DE BICICLETA. A história da bicicleta no mundo. Disponível em:


<http://www.escoladebicicleta.com.br/historiadabicicleta.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Draisiana, a avó alemã da bicicleta.


2013. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/4306/draisiana-a-avo-alema-da-
bicicleta.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

SCHETINO, André. Um pouco de história: a diferença entre velocípede e bicicleta.


Disponível em:< https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/um-pouco-de-historia-a-diferenca-
entre-velocipede-e-bicicleta/>. Acesso em: 30 ago. 2018.

TRANSPORTE ATIVO. História do surgimento da bicicleta. Disponível em:


<http://transporteativo.org.br/wp/2008/03/16/historia-do-surgimento-da-bicicleta/>. Acesso
em: 01 de set. de 2018.

14
UNIDADE 2 – BENEFÍCIOS À SAÚDE

Andar de bicicleta é uma excelente opção para a saúde e o condicionamento físico.


Por trabalhar vários grupos musculares de forma rítmica utilizando o oxigênio para gerar
energia, é classificado como um exercício aeróbico. Se praticado regularmente, pode trazer
vários benefícios para a saúde, aumentando a longevidade e a qualidade de vida.
Veja alguns deles no quadro abaixo:

Fonte: http://www.panelinhasaudavel.com.br/dicas/dicas-fitness/benefícios-de-andar-de-bicicleta

Dados revelados no Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS),


publicado em 2014, apontam que a maioria das mortes no Brasil são
causadas por doenças relacionadas ao sobrepeso e ao sedentarismo,
ressaltando a importância de adotarmos um estilo de vida mais ativo e
DICA
saudável.

BENEFÍCIOS DE ANDAR DE BICICLETA NO DIA A DIA

Vamos conferir, então, de que forma a bicicleta contribui com a saúde de quem faz
dela seu principal meio de transporte?

Melhora a frequência cardíaca


1 A intensidade de um exercício é controlada pela frequência do batimento cardíaco,
sendo assim, durante o treino com a bicicleta é possível fortalecer o coração, visto que se
trata de uma atividade aeróbica, melhorando a circulação cardíaca e reduzindo o risco de
doenças cardiovasculares.

15
Diminui a retenção de líquidos
2 Quanto mais pedalamos, mais o metabolismo acelera. Mantendo uma boa hidratação
(antes, durante e após a pedalada) o corpo tende a potencializar os processos orgânicos,
inclusive a eliminação de toxinas, o que resulta em melhor funcionamento dos rins e menor
retenção de líquidos.

Deixa a pele mais saudável


3 As pedaladas fortalecem o coração e, com isso, os pulmões passam a funcionar com
mais qualidade, tornando o metabolismo mais eficiente, acelerando a renovação celular e a
eliminação de toxinas, podendo, inclusive, reduzir as olheiras.

Controla a ansiedade
4 Pedalar estimula a produção de hormônios como a endorfina, que asseguram bem-
estar e relaxamento, ajudando no controle do estresse e ansiedade.

Fortalece a musculatura
5 Os membros inferiores são mais exigidos durante o treino e resultam em músculos
mais fortes e bem definidos, porém, não necessariamente ocorre o aumento da massa
muscular. O abdômen tende a ficar mais definido devido à necessidade de boa postura e
contração permanente para proteger as costas de dores e lesões.

Controla o peso
6 Especialistas apontam que em 1 hora de pedaladas é possível queimar,
aproximadamente, de 300 a 500 calorias, dependendo da carga, velocidade e esforço
empregados durante o treino.

Não sobrecarrega articulações


7 Não sendo uma atividade de impacto, como a corrida ou a caminhada, andar de
bicicleta não agride os joelhos, o que a torna possível inclusive para pessoas com problemas
nessas articulações. Pelo contrário, pode diminuir as dores, através do fortalecimento de sua
musculatura e demais estruturas.

16
Melhora o sistema respiratório
8 Pedalar melhora o condicionamento físico e o controle da respiração, fortalecendo os
músculos utilizados para respirar, ampliando a capacidade pulmonar e auxiliando o
organismo a distribuir melhor o oxigênio inspirado.

E se o ar da cidade for muito poluído, respirar mais e melhor será prejudicial?

Dois grandes estudos a respeito da prática de exercícios no ar poluído, realizados na


Universidade de Cambridge, da Grã-Bretanha e na Universidade de Copenhagen, da
Dinamarca, usando diferentes tecnologias, chegaram à conclusão idêntica: com relação às
questões respiratórias, vale mais a pena o exercício no ambiente poluído do que o
sedentarismo. Ou seja, a poluição prejudica mais a população sedentária do que aqueles
que praticam alguma atividade física, mesmo que exposta aos seus malefícios. Segundo
Marko Tanio, da Unidade de Epidemiologia da Universidade de Cambridge, “... os
benefícios da viagem ativa para saúde sempre superam os riscos da poluição. Mesmo em
Nova Déli, uma das cidades mais poluídas do mundo [...] as pessoas precisariam andar de
bicicleta mais de cinco horas por semana antes de os riscos da poluição superarem os
benefícios para saúde.”
Além disso, quanto mais deslocamentos ativos uma cidade tiver, menores serão os níveis
de poluição gerados pelos veículos motorizados o que, consequentemente, influencia na
qualidade do ar e diminui a ocorrência de doenças do trato respiratório.

E muito mais...
9 Pedalar também melhora a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico,
melhora os índices de colesterol, reduz os riscos de depressão e proporciona sensação de
liberdade e prazer, diretamente associadas à felicidade, contentamento e disposição. Os
benefícios à saúde são inúmeros! Se ainda restam dúvidas, vamos conferir dados de
pesquisas e estudos científicos sobre o tema.

Pesquisa 1

Um estudo realizado no ano de 2000, na Dinamarca, onde, na época, aproximadamente


46% da população utilizava bicicleta para ir ao trabalho, indicou uma associação entre o
uso da bicicleta como meio de transporte e a redução de aproximadamente 40% no risco
de morte por todas as causas (CARVALHO & FREITAS, 2012).
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n6/v17n6a24.pdf

17
Pesquisa 2

Um estudo publicado no periódico Aging Cell, em 08 de março de 2018, indica que o ato
de pedalar ajuda a manter o sistema imunológico jovem. A pesquisa está relacionada com
a produção das células T. São elas que protegem o sistema imunológico, identificando e
neutralizando invasores. Nos resultados, foram encontrados níveis mais altos de células T
jovens nos ciclistas mais velhos em relação a um grupo sedentário da mesma faixa etária.
Além disso, em nível similar a um grupo de pessoas mais jovens. Pedalar, então, pode
ajudar a retardar o declínio natural e progressivo do nosso sistema imunológico.
Fonte: https://gizmodo.uol.com.br/pedalar-sistema-imunologico

Pesquisa 3

O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) realizou um pesquisa, publicada


em 2018, sobre o “Impacto do Uso da Bicicleta na Cidade de São Paulo” em áreas como
mobilidade urbana, economia, meio ambiente e saúde, entre outras, concluindo que
ampliar o uso do transporte ativo por bicicleta, poderia gerar uma economia anual nos
gastos com saúde pública em torno de R$34, 4 milhões. Isso devido à diminuição das
internações hospitalares por doenças cardiovasculares e diabetes, já que a atividade
física reduz o risco dessas doenças.
Fonte: http://www.mobilize.org.br/midias/pesquisas/impacto-social-do-uso-da-bicicleta-em-
sao-paulo.pdf

Pesquisa 4

Segundo o médico e pesquisador em neurociência John Fontenele Araújo (UFRN),


através do estímulo do sistema cardiovascular e da atividade motora, pedalar também
ajuda no tratamento e melhora dos sintomas de doenças neurodegenerativas que afetam
os movimentos, como Parkinson, por exemplo, influenciando diretamente na qualidade de
vida.
Fonte: http://www.mobilize.org.br/noticias/11047/bicicleta-melhora-atividade-motora-de-
doentes-neurologicos-diz-pesquisador.html

18
Pesquisa 5

Uma pesquisa publicada no British Medical Journal, em 2017, demonstrou resultados


impressionantes relativos aos benefícios de usar a bicicleta para deslocamento ao
trabalho:
• risco 41% menor de morte (independente da causa) em relação a quem faz o
trajeto com veículo automotor;
• risco 52% menor de morte relacionada à doença cardíaca;
• risco 40% menor de morte decorrente de câncer;
• risco 46% menor de desenvolvimento de doenças cardíacas;
• risco 45% menor de desenvolvimento de câncer.
Até mesmo as pessoas que se deslocam de modo misto, não realizando todo o trajeto de
bicicleta, já apresentam mais benefícios que a categoria não-ativa de pesquisados.
Fonte: https://www.bmj.com/content/357/bmj.j1456

A BICICLETA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE

Comprovada a relação direta entre vida saudável e atividade física, adotar a bicicleta
como meio de transporte se mostra uma opção interessante para a prática de exercício
físico de forma regular, especialmente àqueles que não têm tempo, dinheiro ou disposição
para investir em academias ou treinamentos.

Apesar de não haver contraindicação para


o uso da bicicleta, pessoas com problemas
de saúde (especialmente cardíacos),
mesmo que controlados, devem fazer
acompanhamento médico regular,
ajustando a frequência e intensidade das
pedaladas de forma a aproveitar o máximo
de benefícios que essa atividade
proporciona.

19
REFERÊNCIAS

CARVALHO, M. L., FREITAS, C. M. Pedalando em busca de alternativas saudáveis e


sustentáveis. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000600024&lng=pt
obtido em 03/07/2015>. Acesso em: 01 de set. de 2018.

CELIS-MORALES, Carlos A. et al. Association between active commuting and incident


cardiovascular disease, cancer, and mortality: prospective cohort study. The BMJ.
Disponível em: <https://www.bmj.com/content/357/bmj.j1456>. Acesso em: 03 set. 2018.

CIA DO PEDAL. Os benefícios de andar de bicicleta. Disponível em:


<https://www.ciadopedal.com.br/blog/os-beneficios-de-andar-de-bicicleta/>. Aceso em: 01 de
set. 2018.

GIZMODO BRASIL. Pedalar mantém o sistema imunológico jovem, diz estudo.


Disponível em: <https://gizmodo.uol.com.br/pedalar-sistema-imunologico/>. Acesso em 01
de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Bicicleta melhora atividade motora


de doentes neurológicos, diz pesquisador. 2018. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/11047/bicicleta-melhora-atividade-motora-de-doentes-
neurologicos-diz-pesquisador.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

NEWS BRASIL. Exercício pode anular efeito nocivo da poluição do ar, diz estudo.
Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/geral/2016/05/160505_exercicio_poluicao_beneficios_fn>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

PANELINHA SAUDÁVEL. Benefícios de andar de bicicleta. Disponível em:


<http://www.panelinhasaudavel.com.br/dicas/dicas-fitness/beneficios-de-andar-de-bicicleta>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

20
SOBREPESO. Vale a pena praticar exercícios mesmo em cidades com ar poluído?.
Disponível em: <http://www.sobrepeso.com.br/vale-a-pena-praticar-exercicios-mesmo-em-
cidades-com-ar-poluido/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

TAVARES, L. Conheça sete benefícios de andar de bicicleta. Disponível em:


<http://www.minhavida.com.br/fitness/galerias/15034-conheca-sete-beneficios-de-andar-de-
bicicleta/#carousel-galeria>. Acesso em: 01 de set. 2018.

TORRES-FREIRE, C., CALLIL, V., CASTELLO, G. Impacto social do uso da bicicleta em


São Paulo. São Paulo : Cebrap, 2018. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/midias/pesquisas/impacto-social-do-uso-da-bicicleta-em-sao-
paulo.pdf>. Acesso em: 01 de set. 2018.

World Health Organization - WHO. Noncommunicable Diseases (NCD) Country Profiles.


Disponível em: <http://www.who.int/nmh/countries/bra_en.pdf>. Acesso em: 03 set. 2018.

21
UNIDADE 3 - SUSTENTABILIDADE

Com o crescimento da população mundial aliado a um sistema econômico que


incentiva o consumo, o conforto, a individualidade e o comodismo, o planeta vem sofrendo,
ao longo dos anos, as consequências da exploração desenfreada de recursos naturais e da
falta de gerenciamento dos resíduos produzidos, especialmente nos grandes centros
urbanos.
Por muito tempo essas questões foram negligenciadas, porém, cada vez mais
pessoas reconhecem a necessidade de adotar estilos de vida sustentáveis, revendo e
substituindo seus hábitos inadequados. Se não pela ampliação da consciência, pela
iminência de esgotamento dos recursos existentes, tão essenciais para nossa sobrevivência.

Vivemos hoje sob os efeitos colaterais do “desenvolvimento”, sendo imprescindível


voltarmos a nossa atenção para a sustentabilidade do planeta. Nesta unidade, veremos
qual a contribuição do trânsito nesse cenário, bem como o potencial da bicicleta diante dos
desafios.

O SETOR AUTOMOTIVO E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Se ao longo da história a humanidade foi deixando a marca de sua inteligência em


criações artísticas, obras de engenharia, descobertas científicas e invenções que nos
enchem de orgulho e melhoraram nossa vida, deixou também, sobretudo nos últimos dois
séculos, principalmente a partir da revolução industrial, rastros de destruição e morte

22
considerados como “efeito colateral” de seu desenvolvimento, que comprometeram
significativamente a qualidade de vida de todas as espécies.

A aceleração do processo de dizer que o veículo automotor


destruição ocorre paralelamente surge com força tal que pode ser
ao gradual desaparecimento da considerado um símbolo da nossa
crença que antigas culturas civilização. Prova disto é que
tinham de que a natureza era nossas cidades foram moldadas
sagrada, o uso de seus recursos para sua utilização e sua
era aceitável apenas para modernidade, até pouco tempo,
subsistência. Com o crescimento expressada pelas vias, viadutos e
populacional, a natureza foi aos estacionamentos disponíveis, que
poucos virando mercadoria, substituíram as áreas verdes e
moeda de troca, e com um alto diminuíram cada vez mais o
valor comercial. Dentro deste espaço destinado aos
quadro, podemos deslocamentos não motorizados.

PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA E O AUMENTO DO NÚMERO DE AUTOMOTORES


NAS RUAS

A partir do momento em que foi iniciada uma produção em larga escala e as


instituições financeiras passaram a abrir linhas de crédito especiais para o financiamento de
sua aquisição, o automóvel tornou-se um bem no topo dos desejos de consumo das
pessoas, não apenas por auxiliar e tornar mais fáceis as nossas vidas, mas pelo que acabou
por significar em termos de status social e econômico.
O aumento do número de automotores nas ruas,
além de causar uma inversão do seu propósito de tornar
os deslocamentos mais rápidos e confortáveis, trouxe
uma série de problemas relacionados ao meio ambiente e
à sustentabilidade do planeta. A exploração desenfreada

23
de recursos naturais, a poluição do ar e dos rios e a diminuição da qualidade de vida,
principalmente nos grandes centros urbanos, passaram a ser motivo de preocupação.

USO DOS RECURSOS DA NATUREZA

Os problemas aparecem já no processo de produção, que retira da natureza uma


quantidade exorbitante de recursos, por exemplo, a água, conforme ilustrado na imagem ao
lado. Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) na Conferência Ethos Internacional 2012, chamou os carros de
delinquentes da sustentabilidade, pelos impactos que lhe podem ser creditados:
• emissões de gases de efeito estufa;
• pesa 20 vezes a carga que transporta;
• ocupa demasiado espaço por número de pessoa que transporta;
• prejuízos econômicos, sociais e de saúde pública por acidentalidade, mortalidade e
congestionamentos, dentre outros.

A CULTURA COMO PILAR DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Essa preocupação com o meio ambiente e a valorização de formas sustentáveis de


interação no mundo, que faz parte da cultura de diversos países já há algum tempo, vem
ganhando cada vez mais espaço também no Brasil. A cada ano mais pessoas são
sensibilizadas com a necessidade de preservar a natureza e estabelecer com ela uma
relação mais responsável e menos exploratória, repensando seus hábitos e mudando suas
escolhas em prol de um estilo de vida sustentável.
Para tanto, é necessário perceber que a vida humana está integrada ao meio
ambiente e, assim, sua qualidade e continuidade depende diretamente da forma como nos

24
relacionamos com a natureza. Viver de forma sustentável significa, então, suprir as
necessidades atuais sem impedir que as gerações futuras possam suprir as suas, sem
esgotar os recursos disponíveis e respeitar seu tempo de renovação. Utilizar apenas o que é
necessário, reduzir gastos, explorar menos, preservar mais.

A própria indústria automobilística vem adotando alternativas mais sustentáveis para


reduzir seus efeitos nocivos ao meio ambiente, até porque disso depende a própria
longevidade dos automotores. Veículos mais eficientes na queima de combustíveis,
catalisadores mais avançados e novos tipos de combustíveis vêm sendo testados. Um
exemplo são os carros elétricos, cada vez mais numerosos e com maior autonomia, eles já
podem ser vistos rodando por todo o mundo.

Mas não vamos nos enganar! De nada adianta um carro elétrico se não temos
à disposição eletricidade gerada por fontes limpas.

25
A sustentabilidade exige o equilíbrio entre aspectos econômicos, sociais, culturais e
ambientais. A bicicleta, nesse contexto, sem dúvida é a opção mais eficiente! É um meio de
transporte ecologicamente correto, pois não causa poluição atmosférica e nem sonora, é
economicamente viável (baixo custo de fabricação, aquisição e manutenção), é socialmente
justa (acessível a diversas classes sociais), e é culturalmente aceita, ganhando cada vez
mais adeptos em função de todos os benefícios que oferece . Não obstante, é considerada
pela ONU o veículo mais sustentável do planeta.

Finalize seu estudo sobre o tema realizando a leitura obrigatória do texto


“O veículo do futuro”, disponível na biblioteca do curso.

POR UM MUNDO SUSTENTÁVEL

Se tantas pessoas entendem, concordam e desejam um estilo de vida mais


sustentável, o que será que falta? Talvez precisemos aprender a usar nossa força na busca
de uma vida mais saudável e mais justa para todos. Repensar nossos hábitos, abrir mão do
comodismo em prol do bem comum, pensar antes de agir, fazer escolhas conscientes e nos
comprometer com elas. Ser menos reféns da conveniência e assumir a responsabilidade
que nos cabe na transformação da sociedade, como cidadãos, e na condução da nossa
própria vida.
Motivos não faltam! O que tem que faltar são as desculpas!
E então, bora pedalar para o próximo tema?

26
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SETOR DE BICICLETAS. Laboratório de Mobilidade


Sustentável. A economia da bicicleta no Brasil. Disponível em:
<http://economiadabicicleta.org.br/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

BERNARDES, Claudio. Logística eficiente de entregas é fundamental para cidade


sustentável. Associação Nacional de Transportes Públicos. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/logistica-eficiente-de-entregas-e-fundamental-para-
cidade-sustentavel-claudio-bernardes.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

CICLOVIVO. Uso de bicicleta diminui quase 400 mil toneladas de gases poluentes por
ano. Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/sem-categoria/uso-de-bicicleta-diminui-quase-
400-mil-toneladas-de-gases-poluentes-por-ano/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

ÉPOCA. Quantos litros de água são usados na fabricação de cada produto?. Disponível
em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/03/quantos-litros-de-agua-sao-
usados-na-fabricacao-de-cada-produto.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Com a bicicleta por um mundo sustentável. Disponível em:


<http://www.euvoudebike.com/2012/03/com-a-bicicleta-por-um-mundo-sustentavel/>. Acesso
em: 01 de set. 2018.
GAETE, Constanza Martínez. As 6 metas de mobilidade urbana de Copenhague para
2025 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/791592/as-6-metas-de-
mobilidade-urbana-de-co>. Acesso em: 01 de set. 2018.

GALLOWAY, Lindsey. Como é a vida nas cidades mais ecológicas do mundo. BBC News
Brasil. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150121_vert_tra_cidades_ecologicas_ml
>. Acesso em: 01 de set. 2018.

27
INSTITUTO ETHOS. O setor automotivo e o desenvolvimento sustentável. Disponível
em: <https://www3.ethos.org.br/cedoc/o-setor-automotivo-e-o-desenvolvimento-
sustentavel/#.W3XUT9JKhdg>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Bicicleta é mais sustentável, melhor


para o bolso e a saúde, diz estudo. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10980/bicicleta-e-mais-sustentavel-melhor-para-o-bolso-
e-a-saude-diz-estudo.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Crowdshipping, uma solução de


logística sustentável. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10560/crowdshipping-entregas-feitas-por-cidadaos-
comuns-uma-solucao-de-logistica-sustentavel.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. No dia da bicicleta, BikePoa celebra


1 milhão de viagens. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10338/no-dia-da-
bicicleta-bikepoa-celebra-1-milhao-de-viagens.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

TANSCHEIT, Paula. Menos carros nas ruas, menos poluição, mais transporte ativo.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2018/06/15/menos-carros-nas-ruas-menos-
poluicao-mais-transporte-ativo/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

WRI BRASIL. Reino Unido é exemplo de mobilidade urbana sustentável. Disponível em:
<http://wricidades.org/content/reino-unido-%C3%A9-exemplo-de-mobilidade-urbana-
sustent%C3%A1vel>. Acesso em: 01 de set. 2018.

28
UNIDADE 4 – MOBILIDADE URBANA

CONCEITO

A mobilidade urbana tem se tornado cada vez mais um elemento primordial quando o
assunto é qualidade de vida. Deve-se isto às necessidades que temos e o tempo que
ocupamos em nossos deslocamentos diários. Quando o ir e vir se torna um problema,
certamente a nossa mobilidade está comprometida.
Pela sutil diferença entre seus significados e por serem ideias intimamente ligadas, o
conceito de mobilidade urbana é frequentemente confundido com o próprio conceito de
trânsito. Clique na figura abaixo para obter suas definições.

Trânsito ≠ Mobilidade Urbana

“Considera-se trânsito a utilização das


“Mobilidade urbana se refere à
vias por pessoas, veículos e animais,
condição em que se realizam os
isolados ou em grupos, conduzidos ou
deslocamentos de pessoas e cargas no
não, para fins de circulação, parada,
espaço urbano” (Política Nacional de
estacionamento e operação de carga
Mobilidade Urbana, art. 4º, inciso II).
ou descarga” (CTB, art. 1º, §1º).

Partindo destas definições, de um modo sucinto, podemos entender trânsito como os


deslocamentos em si, e mobilidade como a condição em que estes deslocamentos ocorrem,
sua qualidade. A mobilidade urbana é, então, uma característica que classifica o trânsito, daí
sua relevância na qualidade de vida de todos nós.

O TRÂNSITO NO BRASIL

A atual condição do trânsito no Brasil caracteriza-se por uma série de dificuldades,


muitas das quais decorrentes do crescente aumento da quantidade de veículos motorizados,
em especial de automóveis, que acaba sobrecarregando o espaço disponível e, assim,
29
provocando grandes congestionamentos, poluição atmosférica, além de estresse,
impaciência, irritação e outros tantos problemas que prejudicam a qualidade de vida de
todos e se constituem em desafios à mobilidade urbana das cidades.
Reverter esse quadro passou a ser objetivo de políticas públicas e obrigação dos
governos federal, estaduais e municipais, explicitamente determinados em Leis, como:

“Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001):

”Estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso


da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem
estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental” (art. 1º, Parágrafo
Único).

Como diretrizes da política urbana, estabelece em seu art. 2º, dentre outros:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à
terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as
presentes e futuras gerações;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial
da população e das atividades econômicas do Município e do território sob
sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços
públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou
inadequados em relação à infraestrutura urbana;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de
expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental,
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização.

30
Política Nacional da Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012)

Destaca a priorização dos investimentos na mobilidade dos pedestres, ciclistas


e usuários dos transportes públicos, em detrimento do transporte individual
motorizado. Caracteriza-se, então, como mais um avanço no processo de
mudança para um modelo mais sustentável de mobilidade urbana.

A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo:


“contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das
condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e
diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e
da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana” (art. 2º).

Apresenta como princípios (art. 5º):


II - o desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões
socioeconômicas e ambientais;
VIII - equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros;
IX - a eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.

Sobre as diretrizes (art. 6º), define:


II - prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados
e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual
motorizado;
III - integração entre os modos e serviços de transporte urbano;
IV - mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos
de pessoas e cargas na cidade.

SOLUÇÕES

O problema da mobilidade urbana não é exclusividade do Brasil ou dos países em


desenvolvimento. Diversas cidades no mundo sofrem com os problemas decorrentes do
crescimento urbano desordenado e negligente em termos de sustentabilidade. Mesmo

31
aquelas que atualmente são consideradas modelos de mobilidade tiveram que se reinventar
e adotar medidas revolucionárias para amenizar as dificuldades.
A notícia boa é que muitas soluções vêm sendo encontradas. Elas necessariamente
saíram do “lugar comum”, que é a abertura de mais ruas e a construção de mais viadutos,
medidas que já não se mostram eficientes. Ao invés de disponibilizar mais espaço para os
automotores, a ideia é desestimular seu uso, através de medidas como o pedágio urbano
(tarifas para circulação em vias dentro de um perímetro), a restrição de circulação em
determinadas áreas, geralmente centrais, a diminuição de vagas de estacionamento, o
aumento do espaço para pedestres e a gratuidade no transporte público, tornando mais
interessante substituir o veículo motorizado individual por modais mais sustentáveis.
Clique nos botões abaixo e conheça alguns exemplos:

Pedágio urbano Restrição de Outras


acesso alternativas

Estas medidas ainda são a exceção, pois a regra, em todas as partes do mundo,
ainda é a construção de novas vias e a ampliação das já existentes. Porém, práticas visando
à redução ao invés do acréscimo da capacidade de tráfego estão pipocando aqui e ali,
tornando-se uma tendência, também reforçada pela necessidade premente de diminuir as
emissões de gases e material particulado.

NOVAS FORMAS DE SE PENSAR MOBILIDADE URBANA

Atualmente, três novos conceitos estão dominando o pensamento dos urbanistas e


pessoas preocupadas com a mobilidade e a sustentabilidade: ruas completas, bairros mistos
e cidades compactas. Na realidade são três recursos que apresentam soluções semelhantes
em escalas diferentes. Eles têm uma característica comum que é incentivar a mobilidade
ativa com segurança e comodidade, valorizando o comércio de rua e a pluralidade dos
modais de transporte. Como seus próprios nomes sugerem, buscam a aproximação das
pessoas de suas necessidades, sempre rodeadas por parques e espaços ao ar livre.
As ruas completas estimulam a economia local, democratizam e revitalizam o espaço
urbano, além de torná-lo mais seguro. Saiba mais realizando a leitura do texto a seguir.

32
Saiba mais sobre ruas completas
As ruas completas estimulam a economia local, democratizam e
revitalizam o espaço urbano, além de torna-lo mais seguro. Geralmente
promovem aumento na circulação de pedestres e ciclistas e redução no
número de acidentes de trânsito, visto que os veículos automotores
passam a diminuir a velocidade e aumentar o cuidado com os outros
partícipes.
Com o intuito de disseminar o conceito de Rua Completa no Brasil, foi
lançada em 2017 a Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono,
coordenada pelo WRI Brasil, em parceria com a Frente Nacional de
Prefeitos e apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS). Onze cidades
foram pré-selecionadas para elaborar projetos piloto de Ruas Completas:
Niterói, Porto Alegre, João Pessoa, Campinas, Joinville, Salvador, São
Paulo, Juiz de Fora, Recife, Fortaleza e Brasília.
Não existe um modelo único de Rua Completa, pois seu desenho final
depende de diversos fatores locais, como os tipos de usuários, a região,
os desejos da comunidade local e os recursos financeiros disponíveis.
Diversas estratégias podem ser utilizadas, por exemplo:

 Estreitamento das faixas de tráfego dos veículos automotores;


 Implantação de ciclovias, ciclofaixas e demais elementos de
infraestrutura para ciclistas;
 Implantação de faixas de travessia de pedestres;
 Nivelamento das vias com as calçadas;
 Sinalização clara para todos os usuários;
 Elementos que favoreçam a acessibilidade para pessoas com
deficiência e idosos;
 Diminuição das vagas de estacionamento para automotores;
 Implementação de faixas exclusivas para ônibus;
 Estreitamento das travessias e ilhas de refúgio para pedestres;
 Plantio de árvores e implantação de mobiliário urbano.

33
Devemos sempre levar em conta que Mobilidade Urbana vai além de trânsito e
transporte. Mudanças benéficas e com efeitos de longo prazo exigem mudanças de
paradigma em diversos aspectos de nosso modo de vida contemplando a sua complexidade.
Exige a saída do que muitos consideramos uma ”zona de conforto” para um estágio em que
um movimento diferente se torne confortável para todos.
Nesse contexto, a bicicleta se apresenta como uma alternativa estratégica. Além de
economizar tempo de deslocamento, já que o ciclista dificilmente fica preso em
congestionamentos, o uso da bicicleta permite também um contato mais próximo com a
cidade e com a natureza e tem grande potencial para reduzir o número de veículos
automotores.

Você já ouviu falar em Desafio Intermodal?

Para exemplificar os benefícios quanto à rapidez de deslocamento, trazemos a


experiência do Desafio Intermodal do município de São Paulo, que é desenvolvido pelo
Instituto Ciclobr e busca identificar a forma mais eficiente de se deslocar na cidade através
de experiências práticas utilizando vários meios de transporte. Os resultados da edição de
2014 mostraram que o tempo gasto pelo ciclista para completar o trajeto de 10 km, utilizando
vias rápidas, foi de 20 minutos, mais rápido, inclusive, que o motociclista, que precisou de 23
minutos para concluir. O condutor de veículo automotor levou 59 minutos.

34
Desafio Intermodal de Porto Alegre/RS

Os resultados da edição de 2014 mostraram que o tempo gasto pelo ciclista para
completar o trajeto de 10 km, utilizando vias rápidas, foi de 20 minutos, mais rápido,
inclusive, que o motociclista, que precisou de 23 minutos para concluir. O condutor de
veículo automotor levou 59 minutos. Nas duas edições do Desafio Intermodal realizadas
pelo Detran/RS, em 2016 e 2017, a bicicleta também chegou em primeiro lugar. Na
tabela abaixo é possível conferir o desempenho de cada modal na segunda edição.

O objetivo do Desafio Intermodal é criar um quadro comparativo entre os modais para


ver qual chega mais rápido, mas essa iniciativa, para além de ser uma simples
competição, convida as pessoas a refletirem quanto aos seus deslocamentos diários,
pesando prós e contras das diferentes possibilidades e também a perceberem que há
meios mais ágeis, econômicos e, claro, mais saudáveis para elas e o meio ambiente.

Clique aqui e assista ao vídeo mostrando a experiência de Porto Alegre.

35
PRINCÍPIOS DE MOBILIDADE COMPARTILHADA PARA CIDADES HUMANAS

Apesar de todas as vantagens advindas do uso da bicicleta para deslocamento


urbano, o desenvolvimento das cidades ainda tem priorizado o veículo automotor particular,
tornando-o muitas vezes a opção mais atrativa e cômoda. É o caso, como já citamos, das
ampliações de vias de tráfego, diminuição das áreas verdes e da temporização dos
semáforos, que na maioria das vezes favorece o fluxo dos automotores. Para que ocorra
uma melhora efetiva na mobilidade urbana no Brasil, é necessária uma mudança de
paradigma nas políticas públicas, que priorize a mobilidade ativa, em respeito à saúde e à
sustentabilidade.
Incentivar e promover uma rede de integração em que as diferentes opções de
modais se complementem, onde o cidadão possa fazer escolhas conforme seu trajeto e
necessidade, tem se mostrado mais eficiente do que apostar num único modal como
“salvação”. Em um sistema inteligente e eficiente de mobilidade um modal não precisa
concorrer com outro, eles podem coexistir de forma harmônica, se complementando.

Os 10 Princípios de
Mobilidade Compartilhada
para Cidades Humanas,
uma lista elaborada por um
grupo de especialistas em
transportes, também se
propõe a auxiliar a população
e tomadores de decisões na
escolha e aplicação dos
princípios fundamentais que
trarão melhor resultado na
mobilidade para cada
realidade. Saiba mais sobre
cada princípio.

