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PSICOLOGIA SOCIAL E
ORGANIZACIONAL
1. INTRODUÇÃO
evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes".
Conduta interdisciplinar, visão holística e educação, caracterizarão a existência
humana de forma singular na formação de hábitos saudáveis. Os hábitos são responsáveis
pelo caráter do ser humano, tomando-o digno ou vulgar, conforme a contextura emocional
de que se reveste, porquanto os valores que exornam a personalidade definem- lhe a forma
de ser.
Valores como a fé, a esperança, a alegria, a honestidade, a confiança, os
sentimentos que enriquecem a vida, aguardam ser reconhecidos, a fim de multiplicar-se.
O hábito, portanto, de pensar e de agir corretamente, torna-se indispensável
para uma existência digna.
Decorrente dele, a ação da gratidão assume postura compatível com as
conquistas logradas, ensejando novos horizontes a serem alcançados.
Possivelmente, por essa razão, quando Jesus ensinou aos Seus discípulos a
Oração dominical, colocou em primeiro lugar a exaltação ao Pai que está nos Céus,
santificando-lhe o nome...
A gratidão deve presidir todos os hábitos do ser humano, compondo um caráter
ilibado pelos atos praticados, especialmente ante as diretrizes do Evangelho.
2
KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 1ª ed. Editora Perspectiva.
São Paulo, 1982.
SAÚDE E NEUROCIÊNCIAS
A maioria dos indivíduos tem uma preferência por um destes “modos” de usar o
pensamento, ou melhor, de usar o cérebro; poucos, no entanto, exercitam os dois “modos”
(ambidestros). Em geral a Escola tende a valorizar o modo de pensar do hemisfério
esquerdo (que enfatiza o pensamento lógico e a análise) em detrimento do modo
característico do hemisfério direito (que é mais adequado para as artes, os
sentimentos e a criatividade).
O multidimensinal: o ser
humano é ao mesmo tempo biológico,
psíquico, social, afetivo, racional,
espiritual.
O complexo: tecido junto –
elementos diferentes são inseparáveis
constitutivos do todo (ordem explícita e
implícita – razão e emoção).
Antinomia – ciência
hiperespecializada – fechada em si
mesma – disjunção entre humanidades
e ciências – enfraquecimento da
percepção do global gerando
enfraquecimento da responsabilidade –
enfraquecimento da solidariedade.
3
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas. A Teoria na Prática. Artmed. Porto Alegre,
2000.
4
FERREIRA, Aurélio B. de H. Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. 11ª ed.
Gamma Editores. Rio de Janeiro, 1981.
AS DUAS FUNÇÕES
DEVEM ESTAR EM
HARMONIA PARA
QUE O INDIVÍDUO
SINTA-SE PLENO!
AUTOESTIMA NO TRABALHO
Uma das necessidades percebidas pelo homem foi a de procurar organizar a sua
realidade, o seu meio-ambiente, suas organizações, através da elaboração de
conhecimentos necessários para direcionar e esclarecer as relações humanas e os
elementos que as compõem.
Para atender sua condição física, incluindo sua segurança, modificou o meio,
transformando-o, desenvolvendo conceitos mecanicistas. Neste sentido, traçou parâmetros
para a tudo explicar através da junção da física, da mecânica e da matemática, a partir do
século XVIII, chegando a promover comparações do homem com a máquina através da
recém instituída física social, determinando que seus processos e condições psicológicas
poderiam ser analisados através de princípios da mecânica, avaliando, também, que o
comportamento humano poderia ser visto através das mesmas leis com que se observa a
astronomia.
Ora, dentro deste contexto, não foi difícil adir que as organizações sociais, o
poder e a autoridade eram resultantes das pressões de átomos e moléculas sociais. Daí
avançar para uma estática social, a teoria do equilíbrio social, análoga à estática da
mecânica física e a dinâmica social, que envolvia o movimento como função do tempo e do
espaço, às quais se podia exemplificar pelas curvas matemáticas.
Respeitando todo enunciado acadêmico, peço licença para dizer que esta visão é
superficial, pois olha a realidade social por um prisma unilateral, acanhado da realidade
social, culminando com o primeiro modelo sistêmico para interpretação das relações dos
homens. Este modelo constituiu uma base filosófica para a implantação de sistemas
administrativos autoritários.
