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Olá cursista,
Seja bem-vindo(a) ao curso Educação para Ciclistas, desenvolvido pela
Coordenadoria de Tecnologia e Ensino a Distância – Escola Pública de Trânsito –
DIVEDUC do Detran/RS.
O objetivo deste curso é orientar todos os usuários do trânsito sobre a utilização da
bicicleta como meio de transporte abordando os benefícios deste modal e as regras de
circulação para o compartilhamento do espaço público com responsabilidade e segurança.
Mobilidade urbana
Sinalização
Normas de circulação
Equipamentos de segurança
1
ESTRUTURA DO CURSO E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Requisitos
Avaliação
A avaliação será realizada de forma processual, considerando a presença e
o envolvimento no ambiente virtual de aprendizagem, leitura das unidades e
cumprimento das atividades.
Ao longo do curso o
aluno contará com
acompanhamento
para esclarecer suas
dúvidas, sejam
específicas do
conteúdo ou de
ordem tecnológica, de
segunda a sexta-feira
3
Participação
Certificação
4
A BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
CULTURA DA BICICLETA
Atualmente, mais do que ser utilizada como transporte urbano, prática de esporte e
lazer, a bicicleta tem gerado uma nova cultura: a “Cultura da Bicicleta”. Expressões como
“Planejamento Cicloviário” e “Cicloativismo” começam a fazer parte do vocabulário e não é
mais possível falar em mobilidade urbana sem considerar o papel da bicicleta na
organização das cidades.
Deslocar-se com este veículo representa atualmente uma escolha consciente,
econômica, saudável e sustentável de mobilidade, o que vem fomentando o
desenvolvimento de diversos programas de incentivo à mobilidade ativa, como o Fórum
Mundial da Bicicleta, que teve sua 1ª edição realizada em Porto Alegre, em 2012, e recebe
convidados do mundo inteiro para discutir o tema.
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Para conhecer um pouco da história da bicicleta e fomentar reflexões sobre seu
potencial e relevância para a qualidade de vida, estruturamos o módulo com as seguintes
temáticas:
BENEFÍCIOS DA BICICLETA
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UNIDADE 1 – HISTÓRIA DA BICICLETA
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Balance Bike
9
10
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12
Para finalizar esta Unidade, leia a Cartilha “Conhecendo a bicicleta”, que contém
uma breve descrição dos principais componentes e apresentação dos modelos mais comuns
de bicicleta no Brasil. Está disponível para download na biblioteca do curso. Confira!
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REFERÊNCIAS
DEUSTCHE WELLE – DW. A bicicleta completa 200 anos. Disponível em: <
https://www.dw.com/pt-br/a-bicicleta-completa-200-anos/g-39211186 >. Acesso em: 03 set.
2018.
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UNIDADE 2 – BENEFÍCIOS À SAÚDE
Fonte: http://www.panelinhasaudavel.com.br/dicas/dicas-fitness/benefícios-de-andar-de-bicicleta
Vamos conferir, então, de que forma a bicicleta contribui com a saúde de quem faz
dela seu principal meio de transporte?
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Diminui a retenção de líquidos
2 Quanto mais pedalamos, mais o metabolismo acelera. Mantendo uma boa hidratação
(antes, durante e após a pedalada) o corpo tende a potencializar os processos orgânicos,
inclusive a eliminação de toxinas, o que resulta em melhor funcionamento dos rins e menor
retenção de líquidos.
Controla a ansiedade
4 Pedalar estimula a produção de hormônios como a endorfina, que asseguram bem-
estar e relaxamento, ajudando no controle do estresse e ansiedade.
Fortalece a musculatura
5 Os membros inferiores são mais exigidos durante o treino e resultam em músculos
mais fortes e bem definidos, porém, não necessariamente ocorre o aumento da massa
muscular. O abdômen tende a ficar mais definido devido à necessidade de boa postura e
contração permanente para proteger as costas de dores e lesões.
Controla o peso
6 Especialistas apontam que em 1 hora de pedaladas é possível queimar,
aproximadamente, de 300 a 500 calorias, dependendo da carga, velocidade e esforço
empregados durante o treino.
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Melhora o sistema respiratório
8 Pedalar melhora o condicionamento físico e o controle da respiração, fortalecendo os
músculos utilizados para respirar, ampliando a capacidade pulmonar e auxiliando o
organismo a distribuir melhor o oxigênio inspirado.
E muito mais...
9 Pedalar também melhora a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico,
melhora os índices de colesterol, reduz os riscos de depressão e proporciona sensação de
liberdade e prazer, diretamente associadas à felicidade, contentamento e disposição. Os
benefícios à saúde são inúmeros! Se ainda restam dúvidas, vamos conferir dados de
pesquisas e estudos científicos sobre o tema.
Pesquisa 1
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Pesquisa 2
Um estudo publicado no periódico Aging Cell, em 08 de março de 2018, indica que o ato
de pedalar ajuda a manter o sistema imunológico jovem. A pesquisa está relacionada com
a produção das células T. São elas que protegem o sistema imunológico, identificando e
neutralizando invasores. Nos resultados, foram encontrados níveis mais altos de células T
jovens nos ciclistas mais velhos em relação a um grupo sedentário da mesma faixa etária.
Além disso, em nível similar a um grupo de pessoas mais jovens. Pedalar, então, pode
ajudar a retardar o declínio natural e progressivo do nosso sistema imunológico.
Fonte: https://gizmodo.uol.com.br/pedalar-sistema-imunologico
Pesquisa 3
Pesquisa 4
18
Pesquisa 5
Comprovada a relação direta entre vida saudável e atividade física, adotar a bicicleta
como meio de transporte se mostra uma opção interessante para a prática de exercício
físico de forma regular, especialmente àqueles que não têm tempo, dinheiro ou disposição
para investir em academias ou treinamentos.
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REFERÊNCIAS
NEWS BRASIL. Exercício pode anular efeito nocivo da poluição do ar, diz estudo.
Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/geral/2016/05/160505_exercicio_poluicao_beneficios_fn>.
Acesso em: 01 de set. 2018.
20
SOBREPESO. Vale a pena praticar exercícios mesmo em cidades com ar poluído?.
Disponível em: <http://www.sobrepeso.com.br/vale-a-pena-praticar-exercicios-mesmo-em-
cidades-com-ar-poluido/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
21
UNIDADE 3 - SUSTENTABILIDADE
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considerados como “efeito colateral” de seu desenvolvimento, que comprometeram
significativamente a qualidade de vida de todas as espécies.
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de recursos naturais, a poluição do ar e dos rios e a diminuição da qualidade de vida,
principalmente nos grandes centros urbanos, passaram a ser motivo de preocupação.
24
relacionamos com a natureza. Viver de forma sustentável significa, então, suprir as
necessidades atuais sem impedir que as gerações futuras possam suprir as suas, sem
esgotar os recursos disponíveis e respeitar seu tempo de renovação. Utilizar apenas o que é
necessário, reduzir gastos, explorar menos, preservar mais.
Mas não vamos nos enganar! De nada adianta um carro elétrico se não temos
à disposição eletricidade gerada por fontes limpas.
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A sustentabilidade exige o equilíbrio entre aspectos econômicos, sociais, culturais e
ambientais. A bicicleta, nesse contexto, sem dúvida é a opção mais eficiente! É um meio de
transporte ecologicamente correto, pois não causa poluição atmosférica e nem sonora, é
economicamente viável (baixo custo de fabricação, aquisição e manutenção), é socialmente
justa (acessível a diversas classes sociais), e é culturalmente aceita, ganhando cada vez
mais adeptos em função de todos os benefícios que oferece . Não obstante, é considerada
pela ONU o veículo mais sustentável do planeta.
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REFERÊNCIAS
CICLOVIVO. Uso de bicicleta diminui quase 400 mil toneladas de gases poluentes por
ano. Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/sem-categoria/uso-de-bicicleta-diminui-quase-
400-mil-toneladas-de-gases-poluentes-por-ano/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
ÉPOCA. Quantos litros de água são usados na fabricação de cada produto?. Disponível
em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2013/03/quantos-litros-de-agua-sao-
usados-na-fabricacao-de-cada-produto.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.
GALLOWAY, Lindsey. Como é a vida nas cidades mais ecológicas do mundo. BBC News
Brasil. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150121_vert_tra_cidades_ecologicas_ml
>. Acesso em: 01 de set. 2018.
27
INSTITUTO ETHOS. O setor automotivo e o desenvolvimento sustentável. Disponível
em: <https://www3.ethos.org.br/cedoc/o-setor-automotivo-e-o-desenvolvimento-
sustentavel/#.W3XUT9JKhdg>. Acesso em: 01 de set. 2018.
TANSCHEIT, Paula. Menos carros nas ruas, menos poluição, mais transporte ativo.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2018/06/15/menos-carros-nas-ruas-menos-
poluicao-mais-transporte-ativo/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
WRI BRASIL. Reino Unido é exemplo de mobilidade urbana sustentável. Disponível em:
<http://wricidades.org/content/reino-unido-%C3%A9-exemplo-de-mobilidade-urbana-
sustent%C3%A1vel>. Acesso em: 01 de set. 2018.
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UNIDADE 4 – MOBILIDADE URBANA
CONCEITO
A mobilidade urbana tem se tornado cada vez mais um elemento primordial quando o
assunto é qualidade de vida. Deve-se isto às necessidades que temos e o tempo que
ocupamos em nossos deslocamentos diários. Quando o ir e vir se torna um problema,
certamente a nossa mobilidade está comprometida.
Pela sutil diferença entre seus significados e por serem ideias intimamente ligadas, o
conceito de mobilidade urbana é frequentemente confundido com o próprio conceito de
trânsito. Clique na figura abaixo para obter suas definições.
O TRÂNSITO NO BRASIL
Como diretrizes da política urbana, estabelece em seu art. 2º, dentre outros:
I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à
terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as
presentes e futuras gerações;
IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial
da população e das atividades econômicas do Município e do território sob
sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços
públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às
características locais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou
inadequados em relação à infraestrutura urbana;
VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de
expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental,
social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;
IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização.
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Política Nacional da Mobilidade Urbana (Lei Federal nº 12.587/2012)
SOLUÇÕES
31
aquelas que atualmente são consideradas modelos de mobilidade tiveram que se reinventar
e adotar medidas revolucionárias para amenizar as dificuldades.
A notícia boa é que muitas soluções vêm sendo encontradas. Elas necessariamente
saíram do “lugar comum”, que é a abertura de mais ruas e a construção de mais viadutos,
medidas que já não se mostram eficientes. Ao invés de disponibilizar mais espaço para os
automotores, a ideia é desestimular seu uso, através de medidas como o pedágio urbano
(tarifas para circulação em vias dentro de um perímetro), a restrição de circulação em
determinadas áreas, geralmente centrais, a diminuição de vagas de estacionamento, o
aumento do espaço para pedestres e a gratuidade no transporte público, tornando mais
interessante substituir o veículo motorizado individual por modais mais sustentáveis.
Clique nos botões abaixo e conheça alguns exemplos:
Estas medidas ainda são a exceção, pois a regra, em todas as partes do mundo,
ainda é a construção de novas vias e a ampliação das já existentes. Porém, práticas visando
à redução ao invés do acréscimo da capacidade de tráfego estão pipocando aqui e ali,
tornando-se uma tendência, também reforçada pela necessidade premente de diminuir as
emissões de gases e material particulado.
32
Saiba mais sobre ruas completas
As ruas completas estimulam a economia local, democratizam e
revitalizam o espaço urbano, além de torna-lo mais seguro. Geralmente
promovem aumento na circulação de pedestres e ciclistas e redução no
número de acidentes de trânsito, visto que os veículos automotores
passam a diminuir a velocidade e aumentar o cuidado com os outros
partícipes.
Com o intuito de disseminar o conceito de Rua Completa no Brasil, foi
lançada em 2017 a Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo Carbono,
coordenada pelo WRI Brasil, em parceria com a Frente Nacional de
Prefeitos e apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS). Onze cidades
foram pré-selecionadas para elaborar projetos piloto de Ruas Completas:
Niterói, Porto Alegre, João Pessoa, Campinas, Joinville, Salvador, São
Paulo, Juiz de Fora, Recife, Fortaleza e Brasília.
Não existe um modelo único de Rua Completa, pois seu desenho final
depende de diversos fatores locais, como os tipos de usuários, a região,
os desejos da comunidade local e os recursos financeiros disponíveis.
Diversas estratégias podem ser utilizadas, por exemplo:
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Devemos sempre levar em conta que Mobilidade Urbana vai além de trânsito e
transporte. Mudanças benéficas e com efeitos de longo prazo exigem mudanças de
paradigma em diversos aspectos de nosso modo de vida contemplando a sua complexidade.
Exige a saída do que muitos consideramos uma ”zona de conforto” para um estágio em que
um movimento diferente se torne confortável para todos.
Nesse contexto, a bicicleta se apresenta como uma alternativa estratégica. Além de
economizar tempo de deslocamento, já que o ciclista dificilmente fica preso em
congestionamentos, o uso da bicicleta permite também um contato mais próximo com a
cidade e com a natureza e tem grande potencial para reduzir o número de veículos
automotores.
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Desafio Intermodal de Porto Alegre/RS
Os resultados da edição de 2014 mostraram que o tempo gasto pelo ciclista para
completar o trajeto de 10 km, utilizando vias rápidas, foi de 20 minutos, mais rápido,
inclusive, que o motociclista, que precisou de 23 minutos para concluir. O condutor de
veículo automotor levou 59 minutos. Nas duas edições do Desafio Intermodal realizadas
pelo Detran/RS, em 2016 e 2017, a bicicleta também chegou em primeiro lugar. Na
tabela abaixo é possível conferir o desempenho de cada modal na segunda edição.