36
SISTEMA MULTIMODAL E O PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DE PORTO ALEGRE

A utilização de um sistema multimodal e integrado vem despontando como uma


tendência mundial e a bicicleta se destaca nesse meio como uma potencial ferramenta de
integração, desde que haja investimentos em infraestrutura que garanta, além de uma
integração eficiente, com estações e espaço para transporte das bicicletas nos ônibus, táxis
e metrô, segurança para seus usuários.
Nem todas as pessoas moram perto
Segundo estatística da Associação Nacional de
das estações de transporte coletivo,
Transportes Públicos (ANTP) em 10 anos, os
mas se elas tiverem acesso facilitado
deslocamentos feitos com bicicletas no Brasil
para chegar até a estação com uma
saltaram de 1,3 bilhão (2004) para 2,6 bilhões
bicicleta, por exemplo, já é um ganho
(2014). Embora tenhamos cada vez mais ciclistas
para a população e as cidades.
nas ruas, ainda não temos investimento em
Sabemos que cada cidade tem suas
infraestrutura adequada e eficiente em termos de
especificidades, mas em termos
conexão da bicicleta com outros modais.
práticos, para efetivar essa integração,
é essencial um planejamento urbano baseado no diagnóstico dos deslocamentos da
população, de onde vem e para onde vão, considerando as necessidades diárias de
destinos para investir em projetos que promovam a integração.

A elaboração do Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre, aprovado pela Lei


Complementar 626/2009, buscou contemplar esses requisitos, realizando diagnóstico de
aspectos como indicadores socioeconômicos do município, demanda atual do uso de
bicicletas, baseada em análises de dados e pesquisa de campo, condições físicas e
topografia da cidade, sistema viário e de transportes existentes, segurança dos ciclistas,
aspectos institucionais e de gestão relacionados ao transporte cicloviário, determinação da
demanda futura baseada em projeções demográficas e pesquisa de potenciais usuários,
para um horizonte de 15 anos. Além disso, o plano, que prevê cerca de 400 km de ciclovias
e ciclofaixas, apresenta propostas de implementação e medidas necessárias para uma
gestão eficiente. A elaboração teve participação dos órgãos públicos, através de grupo de
trabalho, e da comunidade, através de seminários onde foram discutidos os resultados do
diagnóstico, as diretrizes e as propostas do plano. O orçamento para implantação foi
previsto em 40 milhões de reais, valor considerado modesto se comparado com o custo de
intervenções em outros modais.

37
MOBILIDADE URBANA NO BRASIL E NO MUNDO

Nossa realidade de mobilidade urbana ainda está longe da ideal e, embora ainda haja
a priorização dos veículos motorizados, aos poucos, novas ações e investimentos vão
propiciando o surgimento de uma nova cultura. Assim como Porto Alegre, muitas cidades,
principalmente as capitais e metrópoles do Brasil, já estão aumentando a malha cicloviária e
promovendo formas de incentivar o uso das bicicletas.

“No Brasil, o incentivo ao pedalar ainda é tímido tanto por


parte do poder público quanto da iniciativa privada. No
entanto, os óbvios benefícios econômicos, ambientais e as
vantagens para a saúde da população deverão, aos poucos,
justificar mais investimentos no futuro. A prioridade para
esse grupo deve ser oferecer uma infraestrutura segura para
o pedalar e conexões eficientes com o transporte coletivo”
(TANSCHEIT, 2017).

Existem cidades pelo mundo que já estão algumas léguas à nossa frente no que se
refere ao incentivo a este modal, e podem servir de exemplo na nossa caminhada. Vamos
conferir?

38
Copenhague (Dinamarca)

• Possui sensores para contar bicicletas espalhados pela cidade.


• Semáforos exclusivos para bikes.
• Prioridade para pedestres e ciclistas.
• Onda verde em várias rotas (20 Km/h).
• Considerada a melhor cidade do mundo para pedalar desde 2015.

Lyon (França)

• Foi onde surgiu o modelo de compartilhamento de bicicleta considerado “terceira


geração”, que permitiu a retirada e devolução da bike em qualquer estação; inspirou
Paris, Londres e se disseminou pelo mundo, inclusive, é o principal sistema utilizado no
Brasil.
• A avenida que circunda o rio Rhône é exclusiva para ciclistas e pedestres.

Paris (França)

• Investimentos para dobrar a rede cicloviária.


• Quer ser Capital do Ciclismo do Mundo em 2020.
• Sistema de aluguel de bikes (Vélib) conta com frota de bikes elétricas e mais de 1.700
estações.

Amsterdã (Holanda)

• Diversas ruas possuem bike-box: espaço à frente dos carros para que os ciclistas
aguardem o semáforo em segurança.
• Há um processo de formação para ciclistas, que fazem um teste prático aos 12 anos de
idade.

Mälmo (Suécia)

• Possui vias exclusivas para bicicletas com nome próprio, facilitando a localização.
• Todo o transporte urbano é adaptado para que haja intermodalidade.
• A Estação Central conta com estacionamento para 1.500 bikes, áreas de descanso,
duchas, loja de bicicletas e vagas para bikes de carga.

39
São Francisco (EUA)

• Foi onde nasceu a Bicicletada, ou Massa Crítica, movimento mundial em prol do


reconhecimento da bicicleta como meio de transporte.
• Possui ciclovia separada dos carros na avenida central Market Street.

Bogotá (Colômbia)

• Pontos de ônibus com bicicletários gratuitos.


• Mais de 500 mil pessoas usam a bike como meio de transporte.
• Aos domingos mais de 100 Km de estradas são fechadas para carros.

Londres (Inglaterra)

• Bikes podem circular nas faixas preferenciais para ônibus.


• Motoristas de coletivos têm treinamento para convívio com ciclistas.

Sydney (Austrália)

O projeto Sustainable Sydney 2030 pretende:


• integrar o transporte às bicicletas;
• criar mais de 200 km de ciclofaixas;
• ofertar cursos de ciclismo à população;
• distribuir mapas com rotas para bicicletas.

Berlim (Alemanha)

• Frota numerosa de bicicletas de Carga.


• Há aproximadamente 1000km de ciclovias.

Tóquio (Japão)

• Estacionamento subterrâneo com mais de 9 mil vagas na estação do metrô.


• Estacionar em local proibido gera multa.

40
MOBILIDADE URBANA NO BRASIL E NO MUNDO

Mesmo que com realidades distintas, podemos aprender com os bons exemplos de
outras cidades e países, refletindo sobre suas histórias, desafios, entraves e soluções. Não
precisamos inventar a roda, e sim, saber fazê-la girar. Sabemos que a construção de uma
cultura de mobilidade pensada para as pessoas e que investe em qualidade de vida leva
tempo e persistência para ser construída.

Leia o texto “Dinamarca e Holanda – Como tudo começou” para conhecer


parte da história desses dois países que são modelos de mobilidade por
bicicleta para o mundo todo. Disponível na biblioteca do curso.

Além de incentivos, estrutura, segurança, respeito, muitas cidades contam também


com rotas em meio às belezas naturais e paisagens deslumbrantes, seja no campo, na
montanha ou à beira mar, em meio à neve, deserto ou nas alturas. Confira a reportagem que
elencou as 9 rotas de bicicleta mais bonitas do mundo clicando aqui.

O ÍNDICE COPENHAGENIZE

A cada dois anos, o Índice Copenhagenize avalia e


premia as 20 cidades com mais de 600 mil habitantes que
são mais amigáveis ao uso da bicicleta, com base em 13
critérios. Um dos objetivos do Índice é incentivar que
outras cidades possam se espelhar nos bons exemplos
das cidades amigas das bicicletas, as bike-friendly.
Confira abaixo os critérios de avaliação para o ranking, assim como os resultados das 4
edições já realizadas.

41
42
Chegamos ao final do Módulo I – A bicicleta como meio de transporte.
De todas as questões levantadas fica uma ideia: existe o problema, mas também
existem soluções, e a participação da população para que estas soluções sejam
encontradas e colocadas em prática desempenha um papel de suma importância. De uma
forma ou outra, os problemas de mobilidade, de sustentabilidade, de saúde e de segurança
no trânsito passam sempre por nós, que fazemos escolhas, que elegemos gestores, que
nem sempre participamos das construções populares em termos de políticas públicas, que
não sugerimos melhorias e que ainda não aprendemos a necessidade de abrir mão do
conforto individual em favor do bem comum.
Nós, cidadãos brasileiros, já nos demos conta da necessidade de mudança, e não há
como negar que essa mudança passa por uma reviravolta nas crenças enraizadas no nosso
imaginário. Talvez a primeira delas seja a ideia de que “com o automóvel particular eu
sempre vou chegar antes.” Só que não! Nem sempre, e cada vez menos.
Agora é hora de testar seu conhecimento sobre o que trabalhamos até aqui. Realize a
Tarefa 1, disponível no ambiente virtual de aprendizagem, e boa sorte!

43
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS. Sistema inteligente de


mobilidade deverá ser implantado no futuro. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/sistema-inteligente-de-mobilidade-devera-ser-
implantado-no-futuro.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

BARBOSA, Vanessa. A solução para a crise do transporte?: cidades compactas.


Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/5376/a-solucao-para-a-crise-do-
transporte-cidades-compactas.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

BBC BRASIL. Engarrafamento cai 40% com pedágio urbano em Londres. Disponível em:
< https://www.bbc.com/portuguese/noticias/030606_pedagioae.shtml>. Acesso em: 01 de
set. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Estatuto da cidade. Estatuto da cidade: guia para implementação pelos


municípios e cidadãos: Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes
gerais da política urbana. Brasília : Câmara dos Deputados, 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso em: 03 set.
2018.

BRASIL. Política Nacional de Mobilidade Urbana. Instituída pela Lei nº 12.587, de 3 de


janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12587.htm> Acesso em 30 de ago. 2018.

44
CATRACA LIVRE. Se você ama pedalar, apaixone-se por Amsterdã. Disponível em:
<https://catracalivre.com.br/geral/agenda/indicacao/se-voce-ama-pedalar-apaixone-se-por-
amsterda/>. Acesso em 01 de set. 2018.

CORRESPONDENTEU. Copenhagen: a cidade das bicicletas. [s.l.]: [s.n.], 2014. Color.


Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=2g0aghfjxag>. Acesso em: 03 set. 2018.

CORRESPONDENTEU. Copenhague: o paraíso dos ciclistas. [s.l.]: [s.n.], 2014. Color.


Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=gf8IFnFfnzM&t=3s>. Acesso em: 03 set.
2018.

EL PAIS. Como as capitais europeias delimitam o trânsito no centro. Disponível em:


<https://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/22/sociedad/1411380637_487359.html>. Acesso
em: 01 de set. 2018.

GARRICK, Norman. Por que Amsterdã é tão boa para bicicletas? Cinco razões
explicam. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10666/por-que-amsterda-e-
tao-boa-para-bicicletas-cinco-razoes-explicam.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

INSTITUTO CICLOBR. Desafio intermodal. Disponível em: < http://ciclobr.org.br/desafio-


intermodal/pagina/470>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MAF, Nick. As 9 rotas de bicicleta mais bonitas do mundo. Disponível em:


<https://casavogue.globo.com/LazerCultura/Viagem/noticia/2018/04/9-rotas-de-bicicleta-
mais-bonitas-do-mundo.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Como os dinamarqueses


desenvolveram sua cultura do ciclismo. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/7933/como-os-dinamarqueses-desenvolveram-sua-
cultura-do-ciclismo.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Sydney, exemplo de mobilidade para


o mundo. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/7520/sydney-exemplo-de-
mobilidade-para-o-mundo.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.

45
OLIVEIRA, Danielle. A mobilidade urbana de Amsterdã sob um viés antropólogico.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2014/08/06/a-mobilidade-urbana-de-amsterda-
sob-um-vies-antropologico/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

PACHECO, Priscila. Mobilidade urbana: a bicicleta como ferramenta de integração.


Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/08/30/mobilidade-urbana-a-bicicleta-como-
ferramenta-de-integracao/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

PORTO ALEGRE. Plano Diretor cicloviário de Porto Alegre. Disponível em:


http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/eptc/usu_doc/pdci_relatorio_final.pdf>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

ROSA, Mayra. Arquitetos projetam bairro modelo e sustentável para cidade mexicana.
Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/arq-
urb/arquitetura/arquitetos_projetam_bairro_modelo_e_sustentavel_para_cidade_mexicana/>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

ROSA, R. S. Conheça 10 iniciativas inovadoras em mobilidade urbana. Disponível em:


<https://www.gazetadopovo.com.br/especial-patrocinado/metrocard/conheca-10-iniciativas-
inovadoras-em-mobilidade-urbana-2ucenkcb5tl0ekf7305dbr13d>. Acesso em: 01 de set.
2018.

RUBY, Lotte. Como a bicicleta renasceu na Dinamarca. Disponível em:


<http://www.mobilize.org.br/noticias/10558/como-a-bicicleta-renasceu-na-dinamarca.html>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

SHARED. Mobility Principles for Livable Cities. Disponível em:<


www.sharedmobilityprinciples.org>. Acesso em: 03 set. 2018.

TANSCHEIT, Paula. 6 razões pelas quais as ruas ainda privilegiam os carros e como
melhorá-las para as bicicletas. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2018/02/20/6-
razoes-pelas-quais-as-ruas-ainda-privilegiam-os-carros-e-como-melhora-las-para-as-
bicicletas/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

46
TANSCHEIT, Paula. Bicicleta e integração: como o desenho urbano pode estimular
esse hábito. Disponível em: < http://thecityfixbrasil.com/2017/10/26/bicicleta-e-integracao-
como-o-desenho-urbano-pode-estimular-esse-habito/>. Acesso em: 01 de set. 2018.

VIACICLO. História das ciclovias na Holanda. [s.l.]: [s.n.], 2011. Color. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=A-CDbety9-g>. Acesso em: 03 set. 2018.

WRI BRASIL. Afinal, o que são Ruas Completas? Disponível em:


<http://wricidades.org/noticia/afinal-o-que-sao-ruas-completas>. Acesso em: 01 de set. 2018.

WRI BRASIL. Especialistas em transporte lançam 10 Princípios de Mobilidade


Compartilhada para Cidades Humanas. Disponível em:
<http://wricidades.org/noticia/especialistas-em-transporte-lancam-principios-de-mobilidade-
compartilhada-para-cidades-mais 10 princípios mobilidade compartilhada sustentável>.
Acesso em: 01 de set. 2018.

WRI BRASIL. Ruas completas dão vida e segurança aos espaços urbanos. Disponível
em: <http://wricidades.org/noticia/ruas-completas-dao-vida-e-seguranca-aos-espacos-
urbanos>. Acesso em: 01 de set. 2018.

WRI BRASIL. WRI Brasil e FNP lançam Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo
Carbono – Ruas Completas. Disponível em: <http://wricidades.org/noticia/wri-brasil-e-fnp-
lan%C3%A7am-rede-nacional-para-mobilidade-de-baixo-carbono-%E2%80%93-ruas-
completas-0>. Acesso em: 01 de set. 2018.

47
INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Olá, cursista! Seja bem-vindo ao Módulo II - Infraestrutura Cicloviária.


Aqui abordaremos elementos relacionados à estrutura adequada para o ciclista nas
cidades. Para se familiarizar com os termos e expressões que você irá estudar, destacamos
alguns deles na imagem abaixo.

QUALIDADE DA ESTRUTURA CICLOVIÁRIA

Quando falamos em segurança para o ciclista inevitavelmente associamos à


qualidade da estrutura viária, que, quando não é adequada, pode tornar-se o principal
empecilho à adoção da bicicleta como meio de transporte. Por outro lado, as cidades que
investem em planos cicloviários registram números cada vez maiores de ciclistas urbanos.
48
Com este lema, através de
investimentos na
infraestrutura cicloviária o
governo holandês incentivou
o uso das bicicletas na
década de 60, e hoje a
Holanda é uma das nações
mais seguras do mundo para
Construa o caminho e os
ciclistas virão. pedalar.

Quanto mais vias cicláveis, maior a segurança nos deslocamentos de bicicleta.


Quanto maior a segurança, mais ciclistas nas ruas. Quanto mais ciclistas nas ruas, maior a
segurança. E quanto maior a segurança, mais ciclistas. É um sistema que se retroalimenta.

PLANEJAMENTO COERENTE

Investir em infraestrutura pode ser considerada a forma mais eficiente de incentivar o


uso da bicicleta como meio de deslocamento. Mas não basta sair construindo caminhos sem
considerar as necessidades de todos os usuários das vias e as características do local. Uma
boa política de mobilidade urbana deve almejar a equiparação de oportunidades, a
democratização do espaço público e a promoção da acessibilidade, garantindo a todos os
cidadãos o direito à cidade.

49
Assim, a melhoria das condições para a circulação de bicicletas não pode ser
dissociada do planejamento urbano e de transportes. As diretrizes de um plano cicloviário
devem ser compatíveis ou estar inseridas nos Planos Diretores Municipais (obrigatórios para
cidades com mais de 20 mil habitantes) e Planos Diretores de Transporte e da Mobilidade
(PlanMob), que fornecem as orientações sobre a circulação naquela área urbana.

MAS O QUE É UM PLANO CICLOVIÁRIO?

Não se restringe à construção de ciclovias. Contempla um conjunto de estratégias,


instrumentos e estruturas que visam a tornar atrativo, seguro e confortável o uso da bicicleta
nas cidades.
Um bom planejamento deve considerar aspectos
relacionados à continuidade e funcionalidade das rotas,
qualidade do pavimento e da drenagem, sinalização,
escolha do local considerando o fluxo de veículos e Diretrizes do Plano Cicloviário
Rede Cicloviária Estrutural
limites de velocidade das vias, paisagens urbanas,
Sistema de compartilhamento
integração com outros tipos de transporte e
Estacionamento de bicicletas
disponibilidade (e possibilidade de implantação) de
serviços e estacionamentos.

É fundamental a participação de usuários na elaboração do plano, pois conhecem as


necessidades, assim como em cada etapa da implementação, contribuindo nas decisões e
na fiscalização. A própria legislação vigente prevê a gestão democrática na elaboração,
acompanhamento, implementação e fiscalização dos planos de desenvolvimento urbano e
de mobilidade, garantindo a participação popular, de associações e outros segmentos da
comunidade (Estatuto da Cidade, art. 2º, incisos II e III; Política Nacional de Mobilidade
Urbana, art. 7º inciso V e art. 14 inciso II).

É importante que a implantação de um plano cicloviário seja acompanhada, a cada


etapa, por ações educativas que orientem a população, disseminando conhecimento sobre
os benefícios dessa transformação e diminuindo as resistências.
Buscando contribuir com o conhecimento dos cursistas sobre a infraestrutura
cicloviária, apresentaremos nesse módulo alguns elementos que a compõem, organizados
em 4 unidades:

50
ORIENTAÇÃO PARA APRENDIZAGEM

Ao término desta etapa, esperamos ter contribuído para que o cursista:

51
REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto da cidade: guia para implantação pelos municípios e cidadãos: Lei n.
10.257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília:
Câmara dos Deputados, 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm> Acesso em 30 de ago.
2018.

BRASIL. Política Nacional de Mobilidade Urbana. Instituída pela Lei nº 12.587, de 3 de


janeiro de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12587.htm>. Acesso em: 30 de ago. 2018.

52
UNIDADE 1 – VIAS CICLÁVEIS

ENTENDENDO O CONCEITO

Vias cicláveis se referem às vias de tráfego adaptadas ou elaboradas de forma a


oferecer maior segurança ao trânsito de bicicletas. Há diferentes classificações, conforme
características próprias, e geralmente estão presentes simultaneamente num mesmo plano
cicloviário. A escolha por uma ou outra via no planejamento depende das condições e
possibilidades do local, como largura, fluxo de veículos e recursos financeiros disponíveis,
dentre outros.
Apresentaremos, nesta unidade, definição e características de cada tipo.

1 CICLOVIA 3 CICLORROTA

2 CICLOFAIXA 4 ESPAÇO (COM)PARTILHADO

O somatório de vias cicláveis de uma


cidade é chamado de malha
cicloviária.

Não significa que ciclistas não possam usar outras vias, como veremos no próximo
módulo.

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE CICLOVIA E CICLOFAIXA?

A ciclovia é definida pelo CTB como:

“(...) pista própria destinada à circulação de ciclos (veículos de pelo menos duas rodas a
propulsão humana), separada fisicamente do tráfego comum.”

53
Pode ser situada junto à via onde circulam os veículos automotores, no mesmo nível,
segregada dela através de elementos separadores (como meio-fio, blocos de concreto e
balizadores), ou estar afastada da via destinada aos automotores, ficando totalmente
segregada e não necessariamente no mesmo nível. Quanto ao sentido, podem ser
unidirecionais (sentido único) ou bidirecionais (dois sentidos).

Foto: Josiele Silva/CMPA Foto: Heloise Hamada/G1

A ciclofaixa é definida como:

“(...) parte da pista de rolamento da via urbana destinada à circulação exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalização específica.”

Fica no mesmo nível da via destinada ao tráfego de


veículos automotores, da qual é diferenciada através de
pintura na pavimentação, sinalização e elementos
delimitadores (como tachas). Assim como as ciclovias,
podem ser unidirecionais ou bidirecionais.
Foto: Alex Brito/PMJ

Por não serem segregadas do tráfego de automotores, oferecem menos segurança


que as ciclovias. Além disso, as ciclofaixas bidirecionais exigem maior atenção quando o
ciclista pedala em sentido contrário ao dos outros veículos, uma vez que a atenção dos
demais usuários estará voltada ao sentido dos automotores.

Além dos ciclos, é permitida a circulação de equipamentos de mobilidade


individual autopropelidos (ou seja, que têm um meio próprio de propulsão,
como os patinetes elétricos) nas ciclovias e ciclofaixas, desde que atendidos
os critérios descritos na
Resolução nº 465/2013 do CONTRAN.

54
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ESPAÇO (COM)PARTILHADO COM PEDESTRES?

Refere-se aos locais onde pedestres e ciclistas circulam simultaneamente,


(com)partilhando o espaço disponível. Não há separação física entre as áreas destinadas a
cada modal, mas pode haver marcação no pavimento ou mesmo pavimentação diferenciada,
indicando o espaço de cada um, semelhante a uma ciclofaixa pintada no passeio. Nestes
casos, pode-se dizer que o espaço é partilhado, e será sempre acompanhado de placas de
regulamentação específicas.

Espaço partilhado com pintura no pavimento


Foto: bemparana.com.br

Quando não há demarcação no


pavimento, pedestres e ciclistas
devem compartilhar o espaço,
entendendo-se e respeitando-se
de forma a garantir a segurança de
todos. Estes locais também são
acompanhados de placas de
regulamentação, que podem
indicar, inclusive, qual lado da via Espaço compartilhado sem demarcação no
cada partícipe deve utilizar. pavimento
Foto: Douglas Schneider

55
E CICLORROTAS?

Ciclorrotas podem ser definidas como caminhos estruturados e adaptados de forma a


favorecer o trânsito de bicicletas. Cada ciclorrota é composta por um conjunto de trechos
diversificados, incluindo ciclovias, ciclofaixas, vias compartilhadas com veículos e com
pedestres, que são interligados e dotados de sinalização específica que tem o objetivo de
reforçar a prioridade da bicicleta sobre os demais veículos e indicar aos ciclistas os trajetos
mais seguros para pedalar.
Nos trechos compartilhados com veículos automotores, geralmente a velocidade
máxima permitida é reduzida, como no caso das chamadas “zonas 30” (velocidade máxima
de 30km/h).

Sinalização indicando a redução do limite de


velocidade em trecho de ciclorrota.
Foto: Salmo Duarte / A Notícia

CICLORROTA – IMPLANTAÇÃO

Muitas vezes a implementação de uma ciclorrota parte da necessidade de tornar mais


seguros os trechos ou trajetos já utilizados maciçamente pelos ciclistas.
• É uma alternativa interessante para incentivar o uso das bicicletas mesmo diante da
impossibilidade, por razões financeiras ou políticas, de implementação de vias
exclusivas para os ciclistas.

56
• Para que sejam atrativas e coerentes
com as necessidades dos ciclistas, as
vias cicláveis devem conter sinalização
precisa, orientando todos os usuários
sobre a presença de ciclistas,
pavimentação de boa qualidade,
manutenção periódica, largura
adequada (em caso de ciclovias e
ciclofaixas), iluminação suficiente,
dispositivos de proteção lateral quando Sinalização indicando que o trecho faz
necessário e reforço na sinalização em parte de uma ciclorrota.
trechos de maior risco, como nos Foto: Salmo Duarte / A Notícia

cruzamentos.

• Também é importante priorizar trajetos com qualidade ambiental e paisagística,


tornando a pedalada mais prazerosa, assim como ligar pontos de interesse,
disponibilizar estacionamentos adequados para a bicicleta em pontos estratégicos,
contemplar locais de suporte ao ciclista, como oficinas de manutenção especializadas
e lojas de acessórios, e possibilitar integração do modal com o transporte coletivo.

MALHA CICLOVIÁRIA NO BRASIL

Dentre as capitais brasileiras, São Paulo tem a maior extensão de malha cicloviária,
totalizando 498,3 km, sendo 468km de ciclovias e ciclofaixas e 30,3 km de ciclorrotas, que
contemplam 6.149 vagas em bicicletários públicos e 121 paraciclos públicos instalados nos
terminais de ônibus e nas estações de trem e metrô, segundo a Companhia de Tráfego de
São Paulo (CET).
De acordo com um levantamento realizado em 2017, Rio de Janeiro aparece em
segundo lugar, com 441,1 km, seguida por Brasília (420,1 km), Fortaleza (204,6 km),
Curitiba (204,2 km) e Salvador (145,1 km).
A capital do Acre, Rio Branco, ocupa a sétima colocação em termos de extensão, com
103,8 km, porém é a primeira colocada considerando a proporção em relação à malha viária
(12,9%) e ao número de habitantes (3.633 por km de via). São Paulo, neste quesito, aparece
em oitavo lugar, com malha cicloviária representando apenas 2,93% das vias de tráfego e

57
24.154 habitantes por km de via. Confira a matéria completa clicando aqui (REIS e
VELASCO, 2017).

EXTENSÃO
CIDADE
CICLOVIÁRIA
SÃO PAULO 498,3 KM

RIO DE JANEIRO 441,1 KM

BRASÍLIA 420,1 KM

FORTALEZA 204,6 KM

CURITIBA 204,2 KM

SALVADOR 145,1 KM

ACRE 103,8 KM

MALHA CICLOVIÁRIA EM PORTO ALEGRE

Porto Alegre contém 47 km de malha cicloviária, que corresponde a 1,74% das vias
de tráfego. De acordo com o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), a previsão é
construir 495 km de vias cicláveis, distribuídas conforme mapa ao lado.
Ainda que a extensão da malha cicloviária, comparada à malha total de tráfego nas
capitais brasileiras, pareça inexpressiva (2,7%), nota-se um incremento significativo nos
últimos anos, em especial a partir da publicação da Política Nacional de Mobilidade Urbana,
em 2012. Segundo o levantamento do G1 (matéria indicada anteriormente), de 2014 a 2017
o aumento foi superior a 50%.
Sem dúvida ainda há muito a ser feito até que os investimentos na infraestrutura
cicloviária sejam proporcionais à sua importância na busca de um trânsito mais justo,
igualitário e saudável para todos. Os avanços observados são bons motivadores para
continuarmos lutando pelo espaço devido da bicicleta nas nossas cidades.

58
59
CORRESPONDÊNCIA

Agora que já vimos os tipos de vias cicláveis, finalizamos esta Unidade com um teste
para conferir se ficaram claras as diferenças entre elas. Estabeleça a correspondência entre
o título e a imagem, ordenando de acordo com a sua numeração.

1 Ciclovia
2 Ciclofaixa
3 Ciclorrota
4 Espaço partilhado com pedestre
5 Espaço compartilhado com pedestre

60
REFERÊNCIAS

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. Cartilha do ciclista. Brasília:


Ministério das Cidades. Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosCidades/ArquivosPDF/Publicacoes/cartil
haciclista.pdf>. Acesso em: 28 de ago. 2018.

COMPANHIA DE TRÁFEGO DE SÃO PAULO – CET. Cartilha do ciclista. Prefeitura de


São Paulo. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/media/426143/CartilhaDoCiclista.pdf>.
Acesso em: 28 de ago. 2018.

COMPANHIA DE TRÁFEGO DE SÃO PAULO – CET. Mapa de infraestrutura cicloviária.


Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/mapa-de-infraestrutura-
cicloviaria.aspx>. Acesso em: 30 de ago. 2018.

PROGRAMA BRASILEIRO DE MOBILIDADE POR BICICLETA – BICICLETA BRASIL.


Caderno de referência para elaboração de Plano de Mobilidade por bicicleta nas
cidades. Brasília: Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, 2007.
Disponível em:
<http://www.intt.gob.ve/repositorio/biblioteca/texto_relacionados/Livro_20Bicicleta_20Brasil.p
df>. Acesso em: 24 de ago. 2018.

VELASCO, Clara; REIS, Thiago. Em 3 anos, malha cicloviária mais que dobra de tamanho
nas capitais do país. G1 Globo. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/em-
3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra-de-tamanho-nas-capitais-do-pais.ghtml>. Acesso
em: 30 de ago. 2018.

61
UNIDADE 2 – SINALIZAÇÃO

IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

A sinalização de trânsito é necessária para


organizar o espaço, orientar as pessoas que nele
circulam e informar, através de símbolos e códigos,
as regras de circulação. É através dela que se
estabelece a comunicação no trânsito, essencial
para a boa convivência. Todos os usuários devem
obedecê-la, inclusive o ciclista.

Você conhece bem as placas de trânsito?


Sabe diferenciar sinalização vertical, horizontal e semafórica?

As normas referentes à sinalização viária são definidas pelo CONTRAN, através do


Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, elaborado pela Câmara Temática de
Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via. Atualmente é composto por 7 volumes:

Volume I: Volume II: Volume III: Volume IV: Volume V:


Sinalização Sinalização Sinalização Sinalização Sinalização
Vertical de Vertical de Vertical de Horizontal, Semafórica,
Regulamentação, Advertência, Indicação, aprovado pela aprovado pela
aprovado pela aprovado pela aprovado pela Res. CONTRAN Res. CONTRAN
Res. CONTRAN Res. CONTRAN Res. CONTRAN 236/07 483/14
180/05 243/07 486/14

62
Volume VI: O objetivo desses manuais é uniformizar e
Sinalização padronizar a sinalização de trânsito no território
de Obras e
nacional, constituindo-se uma ferramenta importante
Dispositivos
Auxiliares para os técnicos e projetistas responsáveis pela sua
aplicação. Contêm os sinais, significados, princípios de
Volume VI: Volume VII:
utilização, cores, formas, dimensões, posicionamento
Sinalização de Sinalização
Obras e Temporária,
na via, exemplos de aplicação, relacionamento com
Dispositivos aprovado pela outras sinalizações e qualquer outra orientação
Auxiliares, Res. CONTRAN
necessária.
aguardando 690/17
aprovação

NORMAS VOLTADAS AOS CICLISTAS

Alguns desses sinais e orientações são especificamente relacionados ao trânsito de


bicicletas, porém insuficientes para atender às necessidades atuais, decorrentes do aumento
significativo de ciclistas e, também, de mudanças provenientes do crescimento urbano
desordenado. Por isso, não é raro encontrarmos em alguns municípios sinalização própria,
por vezes exclusiva.
Diante da necessidade de disciplinar os requisitos técnicos mínimos a serem
observados na construção de infraestrutura cicloviária no Brasil, foi instituído pelo Denatran
um Grupo de Trabalho específico para elaboração do volume VIII do Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito: Sinalização Cicloviária. O prazo para conclusão do trabalho se
encerrou em junho de 2018 (Portarias 96/2017 e 23/2018).
Enquanto aguardamos a publicação do Volume VIII, vamos dar uma “passadinha”
pelos volumes I, II, IV e V, em vigor, destacando a parte da sinalização que se relaciona
especificamente à circulação de bicicletas.

SINALIZAÇÃO VERTICAL

A sinalização vertical se utiliza de sinais e/ou legendas colocados em placas fixadas


na posição vertical, ao lado ou suspensas sobre a via, com mensagens de caráter
permanente ou, eventualmente, temporário. Dependendo do tipo de mensagem que

63
pretende transmitir, pode ser de regulamentação, advertência ou indicação, cada uma delas
possuindo padrões específicos de forma, cor, tamanho, etc.

Placas de Regulamentação

Regulamentam as obrigações, limitações, proibições ou restrições no


uso da via. Sua mensagem é válida daquele ponto em diante. O
desrespeito a elas constitui infração. Sua forma padrão é circular e as
cores são vermelha, preta e branca.
Confira na biblioteca do curso recortes presentes no Volume I do
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

Placas de Advertência

Alertam os usuários quanto à aproximação de situações ou trechos de


maior risco, em que a atenção deve ser redobrada. Suas cores padrão
são amarela e preta.
Confira na biblioteca do curso recortes presentes no Volume II do
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

Placas de Indicação

Têm o objetivo de ajudar os usuários em seus


deslocamentos, indicando direções, localizações,
pontos de interesse turístico ou de serviços, ou
transmitir mensagens educativas, como os exemplos
ao lado.
Confira na biblioteca do curso recortes presentes no
Volume II do Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito.

