Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Agente Penitenciário
A Apostila Preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial, com
base no último concurso para este cargo, elaboramos essa apostila a fim que o
aluno antecipe seus estudos.
Quando o novo concurso for divulgado aconselhamos a compra de uma nova
apostila elaborada de acordo com o novo Edital.
A antecipação dos estudos é muito importante, porém essa apostila não lhe dá
o direito de troca, atualizações ou quaisquer alterações sofridas no Novo Edital.
NB050 - 2016
PORTUGUÊS
língua padrão culta nas suas modalidades oral e escrita, nesta incluídos os aspectos formais relativos à ortografia
oficial, à acentuação gráfica e à pontuação................................................................................................................................01
A palavra: estrutura, processos de formação, classificação, flexão e emprego. . ............................................................12
Articulações sintáticas da oração, do período simples e do período composto. ............................................................52
A sintaxe de concordância nominal, de concordância verbal, de regência nominal, de regência verbal e de colocação.
. ...............................................................................................................................................................................................62
O texto: compreensão, interpretação e articulações semântico-textuais.........................................................................73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
Conceitos básicos de Informática. Noções de hardware e software de computador, dispositivos de entrada, de saída e
de armazenamento de dados. ....................................................................................................................................................01
Noções de sistemas operacionais: Microsoft Windows e Linux. ......................................................................................22
Processadores de Texto: Microsoft Word e BROFFICE Writer.......................................................................................44
Planilhas eletrônicas: Microsoft Excel e BROFFICE Calc. .............................................................................................88
Didatismo e Conhecimento
Índice
Noções de redes de computadores, Internet e Intranet. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer e Mo-
zilla Firefox) e correio eletrônico. Grupos de discussão, sites de busca e pesquisa na Internet.........................................130
Noções de segurança e proteção da informação: vírus e antivírus, cópias de segurança (backup), medidas de seguran-
ça..................................................................................................................................................................................................158
NOÇÕES DE DIREITO
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Princípios fundamentais do Estado brasileiro; ............01
Direitos e garantias fundamentais; . ...................................................................................................................................01
A segurança pública. Direitos Humanos: Concepções. O Estado e as garantias à pessoa em privação de liberdade.
. ...............................................................................................................................................................................................01
Carta das Nações Unidas (1945): art.1º, §3º e art.55.
Declaração Universal dos Direitos Humanos (adotada e proclamada pela Resolução 217-A (III) – da Assembléia Geral
das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948): universalidade, igualdade e não discriminação (artigos 1º, 2º e 7º); direi-
to à vida, à liberdade e à segurança (art.3º); direito de ir e vir e proibição de prisão arbitrária (arts.9º e 13); asilo (art.14).
. ...............................................................................................................................................................................................03
Convenção para a prevenção e a repressão do crime de genocídio: conceito de genocídio (art.2º), responsabilidade
(art.4º), genocídio e extradição (art.13). . ..................................................................................................................................04
Os Direitos Humanos na Constituição Federal de 1988 (artigos 5º ao 16)......................................................................05
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos, deveres e regime disciplinar dos Funcionários Públicos Civis do Estado do Ceará (Lei Estadual Nº9.826, de
14 de maio de 1974). . ..................................................................................................................................................................01
Lei Nº14.582, de 21/12/09 (D.O.E de 28/12/09) e suas alterações. Redenomina a Carreira Guarda Penitenciária, e dá
Outras Providências. ..................................................................................................................................................................30
Sistema de Revistas nos Estabelecimentos Penais do Estado do Ceará (Decreto Estadual Nº25.050, de 14 de julho
de 1998, publicado no DOE de 16/07/98). Regimento Geral dos Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará (Anexo
Único da Portaria Nº240/2010, de 16 de abril de 2010, publicada no Diário Oficial de 28 de abril de 2010 e republicada no
DOE de 24 de agosto de 2010).....................................................................................................................................................36
Didatismo e Conhecimento
Índice
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Lei Federal Nº10.826, de 22/12/2003 (Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição,
sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm). .......................................................................................................................01
Decreto Federal Nº5.123, de 1/07/2004 (Regulamenta a Lei Nº10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre
registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define
crimes). . .......................................................................................................................................................................................07
Lei Estadual Nº12.567, de 03/04/96, publicada no DOE de 29/04/96. (Institui porte de arma de defesa para Agentes
Penitenciários do Estado do Ceará e dá outras providências). . .............................................................................................17
Lei Federal Nº7.210/84 (Lei de Execução Penal): Direitos preservados (artigo 3º); Do condenado, do internado e
egresso (artigos 5º a 26); Dos deveres, direitos e disciplina do condenado (artigos 38 a 52); Dos estabelecimentos penais
(artigos 82 a 104); Dos regimes (artigos 110 a 118). .................................................................................................................17
Leis Federais Nº8.072/90 e Nº8.930/94 (Dá nova redação ao art.1º da Lei Nº8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe
sobre os crimes hediondos, nos termos do art.5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências).
. ...............................................................................................................................................................................................23
Lei Federal Nº9.455/97 (Define os crimes de tortura e dá outras providências). ..........................................................25
Lei Federal Nº11.343/06 (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD): Título III - Capítulo III,
Dos crimes – arts.27 ao 30; Título IV - Capítulo II, Dos Crimes – arts.33 ao 47...................................................................26
Didatismo e Conhecimento
SAC
Atenção
SAC
Dúvidas de Matéria
A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@
novaconcursos.com.br.
Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da
matéria em questão.
Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/
matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:.
Português - paginas 82,86,90.
Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo
demorar em média 10 (dez) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio do mesmo.
Erros de Impressão
Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso
encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@novaconcursos.com.br.
Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA
APOSTILA auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a
organizadora dos concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe
de nossa equipe.
Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com
base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de enviar gratuitamente a retificação APENAS por
e-mail e também disponibilizaremos em nosso site, www.novaconcursos.com.br/, na opção ERRATAS.
Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para
quaisquer dúvidas ou esclarecimentos.
nova@novaapostila.com.br
@novaconcurso\\
/NOVAConcursosOficial
NovaApostila
Atenciosamente,
NOVA CONCURSOS
Grupo Nova Concursos
novaconcursos.com.br
Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.
Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA
O fonema z:
A LÍNGUA PADRÃO CULTA NAS SUAS
Escreve-se com S e não com Z:
MODALIDADES ORAL E ESCRITA, *os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo,
NESTA INCLUÍDOS OS ASPECTOS ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa, fregue-
FORMAIS RELATIVOS À ORTOGRAFIA sia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
OFICIAL, À ACENTUAÇÃO *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.
GRÁFICA E À PONTUAÇÃO. *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
seste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”:
aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difun-
dir - difusão
ORTOGRAFIA *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisi-
nho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta *após ditongos: coisa, pausa, pouso
das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua. *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”:
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no
anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados
diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do
Escreve-se com Z e não com S:
grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo:
a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular macio - maciez / rico - riqueza
do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
palácio ou passo, movimento durante o andar). não termine com s): final - finalizar / concreto - concretizar
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se obser- *como consoante de ligação se o radical não terminar com s:
var as seguintes regras: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema s: O fonema j:
Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas Escreve-se com G e não com J:
derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
/ inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas ex-
divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / ceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir
- sensível / consentir - consensual Observação: Exceção: pajem
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio,
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos relógio, refúgio.
verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
terminados por tir ou meter: agredir - agressivo / imprimir - im- *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
pressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso *depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com
/ percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / j: ágil, agente.
comprometer - compromisso / submeter - submissão Escreve-se com J e não com G:
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a pala- *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
vra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re +
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, man-
surgir - ressurgir
jerona.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: fi-
casse, falasse *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto- 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita?
grafia A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.
Questões sobre Ortografia C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre as
frases que seguem, a única correta é: 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
a) Ele se esqueceu de que? NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas ela
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o verbo no
entre os presentes. tempo futuro.
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. (A) Mas elas cresceram...
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos fun- (B) Mas elas cresciam...
cionários. (C) Mas elas cresçam...
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. (D) Mas elas crescem...
(E) Mas elas crescerão...
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alternativa
cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma- 07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU-
-padrão. NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o trecho
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão ansioso e sofre-
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. dor...– está escrito corretamente no plural.
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos ansioso
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. e sofredores...
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! (B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansio-
so e sofredores...
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). (C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos ansio-
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os sos e sofredores...
usuários sobre o festival Sounderground. (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões ansioso
Prezado Usuário e sofredores...
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me- (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansio-
trô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, sos e sofredores...
começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os 08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011)
músicos que tocam em estações do metrô. Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a norma culta:
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso
divirta-se! posso me queixar com razão.
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultrapas-
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões sarmos os infortúnios da vida.
A) A fim ...a partir ... as C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver-
B) A fim ...à partir ... às mos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
C) A fim ...a partir ... às D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, principal-
D) Afim ...a partir ... às mente daqueles que procuram viver com dignidade e simplicidade.
E) Afim ...à partir ... as E) As dificuldades por que passamos certamente nos fazem
mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta: 5-)
A) Porque essa cara? A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. =
B) Não vou porque não quero. mendigo/caderneta/poupança
C) Mas por quê? C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. =
D) Você saiu por quê? mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO =mendigo/depositou/caderneta/poupança
FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igualmente
correta do termo “autópsia” é autopsia. 6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas elas
( ) Certo crescerão...
( ) Errado
7-) Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa cor-
GABARITO reta já indica onde estão as inadequações nos demais itens.
01.E 02. D 03. C 04. A 05. B
06. E 07. C 08. E 09. A 10. C 8-) Fiz as correções entre parênteses:
A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortúnios,
RESOLUÇÃO
por isso posso me queixar com razão.
B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes para ul-
1-)
(A) Ele se esqueceu de que? = quê? trapassarmos os infortúnios da vida.
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para distribui C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver-
-lo (distribuí-lo) entre os presentes. mos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos excessivos D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto sofrimen-
nas críticas. to, principalmente daqueles que procuram viver com dignidade e
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindicações simplicidade.
dos funcionários. E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) passamos
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. certamente nos fazem mais fortes e preparados para os infortúnios
da vida.
2-)
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães 9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = ci- longe do ponto de interrogação.
dadãos
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = cer- 10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia
tidões (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus start.htm?sid=23)
RESPOSTA: “CERTO”.
3-) Prezado Usuário
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a HÍFEN
partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounder-
ground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar
em estações do metrô. os elementos de palavras compostas (couve-flor, ex-presidente) e
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e para unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei).
divirta-se! Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é,
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes de
no fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa;
horas: há crase
compa-/nheiro).
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica:
4-) Fiz a correção entre parênteses:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansie-
dade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos. 1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua esponta- unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formar
neidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua reputação de um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro,
pessoa cortês. tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de des- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
cançar (descansar) após o almoço sob a frondoza (frondosa) árvore
do pátio. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas:
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência dessa má- couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-menina, erva-doce,
goa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na superação feijão-verde.
dessa sua crise.
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa alta 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem:
quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente na concessão além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado, aquém-
de privilégios ilegítimos. -fiar, etc.
Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exce- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de
ções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor- -de-ro- composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista, etc.
sa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de- -co-
lônia, queima-roupa, deus-dará. 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, ben-
querer, benquerido, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói,
percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou Questões sobre Hífen
ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc.
01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quan- Acordo, está sendo usado corretamente:
do associados com outro termo que é iniciado por r: hiper-resisten- A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
te, inter-racial, super-racional, etc. B) Ela é muito mal-educada.
C) Ele tomou um belo ponta-pé.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex- D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
-presidente, vice-governador, vice-prefeito. E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, 02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen:
pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que faria uma
superalimentação.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo ter- E) O autodidata fez uma autoanálise.
mo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, eletro-higrómetro,
geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super- 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hí-
-homem. fen, respeitando-se o novo Acordo.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo termina B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal do cam-
na mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-ótica, peonato.
semi-interno, auto-observação, etc. C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros termos: D) O recém-chegado veio de além-mar.
reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar. E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro (ava-
linha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por hífen, rento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o hífen é
repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatório obrigatório:
e, ao final, coube apenas “anti-”. Na linha debaixo escreverei: “-in- A) em nenhuma delas.
flamatório” (hífen em ambas as linhas). B) na segunda palavra.
C) na terceira palavra.
Não se emprega o hífen: D) em todas as palavras.
E) na primeira e na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina
em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. Nesse caso, 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. Qual al-
passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, ternativa completa corretamente as lacunas?
infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. A) sobreumano/interregional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo ter- B) sobrehumano-interregional
mina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: C) sobre-humano / inter-regional
antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendiza- D) sobrehumano/ inter-regional
gem, hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. E) sobre-humano /interegional
06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às pa-
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e lavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale aquela que
“in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil, tem de ser escrita com hífen:
desabilitar, etc. A) (sub) chefe
B) (sub) entender
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segun- C) (sub) solo
do elemento começar com “o”: cooperação, coobrigação, coorde- D) (sub) reptício
nar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. E) (sub) liminar
Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
07.Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafa- 5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o campeonato
das corretamente: inter-regional.
A) autocrítica, contramestre, extra-oficial - Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som - Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato que se inicia a outra palavra
D) supervida, superelegante, supermoda
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante
de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender, subsolo, sub-
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incorreto. -reptício (sem o hífen até a leitura da palavra será alterada; /subre/,
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação ao invés de /sub re/), subliminar
B) bem-vindo / antessala /contra-regra
C) contramestre / infravermelho / autoescola 7-)
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói A) autocrítica, contramestre, extraoficial
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
emprego do hífen. E) sobressaia, minissaia, supersaia
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para rela- 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
cionamento extraconjugal.
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno. 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina antirrábica.
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina antirrábica. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
E) Era um suboficial de uma superpotência.
ACENTUAÇÃO
10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao empre-
go do hífen. A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras esta-
belecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas
A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando esta-
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
belecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colo-
C) O contrarregra comeu um contra-filé.
cando-as em prática na linguagem escrita.
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e logo
nos adequamos à forma padrão.
GABARITO
Regras básicas – Acentuação tônica
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C A acentuação tônica implica na intensidade com que são pro-
nunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
RESOLUÇÃO acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são
pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
1-)
A) autocrítica De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
C) pontapé como:
D) supermercado
E) infravermelhos Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última
sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada. Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na pe-
núltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
4-) Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está na
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de moleque (doce) antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médi-
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam co – ônibus
elementos de ligação.
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies ani- Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de uma
mais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, semen- sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba so-
tes), tenham ou não elementos de ligação. mente: são os chamados monossílabos que, quando pronunciados,
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos apresentam certa diferenciação quanto à intensidade.
de ligação. Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em
uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar
no exemplo a seguir:
Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
“Sei que não vai dar em nada, Antes Agora
Seus segredos sei de cor”. assembléia assembleia
idéia ideia
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os demais, geléia geleia
como átonos (que, em, de). jibóia jiboia
apóia (verbo apoiar) apoia
Os acentos paranóico paranoico
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras representam as ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país –
vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Luís
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos) Observação importante:
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o”
quando vierem depois de ditongo: Ex.:
indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlân-
Antes Agora
tico – pêssego – supôs
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos bocaiúva bocaiuva
e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles feiúra feiura
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abo- Sauípe Sauipe
lido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras deri-
vadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
Ex.:
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais na- Antes Agora
sais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã crêem creem
lêem leem
Regras fundamentais: vôo voo
enjôo enjoo
Palavras oxítonas:
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
“em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – ar- no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como
mazém(s) antes: CRER, DAR, LER e VER.
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos Repare:
ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há 1-) O menino crê em você
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas Os meninos creem em você.
de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo 2-) Elza lê bem!
Todas leem bem!
Paroxítonas: 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Esperamos que os garotos deem o recado!
- i, is : táxi – lápis – júri 4-) Rubens vê tudo!
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
Eles veem tudo!
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
* Cuidado! Há o verbo vir:
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê?
Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas Ele vem à tarde!
que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, Eles vêm à tarde!
ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando segui-
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”: dos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-
água – pônei – mágoa – jóquei te, sa-ir, ju-iz
Regras especiais: Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos),
que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem prece-
nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. didas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com
oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não
herói, céu, dói, escarcéu. serão mais acentuadas. Ex.:
Didatismo e Conhecimento 6
LÍNGUA PORTUGUESA
Antes Depois 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
apazigúe (apaziguar) apazigue GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a
averigúe (averiguar) averigue afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação.
argúi (arguir) argui A) tevê – pôde – vê
B) únicas – histórias – saudáveis
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural C) indivíduo – séria – noticiários
de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) D) diário – máximo – satélite
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, de- 05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
ter, abster. PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acen-
ele contém – eles contêm to gráfico tem justificativas gramaticais diferentes.
ele obtém – eles obtêm (...) CERTO
ele retém – eles retêm
( ) ERRADO
ele convém – eles convêm
06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram
acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” rece-
diferencial). Apenas em algumas exceções, como: bem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação grá-
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito per- fica.
feito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para dife- (...) CERTO
renciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indica- ( ) ERRADO
tivo). Ex:
Ela pode fazer isso agora. 07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mesmas
regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respecti-
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição vamente, são
por. a) trajetória, inútil, café e baú.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, esta- b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
remos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos, c) necessário, túnel, infindáveis e só.
“por” preposição. Ex: d) médio, nível, raízes e você.
Faço isso por você. e) éter, hífen, propôs e saída.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acentua-
Questões sobre Acentuação Gráfica dos graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação grá-
fica os vocábulos
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – A) também e coincidência.
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são acen- B) quilômetros e tivéssemos.
tuadas graficamente pelos mesmos motivos que justificam, respecti- C) jogá-la e incrível.
vamente, as acentuações de: década, relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída.
09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(C) óbvio, após, países.
PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo
(D) islâmico, cenário, propôs.
com a mesma regra de acentuação gráfica.
(E) república, empresária, graúda.
(...) CERTO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- ( ) ERRADO
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras GABARITO
de acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico. 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
(A) Distúrbio e acórdão. 06. C 07. D 08. B 09. E
(B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo. RESOLUÇÃO
(D) Consciência e características.
(E) Órgão e órfãs. 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona terminada
em ditongo / suíços = regra do hiato
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – (A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em ditongo /
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pala- tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”)
vras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com (B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / provável =
a mesma regra de acentuação gráfica. paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato
( ) CERTO (C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após = oxítona
( ) ERRADO terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
Didatismo e Conhecimento 7
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona terminada a) trajetória, inútil, café e baú.
em ditongo / propôs = oxítona terminada em “o” + “s” Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = paroxí-
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxítona termi- tona terminada em “l’; café = oxítona terminada em “e”
nada em ditongo / graúda = regra do hiato b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaústre = re-
2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro te- gra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + s”; sofá =
mos que classificar as palavras do enunciado quanto à posição de oxítona terminada em “a”.
sua sílaba tônica: c) necessário, túnel, infindáveis e só.
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; Antropológi- Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel = paro-
co = proparoxítona (todas são acentuadas). Agora, vamos à análise xítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona terminada em “i
dos itens apresentados: + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; acórdão = d) médio, nível, raízes e você.
paroxítona terminada em “ão” Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = paroxítona
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada em “o” terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será = oxítona terminada
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = proparo- em “a”.
xítona e) éter, hífen, propôs e saída.
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; caracte- Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona ter-
rísticas = proparoxítona minada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; saída =
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em “ão” e regra do hiato.
“ã”, respectivamente.
8-)
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; calúnia A) também e coincidência.
= paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxítona termina- Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência = pa-
da em ditongo. roxítona terminada em ditongo
RESPOSTA: “ERRADO”. B) quilômetros e tivéssemos.
Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparoxítona
4-) C) jogá-la e incrível.
A) tevê – pôde – vê Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona terminada em
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfeito do “l’
Indicativo) = acento diferencial (que ainda prevalece após o Novo D) Escócia e nós.
Acordo Ortográfico) para diferenciar de “pode” – presente do In- Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = monossíla-
dicativo; vê = monossílaba terminada em “e” ba terminada em “o + s”
B) únicas – histórias – saudáveis E) correspondência e três.
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada em Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; três =
ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo. monossílaba terminada em “e + s”
C) indivíduo – séria – noticiários
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = paro- 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba ter-
xítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona terminada minada em “o”; céu = monossílaba terminada em ditongo aberto
em ditongo. “éu”.
D) diário – máximo – satélite RESPOSTA: “ERRADO”.
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = proparo-
xítona; satélite = proparoxítona.
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. Am- PONTUAÇÃO
bas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima sílaba é tôni-
ca, “mais forte”). Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem
RESPOSTA: “ERRADO”. para compor a coesão e a coerência textual, além de ressaltar es-
pecificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = pa- funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua
roxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona terminada portuguesa.
em ditongo. Os três vocábulos são acentuados devido à mesma
regra. Ponto
RESPOSTA: “CERTO”. 1- Indica o término do discurso ou de parte dele.
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado: se encontra.
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite.
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’ - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
3-) países = regra do hiato
4-) será = oxítona terminada em “a” 2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
Ponto e Vírgula ( ; ) Vírgula
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma impor-
tância. Não se usa vírgula
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se di-
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de retamente entre si:
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) - entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala foram advertidos.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas. Sujeito predicado
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas,
frio e cobertor. - entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, de- V.T.D.I. O.D. O.I.
creto de lei, etc.
- Ir ao supermercado; Usa-se a vírgula:
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem
- Caminhada na praia;
caindo de preço.
- Reunião com amigos.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzin-
do, todavia, altas quantidades de alimentos.
Dois pontos c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não que-
1- Antes de uma citação rem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: lucros altos.
2- Antes de um aposto - Para marcar inversão:
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das
e calor à noite. sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisado-
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento res, não lhes destinaram verba alguma.
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.
rotina de sempre.
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enu-
4- Em frases de estilo direto meração):
Maria perguntou: Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
- Por que você não toma uma decisão? A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramaticalmente cor-
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju- reto, é necessário inserir sinais de pontuação. Assinale a posição
dar a revelar quem era a sua dona. em que não deve ser usado o sinal de ponto, e sim a vírgula, para
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, que sejam respeitadas as regras gramaticais. Desconsidere os ajus-
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a tes nas letras iniciais minúsculas.
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju- O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de
dar a revelar quem era a sua dona. bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A) o pro-
grama desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utili-
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP- zarem a bicicleta de forma segura e correta(B) os alunos ajudam
TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em cam- a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania
po em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeo- e reciclagem(C) as escolas participantes se tornam também cen-
nato Nacional em apoio à campanha que visa 4 reduzir o número tros de descarte de garrafas PET(D) destinadas depois para reci-
de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de clagem(E) o programa possibilitará o retorno das bicicletas pela
nascimento. (...) saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua melhores para se viver.
certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
natureza restritiva. a) A
( ) Certo ( ) Errado b) B
c) C
03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- d) D
DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo- e) E
se o sentido e a obediência à norma-padrão?
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO –
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? VUNESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara pontuação.
para o evento. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circuns-
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramen- tâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
to do desportista. (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, você está junto; com os outros motoristas cujos comportamentos,
natação e canoagem. são desconhecidos.
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) extensão de nossa personalidade.
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! níveis de estresse em alguns motoristas.
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da transação. (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua,
c) Maria, você trouxe os documentos? são as principais causas da ira de trânsito.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema.