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PRINCÍPIOS DE MOBILIDADE COMPARTILHADA PARA CIDADES HUMANAS
Os 10 Princípios de
Mobilidade Compartilhada
para Cidades Humanas,
uma lista elaborada por um
grupo de especialistas em
transportes, também se
propõe a auxiliar a população
e tomadores de decisões na
escolha e aplicação dos
princípios fundamentais que
trarão melhor resultado na
mobilidade para cada
realidade. Saiba mais sobre
cada princípio.
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SISTEMA MULTIMODAL E O PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO DE PORTO ALEGRE
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MOBILIDADE URBANA NO BRASIL E NO MUNDO
Nossa realidade de mobilidade urbana ainda está longe da ideal e, embora ainda haja
a priorização dos veículos motorizados, aos poucos, novas ações e investimentos vão
propiciando o surgimento de uma nova cultura. Assim como Porto Alegre, muitas cidades,
principalmente as capitais e metrópoles do Brasil, já estão aumentando a malha cicloviária e
promovendo formas de incentivar o uso das bicicletas.
Existem cidades pelo mundo que já estão algumas léguas à nossa frente no que se
refere ao incentivo a este modal, e podem servir de exemplo na nossa caminhada. Vamos
conferir?
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Copenhague (Dinamarca)
Lyon (França)
Paris (França)
Amsterdã (Holanda)
• Diversas ruas possuem bike-box: espaço à frente dos carros para que os ciclistas
aguardem o semáforo em segurança.
• Há um processo de formação para ciclistas, que fazem um teste prático aos 12 anos de
idade.
Mälmo (Suécia)
• Possui vias exclusivas para bicicletas com nome próprio, facilitando a localização.
• Todo o transporte urbano é adaptado para que haja intermodalidade.
• A Estação Central conta com estacionamento para 1.500 bikes, áreas de descanso,
duchas, loja de bicicletas e vagas para bikes de carga.
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São Francisco (EUA)
Bogotá (Colômbia)
Londres (Inglaterra)
Sydney (Austrália)
Berlim (Alemanha)
Tóquio (Japão)
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MOBILIDADE URBANA NO BRASIL E NO MUNDO
Mesmo que com realidades distintas, podemos aprender com os bons exemplos de
outras cidades e países, refletindo sobre suas histórias, desafios, entraves e soluções. Não
precisamos inventar a roda, e sim, saber fazê-la girar. Sabemos que a construção de uma
cultura de mobilidade pensada para as pessoas e que investe em qualidade de vida leva
tempo e persistência para ser construída.
O ÍNDICE COPENHAGENIZE
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42
Chegamos ao final do Módulo I – A bicicleta como meio de transporte.
De todas as questões levantadas fica uma ideia: existe o problema, mas também
existem soluções, e a participação da população para que estas soluções sejam
encontradas e colocadas em prática desempenha um papel de suma importância. De uma
forma ou outra, os problemas de mobilidade, de sustentabilidade, de saúde e de segurança
no trânsito passam sempre por nós, que fazemos escolhas, que elegemos gestores, que
nem sempre participamos das construções populares em termos de políticas públicas, que
não sugerimos melhorias e que ainda não aprendemos a necessidade de abrir mão do
conforto individual em favor do bem comum.
Nós, cidadãos brasileiros, já nos demos conta da necessidade de mudança, e não há
como negar que essa mudança passa por uma reviravolta nas crenças enraizadas no nosso
imaginário. Talvez a primeira delas seja a ideia de que “com o automóvel particular eu
sempre vou chegar antes.” Só que não! Nem sempre, e cada vez menos.
Agora é hora de testar seu conhecimento sobre o que trabalhamos até aqui. Realize a
Tarefa 1, disponível no ambiente virtual de aprendizagem, e boa sorte!
43
REFERÊNCIAS
BBC BRASIL. Engarrafamento cai 40% com pedágio urbano em Londres. Disponível em:
< https://www.bbc.com/portuguese/noticias/030606_pedagioae.shtml>. Acesso em: 01 de
set. 2018.
44
CATRACA LIVRE. Se você ama pedalar, apaixone-se por Amsterdã. Disponível em:
<https://catracalivre.com.br/geral/agenda/indicacao/se-voce-ama-pedalar-apaixone-se-por-
amsterda/>. Acesso em 01 de set. 2018.
GARRICK, Norman. Por que Amsterdã é tão boa para bicicletas? Cinco razões
explicam. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10666/por-que-amsterda-e-
tao-boa-para-bicicletas-cinco-razoes-explicam.html>. Acesso em: 01 de set. 2018.
45
OLIVEIRA, Danielle. A mobilidade urbana de Amsterdã sob um viés antropólogico.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2014/08/06/a-mobilidade-urbana-de-amsterda-
sob-um-vies-antropologico/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
ROSA, Mayra. Arquitetos projetam bairro modelo e sustentável para cidade mexicana.
Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/arq-
urb/arquitetura/arquitetos_projetam_bairro_modelo_e_sustentavel_para_cidade_mexicana/>.
Acesso em: 01 de set. 2018.
TANSCHEIT, Paula. 6 razões pelas quais as ruas ainda privilegiam os carros e como
melhorá-las para as bicicletas. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2018/02/20/6-
razoes-pelas-quais-as-ruas-ainda-privilegiam-os-carros-e-como-melhora-las-para-as-
bicicletas/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
46
TANSCHEIT, Paula. Bicicleta e integração: como o desenho urbano pode estimular
esse hábito. Disponível em: < http://thecityfixbrasil.com/2017/10/26/bicicleta-e-integracao-
como-o-desenho-urbano-pode-estimular-esse-habito/>. Acesso em: 01 de set. 2018.
VIACICLO. História das ciclovias na Holanda. [s.l.]: [s.n.], 2011. Color. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=A-CDbety9-g>. Acesso em: 03 set. 2018.
WRI BRASIL. Ruas completas dão vida e segurança aos espaços urbanos. Disponível
em: <http://wricidades.org/noticia/ruas-completas-dao-vida-e-seguranca-aos-espacos-
urbanos>. Acesso em: 01 de set. 2018.
WRI BRASIL. WRI Brasil e FNP lançam Rede Nacional para a Mobilidade de Baixo
Carbono – Ruas Completas. Disponível em: <http://wricidades.org/noticia/wri-brasil-e-fnp-
lan%C3%A7am-rede-nacional-para-mobilidade-de-baixo-carbono-%E2%80%93-ruas-
completas-0>. Acesso em: 01 de set. 2018.
47
INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
PLANEJAMENTO COERENTE
49
Assim, a melhoria das condições para a circulação de bicicletas não pode ser
dissociada do planejamento urbano e de transportes. As diretrizes de um plano cicloviário
devem ser compatíveis ou estar inseridas nos Planos Diretores Municipais (obrigatórios para
cidades com mais de 20 mil habitantes) e Planos Diretores de Transporte e da Mobilidade
(PlanMob), que fornecem as orientações sobre a circulação naquela área urbana.
50
ORIENTAÇÃO PARA APRENDIZAGEM
51
REFERÊNCIAS
BRASIL. Estatuto da cidade: guia para implantação pelos municípios e cidadãos: Lei n.
10.257, de 10 de julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília:
Câmara dos Deputados, 2002. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm> Acesso em 30 de ago.
2018.
52
UNIDADE 1 – VIAS CICLÁVEIS
ENTENDENDO O CONCEITO
1 CICLOVIA 3 CICLORROTA
Não significa que ciclistas não possam usar outras vias, como veremos no próximo
módulo.
“(...) pista própria destinada à circulação de ciclos (veículos de pelo menos duas rodas a
propulsão humana), separada fisicamente do tráfego comum.”
53
Pode ser situada junto à via onde circulam os veículos automotores, no mesmo nível,
segregada dela através de elementos separadores (como meio-fio, blocos de concreto e
balizadores), ou estar afastada da via destinada aos automotores, ficando totalmente
segregada e não necessariamente no mesmo nível. Quanto ao sentido, podem ser
unidirecionais (sentido único) ou bidirecionais (dois sentidos).
“(...) parte da pista de rolamento da via urbana destinada à circulação exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalização específica.”
54
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM ESPAÇO (COM)PARTILHADO COM PEDESTRES?
55
E CICLORROTAS?
CICLORROTA – IMPLANTAÇÃO
56
• Para que sejam atrativas e coerentes
com as necessidades dos ciclistas, as
vias cicláveis devem conter sinalização
precisa, orientando todos os usuários
sobre a presença de ciclistas,
pavimentação de boa qualidade,
manutenção periódica, largura
adequada (em caso de ciclovias e
ciclofaixas), iluminação suficiente,
dispositivos de proteção lateral quando Sinalização indicando que o trecho faz
necessário e reforço na sinalização em parte de uma ciclorrota.
trechos de maior risco, como nos Foto: Salmo Duarte / A Notícia
cruzamentos.
Dentre as capitais brasileiras, São Paulo tem a maior extensão de malha cicloviária,
totalizando 498,3 km, sendo 468km de ciclovias e ciclofaixas e 30,3 km de ciclorrotas, que
contemplam 6.149 vagas em bicicletários públicos e 121 paraciclos públicos instalados nos
terminais de ônibus e nas estações de trem e metrô, segundo a Companhia de Tráfego de
São Paulo (CET).
De acordo com um levantamento realizado em 2017, Rio de Janeiro aparece em
segundo lugar, com 441,1 km, seguida por Brasília (420,1 km), Fortaleza (204,6 km),
Curitiba (204,2 km) e Salvador (145,1 km).
A capital do Acre, Rio Branco, ocupa a sétima colocação em termos de extensão, com
103,8 km, porém é a primeira colocada considerando a proporção em relação à malha viária
(12,9%) e ao número de habitantes (3.633 por km de via). São Paulo, neste quesito, aparece
em oitavo lugar, com malha cicloviária representando apenas 2,93% das vias de tráfego e
57
24.154 habitantes por km de via. Confira a matéria completa clicando aqui (REIS e
VELASCO, 2017).
EXTENSÃO
CIDADE
CICLOVIÁRIA
SÃO PAULO 498,3 KM
BRASÍLIA 420,1 KM
FORTALEZA 204,6 KM
CURITIBA 204,2 KM
SALVADOR 145,1 KM
ACRE 103,8 KM
Porto Alegre contém 47 km de malha cicloviária, que corresponde a 1,74% das vias
de tráfego. De acordo com o Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI), a previsão é
construir 495 km de vias cicláveis, distribuídas conforme mapa ao lado.
Ainda que a extensão da malha cicloviária, comparada à malha total de tráfego nas
capitais brasileiras, pareça inexpressiva (2,7%), nota-se um incremento significativo nos
últimos anos, em especial a partir da publicação da Política Nacional de Mobilidade Urbana,
em 2012. Segundo o levantamento do G1 (matéria indicada anteriormente), de 2014 a 2017
o aumento foi superior a 50%.
Sem dúvida ainda há muito a ser feito até que os investimentos na infraestrutura
cicloviária sejam proporcionais à sua importância na busca de um trânsito mais justo,
igualitário e saudável para todos. Os avanços observados são bons motivadores para
continuarmos lutando pelo espaço devido da bicicleta nas nossas cidades.
58
59
CORRESPONDÊNCIA
Agora que já vimos os tipos de vias cicláveis, finalizamos esta Unidade com um teste
para conferir se ficaram claras as diferenças entre elas. Estabeleça a correspondência entre
o título e a imagem, ordenando de acordo com a sua numeração.
1 Ciclovia
2 Ciclofaixa
3 Ciclorrota
4 Espaço partilhado com pedestre
5 Espaço compartilhado com pedestre
60
REFERÊNCIAS
VELASCO, Clara; REIS, Thiago. Em 3 anos, malha cicloviária mais que dobra de tamanho
nas capitais do país. G1 Globo. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/em-
3-anos-malha-cicloviaria-mais-que-dobra-de-tamanho-nas-capitais-do-pais.ghtml>. Acesso
em: 30 de ago. 2018.
61
UNIDADE 2 – SINALIZAÇÃO
62
Volume VI: O objetivo desses manuais é uniformizar e
Sinalização padronizar a sinalização de trânsito no território
de Obras e
nacional, constituindo-se uma ferramenta importante
Dispositivos
Auxiliares para os técnicos e projetistas responsáveis pela sua
aplicação. Contêm os sinais, significados, princípios de
Volume VI: Volume VII:
utilização, cores, formas, dimensões, posicionamento
Sinalização de Sinalização
Obras e Temporária,
na via, exemplos de aplicação, relacionamento com
Dispositivos aprovado pela outras sinalizações e qualquer outra orientação
Auxiliares, Res. CONTRAN
necessária.
aguardando 690/17
aprovação
SINALIZAÇÃO VERTICAL
63
pretende transmitir, pode ser de regulamentação, advertência ou indicação, cada uma delas
possuindo padrões específicos de forma, cor, tamanho, etc.
Placas de Regulamentação
Placas de Advertência
Placas de Indicação
64
SINALIZAÇÃO VERTICAL
SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA
É composta por indicações luminosas (semáforo ou grupo focal) fixadas ao lado da via
ou sobre ela, acionadas alternada ou intermitentemente por meio de sistema eletromecânico
ou eletrônico, com o intuito de regulamentar o direito de passagem de motoristas, ciclistas e
pedestres ou advertir os usuários sobre situações especiais nas vias.
65
REFERÊNCIAS
66
UNIDADE 3 – ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS
Mas existem estacionamentos específicos para bicicletas, que têm por objetivo
oferecer maior praticidade, conforto e segurança, viabilizando e estimulando, assim, a
utilização das bicicletas como meio de transporte.
A implantação de estacionamentos adequados e bem localizados, além de incentivar
o uso da bicicleta, demonstra respeito ao ciclista, valorizando sua opção de deslocamento.
Por isso é importante, antes de instalar o estacionamento, conhecer as opções disponíveis e
averiguar as possibilidades, evitando, assim, desperdícios com estruturas disfuncionais.