64
SINALIZAÇÃO VERTICAL

É composta por marcas, símbolos e legendas sobrepostos no pavimento das vias,


com objetivo de ordenar e canalizar o fluxo de veículos, orientar o fluxo de pedestres,
orientar os deslocamentos de veículos em função das condições da via, complementar a
sinalização vertical, enfatizando a mensagem transmitida e regulamentar os casos previstos
no CTB. Utiliza cinco cores: amarela, vermelha, branca, azul e preta, sendo a vermelha
utilizada para demarcar ciclovias e ciclofaixas.

Confira na biblioteca do curso recortes presentes no Volume IV


do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

A sinalização horizontal pode ser complementada com dispositivos


auxiliares, alguns bastante utilizados em ciclovias e ciclofaixas, como tachas, balizadores,
cones, etc, reforçando as orientações.

SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA

É composta por indicações luminosas (semáforo ou grupo focal) fixadas ao lado da via
ou sobre ela, acionadas alternada ou intermitentemente por meio de sistema eletromecânico
ou eletrônico, com o intuito de regulamentar o direito de passagem de motoristas, ciclistas e
pedestres ou advertir os usuários sobre situações especiais nas vias.

Confira na biblioteca do curso recortes presentes no Volume V do


Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

Chegamos ao final desta Unidade e gostaríamos de concluí-la com


uma observação importante:

O ciclista, como qualquer usuário do trânsito, deve obedecer e estar atento a


todos os sinais presentes nas vias. Muitos deles estão contemplados no
Anexo II do CTB, aprovado pela Resolução nº 160/04 do CONTRAN.
Vale a pena conferir!

65
REFERÊNCIAS

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. Manual Brasileiro de


sinalização de trânsito. Ministério das Cidades. vol. I-V. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/educacao/109-educacao/publicacoes/449-publicacoes>. Acesso
em: 20 de ago. 2018.

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. Resolução nº 160, de 22 de


abril de 2004. Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/RESOLUCAO_CONTRAN_160.pdf>.
Acesso em: 20 de ago. 2018.

66
UNIDADE 3 – ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS

RESPEITO E SEGURANÇA AO CICLISTA

Por ser um veículo leve, relativamente pequeno e


versátil, é comum observarmos bicicletas estacionadas em
diversos lugares nas cidades; basta que exista uma
estrutura fixa para prendê-la, como grades, portões e
postes, de preferência perto do destino do ciclista e em
local seguro.

Mas existem estacionamentos específicos para bicicletas, que têm por objetivo
oferecer maior praticidade, conforto e segurança, viabilizando e estimulando, assim, a
utilização das bicicletas como meio de transporte.
A implantação de estacionamentos adequados e bem localizados, além de incentivar
o uso da bicicleta, demonstra respeito ao ciclista, valorizando sua opção de deslocamento.
Por isso é importante, antes de instalar o estacionamento, conhecer as opções disponíveis e
averiguar as possibilidades, evitando, assim, desperdícios com estruturas disfuncionais.

TIPOS DE ESTACIONAMENTO

Os estacionamentos apropriados à bicicleta são classificados conforme a estrutura


oferecida: podem ser paraciclos ou bicicletários.

São estacionamentos de uso público, com baixo custo de


PARACICLOS
instalação, que contêm no máximo 25 vagas (correspondente ao
espaço de duas vagas de veículos automotores,
aproximadamente), cuja principal vantagem é a facilidade de
acesso, por isso podem (e devem) ser localizados em pontos
estratégicos, próximos aos destinos finais dos ciclistas e às vias
cicláveis. Por não terem controle de acesso e zeladoria, são
indicados para uso de curta ou média duração.

67
BICICLETÁRIOS Podem ser de uso público ou privado, fechados, com grande
número de vagas, controle de acesso e zeladoria, por isso
oferecem maior segurança ao ciclista e é indicado para uso de
longa duração. Alguns bicicletários dispõem de vestiário,
banheiro, bebedouro, serviços de manutenção e venda de
acessórios, oferecendo ainda mais conforto.

Para que sejam eficientes, é importante que os estacionamentos (paraciclos e


bicicletários) atendam aos seguintes requisitos:

Estejam em local visível, preferencialmente delimitado, segregado do trânsito de


1
veículos automotores;

Contenham número de vagas suficiente para atender a demanda;


2

Contenham suportes que acomodem todos os tipos de bicicletas sem danificá-las, e


3
que permita prendê-las com cadeado;

Ofereçam espaçamento entre os suportes que permita a afixação da bicicleta e o


4
acesso do ciclista;

Se possível, deve haver sinalização específica, informando que o uso é exclusivo


5
para bicicletas;

O pavimento deve ser plano e não escorregadio;


6

De preferência cobertos, evitando desgaste pelo sol e também que a bicicleta fique
7
molhada, em caso de chuva.

Fique por dentro!


O Projeto de Lei que determina a instalação de bicicletários nas cidades brasileiras foi aprovado
pela Comissão de Desenvolvimento Urbano. A proposta prevê que parte dos estacionamento de
automotores, públicos e privados, seja destinada aos bicicletários. Também prevê que na
construção ou ampliação de edifícios públicos ou privados de uso público sejam instalados
bicicletários, vestiários e banheiros para utilização dos ciclistas que trabalham nesses locais.
68
SUPORTES

A estrutura onde a bicicleta é presa, tanto nos paraciclos como nos bicicletários, é
chamada de suporte, geralmente feita de ferro ou aço e afixada no chão ou na parede.
Quanto à forma, os suportes mais comuns são:

Suporte de encosto

É considerado o mais adequado, pois é universal, possibilitando o


estacionamento de todos os modelos de bicicleta. Permite que seja
presa pelo quadro, com cadeado (também podem ser presas as rodas e
o banco, caso necessário). Não danifica as rodas e nenhuma outra parte
da bicicleta.

Suporte de encaixe de rodas


A bicicleta fica presa pela roda, o que pode danificar os aros e raios,
bem como acessórios nela fixados. Não acomoda todos os modelos de
bicicleta (as que possuem freio a disco, por exemplo, ou que têm rodas
maiores). Exige que o ciclista agache para prender a bicicleta, não
sendo muito prático e cômodo.

Suporte de pendurar

Exige maior esforço do ciclista para erguer a bicicleta, às vezes precisando


de auxílio. Não permite prender pelo quadro e pode danificar as rodas. Não
acomoda todos os modelos de bicicleta.

Suporte de guidom
Prende a bicicleta pelo guidom, podendo danificar os passadores de
marcha, manetes de freio e acessórios instalados nesta parte da
bicicleta. Não acomoda todos os modelos e nem aquelas que possuem

69
cestinhas dianteiras. Dificulta prender a bicicleta pelo quadro. É comum em sistemas de bikes
compartilhadas.

TRAVAS/CORRENTES

Mesmo que a bicicleta fique estacionada dentro do bicicletário, é recomendável que


seja presa ao suporte com corrente e/ou trava específica, dificultando que seja furtada. Há
diversos modelos de travas/correntes disponíveis no mercado, cujos preços costumam ser
proporcionais à segurança oferecida.

Trava U-lock
Feita de aço reforçado, é considerada a mais indicada
pela resistência a arrombamentos e praticidade para
transportá-la, porém o formato em U não permite que seja
presa em qualquer estrutura. Por isso é aconselhável que
seja usada combinada com outro modelo mais flexível.
Foto: centauro.com.br

Corrente
Tão resistente quanto a U-lock e mais flexível, facilitando
que seja presa a diversos modelos de suporte. A
desvantagem é o peso, significativamente maior, o que
pode causar desconforto ao transportá-la.

Foto: centauro.com.br

Cabo de aço
Feito com fibras de metal, é considerado o modelo mais
frágil, podendo ser cortado sem dificuldade com um
alicate. A vantagem é sua flexibilidade, permitindo que
seja utilizado em diversas estruturas. É uma boa opção
para prender partes removíveis da bicicleta, como banco
e rodas, especialmente se utilizam o sistema70de blocagem
(que permite sua retirada sem uso de ferramentas).
Foto: centauro.com.br

Muito bem, cursista, chegamos ao final desta Unidade!

Após passarmos pelos diversos tipos de vias, pelas regras de sinalização e modelos
de estacionamento, seguimos rumo aos temas integração com outros modais e
compartilhamento de bicicletas que, como vimos no módulo I, vêm se destacando como
uma das principais soluções de mobilidade urbana na atualidade.

71
REFERÊNCIAS

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS. Comissão aprova a inclusão de bicicletários na Política Nacional


de Mobilidade Urbana. Portal do Trânsito. Disponível em:
<http://portaldotransito.com.br/noticias/bicicleta/comissao-aprova-inclusao-de-bicicletarios-
na-politica-nacional-de-mobilidade-urbana/>. Acesso em: 27 de ago. 2018.

UNIÃO DE CICLISTAS DO BRASIL. Guia de boas práticas para instalação de


estacionamentos de bicicletas: paraciclos e bicicletários. Disponível em:
<http://www.uniaodeciclistas.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Guia_UCB_tela.pdf>.
Acesso em: 23 de ago. 2018.

72
UNIDADE 4 – INTEGRAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

INTEGRAÇÃO COM TRANSPORTE PÚBLICO

A utilização da bicicleta para os


deslocamentos é a alternativa mais vantajosa
de mobilidade e beneficia toda a sociedade em
termos de saúde, preservação ambiental,
investimento público e qualidade de vida. No
entanto, nem todas as cidades possibilitam a
substituição completa dos meios de transporte
pela bicicleta, em função das longas distâncias,
do clima ou da topografia.

A solução, nestes casos, é investir na integração do modal com o transporte coletivo,


permitindo que o usuário percorra apenas parte do trajeto pedalando.

A integração entre a bicicleta e outros modais está incluída nos planos cicloviários e de
mobilidade municipais, tamanha sua importância no incentivo à utilização das bicicletas
especialmente em grandes centros urbanos.

EMBARQUE DE BICICLETA

Alguns veículos coletivos


permitem o embarque de bicicletas em
compartimentos internos (nos
bagageiros ou junto com os
passageiros) ou suportes acoplados

Suporte para bicicleta em ônibus de linha e bicicletas em seu exterior. Essa alternativa
transportadas no bagageiro
permite que o ciclista pedale por mais
de um trecho (antes e depois do embarque, por exemplo) e que tenha mais liberdade para
transitar, já que estará de posse do seu veículo.

73
Um exemplo vem da cidade de Stuttgart na Alemanha, onde uma linha de trem
oferece um vagão externo exclusivo para o transporte de bicicletas. Apesar de ser em
apenas uma linha e em um trecho pequeno de 2km, o trajeto conta com uma subida e pode
servir de inspiração para outras linhas e cidades.

Embarque de bicicleta - Exemplos

Stuttgart, Alemanha - a estrutura é Ilha da Reunião, DOM, França


semelhante a um paraciclo.

Tallahassee, Flórida, EUA Olympia, Washinton, EUA

Nem toda cidade brasileira oferece essa opção de transporte aos ciclistas, e algumas
permitem o embarque de bicicletas apenas em dias e horários específicos, que são
informados pela instituição responsável. Em São Paulo, por exemplo, é possível transportar
bicicletas nos trens, em vagões exclusivos para ciclistas, em alguns dias e horários.
Em Curitiba/PR foi aprovado Projeto de Lei que regulamenta o transporte de bicicletas
em táxis.

74
Quando não há esta opção, as bicicletas dobráveis são uma boa alternativa, visto que
não há restrições para seu embarque, desde que devidamente acondicionadas em bolsas
próprias.

Foto: bikeshopmore

BICICLETÁRIOS PRÓXIMO ÀS ESTAÇÕES

Implantar bicicletários seguros próximo às estações de embarque e desembarque de


transporte coletivo é outra opção interessante para fomentar a intermodalidade. Quanto mais
segura e confortável a estrutura, mais atrativa será para o ciclista, por isso vale a pena
disponibilizar espaço suficiente para a demanda do local, banheiro, vestiário e bebedouro.
Alguns bicicletários oferecem também serviço de aluguel de bicicletas, venda de acessórios
e oficina para manutenção, tornando a opção por este modal ainda mais conveniente.

75
Para qualificar a integração da bicicleta com outros modais o guia “Acessos Seguros
– Diretrizes para qualificação do acesso às estações de transporte coletivo”
(disponível na biblioteca do curso) elaborado pela WRI Brasil (World Resources
Institute), recomenda três ações:
1. dimensionar a infraestrutura cicloviária para ser segura;
2. considerar esquemas de compartilhamento público de bicicletas entre
os principais destinos e a estação;
3. implantar áreas adequadas de estacionamento para bicicletas.

CHECKLIST PARA INTEGRAÇÃO DA BICICLETA

Uma pesquisa feita em Atlanta, estado da Geórgia, permitiu a elaboração de uma lista
de perguntas que se propõe a contribuir com planejamentos que visem melhor integrar a
bicicleta com o transporte coletivo. A partir dela, é possível fazer um diagnóstico que pode
embasar uma proposta de integração. Confira:

Lista formulada pelo Alta Planning and Design e adaptada para o português.

76
BOAS PRÁTICAS

Em São Paulo/SP, um
edifício de escritórios
aumentou o número de vagas
oferecidas de 122 para 166
em seu bicicletário, devido ao
aumento de adeptos. O
prédio fica em frente à
ciclovia da Rua Faria Lima e
conta com uma ótima
estrutura para estimular o
deslocamento de bike para o trabalho incluindo, além do local com segurança para guardar
as bicicletas, vestiários, chuveiros , guarda volumes, toalhas, sabonetes, serviço de aluguel
de bicicletas e de mecânico, loja com acessórios e peças e até serviço de valet
(manobristas) para os visitantes das empresas e escritórios do prédio. Um belo incentivo!

Uma pesquisa realizada pela Associação de Jornalismo Empresarial (Aberje) com 155
empresas nacionais e multinacionais demonstrou que, aproximadamente, a metade
delas possui infraestrutura como bicicletários e vestiários para seus empregados que
vão trabalhar de bicicleta.

COMPARTILHAMENTO DE BICICLETAS

A ótima ideia, que ficou famosa na França e


logo se disseminou pelo mundo, foi adotada em
diversas cidades, inclusive no Brasil. Além de
encorajar potenciais ciclistas a experimentarem essa
modalidade de transporte, visto que não precisam
investir na compra de uma bicicleta para testarem sua
adaptação, passou a ser uma opção inclusive aos
ciclistas experientes, que, utilizando as bicicletas
compartilhadas, não precisam se preocupar com

77
estacionamento, já que nem todos oferecem segurança. Também é uma alternativa
interessante para turistas e pessoas que fazem uso eventual de bicicleta em seus
deslocamentos urbanos.
No Brasil, o sistema de compartilhamento mais utilizado* funciona através da
implantação de estações inteligentes de bicicletas, alimentadas por energia solar e
conectadas a uma central de operações via wireless. A localização das estações geralmente
consideram o plano de mobilidade da cidade, priorizando as vias cicláveis e a integração
com o transporte coletivo. É viabilizado através de convênio firmado entre a Prefeitura, uma
empresa financiadora e a empresa operadora.

*Sistema considerado de “terceira geração”, superou as tentativas anteriores ao oferecer


maior controle através de um cadastro prévio dos usuários, pagamento com cartão de
crédito ou de transporte e possibilidade de retirada e devolução da bicicleta em qualquer
estação, desde que disponível.

O custo para se tornar usuário do sistema de compartilhamento varia conforme a


cidade, mas geralmente há opções que atendem os mais diversos perfis de ciclistas (uso
diário, mensal, anual) e costuma ser bastante atrativo financeiramente, se comparado a
outras formas de transporte.

NOVO SISTEMA

A cidade de São Paulo iniciou em 2018 a implantação de um sistema de


compartilhamento que dispensa as estações (dockless), já bastante utilizado na China,
Estados Unidos e parte da Europa. O sistema oferece maior liberdade ao ciclista e possibilita
um aumento significativo do número de usuários, visto que as bicicletas não dependem de
estrutura fixa para serem retiradas e devolvidas. Os veículos contêm autotrava e GPS,
permitindo que sejam encontrados através de um aplicativo instalado no smartphone.

O compartilhamento de bicicletas nas cidades brasileiras atrai mais usuários a cada dia, se
mostrando uma importante alternativa para estimular o modal e os investimentos em
infraestrutura adequada.

Quer saber mais sobre vantagens e desvantagens desse novo sistema? Clique aqui e
confira!

78
Chegamos ao final do Módulo II!

Ao longo das unidades buscamos traçar um panorama sobre a infraestrutura


cicloviária, ressaltando a importância dos elementos estruturais para tornar o dia a dia dos
ciclistas mais fácil, seguro e acolhedor.
Será que ficou claro? Verifique seu conhecimento respondendo à Tarefa 2, disponível
no ambiente virtual de aprendizagem.

Até o próximo módulo, onde abordaremos o tema Pedalando com segurança.

79
REFERÊNCIAS

BARIFOUSE, Rafael. Redes de bicicletas sem estações chegam ao Brasil: solução ou novo
problema para as cidades? BBC News Brasil. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45039832>. Acesso em 16 de ago. 2018.

BEM PARANÁ. Câmara de Curitiba aprova transporte de bicicletas em táxis. Mobilize


Brasil. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9564/camara-de-curitiba-aprova-
transporte-de-bicicletas-em-taxis.html>. Acesso em: 22 de ago. 2018.

MOBILIZE BRASIL. Mais vagas no bicicletário: o exemplo de um edifício em SP. Mobilize


Brasil. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9199/mais-vagas-no-bicicletario-
o-exemplo-de-um-edificio-em-sp.html>. Acesso em: 22 de ago. 2018.

ROSA, Mayra. Cidade alemã tem vagões externos exclusivos para bikes. Ciclo vivo.
Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/arq-urb/mobilidade/cidade-alema-tem-vagoes-
externos-exclusivos-para-bikes/>. Acesso em: 23 de ago. 2018.

SERVA, Leão. Estudo mostra empresas preocupadas com mobilidade dos funcionários.
Folha de São Paulo. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/11/1938521-estudo-mostra-
empresas-preocupadas-com-mobilidade-dos-funcionarios.shtml>. Acesso em: 21 de ago.
2018.

TANSCHEIT, Paula. Bicicleta e integração: como o desenho urbano pode estimular esse
hábito. The City Fix Brasil. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/26/bicicleta-
e-integracao-como-o-desenho-urbano-pode-estimular-esse-habito/>. Acesso em: 22 de ago.
2018.

THOMPSON, Clive. O veículo do futuro tem duas rodas e um guidão. Wired/ Mobilize
Brasil (Trad.). Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10985/o-veiculo-do-
futuro-tem-duas-rodas-e-um-guidao.html>. Acesso em: 16 de ago. 2018.

80
PEDALANDO COM SEGURANÇA

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Olá cursista, seja bem-vindo ao Módulo III - Pedalando com segurança.


Antes de começar nosso estudo, queremos provocar algumas reflexões:

Se você é ciclista...

Ocupa adequadamente o seu espaço na via enquanto pedala?

Você como pedestre...

Caminha nas ciclovias?

Se você é motorista...

Respeita a distância lateral mínima ao ultrapassar um ciclista?

A cada dia aumenta o número de pessoas utilizando a


bicicleta nas cidades. Mas será que estamos bem orientados
para pedalar com segurança? E para compartilhar o espaço
com os ciclistas?

É disso que trataremos neste módulo. Vamos


começar?

81
BICICLETAS E CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

O CTB considera a bicicleta um veículo de


propulsão humana, de duas rodas, que dispensa
Carteira Nacional de Habilitação, ou seja, o
ciclista não passa por curso de formação,
requisito para conduzir veículos motorizados, e
não precisa comprovar seu conhecimento sobre
as regras de trânsito. Basta conseguir se
equilibrar e pedalar - embora nem essa
habilidade seja avaliada.
Tal como acontece com o pedestre, geralmente o aprendizado se constrói através da
experiência, que pode ou não ser acompanhada pelo interesse e responsabilidade para com
os outros partícipes e com a própria segurança. Isso significa que, em vez de passar por um
processo de ensino e aprendizagem, ciclistas e pedestres, na maioria dos casos, aprendem
ao vivenciar experiências e ao reagir nas diferentes situações.

CICLISTAS TÊM DIREITOS E TAMBÉM DEVERES!

Embora ainda haja muito a ser feito em termos de legislação em prol desse modal,
percebe-se uma evolução na maneira como o tema vem sendo tratado. O reconhecimento
da bicicleta como um veículo, a destinação de espaço exclusivo para a circulação de ciclos,
a inclusão de normas de circulação e conduta específicas para ciclistas e a previsão de
penalidades a condutores que não as respeitam indicam esforço em viabilizar este modal
como uma boa alternativa de mobilidade.
Em seu Artigo 29, o CTB enfatiza o cuidado que o ciclista demanda dos demais
condutores, assim como é demandado de sua parte em relação aos pedestres:

“...os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores,
os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”
(art. 29, §2º do CTB).

Não quer dizer, porém, que ele possa se prevalecer desta condição para negligenciar
seus deveres no trânsito. Como todos os outros usuários, está submetido às normas e não
obedecê-la significa, direta ou indiretamente, desrespeito aos demais partícipes.

82
PARA RESPEITAR UMA NORMA É PRECISO CONHECÊ-LA. SERÁ QUE
CONHECEMOS AS REGRAS DE TRÂNSITO?

Mesmo os motoristas, que necessariamente passam por processo de formação,


dificilmente aprendem todas as normas de circulação necessárias para conduzirem de forma
segura e respeitosa. Até porque nossa legislação está entre as mais extensas do mundo.

Só o CTB possui 341 artigos, muitos deles com diversos parágrafos, incisos e alíneas...
Ainda têm os anexos, as Resoluções do CONTRAN, dos CETRANs, Portarias
estaduais, municipais... o que não falta é norma! Sendo impossível abordar todas elas
nos cursos, é necessário escolher... e então aquelas relacionadas à circulação de
ciclistas acabam sendo deixadas de lado, em função do pensamento “carrocêntrico”
que, como já vimos, preponderou ao longo dos anos não só sobre o desenvolvimento
urbano, mas sobre todas as ações relacionadas ao trânsito.

Essa priorização torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que em 90% das
cidades brasileiras, que correspondem a pequenos centros urbanos (menos de 50 mil
habitantes), a bicicleta é o veículo individual mais utilizado, assim como em cidades médias
e na periferia de grandes centros, cujas condições do transporte coletivo são precárias.
Mesmo nas regiões melhor abastecidas de transporte público, onde a preponderância ainda
é de automotores, os intensos problemas associados à motorização excessiva –
especialmente os congestionamentos – estão provocando um aumento gradativo do número
de pessoas que decidem adotar a bicicleta como principal meio de deslocamento
(BICICLETA BRASIL, 2007).

DADOS SOBRE A MOBILIDADE URBANA

Atualmente, a frota de veículos automotores no Brasil supera a de bicicletas: 97


milhões contra 70 milhões, respectivamente, segundo dados do DENATRAN e da
ABRACICLO (Associação Brasileira dos fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores,
Motonetas, Bicicletas e Similares), mas até pouco tempo atrás a situação era outra. Em
2005, por exemplo, a frota de bicicletas no Brasil foi estimada em 60 milhões, de acordo com
relatório da ABRACICLO, superando a frota de veículos automotores no mesmo ano, de
aproximadamente 43 milhões (incluindo carros, motos, ônibus, tratores, bondes... enfim,
todo veículo que tem motor). O Brasil possuía em 2005 a sexta maior frota de bicicletas do

83
mundo, atrás da China, Índia, EUA, Japão e Alemanha, e era o terceiro maior produtor de
bicicletas (atualmente é o quarto).

MORTALIDADE DE CICLISTAS NO BRASIL

Em termos de mortalidade, de acordo com o levantamento apresentado no Mapa da


Violência 2014, no período entre 1996 e 2012, 27.359 ciclistas morreram no trânsito
brasileiro, sendo que de 2005 a 2009 foram mais de 2.000 vítimas por ano. Confira abaixo
os detalhes e outras informações sobre o assunto.

Mortalidade de ciclistas

MAPA DA VIOLÊNCIA 2014

Uma reportagem publicada no G1 em 2017 apontou


que em 2013 tivemos 1.348 mortes, e em 2014 o
número subiu para 1.357, conforme levantamento do
Ministério da Saúde. Além disso, em média 32
ciclistas são internados por dia no Brasil, em
decorrência de acidentes. Em 2015 foram 10.935
internações, gerando um custo de R$13,2 milhões
aos cofres públicos, e em 2016 foram 11.741
internações, com custo de R$ 14,3 milhões.
O Rio Grande do Sul computou 1.436 mortes de
ciclistas no período de 2007 até junho de 2018
(DETRAN/RS), sendo que os municípios com maior
ocorrência são grandes centros urbanos (Porto
Alegre, Pelotas e Canoas).

Razões não faltam para darmos mais atenção a esse modal, seja nos processos de
formação de condutores, em ações de educação para o trânsito ou em investimentos na
infraestrutura viária.

84
O motivo do alto número de vítimas com certeza não decorre exclusivamente do
desconhecimento das normas. Sequer podemos afirmar ser este o principal motivo do
desrespeito no trânsito. No entanto, vale considerar que esse fator tem sua taxa de
contribuição para a ocorrência de acidentes e mortes de ciclistas.
O propósito deste módulo é apresentar as normas legais e orientações
complementares relacionadas à circulação de ciclistas. Está organizado em três Unidades:
Tal divisão se presta a uma melhor
sistematização conforme os papéis
desempenhados e sua relação com o
modal em tela. Não significa, pelo
contrário, um conhecimento parcial,
sendo o conjunto delas importante para
um comportamento mais respeitoso e
responsável por parte de todos.

Trânsito seguro é um direito de todos! Entender esta premissa e ter atitudes condizentes
é essencial para que ciclistas, motoristas, passageiros e pedestres consigam
compartilhar, harmoniosamente, o espaço público.

ORIENTAÇÃO PARA APRENDIZAGEM

Ao término desta
etapa, esperamos ter
contribuído para que você
possa refletir sobre como
pedalar com segurança e
como respeitar o ciclista no
trânsito, despertando para
temas importantes, como:

85
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE MOTOCICLETAS, CICLOMOTRES,


MOTONETAS, BICICLETAS E SIMILARES – ABRACICLO. Indústria de bicicletas inicia
2018 com aumento de 49,8% na produção. Disponível em:
<http://www.abraciclo.com.br/2018/1149-industria-de-bicicletas-inicia-2018-com-aumento-de-
49-8-na-producao>. Acesso em: 31 ago. 2018.

BOM DIA BRASIL. Brasil tem, em média, 32 ciclistas internados por dia devido a acidentes.
G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/03/brasil-tem-em-media-
32-ciclistas-internados-por-dia-devido-acidentes.html>. Acesso em: 31 ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. Frota de veículos 2017. Disponível em:


<http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/610-frota-2017>. Acesso em: 30 ago.
2018.

BRASIL. Departamento Nacional de Trânsito. Frota de veículos. Disponível em:


<http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237-frota-veiculos>. Acesso em: 30 ago.
2018.

PROGRAMA BRASILEIRO DE MOBILIDADE POR BICICLETA – BICICLETA BRASIL.


Caderno de referência para elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas
Cidades. Brasília: Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, 2007.
Disponível em:
<http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/Biblioteca/LivroBicicletaBrasil.pd
f>. Acesso em: 13 de ago. 2018.

86
WAISELFISZ, Julio Jacobo. L. Mapa da violência 2014. Disponível em:
<https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2014/Mapa2014_JovensBrasil_Preliminar.pdf>.
Acesso em: 31 ago. 2018.

87
UNIDADE 1 – O CICLISTA NO TRÂNSITO

RESPONSABILIDADES DO CICLISTA

No que cabe ao ciclista, sua segurança no trânsito depende tanto do cumprimento


das normas quanto dos cuidados que deve ter com a bicicleta. É de sua responsabilidade,
também, a adoção de comportamentos preventivos que, embora não previstos na legislação,
são muitas vezes decisivos para a preservação de sua integridade física.
Ainda que a segurança seja o fator mais relevante, vale considerar a importância do
comportamento do ciclista como agente social. Ao respeitar as normas, serve de referência
aos outros usuários, contribuindo para a aceitação da bicicleta como meio de deslocamento,
especialmente por aqueles que são mais resistentes a essa ideia. Se não chegar a tanto, ao
menos não deixará margem para que essa resistência aumente. A responsabilidade cidadã
tem papel fundamental na inclusão desse modal nas cidades.
Esta unidade se dedicará aos cuidados que o próprio ciclista deve ter ao transitar nas
vias públicas.

MANUTENÇÃO DA BICICLETA

Como qualquer outro veículo, para funcionar adequadamente a bicicleta deve passar
por manutenção periódica, com intervalo médio de 6 meses, porém, fatores como frequência
de uso, quilometragem diária, tipo de terreno onde é utilizada e modelos/materiais dos
componentes, dentre outros, interferem na frequência necessária de manutenção.
Essas revisões, como são chamadas, devem ser feitas por técnicos especializados,
em oficinas de confiança do ciclista, onde são averiguadas as condições gerais de todos os
componentes, substituição daqueles que apresentam falhas, lubrificação, verificação dos
desgastes e regulagem necessária, especialmente nos cabos (dos freios e marchas).
Alguns ajustes e reparos simples podem ser feitos pelo próprio ciclista, desde que
conheça os componentes e o funcionamento da bicicleta. Confira as dicas selecionadas para
que você, ciclista, consiga identificar as necessidades de sua “magrela”.

88
Dicas de manutenção

Pneus: antes de sair é prudente apertar os pneus para verificar a pressão. A


calibragem correta geralmente está indicada no próprio pneu, sendo que o limite
máximo não deve ser ultrapassado. Recomenda-se calibrar no mínimo uma vez
por semana, evitando o desgaste dos pneus e da câmera.

Selim: deve estar alinhado paralelamente ao chão e completamente fixo ao


canote, não se movendo em nenhuma direção mesmo sob aplicação de força.
Caso se mova, é necessário apertar os parafusos/blocagens correspondentes.

Retrorrefletores: devem estar sempre limpos e alinhados (o dianteiro e o


traseiro), para que consigam refletir a luz e melhorar a visualização. Quando
muito arranhados, devem ser trocados.

Freios: para verificar se estão funcionando eficientemente, basta acionar um de


cada vez e movimentar a bicicleta para frente e para trás; a roda “freada” não
pode girar. Se girar, indica que os freios estão desregulados. Caso este
movimento produza estalos, pode indicar que a caixa de direção está solta.

Rodas: ao levantar a bicicleta e girar as rodas, elas devem girar soltas; se não
girarem livremente, o problema pode ser na regulagem dos freios, na centragem
da roda ou nos cubos.

Marchas: ao acionar o passador, as marchas devem mudar de maneira rápida e


precisa, de forma silenciosa e sutil; caso contrário, é necessário regular o
sistema de transmissão.

Possuindo conhecimento básico, o ciclista tem condições de avaliar quando a ajuda


especializada é necessária.

89
EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS

Para circular nas vias públicas toda bicicleta com aro superior a 20 deve estar dotada
de campainha, espelho retrovisor do lado esquerdo e retrorrefletores (art. 105 do CTB e
Resolução nº 46/98 do CONTRAN), conforme a ilustração a seguir:

Os retrorrefletores devem ter alcance mínimo de 30 metros e o retrovisor não pode ter
haste de sustentação (Resolução nº 46/98 do CONTRAN).
Esses equipamentos devem ser fornecidos pelos fabricantes, importadores e/ou
revendedores, assim como um manual contendo normas de circulação, infrações,
penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Anexos do CTB (art. 338 do CTB).
Quando em competições (mountain bike, olímpica, etc.), as bicicletas não precisam
cumprir essas normas, por não estarem circulando em via pública.

EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS

Existem acessórios que têm a função de deixar o ciclista mais visível aos outros
usuários do trânsito, com o propósito de evitar acidentes. Outros são utilizados para proteger
regiões específicas do corpo em caso de quedas ou colisões, atenuando o impacto ou
mesmo evitando lesões. Ainda, há aqueles que servem à manutenção da saúde e/ou do
conforto durante as pedaladas.