A Física, disciplina exemplar de uma ciência newtoniana-cartesiana, foi uma das
primeiras a dividir-se, por assim dizer, em duas: Física Clássica e Física Moderna. Esta
iniciou-se dentro do contexto paradigmático de concepção de processos sistêmicos,
compreendendo o conceito de sistemas numa dinâmica diferente para a organização e
interação de seus componentes. Enquanto os termos mecânicos e orgânicos pressupunham
uma organização predeterminada e constante, o processo sistêmico representa o
rompimento com estas duas condições.
A Física Moderna teve seu início em 1905 com a construção teórica da Teoria
Específica da Relatividade elaborada por Albert Einstein. Dez anos após, trazendo a força
gravitacional para sua teoria, transformou-a em Teoria Geral da Relatividade.
A partir daí as disciplinas, as ciências, foram se constituindo também nesta nova
forma de ver a realidade. A ideia de sistemas, de processos, encampava, agora, a
sociedade, criando a concepção de uma estrutura onde acontece a organização dos valores
que estarão intimamente ligados a outros processos que se acomodam em constantes
mudanças às transformações do ambiente em que se encontra.
Dito isto, podemos iniciar uma reflexão sobre a importância da ação psicológica
dentro das organizações, dentro da visão social das organizações que humaniza sempre as
relações.
O paradigma humanista foca as pessoas, considerando sua história, seu tempo e
seu espaço específico, estudando o indivíduo enquanto sujeito de um processo em
construção dentro das teorias administrativas, teorias organizacionais e, mais recentemente,
dos estudos organizacionais. Essa discussão perpassa as contribuições multidisciplinares
das áreas de Ciências Sociais, da Psicologia, da Sociologia e da Antropologia.
Segundo Marivane da Silva o desenvolvimento sustentável na perspectiva
Humanista perpassa pela compreensão dos estudos organizacionais numa reflexão mais
profunda, reportar-se a Nogueira (2007):
O estresse e o tédio são na verdade dois extremos de uma mesma reta, ou faces
opostas de uma mesma moeda. O primeiro resulta da superestimulação e o segundo, da
baixa estimulação. Não obstante, ambos produzem efeitos semelhantes, quais sejam:
Faça esse terceiro exercício. Feche os olhos. Comece respirando pelo nariz,
devagar e profundamente. Solte o ar pela boca, ligeiramente entreaberta, devagar e
completamente. Continue respirando desta maneira permitindo que o seu abdômen suba ao
inspirar e desça ao expirar. Enquanto respira, vá relaxando o corpo. Agora concentre-se
apenas na sensação do ar movendo-se para dentro e para fora dos seus pulmões.
Diga para si mesmo: “Relaxe-se”, cada vez que expirar. Concentre-se nas
sensações provocadas pelo ar movendo-se no seu nariz, traqueia ou tórax. Ou no seu
abdômen, subindo e descendo.
AS RAÍZES DA AUTOESTIMA
1. Razão – agir com bom-senso em todos as situações, buscando refletir sobre cada ação a
ser tomada.
2. Realismo - Ter uma atitude realista com otimismo perante a vida, sem subestimar
ou superestimar suas capacidades; indivíduos com autoestima elevada tendem a avaliar
suas capacidades de maneira realista.
3. Intuição/Emoção – buscar ouvir a intuição, sentir a própria emoção nas ações a serem
tomadas, valorizando a inspiração, conectando-a com a razão.
4. Criatividade - Pessoas criativas ouvem seus sinais
interiores e confiam neles mais do que a média. São
mais autossuficientes. Podem aprender com os outros
ou inspirar-se neles. Mas valorizam os próprios
pensamentos e as próprias percepções mais que a
média das pessoas.
5. Independência - A prática de pensar
por si mesmo é tanto causa como
consequência da autoestima
saudável. Também o é a prática de
assumir toda a responsabilidade pela
própria existência - pela concretização
de seus objetivos e pela conquista da
felicidade.