TIPOS DE ESTACIONAMENTO
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BICICLETÁRIOS Podem ser de uso público ou privado, fechados, com grande
número de vagas, controle de acesso e zeladoria, por isso
oferecem maior segurança ao ciclista e é indicado para uso de
longa duração. Alguns bicicletários dispõem de vestiário,
banheiro, bebedouro, serviços de manutenção e venda de
acessórios, oferecendo ainda mais conforto.
De preferência cobertos, evitando desgaste pelo sol e também que a bicicleta fique
7
molhada, em caso de chuva.
A estrutura onde a bicicleta é presa, tanto nos paraciclos como nos bicicletários, é
chamada de suporte, geralmente feita de ferro ou aço e afixada no chão ou na parede.
Quanto à forma, os suportes mais comuns são:
Suporte de encosto
Suporte de pendurar
Suporte de guidom
Prende a bicicleta pelo guidom, podendo danificar os passadores de
marcha, manetes de freio e acessórios instalados nesta parte da
bicicleta. Não acomoda todos os modelos e nem aquelas que possuem
69
cestinhas dianteiras. Dificulta prender a bicicleta pelo quadro. É comum em sistemas de bikes
compartilhadas.
TRAVAS/CORRENTES
Trava U-lock
Feita de aço reforçado, é considerada a mais indicada
pela resistência a arrombamentos e praticidade para
transportá-la, porém o formato em U não permite que seja
presa em qualquer estrutura. Por isso é aconselhável que
seja usada combinada com outro modelo mais flexível.
Foto: centauro.com.br
Corrente
Tão resistente quanto a U-lock e mais flexível, facilitando
que seja presa a diversos modelos de suporte. A
desvantagem é o peso, significativamente maior, o que
pode causar desconforto ao transportá-la.
Foto: centauro.com.br
Cabo de aço
Feito com fibras de metal, é considerado o modelo mais
frágil, podendo ser cortado sem dificuldade com um
alicate. A vantagem é sua flexibilidade, permitindo que
seja utilizado em diversas estruturas. É uma boa opção
para prender partes removíveis da bicicleta, como banco
e rodas, especialmente se utilizam o sistema70de blocagem
(que permite sua retirada sem uso de ferramentas).
Foto: centauro.com.br
Após passarmos pelos diversos tipos de vias, pelas regras de sinalização e modelos
de estacionamento, seguimos rumo aos temas integração com outros modais e
compartilhamento de bicicletas que, como vimos no módulo I, vêm se destacando como
uma das principais soluções de mobilidade urbana na atualidade.
71
REFERÊNCIAS
72
UNIDADE 4 – INTEGRAÇÃO E COMPARTILHAMENTO
A integração entre a bicicleta e outros modais está incluída nos planos cicloviários e de
mobilidade municipais, tamanha sua importância no incentivo à utilização das bicicletas
especialmente em grandes centros urbanos.
EMBARQUE DE BICICLETA
Suporte para bicicleta em ônibus de linha e bicicletas em seu exterior. Essa alternativa
transportadas no bagageiro
permite que o ciclista pedale por mais
de um trecho (antes e depois do embarque, por exemplo) e que tenha mais liberdade para
transitar, já que estará de posse do seu veículo.
73
Um exemplo vem da cidade de Stuttgart na Alemanha, onde uma linha de trem
oferece um vagão externo exclusivo para o transporte de bicicletas. Apesar de ser em
apenas uma linha e em um trecho pequeno de 2km, o trajeto conta com uma subida e pode
servir de inspiração para outras linhas e cidades.
Nem toda cidade brasileira oferece essa opção de transporte aos ciclistas, e algumas
permitem o embarque de bicicletas apenas em dias e horários específicos, que são
informados pela instituição responsável. Em São Paulo, por exemplo, é possível transportar
bicicletas nos trens, em vagões exclusivos para ciclistas, em alguns dias e horários.
Em Curitiba/PR foi aprovado Projeto de Lei que regulamenta o transporte de bicicletas
em táxis.
74
Quando não há esta opção, as bicicletas dobráveis são uma boa alternativa, visto que
não há restrições para seu embarque, desde que devidamente acondicionadas em bolsas
próprias.
Foto: bikeshopmore
75
Para qualificar a integração da bicicleta com outros modais o guia “Acessos Seguros
– Diretrizes para qualificação do acesso às estações de transporte coletivo”
(disponível na biblioteca do curso) elaborado pela WRI Brasil (World Resources
Institute), recomenda três ações:
1. dimensionar a infraestrutura cicloviária para ser segura;
2. considerar esquemas de compartilhamento público de bicicletas entre
os principais destinos e a estação;
3. implantar áreas adequadas de estacionamento para bicicletas.
Uma pesquisa feita em Atlanta, estado da Geórgia, permitiu a elaboração de uma lista
de perguntas que se propõe a contribuir com planejamentos que visem melhor integrar a
bicicleta com o transporte coletivo. A partir dela, é possível fazer um diagnóstico que pode
embasar uma proposta de integração. Confira:
Lista formulada pelo Alta Planning and Design e adaptada para o português.
76
BOAS PRÁTICAS
Em São Paulo/SP, um
edifício de escritórios
aumentou o número de vagas
oferecidas de 122 para 166
em seu bicicletário, devido ao
aumento de adeptos. O
prédio fica em frente à
ciclovia da Rua Faria Lima e
conta com uma ótima
estrutura para estimular o
deslocamento de bike para o trabalho incluindo, além do local com segurança para guardar
as bicicletas, vestiários, chuveiros , guarda volumes, toalhas, sabonetes, serviço de aluguel
de bicicletas e de mecânico, loja com acessórios e peças e até serviço de valet
(manobristas) para os visitantes das empresas e escritórios do prédio. Um belo incentivo!
Uma pesquisa realizada pela Associação de Jornalismo Empresarial (Aberje) com 155
empresas nacionais e multinacionais demonstrou que, aproximadamente, a metade
delas possui infraestrutura como bicicletários e vestiários para seus empregados que
vão trabalhar de bicicleta.
COMPARTILHAMENTO DE BICICLETAS
77
estacionamento, já que nem todos oferecem segurança. Também é uma alternativa
interessante para turistas e pessoas que fazem uso eventual de bicicleta em seus
deslocamentos urbanos.
No Brasil, o sistema de compartilhamento mais utilizado* funciona através da
implantação de estações inteligentes de bicicletas, alimentadas por energia solar e
conectadas a uma central de operações via wireless. A localização das estações geralmente
consideram o plano de mobilidade da cidade, priorizando as vias cicláveis e a integração
com o transporte coletivo. É viabilizado através de convênio firmado entre a Prefeitura, uma
empresa financiadora e a empresa operadora.
NOVO SISTEMA
O compartilhamento de bicicletas nas cidades brasileiras atrai mais usuários a cada dia, se
mostrando uma importante alternativa para estimular o modal e os investimentos em
infraestrutura adequada.
Quer saber mais sobre vantagens e desvantagens desse novo sistema? Clique aqui e
confira!
78
Chegamos ao final do Módulo II!
79
REFERÊNCIAS
BARIFOUSE, Rafael. Redes de bicicletas sem estações chegam ao Brasil: solução ou novo
problema para as cidades? BBC News Brasil. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45039832>. Acesso em 16 de ago. 2018.
ROSA, Mayra. Cidade alemã tem vagões externos exclusivos para bikes. Ciclo vivo.
Disponível em: <http://ciclovivo.com.br/arq-urb/mobilidade/cidade-alema-tem-vagoes-
externos-exclusivos-para-bikes/>. Acesso em: 23 de ago. 2018.
SERVA, Leão. Estudo mostra empresas preocupadas com mobilidade dos funcionários.
Folha de São Paulo. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/leaoserva/2017/11/1938521-estudo-mostra-
empresas-preocupadas-com-mobilidade-dos-funcionarios.shtml>. Acesso em: 21 de ago.
2018.
TANSCHEIT, Paula. Bicicleta e integração: como o desenho urbano pode estimular esse
hábito. The City Fix Brasil. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/26/bicicleta-
e-integracao-como-o-desenho-urbano-pode-estimular-esse-habito/>. Acesso em: 22 de ago.
2018.
THOMPSON, Clive. O veículo do futuro tem duas rodas e um guidão. Wired/ Mobilize
Brasil (Trad.). Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10985/o-veiculo-do-
futuro-tem-duas-rodas-e-um-guidao.html>. Acesso em: 16 de ago. 2018.
80
PEDALANDO COM SEGURANÇA
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Se você é ciclista...
Se você é motorista...
81
BICICLETAS E CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
Embora ainda haja muito a ser feito em termos de legislação em prol desse modal,
percebe-se uma evolução na maneira como o tema vem sendo tratado. O reconhecimento
da bicicleta como um veículo, a destinação de espaço exclusivo para a circulação de ciclos,
a inclusão de normas de circulação e conduta específicas para ciclistas e a previsão de
penalidades a condutores que não as respeitam indicam esforço em viabilizar este modal
como uma boa alternativa de mobilidade.
Em seu Artigo 29, o CTB enfatiza o cuidado que o ciclista demanda dos demais
condutores, assim como é demandado de sua parte em relação aos pedestres:
“...os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores,
os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres”
(art. 29, §2º do CTB).
Não quer dizer, porém, que ele possa se prevalecer desta condição para negligenciar
seus deveres no trânsito. Como todos os outros usuários, está submetido às normas e não
obedecê-la significa, direta ou indiretamente, desrespeito aos demais partícipes.
82
PARA RESPEITAR UMA NORMA É PRECISO CONHECÊ-LA. SERÁ QUE
CONHECEMOS AS REGRAS DE TRÂNSITO?
Só o CTB possui 341 artigos, muitos deles com diversos parágrafos, incisos e alíneas...
Ainda têm os anexos, as Resoluções do CONTRAN, dos CETRANs, Portarias
estaduais, municipais... o que não falta é norma! Sendo impossível abordar todas elas
nos cursos, é necessário escolher... e então aquelas relacionadas à circulação de
ciclistas acabam sendo deixadas de lado, em função do pensamento “carrocêntrico”
que, como já vimos, preponderou ao longo dos anos não só sobre o desenvolvimento
urbano, mas sobre todas as ações relacionadas ao trânsito.
Essa priorização torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que em 90% das
cidades brasileiras, que correspondem a pequenos centros urbanos (menos de 50 mil
habitantes), a bicicleta é o veículo individual mais utilizado, assim como em cidades médias
e na periferia de grandes centros, cujas condições do transporte coletivo são precárias.
Mesmo nas regiões melhor abastecidas de transporte público, onde a preponderância ainda
é de automotores, os intensos problemas associados à motorização excessiva –
especialmente os congestionamentos – estão provocando um aumento gradativo do número
de pessoas que decidem adotar a bicicleta como principal meio de deslocamento
(BICICLETA BRASIL, 2007).
83
mundo, atrás da China, Índia, EUA, Japão e Alemanha, e era o terceiro maior produtor de
bicicletas (atualmente é o quarto).
Mortalidade de ciclistas
Razões não faltam para darmos mais atenção a esse modal, seja nos processos de
formação de condutores, em ações de educação para o trânsito ou em investimentos na
infraestrutura viária.
84
O motivo do alto número de vítimas com certeza não decorre exclusivamente do
desconhecimento das normas. Sequer podemos afirmar ser este o principal motivo do
desrespeito no trânsito. No entanto, vale considerar que esse fator tem sua taxa de
contribuição para a ocorrência de acidentes e mortes de ciclistas.
O propósito deste módulo é apresentar as normas legais e orientações
complementares relacionadas à circulação de ciclistas. Está organizado em três Unidades:
Tal divisão se presta a uma melhor
sistematização conforme os papéis
desempenhados e sua relação com o
modal em tela. Não significa, pelo
contrário, um conhecimento parcial,
sendo o conjunto delas importante para
um comportamento mais respeitoso e
responsável por parte de todos.
Trânsito seguro é um direito de todos! Entender esta premissa e ter atitudes condizentes
é essencial para que ciclistas, motoristas, passageiros e pedestres consigam
compartilhar, harmoniosamente, o espaço público.
Ao término desta
etapa, esperamos ter
contribuído para que você
possa refletir sobre como
pedalar com segurança e
como respeitar o ciclista no
trânsito, despertando para
temas importantes, como:
85
REFERÊNCIAS
BOM DIA BRASIL. Brasil tem, em média, 32 ciclistas internados por dia devido a acidentes.
G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/03/brasil-tem-em-media-
32-ciclistas-internados-por-dia-devido-acidentes.html>. Acesso em: 31 ago. 2018.
86
WAISELFISZ, Julio Jacobo. L. Mapa da violência 2014. Disponível em:
<https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2014/Mapa2014_JovensBrasil_Preliminar.pdf>.
Acesso em: 31 ago. 2018.
87
UNIDADE 1 – O CICLISTA NO TRÂNSITO
RESPONSABILIDADES DO CICLISTA
MANUTENÇÃO DA BICICLETA
Como qualquer outro veículo, para funcionar adequadamente a bicicleta deve passar
por manutenção periódica, com intervalo médio de 6 meses, porém, fatores como frequência
de uso, quilometragem diária, tipo de terreno onde é utilizada e modelos/materiais dos
componentes, dentre outros, interferem na frequência necessária de manutenção.
Essas revisões, como são chamadas, devem ser feitas por técnicos especializados,
em oficinas de confiança do ciclista, onde são averiguadas as condições gerais de todos os
componentes, substituição daqueles que apresentam falhas, lubrificação, verificação dos
desgastes e regulagem necessária, especialmente nos cabos (dos freios e marchas).
Alguns ajustes e reparos simples podem ser feitos pelo próprio ciclista, desde que
conheça os componentes e o funcionamento da bicicleta. Confira as dicas selecionadas para
que você, ciclista, consiga identificar as necessidades de sua “magrela”.
88
Dicas de manutenção
Rodas: ao levantar a bicicleta e girar as rodas, elas devem girar soltas; se não
girarem livremente, o problema pode ser na regulagem dos freios, na centragem
da roda ou nos cubos.