90
Não sendo obrigatórios pela nossa legislação, cabe a cada ciclista avaliar os
benefícios de cada equipamento, considerando suas necessidades. Buscando auxiliar nessa
avaliação, elaboramos a cartilha “Pedalando com segurança: equipamentos
recomendados”, disponível na biblioteca do curso.

LUVAS LUZES CARAMANHOLA

CAPACETE ÓCULOS DE COLETE


PROTEÇÃO REFLETIVO

ONDE DEVE CIRCULAR?

“Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer,
quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a
utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação
regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores” (art. 58, CTB).

Vamos por partes!

... quando não houver ciclovia, ciclofaixa...

Se houver ciclovia ou ciclofaixa na via, é nela que o ciclista deve circular. Geralmente têm
sinalização própria e, quando bem projetadas, são os lugares mais seguros para o
ciclista pedalar. No entanto, nem todas são construídas de forma a garantir essa
segurança, apresentando problemas com relação à pavimentação (buracos,
irregularidades), localização (trechos de alto risco ou do lado inapropriado da faixa, em
função do trânsito de pedestres ou outros veículos) e/ou sinalização (quando faltam
semáforos ou placas de regulamentação e advertência). Além disso, muitas vezes as
pessoas utilizam equivocadamente as ciclovias para caminhar, correr, passear com
animais de estimação, dentre outros, prejudicando ou mesmo impossibilitando o trânsito
de bicicletas.

91
... ou acostamento...

Quando não existirem ciclovias ou ciclofaixas ou quando elas não apresentarem


condições seguras para utilização, os ciclistas devem utilizar o acostamento, definido
pelo CTB como a “parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou
estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e
bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim” (Anexo I).

... ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento...

Por fim, quando uma via não tiver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, o ciclista deve
circular no bordo da pista de rolamento, que corresponde à “margem da pista, podendo
ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à
circulação de veículos”. Ou seja, deve circular próximo ao meio-fio, do lado direito ou
esquerdo da pista. Esta regra também cabe a grupos de ciclistas, que devem circular
sempre em fila única (art. 247 do CTB). Como as faixas da esquerda são destinadas a
veículos em maior velocidade – portanto, maior risco ao ciclista – é mais seguro optar
pelo bordo direito.

Notemos, então, que apesar de ser permitida


a circulação do ciclista em várias partes da via, ele
não pode optar livremente pelo espaço onde
circular. Se uma via contiver ciclovia ou ciclofaixa
em boas condições de uso, é ali que o ciclista deve
pedalar, necessariamente.
Outra informação importante é que o CTB
permite que as bicicletas, assim como outros
veículos não motorizados, ultrapassem veículos em
fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela,
bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo
(art. 211). Assim, em caso de congestionamento, ele
pode ultrapassar os veículos parados, desde que
não desrespeite a sinalização (por exemplo, não
pode avançar o sinal vermelho).

92
No entanto, nem sempre essa manobra é segura, uma vez que os pedestres,
motoristas e passageiros não costumam estar atentos a essa possibilidade. É prudente o
ciclista sempre analisar com cautela a situação e estar atento ao movimento dos veículos,
inclusive motocicletas, e dos pedestres antes de realizar qualquer manobra.

POSICIONAMENTO

Tão importante quanto saber por onde deve andar é saber como se posicionar no
trânsito. A segurança do ciclista está diretamente relacionada à maneira como se posiciona
em cada trecho, em cada situação, principalmente naquelas em que o risco é maior, como
quando ultrapassa carros estacionados ou quando passa por cruzamentos. A principal
orientação é que procure ficar o mais visível possível para os motoristas e pedestres.
Destacamos algumas dicas sobre posicionamento que podem ajudá-lo a se precaver nessas
situações. Vamos conferir?

CARROS ESTACIONADOS

Ao ultrapassar carros que estão estacionados na via


o ciclista pode ser surpreendido por uma porta sendo
aberta repentinamente e não ter tempo suficiente
para desviar. Isso porque às vezes os motoristas e
passageiros não olham para trás antes de abrirem as
portas, ou não “procuram” por ciclistas ou pedestres,
focando sua atenção apenas nos veículos
automotores. Além disso, há também os pontos
cegos, nos quais a bicicleta pode ficar
completamente invisível para o motorista e o
passageiro. Acidentes desse tipo podem provocar lesões graves no ciclista, dependendo da
sua velocidade no momento da colisão. Para evitá-los recomenda-se ao ciclista manter uma
distância de aproximadamente 1m dos carros estacionados (medida aproximada de uma
porta aberta), mesmo que para isso ocupe a maior parte da faixa.

93
CRUZAMENTOS

Definido no CTB como “interseção de


duas vias em nível”, é o local onde os
diferentes usuários do trânsito se
cruzam, mudam de direção, saem de
uma via e entram em outra,
atravessam as ruas, etc., seja a pé ou
conduzindo veículos. Todos precisam
se entender para que consigam seguir
suas trajetórias em segurança.
Quando o cruzamento não tem
semáforos as regras de preferência
de passagem definidas pelo CTB priorizam os pedestres e ciclistas, porém nem sempre
essas regras são respeitadas, e às vezes sequer são conhecidas. Por isso, muitas vezes o
ciclista é “fechado” nos cruzamentos por veículos que viram à esquerda ou à direita sem
observar sua presença no bordo da pista, ou não consegue realizar a manobra desejada
porque os condutores não cedem passagem.
Para evitar essas situações, o posicionamento estratégico do ciclista é essencial e
deve ser adequado ao trajeto pretendido. Confira as orientações a seguir.

Para continuar na mesma via e no mesmo sentido,


ao se aproximar dos cruzamentos é indicado que se
dirija ao meio da faixa, exatamente à frente do
veículo automotor que o sucede. Dessa forma, além
de garantir que será visto, também impedirá que o
motorista realize manobras que o coloquem em
risco. O trajeto se torna mais seguro ainda se o
ciclista indicar suas intenções através de gestos
(apresentaremos uma sugestão de gestos no
próximo item).

94
Esse posicionamento também deve ser adotado
mesmo quando o ciclista está parado em algum
cruzamento, aguardando o semáforo ou o momento
adequado para cruzar a via. Algumas cidades
implantaram “áreas de espera” para oferecer maior
segurança aos ciclistas e motociclistas nos
cruzamentos, como o exemplo de Valinhos/SP:

Para ter mais facilidade ao “arrancar” com a bicicleta, o ciclista deve engrenar uma
marcha leve antes de parar para aguardar um semáforo, por exemplo.

95
Em vias muito movimentadas, é indicado o mesmo
posicionamento descrito anteriormente, o meio da
faixa, pois evita que o veículo que está atrás, caso
também deseje virar à direita, faça uma manobra
muito fechada sem perceber o ciclista no bordo (até
porque estará mais atento ao movimento de
veículos vindo pelo lado esquerdo). Em vias pouco
movimentadas e largas a manobra do ciclista pode
ser feita bem próximo ao meio-fio, tanto na via da
qual vai sair quanto na via onde vai entrar, porém é
preciso estar bastante atento à presença e
movimentação de veículos automotores.

Considerando que o ciclista estará circulando pelo bordo direito da pista, que é, como
já foi mencionado, o lado mais seguro, quando pretender virar à esquerda terá que se dirigir
ao bordo esquerdo da faixa antes de chegar ao cruzamento, garantindo que estará, no
momento certo, bem posicionado para realizar a conversão (quando tiver mais de uma faixa
no mesmo sentido, deve ocupar aquela situada mais à esquerda).

96
Uma forma alternativa é percorrer o mesmo trajeto que o pedestre faria nessa
situação: atravessar uma rua de cada vez, aguardando os respectivos semáforos e, se optar
por utilizar as faixas de travessia de pedestres, descendo da bicicleta.

GESTOS INDICATIVOS DE DIREÇÃO

Entender as intenções de cada pessoa no trânsito é essencial para a segurança e boa


convivência. Um motorista, quando percebe o acionamento da luz de freio do veículo que
está à frente, por exemplo, sabe que tem que reduzir a velocidade para evitar uma colisão;
quando aciona a seta (pisca-pisca), está informando a todos qual manobra pretende fazer e
permitindo que tomem as precauções necessárias. O CTB exige que o condutor sinalize
suas intenções, e o objetivo é claro: comunicar-se com os outros partícipes e, assim, evitar
acidentes.
A sinalização do ciclista é igualmente importante. Quando não indica suas intenções,
tira a possibilidade de os outros usuários adequarem seus comportamentos e movimentos
para que a manobra seja feita com segurança.

A ilustração abaixo apresenta uma sugestão de gestos indicativos que facilita a comunicação dos ciclistas
no trânsito, baseada na proposta de Rogério Leite.

97
ONDE NÃO DEVE CIRCULAR?

É de extrema importância que você, ciclista, saiba em quais vias pode pedalar e quais
deve evitar. Calçadas, passeios, corredores de ônibus, vias de trânsito rápido e rodovias
sem acostamento, onde regras e velocidades variam, oferecem riscos maiores a você ou
aos pedestres.

CALÇADAS E PASSEIOS

A calçada, tal como consta no CTB, “não é destinada à circulação dos veículos”
(lembrando, bicicleta é um veículo) e é “reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”.
Passeio é a “parte da calçada ou da pista de rolamento destinada à circulação
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas”.
Pedalar nas calçadas ou passeios só é permitido se autorizado pela autoridade
competente e devidamente sinalizado (arts. 59 e 68 do CTB).
A presença dos ciclistas nas calçadas pode incomodar e ameaçar os pedestres que ali se
encontram, principalmente idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, que se sentem
muito mais vulneráveis dividindo o espaço com as bicicletas.
Além disso, é comum crianças surgirem repentinamente nas calçadas, correndo, entrando e
saindo de casas e estabelecimentos, surpreendendo os ciclistas que ali pedalam, que
podem não conseguir reagir a tempo de evitar um acidente.
Podemos considerar que pedalar nas calçadas é o
mesmo que conduzir veículos automotores pelas
ciclofaixas. Obviamente, as consequências de um acidente
envolvendo veículo automotor tendem a ser muito mais
desastrosas do que um acidente envolvendo ciclista e
pedestre, porém, sem dúvida, os dois comportamentos são
semelhantes do ponto de vista do desrespeito ao direito do
outro.
O ciclista que se sentir inseguro em alguns trechos,
em função do movimento dos veículos automotores, tem como alternativa descer da bicicleta
e empurrá-la sobre as calçadas, pois assim equipara-se ao pedestre (art. 68 do CTB).

98
Também pode agir dessa forma em trechos de sentido oposto, quando não for conveniente
se deslocar até uma via com sentido correspondente ao pretendido.

CORREDORES DE ÔNIBUS

Como o próprio nome diz, são faixas ou


pistas destinadas exclusivamente à circulação
de ônibus, o que é indicado na sinalização que
costuma acompanhá-las.
Alguns ciclistas erroneamente avaliam os
corredores de ônibus como lugares mais
seguros para pedalar, devido ao menor fluxo
de veículos. Não consideram, porém, que os
veículos que ali circulam são muito maiores e mais pesados – um ônibus básico (70
passageiros) pesa aproximadamente 16 toneladas, enquanto um carro de passeio pesa
cerca de 800kg –, o que significa que seu potencial de dano em caso de acidente é
substancialmente maior, muitas vezes fatal para os ciclistas.
Vale considerar, ainda, que o ciclista no corredor de ônibus pode surpreender os
motoristas, que não terão tempo ou distância suficiente para pararem o veículo e evitar o
acidente. Quanto mais pesado o veículo, maior a distância percorrida para frenagem total,
visto que o tempo e a distância necessários para pará-lo depende da sua massa.

VIAS DE TRÂNSITO RÁPIDO E RODOVIAS SEM ACOSTAMENTO

Via de trânsito rápido é “aquela


caracterizada por acessos especiais com trânsito
livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade
direta aos lotes lindeiros e sem travessia de
pedestres em nível”, onde a velocidade máxima
permitida é de 80km/h. Nas rodovias, que são
“vias rurais pavimentadas” a velocidade máxima é
110km/h (CTB).
Em função da alta velocidade, oferecem
maior risco para o ciclista, visto que qualquer

99
desatenção ou imprudência dele ou dos motoristas pode culminar em acidentes gravíssimos,
muitas vezes sem chance de sobrevivência para o ciclista. Por isso, só é permitida a
circulação de bicicletas nessas vias quando contarem com acostamento ou faixa de
rolamento própria (art. 244 do CTB).
Não confunda vias de trânsito rápido com vias arteriais, cuja velocidade máxima é 60
km/h e onde é permitida a circulação de ciclistas.

CONTRAMÃO

O ciclista deve andar sempre no mesmo


sentido de circulação regulamentado pela via (art.
58 do CTB), só sendo permitido circular no
sentido contrário ao fluxo em ciclofaixas, quando
autorizado pela autoridade competente.
Apesar dessa determinação, é comum
encontrarmos ciclistas pedalando na contramão,
seja para chegarem ao destino mais rapidamente
ou porque se sentem mais seguros enxergando o
movimento dos carros em sua direção.
No entanto, essa sensação é ilusória, pois em vias de mão única os motoristas,
pedestres, ciclistas, etc. verificam apenas o lado de onde vem o fluxo, não observando, na
maioria das vezes, ciclistas que transitam no sentido oposto.
Em sentidos opostos, as chances para evitar um acidente diminuem tanto para o
ciclista como para o motorista, visto que o tempo de reação de ambos diminui. Ou seja,
bicicleta e veículo automotor se encontrarão mais rápido do que se estiverem no mesmo
sentido, e por isso os condutores terão
menos tempo para reagir (perceber, analisar
e tomar uma decisão) e evitar um acidente.
Pedalando no mesmo sentido e
percebendo a possibilidade de colisão
(através dos retrovisores ou olhando para
trás), o ciclista tem mais tempo para pensar,
decidir e realizar uma manobra para sua
segurança.

100
Além disso, caso ocorra uma colisão, a gravidade das lesões será muito maior se
tratando de colisão frontal, tal como ocorre entre dois veículos automotores, uma vez que as
velocidades são somadas. Por exemplo, se um carro a 60km/h colidir com uma bicicleta a
20km/h, o mais provável será o ciclista ser lançado contra o para-brisa a uma velocidade de
aproximadamente 80 km/h.
Quando bicicleta e carro estão no mesmo sentido a colisão é traseira, as
velocidades não se somam e, muitas vezes, o ciclista é lançado à frente da bicicleta, cuja
roda fica “presa” no carro e o corpo do ciclista segue a sua trajetória para o mesmo sentido
que estava, pela força da inércia. Mesmo se o ciclista se chocar com o para-brisa (quando o
carro está em velocidade muito superior à dele) o impacto será menor.

CONDIÇÕES FÍSICAS E MENTAIS

Antes de iniciar uma pedalada, é importante que o ciclista avalie suas condições
físicas e mentais. Cansaço, sono ou efeitos de substâncias psicoativas (como álcool)
comprometem as capacidades cognitivas e
habilidades para conduzir qualquer veículo com
segurança, inclusive bicicleta.
Quando um motorista está alcoolizado, por
exemplo, sua capacidade para avaliar o ambiente,
identificar os riscos e reagir a imprevistos fica
prejudicada. O mesmo ocorre com o ciclista, que,
além de tudo, ainda precisa conseguir se equilibrar
na bicicleta.

101
CELULAR E FONES DE OUVIDO

Embora seja agradável, ouvir


músicas com fones de ouvido durante a
pedalada pode impedir o ciclista de escutar
sons que tenham o propósito de adverti-lo
frente a uma situação de risco, como
buzinas, sirenes ou vozes de pessoas
querendo lhe chamar a atenção.
Igualmente perigoso é utilizar o
celular para ligações, mensagens ou fotos,
visto que a atenção tende a ser dedicada
mais à conversa e ao aparelho do que ao
trânsito.
Manter constantemente a vigilância
no trânsito é humanamente impossível. Com frequência nos dispersamos em meio a
pensamentos, lembranças e preocupações, que disputam com o ambiente a nossa atenção.
Mesmo conhecendo os riscos aos quais nos submetemos diariamente no trânsito, nunca
conseguiremos estar 100% atentos a todos os eventos. Por isso, é muito importante dirigir o
máximo possível de atenção para o trânsito, pois um comportamento vigilante possibilita ao
ciclista reduzir os riscos e reagir a tempo frente a algum imprevisto.

OUTRAS DICAS DE SEGURANÇA

RUAS MOVIMENTADAS

O movimento intenso de veículos automotores, principalmente em alta velocidade,


oferece grande ameaça ao ciclista, visto que, quanto mais veículos, mais acirrada costuma
ser a disputa por espaço.
Ruas tranquilas, sem muitos carros, ônibus ou motocicletas, costumam ser mais
seguras para os deslocamentos de bicicleta, por isso é recomendável ao ciclista planejar seu
trajeto previamente, antes mesmo de iniciar a pedalada, de modo a evitar o movimento
intenso, especialmente de veículos de grande porte como ônibus e caminhões, que
representam maior risco.

102
COMPARTILHANDO ESPAÇO COM PEDESTRES

A legislação prevê o compartilhamento do espaço público entre ciclistas e pedestres,


o que é indicado por sinalização específica.
Nesses espaços, o ciclista deve zelar pela segurança do pedestre, redobrando a
atenção e reduzindo a velocidade, atendendo ao art. 29 do CTB, conforme já mencionamos.

A-30c - Trânsito compartilhado


por ciclistas e pedestres.

INFRAÇÕES

O CTB prevê oito infrações a serem aplicadas aos ciclistas, caso não respeitem as
normas de circulação:
ARTIGO DESCRIÇÃO GRAVIDADE
Conduzir ciclos fazendo malabarismo ou equilibrando-se GRAVISSIMA
244, III
apenas em uma roda (multa)
Conduzir ciclos sem segurar o guidom com ambas as mãos, MÉDIA
244, VII
salvo eventualmente para indicação de manobras (multa)
Conduzir ciclos transportando carga incompatível com suas MÉDIA
244, VIII
especificações (multa)
Conduzir ciclos com passageiro fora da garupa ou do assento
244, §1, a MÉDIA
especial a ele destinado
Conduzir ciclos em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
244, §1, b MÉDIA
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Conduzir ciclos transportando crianças que não tenham, nas
244, §1, c MÉDIA
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança
Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila
única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de MÉDIA
247
tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a (multa)
eles destinados
MÉDIA (multa
e remoção da
bicicleta,
Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a
255 mediante
circulação desta, ou de forma agressiva
recibo p/ o
pagamento
da multa)

103
Embora constem no CTB desde 1997, a falta de regulamentação adequada dificultou
a aplicação das infrações. Somente em outubro de 2017 o CONTRAN publicou a Resolução
706/2017, dispondo sobre a padronização dos procedimentos administrativos para autuação
de pedestres e ciclistas. No entanto, no que tange ao ciclista, só contemplava o art. 255,
determinando que o ciclista infrator deveria ser abordado pela autoridade de trânsito ou seu
agente, que registraria em documento próprio ou talão eletrônico o nome completo do
ciclista, número do documento de identificação, endereço e CPF, além das informações
disponíveis da bicicleta (§3º e §4º).

O início da vigência dessa Resolução, previsto para abril de


2017, foi adiado para 1º de março de 2019, através da Resolução
731/2018, em função da necessidade de prazo para adequação, mas
posteriormente foi revogada pela Resolução 772/2019, "considerando
a necessidade de se promover, prioritariamente, a conscientização da sociedade por meio
de campanhas educativas para o trânsito".

BICICLETAS ELÉTRICAS

Se atendidos os requisitos determinados pelo CONTRAN (Resolução nº 465/2013),


as normas para circular com uma bicicleta elétrica são as mesmas que regulam o trânsito
das bicicletas sem motor, acrescentando-se apenas a obrigatoriedade de três equipamentos:
espelho retrovisor do lado direito (além do esquerdo), indicador de velocidade e capacete.

Mas nem sempre foi assim...

Em maio de 2009, a bicicleta elétrica foi equiparada aos ciclomotores,


considerada um ciclo-elétrico: veículo de duas ou três rodas, provido de motor de
propulsão elétrica com potência máxima de 4 kw, dotado ou não de pedais acionados
pelo condutor e com velocidade máxima de 50 km/h (Resolução nº 315/2009 do
CONTRAN). Para conduzi-la era necessário possuir a ACC (Autorização para Condução
de Ciclomotor), obtida a partir de um processo de habilitação semelhante ao de
obtenção da CNH.

104
Com a publicação da Resolução nº 465/2013 do CONTRAN, a bicicleta dotada
de motor elétrico (original ou posteriormente agregado) deixou de ser equiparada aos
ciclomotores, podendo circular em ciclovias e ciclofaixas, desde que atendidas as
condições especificadas.
As bicicletas elétricas que não atendem essas condições continuam
equiparadas ao ciclomotor (desde que atendidos os critérios para tal), devendo sua
utilização respeitar ao disposto nas Resoluções 168/2004 e 315/2009 do CONTRAN (no
RS, a Resolução 96/2015 do CETRAN também trata essa questão.).

Requisitos para a bicicleta dotada de motor elétrico (original ou posteriormente


agregado):
• o motor deve possuir no máximo 350 watts de potência;
• ao circular em ciclovias e ciclofaixas, não deve ultrapassar o limite máximo de 25
km/h;
• o motor deve ser ativado somente quando o condutor pedalar;
• não pode possuir acelerador manual (ou semelhante);
• deve ter indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna (dianteira, traseira e
lateral), espelhos retrovisores em ambos os lados e pneus em condições mínimas de
segurança;
• o uso de capacete de ciclista é OBRIGATÓRIO.

COMO TRANSPORTAR CRIANÇAS NA BICICLETA?

O transporte de crianças na bicicleta pode


ser feito com a utilização de cadeirinha (existem
modelos para instalação na frente ou atrás), garupa
e trailer.
A escolha do modelo de cadeirinha ou trailer
deve levar em consideração a adequação ao peso
da criança e o conforto. O ideal é experimentar os
modelos disponíveis junto com a criança, para então
realizar a compra e, preferencialmente, optar por

105
equipamento que tenha certificação (mesmo internacional) e que seja de marca
reconhecida.
Os equipamentos podem ser utilizados por crianças de 9 meses a 10 anos,
dependendo do seu peso (ver orientações do fabricante).
O uso da cadeirinha na frente ou atrás deve ser avaliado pelo conforto e segurança
do ciclista ao pedalar e da criança ao ser transportada. A instalação deve garantir que a
cadeirinha fique bem ajustada à bicicleta, evitando folgas. A criança deve ficar firme, não
pendendo para nenhum dos lados.
Em decorrência da alteração do peso e da mudança no centro de gravidade, é
importante treinar o transporte de crianças nas cadeirinhas em locais seguros, como
parques ou áreas residenciais, para posteriormente circular em vias públicas.

Os trailers, menos comuns no


Brasil, podem comportar mais de uma
criança e exigem mais esforço do
ciclista, porém podem ser mais
confortáveis para a criança por
protegê-la do sol e do vento.
Crianças maiores, que já
compreendem os riscos e conseguem
se segurar sozinhas, podem ser
transportadas em garupas.
Ao transportar crianças o
ciclista deve pedalar em velocidade reduzida, evitar manobras bruscas e lembrar sempre
das diferenças de peso, equilíbrio e, no caso dos trailers, comprimento.

Reunimos no texto “Crianças Pedalando” (disponível na biblioteca do curso)

SAIBA algumas orientações aos pais e responsáveis por crianças, sobre os fatores
MAIS que devem ser levados em conta antes de autorizarem os pequenos a
saírem nas ruas pedalando. Confira!

106
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 16175:2013 – ABNT:


veículo de duas rodas – Bicicletas – capacete para condutores de bicicleta e usuários de
patins, skates e semelhantes. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

BIKEFOREVER. Você sabe como são produzidos os capacetes de ciclismo?.


Disponível em: <https://bikeforever.wordpress.com/2012/03/13/voce-sabe-como-sao-
produzidos-os-capacetes-de-ciclismo/>. Acesso em: 31 ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 160, 22 de abril de 2004. Brasília:


CONTRAN, 2004. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 168, 14 de dezembro de 2004.


Brasília: CONTRAN, 2004. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>.
Acesso em: 13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 315, 08 de maio de 2009. Brasília:


CONTRAN, 2009. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 46, 21 de maio de 1998. Brasília:


CONTRAN, 1998. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

107
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 465, 27 de novembro de 2013.
Brasília: CONTRAN, 2013. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>.
Acesso em: 13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 706, 25 de outubro de 2017. Brasília:


CONTRAN, 2013. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 731, 15 de março de 2018. Brasília:


CONTRAN, 2018. Disponível em:
<https://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao7312018.pdf>. Acesso em:
12 de abr. 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 772, 28 de fevereiro de 2019. Brasília:


CONTRAN, 2019. Disponível em:
<https://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao7722019.pdf>. Acesso em:
12 de abr. 2019.

CRUZ, William. 11 motivos para não pedalar na contramão. Disponível em:


<http://vadebike.org/2005/12/dicas-para-o-ciclista-urbano-3/>. Acesso em: 13 de ago. 2018.
VALINHOS. Prefeitura instala áreas de espera exclusivas para motociclistas e ciclistas no
centro. Disponível em: <http://www.valinhos.sp.gov.br/noticias/prefeitura-instala-areas-de-
espera-exclusivas-para-motociclistas-e-ciclistas-no-centro>. Acesso em: 05 de set. 2018.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – INMETRO.


Relatório da análise de capacetes de uso adulto e infantil para ciclistas. Disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/capacetes-ciclistas.pdf.>.Acesso em: 13 de
ago. 2018.

MORAES, Helton. Recomendações para a compra de farol (baseadas em experiência


prática). Disponível em: <http://sociedade.audax.org.br/2014/08/15/recomendacoes-para-a-
compra-de-farol-baseadas-em-experiencia-pratica/>. Acesso em: 13 de ago. 2018.

108
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS. Capacetes: manual de segurança
no trânsito para os gestores e profissionais de saúde. Brasília: OPAS, 2007. Disponível em:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=document&layout=default
&alias=206-capacetes-manual-seguranca-no-transito-para-os-gestores-e-profissionais-
saude-6&category_slug=saude-e-ambiente-707&Itemid=965>. Acesso em: 13 de ago. 2018.

RIO GRANDE DO SUL. Conselho Estadual de Trânsito. Resolução 96, 03 de março de


2015. Porto Alegre: CETRAN, 2015. Disponível em:
<http://www.cetran.rs.gov.br/upload/20150415125338resolucao_96_assinada.pdf>. Acesso
em: 13 de ago. 2018.

ROAZZI, Antonio, CASTRO FILHO, José Aires de. O desenvolvimento da noção de tempo
como integração da distância e da velocidade. Revista Psicologia: reflexão e crítica, v. 14,
n.3, p. 497-503, 2001.

ROZESTRATEN, Reinier J. A. Psicopedagogia do trânsito: princípios psicopedagógicos


de educação transversal para o trânsito para professores do Ensino Fundamental. Campo
Grande: UCDB, 2004.

SCHETINO, André. Luvas para ciclismo: saiba escolher as melhores. Disponível em:
<https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/dica-escolhendo-luvas-para-ciclismo/>. Acesso
em: 13 de ago. 2018.

109
UNIDADE 2 – O PEDESTRE E O CICLISTA

PEDESTRES E CICLISTAS EM HARMONIA

Como vimos no início do módulo, assim como


ciclistas, pedestres não recebem instrução formal para
aprenderem a se deslocar adequadamente no trânsito.
Toda a aprendizagem costuma acontecer na própria
experiência. Dessa forma, não têm conhecimento de
muitas normas de circulação e conduta que devem
obedecer, ainda que o CTB tenha um capítulo
inteirinho dedicado aos pedestres e condutores de veículos não motorizados (cap. 4).
Tratando-se da sua relação com o ciclista, seu conhecimento costuma ser ainda mais
precário.
Esta unidade se dedicará às orientações direcionadas aos pedestres em relação aos
ciclistas.

CICLOVIAS E CICLOFAIXAS

São de uso exclusivo de ciclos: “veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana” (Anexo I do CTB). Portanto, não devem ser utilizadas pelos pedestres como pista
de caminhada ou corrida. Devem estar sempre livres para a circulação de ciclistas.
A Resolução nº 465/13 do CONTRAN permitiu a utilização das ciclovias e ciclofaixas
por pessoas utilizando “equipamentos de mobilidade individual autopropelidos”, ou seja,
equipamentos motorizados, que tem seu próprio meio de propulsão, desde que atendidas as
seguintes condições:

1 Circular em velocidade máxima de 20 km/h;

Usar indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna, dianteira, traseira


2
e lateral, incorporados ao equipamento;

Ter dimensões de largura e comprimento iguais ou inferiores às de uma cadeira de


3
rodas, especificadas pela Norma Brasileira NBR 9050/2004 (0,80x1,20m).

110
ESPAÇOS (COM)PARTILHADOS

Como já vimos, em alguns locais é permitido o compartilhamento do espaço por


pedestres e ciclistas. Esses espaços são sinalizados com placas de regulamentação
específicas, que podem, inclusive, indicar em qual parte cada partícipe deve transitar
(esquerda ou direita).
Quando há demarcação, nos passeios, da área destinada à circulação de ciclistas
(semelhante a uma ciclofaixa), o pedestre deve evitar ocupar esse espaço, não prejudicando
o trânsito das bicicletas.

Embora o ciclista tenha maior responsabilidade ao transitar nestes locais – visto que
todos devem zelar pela segurança do pedestre (art. 29 do CTB), o pedestre também
deve fazer a sua parte, compartilhando de forma coerente o espaço. Deve estar atento
à possibilidade de encontrar pessoas pedalando, caminhar em trajeto linear e não
mudar de direção bruscamente, evitando surpreender ou ser surpreendido por um
ciclista.

TRAVESSIAS

Desde nossos primeiros deslocamentos a pé, ainda pequenos, recebemos a


orientação de olhar para os dois lados antes de atravessarmos a rua. E se perguntarmos o
porquê, a resposta, muito provável, será do tipo: “para ver se não vem carro”.

111
Mesmo quando distraídos, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua para ver
se não vem carro se tornou um hábito. Mas nem sempre ampliamos nosso foco de atenção
de forma a contemplar outros riscos, além dos veículos automotores, no momento de iniciar
uma travessia. Algumas vezes, inclusive, só olhamos para os dois lados após descer da
calçada, desconsiderando que os ciclistas, quando circulam nas pistas de rolamento,
utilizam os bordos, bem próximos ao meio-fio.
Situação semelhante ocorre quando atravessamos entre carros que estão parados
em congestionamentos ou semáforos, e nem cogitamos a possibilidade de sermos
surpreendidos por uma moto ou bicicleta, que, por serem menores, conseguem circular nos
corredores.

Antes de descermos da calçada para atravessar uma rua devemos, como


pedestres, olhar para os dois lados atentos à circulação de todos os veículos,
inclusive bicicletas.

112
REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 465, 27 de novembro de 2013.


Brasília: CONTRAN, 2013. Disponível em:
<http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em: 13 de ago. 2018.

ROAZZI, Antonio, CASTRO FILHO, José Aires de. O desenvolvimento da noção de tempo
como integração da distância e da velocidade. Revista Psicologia: reflexão e crítica, v. 14,
n.3, p. 497-503, 2001.

ROZESTRATEN, Reinier J. A. Psicopedagogia do trânsito: princípios psicopedagógicos


de educação transversal para o trânsito para professores do Ensino Fundamental. Campo
Grande: UCDB, 2004.

SCHETINO, André. Luvas para ciclismo: saiba escolher as melhores. Disponível em:
<https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/dica-escolhendo-luvas-para-ciclismo/>. Acesso
em: 13 de ago. 2018.

113
UNIDADE 3 – O MOTORISTA E O CICLISTA

MOTORISTAS E CICLISTAS EM HARMONIA

À medida que a quantidade de bicicletas no trânsito aumenta, o espaço ocupado por


veículos automotores diminui, exigindo que os motoristas compartilhem o lugar que antes,
pensavam, era só deles. O problema é que nem sempre recebem orientações suficientes
para tal, desconhecendo as regras de circulação relacionadas e tampouco compreendendo
sua importância para a segurança dos ciclistas.
Nesta unidade, abordaremos as normas direcionadas aos motoristas em relação ao trânsito
de bicicletas.

RESPONSABILIDADE PELA SEGURANÇA

“Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem


decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos
pedestres” (art. 29, §2º do CTB).