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimentação 08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
estranha. GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo eco-
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assinale nômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí
a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer,
das vírgulas. agora afasta que abriu o sinal.”
(A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciên-
instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou cia, minha filha, este é [...]”, para separar
acione o código na internet. (A) aposto.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o có- (B) vocativo.
digo foi acionado. (C) adjunto adverbial.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, re- (D) expressão explicativa.
cebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança 09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
foi encontrada. PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O período
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro corretamente pontuado é:
às, areias do Guarujá. (A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência em con-
(E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de dições hostis nem sempre conseguem agradar, aos espectadores.
quem a encontrou e informar um ponto de referência (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si,
podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional.
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem sempre,
é convincente, se passa em um cenário marcado, pelo frio.
Didatismo e Conhecimento 10
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr riscos 5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas
iminentes que comprometem, a sobrevivência. (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá na
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a liberdade, pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem eletrônica
nada poderia parecer, realmente intransponível. ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os pais de
GABARITO onde o código foi acionado.
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados ,
06. D 07. A 08. B 09.B (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a
criança foi encontrada.
RESOLUÇÃO (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) chega pri-
meiro às , (X) areias do Guarujá.
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo- 6-)
ra, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma intimidade, O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A). O pro-
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. grama desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utili-
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, em- zarem a bicicleta de forma segura e correta(B). Os alunos ajudam
bora experimentasse a sensação , (X) de violar uma intimidade, a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania e
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que reciclagem(C). As escolas participantes se tornam também centros
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. de descarte de garrafas PET(D), destinadas depois para recicla-
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa e, em- gem(E). O programa possibilitará o retorno das bicicletas pela
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procu- saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares
rou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que melhores para se viver.
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posição
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora , (D), pois antecipa um termo explicativo.
(X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procu-
rou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que 7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circuns-
tâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
2-) A oração restringe o grupo que participará da campanha (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, porque
(apenas os que não têm o nome do pai na certidão de nascimen- você está junto; (X) com os outros motoristas cujos comportamen-
to). Se colocarmos uma vírgula, a oração tornar-se-á “explicativa”, tos, (X) são desconhecidos.
generalizando a informação, o que dará a entender que TODAS as (C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros podem
pessoa não têm o nome do pai na certidão. ser uma extensão de nossa personalidade.
RESPOSTA: “CERTO”. (D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) au-
mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
3-) (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua,
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. = (X) são as principais causas da ira de trânsito.
mantê-la (termo deslocado)
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? = 8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado para se
mantê-la (vocativo) dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara
para o evento. 9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão inadequa-
= mantê-la (explicação) das ou faltantes:
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramen- (A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência em
to do desportista. condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) aos espec-
= pode retirá-la (advérbio de tempo) tadores.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, (B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si,
natação e canoagem. podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional.
= mantê-la (enumeração) (C) A história de heroísmo e de determinação (X) que nem
4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou faltante: sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário marcado, (X)
a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem! pelo frio.
b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da transação. (D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é correr
c) Maria, você trouxe os documentos? riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobrevivência.
d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema. (E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar a liber-
e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma movimen- dade, nada poderia parecer, (X) realmente intransponível.
tação estranha.
Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos mor-
femas “a-” e “-ar” à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe
A PALAVRA: ESTRUTURA, que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe
PROCESSOS DE FORMAÇÃO, gramatical na palavra a que são anexados.
CLASSIFICAÇÃO, FLEXÃO Quando são colocados antes do radical, como acontece com
“a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como “-ar”,
E EMPREGO. surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos.
Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer; inter-nacion-al.
Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; livr Formação das Palavras: existem dois processos básicos pe-
-eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento comum nesse los quais se formam as palavras: a Derivação e a Composição. A
grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o sig- diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo
nificado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no
Elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o processo de composição sempre haverá mais de um radical.
aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos
elementos secundários (quando houver) da palavra. Exemplo: cer- Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova,
t-o; cert-eza; in-cert-eza. chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primiti-
va. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro, marujo); terra (enterrar,
Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autô- terreiro, aterrar). Observamos que «mar» e «terra» não se formam
noma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a for-
derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente”, por mação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo.
exemplo, cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente, Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Didatismo e Conhecimento 12
LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de Derivação - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o
contrário.
- Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acréscimo de Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam
prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado: ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém,
crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz. com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substanti-
- Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acréscimo de vo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado
ou mudança de classe gramatical: alfabetização. No exemplo, o Por derivação regressiva, formam-se basicamente substanti-
sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, vos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substanti-
por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo vos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os
do sufixo -izar. exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. o portu-
ga (de português); o boteco (de botequim); o comuna (de comu-
A derivação sufixal pode ser: nista); agito (de agitar); amasso (de amassar); chego (de chegar)
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel – papela-
ria; riso – risonho. O processo normal é criar um verbo a partir de um substanti-
Verbal, formando verbos: atual - atualizar. vo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso:
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – felizmente. forma o substantivo a partir do verbo.
- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre quando a - Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre quando
palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufi- determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão
xo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
(substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo “triste”. Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão contem-
Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer através da junção plados.
simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de Os particípios passam a substantivos ou adjetivos: Aquele ga-
apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova roto alcançou um feito passando no concurso.
palavra, pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”, Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Roberta era
nem “tristecer”. Exemplos: fascinante; O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
emudecer Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fantasma
mudo – palavra inicial foi despedido; O menino prodígio resolveu o problema.
e – prefixo Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que nin-
mud – radical guém escutasse.
ecer – sufixo Palavras invariáveis passam a substantivos: Não entendo o
porquê disso tudo.
desalmado Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele coordena-
alma – palavra inicial dor é um caxias! (chefe severo e exigente)
des – prefixo
alm – radical Os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte
ado – sufixo da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras.
No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu sig-
Não devemos confundir derivação parassintética, em que o nificado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por
acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada “impró-
com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. pria”.
Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalo-
rização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por Composição: é o processo que forma palavras compostas, a
sua vez provém de valor. partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos:
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por pa-
rassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de “propriar” - Composição por Justaposição: ao juntarmos duas ou mais
ou de “expróprio”, pois tais palavras não existem. Logo, expro- palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética: passatempo,
priar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante quinta-feira, girassol, couve-flor. Em «girassol» houve uma altera-
de prefixo e sufixo. ção na grafia (acréscimo de um «s») justamente para manter inal-
- Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva quando terada a sonoridade da palavra.
uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução: com-
prar (verbo), compra (substantivo); beijar (verbo), beijo (substan- - Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou mais
tivo). vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus
elementos fonéticos: embora (em boa hora); fidalgo (filho de algo
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou - referindo-se a família nobre); hidrelétrico (hidro + elétrico); pla-
se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: nalto (plano alto). Ao aglutinarem-se, os componentes subordi-
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o ver- nam-se a um só acento tônico, o do último componente.
bo palavra primitiva.
Didatismo e Conhecimento 13
LÍNGUA PORTUGUESA
- Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de sua for- hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipérbole, hi-
ma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel; pertrofia.
cine - por cinema; micro - por microcomputador; Zé - por José. hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese, hipo-
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem dérmico.
ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora, metacar-
atual. po.
para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo, para-
- Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja forma- sita, paradoxo, paradigma.
ção entram elementos de línguas diferentes: auto (grego) + móvel peri-: movimento ou posição em torno de: periferia, peripé-
(latim). cia, período, periscópio.
pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prognóstico,
- Onomatopeia: numerosas palavras devem sua origem a uma profeta, programa.
tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruí- pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia.
dos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem proto-: início, começo, anterioridade: proto-história, protóti-
aproximadamente os sons e as vozes dos seres: miau, zumzum, po, protomártir.
piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeísmo.
sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfonia, sim-
Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam antes dos patia, sinopse.
radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramen- tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telégrafo.
te esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os
prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim Prefixos de Origem Latina
e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou ad-
vérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso, absti-
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tive- nência, abstração.
ram grande vitalidade na formação de novas palavras: a- , contra- , a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjunto,advoga-
des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-. do, advir, aposto.
ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessala, an-
Prefixos de Origem Grega teontem, antever.
ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguidade, am-
a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência, carên- bivalente.
cia: anônimo, amoral, ateu, afônico. ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: benefício,
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise, anagra- bendito.
ma, anacrônico. bis-, bi-: repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bisavô,
anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade: biscoito.
anfiteatro, anfíbio, anfibologia. circu(m)-: movimento em torno: circunferência, circunscrito,
anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, antagonis- circulação.
ta, antítese. cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, apocalipse, co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio, coope-
apologia. rativa, condutor.
arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, excesso: contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer.
arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário. de-: movimento de cima para baixo, separação, negação: de-
cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, catálogo, capitar, decair, depor.
catarata. de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: desventura,
di-: duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema. discórdia, discussão.
dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, diagonal, e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão, expor-
diafragma, diagrama. tação, expelir.
dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispepsia, en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para um es-
disfasia. tado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embeber, injetar,
ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, êxodo, ec- importar.
toderma, exorcismo. extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordinário,
en-, em-, e-: posição interior, movimento para dentro: encé- extraviar.
falo, embrião, elipse, entusiasmo. i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal, im-
endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocarpo, en- possível, improdutivo.
dosmose. inter-, entre-: posição intermediária: internacional, interpla-
epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epílogo, netário.
epidemia, epitáfio. intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, intraver-
eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, euforia, eu- bal.
caristia, eufonia. intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido, in-
hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico. trospectivo.
Didatismo e Conhecimento 14
LÍNGUA PORTUGUESA
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear. -ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito (pedra).
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, ocupar, -ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais).
obstáculo. -ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto).
per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, per- -ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência lin-
verter. guística).
pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado. -io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar.
pro-: movimento para frente: progresso, promover, prosse- Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas,
guir, projeção. sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo, comunismo.
re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, reatar.
retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, retroa- Sufixos Formadores de Adjetivos
gir, retrógrado.
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, inferiori- - de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado; -áceo(a)
- herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual; -ar – escolar;
dade: soterrar, sobpor, subestimar.
-ário - diário, ordinário; -ático – problemático; -az – mordaz;
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: supercílio,
-engo – mulherengo; -ento – cruento; -eo – róseo; -esco – pito-
supérfluo.
resco; -este – agreste; -estre – terrestre; -enho – ferrenho; -eno
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, soto – terreno; -ício – alimentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino
-pôr. – cristalino; -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso;
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movimento -udo – barrigudo.
através: transatlântico, tresnoitar, tradição.
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ultrarro- - de verbos:
mantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. -(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante, doente,
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vice-almi- seguinte.
rante. -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação – lou-
vável, perecível, punível.
Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) que, -io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afirmativo,
acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal pensativo.
característica é a mudança de classe gramatical que geralmente -(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação,
opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo referência – movediço, quebradiço, factício.
num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. -(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, preparatório.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorpora-
das as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe apenas um
Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extre- único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado do substan-
mamente importantes para o funcionamento da língua. São os que tivo feminino latino mens, mentis que pode significar “a mente,
formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma
feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.
Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminhada; Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervo-
-ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção; -dão – so- sa-mente, fraca-mente, pia-mente. Já os advérbios que se derivam
lidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza; -ismo – civismo; de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-men-
te, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora
-mento – casamento; -são – compreensão; -tude – amplitude; -ura
uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.
– formatura.
Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de regra,
Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – secretário; ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos.
-eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – lutador; -nte – fei- Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo
rante. da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar;
nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
Sufixos que formam nomes de lugar, depositório: -aria –
churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro; -or – corre- Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação.
dor; -tério – cemitério; -tório – dormitório. -ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear
Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, -entar: afugentar, amamentar
aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – papelada; -agem – -ficar: dignificar, liquidificar
folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame; -ario(a) - casario, in- -izar: finalizar, organizar
fantaria; -edo – arvoredo; -eria – correria; -io – mulherio; -ume
– negrume. Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou cau-
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência: sar.
-ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fósseis). Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco in-
-oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores). tensa.
Didatismo e Conhecimento 15
LÍNGUA PORTUGUESA
Exercícios a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a
votação.
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secre-
mesmo processo: to... Bobagens, bobagens!
a) ajoelhar / antebraço / assinatura c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continua-
b) atraso / embarque / pesca riam sendo uma farsa!
c) o jota / o sim / o tropeço d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.
d) entrega / estupidez / sobreviver e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.
e) antepor / exportação / sanguessuga
08. Assinale a série de palavras em que todas são formadas
02. A palavra “aguardente” formou-se por: por parassíntese:
a) hibridismo a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) aglutinação b) solução, passional, corrupção, visionário
c) justaposição c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
d) parassíntese d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
e) derivação regressiva e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo
03. Que item contém somente palavras formadas por justa- 09. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são forma-
posição? das por:
a) desagradável – complemente a) derivação
b) vaga-lume - pé-de-cabra b) onomatopeia
c) encruzilhada – estremeceu c) hibridismo
d) supersticiosa – valiosas d) composição
e) desatarraxou – estremeceu e) prefixação
04. “Sarampo” é: 10. Assinale a alternativa em que uma das palavras não é for-
a) forma primitiva mada por prefixação:
b) formado por derivação parassintética a) readquirir, predestinado, propor
c) formado por derivação regressiva b) irregular, amoral, demover
d) formado por derivação imprópria c) remeter, conter, antegozar
e) formado por onomatopéia d) irrestrito, antípoda, prever
e) dever, deter, antever
05. Numere as palavras da primeira coluna conforme os pro-
cessos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A / 9-D
alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: / 10-E /
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação CLASSES DE PALAVRAS
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou caracterís-
( ) os contras 5) derivação imprópria tica do ser e se relaciona com o substantivo.
( ) submarino 6) derivação prefixal Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos
( ) hipótese que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 bondosa.
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjeti-
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6 vo, mas substantivo.
07. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de deriva- Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
ção imprópria? alguns deles:
Didatismo e Conhecimento 16
LÍNGUA PORTUGUESA
Estados e cidades brasileiros: Número dos Adjetivos
Alagoas alagoano
Amapá amapaense Plural dos adjetivos simples
Aracaju aracajuano ou aracajuense Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as
Amazonas amazonense ou baré regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos sim-
Belo Horizonte belo-horizontino ples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins boa
Brasília brasiliense e boas
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Adjetivo Pátrio Composto qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela
manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é origi-
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento nalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando um ele-
aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe al- mento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo:
guns exemplos: camisas cinza, ternos cinza.
Veja outros exemplos:
África afro- / Cultura afro-americana Motos vinho (mas: motos verdes)
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas Paredes musgo (mas: paredes brancas).
América américo- / Companhia américo-africana Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
China sino- / Acordos sino-japoneses Adjetivo Composto
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
Europa euro- / Negociações euro-americanas É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
Grécia greco- / Filmes greco-romanos concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o ad-
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras jetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um
elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra
por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substanti-
vo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por
Flexão dos adjetivos exemplo:
Camisas rosa-claro.
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Gênero dos Adjetivos Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer ad-
(masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, jetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis.
classificam-se em: - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os
dois elementos flexionados.
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu Grau do Adjetivo
e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade
somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-america- da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo
no, a moça norte-americana. e o superlativo.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Comparativo
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no femi- dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao
nino. Por exemplo: conflito político-social e desavença político- mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade
social. ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação
é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão.
Didatismo e Conhecimento 17
LÍNGUA PORTUGUESA
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade Note bem:
Analítico 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois subs- advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepos-
tantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é ana- tos ao adjetivo.
lítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas for-
mas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superiori- vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
dade Sintético latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superiorida- do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
de, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom /melhor, agilíssimo.
pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/ 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
inferior. necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas serís-
Observe que: simo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes na
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (me- Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, tal qual
lhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, conti-
duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas guidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no
analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias em
exemplo: que esse processo se desenvolve.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elemen- O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
tos. caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não é
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qua- modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também modifi-
lidades de um mesmo elemento. ca o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, você
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferiori- está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo
dade
alheio, representando uma qualidade, característica.
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo
O artista canta muito mal.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos ve-
em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo
rificar que se tratava de somente uma palavra funcionando como
e apresenta as seguintes modalidades:
advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por mais de uma
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar tal função. Te-
é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas mos aí o que chamamos de locução adverbial, representada por al-
formas: gumas expressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente,
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que de modo algum, entre outras.
dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é Dependendo das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles
muito inteligente. se classificam em distintas categorias, uma vez expressas por:
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de su- de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às
fixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, des-
Observe alguns superlativos sintéticos: se jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado
benéfico beneficentíssimo a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam em
bom boníssimo ou ótimo -”mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, paciente-
comum comuníssimo mente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosa-
cruel crudelíssimo mente, generosamente
difícil dificílimo de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em exces-
doce dulcíssimo so, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto,
fácil facílimo que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito,
fiel fidelíssimo por completo.
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, ama-
intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante,
ser: nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, breve,
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, pro-
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. visoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã,
de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia
Didatismo e Conhecimento 18
LÍNGUA PORTUGUESA
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, Combinação dos Artigos
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhu- É muito presente a combinação dos artigos definidos e inde-
res, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à dis- finidos com preposições. Veja a forma assumida por essas com-
tancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao binações:
lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de Preposições Artigos
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum o, os
a ao, aos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, de do, dos
quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe em no, nos
por (per) pelo, pelos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetiva- a, as um, uns uma, umas
mente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmen- à, às - -
te (=sem dúvida). da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, pela, pelas - -
simplesmente, só, unicamente
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por
crase.
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se mani-
de designação: Eis festam:
de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando?
(tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), para - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
quê? (finalidade) “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
Locução adverbial
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo,
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio. outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo) - Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
Maria saiu à tarde. (indicando tempo) toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.
Há locuções adverbiais que possuem advérbios corresponden- - No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia
tes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressada- de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O
mente. Pedro é o xodó da família.
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são - No caso de os nomes próprios personativos estarem no plu-
flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única ral, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os
flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é Astecas...
a de grau:
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longís- - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para
simo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucio- conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pro-
nalissimamente, etc.; nome assume a noção de qualquer.
Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - perti- Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
nho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho. Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica (qualquer classe)
se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número - Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
dos substantivos. Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Classificação dos Artigos - A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de
aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte
Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira anos.
precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. - O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso.
vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
Didatismo e Conhecimento 19
LÍNGUA PORTUGUESA
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo Conjunções coordenativas
(e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu. Dividem-se em:
Este é o autor cuja obra conheço. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto de
cantar e de dançar.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), a menos que não só...como também.
venham especificadas.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
Eles estavam em casa. de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
Eles estavam na casa dos amigos. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, to-
Os marinheiros permaneceram em terra. davia, no entanto, entretanto.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa excelência re- Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
solverá os problemas de Sua Senhoria. quer, já...já.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Estado de Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois
S. Paulo. do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
Morfossintaxe - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o ar- verbo), porquanto.
tigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se
refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo:
Conjunções subordinativas
A existência é uma poesia.
Uma existência é a poesia.
- CAUSAIS
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois
vez que, como (= porque).
termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amigui-
nhas.
- COMPARATIVAS
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como,
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as ami- mais...do que, menos...do que.
guinhas Ela fala mais que um papagaio.
Didatismo e Conhecimento 20
LÍNGUA PORTUGUESA
- FINAIS As sentenças da língua costumam se organizar de forma ló-
Expressam ideia de finalidade, objetivo. gica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
Todos trabalham para que possam sobreviver. em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma ideia
(=para que), expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução
interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença.
- PROPORCIONAIS Veja os exemplos:
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto Bravo! Bis!
mais, ao passo que, à proporção que. bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi muito
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. bom! Repitam!”
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sentença
- TEMPORAIS (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não
Quando eu sair, vou passar na locadora. há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças
da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da
Diferença entre orações causais e explicativas alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um
contexto específico. Exemplos:
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) Ah, como eu queria voltar a ser criança!
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
Veja os exemplos: hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser atro-
pelado”: O significado das interjeições está vinculado à maneira como
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o senti-
uma explicação do fato expresso na oração anterior. do que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes uma Exemplos:
da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vêm mar- Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão na
cadas por vírgula. rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei,
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. espere!”
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão em
Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será expli- um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça
cativa. silêncio!”
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo) Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
porque não havia cemitério no local.” puxa: interjeição; tom da fala: decepção
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte
destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do 1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tris-
período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com teza, dor, etc.
a CS Explicativa. Você faz o que no Brasil?
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os Eu? Eu negocio com madeiras.
mortos em outra cidade. Ah, deve ser muito interessante.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente depen-
dentes uma da outra. 2) Sintetizar uma frase apelativa
Cuidado! Saia da minha frente.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensa-
ções, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, As interjeições podem ser formadas por:
levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja - simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. - palavras: Oba!, Olá!, Claro!
Observe o exemplo: - grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! bolas!
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da en-
raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito: - Estou tonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma
com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo:
Ele empregou a interjeição Droga! Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
Didatismo e Conhecimento 21
LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Interjeições - Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que
exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft!
Comumente, as interjeições expressam sentido de: Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Aten- - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
ção!, Olha!, Alerta! homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! depois do “ó” vocativo.
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de pala-
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! vras de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! Interjeições, leitura e produção de textos
- Desculpa: Perdão!
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Usadas com muita frequência na língua falada informal, quan-
Eh! do empregadas na língua escrita, as interjeições costumam con-
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, ferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além disso,
Ora! elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante - como
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou dócil, até
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - particular-
Putz! mente nos diálogos - que comumente se faz uso das interjeições
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, com o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e con-
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! teúdo mais emocional do que racional fazem das interjeições pre-
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, sença constante nos textos publicitários.
Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! php
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos,
sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada
de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. sequência.
No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem varia-
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
ção em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação
Eu quero café duplo, e você?
que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
até loguinho.
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de
Locução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão “fila”]
com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas! Quem me
dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os nú-
Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem! meros indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais,
Observações: mas sim de algarismos.
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia
exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = Peço-lhe expressa pelos números, existem mais algumas palavras conside-
que me desculpe. radas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordena-
ção. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
- Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom
exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais po- Classificação dos Numerais
dem aparecer como interjeições.
Viva! Basta! (Verbos) Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico:
Fora! Francamente! (Advérbios) um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada:
- A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase” por- primeiro, segundo, centésimo, etc.
que sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Socorro!, Aju- Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dem-me!, Silêncio!, Fique quieto! dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Didatismo e Conhecimento 22
LÍNGUA PORTUGUESA
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, triplo, quín-
tuplo, etc.
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: tre-
zentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os
demais cardinais são invariáveis.
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo
de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre
em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os
cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empre-
gados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias
de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Didatismo e Conhecimento 23
LÍNGUA PORTUGUESA
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente há uma subor-
dinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão
textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante, exceto, fora, me-
diante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas: abaixo de,
acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com,
perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em gênero ou
em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
Didatismo e Conhecimento 24
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos
preposição a + artigos definidos o, os e estabelece relação de subordinação entre eles.
a + o = ao Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
preposição a + advérbio onde Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
a + onde = aonde um tratamento adequado.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou
Preposição + Artigos a função de um substantivo.
De + o(s) = do(s) Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como parte
De + a(s) = da(s) da família
De + um = dum Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio
De + uns = duns que a conhecemos melhor que ninguém.
De + uma = duma
De + umas = dumas 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
Em + o(s) = no(s) preposições:
Em + a(s) = na(s) Destino = Irei para casa.