89
EQUIPAMENTOS OBRIGATÓRIOS
Para circular nas vias públicas toda bicicleta com aro superior a 20 deve estar dotada
de campainha, espelho retrovisor do lado esquerdo e retrorrefletores (art. 105 do CTB e
Resolução nº 46/98 do CONTRAN), conforme a ilustração a seguir:
Os retrorrefletores devem ter alcance mínimo de 30 metros e o retrovisor não pode ter
haste de sustentação (Resolução nº 46/98 do CONTRAN).
Esses equipamentos devem ser fornecidos pelos fabricantes, importadores e/ou
revendedores, assim como um manual contendo normas de circulação, infrações,
penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Anexos do CTB (art. 338 do CTB).
Quando em competições (mountain bike, olímpica, etc.), as bicicletas não precisam
cumprir essas normas, por não estarem circulando em via pública.
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS
Existem acessórios que têm a função de deixar o ciclista mais visível aos outros
usuários do trânsito, com o propósito de evitar acidentes. Outros são utilizados para proteger
regiões específicas do corpo em caso de quedas ou colisões, atenuando o impacto ou
mesmo evitando lesões. Ainda, há aqueles que servem à manutenção da saúde e/ou do
conforto durante as pedaladas.
90
Não sendo obrigatórios pela nossa legislação, cabe a cada ciclista avaliar os
benefícios de cada equipamento, considerando suas necessidades. Buscando auxiliar nessa
avaliação, elaboramos a cartilha “Pedalando com segurança: equipamentos
recomendados”, disponível na biblioteca do curso.
“Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer,
quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a
utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação
regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores” (art. 58, CTB).
Se houver ciclovia ou ciclofaixa na via, é nela que o ciclista deve circular. Geralmente têm
sinalização própria e, quando bem projetadas, são os lugares mais seguros para o
ciclista pedalar. No entanto, nem todas são construídas de forma a garantir essa
segurança, apresentando problemas com relação à pavimentação (buracos,
irregularidades), localização (trechos de alto risco ou do lado inapropriado da faixa, em
função do trânsito de pedestres ou outros veículos) e/ou sinalização (quando faltam
semáforos ou placas de regulamentação e advertência). Além disso, muitas vezes as
pessoas utilizam equivocadamente as ciclovias para caminhar, correr, passear com
animais de estimação, dentre outros, prejudicando ou mesmo impossibilitando o trânsito
de bicicletas.
91
... ou acostamento...
... ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento...
Por fim, quando uma via não tiver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, o ciclista deve
circular no bordo da pista de rolamento, que corresponde à “margem da pista, podendo
ser demarcada por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à
circulação de veículos”. Ou seja, deve circular próximo ao meio-fio, do lado direito ou
esquerdo da pista. Esta regra também cabe a grupos de ciclistas, que devem circular
sempre em fila única (art. 247 do CTB). Como as faixas da esquerda são destinadas a
veículos em maior velocidade – portanto, maior risco ao ciclista – é mais seguro optar
pelo bordo direito.
92
No entanto, nem sempre essa manobra é segura, uma vez que os pedestres,
motoristas e passageiros não costumam estar atentos a essa possibilidade. É prudente o
ciclista sempre analisar com cautela a situação e estar atento ao movimento dos veículos,
inclusive motocicletas, e dos pedestres antes de realizar qualquer manobra.
POSICIONAMENTO
Tão importante quanto saber por onde deve andar é saber como se posicionar no
trânsito. A segurança do ciclista está diretamente relacionada à maneira como se posiciona
em cada trecho, em cada situação, principalmente naquelas em que o risco é maior, como
quando ultrapassa carros estacionados ou quando passa por cruzamentos. A principal
orientação é que procure ficar o mais visível possível para os motoristas e pedestres.
Destacamos algumas dicas sobre posicionamento que podem ajudá-lo a se precaver nessas
situações. Vamos conferir?
CARROS ESTACIONADOS
93
CRUZAMENTOS
94
Esse posicionamento também deve ser adotado
mesmo quando o ciclista está parado em algum
cruzamento, aguardando o semáforo ou o momento
adequado para cruzar a via. Algumas cidades
implantaram “áreas de espera” para oferecer maior
segurança aos ciclistas e motociclistas nos
cruzamentos, como o exemplo de Valinhos/SP:
Para ter mais facilidade ao “arrancar” com a bicicleta, o ciclista deve engrenar uma
marcha leve antes de parar para aguardar um semáforo, por exemplo.
95
Em vias muito movimentadas, é indicado o mesmo
posicionamento descrito anteriormente, o meio da
faixa, pois evita que o veículo que está atrás, caso
também deseje virar à direita, faça uma manobra
muito fechada sem perceber o ciclista no bordo (até
porque estará mais atento ao movimento de
veículos vindo pelo lado esquerdo). Em vias pouco
movimentadas e largas a manobra do ciclista pode
ser feita bem próximo ao meio-fio, tanto na via da
qual vai sair quanto na via onde vai entrar, porém é
preciso estar bastante atento à presença e
movimentação de veículos automotores.
Considerando que o ciclista estará circulando pelo bordo direito da pista, que é, como
já foi mencionado, o lado mais seguro, quando pretender virar à esquerda terá que se dirigir
ao bordo esquerdo da faixa antes de chegar ao cruzamento, garantindo que estará, no
momento certo, bem posicionado para realizar a conversão (quando tiver mais de uma faixa
no mesmo sentido, deve ocupar aquela situada mais à esquerda).
96
Uma forma alternativa é percorrer o mesmo trajeto que o pedestre faria nessa
situação: atravessar uma rua de cada vez, aguardando os respectivos semáforos e, se optar
por utilizar as faixas de travessia de pedestres, descendo da bicicleta.
A ilustração abaixo apresenta uma sugestão de gestos indicativos que facilita a comunicação dos ciclistas
no trânsito, baseada na proposta de Rogério Leite.
97
ONDE NÃO DEVE CIRCULAR?
É de extrema importância que você, ciclista, saiba em quais vias pode pedalar e quais
deve evitar. Calçadas, passeios, corredores de ônibus, vias de trânsito rápido e rodovias
sem acostamento, onde regras e velocidades variam, oferecem riscos maiores a você ou
aos pedestres.
CALÇADAS E PASSEIOS
A calçada, tal como consta no CTB, “não é destinada à circulação dos veículos”
(lembrando, bicicleta é um veículo) e é “reservada ao trânsito de pedestres e, quando
possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”.
Passeio é a “parte da calçada ou da pista de rolamento destinada à circulação
exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas”.
Pedalar nas calçadas ou passeios só é permitido se autorizado pela autoridade
competente e devidamente sinalizado (arts. 59 e 68 do CTB).
A presença dos ciclistas nas calçadas pode incomodar e ameaçar os pedestres que ali se
encontram, principalmente idosos e pessoas com dificuldade de locomoção, que se sentem
muito mais vulneráveis dividindo o espaço com as bicicletas.
Além disso, é comum crianças surgirem repentinamente nas calçadas, correndo, entrando e
saindo de casas e estabelecimentos, surpreendendo os ciclistas que ali pedalam, que
podem não conseguir reagir a tempo de evitar um acidente.
Podemos considerar que pedalar nas calçadas é o
mesmo que conduzir veículos automotores pelas
ciclofaixas. Obviamente, as consequências de um acidente
envolvendo veículo automotor tendem a ser muito mais
desastrosas do que um acidente envolvendo ciclista e
pedestre, porém, sem dúvida, os dois comportamentos são
semelhantes do ponto de vista do desrespeito ao direito do
outro.
O ciclista que se sentir inseguro em alguns trechos,
em função do movimento dos veículos automotores, tem como alternativa descer da bicicleta
e empurrá-la sobre as calçadas, pois assim equipara-se ao pedestre (art. 68 do CTB).
98
Também pode agir dessa forma em trechos de sentido oposto, quando não for conveniente
se deslocar até uma via com sentido correspondente ao pretendido.
CORREDORES DE ÔNIBUS
99
desatenção ou imprudência dele ou dos motoristas pode culminar em acidentes gravíssimos,
muitas vezes sem chance de sobrevivência para o ciclista. Por isso, só é permitida a
circulação de bicicletas nessas vias quando contarem com acostamento ou faixa de
rolamento própria (art. 244 do CTB).
Não confunda vias de trânsito rápido com vias arteriais, cuja velocidade máxima é 60
km/h e onde é permitida a circulação de ciclistas.
CONTRAMÃO
100
Além disso, caso ocorra uma colisão, a gravidade das lesões será muito maior se
tratando de colisão frontal, tal como ocorre entre dois veículos automotores, uma vez que as
velocidades são somadas. Por exemplo, se um carro a 60km/h colidir com uma bicicleta a
20km/h, o mais provável será o ciclista ser lançado contra o para-brisa a uma velocidade de
aproximadamente 80 km/h.
Quando bicicleta e carro estão no mesmo sentido a colisão é traseira, as
velocidades não se somam e, muitas vezes, o ciclista é lançado à frente da bicicleta, cuja
roda fica “presa” no carro e o corpo do ciclista segue a sua trajetória para o mesmo sentido
que estava, pela força da inércia. Mesmo se o ciclista se chocar com o para-brisa (quando o
carro está em velocidade muito superior à dele) o impacto será menor.
Antes de iniciar uma pedalada, é importante que o ciclista avalie suas condições
físicas e mentais. Cansaço, sono ou efeitos de substâncias psicoativas (como álcool)
comprometem as capacidades cognitivas e
habilidades para conduzir qualquer veículo com
segurança, inclusive bicicleta.
Quando um motorista está alcoolizado, por
exemplo, sua capacidade para avaliar o ambiente,
identificar os riscos e reagir a imprevistos fica
prejudicada. O mesmo ocorre com o ciclista, que,
além de tudo, ainda precisa conseguir se equilibrar
na bicicleta.
101
CELULAR E FONES DE OUVIDO
RUAS MOVIMENTADAS
102
COMPARTILHANDO ESPAÇO COM PEDESTRES
INFRAÇÕES
O CTB prevê oito infrações a serem aplicadas aos ciclistas, caso não respeitem as
normas de circulação:
ARTIGO DESCRIÇÃO GRAVIDADE
Conduzir ciclos fazendo malabarismo ou equilibrando-se GRAVISSIMA
244, III
apenas em uma roda (multa)
Conduzir ciclos sem segurar o guidom com ambas as mãos, MÉDIA
244, VII
salvo eventualmente para indicação de manobras (multa)
Conduzir ciclos transportando carga incompatível com suas MÉDIA
244, VIII
especificações (multa)
Conduzir ciclos com passageiro fora da garupa ou do assento
244, §1, a MÉDIA
especial a ele destinado
Conduzir ciclos em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo
244, §1, b MÉDIA
onde houver acostamento ou faixas de rolamento próprias;
Conduzir ciclos transportando crianças que não tenham, nas
244, §1, c MÉDIA
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança
Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila
única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de MÉDIA
247
tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a (multa)
eles destinados
MÉDIA (multa
e remoção da
bicicleta,
Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a
255 mediante
circulação desta, ou de forma agressiva
recibo p/ o
pagamento
da multa)
103
Embora constem no CTB desde 1997, a falta de regulamentação adequada dificultou
a aplicação das infrações. Somente em outubro de 2017 o CONTRAN publicou a Resolução
706/2017, dispondo sobre a padronização dos procedimentos administrativos para autuação
de pedestres e ciclistas. No entanto, no que tange ao ciclista, só contemplava o art. 255,
determinando que o ciclista infrator deveria ser abordado pela autoridade de trânsito ou seu
agente, que registraria em documento próprio ou talão eletrônico o nome completo do
ciclista, número do documento de identificação, endereço e CPF, além das informações
disponíveis da bicicleta (§3º e §4º).
BICICLETAS ELÉTRICAS
104
Com a publicação da Resolução nº 465/2013 do CONTRAN, a bicicleta dotada
de motor elétrico (original ou posteriormente agregado) deixou de ser equiparada aos
ciclomotores, podendo circular em ciclovias e ciclofaixas, desde que atendidas as
condições especificadas.
As bicicletas elétricas que não atendem essas condições continuam
equiparadas ao ciclomotor (desde que atendidos os critérios para tal), devendo sua
utilização respeitar ao disposto nas Resoluções 168/2004 e 315/2009 do CONTRAN (no
RS, a Resolução 96/2015 do CETRAN também trata essa questão.).
105
equipamento que tenha certificação (mesmo internacional) e que seja de marca
reconhecida.
Os equipamentos podem ser utilizados por crianças de 9 meses a 10 anos,
dependendo do seu peso (ver orientações do fabricante).
O uso da cadeirinha na frente ou atrás deve ser avaliado pelo conforto e segurança
do ciclista ao pedalar e da criança ao ser transportada. A instalação deve garantir que a
cadeirinha fique bem ajustada à bicicleta, evitando folgas. A criança deve ficar firme, não
pendendo para nenhum dos lados.
Em decorrência da alteração do peso e da mudança no centro de gravidade, é
importante treinar o transporte de crianças nas cadeirinhas em locais seguros, como
parques ou áreas residenciais, para posteriormente circular em vias públicas.
SAIBA algumas orientações aos pais e responsáveis por crianças, sobre os fatores
MAIS que devem ser levados em conta antes de autorizarem os pequenos a
saírem nas ruas pedalando. Confira!
106
REFERÊNCIAS
107
BRASIL. Conselho Nacional de Trânsito. Resolução 465, 27 de novembro de 2013.
Brasília: CONTRAN, 2013. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br/resolucoes.htm>.
Acesso em: 13 de ago. 2018.
108
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE – OPAS. Capacetes: manual de segurança
no trânsito para os gestores e profissionais de saúde. Brasília: OPAS, 2007. Disponível em:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=document&layout=default
&alias=206-capacetes-manual-seguranca-no-transito-para-os-gestores-e-profissionais-
saude-6&category_slug=saude-e-ambiente-707&Itemid=965>. Acesso em: 13 de ago. 2018.