6. Flexibilidade - Ser flexível é ser capaz de reagir às mudanças sem
apegos inadequados ao passado. O apego ao passado diante de
circunstâncias novas e mutáveis é, em si, produto da insegurança, da
falta de autoconfiança. A rigidez é, em geral, a reação da mente que
não confia em si mesma para lidar com o novo, ou dominar o
desconhecido.
7. Capacidade para enfrentar mudanças - A autoestima não considera
a mudança algo assustador, pelas razões descritas no parágrafo
anterior. A autoestima flui com a realidade; a indecisão íntima luta
contra ela. A autoestima acelera o tempo de reação; a indecisão íntima retarda-o.
8. Disponibilidade para admitir (e corrigir) erros -. A pessoa com autoestima saudável
não se envergonha de dizer, quando a ocasião exige, "Eu estava errado".
9. Benevolência e cooperação - Se estou centrado em mim mesmo, se estou seguro de
meus limites, confiante em meu direito de dizer "sim" e "não" quando quero, a
benevolência será a consequência natural. Não tenho por que ter medo dos outros, nem
preciso me proteger atrás das muralhas da hostilidade. Se estou seguro de meu direito
• Segurança,
abrangendo
abrigo,
emprego,
família, uniões, etc.;
• Afeto que envolve: carinho, amizade, nos mais diferentes âmbitos;
• Status ou estima social, enfatizando o reconhecimento nos grupos sociais
de amigos, familiares e de trabalho;
• Autorrealização ou atualização, o ápice da pirâmide, que é representada por
ideias humanitárias. O indivíduo torna-se mais despojado e voltado para o
bem comum. Ele precisa continuamente atualizar-se e concretizar feitos
dignificantes.
Muitas interpretações e reformulações foram indicadas para a proposta inicial
de Maslow. Contudo, por mais questionada que seja, não podemos deixar de reconhecer
que essas necessidades ou carências existem na maioria dos homens e mulheres.
Logo, usando um “espelho” e a pirâmide de Maslow, avalie o exercício acima
sobre a reflexão para mudança de comportamento. Anote suas observações:
Conta-nos antiga fábula judaica que um Rabino estava muito curioso para
conhecer os mistérios do céu e do inferno.
Certo dia apareceu-lhe um Anjo e o convidou para conhecer esses mistérios.
Primeiro foram ao inferno. Ao abrirem a porta o rabino deparou-se com uma
cena que lhe tocou o coração. Num enorme salão, observou um caldeirão onde se
cozinhava uma suculenta sopa. Em volta do caldeirão, em forma de círculo, estavam
sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo
tão comprido que lhe permitiria alcançar o caldeirão, mas não as suas próprias bocas. O
sofrimento era imenso. As pessoas sentindo o cheiro da sopa deliciosa, ficavam
desesperadas, permanecendo famintas, pois ao tentar se alimentarem, todo o conteúdo da
colher caia no chão e elas novamente repetiam a tentativa incessantemente.
Em seguida, o Anjo levou o rabino para conhecer o céu. Entraram em um salão
idêntico ao primeiro. Havia o mesmo caldeirão; a mesma sopa suculenta e cheirosa sendo
cozida; as pessoas sentadas em volta; as colheres de cabo comprido. Tudo idêntico com
exceção de que aqui, as pessoas estavam saciadas, tranquilas, todas muito bem
alimentadas.
“Eu não compreendo”, disse o rabino. “Por que aqui as pessoas estão felizes,
saciadas, enquanto no outro salão morrem de aflição, se tudo é igual?”
O Anjo sorriu e respondeu: “Você não percebeu? É porque aqui elas perceberam
que podem dar comida umas às outras”.
****************
O trabalho em equipe poderá, como observamos nesta alegoria, transformar-se
num “inferno” ou num “céu”. Se tivermos um comportamento egoístico e egocêntrico o
ambiente de trabalho transforma-se num verdadeiro “inferno”. Ao contrário se tivermos um
comportamento de apoio mútuo dentro de uma interdependência sinérgica, cada um
cumprindo com a sua função em sintonia com as funções dos demais integrantes da
equipe, todos permanecem satisfeitos e tranquilos trabalhando em torno do mesmo ideal.
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