A responsabilidade do motorista, por estar em veículo motorizado e maior que a


bicicleta, será sempre maior que a responsabilidade do ciclista.
Infelizmente, muitas vezes percebemos o oposto disso; ao invés de zelarem pela
segurança do ciclista e do pedestre, os motoristas comportam-se de forma a aumentar a
insegurança de todos, seja por desconhecer as leis de preferência e cuidados necessários
ou por colocar os próprios interesses acima de qualquer regra, não se importando com os
mais vulneráveis.
114
PREFERÊNCIA DE PASSAGEM

Em diversos momentos, a legislação de trânsito enfatiza a preferência de passagem


de pedestres e veículos não motorizados sobre os veículos automotores. Vamos conferir as
situações em que o motorista tem obrigação de ceder passagem ao ciclista, conforme
explícito no CTB?

A Quando o ciclista estiver circulando em ciclovia ou ciclofaixa (art. 214, inciso I);

Quando o ciclista iniciar uma travessia, mesmo que não haja sinalização a ele
B
destinada (art. 214, inciso IV);

C Quando o ciclista iniciar uma travessia, porém, antes de concluí-la, o sinal ficar verde
para o motorista (art. 214, inciso II);

Quando o motorista iniciar a manobra de mudança de direção (virar à esquerda ou à


D
direita), caso haja um ciclista atravessando a via transversal para onde se dirige o
veículo automotor (artigos 38, § Único e 214, inciso V);

E Quando o motorista iniciar a manobra de retorno (art. 39);

F “ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve


demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos
que tenham o direito de preferência” (art. 44).

Ou seja, sempre que virar à esquerda ou à direita, retornar ou se aproximar de um


cruzamento, ainda que em vias preferenciais, o motorista deve ceder passagem aos ciclistas
que estiverem compartilhando as vias, a menos que haja sinalização semafórica ou
orientações de um agente de trânsito contrárias.
Para tanto, é preciso que os condutores estejam sempre atentos à presença do
ciclista, deduzindo suas possíveis manobras e considerando que, pelo seu tamanho e pouca
visibilidade, não raro se encontra nos pontos-cegos dos veículos automotores.
ULTRAPASSAGEM

115
Muito importante: ao ultrapassar ciclistas, o motorista deve respeitar a distância lateral
de 1,5m e reduzir a velocidade.
Não é difícil entender por que isso é importante: a trajetória de um ciclista não é
exatamente como uma linha reta. Por vezes, é necessário desviar de buracos ou outras
irregularidades na pista, bem como de pessoas e animais, que não percebem a aproximação
do ciclista e se lançam à sua frente. Além disso, o próprio movimento do corpo ao pedalar e
a necessidade de se equilibrar provocam alguns desvios durante a trajetória. Mesmo que
sutis, para que esses desvios sejam possíveis, é necessário que haja uma margem entre o
ciclista e o veículo automotor. Caso contrário, podem se chocar, provocar a queda do ciclista
e resultar em um grave acidente.
Ultrapassar um ciclista em alta velocidade também aumenta o risco de quedas e
acidentes, pois provoca deslocamento de ar e, consequentemente, desequilíbrio, uma vez
que a soma dos pesos da bicicleta e do ciclista é significativamente menor que o peso do
veículo automotor. Por isso o motorista deve reduzir a velocidade ao ultrapassar ciclista (art.
220, inciso VIII, do CTB).
Tamanha é a importância dessas
normas para a segurança do ciclista que
treinamentos com motoristas de ônibus em
diferentes regiões do Brasil incluíram em seus
cursos simulações práticas em que os
motoristas assumem o papel do ciclista e
sentem “na pele” a sensação de serem
ultrapassados por ônibus em alta velocidade e
grande proximidade, conforme mostrado na
reportagem que pode ser acessada clicando

aqui. Foto: Brújula Bike

O respeito à distância de 1,5m foi escolhido como foco da campanha do


“respeitômetro”, criada pelo Detran/RS em 2017 e posteriormente replicada em outros
estados. Veja a matéria clicando aqui.

PORTAS DO VEÍCULO
116
Já explicamos anteriormente que é prudente o ciclista manter distância de
aproximadamente 1m ao passar por veículos estacionados, evitando colisões com portas
abertas de forma descuidada por motoristas ou passageiros desatentos. O que ainda não
tínhamos mencionado é que é uma obrigação dos motoristas e passageiros se certificarem
de que não há nenhum outro usuário se aproximando antes de abrirem as portas, conforme
art. 49 do CTB:

“O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou


descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e
para outros usuários da via” (art. 49 do CTB).

” (art. 29, §2º do CTB).


Assim, a responsabilidade por esse tipo de acidente será sempre do motorista ou
passageiro.

CICLOVIAS E CICLOFAIXAS

Não é raro vermos carros estacionados em


ciclofaixas, ou alguns motoristas julgarem apropriado ocupá-
las temporariamente para embarque ou desembarque de
passageiros ou cargas, não atrapalhando o fluxo dos
veículos motorizados. No entanto, tais atitudes
impossibilitam o trânsito das bicicletas no lugar que, por direito, deve ser utilizado por
ciclistas.
Não é permitido estacionar ou transitar com veículo automotor em ciclovias e
ciclofaixas, em nenhuma hipótese. O não atendimento destas determinações constitui
infrações de natureza grave e gravíssima, respectivamente.

INFRAÇÕES

O CTB descreve 9 infrações relacionadas especificamente ao desrespeito para com o


ciclista no trânsito, cometidas por motoristas:

ARTIGO DESCRIÇÃO GRAVIDADE

117
GRAVISSIMA
Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando (multa e suspensão do direito de
170
a via pública, ou os demais veículos dirigir, retenção do veículo e
recolhimento da CNH)
Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a GRAVE
181, VIII
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa (...) (multa e remoção do veículo)
Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas,
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos,
GRAVÍSSIMA
193 canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
(multa – três vezes)
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins
públicos
Deixar de guardar a distância lateral de um metro e MÉDIA
201
cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta (multa)
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVÍSSIMA
214, I veículo não motorizado: I – que se encontre na faixa a ele
(multa)
destinada
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVÍSSIMA
214, II veículo não motorizado: II – que não haja concluído a
(multa)
travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVE
214, IV veículo não motorizado: IV – quando houver iniciado a
(multa)
travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVE
214, V veículo não motorizado: V – que esteja atravessando a via
(multa)
transversal para onde se dirige o veículo
Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
GRAVE
220, XIII compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar
(multa)
ciclista

INFRAÇÕES COMETIDAS NO RS

No Rio Grande
do Sul tivemos
339 infrações ao
art. 201 e 78 ao
art. 220, XIII no
período de 1998
a dezembro de
2018.

COMO TRANSPORTAR BICICLETAS EM VEÍCULOS AUTOMOTORES

118
A Resolução nº 349/10 do CONTRAN determina as normas para o transporte de
bicicletas nos veículos classificados como automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.
Com base nessa normativa, as bicicletas podem ser transportadas de três formas:

NA CAÇAMBA DE Se a bicicleta não couber na


1
CAMINHONETES caçamba, é permitido abrir o
compartimento de carga, ficando
uma parte para além da traseira do
veículo, porém “o balanço traseiro
não deve exceder 60% da distância
entre os dois eixos do veículo”. Também deve estar bem visível
e sinalizada. De noite, esta sinalização deve ser feita através
de uma luz e um dispositivo refletor, ambos vermelhos.

NA PARTE Para colocação na traseira do veículo, há


2 POSTERIOR dispositivos que são
EXTERNA
aplicados diretamente no
veículo e outros que são
acoplados ao gancho de
diretamente
reboque. no veículo
acoplado ao
reboque

Dependendo do modelo do veículo, este tipo de suporte pode


encobrir total ou parcialmente a placa traseira ou as luzes de
sinalização. Nestes casos, será necessário o uso de uma
“régua de sinalização” (ilustrada abaixo) e/ou de segunda placa
traseira de identificação, fixada à régua ou à estrutura do
veículo, conforme disposições descritas na Resolução nº
589/16 do CONTRAN (que alterou o art. 4º da Resolução nº
349/2010 do CONTRAN).

119
SOBRE O TETO Para este tipo de transporte
3
(TRILHO) não há limite de altura
determinado, diferentemente de
outras cargas, e a visão do
condutor através dos
retrovisores não fica
comprometida. A bicicleta pode ser colocada em pé ou
deitada. Importante avaliar, contudo, as possibilidades/
habilidades do usuário para colocá-la sobre o teto.

Os dispositivos podem ser fixos ou móveis e devem ser fornecidos com instruções
precisas sobre a forma de instalação, o modo de fixação da bicicleta, a quantidade máxima
de bicicletas suportada e os cuidados de segurança necessários.
Independente da maneira de fazer o transporte, o peso máximo especificado para o
veículo deve ser respeitado e a bicicleta deve estar acondicionada de modo que não
atrapalhe a visibilidade do condutor e a estabilidade do veículo, não provoque ruído ou
poeira, não se arraste ou caia sobre a via, não cause danos a propriedades públicas ou
privadas e, principalmente, não coloque em perigo as pessoas. Isso serve também para
todos os acessórios utilizados para acondicionar, prender ou proteger a bicicleta, como
cabos, correntes, elásticos ou redes.
Quando não respeitadas as normas para transporte de bicicletas, o motorista pode
ser autuado com base em 5 infrações previstas no CTB:

ARTIGO DESCRIÇÃO GRAVIDADE


Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de GRAVISSIMA
230, IV
identificação (multa e apreensão do veículo)
Transitar com o veículo derramando, lançando ou GRAVISSIMA
231, II
arrastando sobre a via: a) carga que esteja transportando; (multa e retenção do veículo
c) qualquer objeto que possa acarretar risco e acidente. para regularização)
Transitar com o veículo com suas dimensões ou de sua GRAVE
231, IV
carga superiores aos limites estabelecidos legalmente ou (multa e retenção do veículo
pela sinalização, sem autorização para regularização)
Transitar com o veículo com excesso de peso, admitido
MÉDIA
231, V percentual de tolerância quando aferido por equipamento,
(multa e remoção do veículo)
na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN
Transportar em veículo destinado ao transporte de GRAVE
passageiros carga excedente em desacordo com o (multa e retenção para o
248
estabelecido no art. 109 transbordo)

120
MOTORISTA AMIGO DO CICLISTA

Para finalizar esta unidade, em que tratamos das normas direcionadas aos
motoristas, sugerimos o vídeo preparado pela Universidade Corporativa do Transporte, que
traz um interessante resumo sobre o tema. Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=c9wvqBXz4Ek ou clique na imagem abaixo e assista!

Chegamos ao final do Módulo III!


Nesta etapa, percorremos as normas legais e orientações complementares
relacionadas à circulação de bicicletas, ressaltando a importância de ciclistas, pedestres e
motoristas conhecerem e respeitarem as regras de trânsito para conviverem em segurança e
harmonia.
Para concluir esse módulo, realize a Tarefa 3, no nosso ambiente virtual de
aprendizagem.
Na sequência, abordaremos temas como boas práticas, produtos, serviços e
curiosidades relacionadas às bicicletas.
Nos vemos lá!

121
REFERÊNCIAS

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Código de trânsito brasileiro e legislação


complementar em vigor. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Brasília:
DENATRAN, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm>. Acesso em: 13 de ago.
2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 349, 17 de maio de 2010. Brasília:


CONTRAN, 2010. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 589, 23 de março de 2016. Brasília:


CONTRAN, 2013. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>. Acesso em:
13 de ago. 2018.

DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Motoristas de ônibus vivem dia de ciclistas em


treinamento. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CKpqFWQZbHo>. Acesso
em: 31 ago. 2018.

ZERO HORA. Com régua gigante, Detran "ensina" motoristas a respeitar ciclistas no
Moinhos de Vento. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-
alegre/noticia/2017/09/com-regua-gigante-detran-ensina-motoristas-a-respeitar-ciclistas-no-
moinhos-de-vento-9905793.html>. Acesso em: 31 ago. 2018.

122
BOAS IDEIAS

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Seja bem-vindo ao Módulo IV - Boas ideias.


Esperamos que os temas estudados até aqui tenham propiciado a você
conhecimentos importantes sobre as regras de circulação e a utilização da bicicleta como
meio de transporte.
Seguindo com nossas reflexões sobre este
modal, vamos encerrar o curso conhecendo algumas
iniciativas bacanas, boas práticas, produtos, serviços e
curiosidades relacionadas às bicicletas, envolvendo
questões como segurança, infraestrutura e incentivos.
Tem muita ideia legal, criativa, empreendedora e
tecnológica.
Você também conhece alguma boa ideia
relacionada a este modal? Então, ao final deste módulo,
compartilhe em nosso Fórum de Boas Ideias.

O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTE MÓDULO:

123
INCENTIVOS E BOAS PRÁTICAS

Selecionamos 16 projetos, ao redor do mundo, que vêm facilitando e modificando o


dia a dia dos ciclistas. Confira na lista abaixo um pouquinho do que apresentaremos.

1 Carro do Google 9 Diários de bicicleta

2 Vou de boa – Respeite o ciclista 10 Uberlândia: aulas de bicicleta

3 Cykelehuset Ohboy 11 Programa Bike SP

4 Incentivo financeiro – pedale para o trabalho 12 Maio Amarelo Kids


22
2
5 Desafio “A bicicleta na mobilidade urbana” 13 Programa Haikais

6 Pedaladas = desconto 14 The Traffic Snake Game

7 Re.route 15 Cyclobus

8 Bikes para quem não quer ir de carro 16 Bike Vida

CARRO DO GOOGLE: AMIGÁVEL COM CICLISTAS

Com o objetivo de evitar acidentes


envolvendo ciclistas, o Google está programando
seus carros para reconhecê-los na via, bem como
seus gestos indicativos de manobras, através de
um software.
A tecnologia é bem-vinda onde o trânsito é
compartilhado por carros e ciclistas. Com essa
inovação o carro do Google poderá, inclusive, dar Foto: Google/Divulgação

preferência ao ciclista ao detectar que há um carro


estacionado com porta aberta, ajustando sua velocidade de deslocamento para que o ciclista
tenha espaço para desviar da porta aberta com a pista inteiramente liberada.

124
MOTORISTAS DE ÔNIBUS E CICLISTAS: CONVIVÊNCIA PACÍFICA

Desde 2013, o Projeto


“Vou de boa – Respeite o
Ciclista”, de iniciativa da Prefeitura
de Salvador em conjunto com o
Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte
(Senat) e o Sindicato das
Empresas de Transporte Público
Foto: Evandro Veiga/Correio 24h
de Salvador (Setps), já treinou mais de dois mil motoristas de
ônibus na capital para uma convivência pacífica com os ciclistas.
Com o objetivo de reconhecer o valor da bicicleta enquanto meio de transporte e a
importância do respeito aos demais modais, a ação propõe que os motoristas assumam o papel de
ciclista no trânsito, à exemplo de Recife, como já vimos no módulo anterior. O projeto envolve um
trabalho prévio junto aos motoristas e depois na rua, onde os motoristas profissionais podem conferir
na prática como se dá o compartilhamento das ruas no trânsito entre os diferentes modais, agora na
visão de ciclista, mais frágil e vulnerável sem a estrutura protetora de um veículo. A ideia é
possibilitar reflexão para mudança de comportamento para que haja maior segurança e respeito aos
ciclistas.

CYKELE HUSET OHBOY - PRÉDIO ADAPTADO PARA CICLISTAS

A cidade de Malmo na Suécia conta com um edifício residencial projetado


especialmente para ciclistas. A ideia de construir um prédio voltado especificamente para as
necessidades de quem utiliza bicicleta e não carro partiu de uma tendência crescente entre
os jovens de classe média de optar por uma mobilidade mais sustentável aproveitando a
disponibilidade de ampla estrutura cicloviária. Os espaços no prédio de 7 andares são
completamente adaptados para quem costuma utilizar a bike, seja para ir ao trabalho, fazer
compras, levar filhos ao colégio...por isso conta
com portas e elevadores maiores, rampas e
diversos tipos de estacionamento adequados ao
tipo de bike (passeio, de carga...).
Clique na imagem ao lado para conferir a
reportagem do Portal Ciclo Vivo.

Fonte: ciclovivo.com.br
125
DESAFIO “A BICICLETA NA MOBILIDADE URBANA”

O Programa Itaú – Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) lançou o


Desafio Mobilidade 2018 escolhendo como tema a bicicleta na mobilidade urbana. O objetivo
é incentivar o estudo e construção de conhecimento sobre o tema, premiando 5 artigos
acadêmicos com apoio financeiro, além de cursos e oficinas para orientação dos trabalhos
durante 6 meses que resultarão em uma publicação. Para este ano, as inscrições já estão
encerradas, mas quem sabe ano que vem?!!

PEDALADAS = DESCONTO
Um “cheque ambiental” para dedução em impostos e conta de água é o que pode ganhar
quem optar por ir ao trabalho de bicicleta na cidade de Vila Nova de Gaia, em Portugal.
Os bicicletários da cidade realizam o controle por registro eletrônico que calcula os dias
de uso da bike.
Uma forma de incentivo à mobilidade ativa onde todos saem ganhando, cidade e
ciclistas.

HOLANDA: INCENTIVO FINANCEIRO PARA QUEM PEDALA PARA O TRABALHO

Você não leu errado não, é isso mesmo! O governo da Holanda está incentivando as
empresas do país a recompensar financeiramente os trabalhadores que utilizarem a bicicleta
para ir ao trabalho.
A proposta partiu da secretaria de infraestruturas com o objetivo de as pessoas
optarem pela bicicleta ao
invés do carro. Como
retorno, o país ganha mais
saúde e qualidade de vida,
além da diminuição dos
congestionamentos.
A cada quilômetro
pedalado para o trabalho,
os trabalhadores teriam
direito a 19 cêntimos

126
(aprox.. R$0,85). O governo estuda outras propostas visando promover o ciclismo, uma vez
que o país possui mais bicicletas do que habitantes e já acenou com mais verbas para
infraestrutura aos ciclistas, tanto ciclovias como estacionamentos.
Também traria reflexos para as empresas em termos de saúde de seus funcionários e
diminuição de gastos com estacionamento de veículos automotores.

RE.ROUTE: PONTOS E DESCONTOS EM LOJAS PARA QUEM PEDALA

Em Londres, um aplicativo foi desenvolvido para dar pontos e descontos em lojas


para quem deixar o carro em casa e preferir caminhar ou ir de bicicleta. O re.route surgiu
com o objetivo de diminuir congestionamentos incentivando a mobilidade ativa.
O sistema de funcionamento
é bem simples, basta inserir o
destino que o aplicativo envia rotas
alternativas de como chegar a pé ou
de bike. O aplicativo faz o cálculo
dos deslocamentos e dá pontos
para quem seguir a dica de rota. O
usuário vai acumulando pontos que
Foto: re.route/divulgação
valem descontos ou prêmios em
lojas conveniadas. Através do aplicativo também é possível verificar calorias gastas nos
deslocamentos e saber quanto gás carbônico deixou de emitir pedalando ou indo a pé.
Incentivo bem legal, né?!

BIKES PARA QUEM NÃO QUER IR DE CARRO

Como forma de incentivar ainda mais o uso das bicicletas, a cidade de Gothenburg,
na Suécia, lançou um programa voltado às pessoas que tem interesse em se deslocar sem
carro. Para participar, é preciso se comprometer em usar a magrela no mínimo 3 vezes por
semana para ter uma emprestada pelo governo por um período de 6 meses. A ideia é
experimentar, pegar gosto, se habituar... para depois investir numa própria. E quem participa
do programa pode comprar a bicicleta com desconto!

127
Os idealizadores do projeto acreditam que o uso da bicicleta pode suprir a maioria das
necessidades diárias de seus usuários e que, ao utilizá-las, poderão perceber seu grande
potencial.

VIAGENS, LIVRO, PALESTRAS...

O músico David Byrne (ex-Talking Heads), após pedalar pelo mundo escreveu o livro
“Diários de bicicleta”. Atualmente, ele dá palestras sobre mobilidade sustentável e encara a
bicicleta como “símbolo de uma revolução pacífica”.

“É um tipo de revolução em que


cada um faz uma pequena
mudança em sua vida. Se muitas
pessoas tomarem a mesma
decisão, em algum ponto você
pode descobrir que tudo ficou
diferente.”

Foto: divulgação

128
UBERLÂNDIA: AULAS DE BICICLETA

Com o propósito de incentivar uma mobilidade mais sustentável, alunos da rede


municipal de ensino em Uberlândia (MG), estão tendo aulas para aprender a andar de
bicicleta. O projeto é de iniciativa da prefeitura e do Instituto Saúde e Equilíbrio.

Podem participar alunos a partir dos cinco


anos de idade que recebem orientações de
instrutores sobre segurança e noções de
trânsito nas aulas de educação física. Um
dos objetivos é proporcionar, desde cedo,
uma formação e maior conscientização
sobre as questões que envolvem trânsito e
mobilidade sustentável.

Foto: Secom PMU/divulgação

PROGRAMA BIKE SP

Para colocar em prática o Programa Bike SP (lei de incentivo ao uso da bicicleta que
ainda depende de regulamentação), foram desenvolvidos aplicativos para controle e
oferecimento de crédito aos ciclistas. Conforme a Lei nº 16.547, de 2016, os usuários que
optarem pela bicicleta em detrimento do carro, ônibus e outros meios de transporte que
fazem parte do Bilhete Único terão repasse do “Crédito de mobilidade”, ou seja, do valor que
foi economizado pela prefeitura para o ciclista.
O aplicativo Dibike foi o vencedor dentre as equipes que participaram da maratona
Hack’n Bike para escolha da plataforma. Ele oferece a comparação de rotas e tempo de
deslocamento entre a bicicleta e o transporte público através de GPS e também valida os
créditos através de um sistema seguro que sincroniza os dados.
Para receber o Crédito de mobilidade o usuário deverá carregar o Bilhete Único com o valor
que seria gasto em transporte coletivo. Quando realizar os deslocamentos de bicicleta, vai
gerando crédito que poderá ser utilizado em lojas credenciadas ou pagamentos de contas de
serviços públicos. Pedalar em dias úteis e em horários de maior concentração de trânsito
gera maior crédito, pois alivia os congestionamentos e ajuda na mobilidade.

129
MAIO AMARELO KIDS: JOGO PARA CONSCIENTIZAR

A partir de dados da
Organização Mundial da Saúde
(OMS) que aponta que os acidentes
de trânsito são a maior causa de
morte de jovens (10 – 19 anos) e
buscando atingir esse público, o
Observatório Nacional de Segurança
Viária (ONSV), em parceria com a
Zoom Education for Life, criou o jogo Foto: divulgação
Maio Amarelo Kids.
O jogo está disponível para computador e sistemas operacionais Android e iOS. É
gratuito e conta, além dos jogos e desafios, com material de apoio em educação para o
trânsito do 1º ao 6º ano. O objetivo é propiciar discussões envolvendo questões sobre
mobilidade, trânsito, convivência saudável... tanto nas escolas e instituições como nas
famílias, utilizando as ferramentas digitais como ponto de partida.

NOVA YORK: POESIA PARA CONSCIENTIZAR NO TRÂNSITO

Para promover uma maior conscientização da população em relação a segurança e


respeito com pedestres e ciclistas, o Departamento de Trânsito de Nova York lançou uma
campanha usando haikais (poemas de três linhas) com ilustrações de John Morse que
apresentam dicas e alertas. Foram espalhados 216 cartazes em inglês e espanhol com as
mensagens com o objetivo de chamar a atenção através do humor.

A porta
do
carro
se abre
ao
ciclista.
Um
freio
forçado

130
JOGO DA COBRA

Com o objetivo de incentivar a


mobilidade ativa entre alunos, pais e
professores, a União Europeia lançou o
The Traffic Snake Game, o jogo da cobra
ou A Serpente Papa-Léguas – Jogo da
Mobilidade como foi chamada em
Portugal. A iniciativa pretende, além de incentivar a mobilidade ativa e reduzir
congestionamentos no trânsito, diminuir emissão de gases poluentes e contribuir para a
saúde da população.
No Brasil, a ação foi aplicada em São Paulo por iniciativa da arquiteta e urbanista
Irene Quintáns e do matemático e editor Alexandre Pelegi. Muitos pais acabam levando os
filhos para a escola de carro ou transporte escolar em função da insegurança, o que acarreta
um micro caos em frente às escolas nos horários de entrada e saída. Na escola que recebeu
a campanha foram feitas oficinas e percebeu-se que muito professores apresentaram uma
resistência inicial à iniciativa. Mas as crianças compraram a ideia e acabaram envolvendo a
comunidade escolar no desafio que o Jogo da Cobra se propunha.

Alunos completam a
planilha diariamente

131
CYCLOBUS: VEÍCULO ESCOLAR

Alunos da escola Anatole France, na


cidade francesa de Rouen, vão para escola
pedalando (e se divertindo) juntos no Cyclobus,
um ônibus dotado de pedais. Isso mesmo! Um
ônibus que se movimenta com pedaladas. O
ônibus bicicleta possui 10 selins e conta também
com um motor elétrico para ajudar nas
pedaladas. Um adulto fica responsável por
conduzir o ônibus e pegar ou largar cada estudante na porta de casa.
Além de ser ecológico, divertido e incentivar a mobilidade ativa, o Cyclobus tem conquistado
cada vez mais adeptos também por estimular o convívio e a integração entre as crianças
através de um trabalho em equipe. E as crianças aprendem a se deslocar no trânsito de
forma segura, a prever riscos e respeitar os pedestres, que sempre têm prioridade.
Atingindo a velocidade de 15 Km/h, o Cyclobus tem preferência de circulação nas
ciclovias. Possui um bagageiro na parte dianteira que serve para acomodar os materiais dos
alunos. A invenção também ajuda a diminuir as filas de carros em frente às escolas nos
horários de entrada e saída. Clique aqui e veja no vídeo como funciona essa ideia divertida!

PROJETO BIKE VIDA

O Projeto Bike Vida consiste em


realizar atendimentos de urgência e
emergência com socorristas que se
deslocam de bicicleta pela orla de
Fortaleza utilizando a ciclofaixa (trecho de
4,5 km). A iniciativa da Prefeitura reduziu Foto: Ascom Prefeitura de Fortaleza / divulgação

50% das remoções de pacientes pelo SAMU e garante agilidade no primeiro atendimento.
Em média, os socorristas levam 3 minutos após o recebimento do chamado para chegar ao
local de atendimento. Os socorristas da SAMU carregam todos os equipamentos básicos
que são necessários a um primeiro atendimento, além de capacete, luvas, cotoveleira,
joelheira, uniforme, colete luminoso, sirene e apito para um deslocamento ágil e seguro. É a
mobilidade ativa ajudando a salvar vidas!

132
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Projeto Bike Vida


diminui em 50% a remoção de pacientes pelo Samu em Fortaleza. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/projeto-bike-vida-diminui-em-50-a-remocao-de-
pacientes-pelo-samu-em-fortaleza.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

AUTOPAPO. Maio Amarelo Kids: jogo ajuda na conscientização das crianças. Disponível
em: <https://autopapo.com.br/noticia/maio-amarelo-kids-jogo-conscientizacao-criancas/>.
Acesso em: 05 de set. 2018.

CEBRAP. Desafio mobilidade Itaú-Cebrap. Disponível em: <http://cebrap.org.br/desafio-


mobilidade-itau-cebrap-2018/>. Acesso em: 05 de set. 2018.

CICLO VIVO. Conheça o prédio na Suécia totalmente adaptado para ciclistas.


Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/noticia/conheca-o-predio-na-suecia-totalmente-
adaptado-para-ciclistas/|>. Acesso em: 05 de set. 2018.

DAVID Byrne, Zero Hora, Porto Alegre, 15 jul. 2011, Editoria: Contracapa, p.8

DIÁRIO DO NORDESTE. Projeto Bike Vida atenderá ocorrências na Avenida Beira Mar.
Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/projeto-
bike-vida-atendera-ocorrencias-na-avenida-beira-mar-1.1789058>. Acesso em: 03 set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Poesia para conscientizar no trânsito de NY. Disponível em: <
http://www.euvoudebike.com/2011/12/poesia-para-conscientizar-no-transito-em-ny/]>.
Acesso em: 05 de set. 2018.

MAIO AMARELO KIDS. Disponível em: <https://maioamarelokids.org.br/>. Acesso em: 05 de


set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Aplicativos permitem validar a lei de


incentivo a uso da bicicleta em SP. Disponível em:
133
<http://www.mobilize.org.br/noticias/11023/aplicativos-permitem-aplicar-ja-a-lei-de-incentivo-
ao-uso-da-bicicleta-em-sp.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Como seu filho vai para a escola?.
Disponível em: <. http://www.mobilize.org.br/noticias/10698/como-seu-filho-vai-para-a-
escola.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Motoristas de ônibus de Salvador


treinam para conviver melhor com ciclistas. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10607/motoristas-de-onibus-em-salvador-treinam-para-
conviver-melhor-com-ciclistas.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Participe do desfio “A bicicleta na


mobilidade urbana”. Disponível em: <. http://www.mobilize.org.br/noticias/11104/participe-
do-desafio-a-bicicleta-na-mobilidade-urbana.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Pedaladas valem desconto em


cidade portuguesa. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/3256/pedaladas-
valem-desconto-em-cidade-portuguesa.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Um jogo para estimular a mobilidade


ativa. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10667/um-jogo-para-estimular-a-
mobilidade-ativa.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

OLHAR DIGITAL. Carro do Google será "amigável" com ciclistas. Disponível em:
<https://olhardigital.com.br/noticia/carro-do-google-sera-amigavel-com-ciclistas/60015>.
Acesso em: 05 de set. 2018.

RECYCLEBANK. Disponível em: <https://www.recyclebank.com/reroute>. Acesso em: 05 de


set. 2018.

THE CITY FIX BRASIL. Aplicativo recompensa quem deixa o carro em casa em
Londres. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2012/11/07/aplicativo-recompensa-
quem-deixa-o-carro-em-casa-em-londres/>. Acesso em: 05 de set. 2018.

134
THE CITY FIX BRASIL. Aulas de bicicleta para alunos da rede municipal estimulam a
mobilidade sustentável em Uberlândia. Disponível em:
<http://thecityfixbrasil.com/2018/03/28/aulas-de-bicicleta-para-alunos-da-rede-municipal-
estimulam-a-mobilidade-sustentavel-em-uberlandia/>. Acesso em: 05 de set. 2018.

THE GEENEST POST. Na Suécia, governo distribui bikes para quem está a fim de
deixar o carro em casa. Disponível em: < http://www.thegreenestpost.com/na-suecia-
governo-distribui-bicicleta-para-quem-esta-a-fim-de-deixar-o-carro-em-casa/>. Acesso em:
05 de set. 2018.

THE TRAFFIC SNAKE GAME NETWORK. Disponível em: <www.trafficsnakegame.eu>.


Acesso em: 05 de set. 2018.

THE UNIPLANET. Holanda quer pagar às pessoas para irem de bicicleta para o
trabalho. Disponível em: <https://www.theuniplanet.com/2018/06/holanda-pagar-andar-
bicicleta-trabalho.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.

TRAFFIC Snake Game - Jogo da Cobra. Disponível em:


<https://www.facebook.com/Traffic-Snake-Game-Jogo-da-Cobra-313696929009654/>.
Acesso em: 03 set. 2018.

135
BICICLETAS PARA TODOS OS GOSTOS

Vimos que ao longo dos anos diversas versões da magrela foram surgindo. E com o
passar do tempo e o avanço da tecnologia, esses modelos ficaram ainda mais interessantes.
A seguir, apresentaremos mais de 15 modelos diferenciados e adaptados para todas
as necessidades.
Vamos conhecê-los?

A-BIKE ELECTRIC: ELÉTRICA E DOBRÁVEL

Pesando apenas 12 Kg, atingindo a velocidade de até 20 Km/h e com autonomia de


25 Km, a A-Bike suporta até 100 Kg, é dobrável e bem fácil de carregar e guardar. A bateria
de 24v pode ser removida (ou não) para ser recarregada, o que leva aproximadamente 3
horas. Luzes de LED indicam a quantidade de bateria ainda disponível. Clique aqui e assista
ao vídeo!