ROAZZI, Antonio, CASTRO FILHO, José Aires de. O desenvolvimento da noção de tempo
como integração da distância e da velocidade. Revista Psicologia: reflexão e crítica, v. 14,
n.3, p. 497-503, 2001.
SCHETINO, André. Luvas para ciclismo: saiba escolher as melhores. Disponível em:
<https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/dica-escolhendo-luvas-para-ciclismo/>. Acesso
em: 13 de ago. 2018.
109
UNIDADE 2 – O PEDESTRE E O CICLISTA
CICLOVIAS E CICLOFAIXAS
São de uso exclusivo de ciclos: “veículo de pelo menos duas rodas a propulsão
humana” (Anexo I do CTB). Portanto, não devem ser utilizadas pelos pedestres como pista
de caminhada ou corrida. Devem estar sempre livres para a circulação de ciclistas.
A Resolução nº 465/13 do CONTRAN permitiu a utilização das ciclovias e ciclofaixas
por pessoas utilizando “equipamentos de mobilidade individual autopropelidos”, ou seja,
equipamentos motorizados, que tem seu próprio meio de propulsão, desde que atendidas as
seguintes condições:
110
ESPAÇOS (COM)PARTILHADOS
Embora o ciclista tenha maior responsabilidade ao transitar nestes locais – visto que
todos devem zelar pela segurança do pedestre (art. 29 do CTB), o pedestre também
deve fazer a sua parte, compartilhando de forma coerente o espaço. Deve estar atento
à possibilidade de encontrar pessoas pedalando, caminhar em trajeto linear e não
mudar de direção bruscamente, evitando surpreender ou ser surpreendido por um
ciclista.
TRAVESSIAS
111
Mesmo quando distraídos, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua para ver
se não vem carro se tornou um hábito. Mas nem sempre ampliamos nosso foco de atenção
de forma a contemplar outros riscos, além dos veículos automotores, no momento de iniciar
uma travessia. Algumas vezes, inclusive, só olhamos para os dois lados após descer da
calçada, desconsiderando que os ciclistas, quando circulam nas pistas de rolamento,
utilizam os bordos, bem próximos ao meio-fio.
Situação semelhante ocorre quando atravessamos entre carros que estão parados
em congestionamentos ou semáforos, e nem cogitamos a possibilidade de sermos
surpreendidos por uma moto ou bicicleta, que, por serem menores, conseguem circular nos
corredores.
112
REFERÊNCIAS
ROAZZI, Antonio, CASTRO FILHO, José Aires de. O desenvolvimento da noção de tempo
como integração da distância e da velocidade. Revista Psicologia: reflexão e crítica, v. 14,
n.3, p. 497-503, 2001.
SCHETINO, André. Luvas para ciclismo: saiba escolher as melhores. Disponível em:
<https://ateondedeuprairdebicicleta.com.br/dica-escolhendo-luvas-para-ciclismo/>. Acesso
em: 13 de ago. 2018.
113
UNIDADE 3 – O MOTORISTA E O CICLISTA
A Quando o ciclista estiver circulando em ciclovia ou ciclofaixa (art. 214, inciso I);
Quando o ciclista iniciar uma travessia, mesmo que não haja sinalização a ele
B
destinada (art. 214, inciso IV);
C Quando o ciclista iniciar uma travessia, porém, antes de concluí-la, o sinal ficar verde
para o motorista (art. 214, inciso II);
115
Muito importante: ao ultrapassar ciclistas, o motorista deve respeitar a distância lateral
de 1,5m e reduzir a velocidade.
Não é difícil entender por que isso é importante: a trajetória de um ciclista não é
exatamente como uma linha reta. Por vezes, é necessário desviar de buracos ou outras
irregularidades na pista, bem como de pessoas e animais, que não percebem a aproximação
do ciclista e se lançam à sua frente. Além disso, o próprio movimento do corpo ao pedalar e
a necessidade de se equilibrar provocam alguns desvios durante a trajetória. Mesmo que
sutis, para que esses desvios sejam possíveis, é necessário que haja uma margem entre o
ciclista e o veículo automotor. Caso contrário, podem se chocar, provocar a queda do ciclista
e resultar em um grave acidente.
Ultrapassar um ciclista em alta velocidade também aumenta o risco de quedas e
acidentes, pois provoca deslocamento de ar e, consequentemente, desequilíbrio, uma vez
que a soma dos pesos da bicicleta e do ciclista é significativamente menor que o peso do
veículo automotor. Por isso o motorista deve reduzir a velocidade ao ultrapassar ciclista (art.
220, inciso VIII, do CTB).
Tamanha é a importância dessas
normas para a segurança do ciclista que
treinamentos com motoristas de ônibus em
diferentes regiões do Brasil incluíram em seus
cursos simulações práticas em que os
motoristas assumem o papel do ciclista e
sentem “na pele” a sensação de serem
ultrapassados por ônibus em alta velocidade e
grande proximidade, conforme mostrado na
reportagem que pode ser acessada clicando
PORTAS DO VEÍCULO
116
Já explicamos anteriormente que é prudente o ciclista manter distância de
aproximadamente 1m ao passar por veículos estacionados, evitando colisões com portas
abertas de forma descuidada por motoristas ou passageiros desatentos. O que ainda não
tínhamos mencionado é que é uma obrigação dos motoristas e passageiros se certificarem
de que não há nenhum outro usuário se aproximando antes de abrirem as portas, conforme
art. 49 do CTB:
CICLOVIAS E CICLOFAIXAS
INFRAÇÕES
117
GRAVISSIMA
Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando (multa e suspensão do direito de
170
a via pública, ou os demais veículos dirigir, retenção do veículo e
recolhimento da CNH)
Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a GRAVE
181, VIII
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa (...) (multa e remoção do veículo)
Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas,
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos,
GRAVÍSSIMA
193 canteiros centrais e divisores de pista de rolamento,
(multa – três vezes)
acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins
públicos
Deixar de guardar a distância lateral de um metro e MÉDIA
201
cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta (multa)
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVÍSSIMA
214, I veículo não motorizado: I – que se encontre na faixa a ele
(multa)
destinada
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVÍSSIMA
214, II veículo não motorizado: II – que não haja concluído a
(multa)
travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVE
214, IV veículo não motorizado: IV – quando houver iniciado a
(multa)
travessia mesmo que não haja sinalização a ele destinada
Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
GRAVE
214, V veículo não motorizado: V – que esteja atravessando a via
(multa)
transversal para onde se dirige o veículo
Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
GRAVE
220, XIII compatível com a segurança do trânsito ao ultrapassar
(multa)
ciclista
INFRAÇÕES COMETIDAS NO RS
No Rio Grande
do Sul tivemos
339 infrações ao
art. 201 e 78 ao
art. 220, XIII no
período de 1998
a dezembro de
2018.
118
A Resolução nº 349/10 do CONTRAN determina as normas para o transporte de
bicicletas nos veículos classificados como automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.
Com base nessa normativa, as bicicletas podem ser transportadas de três formas:
119
SOBRE O TETO Para este tipo de transporte
3
(TRILHO) não há limite de altura
determinado, diferentemente de
outras cargas, e a visão do
condutor através dos
retrovisores não fica
comprometida. A bicicleta pode ser colocada em pé ou
deitada. Importante avaliar, contudo, as possibilidades/
habilidades do usuário para colocá-la sobre o teto.
Os dispositivos podem ser fixos ou móveis e devem ser fornecidos com instruções
precisas sobre a forma de instalação, o modo de fixação da bicicleta, a quantidade máxima
de bicicletas suportada e os cuidados de segurança necessários.
Independente da maneira de fazer o transporte, o peso máximo especificado para o
veículo deve ser respeitado e a bicicleta deve estar acondicionada de modo que não
atrapalhe a visibilidade do condutor e a estabilidade do veículo, não provoque ruído ou
poeira, não se arraste ou caia sobre a via, não cause danos a propriedades públicas ou
privadas e, principalmente, não coloque em perigo as pessoas. Isso serve também para
todos os acessórios utilizados para acondicionar, prender ou proteger a bicicleta, como
cabos, correntes, elásticos ou redes.
Quando não respeitadas as normas para transporte de bicicletas, o motorista pode
ser autuado com base em 5 infrações previstas no CTB:
120
MOTORISTA AMIGO DO CICLISTA
Para finalizar esta unidade, em que tratamos das normas direcionadas aos
motoristas, sugerimos o vídeo preparado pela Universidade Corporativa do Transporte, que
traz um interessante resumo sobre o tema. Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=c9wvqBXz4Ek ou clique na imagem abaixo e assista!
121
REFERÊNCIAS
ZERO HORA. Com régua gigante, Detran "ensina" motoristas a respeitar ciclistas no
Moinhos de Vento. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-
alegre/noticia/2017/09/com-regua-gigante-detran-ensina-motoristas-a-respeitar-ciclistas-no-
moinhos-de-vento-9905793.html>. Acesso em: 31 ago. 2018.
122
BOAS IDEIAS
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
123
INCENTIVOS E BOAS PRÁTICAS
7 Re.route 15 Cyclobus
124
MOTORISTAS DE ÔNIBUS E CICLISTAS: CONVIVÊNCIA PACÍFICA
Fonte: ciclovivo.com.br
125
DESAFIO “A BICICLETA NA MOBILIDADE URBANA”
PEDALADAS = DESCONTO
Um “cheque ambiental” para dedução em impostos e conta de água é o que pode ganhar
quem optar por ir ao trabalho de bicicleta na cidade de Vila Nova de Gaia, em Portugal.
Os bicicletários da cidade realizam o controle por registro eletrônico que calcula os dias
de uso da bike.
Uma forma de incentivo à mobilidade ativa onde todos saem ganhando, cidade e
ciclistas.
Você não leu errado não, é isso mesmo! O governo da Holanda está incentivando as
empresas do país a recompensar financeiramente os trabalhadores que utilizarem a bicicleta
para ir ao trabalho.
A proposta partiu da secretaria de infraestruturas com o objetivo de as pessoas
optarem pela bicicleta ao
invés do carro. Como
retorno, o país ganha mais
saúde e qualidade de vida,
além da diminuição dos
congestionamentos.
A cada quilômetro
pedalado para o trabalho,
os trabalhadores teriam
direito a 19 cêntimos
126
(aprox.. R$0,85). O governo estuda outras propostas visando promover o ciclismo, uma vez
que o país possui mais bicicletas do que habitantes e já acenou com mais verbas para
infraestrutura aos ciclistas, tanto ciclovias como estacionamentos.
Também traria reflexos para as empresas em termos de saúde de seus funcionários e
diminuição de gastos com estacionamento de veículos automotores.
Como forma de incentivar ainda mais o uso das bicicletas, a cidade de Gothenburg,
na Suécia, lançou um programa voltado às pessoas que tem interesse em se deslocar sem
carro. Para participar, é preciso se comprometer em usar a magrela no mínimo 3 vezes por
semana para ter uma emprestada pelo governo por um período de 6 meses. A ideia é
experimentar, pegar gosto, se habituar... para depois investir numa própria. E quem participa
do programa pode comprar a bicicleta com desconto!
127
Os idealizadores do projeto acreditam que o uso da bicicleta pode suprir a maioria das
necessidades diárias de seus usuários e que, ao utilizá-las, poderão perceber seu grande
potencial.
O músico David Byrne (ex-Talking Heads), após pedalar pelo mundo escreveu o livro
“Diários de bicicleta”. Atualmente, ele dá palestras sobre mobilidade sustentável e encara a
bicicleta como “símbolo de uma revolução pacífica”.
Foto: divulgação
128
UBERLÂNDIA: AULAS DE BICICLETA
PROGRAMA BIKE SP
Para colocar em prática o Programa Bike SP (lei de incentivo ao uso da bicicleta que
ainda depende de regulamentação), foram desenvolvidos aplicativos para controle e
oferecimento de crédito aos ciclistas. Conforme a Lei nº 16.547, de 2016, os usuários que
optarem pela bicicleta em detrimento do carro, ônibus e outros meios de transporte que
fazem parte do Bilhete Único terão repasse do “Crédito de mobilidade”, ou seja, do valor que
foi economizado pela prefeitura para o ciclista.
O aplicativo Dibike foi o vencedor dentre as equipes que participaram da maratona
Hack’n Bike para escolha da plataforma. Ele oferece a comparação de rotas e tempo de
deslocamento entre a bicicleta e o transporte público através de GPS e também valida os
créditos através de um sistema seguro que sincroniza os dados.
Para receber o Crédito de mobilidade o usuário deverá carregar o Bilhete Único com o valor
que seria gasto em transporte coletivo. Quando realizar os deslocamentos de bicicleta, vai
gerando crédito que poderá ser utilizado em lojas credenciadas ou pagamentos de contas de
serviços públicos. Pedalar em dias úteis e em horários de maior concentração de trânsito
gera maior crédito, pois alivia os congestionamentos e ajuda na mobilidade.
129
MAIO AMARELO KIDS: JOGO PARA CONSCIENTIZAR
A partir de dados da
Organização Mundial da Saúde
(OMS) que aponta que os acidentes
de trânsito são a maior causa de
morte de jovens (10 – 19 anos) e
buscando atingir esse público, o
Observatório Nacional de Segurança
Viária (ONSV), em parceria com a
Zoom Education for Life, criou o jogo Foto: divulgação
Maio Amarelo Kids.
O jogo está disponível para computador e sistemas operacionais Android e iOS. É
gratuito e conta, além dos jogos e desafios, com material de apoio em educação para o
trânsito do 1º ao 6º ano. O objetivo é propiciar discussões envolvendo questões sobre
mobilidade, trânsito, convivência saudável... tanto nas escolas e instituições como nas
famílias, utilizando as ferramentas digitais como ponto de partida.