Em + um = num Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + uma = numa Lugar = Vou ficar em casa;
Em + uns = nuns Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Em + umas = numas Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
A + à(s) = à(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Por + o = pelo(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tratamen-
Por + a = pela(s) to.
Instrumento = Escreveu a lápis.
Preposição + Pronomes
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + ele(s) = dele(s)
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + ela(s) = dela(s)
Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + este(s) = deste(s)
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + esta(s) = desta(s)
Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aquele(s) = daquele(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aquela(s) = daquela(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isto = disto Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo Fonte:
De + aqui = daqui http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aí = daí
De + ali = dali Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
De + outro = doutro(s) se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o de alguma
De + outra = doutra(s) forma.
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s) A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
Em + esse(s) = nesse(s) [substituição do nome]
Em + aquele(s) = naquele(s) A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
Em + aquela(s) = naquela(s) [referência ao nome]
Em + isto = nisto Essa moça morava nos meus sonhos!
Em + isso = nisso [qualificação do nome]
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s) Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos,
A + aquela(s) = àquela(s) isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um con-
A + aquilo = àquilo texto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que
Dicas sobre preposição está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunica-
ção. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas
oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um artigo, do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no
virá precedendo um substantivo. Ele servirá para determiná-lo tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes
como um substantivo singular e feminino. apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
A dona da casa não quis nos atender.
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
Didatismo e Conhecimento 25
LÍNGUA PORTUGUESA
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas ver-
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? bais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo in-
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] dicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nós)
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] Pronome Oblíquo
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plu- exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto)
ral). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja ou complemento nominal.
coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordân- Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
cia) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no
enunciado. Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do
pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diver-
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nossa sa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito
escola neste ano. da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância ade- Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acen-
quada] tuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
[neste: pronome que determina “ano” = concordância adequa-
da] Pronome Oblíquo Átono
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância
inadequada] São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são pre-
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, de- cedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca: Ele me
monstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
Pronomes Pessoais - 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
São aqueles que substituem os substantivos, indicando dire- - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
tamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os - 1ª pessoa do plural (nós): nos
pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, “você” ou - 2ª pessoa do plural (vós): vos
“vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, “eles” ou - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
“elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que Observações:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome “o” ou
“a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar diretamente uma
Pronome Reto
preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a função de objeto
indireto na oração.
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos
a função de sujeito ou predicativo do sujeito. como objetos indiretos.
Nós lhe ofertamos flores. Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos
diretos.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (ape- Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
nas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los,
dos pronomes retos é assim configurado: no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas
formas nos exemplos que seguem:
- 1ª pessoa do singular: eu - Trouxeste o pacote?
- 2ª pessoa do singular: tu - Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- 3ª pessoa do singular: ele, ela - Não contaram a novidade a vocês?
- 1ª pessoa do plural: nós - Não, no-la contaram.
- 2ª pessoa do plural: vós No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até
- 3ª pessoa do plural: eles, elas mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele na depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em
rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, co- -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
muns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes fiz + o = fi-lo
oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na pra- fazeis + o = fazei-lo
ça”, “Trouxeram-me até aqui”. dizer + a = dizê-la
Didatismo e Conhecimento 26
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os
pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma
do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos inter-
locutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo
está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco.
Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por pa-
lavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que
o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
Didatismo e Conhecimento 27
LÍNGUA PORTUGUESA
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.
A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a
segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro
seguinte:
Pronomes de Tratamento
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no tratamento ceri-
monioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões,
a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação à pessoa com
quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado
por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo
que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os
verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do
tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O
uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Didatismo e Conhecimento 28
LÍNGUA PORTUGUESA
NÚMERO PESSOA PRONOME
singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos. (= Vou
seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa
relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são
particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário.
Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatá-
ria).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a
mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
Didatismo e Conhecimento 29
LÍNGUA PORTUGUESA
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram o pro- Cada povo tem seus costumes.
blema. Certas pessoas exercem várias profissões.
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro-
nomes indefinidos adjetivos:
- tal, tais: Tal era a solução para o problema. algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), de-
mais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhu-
Note que: ma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer,
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em constru- qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s),
ções redundantes, com finalidade expressiva, para salientar algum toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa é que dera em cheio Menos palavras e mais ações.
casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, Alguns se contentam pouco.
isso é que é sorte! Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e
invariáveis. Observe:
- O pronome demonstrativo neutro ou pode representar um ter- Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
mo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece, ge- outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, tanta,
ralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto: O casamento outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, todos, mui-
seria um desastre. Todos o pressentiam. tos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas,
todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então, cada.
verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de): Ninguém teve
coragem de falar antes que ela o fizesse. São locuções pronominais indefinidas:
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa mencio- cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem
nada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro lugar: O quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual
referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; aquele (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado] Cada um escolheu o vinho desejado.
Didatismo e Conhecimento 30
LÍNGUA PORTUGUESA
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e in- - Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
troduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” é Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no ex-
antecedente do pronome relativo que. terior.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome de-
monstrativo o, a, os, as. - Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
Não sei o que você está querendo dizer. - como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. você agiu semana passada.
Quem casa, quer casa. - quando (= em que): Bons eram os tempos quando podíamos
jogar videogame.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. só frase.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde. O futebol é um esporte.
Note que: O povo gosta muito deste esporte.
- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o
qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a
substantivo. elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente que conver-
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) sava, (que) ria, (que) fumava.
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) Pronomes Interrogativos
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente prono- indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem- -se
mes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para verificar à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interro-
se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias gativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).
classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de de- Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas pre-
terminadas preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio feres.
de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos
caso, geraria ambiguidade.) passageiros desembarcaram.
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvi-
das? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.) Sobre os pronomes:
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujei-
refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser to na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desem-
poeta, que era a sua vocação natural. penha função de complemento. Vamos entender, primeiramente,
como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Ob-
- O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas serve as orações:
com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das 1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
quais. 2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. ajudar.
(antecedente) (consequente)
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na se-
pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: gunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de
Emprestei tantos quantos foram necessários. complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo.
(antecedente) Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o pro-
Ele fez tudo quanto havia falado. nome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda
(antecedente) pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar....
Ajudar quem? Você (lhe).
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre prece-
dido de preposição. Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
É um professor a quem muito devemos. pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
(preposição) “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou en-
tre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) esteja
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente no infinitivo ou gerúndio.
e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa onde morava Eu desejo lhe perguntar algo.
foi assaltada. Eu estou perguntando-lhe algo.
Didatismo e Conhecimento 31
LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos “a”:
segundos que são sempre precedidos de preposição. Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
fazendo. - O verbo estiver no gerúndio:
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
eu estava fazendo. Despediu-se, beijando-me a face.
A colocação pronominal é a posição que os pronomes pes- - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
soais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no mesmo
se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, instante.
lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração
em relação ao verbo: Mesóclise
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro
3. mesóclise: pronome no meio do verbo do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se
Próclise realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma proposta
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos: a você)
- Palavras com sentido negativo:
Nada me faz querer sair dessa cama. Questões sobre Pronome
Não se trata de nenhuma novidade.
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012).
- Advérbios:
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está
Nesta casa se fala alemão.
claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a
água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mes-
- Pronomes relativos:
mo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re-
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
- Pronomes indefinidos: preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda
Quem me disse isso? assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar
Todos se comoveram durante o discurso de despedida. adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das po-
líticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.
- Pronomes demonstrativos: (Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
Isso me deixa muito feliz! Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem-
Aquilo me incentivou a mudar de atitude! -se, respectivamente, a
(A) dúvidas e preços.
- Preposição seguida de gerúndio: (B) dúvidas e insumos básicos.
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais (C) companhias e insumos básicos.
indicado à pesquisa escolar. (D) companhias e preços do carbono e da água.
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
- Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram. 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- adap.).
Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está correta-
Ênclise mente substituído por um pronome em:
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes de-
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise salentado
vai acontecer quando: C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhe-
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: cê-lo?
Amem-se uns aos outros. D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia
Sigam-me e não terão derrotas. ser-lhe
E) incomodaram o general... − incomodaram-no
- O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.
Didatismo e Conhecimento 32
LÍNGUA PORTUGUESA
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A A) Fazem... a ... de que
substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, B) Faz ...a ... que
com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO C) Fazem ...à ... com que
em: D) Faz ...à ... que
A) mostrando o rio= mostrando-o. E) Faz ...à ... a que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada lhes As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.
acrescentariam. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a al- acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem
ternativa em que o pronome destacado está posicionado de acordo dada, em:
com a norma-padrão da língua.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes
(C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha. (D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança. (E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alternativa adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos esta-
cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma belecimentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
padrão da língua. munhas vão ajudar a polícia na investigação. – de acordo com
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. a norma-padrão, os pronomes que substituem, corretamente, os
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada. termos em destaque são:
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. A) os comprovam … ajudá-la.
(D) Conformado, se rendeu às punições. B) os comprovam …ajudar-la.
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. C) os comprovam … ajudar-lhe.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe.
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a al- E) lhes comprovam … ajudá-la.
ternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a
norma-padrão da língua portuguesa. GABARITO
(A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles 01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
sejam sempre trazidos junto ao corpo. 06. A 07. C 08. E 09. A 10. A
(B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de ter
de procurar a dona de uma bolsa perdida. RESOLUÇÃO
(C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos resti-
tuir um objeto à pessoa que o perdeu. 1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
(D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que abrisse está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada
a bolsa que encontrara. em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono,
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma tendência a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que
natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si
diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re-
07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______ preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda
prazo. assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e res- adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das po-
pectivamente, considerando a norma culta da língua. líticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.
A) a que … acaba … à
B) com que … acabam … à 2-)
C) de que … acabam … a A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
D) em que … acaba … a B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os desalen-
E) dos quais … acaba … à tado
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhe-
08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013- cê-las ?
adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e respectiva- D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia
mente, as lacunas do trecho. sê-lo
______alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
fazia referência______ violência______ o brasileiro estava sujei- 3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
to de forma cômica.
Didatismo e Conhecimento 33
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) Morfossintaxe do substantivo
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou in-
direto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo
5-) do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predica-
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. tivo do sujeito, do objeto ou como núcleo do vocativo. Também
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada. encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e
(D) Conformado, rendeu-se às punições. de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas
(E) Todos querem que se combata a corrupção. por grupos de palavras.
Didatismo e Conhecimento 34
LÍNGUA PORTUGUESA
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações manada búfalos, bois, elefantes,
e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os matilha cães de raça
quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), via- molho chaves, verduras
gem (ação), saudade (sentimento). multidão pessoas em geral
ninhada pintos
3 - Substantivos Coletivos nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abe- pinacoteca pinturas, quadros
lha, mais outra abelha. quadrilha ladrões, bandidos
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. ramalhete flores
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repertório peças teatrais, obras musicais
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abe- réstia alhos ou cebolas
lha... romanceiro poesias narrativas
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. revoada pássaros
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular sínodo párocos
(enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie talha lenha
(abelhas). tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. vara porcos
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo es- Formação dos Substantivos
tando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.
Substantivos Simples e Compostos
Substantivo coletivo Conjunto de: Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.
assembleia pessoas reunidas O substantivo chuva é formado por um único elemento ou ra-
alcateia lobos dical. É um substantivo simples.
acervo livros
antologia trechos literários selecionados Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemen-
arquipélago ilhas to.
banda músicos Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
bando desordeiros ou malfeitores O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda
banca examinadores + chuva). Esse substantivo é composto.
batalhão soldados
cardume peixes Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais ele-
caravana viajantes peregrinos mentos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
cacho frutas
cáfila camelos Substantivos Primitivos e Derivados
cancioneiro canções, poesias líricas Meu limão meu limoeiro,
colmeia abelhas meu pé de jacarandá...
chusma gente, pessoas
concílio bispos O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de ne-
congresso parlamentares, cientistas. nhum outro dentro de língua portuguesa.
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
enxoval roupas outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro
falange soldados, anjos é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra pala-
flora vegetais de uma região vra.
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício Flexão dos substantivos
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quan-
júri jurados do sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode
legião soldados, anjos, demônios sofrer variações para indicar:
leva presos, recrutas Plural: meninos Feminino: menina
malta malfeitores ou desordeiros Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
Didatismo e Conhecimento 35
LÍNGUA PORTUGUESA
Flexão de Gênero - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul - con-
sulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque - duquesa /
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo conde - condessa / profeta - profetisa
real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros:
masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os subs- - Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por
tantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja -a: elefante - elefanta
estes títulos de filmes:
O velho e o mar - Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no
Um Natal inesquecível feminino: bode – cabra / boi - vaca
Os reis da praia
- Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar – czari-
precedidos dos artigos a, as, uma, umas: na réu - ré
A história sem fim
Uma cidade sem passado Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
As tartarugas ninjas Epicenos:
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre
seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o
sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino masculino e o feminino.
e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem – mulher, Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para de-
poeta – poetisa, prefeito - prefeita signar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epice-
nos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de espe-
Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma úni- cificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
ca forma, que serve tanto para o masculino quanto para o femini- A cobra macho picou o marinheiro.
no. Classificam-se em: A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a cobra ma- Sobrecomuns:
cho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Entregue as crianças à natureza.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas: a
criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino,
indivíduo. quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se
meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista refere a palavra. Veja:
e a artista. A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria.
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema
ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, Outros substantivos sobrecomuns:
o teorema. a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa cria-
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam tura.
em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela
emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade) faleceu
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana - A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gê-
neros.
- Substantivos terminados em -or: a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os personagens
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz dos contos de carochinha.
Didatismo e Conhecimento 36
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O Flexão de Número do Substantivo
problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a per-
sonagem. Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográ- indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica mais de
fico Ana Belmonte. um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Plural dos Substantivos Simples
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o
sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o clã, - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fa-
o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o zem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs; hífen
pernoite, o púbis. - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones.
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a cata- - Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”:
plasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal, a homem - homens.
faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo
- São geralmente masculinos os substantivos de origem grega acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, o plasma, o
apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o estratagema, Atenção: O plural de caráter é caracteres.
o dilema, o teorema, o trema, o eczema, o edema, o magma, o es-
tigma, o axioma, o tracoma, o hematoma. - Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no
plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol – ca-
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. racóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
Gênero dos Nomes de Cidades: - Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas
maneiras:
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
A histórica Ouro Preto.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras:
A dinâmica São Paulo.
répteis ou reptis (pouco usada).
A acolhedora Porto Alegre.
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas
Uma Londres imensa e triste.
maneiras:
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo
Gênero e Significação: de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e ou- lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
tra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente da
tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o - Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três
que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), maneiras.
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição - substituindo o -ão por -ões: ação - ações
de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma - substituindo o -ão por -ães: cão - cães
(separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar, descon- - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
fiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão),
o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda dos senti- - Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o látex
dos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em - os látex.
coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sa- Plural dos Substantivos Compostos
cramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar),
o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegeta- -A formação do plural dos substantivos compostos depende
ção), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o
grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são
(relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:
de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés,
o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o malmequer/malmequeres.
nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fu- O plural dos substantivos compostos cujos elementos são li-
maça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva gados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior do boné Algumas orientações são dadas a seguir:
ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação
emissora), o voga (remador), a voga (moda, popularidade).
Didatismo e Conhecimento 37
LÍNGUA PORTUGUESA
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: mão(s) + zinhas = mãozinhas
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores papéi(s) + zinhos = papeizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens funi(s) + zinhos = funizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
pai(s) + zinhos = paizinhos
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados pé(s) + zinhos = pezinhos
de: pé(s) + zitos = pezitos
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto- Plural dos Nomes Próprios Personativos
-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que
a terminação preste-se à flexão.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando forma- Os Napoleões também são derrotados.
dos de: As Raquéis e Esteres.
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colô-
nia e águas-de-colônia Plural dos Substantivos Estrangeiros
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor
e cavalos-vapor Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos
substantivo + substantivo que funciona como determinante do como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto quando ter-
primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior: minam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz.
palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bombas-re-
lógio, notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã - homens-rã, Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as
peixe- -espada - peixes-espada. regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os jipes, os esportes,
as toaletes, os bibelôs, os garçons, os réquiens.
- Permanecem invariáveis, quando formados de: Observe o exemplo:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora Este jogador faz gols toda vez que joga.
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
- Casos Especiais Plural com Mudança de Timbre
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre
o bem-te-vi e os bem-te-vis
da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado
o bem-me-quer e os bem-me-queres
metafonia (plural metafônico).
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Singular Plural
Plural das Palavras Substantivadas
corpo (ô) corpos (ó)
esforço esforços
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
fogo fogos
gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as forno fornos
flexões próprias dos substantivos. fosso fossos
Pese bem os prós e os contras. imposto impostos
O aluno errou na prova dos noves. olho olhos
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. osso (ô) ossos (ó)
ovo ovos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não poço poços
variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis e al- porto portos
guns dez. posto postos
tijolo tijolos
Plural dos Diminutivos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, es-
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e posos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
acrescenta-se o sufixo diminutivo. Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de mo-
pãe(s) + zinhos = pãezinhos lho (ó) = feixe (molho de lenha).
animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos Particularidades sobre o Número dos Substantivos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o
tren(s) + zinhos = trenzinhos leste, o oeste, a fé, etc.
colhere(s) + zinhas = colherezinhas - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as
flore(s) + zinhas = florezinhas espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
Didatismo e Conhecimento 38
LÍNGUA PORTUGUESA
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (com-
bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom nome) e por, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma
honras (homenagem, títulos). arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desa-
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sen- parecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe,
tido de plural: pões, põem, etc.
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas im- Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
provisadas. Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos ver-
bos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facili-
Flexão de Grau do Substantivo dade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do
verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizo-
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as varia- tônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação
ções de tamanho dos seres. Classifica-se em: verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado nor-
Classificação dos Verbos
mal. Por exemplo: casa
Classificam-se em:
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical:
Classifica-se em: canto cantei cantarei cantava cantasse.
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que - Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no
indica grandeza. Por exemplo: casa grande. radical ou nas desinências: faço fiz farei fizesse.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de - Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação com-
aumento. Por exemplo: casarão. pleta. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais:
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmen-
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. te, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos
Pode ser: impessoais são:
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que in- ** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou
dica pequenez. Por exemplo: casa pequena. fazer (em orações temporais).
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam)
diminuição. Por exemplo: casinha. Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, núme- Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
ro, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: ação
(correr); estado (ficar); fenômeno (chover); ocorrência (nascer); ** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
desejo (querer). Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus Era primavera quando a conheci.
possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva Estava frio naquele dia.
e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos
mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilida- ** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são
des de flexão que esses verbos possuem. impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escu-
recer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-humora-
do”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qualquer
Estrutura das Formas Verbais
verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser im-
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar
pessoal para ser pessoal.
os seguintes elementos:
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significado es- Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
sencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a con-
jugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r ** São impessoais, ainda:
São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo:
- Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir). Já passa das seis.
- Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tem- 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indi-
po e o modo do verbo. Por exemplo: cando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito
- Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pes- expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o
soa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural): sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Didatismo e Conhecimento 39
LÍNGUA PORTUGUESA
* Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu bastante.
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, cacarejar: galinha,
coaxar: sapo, cricrilar: grilo
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que provavelmente
causaria problemas de interpretação em certos contextos.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade conside-
rada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns
gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido conjugado
em todos os tempos, modos e pessoas.
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no par-
ticípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe:
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais, ides, fui, foste,
pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanha-
do de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Didatismo e Conhecimento 40
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
Didatismo e Conhecimento 41
LÍNGUA PORTUGUESA
ESTAR - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do su-
jeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos
essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-
-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do
verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
Didatismo e Conhecimento 42
LÍNGUA PORTUGUESA
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma
um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome É preciso ler este livro.
oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, Era preciso ter lido este livro.
pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome
apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do - Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas
próprio verbo. do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinên-
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respecti- cias, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexio-
vos pronomes): na-se da seguinte maneira:
Eu me arrependo 2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
Tu te arrependes 1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
Ele se arrepende 2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
Nós nos arrependemos 3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)
Vós vos arrependeis Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa co-
Eles se arrependem locação.
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou ad-
a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por vérbio. Por exemplo:
pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transiti- Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo)
vos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na
com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz re- forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
flexiva. Por exemplo: Maria se penteava. Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me. - Particípio: quando não é empregado na formação dos tem-
pos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
Observações: ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos exemplo:
átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática. Terminados os exames, os candidatos saíram.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblí-
quos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para re-
sintáticas. Por exemplo: presentar a escola.
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto
direto) - 1ª pessoa do singular Tempos Verbais
Didatismo e Conhecimento 43
LÍNGUA PORTUGUESA
2. Tempos do Subjuntivo
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se ele
viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à loja, levará as
encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as
encomendas.
Presente do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.) Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
Didatismo e Conhecimento 44
LÍNGUA PORTUGUESA
Futuro do Pretérito do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desi-
nência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim,
o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema
desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.
Didatismo e Conhecimento 45
LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós)
eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se
aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de
2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
Didatismo e Conhecimento 46
LÍNGUA PORTUGUESA
(A) concluída. (A) Caso a criança se havia perdido…
(B) atemporal. (B) Caso a criança perdeu…
(C) contínua. (C) Caso a criança se perca…
(D) hipotética. (D) Caso a criança estivera perdida…
(E) futura. (E) Caso a criança se perda…
03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer estereo- 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-adap.).
tipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou futuro.
crédito?”. A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar.
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”…
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. D) … de onde vem o produto…?
(C) adotar como referência de qualidade. E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
(D) julgar de acordo com normas legais. 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas
se dá em conformidade com a norma-padrão da língua.
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos.
contendo a frase do texto na qual a expressão verbal destacada (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter aconte-
exprime possibilidade. cido com a criança.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já estavam
capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias... preocupados.
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada.
arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual. (E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a criança
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associa- se perdeu mesmo assim.
ção, e não mais por sequências fixas previamente estabelecidas.
10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP –
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito
2013-adap.). Leia as frases a seguir.
está ligado a uma nova concepção de textualidade...
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar
no animal.
toda a literatura do mundo...
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movi-
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO mentada.
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este pelo
crescimento econômico, se associado à ampliação do emprego, verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se pas- A) Existia – Haviam – Existiam
sarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, B) Existiam – Havia – Existiam
teremos a forma: C) Existiam – Haviam – Existiam
A) puder. D) Existiam – Havia – Existia
B) poderia. E) Existia – Havia – Existia
C) pôde.
D) poderá. GABARITO
E) pudesse. 01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
06. A 07. C 08. B 09. C 10. D
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa em
que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-pa- RESOLUÇÃO
drão.
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impres- 1-) É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú-
são definitiva. blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio. mantivessem a atenção voltada para seus pertences, conservando
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no -os junto ao corpo.
feriado.
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... 2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando que-
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu das sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque
superior. expressa ação contínua (= não concluída)
07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assinale a 3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de
alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o sentido da um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da
frase, a expressão destacada em – Se a criança se perder, quem pergunta “débito ou crédito?”.
encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie uma mensa- Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classificar
gem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. segundo ideias preconcebidas.
Didatismo e Conhecimento 47
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de informação e Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do indi-
arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual. cativo:
= verbo no futuro do pretérito Eu dou
Tu dás
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do Ele dá
Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós poderíamos, Nós damos
vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento Vós dais
econômico (singular), portanto, terceira pessoa do singular (ele) Eles dão
= poderia.