Fotos: Divulgação
136
KIT LIVRE

O Kit Livre transforma uma cadeira de rodas em triciclo elétrico que faz até 40 Km
sem recarga de bateria. O invento foi desenvolvido em São Paulo, no Vale do Paraíba, mas
já ganhou o mundo, sendo utilizado em vários países.
O kit adapta a cadeira de rodas para um triciclo, bicicleta ou cadeira motorizada. O
projeto, desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico Julio Alves, foi vencedor no prêmio
empreendedorismo do Banco Santander e também da Brasken o que possibilitou abrir uma
empresa, ampliar o negócio e aperfeiçoar a invenção. A ideia é dar uma cara mais esportiva
à cadeira de rodas e conferir
mais liberdade e autonomia aos
cadeirantes. Inclusive, a
empresa trabalha em
adaptações bem específicas,
como para tetraplégicos ou
pessoas que perderam força e
movimentos em função de
Foto: Divulgação
AVC.
O kit é facilmente incorporado à cadeira, bem como desconectado, podendo ser
carregado em outros modais. A cadeira adaptada pelo Kit Livre segue as normas do
CONTRAN, o que garante o trânsito em ciclovias e ciclofaixas sendo recomendada a
utilização dos mesmos equipamentos de segurança.

KIT ADAPTA Foto: Divulgação

O empresário espanhol Juan


Pineda criou um dispositivo para
bicicleta que torna possível o encaixe
de uma cadeira de rodas, permitindo
que o cadeirante seja levado pelo
ciclista. O Kit Adapta encaixa em qualquer tipo de bicicleta, através de uma peça,
dispensando ajustes mecânicos. A invenção já ganhou o mundo e pode ser adquirida por
240 euros, e a bicicleta adaptada por 335 euros. Uma mão na roda para quem tem
mobilidade reduzida.

137
ELECTRIFIED S: ELÉTRICA E CONECTADA

A empresa VanMoof, com sede em Amsterdam na Holanda, lançou uma bicicleta


elétrica que possui GPS, é compatível com chip 3G e pode se conectar à internet através de
Bluetooth. A Electrified S tem motor elétrico de 250W e sua bateria, que fica disfarçada, tem
autonomia para seis horas de utilização. Através da tela touch screen é possível controlar a
velocidade e também trancar e soltar a bicicleta. Por meio de um aplicativo pode-se acender
luzes e destravar a bike via smartphone. Com o rastreador é possível localizar a bike em
caso de roubo.

Fonte: www.vanmoof.com

BIKE SEM PEDAIS: FACILIDADE PARA BEBÊS

Ao tentar facilitar a vida de seu filho de 2 anos, o americano Ryan McFarland acabou
por criar um negócio lucrativo. Ao presenteá-lo com uma bicicleta infantil com rodinhas,
percebeu que era muito pesada e não estava adequada para ele. Então resolveu deixá-la
mais eficiente. Após algumas tentativas... plim! Tirou os pedais!! A bicicleta seria
impulsionada pelos próprios pés da criança, garantindo mais equilíbrio e domínio dos
movimentos.
A ideia deu início à Strider Bikes,
empresa que abriu em 2007 e hoje é um
negócio milionário e que emprega mais
de 30 funcionários. McFarland atribui o
sucesso obtido por atender uma
necessidade que no mercado de
produção de bikes infantis era falha. Fonte: www.striderbikes.com
138
A proposta, que não chega a ser bem uma novidade, como conferimos na história da
bicicleta (Módulo I), proporciona à criança pequena maior equilíbrio, coordenação motora e,
claro, muita confiança!! Simples e genial!

FLIZ – BICICLETA SEM PEDAL

E você, já pensou em andar em uma bicicleta


sem pedais? Pois ela existe para adultos também e é
chamada de Fliz. Ela possui uma estrutura com um
cinto onde a pessoa fica presa. Para andar é
necessário impulsionar com os pés no solo e quando
alcançar a velocidade desejada pode-se descansar os
Fonte: fliz-concept.blogspot.com
pés no suporte próprio existente no pneu traseiro.
A invenção também chamada de velocípede foi feita com inspiração na primeira
bicicleta criada por Karl Von Drais e, segundo seus inventores, apesar de causar
estranhamento, é bem confortável. Será?! Confira no vídeo. Veja também outros modelos
parecidos.

“MANDO FOOTLOOSE”: BIKE ELÉTRICA DOBRÁVEL SEM CORRENTES

A Footloose, primeira bicicleta elétrica,


dobrável e sem correntes, foi desenvolvida pelas
coreanas Mando e Meister. Carregada, ela possui
autonomia de 30Km sem utilização dos pedais.
Quem quiser ir além, basta pedalar. O próprio
ciclista gera a energia ao pedalar ou frear,
carregando uma bateria de íon-lítio que ativa o
motor. Além disso, a Footloose possui sensores de
identificação do tipo de solo que realiza a troca de Fonte: www.mandofootloose.com
marcha automaticamente de acordo com a necessidade.
Seu grande diferencial é o fato de ser dobrável e pesar aproximadamente 21Kg,
facilitando seu carregamento. Bem prática não é mesmo?! No site oficial e no vídeo você
poderá conferir mais sobre a Footloose.

139
BICICLETA DE PAPELÃO

Bicicleta feita de papelão... é possível?!! Claro que sim!!! Criada por um inventor
israelense, ela é resistente, durável, barata e produzida com material reciclado. Seu custo de
produção fica em torno de apenas R$20,00. O preço de venda deve ficar entre $R120,00 e
$R180,00, de acordo com o modelo.
A bicicleta de papelão foi desenvolvida por Izhar Gafni, um inventor que não
desistiu diante do desafio. A bicicleta é praticamente toda feita de papelão e o resultado,
após vários protótipos, foi um produto à prova
de água e com capacidade para suportar até
220 Kg, pesando apenas 9 quilos. Gafni
encontrou no origami a técnica necessária para
deixar a bicicleta resistente ao peso e desgaste.
Leve, barata e sustentável! Genial!
Assista no vídeo como é produzida essa
invenção incrível! Modelo é semelhante às bicicletas de alumínio

BICICLETA QUE BRILHA NO ESCURO

Para dar mais segurança aos ciclistas que pedalam à noite, a Puma lançou uma
bicicleta urbana, a Puma Stealth Visibility Bike, que brilha no escuro e também é dobrável.
Ela é pintada com uma tinta especial que absorve a luz do sol e, quando no escuro, brilha
por aproximadamente 3 horas.

Fonte: www.puma-bikes.com

140
BIO-HYBRID: VERSATILIDADE

É uma bicicleta? É um carro? Não, é o Bio-Hybrid, um quadriciclo elétrico que pode


rodar tanto nas ruas como nas ciclovias de Londres. Possui 210 cm de comprimento por 85
cm de largura, ocupando o espaço de uma bicicleta.
Criado pela empresa alemã Schaeffler, o veículo tem autonomia de até 100 km,
podendo chegar a 40 Km/h.
O protótipo foi desenvolvido para ser uma alternativa nos deslocamentos urbanos,
baseado em necessidades como desempenho, conforto e segurança. A ideia é que essa
bicicleta elétrica de quatro rodas seja econômica e sustentável, mas que também ofereça
maior proteção às condições climáticas, ao condutor, além de maior estabilidade. A
quantidade de carga da bateria fica visível em um mostrador digital.
Em vez de selim, uma cadeira que pode ser ajustada em relação aos pedais e guidão.
É possível andar com o motor elétrico ligado ou não, bem como ajustar seu grau de auxílio
às pedaladas. O veículo pesa 80 kg, então a ajuda do motor elétrico é bem vinda.
Os produtores do Bio-Hybrid ainda planejam melhorias e buscam parcerias para sua
produção, o que diminuiria seu custo, avaliado atualmente entre 5.000 e 9.000 euros,
tornando-o mais popular.

Fotos: Schaeffler/Divulgação

NIOBIUM E-BIKE

Criada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Lucas Di Grassi em parceria com várias empresas,
a Niobiun e-bike é uma bicicleta elétrica com até 100 km de autonomia. O nome está
atrelado à escolha do material usado na confecção do quadro, o aço-nióbio, que, além de
ser mais leve que o aço tradicional, também é mais resistente. Pesando 15 kg e com motor
de 700 W, ela consegue alcançar até 50 Km/h. Velocidade essa que será limitada via
software para se adequar à legislação vigente que permite até 25 km/h.

141
A bicicleta é conectada via Bluetooth
com um smatphone e com o aplicativo
onde se pode conferir o nível da carga
de bateria, a velocidade desenvolvida,
velocidade do pedal e também se há
algum problema no sistema. É possível
optar pelo auxílio elétrico ou não. A
ideia é aprimorar o sistema com a
utilização de um GPS que poderá travar a bike em caso de roubo ou em caso de extrapolar
o limite de perímetro se assim programado.
De olho na mobilidade aliada à
sustentabilidade, Di Grassi afirma que
R$0,20 vale carga para 100 km!! A bateria
pode ser carregada rapidamente: uma
hora de carga garante os próximos 25 km.
Além da opção de compra, haverá a de
assinatura mensal por R$190,00. Nos
planos dos empreendedores, uma versão
da bike para carga.
Fotos: edg.bike/divulgação

PODRIDE – CARRO-BICICLETA ELÉTRICO

Semelhante à ideia do Bio-Hybrid é o


protótipo desenvolvido pelo suíço Mikael Kjellman.
Com aparência de um mini carro, o PodRide é
uma bicicleta que vem com uma proteção para as
diferentes condições do clima como vento, chuva
ou neve, permitindo seu uso independente do
clima. Pesando 70 kg, é um mini veículo de 1,80
metros equipado para uso diário com praticidade,
conforto e segurança. Com largura e comprimento estreitos, o PodRide pode circular
livremente por ciclovias. Suas 4 rodas também são estreitas, mas estáveis nas curvas.
Entre os itens que conferem praticidade e conforto estão o banco macio e com apoio
para as costas em altura que permite uma boa visibilidade, um bagageiro na parte traseira,

142
podendo-se também encaixar um reboque para transporte de carga ou pessoas, para-brisa
com limpador, amortecedor com suspensão a ar, rodas especiais para inverno e, como
grande diferencial, a proteção que permite que seu interior fique seco e aquecido.
O motor elétrico tem capacidade para atingir até 25 km/h, podendo desenvolver uma
velocidade maior se o usuário pedalar junto. Econômico, sustentável, saudável,
independente do clima! Veja a performance desse prático veículo.

Fonte: mypodride.com/divulgação

BICICLETA DE BAMBU E FIBRA DE MACONHA

Vários países já vêm desenvolvendo pesquisas e experiências para fabricação de


bicicletas feitas de matéria prima mais ecológica como o bambu e a fibra de cannabis sativa,
mais conhecida como maconha. Além de ser uma opção mais ecológica, as bicicletas feitas
de material vegetal são mais resistentes, leves, macias e confortáveis. A absorção das
vibrações é mais eficiente do que nos quadros com fibra de carbono.
O premiado designer Craig Calfee é referência na área de construção de quadros de
bicicletas a partir do bambu, essa planta de crescimento rápido e existente no mundo todo.
Calfee começou a fazer experiências com o material ao observar seu cachorro que brincava
com um pedaço de bambu, sem conseguir danificá-lo. Apesar das vantagens, seu custo é
salgado, ficando em torno de R$5.000,00. Calfree utiliza fibras de bambu e de maconha com
resina epóxi para conectar os tubos de bambu. O engenheiro alemão Nicolas Meyer também
cria bicicletas a partir de matérias-primas recicláveis utilizando a fibra de maconha.
Calfee também está envolvido com um projeto de ensino para a população de países
em desenvolvimento, através da Bomboosera, para que possam produzir suas próprias
bicicletas com a matéria prima disponível. Também tem planos de criar um ônibus escolar
em forma de bicicleta. Boas iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável!

143
Mobilidade urbana + sustentabilidade =
bicicleta de bambu

BIKE INTERMODAL

Já pensou em uma bicicleta dobrável que pode ser levada como bagagem de mão no
avião?! Essa é a proposta da Bike intermodal. Pesando apenas 7,5 kg e uma largura mínima
de 15 cm, ela é muito mais leve e pequena do que as convencionais, sendo comparável a
uma mala pequena quando rebatida.
Não acredita?! Veja o
vídeo!

IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE SEM LIMITES

Existem os mais variados tipos de bicicletas, das mais bonitas às mais funcionais, das
mais práticas às mais estranhas, das com design inovador às mais tecnológicas... Clique
nos links abaixo e veja algumas dessas invenções:

• 20 crazy bikes que você tem que ver acreditando


• 13 bicicletas incríveis
• 10 bicicletas mais interessantes
• 8 increíbles bicicletas mas avanzadas del mundo
• 7 inusuales bicicletas que debes conocer

144
• Top 5 bike inventions you should have
• Intoducing the pebl: a vehicle for a sustainable future
• Incredible modern bike design compilation - crazy & cool bikes

MONTADORA DE CARROS

Muitas montadoras de carros que


conhecemos atualmente se estabeleceram a
partir da fabricação de bicicletas e várias delas
ainda as produzem. Fiat, BMW, Jaguar, Jeep,
Audi, Ford, Mercedes-Benz... Veja nessa
reportagem 12 modelos selecionados de bikes
feitos por estas e outras montadoras.
Foto: FORD MOTOR/Divulgação

AS BICICLETAS MAIS BONITAS DO MUNDO

Além de utilitárias, ágeis, econômicas


e sustentáveis, as bicicletas também podem
ser belas. Confira os modelos eleitos pelos
editores do site BBC Autos como as mais
bonitas.

Foto: BBC WORLD SERVICE/Divulgação

145
REFERÊNCIAS

[BICICLETA]. Disponível em: <https://ksr-video.imgix.net/projects/1922496/video-558532-


h264_high.mp4>. Acesso em: 24 set. 2018.

AS COISAS MAIS CRIATIVAS DO MUNDO. Bicicleta sem pedal. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=ig7dRZTMwrw>. Acesso em: 24 set. 2018.

BBC AUTOS. As dez bicicletas mais bonitas do mundo. Disponível em:


<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/11/141112_vert_autos_bicicletas_dg>.
Acesso em 11 de set. 2018.

BBC AUTOS. Doze surpreendentes bicicletas criadas por montadoras de carros.


Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150714_vert_autos_bicicletas_grife_m>.
Acesso em 11 de set. 2018.

BETTER BIKE. Introducing the PEBL: a vehicle for a sustainable future.Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Uos7H4ZFA48>. Acesso em: 24 set. 2018.

BICICLETAS ecológicas, Zero Hora, 14 jan. 2010, Editoria- Sobre Rodas, p. 2.

BIKE intermodal. Disponível em: <http://www.bike-intermodal.eu/>. Acesso em: 24 set. 2018.

CALLFEE. Bicycles. Disponível em: <https://calfeedesign.com/>. Acesso em> 24 set. 2018.

CICLOVIVO. “Carro-bicicleta” elétrico protege ciclista de vento, chuva e neve.


Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/arq-urb/mobilidade/bicicleta-carro-com-motor-eletrico-
protege-ciclista-de-vento-chuva-e-neve/>. Acesso em 11 de set. 2018.

ECODEBATE. Bicicletas feitas de bambu são a última palavra em opção ecológica.


Disponível em: <https://www.ecodebate.com.br/2010/01/11/bicicletas-feitas-de-bambu-sao-a-
ultima-palavra-em-opcao-ecologica/>. Acesso em: 24 set. 2018.
146
ECYCLE. "Mando Footloose" é a primeira bike elétrica dobrável sem correntes.
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/article/41-pegue-leve/1201-
qmando-footlooseq-e-a-primeira-bike-eletrica-sem-correntes-.html>. Acesso em 24 de set.
2018.

ECYCLE. Israelense cria bicicleta feita de papelão. Disponível em:


<https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-favor/1012-
israelense-cria-bicicleta-feita-de-papelao-ao-custo-de-r18.html>. Acesso em: 24 set. 2018.
EU VOU DE BIKE. Por segurança, bicicleta brilha no escuro. Disponível em:
<http://www.euvoudebike.com/2011/11/por-seguranca-bicicleta-brilha-no-escuro/>. Acesso
em 11 de set. 2018.

GIZMODO. A Niobium e-bike é uma bicicleta elétrica com 100 km de autonomia criada
pelo Elon Musk brasileiro. Disponível em: <http://gizmodo.uol.com.br/niobium-e-bike/>.
Acesso em 11 de set. 2018.

GSTECH. 8 increíbles bicicletas mas avanzadas del mundo. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=QfZwaAdZLjc>. Acesso em: 24 set. 2018.

INDIEGOGO. PodRide, a practical and fun 'bicycle-car'. Disponível em:


<https://www.indiegogo.com/projects/podride-a-practical-and-fun-bicycle-car#/>. Acesso em:
24 set. 2018.

KICKSTARTER. A-Bike Electric: the lightest and most compact electric bike. Disponível em:
<https://www.kickstarter.com/projects/a-bike/a-bike-electric-the-lightest-and-most-compact-
elec>. Acesso em 06 de set. 2018.

KJELL
MAN, Mikael. PodRide pitch v1,1. Disponível em: <https://youtu.be/4lKq1fGtXFM>. Acesso
em: 24 set. 2018.

MINDS EYE DESIGN. 20 crazy bikes que você tem que ver acreditando. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=QtOh1q5AufM>. Acesso em: 24 set. 2018.

147
MINDS EYE DESIGN. Incredible modern bike design compilation - crazy & cool bikes.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QNuG-rVcs8E>. Acesso em: 24 set.
2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. A-Bike Electric: a nova bicicleta


elétrica dobrável que está no Kickstarter, 2015. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/8409/abike-conheca-a-nova-bicicleta-eletrica-dobravel-
que-esta-no-kickstarter.html>. Acesso em: 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Bicicleta dobrável sem correia


transforma pedaladas em energia. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/3259/bicicleta-dobravel-sem-correia-transforma-
pedaladas-em-energia.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL - MOBILIZE. Bicicleta sem pedais, a ideal para os


pequenos ciclistas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/6405/bike-sem-
pedais-para-bebes-uma-reinvencao-genial.html>. Acesso em: 24 set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Como encaixar uma cadeira de


rodas na bike. Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/noticias/9381/conheca-a-primeira-
bicicleta-que-pode-se-conectar-a-internet.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Conheça o Bio-Hybrid, veículo que


roda em ruas e ciclovias. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10290/conheca-o-biohybrid-veiculo-que-roda-em-ruas-e-
ciclovias.html>. Acesso em 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Cyclobus, o novo veículo escolar da


França. Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/noticias/10367/cyclobus-o-novo-veiculo-
escolar-da-franca.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. É uma bike, uma moto, uma cadeira
de rodas? . Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/noticias/10386/e-uma-bike-uma-
moto-uma-cadeira-de-rodas.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

148
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma bicicleta que pode se conectar
à internet. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9381/conheca-a-primeira-
bicicleta-que-pode-se-conectar-a-internet.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma bicicleta sem pedal?.


Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/2710/uma-bicicleta-sem-pedal.html>.
Acesso em: 24 set. 2018.

MOBILIZE BRASIL. Cyclobus, o ônibus escolar a pedal. Disponível em:


<https://youtu.be/5lwojmmrm8U>. Acesso em: 24 set. 2018.

MR TOPS. 7 inusuales bicicletas que debes conocer. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=rTVksgk4th4 >. Acesso em: 24 set. 2018.

PERTHMINT82. Mando Footloose USP. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=qR0c3SmQdMs >. Acesso em: 24 set. 2018.

PRONATURAIS. Bicicleta Sem Pedais? Emagreça com Pronaturais!.Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=btFj-YzdJI0>. Acesso em: 24 set. 2018.

ROSSI, Michele. Bike intermodal. Disponível em: <https://youtu.be/E90fQxwji9U>. Acesso


em: 24 set. 2018.

SPORT LIFE BRASIL. Conheça a bike feita de papelão. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=qWLbga2Imyo>. Acesso em: 24 set. 2018.

149
SERVIÇOS

Vamos conhecer agora alguns serviços


diferenciados feitos com a utilização da bicicleta ou
para a utilização da bicicleta nos deslocamentos
urbanos.

COLETAS E ENTREGAS

Empresas de bike couriers (ou bike-boys)


fazem coletas e entregas de documentos, exames
e mercadorias, dentre outros. O trabalho é análogo
ao dos motoboys, porém com o diferencial de ser
mais sustentável, responsável e, muitas vezes,
mais barato também. Vale a pena testar e divulgar
esta alternativa.
Clique aqui e confira uma matéria sobre esse
serviço, que contém uma lista de empresas de
diversas cidades do país.
Foto: Freepik

RECICLETAS – RECUPERAÇÃO E DOAÇÃO DE BIKES USADAS

Projeto social de Cuiabá (MT), o Recicletas recupera e também doa bicicletas usadas
para crianças e jovens carentes. O grupo também ensina a andar e os cuidados que devem
ter no trânsito. A inspiração de reciclar veio de outro projeto, o Bike Anjo, de São Paulo. O
projeto aceita doações de bicicletas novas, usadas e inutilizadas e também equipamentos e
vestuário próprio para ciclismo. Clique aqui e saiba mais.

150
BICI ANJO

Formado por um grupo de pessoas voluntárias, o Bici Anjos é composto por, ciclistas
urbanos que estão dispostos a ensinar quem não sabe pedalar. Além de fazer o
acompanhamento nos deslocamentos, também dão dicas de segurança. Está precisando
de ajuda ou conhece alguém que precisa? É só entrar no site http://bicianjo.wordpress.com e
solicitar. Porto Alegre e Florianópolis já têm!

REPAROS DE GRAÇA EM PORTO ALEGRE

Biciponto é uma iniciativa que tem por objetivo


estimular a utilização da bicicleta através da
disponibilização de ferramentas que possibilitem
reparos básicos e de graça.
Espalhado em pontos comerciais e
Foto: Jéssica Rebeca Weber /
gastronômicos da capital (no site biciponto.com você Agência RBS
encontra um mapa dos locais), os locais oferecem uma estrutura de oficina para que você
mesmo faça os reparos em sua bicicleta, ajustes, calibragem de pneus, remendos, etc.
Também realiza gratuitamente workshops de mecânica básica.

TRANSPORTE DE BICICLETA NO TÁXI

Taxista de Porto Alegre inova ao


oferecer suporte para o transporte de
bicicletas de seus clientes. O equipamento
tem capacidade para até 2 bikes.
Por sugestão de um cliente e pensando
em qualificar seu atendimento, Nilson Simas,
taxista há mais de 30 anos, resolveu oferecer
esse diferencial sem cobrar adicional na
Foto: Diego Vara / Agência RBS corrida e não dá conta de atender todos os
chamados. Uma boa ideia para inspirar seus colegas de trabalho, lembrando que a placa do
veículo precisa ficar visível.

151
WEBIKE: PESSOAS MOVENDO PESSOAS

Bicicleta parada?! Não!! A ideia é


compartilhar! Pensando em contribuir para uma
mobilidade urbana mais inteligente, integrada e
sustentável, através do compartilhamento de
bikes entre as pessoas, jovens estudantes da
UFGRS criaram uma plataforma para
compartilhamento de bicicletas, a weBike.
Para a ideia se tornar realidade, seus Foto: Jéssica Rebeca Weber / Agência RBS

idealizadores criaram uma campanha de


crowdfunding, ou seja, um financiamento colaborativo, onde cada um ajuda um pouco para
alcançar o objetivo e recebe recompensas conforme o apoio dado.
Através da ajuda colaborativa e da tecnologia um novo tipo de comunidade de
compartilhamento de bicicletas foi criado, com acesso de forma rápida, segura, prática,
sustentável, barata e flexível às bikes. A plataforma é colaborativa e as bicicletas ficam
guardadas e disponíveis para utilização nos wepoints que são os lugares seguros. Pode ser
um café, uma academia, uma loja, universidade... basta apenas ter demanda pelo serviço e
estrutura para guardar as bicicletas. Os wepoints também saem ganhando, pois mais
pessoas vão frequentar esses estabelecimentos.
Se você tem uma bike para compartilhar poderá otimizar sua utilização e ter acesso
às outras da plataforma, além de ganhar a manutenção da sua. Quem não tem, basta
colaborar através de taxa ou ajudando na manutenção das bicicletas.
A plataforma está integrada a um aplicativo com cadeado digital o weLock, de fácil
utilização. Através dele é possível encontrar a bike mais próxima e desbloquear ou bloquear
o cadeado.
Para saber mais sobre essa ideia interessante, acesse o site da campanha:
https://benfeitoria.com/webike.

FAIRBIKES: REFORMA E EMPRÉSTIMO PARA ESTUDANTES DE INTERCÂMBIO

O projeto Fairbikes – faça estas bicicletas aparecerem, faz reformas em bicicletas que
não são mais utilizadas e empresta para estudantes que fazem parte do Rei – Curitiba

152
(Rede de Estudantes de Intercâmbio em Curitiba).
O projeto foi premiado no 1º Prêmio Sinal Livre de
Mobilidade Urbana.
As bicicletas ficam disponíveis para os
intercambistas pelo período de 6 meses até 2 anos,
bastando pagar uma caução e uma taxa usada para
manutenção. Foto: Meio e mensagem

BIKXI

Quer ir de bike para o


trabalho, mas não quer chegar
suado? Não quer ficar parado no
trânsito nem arcar com as
despesas de um veículo
particular? Quer ajudar o meio
ambiente, mas não se sente
seguro em pedalar no trânsito da Foto: Carlos Alkmin
cidade? Então vai de Bikxi!!
Esta é a proposta do Bikxi, mistura de bike com táxi. Um serviço de carona de
bicicleta elétrica oferecido na cidade de São Paulo. Ela é dupla e tem pedais independentes,
ou seja, o passageiro escolhe se quer pedalar ou não. Por ser elétrica não emite gases
poluentes e poupa o motorista de desgaste
excessivo.
Para utilizar o serviço, basta solicitar pelo
aplicativo, informando sua localização e seu
destino, que a plataforma indica o caminho mais
próximo para você encontrar um Bikxer, como
são chamados seus motoristas. Com ele você
pega uma touquinha, o capacete e escolhe se
Foto: Carlos Alkmin / Divulgação
quer pedalar ou somente ser levado. A Bikxi
também oferece compartimento para guardar objetos. O serviço é cobrado pela distância de
deslocamento e pago pelo aplicativo, que também informa quanto de CO2 deixou de ser
emitido pelo usuário.

153
Para ser uma experiência segura, o Bikxi
faz trajetos curtos apenas nas ciclovias e com
duas rotas definidas. Um dos objetivos é
facilitar o acesso a outros modais. Seu criador,
Danilo Lamy, tem planos de expandir o negócio,
principalmente para grandes centros urbanos
que sofrem com congestionamentos diários e
que contam com ciclovias.
Foto: Autoinforme

BICIVATES

O Bicivates, iniciativa da Univates, é um sistema de compartilhamento de bicicletas


gratuito para alunos, professores e funcionários da Univates. Suas 120 bicicletas estão
disponíveis em 4 estações dentro do campus e também podem ser usadas em trajetos fora
do campus e nos finais de semana.
A ideia é facilitar a vida dos usuários de uma maneira mais saudável e sustentável,
diminuindo a utilização de automóveis no campus e também servindo como deslocamento
complementar, integrado a outros modais. Nos planos da Univates, ciclovias para tornar a
experiência mais segura.
Assista ao vídeo produzido para divulgar este serviço e orientar seu funcionamento.

DE BIKE PELO CAMPUS

Desde 2010 a Furg – Universidade Federal de Rio Grande, disponibiliza 50 bicicletas


para seus alunos e servidores para deslocamentos mais ecológicos dentro de seu maior
campus, o Carreiros, com 230 hectares. As bikes ficam estacionadas em um paraciclo e
para utilizá-las, basta deixar um documento de identidade no Prae (Pró-Reitoria de Assuntos
Estudantis), pegar o banco e a chave do cadeado, podendo pedalar por 2 horas pelo
campus.
O objetivo é facilitar, de forma sustentável e saudável, o deslocamento entre os
prédios que são bem afastados, podendo dar uma passada na biblioteca ou na agência
bancária, parar para um café, enfim, acessar de forma mais rápidas os diversos serviços e
conveniências oferecidos pela universidade e, de quebra, não se atrasar para aula que já vai
começar.

154
A Universidade também oferece deslocamento gratuito para os acadêmicos através
de um micro-ônibus que circula a cada meia hora, mas com as bikes é possível diminuir a
emissão de gases poluentes e ajudar o meio ambiente.

FLOTTE – BICICLETAS COMPARTILHADAS DE CARGA

Além dos sistemas de compartilhamento de bicicletas e de possuir aproximadamente


700km de ciclovias, Berlim, na Alemanha, conta também com um sistema de bikes de carga
compartilhadas e sem custo. Sim!! As bikes são para empréstimo!!
O objetivo do projeto é incentivar a utilização das cargo-bikes no dia-a-dia e deixar o carro
de lado, seja para carregar compras, carregar crianças ou o que for necessário, diminuindo
assim, a emissão de gases poluentes. Uma ideia de mobilidade urbana super utilitária e com
grande potencial.
Por enquanto a Flotte dispõe de 7 bicicletas de carga para empréstimo em sete locais
diferentes, podendo ser usadas por até 3 dias. O cadastro no sistema é simples, assim como
a reserva e retirada. Basta acessar o site do projeto, onde também é possível escolher o
modelo mais adequado a sua necessidade.

3 modelos de cargo-bike conforme demanda de volume a ser carregado.

Foto: Divulgação / Flotte

155
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Bicicleta é opção ao


transporte de carga em SP e Rio, 2018. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/bicicleta-e-opcao-ao-transporte-de-carga-em-sp-e-
rio.html>. Acesso em 11 de set. 2018.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Um táxi bike para


fugir do trânsito. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/um-taxi-bike-para-fugir-do-transito.html>. Acesso
em 11 de set. 2018.

AUTO INFORME. Bikxi, o “uber” da bicicleta. Disponível em:


<http://www.autoinforme.com.br/bikxi-o-uber-da-bicicleta/>. Acesso em 11 de set. 2018.

BENFEITORIA. Pessoas Movendo Pessoas. Disponível em:


<https://benfeitoria.com/webike>. Acesso em: 24 set. 2018.

DE bike pelo campus, Zero Hora, 05 abr. 2010, Editoria: Nosso Mundo Sustentável, p.6

ECOBIKECOURIER. Sua entrega mais verde. Disponível em:


<http://www.ecobikecourier.com.br>. Acesso em: 24 set. 2018.

FLOTTE BERLIN. Cargo bike. Disponível em: <https://flotte-berlin.de/cb-item-cat/cargo-


bike/>. Acesso em: 24 set. 2018.

MEIO & MENSAGEM. Fairbikes leva prêmio de mobilidade urbana. Disponível em:
<http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2014/12/19/Fairbikes-leva-
premio-de-mobilidade-
urbana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-
geral&utm_content=Fairbikes-leva-premio-de-mobilidade-urbana>. Acesso em 11 de set.
2018.

156
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Berlim lança sistema de bikes de
carga compartilhadas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10852/berlim-
lanca-o-sistema-de-bikes-de-carga-compartilhadas.htm>. Acesso em 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Em Cuiabá, projeto social recupera e


doa bikes usadas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/6422/em-cuiaba-
projeto-social-recupera-e-doa-bikes-usadas.html>. Acesso em 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Em SP, um serviço de carona em


bicicleta elétrica (isso mesmo!). Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10555/em-sp-um-servico-de-carona-em-bicicleta-
eletrica-isso-mesmo.html>. Acesso em 11 de set. 2018.

PERKONS. De carona: Bike boys se expandem como alternativa sustentável de


entrega. Disponível em: <http://www.perkons.com.br/noticia/1718/de-carona-bike-boys-se-
expandem-como-alternativa-sustentavel-de-entrega>. Acesso em 11 de set. 2018.

UNIVATES. Bicivates. Disponível em: <http://www.univates.br/transporte/bicivates>. Acesso


em 11 de set. 2018.

VÁ DE BIKE. Já experimentou um serviço de bike courier? Disponível em:


http://vadebike.org/bikeboy-entregas-por-bicicleta/. Acesso em 30 de out. 2018.

ZERO HORA. Onde fazer pequenos reparos de graça na sua bicicleta. Disponível em:
<http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2016/06/veja-onde-fazer-pequenos-reparos-de-graca-na-
sua-bicicleta-na-capital-6220268.html#>. Acesso em: 11 set. 2018.

ZERO HORA. Taxista de Porto Alegre usa suporte para transportar bicicletas.
Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/05/taxista-de-porto-alegre-
usa-suporte-para-transportar-bicicletas-5794359.html>. Acesso em: 24 set. 2018.

157
CURIOSIDADES

VOCÊ SABIA QUE...

O pneu de borracha deve parte de seu desenvolvimento a uma corrida de crianças?


Depois das queixas do filho, o veterinário escocês Jonh Boyd Dunlop improvisou um rolo de
pano engomado, uniu as duas partes em forma de anel, encheu de ar e prendeu na roda
dianteira do triciclo. Seu filho ganhou a corrida e ele patenteou seu invento em 1887.