A porta
do
carro
se abre
ao
ciclista.
Um
freio
forçado
130
JOGO DA COBRA
Alunos completam a
planilha diariamente
131
CYCLOBUS: VEÍCULO ESCOLAR
50% das remoções de pacientes pelo SAMU e garante agilidade no primeiro atendimento.
Em média, os socorristas levam 3 minutos após o recebimento do chamado para chegar ao
local de atendimento. Os socorristas da SAMU carregam todos os equipamentos básicos
que são necessários a um primeiro atendimento, além de capacete, luvas, cotoveleira,
joelheira, uniforme, colete luminoso, sirene e apito para um deslocamento ágil e seguro. É a
mobilidade ativa ajudando a salvar vidas!
132
REFERÊNCIAS
AUTOPAPO. Maio Amarelo Kids: jogo ajuda na conscientização das crianças. Disponível
em: <https://autopapo.com.br/noticia/maio-amarelo-kids-jogo-conscientizacao-criancas/>.
Acesso em: 05 de set. 2018.
DAVID Byrne, Zero Hora, Porto Alegre, 15 jul. 2011, Editoria: Contracapa, p.8
DIÁRIO DO NORDESTE. Projeto Bike Vida atenderá ocorrências na Avenida Beira Mar.
Disponível em: <http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/online/projeto-
bike-vida-atendera-ocorrencias-na-avenida-beira-mar-1.1789058>. Acesso em: 03 set. 2018.
EU VOU DE BIKE. Poesia para conscientizar no trânsito de NY. Disponível em: <
http://www.euvoudebike.com/2011/12/poesia-para-conscientizar-no-transito-em-ny/]>.
Acesso em: 05 de set. 2018.
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Como seu filho vai para a escola?.
Disponível em: <. http://www.mobilize.org.br/noticias/10698/como-seu-filho-vai-para-a-
escola.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.
OLHAR DIGITAL. Carro do Google será "amigável" com ciclistas. Disponível em:
<https://olhardigital.com.br/noticia/carro-do-google-sera-amigavel-com-ciclistas/60015>.
Acesso em: 05 de set. 2018.
THE CITY FIX BRASIL. Aplicativo recompensa quem deixa o carro em casa em
Londres. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2012/11/07/aplicativo-recompensa-
quem-deixa-o-carro-em-casa-em-londres/>. Acesso em: 05 de set. 2018.
134
THE CITY FIX BRASIL. Aulas de bicicleta para alunos da rede municipal estimulam a
mobilidade sustentável em Uberlândia. Disponível em:
<http://thecityfixbrasil.com/2018/03/28/aulas-de-bicicleta-para-alunos-da-rede-municipal-
estimulam-a-mobilidade-sustentavel-em-uberlandia/>. Acesso em: 05 de set. 2018.
THE GEENEST POST. Na Suécia, governo distribui bikes para quem está a fim de
deixar o carro em casa. Disponível em: < http://www.thegreenestpost.com/na-suecia-
governo-distribui-bicicleta-para-quem-esta-a-fim-de-deixar-o-carro-em-casa/>. Acesso em:
05 de set. 2018.
THE UNIPLANET. Holanda quer pagar às pessoas para irem de bicicleta para o
trabalho. Disponível em: <https://www.theuniplanet.com/2018/06/holanda-pagar-andar-
bicicleta-trabalho.html>. Acesso em: 05 de set. 2018.
135
BICICLETAS PARA TODOS OS GOSTOS
Vimos que ao longo dos anos diversas versões da magrela foram surgindo. E com o
passar do tempo e o avanço da tecnologia, esses modelos ficaram ainda mais interessantes.
A seguir, apresentaremos mais de 15 modelos diferenciados e adaptados para todas
as necessidades.
Vamos conhecê-los?
Fotos: Divulgação
136
KIT LIVRE
O Kit Livre transforma uma cadeira de rodas em triciclo elétrico que faz até 40 Km
sem recarga de bateria. O invento foi desenvolvido em São Paulo, no Vale do Paraíba, mas
já ganhou o mundo, sendo utilizado em vários países.
O kit adapta a cadeira de rodas para um triciclo, bicicleta ou cadeira motorizada. O
projeto, desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico Julio Alves, foi vencedor no prêmio
empreendedorismo do Banco Santander e também da Brasken o que possibilitou abrir uma
empresa, ampliar o negócio e aperfeiçoar a invenção. A ideia é dar uma cara mais esportiva
à cadeira de rodas e conferir
mais liberdade e autonomia aos
cadeirantes. Inclusive, a
empresa trabalha em
adaptações bem específicas,
como para tetraplégicos ou
pessoas que perderam força e
movimentos em função de
Foto: Divulgação
AVC.
O kit é facilmente incorporado à cadeira, bem como desconectado, podendo ser
carregado em outros modais. A cadeira adaptada pelo Kit Livre segue as normas do
CONTRAN, o que garante o trânsito em ciclovias e ciclofaixas sendo recomendada a
utilização dos mesmos equipamentos de segurança.
137
ELECTRIFIED S: ELÉTRICA E CONECTADA
Fonte: www.vanmoof.com
Ao tentar facilitar a vida de seu filho de 2 anos, o americano Ryan McFarland acabou
por criar um negócio lucrativo. Ao presenteá-lo com uma bicicleta infantil com rodinhas,
percebeu que era muito pesada e não estava adequada para ele. Então resolveu deixá-la
mais eficiente. Após algumas tentativas... plim! Tirou os pedais!! A bicicleta seria
impulsionada pelos próprios pés da criança, garantindo mais equilíbrio e domínio dos
movimentos.
A ideia deu início à Strider Bikes,
empresa que abriu em 2007 e hoje é um
negócio milionário e que emprega mais
de 30 funcionários. McFarland atribui o
sucesso obtido por atender uma
necessidade que no mercado de
produção de bikes infantis era falha. Fonte: www.striderbikes.com
138
A proposta, que não chega a ser bem uma novidade, como conferimos na história da
bicicleta (Módulo I), proporciona à criança pequena maior equilíbrio, coordenação motora e,
claro, muita confiança!! Simples e genial!
139
BICICLETA DE PAPELÃO
Bicicleta feita de papelão... é possível?!! Claro que sim!!! Criada por um inventor
israelense, ela é resistente, durável, barata e produzida com material reciclado. Seu custo de
produção fica em torno de apenas R$20,00. O preço de venda deve ficar entre $R120,00 e
$R180,00, de acordo com o modelo.
A bicicleta de papelão foi desenvolvida por Izhar Gafni, um inventor que não
desistiu diante do desafio. A bicicleta é praticamente toda feita de papelão e o resultado,
após vários protótipos, foi um produto à prova
de água e com capacidade para suportar até
220 Kg, pesando apenas 9 quilos. Gafni
encontrou no origami a técnica necessária para
deixar a bicicleta resistente ao peso e desgaste.
Leve, barata e sustentável! Genial!
Assista no vídeo como é produzida essa
invenção incrível! Modelo é semelhante às bicicletas de alumínio
Para dar mais segurança aos ciclistas que pedalam à noite, a Puma lançou uma
bicicleta urbana, a Puma Stealth Visibility Bike, que brilha no escuro e também é dobrável.
Ela é pintada com uma tinta especial que absorve a luz do sol e, quando no escuro, brilha
por aproximadamente 3 horas.
Fonte: www.puma-bikes.com
140
BIO-HYBRID: VERSATILIDADE
Fotos: Schaeffler/Divulgação
NIOBIUM E-BIKE
Criada pelo ex-piloto de Fórmula 1 Lucas Di Grassi em parceria com várias empresas,
a Niobiun e-bike é uma bicicleta elétrica com até 100 km de autonomia. O nome está
atrelado à escolha do material usado na confecção do quadro, o aço-nióbio, que, além de
ser mais leve que o aço tradicional, também é mais resistente. Pesando 15 kg e com motor
de 700 W, ela consegue alcançar até 50 Km/h. Velocidade essa que será limitada via
software para se adequar à legislação vigente que permite até 25 km/h.
141
A bicicleta é conectada via Bluetooth
com um smatphone e com o aplicativo
onde se pode conferir o nível da carga
de bateria, a velocidade desenvolvida,
velocidade do pedal e também se há
algum problema no sistema. É possível
optar pelo auxílio elétrico ou não. A
ideia é aprimorar o sistema com a
utilização de um GPS que poderá travar a bike em caso de roubo ou em caso de extrapolar
o limite de perímetro se assim programado.
De olho na mobilidade aliada à
sustentabilidade, Di Grassi afirma que
R$0,20 vale carga para 100 km!! A bateria
pode ser carregada rapidamente: uma
hora de carga garante os próximos 25 km.
Além da opção de compra, haverá a de
assinatura mensal por R$190,00. Nos
planos dos empreendedores, uma versão
da bike para carga.
Fotos: edg.bike/divulgação
142
podendo-se também encaixar um reboque para transporte de carga ou pessoas, para-brisa
com limpador, amortecedor com suspensão a ar, rodas especiais para inverno e, como
grande diferencial, a proteção que permite que seu interior fique seco e aquecido.
O motor elétrico tem capacidade para atingir até 25 km/h, podendo desenvolver uma
velocidade maior se o usuário pedalar junto. Econômico, sustentável, saudável,
independente do clima! Veja a performance desse prático veículo.
Fonte: mypodride.com/divulgação
143
Mobilidade urbana + sustentabilidade =
bicicleta de bambu
BIKE INTERMODAL
Já pensou em uma bicicleta dobrável que pode ser levada como bagagem de mão no
avião?! Essa é a proposta da Bike intermodal. Pesando apenas 7,5 kg e uma largura mínima
de 15 cm, ela é muito mais leve e pequena do que as convencionais, sendo comparável a
uma mala pequena quando rebatida.
Não acredita?! Veja o
vídeo!
Existem os mais variados tipos de bicicletas, das mais bonitas às mais funcionais, das
mais práticas às mais estranhas, das com design inovador às mais tecnológicas... Clique
nos links abaixo e veja algumas dessas invenções:
144
• Top 5 bike inventions you should have
• Intoducing the pebl: a vehicle for a sustainable future
• Incredible modern bike design compilation - crazy & cool bikes
MONTADORA DE CARROS
145
REFERÊNCIAS
BETTER BIKE. Introducing the PEBL: a vehicle for a sustainable future.Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=Uos7H4ZFA48>. Acesso em: 24 set. 2018.
GIZMODO. A Niobium e-bike é uma bicicleta elétrica com 100 km de autonomia criada
pelo Elon Musk brasileiro. Disponível em: <http://gizmodo.uol.com.br/niobium-e-bike/>.
Acesso em 11 de set. 2018.
KICKSTARTER. A-Bike Electric: the lightest and most compact electric bike. Disponível em:
<https://www.kickstarter.com/projects/a-bike/a-bike-electric-the-lightest-and-most-compact-
elec>. Acesso em 06 de set. 2018.
KJELL
MAN, Mikael. PodRide pitch v1,1. Disponível em: <https://youtu.be/4lKq1fGtXFM>. Acesso
em: 24 set. 2018.
MINDS EYE DESIGN. 20 crazy bikes que você tem que ver acreditando. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=QtOh1q5AufM>. Acesso em: 24 set. 2018.
147
MINDS EYE DESIGN. Incredible modern bike design compilation - crazy & cool bikes.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QNuG-rVcs8E>. Acesso em: 24 set.
2018.
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. É uma bike, uma moto, uma cadeira
de rodas? . Disponível em:<http://www.mobilize.org.br/noticias/10386/e-uma-bike-uma-
moto-uma-cadeira-de-rodas.html>. Acesso em 06 de set. 2018.
148
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Uma bicicleta que pode se conectar
à internet. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/9381/conheca-a-primeira-
bicicleta-que-pode-se-conectar-a-internet.html>. Acesso em 06 de set. 2018.
149
SERVIÇOS
COLETAS E ENTREGAS
Projeto social de Cuiabá (MT), o Recicletas recupera e também doa bicicletas usadas
para crianças e jovens carentes. O grupo também ensina a andar e os cuidados que devem
ter no trânsito. A inspiração de reciclar veio de outro projeto, o Bike Anjo, de São Paulo. O
projeto aceita doações de bicicletas novas, usadas e inutilizadas e também equipamentos e
vestuário próprio para ciclismo. Clique aqui e saiba mais.
150
BICI ANJO
Formado por um grupo de pessoas voluntárias, o Bici Anjos é composto por, ciclistas
urbanos que estão dispostos a ensinar quem não sabe pedalar. Além de fazer o
acompanhamento nos deslocamentos, também dão dicas de segurança. Está precisando
de ajuda ou conhece alguém que precisa? É só entrar no site http://bicianjo.wordpress.com e
solicitar. Porto Alegre e Florianópolis já têm!
151
WEBIKE: PESSOAS MOVENDO PESSOAS
O projeto Fairbikes – faça estas bicicletas aparecerem, faz reformas em bicicletas que
não são mais utilizadas e empresta para estudantes que fazem parte do Rei – Curitiba
152
(Rede de Estudantes de Intercâmbio em Curitiba).
O projeto foi premiado no 1º Prêmio Sinal Livre de
Mobilidade Urbana.
As bicicletas ficam disponíveis para os
intercambistas pelo período de 6 meses até 2 anos,
bastando pagar uma caução e uma taxa usada para
manutenção. Foto: Meio e mensagem
BIKXI
153
Para ser uma experiência segura, o Bikxi
faz trajetos curtos apenas nas ciclovias e com
duas rotas definidas. Um dos objetivos é
facilitar o acesso a outros modais. Seu criador,
Danilo Lamy, tem planos de expandir o negócio,
principalmente para grandes centros urbanos
que sofrem com congestionamentos diários e
que contam com ciclovias.
Foto: Autoinforme
BICIVATES
154
A Universidade também oferece deslocamento gratuito para os acadêmicos através
de um micro-ônibus que circula a cada meia hora, mas com as bikes é possível diminuir a
emissão de gases poluentes e ajudar o meio ambiente.