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se do origi-
6-) nal “dar” durante a conjugação, sendo considerado verbo irregular.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em silên- Exemplo: Conjugação do verbo valer:
cio. Modo Indicativo
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a trabalhar Presente
no feriado. eu valho
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga... tu vales
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira a ele vale
seu superior. nós valemos
vós valeis
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve eles valem
uma grande perda salarial...)
Pretérito Perfeito do Indicativo
8-) eu vali
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = presente tu valeste
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… ele valeu
= pretérito do Subjuntivo nós valemos
vós valestes
D) … de onde vem o produto…? = presente
eles valeram
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = preté-
rito perfeito
Pretérito Imperfeito do Indicativo
eu valia
9-)
tu valias
(A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos.
ele valia
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter aconteci- nós valíamos
do com a criança. vós valíeis
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. eles valiam
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a criança
se perdeu mesmo assim. Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
eu valera
10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma- tu valeras
deira no animal. ele valera
II. Existiam muitos ferimentos no boi. nós valêramos
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movi- vós valêreis
mentada. eles valeram
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal;
existir = variável. Portanto, temos: Futuro do Presente do Indicativo
I – Existiam onze pessoas... eu valerei
II – Havia muitos ferimentos... tu valerás
III – Existia muita gente... ele valerá
nós valeremos
vós valereis
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações em seu eles valerão
radical ou em suas desinências, afastando-se do modelo a que per-
tencem. Futuro do Pretérito do Indicativo
No português, para verificar se um verbo sofre alterações, bas- eu valeria
ta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo. Ex: tu valerias
faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude. ele valeria
Não é considerada irregularidade a alteração gráfica do radi- nós valeríamos
cal de certos verbos para conservação da regularidade fônica. Ex: vós valeríeis
embarcar – embarco, fingir – finjo. eles valeriam
Didatismo e Conhecimento 48
LÍNGUA PORTUGUESA
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo Infinitivo Impessoal = valer
eu tinha valido Particípio = Valido
tu tinhas valido
ele tinha valido Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos irre-
nós tínhamos valido gulares:
vós tínheis valido Dizer
eles tinham valido Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, di-
zem.
Gerúndio do verbo valer = valendo
Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse, disse-
Modo Subjuntivo mos, dissestes, disseram.
Presente
que eu valha Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá, dire-
que tu valhas mos, direis, dirão.
que ele valha
que nós valhamos Fazer
que vós valhais Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fa-
que eles valham zem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, fizeste, fez, fizemos, fi-
se eu valesse zestes, fizeram.
se tu valesses
se ele valesse Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará, fare-
se nós valêssemos mos, fareis, farão.
se vós valêsseis
se eles valessem Ir
Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
Futuro do Subjuntivo
quando eu valer
Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos, fostes,
quando tu valeres
foram.
quando ele valer
quando nós valermos
Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, iremos,
quando vós valerdes
ireis, irão.
quando eles valerem
Didatismo e Conhecimento 49
LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, viemos, - Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mes-
viestes, vieram. mo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a trans-
formação da frase seguinte:
Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, viremos, O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
vireis, virão. As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica
vierem. com outros verbos que podem eventualmente funcionar como au-
xiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença.
Vozes do Verbo
2- Voz Passiva Sintética
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo
se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo:
vozes verbais: Abriram-se as inscrições para o concurso.
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expres- Destruiu-se o velho prédio da escola.
sa pelo verbo. Por exemplo: Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sin-
Ele fez o trabalho. tética.
sujeito agente ação objeto (paciente)
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex- paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o sig-
pressa pelo verbo. Por exemplo: nificado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz
O trabalho foi feito por ele. passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
sujeito paciente ação agente da passiva Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem:
SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e pa- Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
ciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se. Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancial-
mente o sentido da frase.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a no- Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
ção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro) Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico
e sintético. Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito
da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a
1- Voz Passiva Analítica forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exem-
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do plos:
verbo principal. Por exemplo: - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
A escola será pintada. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mes-
O trabalho é feito por ele. tres.
- Eu o acompanharei.
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da pre- Ele será acompanhado por mim.
posição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de.
Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja ex- haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: Prejudica-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. ram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER),
pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases Saiba que:
seguintes: - Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) são chamados neutros.
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) O vinho é bom.
Aqui chove muito.
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) - Há formas passivas com sentido ativo:
É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
Didatismo e Conhecimento 50
LÍNGUA PORTUGUESA
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: (A) Quando Rodolfo surgiu...
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) (B) ... adquiriu as impressoras...
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) (C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
(D) ... acolheu-o como patrono.
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido ci- (E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...
rúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é
paciente. 06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
Chamo-me Luís. FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a consti-
Batizei-me na Igreja do Carmo. tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
Operou-se de hérnia. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
Vacinaram-se contra a gripe. resultante é:
a) se constituiu.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54. b) chegou a ser constituído.
php c) teria chegado a constituir.
d) chega a se constituir.
Questões sobre Vozes dos Verbos e) chegaria a ser constituído.
01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI- 07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS
NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis-
ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é tintamente as músicas produzidas no interior do país...
(A) adjunto adnominal. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
(B) sujeito paciente. resultante será:
(C) objeto indireto. (A) vinham indicadas.
(D) complemento nominal. (B) era indicado.
(E) agente da passiva. (C) eram indicadas.
02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo - (D) tinha indicado.
2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Transpondo- (E) foi indicada.
-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
(A) era abatido. PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 -
(B) fora abatido. adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está em:
(C) abatera-se. (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos”
(D) foi abatido. (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro”
(E) tinha abatido (C) “enviar o brinquedo por sedex”
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa do
03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) Consumidor”
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade (E) “A empresa fez campanha para recolher”
como tais.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a 09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
ser, corretamente, Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde vim a
(A) perceba. entender a tradução completa, a forma verbal resultante será:
(B) foi percebido. (A) veio a ser entendida.
(C) tenham percebido. (B) teria entendido.
(D) devam perceber. (C) fora entendida.
(E) estava percebendo. (D) terá sido entendida.
(E) tê-la-ia entendido.
04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas pela 10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
multidão... PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP-
A forma verbal resultante da transposição da frase acima para TADA)
a voz ativa é: ... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mu-
(A) ocupava-se. lheres.
(B) ocupavam. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
(C) ocupou. resultante será:
(D) ocupa. (A) foi empreendida.
(E) ocupava. (B) são empreendidos.
(C) foi empreendido.
(D) é empreendida.
05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) (E) são empreendidas.
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
Didatismo e Conhecimento 51
LÍNGUA PORTUGUESA
GABARITO
Didatismo e Conhecimento 52
LÍNGUA PORTUGUESA
Sujeito: É importante salientar que um verbo só será TRANSITIVO se
houver complemento (objeto direto ou objeto indireto). A análise
Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locução ver- de um verbo depende, portanto, do ambiente sintático em que ele
bal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: Que(m) é que se encontra. Um verbo que aparentemente seja transitivo direto
..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, analisemos a pri- pode ser, na realidade, intransitivo, caso não haja complemento.
meira frase dentre as apresentadas acima: Por exemplo, observe a seguinte frase:
Os funcionários foram convocados pelo diretor. O pior cego é aquele que não quer ver.
O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma vez que
O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é a locu- se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, porém, que não há o
ção verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: Que(m) é que “algo”. O pior cego é aquele que não quer ver o quê? Não aparece
foi convocado? na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como não o há, o ver-
- Resposta: Os funcionários. bo não pode ser transitivo direto, e sim intransitivo.
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcionários. Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empresta a
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo: Deus.
Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um estado Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente, transitivos
ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será denominado de diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas frases Quem dá,
VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação mais comuns são os dá algo a alguém e Quem empresta, empresta algo a alguém. Ocor-
seguintes: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e continuar. Não re, porém, que não há o “algo”. Quem dá o que aos pobres empres-
se esqueça, porém, de que só será verbo de ligação o que indicar ta o que a Deus? Não aparece na oração; não há, portanto, o objeto
qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, sem praticar ação direto. Como não o há, os verbos não podem ser transitivos diretos
alguma. Observe as seguintes frases: e indiretos, e sim somente transitivos indiretos.
O político continuou seu discurso mesmo com todas as vaias
recebidas. FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indica qua-
lidade do sujeito, e sim ação. Questões sobre Análise Sintática
A professora estava na sala de aula. 01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os tra-
Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica qualidade balhadores passaram mais tempo na escola...
do sujeito, e sim fato. O segmento grifado acima possui a mesma função sintática
que o destacado em:
A garota estava muito alegre. A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do sujeito. B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado...
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou que par-
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universida-
ticipa ativamente de um fato, será denominado de VERBO IN-
des...
TRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo com o se-
guinte:
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos de
uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam
- Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar nessa
os paulistas como...
frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo correr: Quem
O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma fun-
corre, corre. ção sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores
- Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo que se para a volta.
encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por exemplo, B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam
o verbo comer: Quem come, come algo; ou o verbo amar: Quem aqueles de considerável...
ama, ama alguém. C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia
- Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo ver- significar uma pista.
bo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDIRETO. E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a
Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de algo ou de vila de São Paulo como centro...
alguém. As preposições mais comuns são as seguintes: a, de, em,
por, para, sem e com. 03. Há complemento nominal em:
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + algo/al- B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de ganhar
guém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO a vida.
DIRETO E INDIRETO - também denominado de BITRANSITI- C)Ela estava na janela do edifício.
VO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra, mostra algo a D)... sem saber ao certo se gostávamos dele.
alguém; ou o verbo informar: Quem informa, informa alguém de E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho
algo ou Quem informa, informa algo a alguém. de cinema.
Didatismo e Conhecimento 53
LÍNGUA PORTUGUESA
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o termo 3-)
destacado é: A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal
A) pronome possessivo B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento nomi-
B) complemento nominal nal (possibilidade de quê?)
C) objeto indireto C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
D) adjunto adnominal D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto indireto
E) objeto direto E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto indireto
4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitransitivo,
05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito das se- ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa de dois com-
guintes orações em relação aos verbos destacados: plementos – dois objetos: direto e indireto.
- Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de vida. Deu o quê? = cem mil contos (direto)
- Neste ano, quero prestar serviço voluntário. Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
A)Tu – vós B)Nós – eu C)Vós – nós D) Ele - tu 5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qualidade de
vida.
06. Classifique o sujeito das orações destacadas no texto se-
- Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário.
guinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
6-) É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo com
o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam partido e É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo com
interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou atrapalhan- o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam partido e
do- -os. interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou atrapalhan-
A)simples, composto do-os.
B)indeterminado, composto Ambos os termos apresentam sujeito simples
C)simples, simples
D) oculto, indeterminado 7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta (final
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. Identi- da oração). Portanto: função sintática: sujeito (composto); classe
fique a alternativa que classifica corretamente a função sintática e morfológica (classe de palavras): substantivos.
a classe morfológica dos termos destacados:
A) objeto indireto – substantivo Períodos Compostos
B) objeto direto - substantivo
C) sujeito – adjetivo O período composto caracteriza-se por possuir mais de uma
D) objeto direto – adjetivo oração em sua composição. Sendo Assim:
E) sujeito - substantivo - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Pe-
GABARITO ríodo Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E - Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor
solar. (Período Composto = três verbos, três orações).
RESOLUÇÃO Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corresponde
a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período
1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são
= SUJEITO períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = objeto direto
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. = objeto
orações de um período composto: uma relação de coordenação ou
direto
uma relação de subordinação.
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado...
= sujeito paciente Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... = mesmo período (ou seja, em um mesmo bloco de informações,
objeto direto marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas indivi-
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universida- duais, como é o exemplo de:
des... = agente da passiva - Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Pe-
ríodo Composto)
2-) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selva- Podemos dizer:
gens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO 1. Estou comprando um protetor solar.
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL 2. Irei à praia.
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= adjunto Separando as duas, vemos que elas são independentes.
adverbial É esse tipo de período que veremos: o Período Composto por
C) seria perceptível o sinal. = predicativo Coordenação.
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois
E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto direto tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.
Didatismo e Conhecimento 54
LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenadas Assindéticas C) concessivo
D) explicativo
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através E) alternativo
de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A ora-
ção em destaque é:
Coordenadas Sindéticas a) coordenada explicativa
b) coordenada adversativa
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, c) coordenada aditiva
mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse d) coordenada conclusiva
caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As e) coordenada assindética
orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia o
seguinte trecho:
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cul-
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais
tura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
conjunções são: e, nem, não só... mas também, não só... como,
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a nor-
assim... como.
ma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o termo em
- Não só cantei como também dancei. destaque, o trecho estará corretamente reescrito em:
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase toda
- Comprei o protetor solar e fui à praia. a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prá-
tica.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas princi- B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase toda
pais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prá-
entanto, ainda, assim, senão. tica.
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda a
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia. D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas princi- E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda a
pais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras 04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
diferentes. Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto. mas também da necessidade de maior número de viagens... –, os
termos em destaque estabelecem relação de
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas prin- A) explicação.
cipais conjunções são: logo, portanto, por fim, por conseguinte, B) oposição.
consequentemente, pois (posposto ao verbo) C) alternância.
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. D) conclusão.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar. E) adição.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que estare-
- A situação é delicada; devemos, pois, agir
mos a seu lado sempre.
Marque a opção correta quanto à sua classificação:
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas princi- A) Coordenada sindética aditiva.
pais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois (an- B) Coordenada sindética alternativa.
teposto ao verbo). C) Coordenada sindética conclusiva.
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. D) Coordenada sindética explicativa.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo. 06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor adversa-
tivo é:
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-coorde- A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
nadas-assindeticas-e-sindeticas/ B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de pe-
Questões sobre Orações Coordenadas dir esmola”.
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplantação miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”.
integral de gosto e de estilo” tem valor: E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
A) conclusivo moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
B) adversativo E à educação”.
Didatismo e Conhecimento 55
LÍNGUA PORTUGUESA
07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjunção subli- 4-) fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
nhada está corretamente indicado entre parênteses. mas também da necessidade de maior número de viagens... estabe-
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende tra- lecem relação de adição de ideias, de fatos
balhar como advogado. (explicação)
B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição) 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe. = conjunção explicativa (= porque) - coordenada sindética ex-
(oposição) plicativa
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. (al-
ternância) 6-)
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não ajuda
chuva. (conclusão) (ideia contrária)
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. =
adição
08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas no texto
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de pe-
“O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na casa, nem as-
dir esmola”. = adição
sustou seus habitantes.” A seguir, classifique-as, respectivamente,
como coordenadas: D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
A) adversativa e aditiva. B) explicativa e aditiva. miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”. = adição
C) adversativa e alternativa. D) aditiva e alternativa. E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
09. Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as E à educação”. = adição
pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque” pode ser
substituída, sem alteração de sentido, por 7-)
A) entretanto. B) então. C) assim. D) pois. E) porém. A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende tra-
balhar como advogado. = adversativa
10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, temos a C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe.
presença de uma oração coordenada que pode ser classificada em: = conclusão
A) Coordenada assindética; D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
B) Coordenada assindética aditiva; = explicativa
C) Coordenada sindética alternativa; E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a
D) Coordenada sindética aditiva. chuva. = alternativa
Didatismo e Conhecimento 56
LÍNGUA PORTUGUESA
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu sinto” é a É bom que você compareça à minha festa.
oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada “existir
em meu gesto o teu gesto”. Note que a oração subordinada apre- 2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se -
senta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção “que”, Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou
conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações su- provado
bordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
- flexionado ou não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações
reduzidas ou implícitas. 3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - impor-
tar - ocorrer - acontecer
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjun- Convém que não se atrase na entrevista.
ções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introdu- Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o
zidas por preposição. verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce fun-
vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
ção de objeto direto do verbo da oração principal.
Todos querem sua aprovação no concurso.
Suponho que você foi à biblioteca hoje.
Objeto Direto
Oração Subordinada Substantiva
Você sabe se o presidente já chegou? Todos querem que você seja aprovado. (= Todos querem
Oração Subordinada Substantiva isso)
Oração Principal oração Subordinada Substantiva Objetiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introdu- Direta
zem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desen-
interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos: volvidas são iniciadas por:
- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”:
O garoto perguntou qual era o telefone da moça. A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
Oração Subordinada Substantiva
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes re-
Não sabemos por que a vizinha se mudou. gidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Oração Subordinada Substantiva O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes re-
gidos de preposição), nas interrogações indiretas:
De acordo com a função que exerce no período, a oração su- Eu não sei por que ela fez isso.
bordinada substantiva pode ser:
c) Objetiva Indireta
a) Subjetiva A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do ver- objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de
bo da oração principal. Observe: preposição.
É fundamental o seu comparecimento à reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Sujeito
Objeto Indireto
É fundamental que você compareça à reunião.
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste nisso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subje-
tiva Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na ora-
ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um período ção.
simples: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
É fundamental isso. ou Isso é fundamental. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Didatismo e Conhecimento 57
LÍNGUA PORTUGUESA
de que você se comportou. (= Sentimos Obs.: para que dois períodos se unam num período composto,
orgulho disso.) altera-se o modo verbal da segunda oração.
Oração Subordinada Substantiva Completiva No-
minal Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer
o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser substituído por: o
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas objetivas qual - a qual - os quais - as quais
indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações Refiro-me ao aluno que é estudioso.
subordinadas substantivas completivas nominais integram o sen- Essa oração é equivalente a:
tido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar Refiro-me ao aluno o qual estuda.
em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o
objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complemen- Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
ta um verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresen-
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de tam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordi-
predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre nadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem
depois do verbo ser.
as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introdu-
Nosso desejo era sua desistência.
zidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposi-
Predicativo do Sujeito
ção) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo,
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo era gerúndio ou particípio).
isso) Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva “de” para No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva de-
realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na pro- senvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e
va. apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No
segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infiniti-
f) Apositiva vo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de
aposto de algum termo da oração principal. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu
casamento. Aposto Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam,
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras
diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamen- termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não
to chegasse. há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas
Oração Subordinada Substantiva Apositiva restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou
amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien-
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS temente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas
explicativas.
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor Exemplo 1:
e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem
introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto que passava naquele momento.
adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Esta foi uma redação bem-sucedida.
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal)
particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-se de um homem
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não
bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando
a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: naquele momento.
Exemplo 2:
Esta foi uma redação que fez sucesso. O homem, que se considera racional, muitas vezes age ani-
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva malescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e
o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo prono- Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo
me relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, em relação à palavra “homem”; na verdade, essa oração apenas
o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o “homem”.
antecede.
Didatismo e Conhecimento 58
LÍNGUA PORTUGUESA
Saiba que: As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alterna-
principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgu- tiva a não ser cancelá-lo.
la. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma Já que você não vai, eu também não vou.
de diferenciar as orações explicativas das restritivas; de fato, as ex-
plicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não. b) Consequência
As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na ora-
ção principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções: que,
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...
função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa que, tanto...que, tamanho...que.
forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedi-
condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida do de tal, tanto, tão, tamanho)
por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das inte- É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.)
grantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução con- Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concreti-
juntiva que a introduz. zando-os.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de
Oração Subordinada Adverbial Infinitivo)
c) Condição
Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância Condição é aquilo que se impõe como necessário para a reali-
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adverbial zação ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais con-
temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que indi- dicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize
cam uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A clas- ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.
sificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão da Principal conjunção subordinativa condicional: SE
circunstância que exprime. Observe os exemplos abaixo: Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha
que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma
vida.
vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certa-
vida.
mente o melhor time será campeão.
Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o con-
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto adver-
trato.
bial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. No segundo
Caso você se case, convide-me para a festa.
período, esse papel é exercido pela oração “Quando vi a estátua”,
que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa
oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção su- d) Concessão
bordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo in- As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam con-
dicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível cessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma
reduzi-la, obtendo-se: contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está dire-
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha tamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.
vida. Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das for- que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de
mas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é introduzida que.
por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (“a”, Só irei se ele for.
combinada com o artigo “o”).
Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se
feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. realizará caso essa condição seja satisfeita. Compare agora com:
Baseia-se na circunstância expressa pela oração. Irei mesmo que ele não vá.
Circunstâncias Expressas A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de
pelas Orações Subordinadas Adverbiais qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração des-
a) Causa tacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva. Observe ou-
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca tros exemplos:
um determinado fato, ao motivo do que se declara na oração prin- Embora fizesse calor, levei agasalho.
cipal. “É aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE população continua à margem do mercado de consumo.
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introdu- Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não
zido na oração anteposta à oração principal), pois, pois que, já estudasse). (reduzida de infinitivo)
que, uma vez que, visto que.
Didatismo e Conhecimento 59
LÍNGUA PORTUGUESA
e) Comparação Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração prin- Mal você saiu, ela chegou.
cipal. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Ele dorme como um urso.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint29.php
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações subordi-
nadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Questões sobre Orações Subordinadas
Agem como crianças. (agem)
Oração Subordinada Adverbial Comparativa 01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não Mais denso, menos trânsito
ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do
verbo falar e do verbo fazer). As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e em pro-
cesso de deterioração agudizado pelo crescimento econômico da
f) Conformidade última década. Existem deficiências evidentes em infraestrutura,
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam mas é importante também considerar o planejamento urbano.
ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de descon-
adotado para a execução do que se declara na oração principal. centração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na
Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFOR- visão de que isso levaria a uma maior facilidade de deslocamento.
ME Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, di-
(todas com o mesmo valor de conforme). ficultando o investimento em transporte coletivo e aumentando a
Fiz o bolo conforme ensina a receita. necessidade do transporte individual.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos Se olharmos Los Angeles como a região que levou a des-
iguais. concentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa
região rica como a Califórnia, com enorme investimento viário,
g) Finalidade
temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção,
cidade.
a finalidade daquilo que se declara na oração principal.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE
adensamento e predominância do transporte coletivo, como mos-
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução
conjuntiva para que. tram Manhattan e Tóquio.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entras- servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomuni-
se. cação, água, eletricidade etc. Como em outras grandes cidades,
essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não
h) Proporção é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem deslocamento das atividades para diversas regiões da cidade.
ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na A visão de adensamento com uso abundante de transporte co-
oração principal. letivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À esse processo de uso cada vez mais intenso do transporte indivi-
PROPORÇÃO QUE dual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel,
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao mas também da necessidade de maior número de viagens em fun-
passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior), quanto ção da distância cada vez maior entre os destinos da população.
maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...(menor), (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)
quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto menos...
(mais), quanto menos...(menos). As expressões mais denso e menos trânsito, no título, estabele-
À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. cem entre si uma relação de
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. (A) comparação e adição.
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. (B) causa e consequência.
(C) conformidade e negação.
i) Tempo (D) hipótese e concessão.
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam (E) alternância e explicação
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo
exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posteriorida- 02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP
de. – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positivo por eles se tor-
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO narem uma referência positiva dentro da unidade, já que cumprem
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e melhor as regras, respeitam o próximo e pensam melhor nas suas
locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, an- ações, refletem antes de tomar uma atitude. – o termo em destaque
tes que, depois que, sempre que, desde que, etc. estabelece entre as orações uma relação de
Didatismo e Conhecimento 60
LÍNGUA PORTUGUESA
A) condição. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Extensão
B) causa. urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
C) comparação. ainda mais os diversos centros já existentes...