O barão Von Drais, inventor da draisiana, enfrentou problemas políticos em seu país e
antes de se mudar para a Inglaterra morou 12 anos no Brasil? Foi de 1820 a 1832, mas
nessa época a moda das draisianas já havia passado.

O princípio da ciclovia surgiu em Paris, em 1862, quando foram abertos caminhos


especiais nas praças para que os velocípedes não se misturassem às charretes?

ACREDITE OU NÃO

A primeira corrida que se tem notícia se deu em 1842, entre o inventor Mac Millan e o
cocheiro com quem apostou corrida. Sua draisiana aperfeiçoada cumpriu o percurso
Glasgow/Carlisle (Escócia / Inglaterra) primeiro à carruagem.

Os ataques caninos às bicicletas Ariel chegaram ao ponto da indústria de armas


desenvolver arma e munição (velodog) para que o condutor pudesse se proteger.

As bicicletas que participaram das Olimpíadas de Atenas, em 1896, pesavam 16kg.

Dentre as bicicletas da marca Caloi havia modelos específicos em homenagem a times de


futebol. Em 1962, por exemplo, foi lançada a Campeoníssima Colorado, destinada aos
torcedores do Internacional de Porto Alegre.

Já existe uma bicicleta especial para idosos. A bicicleta de Abrahão foi projetada por
um médico geriatra, na Holanda.
158
Na Índia e na China, o transporte por bicicleta representa 70% do total de viagens e, na
Holanda, 40%. O governo francês garante juros baixos para empréstimos destinados à
compra de bicicletas.

Dez bicicletas estacionadas ocupam a vaga de um automóvel; cinco bicicletas em


movimento ocupam o espaço de um automóvel e cinco mil bicicletas em circulação
representam 6,5 toneladas a menos de poluentes no ar.

MITOS

MITO (crença) DESMISTIFICAÇÃO


Ao ocupar os bordos da pista de
Os ciclistas devem seguir o que determina o art. 58 e
rolamento, o ciclista deve andar no
manter-se no mesmo sentido regulamentado para a via,
sentido contrário ao dos veículos, de
acompanhando o fluxo de veículos.
frente para o fluxo.
Escolher trajetos conhecidos é importante, mas os
A pedalada realizada pelos mesmos
utilizados com o automóvel são normalmente os mais
trajetos que o ciclista faria, se estivesse
perigosos e menos recomendados para o uso da
dirigindo seu automóvel, é a mais
bicicleta, porque costumam ser vias principais, de maior
segura
velocidade e fluxo.
O número de marchas não importa; importa a precisão, a
relação de marchas (ou relação de velocidades) para o
uso à que se destina - e que o ciclista saiba como usá-
Quanto mais marchas, melhor.
las corretamente. É claro que, quanto maior o número de
marchas, mais opções de velocidades o ciclista tem para
adequar a sua intenção e terreno.
E dos adultos também. Nunca é tarde para aprender a
Aprender a andar de bicicleta é coisa de
pedalar. Raras pessoas não são capazes de desenvolver
criança.
equilíbrio e coordenação motora necessários.
Sob hipótese alguma o óleo comestível deve ser
Óleo de cozinha é bom substituto do utilizado. A segurança do ciclista e a durabilidade da
lubrificante. bicicleta dependem da correta e regular manutenção das
peças, através de instrumentos apropriados.

159
Apresentamos a seguir outras curiosidades relacionadas às bicicletas:

Pensando se vai de carro ou bicicleta? Talvez esses vídeos te ajudem a refletir e decidir.

Animação sueca Cykelsuperstier


condutor e ciclista vão ao trabalho, quem será
que vai chegar antes?

Campanha: “Menos de 3”
Caloi incentiva quem mora a menos de 3Km do
trabalho a ir pedalando. Propõe mudar de
perspectiva sobre a mobilidade.

Bicicletas de Belleville (Les Triplettes de


Belleville)
longa-metragem premiado de animação
classificado como drama-comédia e aventura.

BikeBeats: energia solar + pedaladas= festa

O DJ Ricardo Berttelo, apaixonado por música e


também por pedalar, criou o BikeBeats, um triciclo produzido
especialmente para carregar todo seu equipamento (110 kg)
de trabalho. Utilizando energia solar através de um painel
fotovoltaico que serve de tampa para a caixa, o DJ anima
festas e eventos em qualquer lugar que consiga ir com sua
bike. Dias de sol garantem a discotecagem por várias horas Foto: Divulgação

sem necessidade de utilizar bateria.

160
Cargas inusitadas

Qual o limite de carga, incluindo peso e


volume, que uma bicicleta pode carregar de
forma segura? Neste vídeo, você pode conferir
cargas transportadas por ciclistas chineses que
parecem não estar preocupados com a
segurança. Também no vídeo é possível
conhecer as obras do artista-ciclista Alain
Delorme, que aproveitou fotos tiradas destas
Foto: Alain Delorme/Divulgação
cargas impossíveis como ponto de partida para sua arte.

Exemplo sustentável

A prefeita eleita de
Melbourne, na Austrália, Sally
Capp, ao assumir o cargo
dispensou o uso do carro oficial
e motorista. Adepta da
mobilidade ativa, pretende se

locomover de forma mais


Ciclistas em Melbourne
sustentável: de bicicleta, a pé
ou de transporte público. Um bom exemplo a ser seguido!

Bicicleta feita com produtos de cozinha

Em Londres, no Reino
Unido, uma empresa que realiza
entregas de comida utilizando
bicicleta, a Deliveroo,
surpreendeu ao customizar uma
bike com utensílios de cozinha
reciclados.
74 utensílios foram utilizados para a criação da bike.

161
Aerovelo: a bicicleta mais rápida do mundo

Alcançando a velocidade recorde de


139,45Km/h, o aerovelo é considerado a
bicicleta mais rápida do mundo. Veja a
performance no vídeo:

Cargobike

Com 8 rodas, 5 metros de


comprimento e 2 de largura e com
tamanho similar a um carro, a 8rad é
considerada a maior bicicleta de cargas
existente. Sua propulsão é por pedais e
um pequeno motor elétrico. O protótipo
Foto: Divulgação
foi construído pelo artista alemão Nico
Jungel. A 8rad funciona também como casa ou trailler e conta com placas solares que
abastecem e iluminam a invenção. Se você quer saber mais sobre a 8rad acesse
http://www.nicojungel.net/space.html.

Bicicleta ao vento

A escultura de uma bicicleta é o destaque da


instalação do artista plástico Alex Rodriguez em Atlanta nos
Estados Unidos. Chamada de Whirling Wheels ou Rodas
Giratórias conta com cinco esculturas-móbiles que
convidam ao compartilhamento da via entre os diferentes
modais. Semelhante a um catavento, as rodas são
impulsionadas pelo vento girando os pedais e movimentando o ciclista feito de arame.
No vídeo é possível conferir a escultura em movimento com direito à trilha sonora.
Sugestivo, não?!

162
De bike é mais rápido que de avião

Com o fechamento de uma estrada em Los Angeles para a realização de


manutenção, a companhia aérea JetBlue, prevendo um grande congestionamento lançou
uma promoção de voo de Burbank com destino a Long Beach (trajeto de aproximadamente
60 km, voo de 20 min) por apena 4 dólares. Uma turma de ciclistas apostou que chegaria
antes em provocação à JetBlue. Todos os 6 participantes saíram do mesmo ponto às 10:50,
sendo que um seguiu para o aeroporto (incluindo deslocamento de carro, chegada com
antecedência, vôo e táxi até o destino final). O horário do voo estava marcado para às
12h20min. Quer saber quem chegou primeiro? Após 1h34min pedalando, quando o grupo de
ciclistas estava chegando em Long Beach, o avião estava começando a decolar de Burbank.
Desafio vencido!

163
REFERÊNCIAS

AEROVELO INC. Aerovelo's first record breaking run in human powered speed!.
Disponível em: <https://youtu.be/33clAZoaLWs>. Acesso em: 24 set. 2018.

BIKE beats. Disponível em: <https://www.facebook.com/bikebeats303>. Acesso em: 24 set.


2018.

BIKE Brasil Show. Disponível em: <http://www.bikebrasil.com.br>. Acesso em: 24 set. 2018.

CALOI EMPRESA. Carro versus bike (e vice-versa). Disponível em:


<https://youtu.be/uZDmd31bo5g>. Acesso em: 24 set. 2018.

CRUZ, Willian. 5 cargas impossíveis em bicicletas. Disponível em:


<http://vadebike.org/2018/05/bicicletas-de-carga-sobrecarregadas-cargas-extremas/>.
Acesso em: 11 de set. 2018.

CYKELSUPERSTIER. Disponível em: <https://vimeo.com/36696485>. Acesso em: 24 set.


2018.

DOMINGUES, Renato. As Bicicletas de Belleville. Disponivel em:


<https://youtu.be/gk2_HPvFcX8>. Acesso em: 24 set. 2018.

EDGBLOGS. Disponível em:


<http://edgblogs.s3.amazonaws.com/nabike/files/2012/09/carrosebike.jpg>. Acesso em: 24
set. 2018.

ÉPOCA SÃO PAULO. Vídeos divertidos promovem reflexão sobre o uso do carro e da
bicicleta. Disponível em:
<http://colunas.revistaepocasp.globo.com/nabike/2012/09/28/videos-promovem-reflexao-
sobre-o-uso-do-carro-e-da-bicicleta/>. Acesso em: 24 set. 2018.

164
ESCOLA da bicicleta. Disponível em:
<http://www.escoladebicicleta.com.br/experimentar.html>. Acesso em: 24 set. 2018.

FLYINGDUTCHMILL. 21 windturbines made of waste material in a 5 minute overview.


Disponível em: < https://youtu.be/Di9XgEYDRtw>. Acesso em: 24 set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Conheça a Aerovelo, a bicicleta mais


rápida do mundo. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/8845/conheca-a-
aerovelo-a-bicicleta-mais-rapida-do-mundo.html>. Acesso em: 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Nova prefeita de Melbourne vai de


bike, a pé e de transporte público. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/11016/nova-prefeita-de-melbourne-vai-de-bike-a-pe-e-
de-transporte-publico.html>. Acesso em: 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Sol + pedal = balada de bike.


Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9527/sol--pedal--balada-de-bike.html>.
Acesso em: 11 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma bicicleta ao vento. 2016.


Disponível em: < www.mobilize.org.br/noticias/9531/uma-bicicleta-ao-vento.html>. Acesso
em: 11 de set. 2018.

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL - MOBILIZE. A maior cargobike do mundo.


Disponível em: < http://www.mobilize.org.br/noticias/8889/a-maior-cargobike-do-
mundo.html>. Acesso em: 24 set. 2018.

O DIA em que a bike venceu o avião, Zero Hora, Porto Alegre, 25 jul.2011, Editorial: Nosso
Mundo Sustentável, p. 7.

[OITO] 8 RAD. Disponível em: < www.nicojungel.net/space.html>. Acesso em: 24 set. 2018.

VÁ DE BIKE. 5 cargas impossíveis em bicicletas. Disponível em:


<https://youtu.be/I8QVZBxko5k >. Acesso em: 24 set. 2018.

165
INFRAESTRUTURA

Vamos falar sobre boas iniciativas em relação à infraestrutura para ciclistas? Abaixo
você pode ter uma ideia do que veremos nesta unidade.

FLAT-BIKE-LIFT

O flat-bike-lift é um rack para bicicleta que fica preso no teto. Ele é hidropneumático e
pode ser usado em qualquer tipo de bicicleta. Funciona de maneira simples e rápida, basta
colocar e fixar a bicicleta no rack e acionar o sistema de elevação deixando a bike guardada
na horizontal próximo ao teto, sem ocupar o espaço de circulação.

Veja no vídeo o bicicletário hidropneumático em funcionamento.

Foto: Divulgação

166
SOLAROAD: CICLOVIA SOLAR

A ciclovia solar Solaroad fica na cidade de Krommenie, na Holanda, cidade bem


próxima a Amsterdã. São apenas 70 metros com painéis que captam a energia solar e a
transformam em elétrica.
A extensão recebeu um pavimento especial parecido com vidro desenvolvido para
não ser escorregadio nem refletir a luz do sol. A experiência com o protótipo, que durou 6
meses, resultou em energia capaz de suprir uma casa por um ano ou fornecer energia para
um carro elétrico poder dar 2 voltas e meia no planeta.

Foto: Divulgação

CICLOVIA COM PISO QUE GERA ENERGIA

Curitiba (PR) está realizando testes com uma pavimentação especial capaz de gerar,
a partir de vibrações, energia elétrica. A ciclovia que passa na ponte do Rio Belém recebeu o
piso capaz de captar a trepidação oriunda das bicicletas e pedestres, transformando em
energia necessária para iluminar a sinalização na ciclovia.
A finalidade é promover mais segurança
aos ciclistas melhorando a qualidade da
sinalização, principalmente nos trechos mais
movimentados e com cruzamentos. A ideia é
implantar o pavimento ainda em 2018 em
aproximadamente 20 Km de ciclovias.

Foto: Divulgação

167
CICLOFAIXAS QUE ACENDEM E PISTAS AQUECIDAS

Na Holanda, especialistas estão desenvolvendo tinta especial para solo que brilha no
escuro. A tinta contém cristais que acumulam energia da luz solar e se iluminam à noite.
Também estão desenvolvendo um pavimento para a ciclovia que conta com um sistema de
aquecimento subterrâneo
através de tubos de plásticos
inseridos no concreto por
onde é bombeada água
quente do solo e que aquece
a pista. Então, mesmo no
clima europeu, dá pra
pedalar! Veja no vídeo como
funcionam essas tecnologias.

SINAL VERDE PARA OS CICLISTAS

Na Dinamarca, a cidade de Aarhus conta com uma tecnologia que dá preferência aos
ciclistas nos cruzamentos. Trata-se de um chip instalado na roda dianteira da bicicleta e
também nos semáforos que, ao detectar a presença de bikes prioriza o sinal verde para os
ciclistas e promove maior segurança nos cruzamentos. A 100 metros de distância o sinal de
aproximação é enviado ao semáforo.
O sistema, batizado de RFID
(Radio Frequency Identification)
integra o Aarhus Cidade Ciclável que
promove ações para mobilidade ativa
e sustentável como ciclofaixas,
estações de bikes compartilhadas e
Fotos: Divulgação Prefeitura de Arhus
campanhas.
A capital da Dinamarca, Copenhague, onde metade da
população utiliza diariamente a bicicleta, também já possui a
tecnologia que dá preferência à bicicleta. A estimativa é que
reduza em 10% o tempo de deslocamento dos ciclistas.
Chip instalado na roda
dianteira
168
CICLOVIA SUBTERRÂNEA

Um projeto criado pela empresa de designer Gensler pretende revolucionar os túneis


subterrâneos de estações de metrô que não são mais utilizadas em Londres. A proposta
prevê uma ciclovia subterrânea além de estações de aluguel de bikes, cafés e outros
serviços.
Batizado de London
Underline, o projeto foi
premiado como Melhor Projeto
Conceitual em concurso sobre
planejamento para Londres e
inclui estações centrais.
Visando uma maior viabilidade
Foto: Divulgação
financeira também prevê uma
tecnologia em que a eletricidade é originada através da fricção dos pneus das bikes no
pavimento da ciclovia. O acesso seria através de elevadores. Se o projeto for desenvolvido
será a primeira ciclovia subterrânea. Uma boa ideia para utilização de espaços em desuso.

PAÍSES BAIXOS: VANGUARDA

Self service: armazenamento e


compartilhamento de bicicletas de aluguel.

Viaduto fica sobre via de


grande movimento e
confere maior segurança
aos ciclistas.

169
Ponte iluminada para circulação
exclusiva de pedestres e ciclistas.

Túnel fica sob


ruas de grande
movimentação e
conta com pista
para ciclistas nos
dois sentidos,
além de uma
ampla calçada
para pedestres.

Túnel que fica sob


o rio Maas Oude é
de uso exclusivo
para o trânsito
lento de pedestres
e ciclistas e
conecta as
cidades de
Heinenoord e
Barendrecht.

Fotos: Divulgação

170
PONTE PARA CICLISTAS IMPRESSA EM 3D

A impressão 3D que já cria objetos pequenos, também está sendo usada para criar
obras maiores como casas e até pontes como em Germet, na Holanda, que teve uma ponte
para ciclistas construída com essa tecnologia.
A estrutura de 8 metros é
muito resistente, reforçada com
aço e 800 camadas de
concreto, que resiste a 5
toneladas e tem longa
durabilidade. Sua construção

Foto: Divulgação também evita o desperdício de


cimento, emite menos CO2 e é bem mais rápida do que a construção convencional. A
tecnologia a serviço da mobilidade!

PONTE ESTAIADA PARA CICLISTAS

Também na Holanda, na cidade de Eindhoven, foi construída um ponte circular


estaiada para ciclistas. O Hovenring possui 72 metros de diâmetro e funciona como uma
rotatória suspensa no cruzamento mais movimentado da cidade, permitindo que os ciclistas
possam passar por ele com mais segurança.

171
MOREELSBRUG: PONTE PARA PEDESTRES E CICLISTAS

A ponte Moreelsbrug foi construída com o objetivo de facilitar o cruzamento exclusivo


de ciclistas, pedestres e também cadeirantes sobre a via férrea. As pontes que já existiam
ficavam muito distantes, mais de 1Km de distância e a nova passarela está localizada ao
lado da estação central de Utrecht, cidade Holandesa. Apesar de projetada há mais de 15
anos, foi inaugurada no fim de 2016 após 2 anos de construção ao custo de 15 milhões de
euros. A demora se deu devido a entraves entre a prefeitura, comunidade e comerciantes
que temiam perder clientela porque os acessos projetados seriam diretamente entre estação
e ponte, não passando pelos estabelecimentos.
A estrutura metálica possui 295
metros com largura de 10 metros com faixas
sinalizadas para pedestres e ciclistas, além
de um canteiro central arborizado. Por falta
de espaço a ponte não conta com rampas
cicláveis, a solução foi incluir canaletas nas
laterais das escadas para empurrar as
bicicletas. Cadeirantes, idosos e pessoas
com dificuldades na mobilidade podem
contar com elevadores que permitem Sinalização indica faixas de usos para
também o transporte das bikes. ciclistas e pedestres
Foto: Divulgação

O tratamento dado ao pavimento da ciclovia facilita o escoamento da água, evitando


que, na época de temperaturas baixas, a água congele em cima da pista, ocasionando
deslizamento das bicicletas.

ESTRADA ELEVADA PARA VEÍCULOS DE DUAS RODAS MOVIDOS À ELETRICIDADE

O BMW Group lançou um projeto inovador, o BMW Vision E³ Way”, uma via elevada
que conecta centros urbanos para mobilidade única exclusiva em duas rodas e elétricos a
exemplo das e-bikes. A ideia é construir vias suspensas sobre as rodovias visando
desafogar o tráfego de veículos e diminuir a poluição (emissões zero) com custo reduzido. O
público alvo seriam usuários que realizam trajetos de até 15 Km. A ligação com as rodovias,
estações de metrô e centros comerciais seria feita através de rampas de acesso.

172
Uma grande vantagem seria a
segurança devido ao baixo risco de
acidentes em função da velocidade
limitada a 25 Km/h, bem como a
gravidade destes, pois não envolveria
colisões com veículos automotores.
A ideia é também oferecer
veículos de aluguel nos pontos de
acesso para quem não possui. A
estrutura da estrada é coberta,
protegendo do calor e da chuva e com
boa ventilação. Uma solução bem
futurista, não?!

Fotos: Divulgação

INFRAESTRUTURA PARA SERVIDORES NOS MINISTÉRIOS

Em Brasília, servidores
de diversos órgãos do poder
executivo federal brasileiro já
contam com apoio de
bicicletários e vestiários para
aqueles que optarem ir à
Esplanada dos Ministérios
utilizando as ciclovias. Foto: EBC/Divulgação

Um belo incentivo corporativo!

AIRBNB DO BANHO

Ir pedalando para o trabalho, para muitas


pessoas, deixa de ser uma opção em função da falta
de estrutura adequada para tomar um banho, trocar de
roupa e estacionar a bike com segurança. Foi

173
pensando na necessidade do público ciclista de São Paulo que surgiu a Cipó, uma startup
que oferece vestiários para ciclistas e corredores tomarem banho e guardar as roupas em
um contêiner, além de bicicletário para as bikes.
A empresa conta com contêineres adaptados que ficam alojados em um
estacionamento e já tem vários adeptos cadastrados. A Cipó pretende lançar um aplicativo e
expandir o negócio não só na cidade de São Paulo, mas também para outras.
Empreendedorismo a serviço da mobilidade ativa!

RESERVA DE VAGAS EM ESTACIONAMENTOS

Em São Paulo, lei determina que 5% das vagas de estacionamento nos


estabelecimentos sejam reservadas para bicicletas. A garantia deve se estender a todos os
tipos de estacionamento: condomínios, shoppings e supermercados... incluindo a realização
de adaptações em edificações antigas. A lei pode contribuir para que mais pessoas optem
pela bicicleta, uma vez que terão estrutura adequada e segura para deixá-la.

ECO-CYCLE: ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO

Um dos modais mais utilizados no Japão é a bicicleta, com aproximadamente 9


milhões de unidades no país. Esse contingente demanda locais seguros para estacioná-las.
Pensando nisso, uma empresa japonesa criou um estacionamento subterrâneo para as
bikes que, além de ser seguro e proteger as bicicletas das condições climáticas, não ocupa
o já escasso espaço na superfície.
O Eco-Cycle tem capacidade para
guardar aproximadamente 200 bicicletas em
vagas que ficam até 10 ou 11 metros de
profundidade. O sistema funciona de forma
simples e rápida. É preciso fazer um cadastro
para receber o cartão de acesso ao Eco-Cycle,
através do qual é feita a identificação do
usuário e da vaga. Após posicionar a bicicleta
em frente à entrada do estacionamento, ela é

174
puxada para dentro e estacionada rapidamente (10 segundos) em uma vaga livre. Para
retirar, basta aproximar o cartão no leitor e, em menos de 20 segundos, a bicicleta é retirada.
O serviço custa em torno de R$60,00 por mês, sendo que estudantes pagam metade.
As estações do Eco-Cycle estão presentes em
várias cidades japonesas, são anti-sísmicos e têm
estrutura para guardar vários tipos de bicicletas,
inclusive elétricas. O sistema funcionou tão bem que a
empresa criou um estacionamento subterrâneo usando
a mesma tecnologia para guardar carros. A Espanha
conta com um estacionamento similar, o Biceberg.

Ebina, cidade do Japão, também conta


com Eco-Cycle, mas acima do solo, um
prédio onde é possível estacionar até 720
bicicletas.

ÔNIBUS COM BICICLETÁRIO

Em Vancouver no Canadá,
ônibus contam com suporte para
transportar as bikes, facilitando a
vida dos ciclistas que se deslocam
para mais longe de forma rápida ou
que integram diferentes modais no
dia-a-dia.

Foto: Divulgação

CYCLOCABLE: AJUDA NAS SUBIDAS

Dependendo da topografia da cidade, andar de bicicleta


pode ser um desafio. Muitas subidas no trajeto a ser feito podem
acabar desestimulando alguns ciclistas. Para solucionar esse

175
problema, foi criado o Trampe Cyclocable instalado em uma ladeira na cidade norueguesa
de Trondheim.
A invenção é como se fosse um teleférico para ciclistas de funcionamento simples e
fácil, basta apoiar o pé direito em uma placa, apertar o botão e o Cyclocable carrega o
ciclista lomba acima, evitando esforço ou suor.
O trilho contém um cabo de aço e 11 placas de apoio para os pés. Com comprimento
de 130 metros, consegue elevar até 6 ciclistas ao mesmo tempo, um a cada 20 metros a
uma velocidade de 2 metros por segundo.
Assista no vídeo como funciona essa ajudinha.
PARKIS

O Parkis é uma solução para


estacionamento vertical de bicicletas. O
sistema é mecânico e não exige esforço físico.
O bicicletário economiza espaço e pode ser
instalado facilmente em qualquer lugar:
garagem, sacada, escritório ou onde você
quiser! Assista ao vídeo e veja como é prático.

MELHORES CICLOVIAS DO MUNDO

Você sabe onde ficam as melhores ciclovias do mundo?


Amsterdã, Bogotá, Montreal, Wissmann... O Brasil também tem
representante! Confira o ranking das cidades que mais se
destacam neste vídeo.

176
REFERÊNCIAS

ARCH DAILY. Piso que gera energia começa a ser testado em ciclovia de Curitiba.
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/898746/piso-que-gera-energia-comeca-a-
ser-testado-em-ciclovia-de-curitiba>. Acesso em 06 de set. 2018.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Grupo BMW divulga


projeto futurista: uma estrada elevada para mobilidade em duas rodas. Disponível em:
<ttp://www.antp.org.br/noticias/clippings/grupo-bmw-divulga-projeto-futurista-uma-estrada-
elevada-para-mobilidade-em-duas-rodas.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Startup cria o ‘Airbnb


do banho’: vestiários para quem anda de bicicleta. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/clippings/startup-cria-o-airbnb-do-banho-vestiarios-para-
quem-anda-de-bicicleta.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

AUTO & MÁQUINAS – ROBERTO COSTA. BMW Vision E³ Way: conceito de estrada
elevada para mobilidade em duas rodas. Disponível em:
<http://robertopcosta.blogspot.com/2017/11/bmw-vision-e-way-conceito-de-estrada.html>.
Acesso em 06 de set. 2018.

BICIBERG. Disponível em: <https://www.pensamentoverde.com.br/arquitetura-


verde/empresa-japonesa-cria-estacionamento-subterraneo-de-bicicletas/>. Acesso em 06 de
set. 2018.

BICEBERG. Disponível em: <http://www.biceberg.es/>. Acesso em: 24 set. 2018.

CANALBRAZUCA3. Estacionamento automático guarda bicicletas no Japão. Disponível


em: <https://www.youtube.com/watch?v=DXI86LQkgs0>. Acesso em: 24 set. 2018.

ECYCLE. Trampe Cyclocable: o "teleférico" que dá uma ajudinha ao ciclista nas subidas.
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-

177
favor/2242-trampe-cyclocable-ajuda-o-ciclista-e-o-meio-ambiente.html>. Acesso em 06 de
set. 2018.

EU VOU FLORIPA. O primeiro estacionamento de bicicletas de Floripa. Disponível em:


<http://euvoufloripa.com.br/>. Acesso em 14 de fev. 2019.

FLAT- bike-lift. Disponível em: <https://flat-bike-lift.com/>. Acesso em: 19 set. 2018.

FLAT-bike-lift: the Ceiling Hydro-Pneumatic Bike Rack. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=Da8t03y4NW8>. Acesso em: 19 set. 2018.
GADGET FLOW. Parkis Space-Saving Bicycle Lift. Disponível em:
<https://thegadgetflow.com/portfolio/parkis-space-saving-bicycle-lift/>. Acesso em 06 de set.
2018.

HOLANDA cria ciclovias com faixas que 'acendem' e pistas aquecidas. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=G2oa4EEdmd4>. Acesso em 06 de set. 2018.

INSTITUTO DE CERTIFICAÇÃO E ESTUDOS DE TRÂNSITO E TRANSPORTE –


ICETRAN. Tecnologia e mobilidade urbana: um incentivo ao uso de bicicletas. Disponível
em: <https://icetran.org.br/blog/incentivo-ao-uso-de-bicicletas/>. Acesso em 06 de set. 2018.

IPC.DIGITAL. 10 incríveis infraestrutruras voltadas especialmente para bicicletas; 2


estão no Japão. Disponível em: <https://ipc.digital/10-incriveis-infraestruturas-voltadas-
especialmente-para-bicicletas-2-estao-no-japao>. Acesso em 06 de set. 2018.

KICKSTARTER. Parkis: space saving bicycle lift. Disponível em:


<https://www.kickstarter.com/projects/277601164/parkis-space-saving-bicycle-lift>. Acesso
em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. “Na Holanda, pedalei na ciclovia


solar”. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/8269/na-holanda-pedalei-na-
ciclovia-solar.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

178
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Eco-Cycle: o estacionamento
subterrâneo para bikes, 2012. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/3232/ecocycle-o-estacionamento-subterraneo-para-
bikes.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Em Arhus, na Dinamarca, chip abre


sinal verde para ciclistas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9495/chip-
abre-sinal-verde-para-ciclistas-nos-cruzamentos.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Em Copenhague, novos semáforos


vão detectar e priorizar ciclistas. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/9256/em-copenhague-novos-semaforos-vao-detectar-e-
priorizar-ciclistas.html?print=s>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Em Londres, projeto prevê ciclovia


subterrânea em túneis abandonados. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/7703/em-londres-projeto-preve-a-criacao-de-ciclovia-
subterranea-em-tuneis-abandonados.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Estabelecimentos terão que reservar


5% das vagas para bicicletas em São Paulo. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/3257/estabelecimentos-terao-que-reservar-5-das-vagas-
para-bicicletas-em-sao-paulo.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Holanda constrói ponte estaiada


para ciclistas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/galeria-fotos/187/holanda-
inaugura-rotatoria-suspensa-para-ciclistas.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Ministérios oferecem infraestrutura


para servidores que usam bicicleta. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10432/ministerios-oferecem-infraestrutura-para-
servidores-que-usam-bicicleta.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

179
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Moreelsbrug, a nova ponte para
pedestres e ciclistas. Em Utrecht, Holanda. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10328/moreelsbrug-a-nova-ponte-para-pedestres-e-
ciclistas-em-utrecht-holanda.html>. Acesso em 06 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Vai trabalhar de bike? Empresa


oferece banho e até chapinha. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/8476/vai-
trabalhar-de-bike-empresa-oferece-banho-e-ate-chapinha.html>. Acesso em 06 de set. 2018

PROJECTS. Disponível em: <https://ksr-video.imgix.net/projects/2671625/video-724070-


h264_high.mp4>. Acesso em: 19 set. 2018.

TECMUNDO. Cidade holandesa ganha ponte para ciclistas impressa em 3D. Disponível
em: <https://www.tecmundo.com.br/produto/123408-cidade-holandesa-ganha-ponte-ciclistas-
impressa-3d-video.htm>. Acesso em 06 de set. 2018.

TOP 6 : mejores ciclovías del mundo. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=UGijer5mD1Y>. Acesso em: 19 set. 2018.

180
EQUIPAMENTOS E SEGURANÇA

TENDÊNCIAS EM EQUIPAMENTOS E SEGURANÇA

Os equipamentos de proteção para


ciclistas são muito conhecidos e utilizados com
frequência. Mas, e as tendências e evoluções
desses equipamentos? Você tem
acompanhado? Preparamos um guia rápido com
25 novidades no mercado de equipamentos e
dispositivos de segurança que certamente irão te
surpreender!

MOCHILA INTERATIVA PARA BICICLETAS

Pensando em promover maior


segurança aos ciclistas a designer sul-
coreana Lee Myung Su criou uma mochila
interativa equipada com um display de
LED com o objetivo de antecipar aos
condutores os movimentos do ciclista.
Com o nome de SEIL a mochila conta com
um controle instalado no guidão sendo
possível sinalizar a intenção de conversão
à esquerda ou direita. Em linha reta apenas emite sinal luminoso para alertar a presença do
ciclista na via.
A mochila, além de ser utilitária e sinalizar as manobras dos ciclistas, também conta
com sinalização especial para paradas, situações de emergência e desenhos bem
humorados e interativos. Achou legal? Assista ao vídeo!

181
BACKTRACKER: RADAR DE APROXIMAÇÃO DE VEÍCULOS

Fotos: MTB Brasília

O Backtracker é um sistema de segurança para ciclistas que detecta a aproximação


de veículos através de um radar instalado na parte traseira da bicicleta, transmitindo as
informações para um painel de controle instalado no guidão. Assim que o radar detectar a
aproximação de um veículo, envia sinal via Bluetooth para a tela do painel de controle, que
dispara LEDs coloridos para alertar o ciclista.

CAPACETE DE PAPELÃO PARA CICLISTAS CASUAIS: DOBRÁVEL, RESISTENTE E


RECICLÁVEL

Ciclistas casuais e que utilizam os


serviços de compartilhamento de bikes muitas
vezes não possuem capacete como os que
pedalam regularmente. E se pudessem contar
com a proteção de um capacete compacto, de
valor acessível e ainda reciclável?! Pensando
em uma solução para esse público ocasional
(cerca de 90% não utiliza capacete), a
Fotos: eCycle / Divulgação
designer Isis Shiffer criou o EcoHelmet.