155
REFERÊNCIAS
DE bike pelo campus, Zero Hora, 05 abr. 2010, Editoria: Nosso Mundo Sustentável, p.6
MEIO & MENSAGEM. Fairbikes leva prêmio de mobilidade urbana. Disponível em:
<http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/noticias/2014/12/19/Fairbikes-leva-
premio-de-mobilidade-
urbana.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mmbymail-
geral&utm_content=Fairbikes-leva-premio-de-mobilidade-urbana>. Acesso em 11 de set.
2018.
156
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Berlim lança sistema de bikes de
carga compartilhadas. Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10852/berlim-
lanca-o-sistema-de-bikes-de-carga-compartilhadas.htm>. Acesso em 11 de set. 2018.
ZERO HORA. Onde fazer pequenos reparos de graça na sua bicicleta. Disponível em:
<http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2016/06/veja-onde-fazer-pequenos-reparos-de-graca-na-
sua-bicicleta-na-capital-6220268.html#>. Acesso em: 11 set. 2018.
ZERO HORA. Taxista de Porto Alegre usa suporte para transportar bicicletas.
Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2016/05/taxista-de-porto-alegre-
usa-suporte-para-transportar-bicicletas-5794359.html>. Acesso em: 24 set. 2018.
157
CURIOSIDADES
O barão Von Drais, inventor da draisiana, enfrentou problemas políticos em seu país e
antes de se mudar para a Inglaterra morou 12 anos no Brasil? Foi de 1820 a 1832, mas
nessa época a moda das draisianas já havia passado.
ACREDITE OU NÃO
A primeira corrida que se tem notícia se deu em 1842, entre o inventor Mac Millan e o
cocheiro com quem apostou corrida. Sua draisiana aperfeiçoada cumpriu o percurso
Glasgow/Carlisle (Escócia / Inglaterra) primeiro à carruagem.
Já existe uma bicicleta especial para idosos. A bicicleta de Abrahão foi projetada por
um médico geriatra, na Holanda.
158
Na Índia e na China, o transporte por bicicleta representa 70% do total de viagens e, na
Holanda, 40%. O governo francês garante juros baixos para empréstimos destinados à
compra de bicicletas.
MITOS
159
Apresentamos a seguir outras curiosidades relacionadas às bicicletas:
Pensando se vai de carro ou bicicleta? Talvez esses vídeos te ajudem a refletir e decidir.
Campanha: “Menos de 3”
Caloi incentiva quem mora a menos de 3Km do
trabalho a ir pedalando. Propõe mudar de
perspectiva sobre a mobilidade.
160
Cargas inusitadas
Exemplo sustentável
A prefeita eleita de
Melbourne, na Austrália, Sally
Capp, ao assumir o cargo
dispensou o uso do carro oficial
e motorista. Adepta da
mobilidade ativa, pretende se
Em Londres, no Reino
Unido, uma empresa que realiza
entregas de comida utilizando
bicicleta, a Deliveroo,
surpreendeu ao customizar uma
bike com utensílios de cozinha
reciclados.
74 utensílios foram utilizados para a criação da bike.
161
Aerovelo: a bicicleta mais rápida do mundo
Cargobike
Bicicleta ao vento
162
De bike é mais rápido que de avião
163
REFERÊNCIAS
AEROVELO INC. Aerovelo's first record breaking run in human powered speed!.
Disponível em: <https://youtu.be/33clAZoaLWs>. Acesso em: 24 set. 2018.
BIKE Brasil Show. Disponível em: <http://www.bikebrasil.com.br>. Acesso em: 24 set. 2018.
ÉPOCA SÃO PAULO. Vídeos divertidos promovem reflexão sobre o uso do carro e da
bicicleta. Disponível em:
<http://colunas.revistaepocasp.globo.com/nabike/2012/09/28/videos-promovem-reflexao-
sobre-o-uso-do-carro-e-da-bicicleta/>. Acesso em: 24 set. 2018.
164
ESCOLA da bicicleta. Disponível em:
<http://www.escoladebicicleta.com.br/experimentar.html>. Acesso em: 24 set. 2018.
O DIA em que a bike venceu o avião, Zero Hora, Porto Alegre, 25 jul.2011, Editorial: Nosso
Mundo Sustentável, p. 7.
[OITO] 8 RAD. Disponível em: < www.nicojungel.net/space.html>. Acesso em: 24 set. 2018.
165
INFRAESTRUTURA
Vamos falar sobre boas iniciativas em relação à infraestrutura para ciclistas? Abaixo
você pode ter uma ideia do que veremos nesta unidade.
FLAT-BIKE-LIFT
O flat-bike-lift é um rack para bicicleta que fica preso no teto. Ele é hidropneumático e
pode ser usado em qualquer tipo de bicicleta. Funciona de maneira simples e rápida, basta
colocar e fixar a bicicleta no rack e acionar o sistema de elevação deixando a bike guardada
na horizontal próximo ao teto, sem ocupar o espaço de circulação.
Foto: Divulgação
166
SOLAROAD: CICLOVIA SOLAR
Foto: Divulgação
Curitiba (PR) está realizando testes com uma pavimentação especial capaz de gerar,
a partir de vibrações, energia elétrica. A ciclovia que passa na ponte do Rio Belém recebeu o
piso capaz de captar a trepidação oriunda das bicicletas e pedestres, transformando em
energia necessária para iluminar a sinalização na ciclovia.
A finalidade é promover mais segurança
aos ciclistas melhorando a qualidade da
sinalização, principalmente nos trechos mais
movimentados e com cruzamentos. A ideia é
implantar o pavimento ainda em 2018 em
aproximadamente 20 Km de ciclovias.
Foto: Divulgação
167
CICLOFAIXAS QUE ACENDEM E PISTAS AQUECIDAS
Na Holanda, especialistas estão desenvolvendo tinta especial para solo que brilha no
escuro. A tinta contém cristais que acumulam energia da luz solar e se iluminam à noite.
Também estão desenvolvendo um pavimento para a ciclovia que conta com um sistema de
aquecimento subterrâneo
através de tubos de plásticos
inseridos no concreto por
onde é bombeada água
quente do solo e que aquece
a pista. Então, mesmo no
clima europeu, dá pra
pedalar! Veja no vídeo como
funcionam essas tecnologias.
Na Dinamarca, a cidade de Aarhus conta com uma tecnologia que dá preferência aos
ciclistas nos cruzamentos. Trata-se de um chip instalado na roda dianteira da bicicleta e
também nos semáforos que, ao detectar a presença de bikes prioriza o sinal verde para os
ciclistas e promove maior segurança nos cruzamentos. A 100 metros de distância o sinal de
aproximação é enviado ao semáforo.
O sistema, batizado de RFID
(Radio Frequency Identification)
integra o Aarhus Cidade Ciclável que
promove ações para mobilidade ativa
e sustentável como ciclofaixas,
estações de bikes compartilhadas e
Fotos: Divulgação Prefeitura de Arhus
campanhas.
A capital da Dinamarca, Copenhague, onde metade da
população utiliza diariamente a bicicleta, também já possui a
tecnologia que dá preferência à bicicleta. A estimativa é que
reduza em 10% o tempo de deslocamento dos ciclistas.
Chip instalado na roda
dianteira
168
CICLOVIA SUBTERRÂNEA
169
Ponte iluminada para circulação
exclusiva de pedestres e ciclistas.
Fotos: Divulgação
170
PONTE PARA CICLISTAS IMPRESSA EM 3D
A impressão 3D que já cria objetos pequenos, também está sendo usada para criar
obras maiores como casas e até pontes como em Germet, na Holanda, que teve uma ponte
para ciclistas construída com essa tecnologia.
A estrutura de 8 metros é
muito resistente, reforçada com
aço e 800 camadas de
concreto, que resiste a 5
toneladas e tem longa
durabilidade. Sua construção
171
MOREELSBRUG: PONTE PARA PEDESTRES E CICLISTAS
O BMW Group lançou um projeto inovador, o BMW Vision E³ Way”, uma via elevada
que conecta centros urbanos para mobilidade única exclusiva em duas rodas e elétricos a
exemplo das e-bikes. A ideia é construir vias suspensas sobre as rodovias visando
desafogar o tráfego de veículos e diminuir a poluição (emissões zero) com custo reduzido. O
público alvo seriam usuários que realizam trajetos de até 15 Km. A ligação com as rodovias,
estações de metrô e centros comerciais seria feita através de rampas de acesso.
172
Uma grande vantagem seria a
segurança devido ao baixo risco de
acidentes em função da velocidade
limitada a 25 Km/h, bem como a
gravidade destes, pois não envolveria
colisões com veículos automotores.
A ideia é também oferecer
veículos de aluguel nos pontos de
acesso para quem não possui. A
estrutura da estrada é coberta,
protegendo do calor e da chuva e com
boa ventilação. Uma solução bem
futurista, não?!
Fotos: Divulgação
Em Brasília, servidores
de diversos órgãos do poder
executivo federal brasileiro já
contam com apoio de
bicicletários e vestiários para
aqueles que optarem ir à
Esplanada dos Ministérios
utilizando as ciclovias. Foto: EBC/Divulgação
AIRBNB DO BANHO
173
pensando na necessidade do público ciclista de São Paulo que surgiu a Cipó, uma startup
que oferece vestiários para ciclistas e corredores tomarem banho e guardar as roupas em
um contêiner, além de bicicletário para as bikes.
A empresa conta com contêineres adaptados que ficam alojados em um
estacionamento e já tem vários adeptos cadastrados. A Cipó pretende lançar um aplicativo e
expandir o negócio não só na cidade de São Paulo, mas também para outras.
Empreendedorismo a serviço da mobilidade ativa!
174
puxada para dentro e estacionada rapidamente (10 segundos) em uma vaga livre. Para
retirar, basta aproximar o cartão no leitor e, em menos de 20 segundos, a bicicleta é retirada.
O serviço custa em torno de R$60,00 por mês, sendo que estudantes pagam metade.
As estações do Eco-Cycle estão presentes em
várias cidades japonesas, são anti-sísmicos e têm
estrutura para guardar vários tipos de bicicletas,
inclusive elétricas. O sistema funcionou tão bem que a
empresa criou um estacionamento subterrâneo usando
a mesma tecnologia para guardar carros. A Espanha
conta com um estacionamento similar, o Biceberg.
Em Vancouver no Canadá,
ônibus contam com suporte para
transportar as bikes, facilitando a
vida dos ciclistas que se deslocam
para mais longe de forma rápida ou
que integram diferentes modais no
dia-a-dia.
Foto: Divulgação
175
problema, foi criado o Trampe Cyclocable instalado em uma ladeira na cidade norueguesa
de Trondheim.
A invenção é como se fosse um teleférico para ciclistas de funcionamento simples e
fácil, basta apoiar o pé direito em uma placa, apertar o botão e o Cyclocable carrega o
ciclista lomba acima, evitando esforço ou suor.
O trilho contém um cabo de aço e 11 placas de apoio para os pés. Com comprimento
de 130 metros, consegue elevar até 6 ciclistas ao mesmo tempo, um a cada 20 metros a
uma velocidade de 2 metros por segundo.
Assista no vídeo como funciona essa ajudinha.
PARKIS
176
REFERÊNCIAS
ARCH DAILY. Piso que gera energia começa a ser testado em ciclovia de Curitiba.
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/898746/piso-que-gera-energia-comeca-a-
ser-testado-em-ciclovia-de-curitiba>. Acesso em 06 de set. 2018.
AUTO & MÁQUINAS – ROBERTO COSTA. BMW Vision E³ Way: conceito de estrada
elevada para mobilidade em duas rodas. Disponível em:
<http://robertopcosta.blogspot.com/2017/11/bmw-vision-e-way-conceito-de-estrada.html>.
Acesso em 06 de set. 2018.
ECYCLE. Trampe Cyclocable: o "teleférico" que dá uma ajudinha ao ciclista nas subidas.
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-
177
favor/2242-trampe-cyclocable-ajuda-o-ciclista-e-o-meio-ambiente.html>. Acesso em 06 de
set. 2018.
HOLANDA cria ciclovias com faixas que 'acendem' e pistas aquecidas. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=G2oa4EEdmd4>. Acesso em 06 de set. 2018.
178
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Eco-Cycle: o estacionamento
subterrâneo para bikes, 2012. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/3232/ecocycle-o-estacionamento-subterraneo-para-
bikes.html>. Acesso em 06 de set. 2018.
179
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Moreelsbrug, a nova ponte para
pedestres e ciclistas. Em Utrecht, Holanda. Disponível em:
<http://www.mobilize.org.br/noticias/10328/moreelsbrug-a-nova-ponte-para-pedestres-e-
ciclistas-em-utrecht-holanda.html>. Acesso em 06 de set. 2018.
TECMUNDO. Cidade holandesa ganha ponte para ciclistas impressa em 3D. Disponível
em: <https://www.tecmundo.com.br/produto/123408-cidade-holandesa-ganha-ponte-ciclistas-
impressa-3d-video.htm>. Acesso em 06 de set. 2018.
180
EQUIPAMENTOS E SEGURANÇA
181
BACKTRACKER: RADAR DE APROXIMAÇÃO DE VEÍCULOS
182
máquinas de venda automáticas (custo de aproximadamente US$5), disponibilizadas junto
às estações de compartilhamento de bicicletas em Nova York. Ainda é necessário possuir as
certificações necessárias para sua comercialização, mas sua idealizadora garante que
realizou vários testes durante o desenvolvimento do projeto.
E aí, será que é seguro? Assista ao vídeo com os testes de impacto e acesse o site
oficial do projeto.
Olhem que interessante essa ideia, um projetor que antecipa as intenções do ciclista.
O Cyclee funciona através da projeção de mensagens (sinais) nas costas dos ciclistas. Para
isto, basta fixá-lo na parte de trás da bicicleta, direcionando o projetor para as costas do
ciclista.