D) tempo. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento
E) concessão. da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
ainda mais os diversos centros já existentes...
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas que apa- C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento
recem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto: da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. ainda mais os diversos centros já existentes...
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão
vida. urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
C) Ignoras quanto custou meu relógio? ainda mais os diversos centros já existentes...
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião extensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e
adensar ainda mais os diversos centros já existentes...
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013).
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com seu Na- 06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – É fun-
morado Lute. damental que essa visão de adensamento com uso abundante de
transporte coletivo seja recuperada para que possamos reverter
esse processo de uso… –, a expressão em destaque estabelece en-
tre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.
Didatismo e Conhecimento 61
LÍNGUA PORTUGUESA
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alternativa
que substitui o trecho em destaque na frase – Assinarei o docu-
mento, contanto que garantam sua autenticidade. – sem que haja A SINTAXE DE CONCORDÂNCIA
prejuízo de sentido. NOMINAL, DE CONCORDÂNCIA VERBAL,
(A) desde que garantam sua autenticidade. DE REGÊNCIA NOMINAL, DE REGÊNCIA
(B) no entanto garantam sua autenticidade.
(C) embora garantam sua autenticidade.
VERBAL E DE COLOCAÇÃO.
(D) portanto garantam sua autenticidade.
(E) a menos que garantam sua autenticidade.
GABARITO CONCORDÂNCIA
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos re-
ferindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
RESOLUÇÃO e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, consequente- caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a
mente, menos trânsito, então: causa e consequência função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece entre as pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e
orações uma relação de causa com a consequência de “tem um pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
efeito positivo”. chegou atrasado. Temos que o verbo apresenta-se na terceira pes-
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração subordinada soa do singular, pois faz referência a um sujeito, assim também
substantiva objetiva direta expresso (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chega-
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou seja, não ram atrasados.
se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos verbos “convir”,
“parecer”, “importar”, “constar” etc., e também não inicia com as Casos referentes a sujeito simples
conjunções integrantes “que” e “se”.
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo
4-) a expressão contanto que estabelece uma relação de con- em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
dição (condicional)
2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da extensão urba- coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular: A
na verificados no Brasil = conjunção concessiva multidão, apavorada, saiu aos gritos.
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento da Observação:
extensão urbana no Brasil, = causal - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
da extensão urbana no Brasil = comparativa plural:
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
urbana verificados no Brasil = causal Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da
extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade) uma porção de” entre outras, o verbo tanto pode concordar com o
núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue:
7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa ideia de A maioria dos alunos resolveu ficar. A maioria dos alunos resol-
causa da consequência “foi enquadrado” = causa e tem sentido veram ficar.
equivalente a visto que.
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproxi-
8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a constru- mativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda
ção estabelece uma relação de causa e consequência. (a causa da com o substantivo determinado por elas: Cerca de mil candidatos
“contaminação” – consequência) se inscreveram no concurso.
9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão
mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um candi-
de imigrantes que o Brasil em um ano.” = conjunção concessiva: dato se inscreveu no concurso de piadas.
ainda que Observação:
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = conjunção a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente,
condicional = desde que deverá permanecer no plural:
Didatismo e Conhecimento 62
LÍNGUA PORTUGUESA
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na cam- - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também per-
panha de doação de alimentos. manece no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
de formatura. aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma
potência mundial.
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”,
o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos que atua- Casos referentes a sujeito composto
ram na Copa América.
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramati-
7) Em casos relativos à concordância com locuções pronomi- cais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado
nais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, a dois pressupostos básicos:
alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos a duas - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais:
questões básicas: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou
verbo poderá com ele concordar, como poderá também concordar na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos.
com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de
nós o receberão. 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois filhos compa-
singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de receram ao evento.
nós o receberá.
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos. Compa-
poderá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós receu ao evento o pai e seus dois filhos.
quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos
toda a verdade para ela. 4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais
de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo
e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em
ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer
casa sou eu que decido tudo.
no singular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, mi-
nha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.
que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou
com o substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos demais ter-
funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitora- mos da oração para que concordem em gênero e número com o
do apoiou a decisão. substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o
numeral e o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se
Observações: flexionará à sua maneira.
- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome con-
esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da cordam em gênero e número com o substantivo.
diretoria 50% dos funcionários. - A pequena criança é uma gracinha.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de deter- Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra ge-
minantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos ral mostrada acima.
funcionários apoiaram a decisão da diretoria. a) Um adjetivo após vários substantivos
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pro- concorda com o substantivo mais próximo.
nomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.
homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculi-
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo pró- no ou concorda com o substantivo mais próximo.
prio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os - Ela tem pai e mãe louros.
determinam: - Ela tem pai e mãe loura.
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, - Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente
este permanece no singular, contanto que o predicativo também para o plural.
esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma cria- - O homem e o menino estavam perdidos.
ção de Machado de Assis. - O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Didatismo e Conhecimento 63
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos j) Menos, alerta
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais pró- - Em todas as ocasiões são invariáveis.
ximo. Preciso de menos comida para perder peso.
Comi delicioso almoço e sobremesa. Estamos alerta para com suas chamadas.
Provei deliciosa fruta e suco.
k) Tal Qual
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda - “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
com o mais próximo ou vai para o plural. consequente.
Estavam feridos o pai e os filhos. As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Estava ferido o pai e os filhos. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo l) Possível
- antecede todos os adjetivos com um artigo. - Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
A mais possível das alternativas é a que você expôs.
- coloca o substantivo no plural.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
d) Pronomes de tratamento cidade.
- sempre concordam com a 3ª pessoa.
Vossa Santidade esteve no Brasil. m) Meio
- Como advérbio: invariável.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado Estou meio (um pouco) insegura.
- Concordam com o substantivo a que se referem.
As cartas estão anexas. - Como numeral: segue a regra geral.
A bebida está inclusa. Comi meia (metade) laranja pela manhã.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz. n) Só
- apenas, somente (advérbio): invariável.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) Só consegui comprar uma passagem.
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular
e o adjetivo no plural. - sozinho (adjetivo): variável.
Renato advogou um e outro caso fáceis. Estiveram sós durante horas.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
Fonte:
g) É bom, é necessário, é proibido http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido htm
de artigo ou outro determinante.
Canja é bom. / A canja é boa. Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é 01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con-
proibida.
cordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que
h) Muito, pouco, caro
determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida-
- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem. de a suas decisões.
Pouco arroz é suficiente para mim. (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser
Os sapatos estavam caros. embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prá-
tica política.
- Como advérbios: são invariáveis. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regi-
Comi muito durante a viagem. me democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. quanto as coletivas.
Comprei caro os sapatos. (D) As instituições fundamentais de um regime democrático
i) Mesmo, bastante não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único
- Como advérbios: invariáveis poder central.
Preciso mesmo da sua ajuda. (E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego. momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes
na sociedade.
- Como pronomes: seguem a regra geral.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer. 02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concordân-
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. cia verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em:
Didatismo e Conhecimento 64
LÍNGUA PORTUGUESA
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec- agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja
tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras, quantificado.
sua matéria-prima. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre de- agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos bá-
lineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultra- sicos.
passar os limites da época em que vivem seus autores, gênios no
domínio das palavras, sua matéria-prima. 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATI-
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe per- VO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
mitem criar todo um mundo de ficção, em que personagens se I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negativa...
transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa ver- II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifica-
dadeira interação com a realidade. ção do continente americano (2,0)...
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so- Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a
mente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias entre concordância segue as mesmas regras, na ordem dos exemplos,
ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual em:
deste último e o prazer da leitura. (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui ano. Será que alguém tem opinião diferente da maioria?
leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. Vêm
ultrapassa os limites de tempo e de época. pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase todos
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para res- quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
ponder à questão. (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas também
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não existem umas que não merecem nossa atenção.
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbo-
no, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de pe-
___________diferença, as companhias não podem suportar ter de regrinação.
pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso
sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços- o segmento grifado seja substituído por:
-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira (A) Há folheteiros que
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a (B) A maior parte dos folheteiros
maioria das políticas de crescimento verde sempre ___________ (C) O folheteiro e sua família
a segunda opção. (D) O grosso dos folheteiros
(Carta Capital, 27.06.2012. (E) Cada um dos folheteiros
Adaptado)
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la- Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem pre-
com: conceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações
(A) Restam… faça… será poéticas tão originais.
(B) Resta… faz… será (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à
(C) Restam… faz... serão arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores uni-
(D) Restam… façam… serão versidades do país.
(E) Resta… fazem… será (C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situa-
ção dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requi-
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa zessem o respeito que faziam por merecer.
em que o trecho (D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do
quantificar adequadamente os insumos básicos.– está corretamen- puro e simples desconhecimento.
te reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representativi-
agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos. dade.
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantifi-
cados.
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam
quantificado.
Didatismo e Conhecimento 65
LÍNGUA PORTUGUESA
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verdadeiro
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de concordância regime democrático, em que se respeita (respeitam) tanto as liber-
verbal e nominal em: dades individuais quanto as coletivas.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os (D) As instituições fundamentais de um regime democrático
mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às mais hu- não pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às ordens in-
mildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje. discriminadas de um único poder central.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados (vol-
Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de tado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as diferentes
seu tempo, não estão apenas nos livros que escreveram. opiniões existentes na sociedade.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e 2-)
judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,
próximos de serem resolvidos ou pelo menos de terem alguma tré- que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec-
gua. tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras,
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, sua matéria-prima. = correta
ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costu- B) Obras que se consideram clássicas na literatura sempre de-
mam encontrar muito mais detratores que admiradores. lineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao
e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais e ultrapassarem os limites da época em que vivem seus autores, gê-
escritores como Edward Said, que não apenas era notícia pelos nios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
livros que publicavam como pelas posições que corajosamente as- C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes per-
sumiam.
mite criar todo um mundo de ficção, em que personagens se trans-
formam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
interação com a realidade.
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so-
segmento grifado, deverá ser colocado no plural, está em:
mente se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias entre
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do planeta) ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O consumo deste último e o prazer da leitura.
mundial de barris de petróleo) E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que consti-
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo tuem leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo
da matéria-prima... (Constantes aumentos) que ultrapassa os limites de tempo e de época.
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços
mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) 3-) _Restam___dúvidas
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- __faça __diferença
nale a alternativa em que a concordância das formas verbais desta- a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____
cadas está de acordo com a norma-padrão da língua. será_____ a segunda opção.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higienização Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no
subterrânea. plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os trabalha- serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.
dores da área de limpeza.
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos de 4-)
se contrair alguma doença. (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos.
manhã, eu já estava fazendo meu serviço. (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem quan-
a adotar medidas mais rigorosas para a proteção de seus funcio- tificados.
nários. (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam
GABARITO quantificados.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam
quantificados.
RESOLUÇÃO (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos bá-
1-) Fiz os acertos entre parênteses: sicos. = correta
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que
determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida- 5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos aos
de a suas decisões. itens:
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem (deve) (A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem (sin-
ser embasados (embasada) na percepção dos valores e princípios gular)
que regem a prática política. (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
Didatismo e Conhecimento 66
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (plu- (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo
ral) da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” passaria para
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas “refletem-se”
(plural) (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as for- mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) =
mas estão no plural) “pressiona” permaneceria no singular
Didatismo e Conhecimento 67
LÍNGUA PORTUGUESA
Verbos Intransitivos Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É impor- “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para
tante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos todos.
adverbiais que costumam acompanhá-los.
- Chegar, Ir - Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos intro-
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de duzidos pela preposição “a”:
lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
ou direção são: a, para. Eles desobedeceram às leis do trânsito.
Fui ao teatro. - Responder - Tem complemento introduzido pela preposição
Adjunto Adverbial de Lugar “a”. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao
que” se responde.
Ricardo foi para a Espanha. Respondi ao meu patrão.
Adjunto Adverbial de Lugar Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.
- Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:
jogo. O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Verbos Transitivos Diretos
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos intro-
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos duzidos pela preposição “com”.
diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabele- Antipatizo com aquela apresentadora.
cimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, deve- Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
mos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como para uma minoria privilegiada.
objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los,
la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquan-
to lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, aben- um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo:
çoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, Agradecer, Perdoar e Pagar. São verbos que apresentam objeto
alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
conhecer, conservar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, Veja os exemplos:
namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, su- Agradeço aos ouvintes a audiência.
portar, ver, visitar. Objeto Indireto Objeto Direto
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o
verbo amar: Paguei o débito ao cobrador.
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Objeto Direto Objeto Indireto
Amo aquela moça. / Amo-a.
Amam aquele rapaz. / Amam-no. - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com parti-
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. cular cuidado. Observe:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Didatismo e Conhecimento 68
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os se- ASPIRAR
guintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar),
Comparar inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como
“a” ou “com” para introduzir o complemento indireto. ambição: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspiráva-
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. mos a elas)
Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” e
Pedi-lhe favores. “lhes” e sim as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja o exem-
Objeto Indireto Objeto Direto plo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, sa- Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela ati-
tisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela prepo- tude.
sição “a”. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
O cantor não agradou aos presentes. Indireto Reduzida de Infinitivo
O cantor não lhes agradou.
Didatismo e Conhecimento 69
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que ESQUECER – LEMBRAR
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa. - Lembrar algo – esquecer algo
Observe: - Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
Custei para entender o problema.
Forma correta: Custou-me entender o problema. No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem
IMPLICAR complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes impli- complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos
cavam um firme propósito. indiretos:
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarre- - Ele se esqueceu do caderno.
tar, provocar: Liberdade de escolha implica amadurecimento po- - Eu me esqueci da chave.
lítico de um povo. - Eles se esqueceram da prova.
- Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, en-
volver: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada
passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea,
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem não porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros
trabalhasse arduamente. como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa
construção várias vezes.
PROCEDER - Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabi- - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
mento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa se-
gunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto
de modo. (lembrar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).
As afirmações da testemunha procediam, não havia como re-
SIMPATIZAR
futá-las.
Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei
Você procede muito mal.
com os jurados.
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição”
NAMORAR
de”) e fazer, executar (rege complemento introduzido pela prepo-
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria na-
sição “a”) é transitivo indireto.
mora João.
O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames. Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
O delegado procederá ao inquérito.
OBEDECER
QUERER É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a prepo-
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade sição “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
de, cobiçar.
Querem melhor atendimento. Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado
Queremos um país melhor. na voz passiva: A fila não foi obedecida.
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, VER
amar. É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o
Quero muito aos meus amigos. filme.
Ele quer bem à linda menina.
Despede-se o filho que muito lhe quer. Regência Nominal
Didatismo e Conhecimento 70
LÍNGUA PORTUGUESA
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure,
sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a;
relativa a; relativamente a.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Didatismo e Conhecimento 71
LÍNGUA PORTUGUESA
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se perdido
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes de sua família.
desiguais... (E) A família toda se organizou para realizar a procura à ga-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifa- rotinha.
do acima está empregado em:
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extre- 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a al-
mos de sutileza. ternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos texto, de acordo com as regras de regência.
troncos mais robustos. Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já assi-
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, nalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e a
não raro, quem... exposição a imagens idealizadas pela mídia.
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a mí-
de Tunuí... dia pode exercer sobre os jovens.
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, A) dos … na
mestre e colaborador... B) nos … entre a
C) aos … para a
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). D) sobre os … pela
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... E) pelos … sob a
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da
frase acima se encontra em: 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públi-
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo cas – VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão da língua,
latino dirigere... assinale a alternativa em que os trechos destacados estão corretos
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das socie- quanto à regência, verbal ou nominal.
dades... A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela mil tomadas.
justiça. B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
justiça... C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar logo-
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento tipos e negociar.
de justiça. D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas
do edifício.
05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alternativa E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse a
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho um prédio na marginal.
de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu
espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). Assinale
em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. a alternativa que substitui a expressão destacada na frase, confor-
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente me as regras de regência da norma-padrão da língua e sem altera-
seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais no- ção de sentido.
tável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros. Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de direitos
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente dos trabalhadores domésticos.
seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais no- A) da
tável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros. B) na
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamen- C) pela
te seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais D) sob a
notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em E) sobre a
outros.
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu GABARITO
espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. 06. A 07. C 08. A 09. C
Didatismo e Conhecimento 72
LÍNGUA PORTUGUESA
C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo transitivo 7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou já
direto e indireto assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = verbo a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
transitivo indireto A pesquisa faz um alerta para a influência negativa que a
mídia pode exercer sobre os jovens.
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
do sueco. 8-)
Pedir = verbo transitivo direto e indireto B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de haver um
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = transitivo homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
direto C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em criar lo-
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ligação gotipos e negociar.
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de toma-
=verbo intransitivo das do edifício.
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento. E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse
=transitivo direto em um prédio na marginal.
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em par- 9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de direitos
tes desiguais... dos trabalhadores domésticos.
Constar = verbo intransitivo
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos
troncos mais robustos. =ligação O TEXTO: COMPREENSÃO,
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, INTERPRETAÇÃO E ARTICULAÇÕES
não raro, quem... =transitivo direto
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra SEMÂNTICO-TEXTUAIS.
de Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio,
mestre e colaborador...=transitivo direto
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que tam-
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... bém é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo.
Lidar = transitivo indireto Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotação, Figurado,
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das socie- Subjetivo, Pessoal).
dades... =transitivo direto
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensa-
justiça. =ligação gem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo,
justiça... =transitivo direto e indireto Informativo).
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse
de justiça. =transitivo direto tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pontuação explicativos são os encontrados em manuais de instruções.
também. Assinalei apenas os desvios quanto à regência (pontua- Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de
ção encontra-se em tópico específico) algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista,
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pontuação) linguagem, 3ª pessoa do singular.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto à Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de
pontuação) um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de pala-
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente, vras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais no- caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até des-
tável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. crever sensações ou sentimentos. Não há relação de anteriorida-
de e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do
6-) objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da
(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter se personagem a que o texto se refere.
perdido. Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um índio não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo
na porta do prédio. certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido de relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predo-
sua família. minante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que
(E) A família toda se organizou para realizar a procura pela nos contam histórias infantis, como o “Chapeuzinho Vermelho”
garotinha. ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano.
Didatismo e Conhecimento 73
LÍNGUA PORTUGUESA
Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou expli- lo da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do lei-
car um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo tor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra
pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos ca-
de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo sos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítu-
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocu- lo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de
pado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fo-
sendo, portanto, um texto informativo. tografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página
da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele.
Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em
por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de “olho”.
do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar,
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um
temos um texto dissertativo-argumentativo. gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicita- grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou
ção, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advo- trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto,
cacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial. você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de
Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe sua redação e terá exemplos.
ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura básica; Uma das mais famosas crônicas da história da literatura lu-
ideia principal; desenvolvimento; conclusão. Uso de linguagem so-brasileira corresponde à definição de crônica como “narração
clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições etc. histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de
Caminha”, na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o
Injunção: Indica como realizar uma ação. É também utilizado descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os
para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza lingua- marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretu-
gem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, emprega- do, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia.
dos no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:
Ex: Receita de um bolo e manuais.
O nascimento da crônica
Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais
pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e “Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade.
retomadas. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sa-
Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o cudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmos-
entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo féricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras
entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace
entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as est rompue está começada a crônica. (...)
informações apuradas ou que relatem situações vividas por per- (Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo:
sonagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que Editora Ática, 1994)
contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além
das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se
como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repór- à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos.
ter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da in-
assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Mu- formação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que
nido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevista- acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional,
do a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por ou-
deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou ma- tro ângulo, singular.
nipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer prin- O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um
cipalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que
o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior aten-
sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços ção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contem-
à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a porâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas
resposta para o que considera positivo na instituição. É importante grandes cidades.
que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crô-
confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por nica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a ob-
ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou servação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da
perdendo a objetividade. linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro,
As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de para garantir sua durabilidade no tempo.
pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, re-
ticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao
leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O títu-
Didatismo e Conhecimento 74
LÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação de Texto O primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do
livro, fazer um folheio sistemático: ler o prefácio e o índice (ou
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de- sumário), analisar um pouco da história que deu origem ao livro,
compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou ver o número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os con- um Machado de Assis, um Júlio Verne, um Jorge Amado, já esta-
ceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação remos sabendo muito sobre o livro. É muito importante verificar
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na
é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpre- atualidade das informações que ele contém. Verifique detalhes que
tação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo possam contribuir para a coleta do maior número de informações
seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorpo- possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados
rando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo lidos no nosso arquivo mental. A propósito, você sabe o que seja
mantenha um comportamento ativo diante da leitura. um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente pensa que
os três são a mesma coisa, mas não:
Os diferentes níveis de leitura Prólogo: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema
e de sua experiência pessoal.
Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para Prefácio: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referin-
a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento do-se ao tema abordado no livro e muitas vezes também tecendo
ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que tenha- comentários sobre o autor.
mos condições cognitivas para utilizar. Introdução: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro
De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas e não ao tema.
até termos condições de aproveitar totalmente o assunto lido. Es- O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode-se, nes-
sas etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela se caso, aplicar as técnicas da leitura dinâmica.
vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.
O Terceiro Nível é conhecido como analítico. Depois de vas-
O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de culharmos bem o livro na pré-leitura, analisamos o livro. Para isso,
alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito sofisticada e é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro se enquadra:
requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste
gramática, a semântica, é preciso que tenhamos um bom domínio caso, existe apenas teoria ou são inseridas práticas e exemplos. No
da língua. caso de ser um livro teórico, que requeira memorização, procure
criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, veja, realmente, o
O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem que está lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note
duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a leitura pos- bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e a primeira coisa a
terior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já
escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, temos algum conteúdo para isso, pois o encadeamento das ideias já
de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comu- é de nosso conhecimento. Procure, agora, ler bem o livro, do início
mente desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento. Fique
partes, respondem basicamente às seguintes perguntas: atento! Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu.
- Por que ler este livro? Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicioná-
- Será uma leitura útil? rios ou sublinhar textos, isto será feito em outro momento.
- Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?
O Quarto Nível de leitura é o denominado de controle. Tra-
Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se ta-se de uma leitura com a qual vamos efetivamente acabar com
seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos des-
vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se pro- conhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à me-
puser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o dida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicológico
antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos até
baixo. que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será
Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizon- na etapa do controle que lançaremos mão do dicionário.
tes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever me- Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de
lhor; relacionar-se melhor com o outro. interromper a leitura não vai fragmentar a compreensão do assunto
como um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos os
Pré-Leitura tópicos importantes, se necessário. Para ressaltar trechos impor-
Nome do livro tantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visando principal-
Autor mente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a
Dados Bibliográficos fixar a cronologia e a sequência deste fato importante, situando-o
Prefácio e Índice no livro.
Prólogo e Introdução Aproveite bem esta etapa de leitura. Para auxiliar no estudo, é
interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um
breve resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido.
Didatismo e Conhecimento 75
LÍNGUA PORTUGUESA
Um Quinto Nível pode ser opcional: a etapa da repetição Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição
aplicada. Quando lemos, assimilamos o conteúdo do texto, mas do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a
aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939)
que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada humana: o inconsciente e subconsciente.” O autor do texto afirma,
como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender
etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente
brancos quando queremos evocar o assunto. Para evitar isso, faça e subconsciente.
resumos.