Produzido com papel reciclado e no formato


padrão favo de mel radial, o capacete garante
ampla cobertura de proteção, além de ser
dobrável e ficar do tamanho de uma banana.
Tem resistência à água, podendo ser utilizado
na chuva por até 3 horas sem perder a função
de proteção. A criação rendeu a Shiffer o
prêmio internacional do James Dyson Award
2016. A ideia é oferecer o produto em

182
máquinas de venda automáticas (custo de aproximadamente US$5), disponibilizadas junto
às estações de compartilhamento de bicicletas em Nova York. Ainda é necessário possuir as
certificações necessárias para sua comercialização, mas sua idealizadora garante que
realizou vários testes durante o desenvolvimento do projeto.
E aí, será que é seguro? Assista ao vídeo com os testes de impacto e acesse o site
oficial do projeto.

LIFE PAINT: SPRAY REFLETOR PARA ROUPAS, BICICLETAS, MOCHILAS

A Volvo, em parceria com a Grey


London, lançou um spray refletor que pode
ajudar a promover segurança para os
ciclistas. Aplicado diretamente nas bicicletas,
roupas, mochilas, capacetes, etc., reflete
quando no escuro.
Assista ao vídeo e veja que ideia
interessante!

CYCLEE: UM PROJETOR PENSADO PARA MELHORAR A SEGURANÇA DOS


CICLISTAS À NOITE

Olhem que interessante essa ideia, um projetor que antecipa as intenções do ciclista.
O Cyclee funciona através da projeção de mensagens (sinais) nas costas dos ciclistas. Para
isto, basta fixá-lo na parte de trás da bicicleta, direcionando o projetor para as costas do
ciclista.
A projeção de sinais como
virar à direita/esquerda, parar ou
seguir é feita após o Cyclee detectar
os movimentos do ciclista,
antecipando sua intenção para os
outros condutores. Os sinais são
programados no celular do ciclista e Fotos: Elnur Babayev
enviados via Bluetooth para o Cyclee.

183
FONTUS: PARA PEDALAR SEM SEDE

Projetada pelo designer austríaco Kristof


Restezár, a Fontus, uma garrafa de água para
bicicletas que enche sozinha, foi concebida
pensando na hidratação dos ciclistas que
costumam fazer passeios longos.
A Fontus funciona por meio de energia
solar, retirando umidade do ar e transformando-
Foto: Divulgação / Kristof Retezár
a em água potável através de condensação
realizada por pequenas câmaras de refrigeração, podendo coletar, aproximadamente, meio
litro de água por hora dependendo das condições climáticas. Regiões quentes e úmidas
facilitam esse processo.

SMOG FREE BIKE: BICICLETA QUE FILTRA O AR

Daan Roosegaarde, holandês,


designer de inovações sustentáveis,
desenvolveu um protótipo de bicicleta
que protege os ciclistas da poluição. O
funcionamento se dá através da coleta
de partículas nocivas do ar por um filtro

fixado na parte frontal da bicicleta e que Foto: Divulgação / Studio Roosegaarde


exala ar puro no ciclista.

184
ENERGY RETURN WHEEL (ERW): PNEU SEM AR

Imagine sair para pedalar sem


preocupação em levar equipamentos para
reparos ou enchimento dos pneus, nem se
o lugar escolhido para o passeio é remoto.
Com a proposta do EWR essa opção é bem
viável!
O pneu sem ar, invenção da Britek
(por enquanto um protótipo), é composto Foto: Divulgação / Mobilize

por 2 tiras de borracha preenchidas com


material elástico e resistente, capaz de encarar diversos tipos de solo. E ainda tem a
vantagem de ajudar nas pedaladas, pois a elasticidade do pneu impele ainda mais seu
movimento quando o ciclista imprime força no pedal. O único cuidado é em relação à
regulagem da tensão da tira interna.
Confira no vídeo como funciona a tecnologia do pneu sem ar.

SMART JACKET: SEGURANÇA PARA O CICLISTA

Uma jaqueta inteligente que se propõe a melhorar a segurança dos ciclistas é o


protótipo criada pela Ford. Conta com aplicativo para sugerir e auxiliar nas rotas, sinais
sonoros e táteis e com luzes de LED indicadoras da presença do ciclista, bem como suas
intenções de manobras.

O funcionamento é simples: ao levantar o braço para indicar manobra, as luzes de


LED que estão nas mangas da jaqueta acendem automaticamente e as luzes do freio são
acionadas. O aplicativo de navegação posicionado na manga é conectado com o
smartphone e vibra indicando a direção a ser tomada, escolhendo rotas mais tranquilas e
com menos cruzamentos. Essa tecnologia da Smart Jacket possibilita o atendimento de
185
chamadas e o recebimento de instruções sobre rotas e mensagens sem que seja necessário
desviar o olhar da via nem tirar as mãos do guidão. Os fones de ouvido que acompanham a
jaqueta comunicam-se por vibração não impedindo a captação do som do ambiente.
No vídeo é possível conferir como funciona essa tecnologia que se propõe a servir de
apoio e segurança ao ciclista.

LASERLIGHT: ALERTA PARA A PRESENÇA DO CICLISTA

Com foco na prevenção de acidentes, pois


muitos acidentes acontecem porque os ciclistas não
são vistos pelos condutores por estarem no “ponto
cego”, a designer inglesa Emily Brooke criou um
equipamento batizado de LaserLight que é instalado
no guidão e projeta cinco metros à frente a imagem
de uma bicicleta na pista para alertar os condutores
da aproximação do ciclista. Uma boa ideia para ajudar na segurança dos ciclistas! O produto
está disponível para venda na internet. Assista ao vídeo!

CAPACETE INTELIGENTE: RECONHECIMENTO DE GESTOS VIA APPLE WATCH

Lumos, o capacete inteligente para ciclismo conta com luzes de freio automáticas e
de indicação de direção com controle sem fio. Sua fabricante lançou uma atualização que
incorporou também controle das luzes por gestos através da Apple Watch. É preciso instalar
os aplicativos iOS e watchOS e emparelhar o Iphone via Buetooth com o capacete e calibrar
o relógio com os gestos para esquerda e direita. Veja no vídeo seu funcionamento!

186
SISTEMA DE DETECÇÃO DE PEDESTRES E CICLISTAS EM ÔNIBUS

Pensando em maior
segurança para pedestres e
ciclistas, a empresa sueca Volvo
lançou o Sistema de Detecção de
Pedestres e Ciclistas para seus
ônibus híbridos elétricos. O
sistema utiliza uma câmera que
identifica pedestres e ciclistas
próximos ao ônibus e emite um sinal sonoro para avisá-los de sua aproximação. O motorista
do ônibus também recebe um alarme sonoro e luminoso dentro do veículo. Em casos onde o
há grande risco de acidente/colisão, o ônibus emite uma buzina automaticamente.
Com o aumento gradual da frota de veículos híbridos e elétricos, os ruídos típicos de
escapamentos diminuirão e com veículos mais silenciosos aumenta o risco de pedestres e
ciclistas não perceberem sua aproximação. Curitiba, no Paraná, já conta com alguns
veículos deste tipo, o Hibribus, circulando e, inclusive, participando dos testes deste sistema.
Assista ao vídeo para entender como funciona esta nova tecnologia.

SISTEMA DETECTOR DE CICLISTAS E PEDESTRES PARA CARROS

A Volvo também lançou um sistema que


detecta ciclistas e pedestres e freia o carro
automaticamente de maneira total quando
identifica situação de risco eminente. O sistema
batizado de Detecção de Ciclista e de Pedestre
conta com radar e câmera ligados a um controle
central. O radar tem a função de detectar objetos
na frente do veículo e calcular sua distância,
enquanto a câmera identifica o tipo de objeto, mesmo que em movimento. Caso o sistema
detecte uma situação de risco de colisão, dispara um alerta além de frear o veículo
totalmente. Vale também para outros veículos à frente. No vídeo é possível conferir o
sistema em ação.

187
AMPY: O APARELHO QUE PERMITE CARREGAR CELULAR COM O MOVIMENTO DO
CORPO

O Ampy Move é uma bateria de smartphone


portátil que é carregada com o movimento do corpo,
transformando a energia cinética do movimento em
energia para o smartphone. Também pode ser
carregado na tomada. Saiba mais sobre essa forma
inteligente, saudável e sustentável de carregamento.

RECARREGADOR DE BATERIA DO CELULAR COM O GIRO DA RODA DA BICICLETA

Foi pensando em aproveitar a energia


gerada ao pedalar que o gadget SpinPOWER I4 foi
lançado. O dispositivo recarrega a bateria do
iPhone transformando o movimento da roda da
bicicleta em eletricidade através de um dínamo.
Basta instalar o kit na roda e conectar um cabo ao
recarregador. Está disponível no mercado onde
também se encontram produtos similares.

COLETES REFLETIVOS PARA FASHIONISTAS

Para dar um up no visual de quem pedala à noite sem deixar de lado a segurança, a
empresa Vespetine (Nova York) criou uma coleção de coletes refletivos bem peculiar. Além
de sua função utilitária – refletir a luz dos veículos, os coletes servem como vestimenta para
os mais fashionistas.
188
A empresa utiliza poliéster
100% reciclado e fita
refletiva da 3M. O preço?
Salgado como os produtos
da moda, ficam entre 100 e
350 dólares.
Provavelmente dispensável
pela maioria dos ciclistas
que estão em outra vibe...

A empresa tem outros


produtos no catálogo
(roupas e acessórios como mantas, cintos, gorros, bandanas, brincos e pulseiras) refletivos
também. Dê uma espiada no site.

SPEED VEST: MARCADOR DE VELOCIDADE NOTURNO

Foi pensando nos ciclistas


noturnos que o inventor Mykle
Hansen criou o The Speed Vest, um
colete que marca a velocidade
desenvolvida pela bicicleta. A ideia,
além de ajudar na segurança pela
luminosidade, oportuniza que os
condutores dos veículos possam
manter uma distância segura de
acordo com a velocidade das
bicicletas que estão à frente. Também
possibilita uma competição - saudável e segura, claro! - entre os ciclistas.
Gostaria de ter um? Se você entender um pouco de eletrônica e inglês, pode
construir o seu com as instruções fornecidas por seu inventor. Aproveite e assista ao vídeo
no mesmo endereço.

189
BOTTLE LOCK – CADEADO CAMUFLADO

Pensando em disfarçar o cadeado da bicicleta a empresa Küat Racks lançou uma


garrafinha falsa (a aparência é de garrafinha d’água) que camufla o cadeado, o Bottle Lock.
A invenção possui uma corrente de aço e um cadeado e pode ser levada no rack de
caramanhola, como também são chamadas as garrafinhas. O único inconveniente é onde
colocar a garrafa de água verdadeira.

GADGETS PROPICIAM MAIOR SEGURANÇA AOS CICLISTAS DURANTE A NOITE

Para os ciclistas que pedalam à noite, ser visto é muito importante em termos de
segurança. O site TreeHuger listou 10 equipamentos que ajudam a dar visibilidade ao
ciclista no escuro. Se você quiser conhecer os outros aparelhos da lista, confira no site.

Bike Glow: um tubo flexível de luz que pode


ser enrolado no quadro da bicicleta, dando maior
visibilidade e chamando a atenção no escuro.
Utiliza baterias AA e é à prova d’água. Disponível
em 8 cores, custa US$25.

190
Quem pedala sabe que sinalizar com
as mãos suas manobras no trânsito ajudam
muito no quesito segurança. Com a intenção
de facilitar a visualização
durante a noite é que surgiu a
Youturn, um protótipo de luva
iluminada. Outra opção é a
Turn Signal Gloves.

De forma simples, fácil e acessível, a utilização


de broches refletivos ajuda muito a visualização do
ciclista à noite. Basta prender na roupa e sair para
pedalar. No Spot Me cada botton custa US$5 ou você
mesmo pode criar o seu utilizando uma fita refletiva e
alfinete.

SERENTY: O PNEU QUE NÃO FURA

O pneu especial fabricado na França pela empresa Hutchinson Tires promete alta
performance e dificilmente deixará os ciclistas na mão durante a pedalada. Ele não possui
câmara de ar e conta com uma proteção que evita que o pneu murche. Será que funciona??
Clique na imagem e veja a animação criada para promover o Serenity.

191
SUOR?! PODE IR ARRANJANDO OUTRA DESCULPA

Uma desvantagem de quem vai para o trabalho pedalando é o suor, principalmente


porque nem todos podem contar com estrutura como chuveiros e armários no local de
trabalho. Mas com os avanços tecnológicos na área têxtil, já é possível contar com tecidos
apropriados para quem optar pela bike.
São tecidos de fibra sintética, leves e finos, de secagem rápida e que não amassam,
que inibem a proliferação de bactérias e o mau cheiro, impermeabilizados, respiráveis, com
fitas refletivas, fator de proteção solar... Inclusive já existem marcas especializadas em
fabricação de roupas para ciclistas como a Velo. Então, vamos pedalar!!

CAPACETE FUGA: CAPACETE DOBRÁVEL

Premiado na feira ciclística


Eurobike entre os melhores acessórios,
o Closca Fuga é um capacete dobrável,
leve e portátil, que reduz em mais 50%
seu volume ficando com o tamanho de
6 cm, cabendo facilmente em uma
mochila. Ele é formado por 3 anéis com
dobradiças facilitando sua
(des)montagem. Sua segurança é certificada e o valor fica em aproximadamente 100 euros.
Na parte de trás possui tecido refletivo para aumentar a visibilidade dos demais condutores.
Possui aberturas para circulação do ar e a fibra de vidro que compõe a estrutura interna
ajuda na proteção.

192
HÖVDING – CAPACETE INFLÁVEL

Algumas pessoas não gostam de usar capacete para pedalar para não estragar o
penteado seja pelo suor, desconforto ou pelas marcas que ficam. O capacete criado pelas
designers suíças Anna Haupt e Terese Alstin foi projetado justamente pensando nessa
resistência de alguns ciclistas, pois tem a função de proteção ao mesmo tempo em que não
deixa os cabelos amassados. Semelhante a um airbag, o Hövding é usado como se fosse
uma gola no pescoço e infla ao detectar movimentos bruscos como em quedas e colisões,
protegendo toda a cabeça e pescoço.

Usado como se fosse


uma gola em volta do
pescoço, o capacete infla
quando detecta movimentos
bruscos. Proteção e
segurança com estilo! Veja o
funcionamento no vídeo.

TINTA SOLAR = SEGURANÇA NAS PEDALADAS NOTURNAS

Pensando em conferir mais


segurança aos ciclistas nas pedaladas
noturnas a empresa PureFix criou uma
linha batizada de Glow , composta de
bikes com partes pintadas com uma” tinta
solar” que brilha no escuro. Após uma
hora de exposição à luz solar, a tinta
brilha no escuro pelo mesmo tempo. O
vídeo mostra o efeito no escuro.

193
GADGETS

Veja também o vídeo com 10 gadgets incríveis para bicicletas e gadgets para
bicicletas que explodirão sua mente, esses dispositivos criados para facilitar, orientar,
proporcionar mais eficiência, segurança, conforto e proteção... e o que mais a sua
imaginação puder inventar.

194
REFERÊNCIAS

AIR bag para ciclistas, Zero Hora, Porto Alegre, 31 maio 2012, Sobre Rodas, p. 2. AMPY –
VIVO CARREGADO. Ampy Move transforma a energia cinética do seu movimento na
energia da bateria para o seu smatphone e wearables. Disponível em:
<https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://www.getampy.com/&prev=search>. Acesso em: 03 de set. 2018.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS – ANTP. Volvo lança sistema


para ônibus elétricos que detecta pedestres e ciclistas. Disponível em:
<http://www.antp.org.br/noticias/destaques/volvo-lanca-sistema-para-onibus-eletricos-que-
detecta-pedestres-e-ciclistas.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

BIG THINK – Smarter Faster. SEIL Bag: Interactivity and safety for Urban Boking. Disponível
em: <http://bigthink.com/design-for-good/seil-bag-interactivity-and-safety-for-urban-biking>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

BIKE É LEGAL. Tecnologia: espanhóis fazem sucesso com capacete dobrável. Disponível
em: <https://bikeelegal.com/tecnologia-espanhois-fazem-sucesso-com-capacete-dobravel/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

CLOSCA DESIGN. Closca Fuga: the bike helmet at MoMA. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=WUc6vwzjMiw>. Acesso em: 03 de set. 2018.

CLOSCA. Disponível em: <https://closca.com/products/fuga-helmet?variant=53832191509>.


Acesso em: 17 set. 2018.

DEZEEN.COM. Disponível em: <https://br.pinterest.com/pin/326299935487006484/>.


Acesso em: 17 set. 2018.

DRAFT ACADEMIA. A Velô acredita em ciclistas urbanos da vida real: e quer que você
seja um deles. Disponível em: <https://projetodraft.com/a-velo-acredita-em-ciclistas-
urbanos-da-vida-real-e-quer-que-voce-seja-um-deles/>. Acesso em: 03 set. 2018.
195
ECOD. Bicicleta vem com "tinta solar" para tornar as pedaladas noturnas mais
seguras. Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/marco/bicicleta-
utiliza-tinta-solar-para-tornar-as#ixzz5Mxq2bF00>. Acesso em: 03 de set. 2018.

ECYCLE – Sua pegada mais leve. EcoHelmet: capacete de papelão para ciclistas casuais é
dobrável, resistente e reciclável. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-favor/5285-
ecohelmet-capacete-de-papelao-para-ciclistas-causais-e-dobravel-resistente-e-
reciclavel.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

EPOFILMS. Terese Alstin & Anna Haupt - Inflatable bike helmet. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=PeBUWaxLWwg>. Acesso em: 03 de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Animação promove pneu que não fura nunca. Disponível em:
<http://www.euvoudebike.com/2011/12/animacao-promove-pneu-que-nao-fura-nunca/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Coletes refletivos para fashionistas. Disponível em:


<http://www.euvoudebike.com/2011/09/coletes-refletivos-para-fashionistas/>. Acesso em: 03
de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Gadgets ajudam a garantir a segurança do ciclista durante a noite.


Disponível em: <http://www.euvoudebike.com/2011/11/gadgets-ajudam-a-garantir-
seguranca-do-ciclista-durante-a-noite/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Marcador de velocidade noturno. Disponível em:


<http://www.euvoudebike.com/2011/10/marcador-de-velocidade-noturno/>. Acesso em: 03
de set. 2018.

EU VOU DE BIKE. Recarregar bateria do celular com a bicicleta. Disponível em:


<http://www.euvoudebike.com/2011/07/recarregar-bateria-do-celular-com-a-bicicleta/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

196
EU VOU DE BIKE. Garrafinha camufla cadeado de bicicleta. Disponível em:
<http://www.euvoudebike.com/2011/10/garrafinha-camufla-cadeado-de-bicicleta/>. Acesso
em: 03 de set. 2018.

G1 – AUTOESPORTE. Volvo lança sistema que detecta ciclistas e freia carro sozinho.
Disponível em: <http://g1.globo.com/carros/noticia/2013/03/volvo-lanca-sistema-que-detecta-
ciclistas-e-freia-carro-sozinho.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

GALILEU. Designers fabricam airbag para ciclistas. Disponível em:


<http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,ERT180720-17770,00.html>. Acesso
em: 03 de set. 2018.

GREENME. Cyclee, o dispositivo hi-tech que projeta setas e stop nas costas dos
ciclistas. Disponível em: <https://www.greenme.com.br/locomover-se/bicicleta/2028-cyclee-
dispositivo-hi-tech-projeta-sinais-cicilistas>. Acesso em: 03 de set. 2018.

HÖVDING SVERIGE. Bicycle/car collision. Disponível em: <http://migre.me/9fzi3>.


Acesso em: 24 set. 2018.

HÖVDING SVERIGE. Bicycle/car collision. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=uVZ0qiA-jBY>. Acesso em:
13 set. 2018.

INSTITUTO DE CERTIFICAÇÃO E ESTUDOS DE TRÂNSITO E TRANSPORTE –


ICETRAN. Tecnologia e mobilidade urbana: um incentivo ao uso de bicicletas.
Disponível em: <https://icetran.org.br/blog/incentivo-ao-uso-de-bicicletas/>. Acesso em: 03
set. 2018.

KICKSTARTER. YouTurn: turn signal, meet hand. Disponível em:


<https://www.kickstarter.com/projects/1399633996/youturn-turn-signal-meet-hand>. Acesso
em: 03 de set. 2018.

MAKEZINE. Speed Vest. Disponível em: <https://makezine.com/projects/make-19/speed-


vest/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

197
MEIO & MENSAGEM. Volvo promove segurança de ciclistas. Disponível em:
<http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2015/04/27/volvo-promove-
seguranca-dos-ciclistas.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma jaqueta inteligente, para dar


mais segurança ao ciclista. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/11071/uma-jaqueta-inteligente-para-dar-mais-
seguranca-ao-ciclista.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Bicicleta com pneu sem ar?


Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/3301/bicicleta-com-pneu-sem-ar.html>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Com essa garrafa, nenhum ciclista


passa sede. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/8498/com-essa-garrafa-
nenhum-ciclista-passa-sede.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Equipamento projeta imagem de


bike para alertar presença de ciclista. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/6371/equipamento-projeta-imagem-de-bike-para-alertar-
presenca-de-ciclista.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma bicicleta que filtra o ar e


protege ciclistas da poluição. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10466/uma-bicicleta-que-filtra-o-ar-e-protege-ciclistas-
da-poluicao.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MTB BRASÍLIA. Garmin compra a Ikubu: fabricante do radar para bikes Backtracker, 2015.
Disponível em: <http://www.mtbbrasilia.com.br/2015/01/16/garmin-compra-a-ikubu-
fabricante-do-radar-para-bikes-backtracker/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

PRESSEDIENSTFAHRRAD. Closca fuga. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=7vD1B_oYtkw>. Acesso em: 03 de set. 2018.

198
PURE Fix Cycles: Glow Series. Disponível em: <https://vimeo.com/48614676>. Acesso em:
03 de set. 2018.

SPEED Vest. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=brSyZ5l-Yr0>. Acesso em:


03 set. 2018.

TECHZONE. 10 Gadgets incríveis para bicicletas que você precisa ver. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=lMdkBlNGXok>. Acesso em: 03 set. 2018.

TECHZONE. Gadgets para bicicletas que explodirão a sua mente. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=NPJOhFEEx4c>. Acesso em: 03 de set. 2018.

TECMUNDO. Capacete "invisível": para ciclistas que querem proteção e estilo. Disponível
em: <https://www.tecmundo.com.br/curiosidade/29152-capacete-invisivel-para-ciclistas-que-
querem-protecao-e-estilo-video-.htm>. Acesso em: 03 de set. 2018.

TECMUNDO. Capacete inteligente para ciclistas agora reconhece gestos via Apple
Watch. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/produto/129929-capacete-lumos-
adiciona-sistema-controle-gestos-via-apple-watch.htm>. Acesso em: 03 de set. 2018.

VELO. Velo. Disponível em: <https://www.velo.vc/>. Acesso em: 18 de fev. 2019.

VESPERTINE. Disponível em: <https://vespertinenyc.com/>. Acesso em: 24 set. 2018.

ZACKEES. Zackees Best Bike Light - Turn Signal Gloves for your bicycle ride.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PCRJu2ThymU&feature=youtu.be>.
Acesso em: 03 de set. 2018.

199
EVENTOS, CAMPANHAS, AÇÕES E PRÊMIOS

Selecionamos 6 ações que incentivam, educam e reconhecem aqueles que estão


inseridos neste cenário. Vamos conhecê-los?

DE BIKE AO TRABALHO

O Bike To Work Day, evento


mundial que ocorre todos os anos
promovendo a bicicleta para
deslocamento ao trabalho, serviu de
inspiração para a criação do Dia de
Bike ao Trabalho aqui no Brasil,
promovido pela Bike Anjo. A campanha
existe desde 1956, mas o Brasil se
integrou somente em 2013 através de Foto: Divulgação

Rede Bike Anjo. O dia escolhido para a ação é sempre a segunda sexta-feira do mês de
maio e busca a conscientização sobre as vantagens para a saúde, meio ambiente,
economia... ao se optar pela bicicleta em detrimento do carro.

200
A Bike Anjo promove a campanha, mas qualquer cidadão ou empresa pode organizar
a ação em sua cidade. Para saber mais sobre o De Bike ao Trabalho visite o site e participe!
E não precisa esperar o próximo mês de maio para começar a pedalar para o trabalho,
aproveite para ir treinando...

RESPEITÔMETRO

Com o objetivo de alertar os


condutores sobre a distância segura ao
ultrapassar um ciclista, foi realizado em Porto
Alegre o Dia de Mobilização pela Segurança
de Ciclistas. A ação, como já vimos no
módulo III, utilizou uma régua gigante presa
na bicicleta e os ciclistas pedalaram com o
“Respeitômetro”, como ela foi batizada,
simbolizando a distância lateral prevista no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Segundo a regra, o condutor deve manter
uma distância de 1,5 metro ao cruzar pelo
ciclista, mas na prática muitas vezes não é o
que acontece.
A ação, promovida pelo Detran/RS em
parceria com movimentos ligados ao ciclismo
(Mobicidade, Lappus e a Associação de Fotos: DETRANRS/Divulgação
Ciclistas de Porto Alegre (ACPA)), teve
grande visibilidade e repercussão em diferentes mídias.
Por não contar com uma estrutura protetora como os condutores têm nos veículos, o
ciclista acaba por ficar mais vulnerável e muitos deixam de usar a bicicleta por não acharem
seguro dividir a via com os demais veículos, embora o ciclista tenha tanto direito quanto os
demais condutores. A ação procurou chamar a atenção para o compartilhamento do espaço
da via com respeito e segurança.

201
DIA SEM CARRO – PARIS

Com intenção de se tornar uma cidade voltada para as pessoas e incentivar o uso de
transporte ativo, a capital francesa, em sua última edição do Dia sem Carro, fechou
totalmente as ruas da cidade para veículos. Somente pedestres e ciclistas podiam transitar e
também veículos como ambulância e bombeiros, mas com velocidade limitada a 30km/h. A
experiência foi de harmonia no compartilhamento das vias.
O Dia sem Carro busca proporcionar reflexão sobre o uso massivo do veículo
automotor e suas implicações para o meio ambiente, promovendo um deslocamento mais
ativo das pessoas. Nesta última edição, a redução na poluição atmosférica foi de 35%, além
de 54% menos ruído.
Para contribuir com o sucesso do evento, foi realizado um trabalho informativo prévio,
com investimento em publicidade e orientações a fim de esclarecer a população sobre a
dinâmica do Dia sem Carro.
Clique aqui e leia a reportagem “Como foi o mais ousado Dia sem Carro já feito em
Paris”.

B1K3 LAB: BICICLETA COM LABORATÓRIO MÓVEL

A exemplo do promovido pelo Detran/RS, o 11° Desafio Intermodal de Curitiba (2017),


além de investigar qual o meio de transporte mais eficiente no deslocamento pela cidade,
comparando o desempenho de diferentes modais (carro, bicicleta, ônibus, moto) também
serviu para testar uma nova tecnologia de monitoramento, o B1K3 Lab. O protótipo,
desenvolvido por alunos do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do
Paraná, é instalado na bicicleta e conta com sensores para coleta e processamento de
dados durante o percurso, tanto ambientais como comportamentais.

O Desafio Intermodal foi organizado pelo Programa Ciclovia da UFPR, Prefeitura de Curitiba e parceiros

Fotos: B1K3 LAB/Divulgação


202
O banco de dados, gerado a partir das informações coletadas, servirá como subsídio
para pesquisas, definição de rotas e planejamento urbano. O B1K3 LAB armazena dados
como distância de ultrapassagem, umidade, temperatura e intensidade de tráfego,
contribuindo para que sejam criadas rotas mais seguras e menos poluídas para os ciclistas
conforme horário e dia da semana.

PARIS: JOGOS OLÍMPICOS DE 2024 SEM CARROS

A capital francesa irá sediar os Jogos Olímpicos de 2024 e a atual prefeita, Anne
Hidalgo, pretende, até lá, transformar a forma de mobilidade da cidade. A prevalência dos
carros nas ruas estão com os dias contados. Preocupada com os índices de poluição do ar,
responsável pela morte anual de 6500 pessoas, a prefeita quer abolir até 2020 a circulação
de veículos movidos à combustão, além de dobrar a malha cicloviária.
A ideia é favorecer a mobilidade de pedestres e ciclistas nos espaços públicos, investindo
em modais mais sustentáveis e em qualidade de vida.

CAMPANHAS EDUCATIVAS: INCENTIVO À MOBILIDADE URBANA

Neste link você poderá visualizar fotos de campanhas educativas de várias partes
do mundo que incentivam o uso de diferentes modais, entre eles a bicicleta, como as dos
exemplos abaixo:

Fotos: Divulgação

203
FÓRUM MUNDIAL DA BICICLETA

Evento voltado para a ciclomobilidade e para o cicloativismo, com o objetivo de


discutir, pensar e planejar soluções para que bicicletas, pedestres e motoristas possam
conviver juntos, além de buscar mais estrutura para os ciclistas e mais segurança no
trânsito.
O FMB surgiu a partir de um atropelamento de participantes da Massa Crítica
(bicicletada) de Porto Alegre em 2011. As imagens viralizaram pelo mundo provocando
reflexão e discussão sobre a violência no trânsito. O Fórum já está em sua 7ª edição desde
2012 e teve como sede Porto Alegre (2 edições), Curitiba-PR, Medellín (Colômbia), Santiago
(Chile), Cidade do México (México), Lima (Peru). Em 2019, a 8ª edição será em Quito no
Equador.

Caro cursista, finalizamos os estudos deste curso!


Ao longo do percurso vimos:

1 A importância da bicicleta como meio de transporte

2 Diferentes infraestruturas cicloviárias

3 Como pedalar com segurança

2 Ideias, projetos, ações e novidades sobre bicicletas

Esperamos que você tenha aproveitado essa oportunidade de aprendizagem. Caso


sinta necessidade, retorne aos conteúdos apresentados.
Para concluir as tarefas do curso, acesse o Fórum Boas Ideias e participe!

204
REFERÊNCIAS

AKATU – Consumo consciente para um futuro sustentável. Bike Anjo lança Prêmio SP de
Bike ao Trabalho para empresas em São Paulo. Disponível em:
<https://www.akatu.org.br/noticia/bike-anjo-lanca-premio-sp-de-bike-ao-trabalho-para-
empresas-em-sao-paulo/> e <https://debikeaotrabalho.org>. Acesso em: 03 de set. 2018.

DE bike ao trabalho. Disponível: < https://debikeaotrabalho.org>. Acesso em: 03 set .2018.


FORO Mundial de la Bicicleta - World Bicycle Forum. Disponível em: <https://pt-
br.facebook.com/forummundialdabicicleta/>. Acesso em: 30 set. 2018.

FÓRUM Mundial da Bicicleta. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rum_Mundial_da_Bicicleta>. Acesso em: 03 set.
2018.

GAÚCHA ZH. Com régua gigante, Detran "ensina" motoristas a respeitar ciclistas no
Moinhos de Vento. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-
alegre/noticia/2017/09/com-regua-gigante-detran-ensina-motoristas-a-respeitar-ciclistas-no-
moinhos-de-vento-9905793.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MASSA CRÍTICA – POA. Sobre a Massa Crítica. Disponível em:


<https://massacriticapoa.wordpress.com/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Bicicleta com laboratório móvel, no


Desafio Intermodal de Curitiba. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10608/bicicleta-com-laboratorio-movel-no-desafio-
intermodal-de-curitiba.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Campanhas Educativas para


Mobilidade Urbana. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/galeria-
fotos/60/campanhas-educativas-para-mobilidade-urbana.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

205
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Dia 12 de maio é dia de ir De Bike ao
trabalho. Participe!, Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10365/dia-12-de-
maio-e-dia-de-ir-de-bike-ao-trabalho-participe.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.

MOVIMENTO CONVIVA. Fórum Mundial da Bicicleta de 2018 será em Lima, no Peru.


Disponível em: <http://movimentoconviva.com.br/forum-mundial-da-bicicleta-de-2018-sera-
em-lima-no-peru/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

THE CITY FIX BRASIL. Como foi o mais ousado Dia sem Carro já feito em Paris.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/02/como-foi-o-mais-ousado-dia-sem-
carro-ja-feito-em-paris/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

THE CITY FIX BRASIL. Paris quer sediar os Jogos Olímpicos de 2024 sem carros nas
ruas. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/16/paris-quer-sediar-os-jogos-
olimpicos-de-2024-sem-carros-nas-ruas/>. Acesso em: 03 de set. 2018.

206

Você também pode gostar