A projeção de sinais como
virar à direita/esquerda, parar ou
seguir é feita após o Cyclee detectar
os movimentos do ciclista,
antecipando sua intenção para os
outros condutores. Os sinais são
programados no celular do ciclista e Fotos: Elnur Babayev
enviados via Bluetooth para o Cyclee.
183
FONTUS: PARA PEDALAR SEM SEDE
184
ENERGY RETURN WHEEL (ERW): PNEU SEM AR
Lumos, o capacete inteligente para ciclismo conta com luzes de freio automáticas e
de indicação de direção com controle sem fio. Sua fabricante lançou uma atualização que
incorporou também controle das luzes por gestos através da Apple Watch. É preciso instalar
os aplicativos iOS e watchOS e emparelhar o Iphone via Buetooth com o capacete e calibrar
o relógio com os gestos para esquerda e direita. Veja no vídeo seu funcionamento!
186
SISTEMA DE DETECÇÃO DE PEDESTRES E CICLISTAS EM ÔNIBUS
Pensando em maior
segurança para pedestres e
ciclistas, a empresa sueca Volvo
lançou o Sistema de Detecção de
Pedestres e Ciclistas para seus
ônibus híbridos elétricos. O
sistema utiliza uma câmera que
identifica pedestres e ciclistas
próximos ao ônibus e emite um sinal sonoro para avisá-los de sua aproximação. O motorista
do ônibus também recebe um alarme sonoro e luminoso dentro do veículo. Em casos onde o
há grande risco de acidente/colisão, o ônibus emite uma buzina automaticamente.
Com o aumento gradual da frota de veículos híbridos e elétricos, os ruídos típicos de
escapamentos diminuirão e com veículos mais silenciosos aumenta o risco de pedestres e
ciclistas não perceberem sua aproximação. Curitiba, no Paraná, já conta com alguns
veículos deste tipo, o Hibribus, circulando e, inclusive, participando dos testes deste sistema.
Assista ao vídeo para entender como funciona esta nova tecnologia.
187
AMPY: O APARELHO QUE PERMITE CARREGAR CELULAR COM O MOVIMENTO DO
CORPO
Para dar um up no visual de quem pedala à noite sem deixar de lado a segurança, a
empresa Vespetine (Nova York) criou uma coleção de coletes refletivos bem peculiar. Além
de sua função utilitária – refletir a luz dos veículos, os coletes servem como vestimenta para
os mais fashionistas.
188
A empresa utiliza poliéster
100% reciclado e fita
refletiva da 3M. O preço?
Salgado como os produtos
da moda, ficam entre 100 e
350 dólares.
Provavelmente dispensável
pela maioria dos ciclistas
que estão em outra vibe...
189
BOTTLE LOCK – CADEADO CAMUFLADO
Para os ciclistas que pedalam à noite, ser visto é muito importante em termos de
segurança. O site TreeHuger listou 10 equipamentos que ajudam a dar visibilidade ao
ciclista no escuro. Se você quiser conhecer os outros aparelhos da lista, confira no site.
190
Quem pedala sabe que sinalizar com
as mãos suas manobras no trânsito ajudam
muito no quesito segurança. Com a intenção
de facilitar a visualização
durante a noite é que surgiu a
Youturn, um protótipo de luva
iluminada. Outra opção é a
Turn Signal Gloves.
O pneu especial fabricado na França pela empresa Hutchinson Tires promete alta
performance e dificilmente deixará os ciclistas na mão durante a pedalada. Ele não possui
câmara de ar e conta com uma proteção que evita que o pneu murche. Será que funciona??
Clique na imagem e veja a animação criada para promover o Serenity.
191
SUOR?! PODE IR ARRANJANDO OUTRA DESCULPA
192
HÖVDING – CAPACETE INFLÁVEL
Algumas pessoas não gostam de usar capacete para pedalar para não estragar o
penteado seja pelo suor, desconforto ou pelas marcas que ficam. O capacete criado pelas
designers suíças Anna Haupt e Terese Alstin foi projetado justamente pensando nessa
resistência de alguns ciclistas, pois tem a função de proteção ao mesmo tempo em que não
deixa os cabelos amassados. Semelhante a um airbag, o Hövding é usado como se fosse
uma gola no pescoço e infla ao detectar movimentos bruscos como em quedas e colisões,
protegendo toda a cabeça e pescoço.
193
GADGETS
Veja também o vídeo com 10 gadgets incríveis para bicicletas e gadgets para
bicicletas que explodirão sua mente, esses dispositivos criados para facilitar, orientar,
proporcionar mais eficiência, segurança, conforto e proteção... e o que mais a sua
imaginação puder inventar.
194
REFERÊNCIAS
AIR bag para ciclistas, Zero Hora, Porto Alegre, 31 maio 2012, Sobre Rodas, p. 2. AMPY –
VIVO CARREGADO. Ampy Move transforma a energia cinética do seu movimento na
energia da bateria para o seu smatphone e wearables. Disponível em:
<https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&sl=en&u=http://www.getampy.com/&prev=search>. Acesso em: 03 de set. 2018.
BIG THINK – Smarter Faster. SEIL Bag: Interactivity and safety for Urban Boking. Disponível
em: <http://bigthink.com/design-for-good/seil-bag-interactivity-and-safety-for-urban-biking>.
Acesso em: 03 de set. 2018.
BIKE É LEGAL. Tecnologia: espanhóis fazem sucesso com capacete dobrável. Disponível
em: <https://bikeelegal.com/tecnologia-espanhois-fazem-sucesso-com-capacete-dobravel/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.
CLOSCA DESIGN. Closca Fuga: the bike helmet at MoMA. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=WUc6vwzjMiw>. Acesso em: 03 de set. 2018.
DRAFT ACADEMIA. A Velô acredita em ciclistas urbanos da vida real: e quer que você
seja um deles. Disponível em: <https://projetodraft.com/a-velo-acredita-em-ciclistas-
urbanos-da-vida-real-e-quer-que-voce-seja-um-deles/>. Acesso em: 03 set. 2018.
195
ECOD. Bicicleta vem com "tinta solar" para tornar as pedaladas noturnas mais
seguras. Disponível em: <http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/marco/bicicleta-
utiliza-tinta-solar-para-tornar-as#ixzz5Mxq2bF00>. Acesso em: 03 de set. 2018.
ECYCLE – Sua pegada mais leve. EcoHelmet: capacete de papelão para ciclistas casuais é
dobrável, resistente e reciclável. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/component/content/article/37-tecnologia-a-favor/5285-
ecohelmet-capacete-de-papelao-para-ciclistas-causais-e-dobravel-resistente-e-
reciclavel.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.
EPOFILMS. Terese Alstin & Anna Haupt - Inflatable bike helmet. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=PeBUWaxLWwg>. Acesso em: 03 de set. 2018.
EU VOU DE BIKE. Animação promove pneu que não fura nunca. Disponível em:
<http://www.euvoudebike.com/2011/12/animacao-promove-pneu-que-nao-fura-nunca/>.
Acesso em: 03 de set. 2018.
196
EU VOU DE BIKE. Garrafinha camufla cadeado de bicicleta. Disponível em:
<http://www.euvoudebike.com/2011/10/garrafinha-camufla-cadeado-de-bicicleta/>. Acesso
em: 03 de set. 2018.
G1 – AUTOESPORTE. Volvo lança sistema que detecta ciclistas e freia carro sozinho.
Disponível em: <http://g1.globo.com/carros/noticia/2013/03/volvo-lanca-sistema-que-detecta-
ciclistas-e-freia-carro-sozinho.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.
GREENME. Cyclee, o dispositivo hi-tech que projeta setas e stop nas costas dos
ciclistas. Disponível em: <https://www.greenme.com.br/locomover-se/bicicleta/2028-cyclee-
dispositivo-hi-tech-projeta-sinais-cicilistas>. Acesso em: 03 de set. 2018.
197
MEIO & MENSAGEM. Volvo promove segurança de ciclistas. Disponível em:
<http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/2015/04/27/volvo-promove-
seguranca-dos-ciclistas.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.
MTB BRASÍLIA. Garmin compra a Ikubu: fabricante do radar para bikes Backtracker, 2015.
Disponível em: <http://www.mtbbrasilia.com.br/2015/01/16/garmin-compra-a-ikubu-
fabricante-do-radar-para-bikes-backtracker/>. Acesso em: 03 de set. 2018.
198
PURE Fix Cycles: Glow Series. Disponível em: <https://vimeo.com/48614676>. Acesso em:
03 de set. 2018.
TECHZONE. 10 Gadgets incríveis para bicicletas que você precisa ver. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=lMdkBlNGXok>. Acesso em: 03 set. 2018.
TECHZONE. Gadgets para bicicletas que explodirão a sua mente. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=NPJOhFEEx4c>. Acesso em: 03 de set. 2018.
TECMUNDO. Capacete "invisível": para ciclistas que querem proteção e estilo. Disponível
em: <https://www.tecmundo.com.br/curiosidade/29152-capacete-invisivel-para-ciclistas-que-
querem-protecao-e-estilo-video-.htm>. Acesso em: 03 de set. 2018.
TECMUNDO. Capacete inteligente para ciclistas agora reconhece gestos via Apple
Watch. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/produto/129929-capacete-lumos-
adiciona-sistema-controle-gestos-via-apple-watch.htm>. Acesso em: 03 de set. 2018.
ZACKEES. Zackees Best Bike Light - Turn Signal Gloves for your bicycle ride.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=PCRJu2ThymU&feature=youtu.be>.
Acesso em: 03 de set. 2018.
199
EVENTOS, CAMPANHAS, AÇÕES E PRÊMIOS
DE BIKE AO TRABALHO
Rede Bike Anjo. O dia escolhido para a ação é sempre a segunda sexta-feira do mês de
maio e busca a conscientização sobre as vantagens para a saúde, meio ambiente,
economia... ao se optar pela bicicleta em detrimento do carro.
200
A Bike Anjo promove a campanha, mas qualquer cidadão ou empresa pode organizar
a ação em sua cidade. Para saber mais sobre o De Bike ao Trabalho visite o site e participe!
E não precisa esperar o próximo mês de maio para começar a pedalar para o trabalho,
aproveite para ir treinando...
RESPEITÔMETRO
201
DIA SEM CARRO – PARIS
Com intenção de se tornar uma cidade voltada para as pessoas e incentivar o uso de
transporte ativo, a capital francesa, em sua última edição do Dia sem Carro, fechou
totalmente as ruas da cidade para veículos. Somente pedestres e ciclistas podiam transitar e
também veículos como ambulância e bombeiros, mas com velocidade limitada a 30km/h. A
experiência foi de harmonia no compartilhamento das vias.
O Dia sem Carro busca proporcionar reflexão sobre o uso massivo do veículo
automotor e suas implicações para o meio ambiente, promovendo um deslocamento mais
ativo das pessoas. Nesta última edição, a redução na poluição atmosférica foi de 35%, além
de 54% menos ruído.
Para contribuir com o sucesso do evento, foi realizado um trabalho informativo prévio,
com investimento em publicidade e orientações a fim de esclarecer a população sobre a
dinâmica do Dia sem Carro.
Clique aqui e leia a reportagem “Como foi o mais ousado Dia sem Carro já feito em
Paris”.
O Desafio Intermodal foi organizado pelo Programa Ciclovia da UFPR, Prefeitura de Curitiba e parceiros
A capital francesa irá sediar os Jogos Olímpicos de 2024 e a atual prefeita, Anne
Hidalgo, pretende, até lá, transformar a forma de mobilidade da cidade. A prevalência dos
carros nas ruas estão com os dias contados. Preocupada com os índices de poluição do ar,
responsável pela morte anual de 6500 pessoas, a prefeita quer abolir até 2020 a circulação
de veículos movidos à combustão, além de dobrar a malha cicloviária.
A ideia é favorecer a mobilidade de pedestres e ciclistas nos espaços públicos, investindo
em modais mais sustentáveis e em qualidade de vida.
Neste link você poderá visualizar fotos de campanhas educativas de várias partes
do mundo que incentivam o uso de diferentes modais, entre eles a bicicleta, como as dos
exemplos abaixo:
Fotos: Divulgação
203
FÓRUM MUNDIAL DA BICICLETA
204
REFERÊNCIAS
AKATU – Consumo consciente para um futuro sustentável. Bike Anjo lança Prêmio SP de
Bike ao Trabalho para empresas em São Paulo. Disponível em:
<https://www.akatu.org.br/noticia/bike-anjo-lanca-premio-sp-de-bike-ao-trabalho-para-
empresas-em-sao-paulo/> e <https://debikeaotrabalho.org>. Acesso em: 03 de set. 2018.
GAÚCHA ZH. Com régua gigante, Detran "ensina" motoristas a respeitar ciclistas no
Moinhos de Vento. Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-
alegre/noticia/2017/09/com-regua-gigante-detran-ensina-motoristas-a-respeitar-ciclistas-no-
moinhos-de-vento-9905793.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.
205
MOBILIADE URBANA SUSTENTÁVEL – MOBILIZE. Dia 12 de maio é dia de ir De Bike ao
trabalho. Participe!, Disponível em: <http://www.mobilize.org.br/noticias/10365/dia-12-de-
maio-e-dia-de-ir-de-bike-ao-trabalho-participe.html>. Acesso em: 03 de set. 2018.
THE CITY FIX BRASIL. Como foi o mais ousado Dia sem Carro já feito em Paris.
Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/02/como-foi-o-mais-ousado-dia-sem-
carro-ja-feito-em-paris/>. Acesso em: 03 de set. 2018.
THE CITY FIX BRASIL. Paris quer sediar os Jogos Olímpicos de 2024 sem carros nas
ruas. Disponível em: <http://thecityfixbrasil.com/2017/10/16/paris-quer-sediar-os-jogos-
olimpicos-de-2024-sem-carros-nas-ruas/>. Acesso em: 03 de set. 2018.
206