Observe agora os trechos sublinhados do livro e os resumos Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clí-
de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para nicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a aju-
traduzi-lo com suas próprias palavras. Procure associar o assunto da da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
lido com alguma experiência já vivida ou tente exemplificá-lo com Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com
algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até
para uma turma de alunos interessados. É importante lembrar que hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias
esquecemos mais nas próximas 8 horas do que nos 30 dias poste- e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigi-
riores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e das ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações
ao retornarmos ao livro, consultamos os resumos. Não pense que mentais.” A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a
é um exercício monótono. Nós somos capazes de realizar diaria- sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou
mente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou
e a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.
o que se apresenta nossa mente, somos capazes de senti-la quando Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso
melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão de in- às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
formações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como com-
a pena se esforçar no início e criar um método de leitura eficiente pensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está
e rápido. explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por
meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem me-
Ideias Núcleo tafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia.
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de- Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud,
compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os con- da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o tex-
ceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação to afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afir-
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. mando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem
Exemplo: sexual.
“Incalculável é a contribuição do famoso neurologista aus- Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpre-
tríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade tação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes
nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de compor- - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitu-
tamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em ra, vá até o fim, ininterruptamente;
colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Es- - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
tudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obti- menos umas três vezes;
dos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, - Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. Para - Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor
este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se uti- compreensão;
lizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, conside- - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do tex-
rando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na to correspondente;
fase de vigília. - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada ques-
Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo tão;
cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose - Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não,
é de origem sexual.” correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
(Salvatore D’Onofrio) palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a
entender o que se perguntou e o que se pediu;
- Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a
mais exata ou a mais completa;
Didatismo e Conhecimento 76
LÍNGUA PORTUGUESA
- Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamen- de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normal-
to de lógica objetiva; mente é elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter
- Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; uma sequência e não fique “indo e vindo” no livro. O assunto pode
- Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela respos- se tornar um bicho de sete cabeças!
ta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas pala-
- Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denun- vras que apenas servem como adereços. Procure ler o conjunto e
cia a resposta; perceber o seu significado.
- Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo Sub-vocalização: é o ato de repetir mentalmente a palavra.
autor, definindo o tema e a mensagem; Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a marca de
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; 250 palavras por minuto.
- Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são im- Usar apoios: algumas pessoas têm o hábito de acompanhar
portantíssimos na interpretação do texto. Exemplos: a leitura com réguas, apontando ou utilizando um objeto que sal-
ta “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido
Ele morreu de fome. quando é livre do que quando o fazemos guiado por qualquer ob-
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na jeto.
realização do fato (= morte de “ele”).
Ele morreu faminto. Leitura Eficiente
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que “ele” se
encontrava quando morreu. Ao ler realizamos as seguintes operações:
- As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as - Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encami-
ideias estão coordenadas entre si; nhamos o material a ser lido para nosso cérebro.
- Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior - Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial
clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o sig- (palavras, números etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem
nificado; de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de moti-
- Esclarecer o vocabulário; vação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível.
- Entender o vocabulário; - Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso “arqui-
vo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano.
- Viver a história;
- Ative sua leitura;
A leitura é um processo muito mais amplo do que podemos
- Ver, perceber, sentir, apalpar o que se pergunta e o que se
imaginar. Ler não é unicamente interpretar os símbolos gráficos,
pede;
mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos
- Não se deve preocupar com a arrumação das letras nas al-
todo o nosso tempo lendo!
ternativas;
O psicanalista francês Lacan disse que o olhar da mãe confi-
- As perguntas são fáceis, dependendo de quem lê o texto ou gura a estrutura psíquica da criança, ou seja, esta se vê a partir de
como o leu; como vê seu reflexo nos olhos da mãe! O bebê, então, segundo
- Cuidado com as opiniões pessoais, elas não existem; esta citação, lê nos olhos da mãe o sentimento com que é rece-
- Sentir, perceber a mensagem do autor; bido e interpreta suas emoções: se o que encontra é rejeição, sua
- Cuidado com a exatidão das questões em relação ao texto; experiência básica será de terror; se encontra alegria, sua expe-
- Descobrir o assunto e procurar pensar sobre ele; riência será de tranquilidade, etc. Ler está tão relacionado com o
- Todos os termos da análise sintática, cada termo tem seu fato de existirmos que nem nos preocupamos em aprimorar este
valor, sua importância; processo. É lendo que vamos construindo nossos valores e estes
- Todas as orações subordinadas têm oração principal e as são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de
ideias se completam. nosso sentimento.
Leitura é um dos grandes, senão o maior, ingrediente da ci-
Vícios de Leitura vilização. Ela é uma atividade ampla e livre, fato comprovado
pela frustração de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja
Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça? história já foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as in-
Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando formações lidas à imensa bagagem de conhecimentos que temos
baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns armazenados em nosso cérebro e então somos capazes de criar,
dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são conhe- imaginar e sonhar.
cidos como vícios de linguagem. É por meio da leitura que podemos entrar em contato com
Movimentar a cabeça: procure perceber se você não está pessoas distantes ou do passado, observando suas crenças, convic-
movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao final ções e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita.
de pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum Esta possibilita o avanço tecnológico e científico, registrando os
efeito positivo. Durante a leitura apenas movimentamos os olhos. conhecimentos, levando-os a qualquer pessoa em qualquer lugar
Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que têm dificul- do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem, interpre-
dade de memorizar um assunto, que não compreendem algumas tando os símbolos usados como registro da informação. A leitura
expressões ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movi- é o verdadeiro elo integrador do ser humano e a sociedade em que
mento apenas incrementa a falta de memória, pois secciona a linha ele vive!
Didatismo e Conhecimento 77
LÍNGUA PORTUGUESA
O mundo de hoje é marcado pelo enorme fluxo de informa- Desse modo, interpretar charges - ou qualquer outra forma de
ções oferecidas a todo instante. É preciso também tornarmo-nos expressão visual – exige procedimentos lógicos, atenção aos deta-
mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados e com- lhes e uma preocupação rigorosa em associar imagens aos fatos.
petitivos. Para isso, é imprescindível leitura que nos estimule cada
vez mais em vista dos resultados que ela oferece. Se você pretende
acompanhar a evolução do mundo, manter-se em dia, atualizado
e bem informado, precisa preocupar-se com a qualidade da sua
leitura.
Observe: você pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pes-
soa próxima não se interessar por este assunto. Por outro lado, será
que esta mesma pessoa se interessa por um livro que fale sobre
História ou esportes? No caso da leitura, não existe livro interes-
sante, mas leitores interessados.
A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e
com o resultado que poderá obter, deve pensar no ato de ler como
um comportamento que requer alguns cuidados, para ser realmente
eficaz.
Didatismo e Conhecimento 78
LÍNGUA PORTUGUESA
Passo 1: Procure saber do que a charge está tratando: A char- da psicologia da imagem já demonstraram, nos processos incons-
ge geralmente está relacionada, por meio do uso de ANALOGIAS, cientes que podem influenciar as decisões e escolhas que julgamos
a uma notícia ou fato político, econômico, social ou cultural. Por- serem estritamente voluntárias. Compreender a mensagem ideo-
tanto, a primeira tarefa de um “analista de charges” será compreen- lógica da qual é composta uma charge acaba tendo a função de
der a qual fato ou notícia a charge em questão está relacionada. tornar conscientes estes processos, fazendo com que nossa decisão
seja fundamentada numa decisão mais racional e posicionada, e
Passo 2: Entenda os elementos contidos na charge: Numa ao mesmo tempo menos ingênua e caricata da situação. Aí, sim,
charge de crítica política ou econômica, sempre há um protago- a charge poderá auxiliar na formulação clara e cônscia de um po-
nista e um antagonista da situação – ou seja, um personagem al- sicionamento perante os fatos e notícias apresentados por esses
vejado pela crítica do chargista e outro que faz a vez de porta-voz meios de comunicação!
da crítica do chargista. Não necessariamente o antagonista aparece
na cena… O próprio cenário da charge, uma nota de rodapé ou a Exercícios
própria situação na qual o protagonista está inserido pode fazer a
vez de antagonista. Já nas charges de caráter social ou cultural, Atenção: As questões de números 1 a 5 referem-se ao texto
geralmente não há protagonistas e antagonistas, mas elementos do seguinte.
fato ou da notícia que são caricaturizados – isto é, retratados hu-
moristicamente – com vistas a trazer força à notícia representada Fotografias
na charge. No caso das charges de crítica econômica e política, a
identificação dos papéis de protagonista e antagonista da situação Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o
é fundamental para o próximo passo na interpretação desta charge. passado. A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tem-
Passo 3: Identifique a linha editorial do veículo de comunica- po, transformando o que é naquilo que já não é mais, porque o que
ção: Não é novidade para nenhum de nós que a imparcialidade da temos diante dos olhos é transmudado imediatamente em passado
informação é uma mera ilusão, da qual nos convenceram de tanto no momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia con-
repetir. Não existe imparcialidade nem nas ciências, quanto mais gela o tempo, preservando um momento passageiro para toda a
na imprensa! E por mais que a manipulação da notícia seja um ato eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia, existe algo
moralmente execrável, a parcialidade na informação noticiada pe- que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francês, imagem e
los meios de comunicação não apenas é inevitável, como também magia contêm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda ima-
pode vir a ser benéfica no que tange ao processo da constituição gem é magia, e nosso olhar é a varinha de condão que descongela
de posicionamentos críticos e ideológicos no debate democrático. o instante aprisionado nas geleiras eternas do tempo fotográfico.
Reafirmando aquele lugar-comum, mas válido, do dramaturgo Toda fotografia é uma espécie de espelho da Alice do País
Nelson Rodrigues (do qual eu nunca encontrei a citação, confes- das Maravilhas, e cada pessoa que mergulha nesse espelho de pa-
so), “toda unanimidade é burra”. Por isso, é preciso compreender pel sai numa dimensão diferente e vivencia experiências diversas,
e identificar a linha editorial do veículo de comunicação no qual a pois o lado de lá é como o albergue espanhol do ditado: cada um
charge foi publicada, pois esta revela a ideologia que inspira o foco só encontra nele o que trouxe consigo. Além disso, o significado
de parcialidade que este dá às suas notícias. de uma imagem muda com o passar do tempo, até para o mesmo
observador.
Variam, também, os níveis de percepção de uma fotografia.
Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: um músico, por exem-
plo, é capaz de perceber dimensões sonoras inteiramente insus-
peitas para os leigos. Da mesma forma, um fotógrafo profissional
lê as imagens fotográficas de modo diferente daqueles que desco-
nhecem a sintaxe da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é difícil
imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto.
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010)
Didatismo e Conhecimento 79
LÍNGUA PORTUGUESA
2. No contexto do último parágrafo, a referência aos vários estas duas acepções: a) perceber diferenças; distinguir, discernir;
níveis de percepção de uma fotografia remete b) tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo
(A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma foto. de indivíduos, em razão de alguma característica pessoal, cor da
(B) às diferenças de qualificação do olhar dos observadores. pele, classe social, convicções etc.
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto. Na primeira acepção, discriminar é dar atenção às diferen-
(D) às relações que a fotografia mantém com as outras artes. ças, supõe um preciso discernimento; o termo transpira o senti-
(E) aos vários tempos que cada fotografia representa em si do positivo de quem reconhece e considera o estatuto do que é
mesma. diferente. Discriminar o certo do errado é o primeiro passo no
caminho da ética. Já na segunda acepção, discriminar é deixar
3. Atente para as seguintes afirmações: agir o preconceito, é disseminar o juízo preconcebido. Discrimi-
I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia congela o nar alguém: fazê-lo objeto de nossa intolerância.
tempo, o autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a de-
foto já não pertence a tempo algum. sigualdade. Nesse caso, deixar de discriminar (no sentido de dis-
II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o alber- cernir) é permitir que uma discriminação continue (no sentido de
gue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar do observador preconceito). Estamos vivendo uma época em que a bandeira da
não interfere no sentido próprio e particular de uma foto. discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se
III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro pa- de aplicar políticas afirmativas para promover aqueles que vêm
rágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos de uma lingua- sofrendo discriminações históricas. Mas há, por outro lado, quem
gem específica nela fixados. veja nessas propostas afirmativas a forma mais censurável de dis-
Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE criminação... É o caso das cotas especiais para vagas numa uni-
em versidade ou numa empresa: é uma discriminação, cujo sentido
(A) I e II. positivo ou negativo depende da convicção de quem a avalia. As
(B) II e III. acepções são inconciliáveis, mas estão no mesmo verbete do di-
(C) I. cionário e se mostram vivas na mesma sociedade.
(D) II. (Aníbal Lucchesi, inédito)
(E) III.
6. A afirmação de que os dicionários podem ajudar a incendiar
4. No contexto do primeiro parágrafo, o segmento Todavia, debates confirma-se, no texto, pelo fato de que o verbete discri-
existe algo que descongela essa imagem pode ser substituído, sem minar
prejuízo para a correção e a coerência do texto, por: (A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por isso
(A) Tendo isso em vista, há que se descongelar essa imagem. inúmeras controvérsias entre os usuários.
(B) Ainda assim, há mais que uma imagem descongelada. (B) apresenta um sentido secundário, variante de seu sentido
(C) Apesar de tudo, essa imagem descongela algo. principal, que não é reconhecido por todos.
(D) Há, não obstante, o que faz essa imagem descongelar. (C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo que se
(E) Há algo, outrossim, que essa imagem descongelará. costuma atribuir a esse vocábulo.
5. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre (D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de
o texto: determinar a origem de um vocábulo.
(A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas, a fo- (E) desdobra-se em acepções contraditórias que correspon-
tografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igual- dem a convicções incompatíveis.
mente temporal. 7. Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a
(B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se imagine desigualdade.
os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congela- Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra:
da... (A) Os homens são desiguais porque foram tratados com o
(C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço, uma mesmo critério de igualdade.
foto leva-nos a viver profundas experiências de caráter temporal. (B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de um
(D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências mesmo critério para casos muito diferentes.
físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais. (C) Quando todos os desiguais são tratados desigualmente, a
(E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemen- desigualdade definitiva torna-se aceitável.
te para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal. (D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em sempre tratar
os iguais como se fossem desiguais.
Atenção: As questões de números 6 a 9 referem-se ao texto (E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais que os
seguinte. injustiçados são sempre os mesmos.
Didatismo e Conhecimento 80
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) disseminar o juízo preconcebido (2º parágrafo) = dissua- 10. O cronista ressalta aspectos contrastantes do caso de Sa-
dir o julgamento predestinado. quarema, tal como se observa na relação entre estas duas expres-
(D) a forma mais censurável (3º parágrafo) = o modo mais re- sões:
preensível. (A) drama da baleia encalhada e três dias se debatendo na
(E) As acepções são inconciliáveis (3º parágrafo) = as versões areia.
são inatacáveis. (B) em quinze minutos estava toda retalhada e foram disputa-
das as toneladas da vítima.
9. É preciso reelaborar, para sanar falha estrutural, a redação (C) se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levar pas-
da seguinte frase: téis e empadinhas para vender com ágio.
(A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que o desejo (D) o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e lá se
de promover a igualdade corre o risco de obter um efeito contrário. foi, espero que salva, a baleia de Saquarema.
(B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, (E) Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás e Logo
para se promover a igualdade, visto que desconsideram o risco do uma estatal, ó céus.
contrário.
(C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo critério para
11. Atente para as seguintes afirmações sobre o texto:
julgar casos diferentes não crê que isso reafirme uma situação de
I. A analogia entre a baleia e a União Soviética insinua, entre
injustiça.
(D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplicando- outros termos de aproximação, o encalhe dos gigantes.
se medidas que, à primeira vista, parecem em si mesmas distorcidas. II. As reações dos envolvidos no episódio da baleia encalhada
(E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão graves que revelam que, acima das diferentes providências, atinham-se todos
tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação a um mesmo propósito.
corretiva. III. A expressão Tudo é símbolo prende-se ao fato de que o au-
tor aproveitou o episódio da baleia encalhada para também figurar
Atenção: As questões de números 10 a 14 referem-se à crônica o encalhe de um país imobilizado pela alta inflação.
abaixo. Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
Bom para o sorveteiro (B) I e III, apenas.
(C) II e III, apenas.
Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a no- (D) I e II, apenas.
tícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha (E) III, apenas.
cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal,
depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da 12. Foram irrelevantes para a salvação da baleia estes dois
televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até fatores:
a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializa- (A) o necrológio da União Soviética e os serviços da traineira
dos em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. da Petrobrás.
Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a (B) o prestígio dos valores ecológicos e o empenho no lúcido
se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. objetivo comum.
À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do (C) o fato de a jubarte ser um animal de sangue frio e o prestí-
dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se gio dos valores ecológicos.
empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorve- (D) o fato de a Petrobrás ser uma empresa estatal e as iniciati-
teiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada vas que couberam a uma traineira.
por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia
(E) o aproveitamento comercial da situação e a força desco-
de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado
munal empregada pela jubarte.
sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a
repartir os bifes.
Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze 13. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o
minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria vo- sentido de um segmento em:
raz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de ago- (A) em necrológio eufórico (1º parágrafo) = em façanha mor-
ra teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda tal.
na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos (B) Comum, vírgula (2º parágrafo) = Geral, mas nem tanto.
nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. (C) que se desse por perdida a batalha (2º parágrafo) = que se
Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma imaginasse o efeito de uma derrota.
estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficá- (D) estabeleceu uma trégua entre todos nós (3º parágrafo) =
cia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a derrogou uma imunidade para nós todos.
minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia (E) é preciso dar provas da eficácia (4º parágrafo) = convém
de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de explicitar os bons propósitos.
curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabó-
lica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava
umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.
Didatismo e Conhecimento 81
LÍNGUA PORTUGUESA
14. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre (A) complementares, pois em separado nenhuma delas satisfaz o
o último parágrafo do texto. que exige uma situação dada.
(A) Apesar de tratar do drama ocorrido com uma baleia, o (B) excludentes, já que numa votação não se leva em conta ne-
cronista não deixa de aludir a circunstâncias nacionais, como o nhuma questão de mérito.
impulso para as privatizações e os custos da alta inflação. (C) excludentes, já que a qualificação por mérito pressupõe que
(B) Mormente tratando de uma jubarte encalhado, o cronista toda votação é ilegítima.
não obsta em tratar de assuntos da pauta nacional, como a inflação (D) conciliáveis, desde que as mesmas pessoas que votam sejam
ou o processo empresarial das privatizações. as que decidam pelo mérito.
(C) Vê-se que um cronista pode assumir, como aqui ocorreu, o (E) independentes, visto que cada uma atende a necessidades de
papel tanto de um repórter curioso como analisar fatos oportunos, bem distintas naturezas.
qual seja a escalada inflacionária ou a privatização.
(D) O incidente da jubarte encalhado não impediu de que o 16. Atente para as seguintes afirmações:
cronista se valesse de tal episódio para opinar diante de outros fa- I. A argumentação do ministro, referida no primeiro parágrafo,
tos, haja vista a inflação nacional ou a escalada das privatizações. é rebatida pelo autor do texto por ser falaciosa e escamotear os reais
(E) Ao bom cronista ocorre associar um episódio como o da interesses de quem a formula.
jubarte com a natureza de outros, bem distintos, sejam os da eco- II. O autor do texto manifesta-se francamente favorável à razão
nomia inflacionada, sejam o crescente prestígio das privatizações. do mérito, a menos que uma situação de real impasse imponha a re-
solução pelo voto.
Atenção: As questões de números 15 a 18 referem-se ao texto III. A conotação pejorativa que o uso de aspas confere ao termo
abaixo. “assembleísmo” expressa o ponto de vista dos que desconsideram a
qualificação técnica.
A razão do mérito e a do voto Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em
(A) I.
Um ministro, ao tempo do governo militar, irritado com a (B) II.
(C) III.
campanha pelas eleições diretas para presidente da República,
(D) I e II.
buscou minimizar a importância do voto com o seguinte argumen-
(E) II e III.
to: − Será que os passageiros de um avião gostariam de fazer uma
eleição para escolher um deles como piloto de seu voo? Ou prefe-
17. Considerando-se o contexto, são expressões bastante próxi-
ririam confiar no mérito do profissional mais abalizado?
mas quanto ao sentido:
A perfídia desse argumento está na falsa analogia entre uma (A) fazer uma eleição e confiar no mérito do profissional.
função eminentemente técnica e uma função eminentemente polí- (B) especialidade técnica e vocação política.
tica. No fundo, o ministro queria dizer que o governo estava indo (C) classificação de profissionais e escolha da liderança.
muito bem nas mãos dos militares e que estes saberiam melhor que (D) avaliação do mérito e reconhecimento da qualificação.
ninguém prosseguir no comando da nação. (E) transparência do método e desejo da maioria.
Entre a escolha pelo mérito e a escolha pelo voto há neces- 18. Atente para a redação do seguinte comunicado:
sidades muito distintas. Num concurso público, por exemplo, a
avaliação do mérito pessoal do candidato se impõe sobre qual- Viemos por esse intermédio convocar-lhe para a assembleia
quer outra. A seleção e a classificação de profissionais devem ser geral da próxima sexta-feira, aonde se decidirá os rumos do nosso
processos marcados pela transparência do método e pela adequa- movimento reivindicatório.
ção aos objetivos. Já a escolha da liderança de uma associação
de classe, de um sindicato deve ocorrer em conformidade com o As falhas do texto encontram-se plenamente sanadas em:
desejo da maioria, que escolhe livremente seu representante. Entre (A) Vimos, por este intermédio, convocá-lo para a assembleia
a especialidade técnica e a vocação política há diferenças profun- geral da próxima sexta-feira, quando se decidirão os rumos do nosso
das de natureza, que pedem distintas formas de reconhecimento. movimento reivindicatório.
Essas questões vêm à tona quando, em certas instituições, o (B) Viemos por este intermédio convocar-lhe para a assembleia
prestígio do “assembleísmo” surge como absoluto. Há quem pre- geral da próxima sexta-feira, onde se decidirá os rumos do nosso
tenda decidir tudo no voto, reconhecendo numa assembleia a “so- movimento reivindicatório.
berania” que a qualifica para a tomada de qualquer decisão. Não (C) Vimos, por este intermédio, convocar-lhe para a assembleia
por acaso, quando alguém se opõe a essa generalização, lembran- geral da próxima sexta-feira, em cuja se decidirão os rumos do nos-
do a razão do mérito, ouvem-se diatribes contra a “meritocra- so movimento reivindicatório.
cia”. Eis aí uma tarefa para nós todos: reconhecer, caso a caso, a (D) Vimos por esse intermédio convocá-lo para a assembleia
legitimidade que tem a decisão pelo voto ou pelo reconhecimento geral da próxima sexta-feira, em que se decidirá os rumos do nosso
da qualificação indispensável. Assim, não elegeremos deputado movimento reivindicatório.
alguém sem espírito público, nem votaremos no passageiro que (E) Viemos, por este intermédio, convocá-lo para a assembleia
deverá pilotar nosso avião. geral da próxima sexta-feira, em que se decidirão os rumos do nosso
(Júlio Castanho de Almeida, inédito) movimento reivindicatório.
15. Deve-se presumir, com base no texto, que a razão do mé- Respostas: 01-C / 02-B / 03-E / 04-D / 05-C / 06-E / 07-B /
rito e a razão do voto devem ser consideradas, diante da tomada 08-D / 09-B / 10-C / 11-B / 12-E / 13-B / 14-A / 15-E / 16-A / 17-D
de uma decisão, / 18-A
Didatismo e Conhecimento 82
INFORMÁTICA
INFORMÁTICA
MAINFRAMES
CONCEITOS BÁSICOS DE
INFORMÁTICA. NOÇÕES DE HARDWARE
E SOFTWARE DE COMPUTADOR,
DISPOSITIVOS DE ENTRADA, DE SAÍDA
E DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.
HISTÓRICO
DESKTOPS
Didatismo e Conhecimento 1
INFORMÁTICA
São compostos por: Para que um sistema de processamento de dados funcione ao
• Monitor (vídeo) contento, faz-se necessário que três elementos funcionem em per-
• Teclado feita harmonia, são eles:
• Mouse
• Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memórias, dri- Hardware
ves, disco rígido (HD), modem, portas USB etc.
Hardware é toda a parte física que compõe o sistema de pro-
PORTÁTEIS cessamento de dados: equipamentos e suprimentos tais como:
CPU, disquetes, formulários, impressoras.
Os computadores portáteis possuem todas as partes integradas
num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e gabinete em uma úni- Software
ca peça. Os computadores portáteis começaram a aparecer no iní-
cio dos anos 80, nos Estados Unidos e hoje podem ser encontrados É toda a parte lógica do sistema de processamento de dados.
nos mais diferentes formatos e tamanhos, destinados a diferentes Desde os dados que armazenamos no hardware, até os programas
tipos de operações. que os processam.
LAPTOPS Peopleware
Também chamados de notebooks, são computadores portáteis, Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles que usam
leves e produzidos para serem transportados facilmente. Os lap- a informática como um meio para a sua atividade fim), progra-
tops possuem tela, geralmente de Liquid Crystal Display (LCD), madores e analistas de sistemas (aqueles que usam a informática
teclado, mouse (touchpad), disco rígido, drive de CD/DVD e por- como uma atividade fim).
tas de conexão. Seu nome vem da junção das palavras em inglês Embora não pareça, a parte mais complexa de um sistema
lap (colo) e top (em cima), significando “computador que cabe no de processamento de dados é, sem dúvida o Peopleware, pois por
colo de qualquer pessoa”. mais moderna que sejam os equipamentos, por mais fartos que se-
jam os suprimentos, e por mais inteligente que se apresente o sof-
NETBOOKS tware, de nada adiantará se as pessoas (peopleware) não estiverem
devidamente treinadas a fazer e usar a informática.
São computadores portáteis muito parecidos com o notebook, O alto e acelerado crescimento tecnológico vem aprimoran-
porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais baratos e não pos- do o hardware, seguido de perto pelo software. Equipamentos que
suem drives de CD/ DVD. cabem na palma da mão, softwares que transformam fantasia em
realidade virtual não são mais novidades. Entretanto ainda temos
PDA em nossas empresas pessoas que sequer tocaram algum dia em um
teclado de computador.
Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relacionamento
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e também
entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente processamento
são conhecidos como palmtops. São computadores pequenos e,
da informação, sucateando e subutilizando equipamentos e softwa-
geralmente, não possuem teclado. Para a entrada de dados, sua tela
res. Isto pode ser vislumbrado, sobretudo nas instituições públicas.
é sensível ao toque. É um assistente pessoal com boa quantidade
de memória e diversos programas para uso específico.
POR DENTRO DO GABINETE
SMARTPHONES
Didatismo e Conhecimento 2
INFORMÁTICA
MOTHERBOARD (PLACA-MÃE)
Didatismo e Conhecimento 3
INFORMÁTICA
• Slots para módulos de memória Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram um microprocessador tem influência na sua performance. Dessa
encaixados (ou até soldados) diretamente na placa mãe, um a um. forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de clock não necessa-
O agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes), ini- riamente trabalham igualmente. Enquanto um processador Intel
cialmente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior 80286 requer 20 ciclos para multiplicar 2 números, um Intel 80486
versatilidade na composição dos bancos de memória de acordo (ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo.
com as necessidades das aplicações e dos recursos financeiros dis- Por essa razão, estes novos processadores poderiam ser 20 vezes
poníveis. mais rápido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
Durante o período de transição para uma nova tecnologia é mesma. Além disso, alguns microprocessadores são superescalar,
comum encontrar placas mãe com slots para mais de um modelo. o que significa que eles podem executar mais de uma instrução
Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módulos por ciclo.
de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um Como as CPUs, os barramentos de expansão também têm a
tipo (não simultaneamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocidades de clock da
• Clock CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um não deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos
pulso elétrico. A função do clock é sincronizar todos os circuitos barramentos é mais lenta que a velocidade da CPU.
da placa mãe e também os circuitos internos do processador para • Overclock
que o sistema trabalhe harmonicamente. Overclock é o aumento da frequência do processador para que
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são medidos ele trabalhe mais rapidamente.
pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 MHz é A frequência de operação dos computadores domésticos é de-
igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os proces- terminada por dois fatores:
sadores são referenciados pelo clock ou frequência de operação: • A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também
Pentium IV 2.8 MHz. como velocidade de barramento, que nos computadores Pentium
pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
PROCESSADOR • Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que
permite ao processador trabalhar internamente a uma velocidade
maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros periféricos
do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.)
continuam trabalhando na velocidade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com
velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fa-
zendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a
166 MHz, mas se comunica com os demais componentes do micro
a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo aci-
ma), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simplesmente aumen-
tando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe
permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz
O microprocessador, também conhecido como processador, (algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de bar-
consiste num circuito integrado construído para realizar cálculos ramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x,
e operações. Ele é a parte principal do computador, mas está longe o Pentium 166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208
de ser uma máquina completa por si só: para interagir com o usuá- MHz (2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
rio é necessário memória, dispositivos de entrada e saída, conver- podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configu-
sores de sinais, entre outros. ração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mesma.
É o processador quem determina a velocidade de processa- O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar
mento dos dados na máquina. Os primeiros modelos comerciais problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2,
começaram a surgir no início dos anos 80. etc.) não suporte essa velocidade.
• Clock Speed ou Clock Rate Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar
É a velocidade pela qual um microprocessador executa instru- a uma velocidade maior do que ele foi projetado, fazendo com que
ções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções uma CPU pode haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida
executar por segundo. útil do processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega
Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do pro- a ser um problema já que os processadores rapidamente se tornam
cessador. Porém, alguns computadores têm uma “chave” que per- obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também fre-
mite 2 ou mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque quentes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante o
programas desenvolvidos para trabalhar em uma máquina com alta seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
velocidade de clock podem não trabalhar corretamente em uma Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um coo-
máquina com velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além ler (ventilador que fica sobre o processador para reduzir seu aque-
disso, alguns componentes de expansão podem não ser capazes de cimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica espe-
trabalhar a alta velocidade de clock. cial que é passada diretamente sobre a superfície do processador.
Didatismo e Conhecimento 4
INFORMÁTICA
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad, FONTE DE ENERGIA
essa denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador,
onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Lógica). Nos modelos
DUAL ou DUO, esse núcleo é duplicado, o que proporciona uma
execução de duas instruções efetivamente ao mesmo tempo, em-
bora isto não aconteça o tempo todo. Basta uma instrução precisar
de um dado gerado por sua “concorrente” que a execução paralela
torna-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo término
da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo quadru-
plicado.
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, empresa
que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos também alguns con-
correntes famosos dessa marca, tais como NEC, Cyrix e AMD; É um aparelho que transforma a corrente de eletricidade alter-
sendo que atualmente apenas essa última marca mantém-se fazen- nada (que vem da rua), em corrente contínua, para ser usada nos
do frente aos lançamentos da INTEL no mercado. Por exemplo, computadores. Sua função é alimentar todas as partes do com-
um modelo muito popular de 386 foi o de 40 MHz, que nunca putador com energia elétrica apropriada para seu funcionamento.
foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33 MHz, esse Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por meio de
processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha Pen- cabos coloridos com conectores nas pontas.
tium, a AMD foi obrigada a criar também novas denominações CABOS
para seus processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) e os
mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom.
MEMÓRIAS
DRIVERS
Vamos chamar de memória o que muitos autores denominam
memória primária, que é a memória interna do computador, sem a
qual ele não funciona.
A memória é formada, geralmente, por chips e é utilizada para
guardar a informação para o processador num determinado mo-
mento, por exemplo, quando um programa está sendo executado.
As memórias ROM (Read Only Memory - Memória Somen-
te de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Memória de
Acesso Randômico) ficam localizadas junto à placa-mãe. A ROM
são chips soldados à placa-mãe, enquanto a RAM são “pentes” de
memória.
Didatismo e Conhecimento 5
INFORMÁTICA
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA É um tipo de PROM que pode ser apagada simplesmente com
uma carga elétrica, podendo ser, posteriormente, gravada com no-
vos dados. Depois da NVRAM é o tipo de memória ROM mais
utilizado atualmente.
Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante usadas, Memoria RAM
como as portas paralelas (impressoras e scanners) e as portas
PS/2(mouses e teclados).
MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
DE ARMAZENAMENTO
Memórias
Memória ROM
Didatismo e Conhecimento 6
INFORMÁTICA
Memória Cache HD Externo
Disco Rígido (HD) O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de 80
e é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados digi-
talmente.
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas:
• Uma camada de policarbonato (espécie de plástico),
onde ficam armazenados os dados
• Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de re-
fletir o laser
• Uma camada de acrílico, para proteger os dados
• Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos
1. CD comercial
(que já vem gravado com música ou dados)
2. CD-R
O disco rígido é popularmente conhecido como HD (Hard (que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)
Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, de memó-
ria, mas ao contrário da memória RAM, quando o computador é 3. CD-RW
desligado, não perde as informações. (que pode ter seus dados apagados e regravados)
O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para armaze- Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de 700
namento de informações indispensável ao funcionamento do com- MB ou 80 minutos de música.
putador. É nele que ficam guardados todos os dados e arquivos,
incluindo o sistema operacional. Geralmente é ligado à placa-mãe
por meio de um cabo, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2.
Didatismo e Conhecimento 7
INFORMÁTICA
DVD, DVD-R e DVD-RW Cartão de Memória
Entrada
Didatismo e Conhecimento 8
INFORMÁTICA
Touchpad Câmeras de Vídeo
Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes foto- É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à memória
gráficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória do computador uma imagem desenhada, pintada ou fotografada.
interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória. Ele é formado por minúsculos sensores fotoelétricos, geralmente
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é o distribuídos de forma linear. Cada linha da imagem é percorrida
JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao computador por meio por um feixe de luz. Ao mesmo tempo, os sensores varrem (per-
de um cabo ou, nos computadores mais modernos, colocando-se o correm) esse espaço e armazenam a quantidade de luz refletida por
cartão de memória diretamente no leitor. cada um dos pontos da linha.
Didatismo e Conhecimento 9
INFORMÁTICA
A princípio, essas informações são convertidas em cargas elé- Todas as imagens que você vê na tela são compostas de cen-
tricas que, depois, ainda no scanner, são transformadas em valores tenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). Quanto mais
numéricos. O computador decodifica esses números, armazena-os pixels, maior a resolução e mais detalhada será a imagem na tela.
e pode transformá-los novamente em imagem. Após a imagem ser Uma resolução de 640 x 480 significa 640 pixels por linha e 480
convertida para a tela, pode ser gravada e impressa como qualquer linhas na tela, resultando em 307.200 pixels.
outro arquivo. A placa gráfica permite que as informações saiam do compu-
Existem scanners que funcionam apenas em preto e branco e tador e sejam apresentadas no monitor. A placa determina quantas
outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, os sensores pas- cores você verá e qual a qualidade dos gráficos e imagens apre-
sam apenas uma vez por cada ponto da imagem. Os aparelhos de sentadas.
fax possuem um scanner desse tipo para captar o documento. Para Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou seja, apre-
capturar as cores é preciso varrer a imagem três vezes: uma regis- sentavam apenas uma cor e suas tonalidades, mostrando os textos
tra o verde, outra o vermelho e outra o azul. em branco ou verde sobre um fundo preto. Depois, surgiram os
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou menor policromáticos, trabalhando com várias cores e suas tonalidades.
definição. Isso é determinado pelo número de pontos por polega- A tecnologia utilizada nos monitores também tem acompa-
da (ppp) que os sensores fotoelétricos podem ler. As capacidades nhado o mercado de informática. Procurou-se reduzir o consumo
variam de 300 a 4800 ppp. Alguns modelos contam, ainda, com de energia e a emissão de radiação eletromagnética. Outras ino-
softwares de reconhecimento de escrita, denominados OCR. vações, como controles digitais, tela plana e recursos multimídia
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para os contribuíram nas mudanças.
scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de supermer- Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Tube
cados, para ler os códigos de barras dos produtos vendidos. (CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo princípio da TV),
em que um canhão dispara por trás o feixe de luz e a imagem é
Webcam mostrada no vídeo. Uma grande evolução foi o surgimento de
uma tela especial, a Liquid Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal
Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por minúsculos
cristais líquidos na formação dos feixes de luz até a montagem dos
pixels. Com este recurso, pode-se aumentar a área útil da tela.
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade da
imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
• Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo campo de
visão
• Matriz passiva: menor tempo de resposta nos movimen-
tos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ganhando
É uma câmera de vídeo que capta imagens e as transfere ins- força no mercado, o LED. A principal diferença entre LED x LCD
tantaneamente para o computador. A maioria delas não tem alta está diretamente ligado à tela. Em vez de células de cristal líquido,
resolução, já que as imagens têm a finalidade de serem transmi- os LED possuem diodos emissores de luz (Light Emitting Diode)
tidas a outro computador via Internet, ou seja, não podem gerar que fornecem o conjunto de luzes básicas (verde, vermelho e azul).
um arquivo muito grande, para que possam ser transmitidas mais Eles não aquecem para emitir luz e não precisam de uma luz bran-
rapidamente. ca por trás, o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate-papo) tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.
com suporte para webcam. Os participantes podem conversar e A definição de cores também é superior, principalmente do
visualizar a imagem um do outro enquanto conversam. Nos lap- preto, que possui fidelidade não encontrada em nenhuma das de-
tops e notebooks mais modernos, a câmera já vem integrada ao mais tecnologias disponíveis no mercado.
computador. Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED tam-
bém pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma polegada de
Saída espessura. Isso resultado num monitor de design mais agradável e
bem mais leve.
São dispositivos utilizados para saída de dados do computa- Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam o
dor, por exemplo: monitor, impressora, projetor, caixa de som etc. tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não deram
continuidade à produção dos equipamentos com tubo de imagem.
Monitor Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geralmente,
13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando com imagens,
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) que tem cores, movimentos e animações multimídia, sentiu-se a necessida-
a função de exibir a saída de dados. de de produzir telas maiores.
A qualidade do que é mostrado na tela depende da resolução Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes formatos
do monitor, designada pelos pontos (pixels - Picture Elements), e tamanhos. As televisões mais modernas apresentam uma entrada
que podem ser representados na sua superfície. VGA ou HDMI, para que computadores sejam conectados a elas.
Didatismo e Conhecimento 10
INFORMÁTICA
Impressora Jato de Tinta Plotters
Projetor
Didatismo e Conhecimento 11
INFORMÁTICA
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem a comu- Barramentos Comerciais
nicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memó-
ria, dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos en- Serão listados aqui alguns barramentos que foram e alguns
contrados no barramento são: dados, clock, endereços e controle. que ainda são bastante usados comercialmente.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de se-
rem levados às mais diversas porções do computador. ISA – Industry Standard Architeture
Os endereços estão presentes para indicar a localização para
onde os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos,
pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo
para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos envolvidos
na transmissão do barramento se a operação em curso é de escrita,
leitura, reset ou outra qualquer. Alguns sinais de controle são bas-
tante comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barramento de
dados no endereço especificado no barramento de endereços.
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço especi-
ficado pelo barramento de endereço a ser posto no barramento de Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo PC-AT.
dados. Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-compatíveis. Era
• I/O Write - Causa dados no barramento de dados serem en- um barramento único para todos os componentes do computador,
viados para uma porta de saída (dispositivo de I/O). operando com largura de 16 bits e com clock de 8 MHz.
• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo de I/O,
os quais serão colocados no barramento de dados. PCI – Peripheral Components Interconnect
• Bus request - Indica que um módulo pede controle do barra-
mento do sistema.
• Reset - Inicializa todos os módulos
Didatismo e Conhecimento 12
INFORMÁTICA
- Add-in cards interface Na busca de uma solução para algumas limitações dos bar-
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São geren- ramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no barra-
ciados pelo PCI master e são totalmente programáveis. mento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um
padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados entre
AGP – Advanced Graphics Port o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa-
-mãe e uma placa de vídeo 3D.
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite
o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados de la-
nes para transferência de dados. Se um determinado dispositivo
usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barramento PCI
Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI Express 4X
e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe
e envia dados. Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8
bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5
GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X
consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor
bem maior que os 132 MB do padrão PCI. Esse barramento traba-
lha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. A tabela
abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às
taxas do padrão AGP:
Esse barramento permite que uma placa controladora gráfica AGP PCI Express
AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. O Chip con-
trolador AGP substitui o controlador de E/S do barramento PCI. AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
O novo conjunto AGP continua com funções herdadas do PCI. O segundo segundo
conjunto faz a transferência de dados entre memória, o processa- AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
dor e o controlador ISA, tudo, simultaneamente. segundo segundo
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela porta grá- AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
fica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminando a segundo segundo
necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa para
armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura. PCI Express 16X: 4000 MB por
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-mãe que segundo
usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o primei-
ro a ter suporte ao AGP. A principal vantagem desse barramento é É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado e,
o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X de PCI
de texturas para objetos tridimensionais, além da alta velocidade Express 1X.
no acesso a essas texturas para aplicação na tela. Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar tam-
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que proporcio- bém taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.
na uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além disso, sua taxa A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecnoló-
de transferência chegava a 266 MB por segundo quando operando gicas.
no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no esquema de No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mostrou
velocidade 2X. Existem também as versões 4X, 8X e 16X. Geral- a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de substituir o
mente, só se encontra um único slot nas placas-mãe, visto que o padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Generation I/O – 3ª gera-
AGP só interessa às placas de vídeo. ção de Entrada e Saída). Em agosto desse mesmo ano, um grupo
de empresas chamado de
PCI Express PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Mi-
crosoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, estão os
que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibilidade de uso
de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plata-
formas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra
erros, entre outros.
Didatismo e Conhecimento 13
INFORMÁTICA
Interfaces – Barramentos Externos
Interface Serial
Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta interface USB – Universal Serial Bus
no passado já conectou até impressoras. Sua característica fun-
damental é que os bits trafegam em fila, um por vez, isso torna A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, foi
a comunicação mais lenta, porém o cabo do dispositivo pode ser passando por várias revisões. As mais populares são as versões
mais longo, alguns chegam até a 10 metros de comprimento. Isso 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é
é útil para usar uma barulhenta impressora matricial em uma sala capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s
separada daquela onde o trabalho acontece. (megabits por segundo), enquanto que a segunda pode oferecer
As velocidades de comunicação dessa interface variam de 25 até 480 Mb/s.
bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte externa do Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, afinal,
gabinete, essas interfaces são representadas por conectores DB-9 480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes por segundo. No
ou DB-25 machos. entanto, acredite, a evolução da tecnologia acaba fazendo com que
velocidades muito maiores sejam necessárias.
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões à in-
ternet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz com que as
pessoas queiram consumir, por exemplo, vídeos, músicas, fotos e
jogos em alta definição. Some a isso ao fato de ser cada vez mais
comum o surgimento de dispositivos como smartphones e câmeras
digitais que atendem a essas necessidades. A consequência não po-
deria ser outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número
cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novembro de
2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da demanda que está
por vir. É isso ou é perder espaço para tecnologias como o FireWi-
re ou Thunderbolt, por exemplo. Para isso, o USB 3.0 tem como
principal característica a capacidade de oferecer taxas de transfe-
Interface Paralela rência de dados de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não
é só isso...
Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa inter-
face transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits em paralelo O que é USB 3.0?
existe um RISCo de interferência na corrente elétrica dos conduto-
res que formam o cabo. Por esse motivo os cabos de comunicação Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu porque o
desta interface são mais curtos, normalmente funcionam muito padrão precisou evoluir para atender novas necessidades. Mas, no
bem até a distância de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos que consiste exatamente esta evolução? O que o USB 3.0 tem de
paralelos de até 3 metros de comprimento. A velocidade de trans- diferente do USB 2.0? A principal característica você já sabe: a
missão desta porta chega até a 1,2 MB por segundo. velocidade de até 4,8 Gb/s (5 Gb/s, arredondando), que correspon-
Nos gabinetes dos computadores essa porta é encontrada na de a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a
forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impressoras, normalmen- velocidade do USB 2.0. Nada mal, não?
te, os conectores paralelos são conhecidos como interface centro-
nics.
Didatismo e Conhecimento 14
INFORMÁTICA
Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimentação Você deve ter percebido que é possível conectar dispositivos
elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, enquanto que o USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é compatível com
novo padrão pode suportar 900 miliampéres. Isso significa que as as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositi-
portas USB 3.0 podem alimentar dispositivos que consomem mais vos USB 3.0 compatíveis com o padrão 2.0, mas neste caso a ve-
energia (como determinados HDs externos, por exemplo, cenário locidade será a deste último. E é claro: se você quer interconectar
quase impossível com o USB 2.0). dois dispositivos por USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o
É claro que o USB 3.0 também possui as características que cabo precisa ser deste padrão.
fizeram as versões anteriores tão bem aceitas, como Plug and
Play (plugar e usar), possibilidade de conexão de mais de um dis- Conector USB 3.0 B
positivo na mesma porta, hot-swappable (capacidade de conectar e
desconectar dispositivos sem a necessidade de desligá-los) e com- Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 também con-
patibilidade com dispositivos nos padrões anteriores. ta com conectores diferenciados para se adequar a determinados
dispositivos. Um deles é o conector do tipo B, utilizado em apare-
Conectores USB 3.0 lhos de porte maior, como impressoras ou scanners, por exemplo.
Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB 3.0
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 diz res- possui uma área de contatos adicional na parte superior. Isso sig-
peito ao conector. Os conectores de ambos são bastante parecidos, nifica que nela podem ser conectados tantos dispositivos USB 2.0
mas não são iguais. (que aproveitam só a parte inferior) quanto USB 3.0. No entanto,
dispositivos 3.0 não poderão ser conectados em portas B 2.0:
Conector USB 3.0 A
Didatismo e Conhecimento 15
INFORMÁTICA
Sobre o funcionamento do USB 3.0 USB 3.1: até 10 Gb/s
Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 fios, en- Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especificações fi-
quanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), D+, D- e nais do USB 3.1 (também chamado deSuperSpeed USB 10 Gbps),
GND. O primeiro é o responsável pela alimentação elétrica, o se- uma variação do USB 3.0 que se propõe a oferecer taxas de trans-
gundo e o terceiro são utilizados na transmissão de dados, enquan- ferência de dados de até 10 Gb/s (ou seja, o dobro).
to que o quarto atua como “fio terra”. Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcançar
No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de dados taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero, afinal,
em alta velocidade fez com que, no início, fosse considerado o uso há aplicações que podem usufruir desta velocidade. É o caso de
de fibra óptica para este fim, mas tal característica tornaria a tec- monitores de vídeo que são conectados ao computador via porta
nologia cara e de fabricação mais complexa. A solução encontrada USB, por exemplo.
para dar viabilidade ao padrão foi a adoção de mais fios. Além Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz uso de
daqueles utilizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_ nenhum artefato físico mais elaborado. O “segredo”, essencial-
SSRX- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX- mente, está no uso de um método de codificação de dados mais
e StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra” para eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a tecnologia signifi-
o sinal. cantemente mais cara.
O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma variação Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conectores e
(USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais para alimen- cabos das especificações anteriores, assim como com dispositivos
tação elétrica e outro associado a este que serve como “fio terra”, baseados nestas versões.
permitindo o fornecimento de até 1000 miliampéres a um dispo- Merece destaque ainda o aspecto da alimentação elétrica:
sitivo. o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na transferência de
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite definido, energia, indicando que dispositivos mais exigentes poderão ser ali-
no entanto, testes efetuados por algumas entidades especialistas mentados por portas do tipo. Monitores de vídeo e HDs externos
(como a empresa Cable Wholesale) recomendam, no máximo, até são exemplos: não seria ótimo ter um único cabo saindo destes
3 metros para total aproveitamento da tecnologia, mas esta medida dispositivos?
pode variar de acordo com as técnicas empregadas na fabricação. A indústria trabalha com a possiblidade de os primeiros equi-
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB 3.0 faz pamentos baseados em USB 3.1 começarem a chegar ao mercado
esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre dispositivos no final de 2014. Até lá, mais detalhes serão revelados.
conectados, é possível o envio e o recebimento simultâneo de da- Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados
dos. No USB 2.0, é possível apenas um tipo de atividade por vez. Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra novidade
O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no controle para a versão 3.1 da tecnologia: um conector chamado (até agora,
do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a máquina na qual pelos menos) de tipo C que permitirá que você conecte um cabo à
os dispositivos são conectados, se comunica com os aparelhos de entrada a partir de qualquer lado.
maneira assíncrona, aguardando estes indicarem a necessidade de Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou pen-
transmissão de dados. No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa drive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou e somente
contínua”, onde o host necessita enviar sinais constantemente para então percebe que o conectou incorretamente? Com o novo co-
saber qual deles necessita trafegar informações. nector, este problema será coisa do passado: qualquer lado fará o
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tanto o host dispositivo funcionar.
quanto os dispositivos conectados podem entrar em um estado de Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhante aos
economia em momentos de ociosidade. Além disso, no USB 2.0, conectores Lightning existentes nos produtos da Apple. Tal como
os dados transmitidos acabam indo do host para todos os disposi- estes, o conector tipo C deverá ter também dimensões reduzidas,
tivos conectados. No USB 3.0, essa comunicação ocorre somente o que facilitará a sua adoção em smartphones, tablets e outros dis-
com o dispositivo de destino. positivos móveis.
Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C não será
Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0 compatível com as portas dos padrões anteriores, exceto pelo uso
de adaptadores. É importante relembrar, no entanto, que será pos-
Em determinados equipamentos, especialmente laptops, é co- sível utilizar os conectores já existentes com o USB 3.1.
mum encontrar, por exemplo, duas portas USB 2.0 e uma USB 3.0. A USB.org promete liberar mais informações sobre esta novi-
Quando não houver nenhuma descrição identificando-as, como sa- dade em meados de 2014.
ber qual é qual? Pela cor existente no conector.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa parte dos Firewire
fabricantes segue a recomendação de identificar os conectores
USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal como informado O barramento firewire, também conhecido como IEEE 1394
anteriormente. Nas portas USB 2.0, por sua vez, os conectores são ou como i.Link, é um barramento de grande volume de transfe-
pretos ou, menos frequentemente, brancos. rência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos
eletrônicos de consumo. Foi desenvolvido inicialmente pela Apple
como um barramento serial de alta velocidade, mas eles estavam
muito à frente da realidade, ainda mais com, na época, a alternati-
va do barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
Didatismo e Conhecimento 16
INFORMÁTICA
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, mesmo deos (como não poderia deixar de ser). O conector desse padrão,
incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo, cujo nome é D-Sub, é composto por três “fileiras” de cinco pinos.
a realidade “de fato”, era a não existência de utilidade para elas Esses pinos são conectados a um cabo cujos fios transmitem, de
devido à falta de periféricos para seu uso. Porém o desenvolvi- maneira independente, informações sobre as cores vermelha (red),
mento continuou, sendo focado principalmente pela área de vídeo, verde (green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e
que poderia tirar grandes proveitos da maior velocidade que ele sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a estes úl-
oferecia. timos aspectos: frequência horizontal consiste no número de linhas
da tela que o monitor consegue “preencher” por segundo. Assim,
Suas principais vantagens: se um monitor consegue varrer 60 mil linhas, dizemos que sua
• São similares ao padrão USB; frequência horizontal é de 60 KHz. Frequência vertical, por sua
• Conexões sem necessidade de desligamento/boot do micro vez, consiste no tempo em que o monitor leva para ir do canto
(hot-plugable); superior esquerdo da tela para o canto inferior direito. Assim, se a
• Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 por por- frequência horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão
ta); consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical indica a
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si; quantidade de vezes que a tela toda é percorrida por segundo. Se
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais: é percorrida, por exemplo, 56 vezes por segundo, dizemos que a
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de dispositivo, etc; frequência vertical do monitor é de 56 Hz.
• Totalmente Digital (sem a necessidade de conversores analó- É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui pinos
gico-digital, e portanto mais seguro e rápido); faltantes. Não se trata de um defeito: embora os conectores VGA
• Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexível, utilizem um encaixe com 15 pinos, nem todos são usados.
barato e simples;
• Como é um barramento serial, permite conexão bem facilita-
da, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessidade de conexão
ao micro (somente uma ponta é conectada no micro).
INTERFACE DE VIDEO
Didatismo e Conhecimento 17
INFORMÁTICA
Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com conec- Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fazem uso
tores VGA, precisa converter o sinal que recebe para digital. Esse de três cabos, sendo dois para áudio (canal esquerdo e canal direi-
processo faz com que a qualidade da imagem diminua. Como o to) e o terceiro para o vídeo, sendo este o que realmente faz parte
DVI trabalha diretamente com sinais digitais, não é necessário fa- do padrão. Esse cabo é constituído de dois fios, um para a trans-
zer a conversão, portanto, a qualidade da imagem é mantida. Por missão da imagem e outro que atua como “terra”.
essa razão, a saída DVI é ótima para ser usada em monitores LCD, O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com três fios:
DVDs, TVs de plasma, entre outros. um transmite imagem em preto e branco; outro transmite imagens
É necessário frisar que existe mais de um tipo de conector em cores; o terceiro atua como terra. É essa distinção que faz com
DVI: que o S-Video receba essa denominação, assim como é essa uma
DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém oferece das características que faz esse padrão ser melhor que o Vídeo
qualidade de imagem superior ao padrão VGA; Composto.
DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digital. O conector do padrão S-Video usado atualmente é conhecido
É também mais comum que seu similar, justamente por ser usado como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao usado em mou-
em placas de vídeo; ses do tipo PS/2). Também é possível encontrar conexões S-Video
DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI-A de sete pinos, o que indica que o dispositivo também pode contar
como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente. com Vídeo Componente (visto adiante).
Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifica- Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI com
ções Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções de até S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os três tipos
1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536, em ambos na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na TV um vídeo
os casos usando uma frequência de 60 Hz. armazenado em seu computador, basta usar a conexão S-Video,
O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI é com- desde que a televisão seja compatível com esse conector, é claro.
posto, basicamente, por quatro pares de fios trançados, sendo um
par para cada cor primária (vermelho, verde e azul) e um para o
sincronismo. Os conectores, por sua vez, variam conforme o tipo
do DVI, mas são parecidos entre si, como mostra a imagem a se-
guir:
Component Video
Didatismo e Conhecimento 18
INFORMÁTICA
Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez mais LCD
comum em placas de vídeo. No entanto, alguns modelos são tam-
bém compatíveis com Vídeo Componente. Nestes casos, o encaixe
que fica na placa pode ser do tipo que aceita sete pinos (pode haver
mais). Mas, para ter certeza dessa compatibilidade, é necessário
consultar o manual do dispositivo.
Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador usando
o Component Video, é necessário utilizar um cabo especial (geral-
mente disponível em lojas especializadas): uma de suas extremi-
dades contém os conectores Y-Pb-Pr, enquanto a outra possui um
encaixe único, que deve ser inserido na placa de vídeo.
MONITOR DE VÍDEO
O monitor é um dispositivo de saída do computador, cuja fun-
ção é transmitir informação ao utilizador através da imagem.
Os monitores são classificados de acordo com a tecnolo-
gia de amostragem de vídeo utilizada na formação da imagem. Um monitor de cristal líquido.
Atualmente, essas tecnologias são três: CRT , LCD e plasma. À
superfície do monitor sobre a qual se projecta a imagem chama- LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de cristal
mos tela, ecrã ou écran. líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é com-
posta por cristais que são polarizados para gerar as cores.
Tecnologias Tem como vantagens:
CRT • O baixo consumo de energia;
• As dimensões e peso reduzidas;
• A não-emissão de radiações nocivas;
• A capacidade de formar uma imagem praticamente per-
feita, estável, sem cintilação, que cansa menos a visão - desde que
esteja operando na resolução nativa;
As maiores desvantagens são:
• o maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a im-
pactar cada vez menos no custo final do produto, à medida que o
mesmo se for popularizando);
• o fato de que, ao trabalhar em uma resolução diferente
Monitor CRT da marca LG. daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD utiliza vários
CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de raios artifícios de composição de imagem que acabam degradando a
catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela é repetidamente qualidade final da mesma; e
atingida por um feixe de elétrons, que atuam no material fosfores- • o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o que con-
cente que a reveste, assim formando as imagens. fere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, não apresentan-
do desta forma um preto real similar aos oferecidos nos monitores
Este tipo de monitor tem como principais vantagens: CRTs;
• longa vida útil; • o contraste não é muito bom como nos monitores CRT
• baixo custo de fabricação; ou de Plasma, assim a imagem fica com menos definição, este as-
• grande banda dinâmica de cores e contrastes; e pecto vem sendo atenuado com os novos paineis com iluminação
• grande versatilidade (uma vez que pode funcionar em por leds e a fidelidade de cores nos monitores que usam paineis
diversas resoluções, sem que ocorram grandes distorções na ima- do tipo TN (monitores comuns) são bem ruins, os monitores com
gem). paineis IPS, mais raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de
cores, chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
As maiores desvantagens deste tipo de monitor são: • um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cristal lí-
• suas dimensões (um monitor CRT de 20 polegadas pode quido da tela do monitor for danificado e ficar exposto ao ar, pode
ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de 20 kg); emitir alguns compostos tóxicos, tais como o óxido de zinco e o
• o consumo elevado de energia; sulfeto de zinco; este será um problema quando alguns dos mo-
• seu efeito de cintilação (flicker); e nitores fabricados hoje em dia chegarem ao fim de sua vida útil
• a possibilidade de emitir radiação que está fora do espec- (estimada em 20 anos).
tro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de longos períodos • ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, diferente
de exposição. Este último problema é mais frequentemente cons- de um monitor CRT, apresenta limitação com relação ao ângulo
tatado em monitores e televisores antigos e desregulados, já que em que a imagem pode ser vista sem distorção. Isto era mais sen-
atualmente a composição do vidro que reveste a tela dos monitores sível tempos atrás quando os monitores LCDs eram de tecnologia
detém a emissão dessas radiações. passiva, mas atualmente apresentam valores melhores em torno
• Distorção geométrica. de 160º.
Didatismo e Conhecimento 19
INFORMÁTICA
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda de mo- Estas portas ou canais de comunicação podem ser:
nitores e televisores LCD vem crescendo bastante. * Porta Dim
* Porta PS/2
Principais características técnicas * Porta série
Para a especificação de um monitor de vídeo, as característi- * Porta Paralela
cas técnicas mais relevantes são: * Porta USB
• Luminância; * Porta FireWire
• Tamanho da tela;
• Tamanho do ponto; Porta DIM
• Temperatura da cor; É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram ligados os
• Relação de contraste; teclados dos computadores da geração da Intel 80486, por exem-
• Interface (DVI ou VGA, usualmente); plo. Como se tratava apenas de ligação para teclados, existia só
• Frequência de sincronismo horizontal; uma porta destas nas motherboards. Nos equipamentos mais re-
• Frequência de sincronismo vertical;
centes, os teclados são ligados às portas PS/2.
• Tempo de resposta; e
• Frequência de atualização da imagem
LED
Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o mes-
mo mecanismo básico de um LCD, mas com iluminação LED. Ao
invés de uma única luz branca que incide sobre toda a superfície
da tela, encontra-se um painel com milhares de pequenas luzes co-
loridas que acendem de forma independente. Em outras palavras,
aplica-se uma tecnologia similar ao plasma a uma tela de LCD.
Porta PS/2
KIT MULTIMÍDIA Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados. Tam-
Multimídia nada mais é do que a combinação de textos, sons bém são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os teclados e ratos
e vídeos utilizados para apresentar informações de maneira que, dos computadores actuais são, na maior parte dos casos, ligados
antes somente imaginávamos, praticamente dando vida às suas através destes conectores. Nas motherboards actuais existem duas
apresentação comerciais e pessoais. A multimídia mudou comple- portas deste tipo.
tamente a maneira como as pessoas utilizam seus computadores. Porta Série
Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que compõem a A saída série de um computador geralmente está localizada
parte física (hardwares) do computador relacionados a áudio e som na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins como, por
do sistema operacional. exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um rato série, uma
Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma pla- plotter, uma impressora e outros periféricos. As portas cujas fichas
ca de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par de caixas têm 9 ou 25 pinos são também designadas de COM1 e COM2. As
acústicas. motherboards possuem uma ou duas portas deste tipo.
Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas portas pa-
ralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e, como tal, tem
um desempenho superior em relação às portas série. No caso desta
norma, são enviados 8 bits de cada vez, o que faz com que a sua ca-
As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. Em pacidade de transmisssão atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada
termos de tecnologia informática não é excepção. As portas são para ligar impressoras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
tomadas existentes na face posterior da caixa do computador, às
quais se ligam dispositivos de entrada e de saída, e que são direc-
tamente ligados à motherboard .
Didatismo e Conhecimento 20
INFORMÁTICA
Porta USB (Universal Serial Bus) O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOF-
Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, Intel, TWARES
Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir conectar pe-
riféricos por fora da caixa do computador, sem a necessidade de Um sistema operacional (SO) é um programa (software) que
instalar placas e reconfigurar o sistema. Computadores equipados controla milhares de operações, faz a interface entre o usuário e o
com USB vão permitir que os periféricos sejam automaticamente computador e executa aplicações.
configurados assim que estejam conectados fisicamente, sem a ne- Basicamente, o sistema operacional é executado quando liga-
cessidade de reboot ou programas de setup. O número de acessó- mos o computador. Atualmente, os computadores já são vendidos
rios ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso um com o SO pré-instalado.
periférico de expansão. Os computadores destinados aos usuários individuais, chama-
A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o computador dos de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema operacional
ligado. O barramento USB promete acabar com os problemas de projetado para pequenos trabalhos. Um SO é projetado para con-
IRQs e DMAs. trolar as operações dos programas, como navegadores, processa-
O padrão suportará acessórios como controles de monitor, dores de texto e programas de e-mail.
acessórios de áudio, telefones, modems, teclados, mouses, drives Com o desenvolvimento dos processadores, os computado-
de CD ROM, joysticks, drives de fitas e disquetes, acessórios de res tornaram-se capazes de executar mais e mais instruções por
imagem como scanners e impressoras. A taxa de dados de 12 me- segundo. Estes avanços possibilitaram aos sistemas operacionais
gabits/s da USB vai acomodar uma série de periféricos avançados, executar várias tarefas ao mesmo tempo. Quando um computador
incluindo produtos baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e necessita permitir usuários simultâneos e trabalhos múltiplos, os
interfaces de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital profissionais da tecnologia de informação (TI) procuram utilizar
Network) e PBXs digital. computadores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários comuns
usam.
Os Arquivos
Didatismo e Conhecimento 21
INFORMÁTICA
Programas Utilitários do Sistema Operacional O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremente e
Suporte para programas internos (vulto-in): os programas uti- tem grande aceitação por parte dos profissionais da área, uma
litários são os programas que o sistema operacional usa para se vez que, por possuir o código aberto, qualquer pessoa que
manter e se reparar. Estes programas ajudam a identificar proble- entenda de programação pode contribuir com o processo de
mas, encontram arquivos perdidos, reparam arquivos danificados melhoria dele.
e criam cópias de segurança (backup). Sistemas operacionais estão em constante evolução e hoje
Controle do hardware: o sistema operacional está situado en- não são mais restritos aos computadores. Eles são usados em
tre os programas e o BIOS (Basic Input/Output System - Sistema PDAs, celulares, laptops etc.
Básico de Entrada/Saída).
O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os programas
que necessitam de recursos do hardware devem, primeiramente, NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS:
passar pelo sistema operacional que, por sua vez, pode alcançar o
hardware por meio do BIOS ou dos drivers de dispositivos. MICROSOFT WINDOWS E LINUX.
Todos os programas são escritos para um sistema operacional
específico, o que os torna únicos para cada um. Explicando: um
programa feito para funcionar no Windows não funcionará no Li-
nux e vice-versa. Windows 7
O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de
Termos Básicos 2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns
Para compreender do que um sistema operacional é capaz, é dia 22 de outubro de 2009.
importante conhecer alguns termos básicos. Os termos abai- Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas novida-
xo são usados frequentemente ao comparar ou descrever sistemas des, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e direcionada
operacionais: para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo totalmente com-
• Multiusuário: dois ou mais usuários executando pro- patível com aplicações e hardwares com os quais o Windows Vista
gramas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositivos, como já era compatível.
a impressora. Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008
• Multitarefa: capacidade do sistema operacional em exe- mostraram que o Windows 7 apresenta algumas variações como
cutar mais de um programa ao mesmo tempo. uma barra de tarefas diferente, um sistema de “network” chamada
• Multiprocessamento: permite que um computador te- de “HomeGroup”, e aumento na performance.
nha duas ou mais unidades centrais de processamento (CPU) que · Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e
compartilhem programas. suporte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
• Multithreading: capacidade de um programa ser que- · Internet Explorer 8;
brado em pequenas partes podendo ser carregadas conforme · Novo menu Iniciar;
necessidade do sistema operacional. Multithreading permite que · Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
os programas individuais sejam multitarefa. · Comando de voz (inglês);
· Gadgets sobre o desktop;
Tipos de Sistemas Operacionais · Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Me-
Atualmente, quase todos os sistemas operacionais são dia Player, integrado ao Windows Explorer;
multiusuário, multitarefa e suportam multithreading. Os mais uti- · Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
lizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e o Linux. · Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows
O Windows é hoje o sistema operacional mais popular que (Paint e WordPad, por exemplo), como no Office 2007;
existe e é projetado para funcionar em PCs e para ser usado em · Aceleradores no Internet Explorer 8;
CPUs compatíveis com processadores Intel e AMD. Quase todos · Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;
os sistemas operacionais voltados ao consumidor doméstico · Home Groups;
utilizam interfaces gráficas para realizar a ponte máquina-homem. · Melhor desempenho;
As primeiras versões dos sistemas operacionais foram · Windows Media Player 12;
construídas para serem utilizadas por somente uma pessoa em · Nova versão do Windows Media Center;
um único computador. Com o decorrer do tempo, os fabrican- · Gerenciador de Credenciais;
tes atenderam às necessidades dos usuários e permitiram que seus · Instalação do sistema em VHDs;
softwares operassem múltiplas funções com (e para) múltiplos · Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais
usuários. funções;
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres Internet e Internet Damas;
· Windows XP Mode;
O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas opera- · Aero Shake;
cionais proprietários. Isto significa que é necessário comprá-los
ou pagar uma taxa por seu uso às companhias que registraram
o produto em seu nome e cobram pelo seu uso.
Didatismo e Conhecimento 22
INFORMÁTICA
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da
de capacidades e certos programas que faziam parte do Windows tela ao mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma
Vista não estão mais presentes ou mudaram, resultando na remo- imagem arrastando simultaneamente duas pontas da imagem na
ção de certas funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de tela.
ainda ser um sistema operacional em desenvolvimento, nem todos O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos e
os recursos podem ser definitivamente considerados excluídos. jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um aplica-
Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no tivo para organizar e redimensionar fotos. Nele é possível montar
menu Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados slide show de fotos e criar papeis de parede personalizados. Essas
manualmente). funções não são novidades, mas por serem feitas para usar uma
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows tela sensível a múltiplos toques as tornam novidades.
Mail e Windows
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapar-
tes do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades.
O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível
em cinco diferentes edições, porém apenas o Home Premium, Pro-
fessional e Ultimate serão vendidos na maioria dos países, restando
outras duas edições que se concentram em outros mercados, como
mercados de empresas ou só para países em desenvolvimento.
Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o Ultimate
não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft, os recursos para
todas as edições do Windows 7 são armazenadas no computador.
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo Win-
dows é proporcionar uma melhor interação e integração do siste-
ma com o usuário, tendo uma maior otimização dos recursos do
Windows 7, como maior autonomia e menor consumo de energia, Microsoft Surface Collage, desenvolvido
voltado a profissionais ou usuários de internet que precisam in- para usar tela sensível ao toque.
teragir com clientes e familiares com facilidade, sincronizando e
compartilhando facilmente arquivos e diretórios. Lista de Atalhos
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir diretamen-
Recursos te um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que
Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados você utilizou. Digamos que você estava editando um relatório em
no Windows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pe- seu editor de texto e precisou fechá-lo por algum motivo. Quando
los usuários. Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas quiser voltar a trabalhar nele, basta clicar com o botão direito sob
existem novas funcionalidades exclusivas, feitas para facilitar a o ícone do editor e o arquivo estará entre os recentes.
utilização e melhorar o desempenho do SO (Sistema Operacional) Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocu-
no computador. par em procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões para a informação, ganhando tempo.
do Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Ape-
nas vai se adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques”
enquanto isso.
Tarefas Cotidianas
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou
comum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme
para precisar sempre de um computador perto de nós. O Windows
7 vem com ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns
do cotidiano.
Grupo Doméstico
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais compu-
tadores em sua casa. Permitir a comunicação entre várias estações
vai te poupar de ter que ir fisicamente aonde a outra máquina está
para recuperar uma foto digital armazenada apenas nele.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica simplificada
e segura. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que Exemplo de arquivos recentes no Paint.
os outros terão ao acessar a informação, se é apenas de visualiza-
ção, de edição e etc. Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere importan-
Tela sensível ao toque te. Se a edição de um determinado documento é constante, vale a
O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se
toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone. modifica conforme você abre e fecha novos documentos.
Didatismo e Conhecimento 23
INFORMÁTICA
Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver vá-
rias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você
pode posicioná-las de um jeito prático e divertido. Basta apenas
clicar e arrastá-las pelas bordas da tela para obter diferentes posi-
cionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a compara-
ção de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra
na direita. Ambas ficaram abertas e dividindo igualmente o espaço
pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo.
Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e estendido.
Podemos fazer buscas mais simples e específicas diretamente do
menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você
navega pelas pastas.
Menu iniciar
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu
iniciar. É útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo
atalho de inicialização de algum programa ou arquivo de modo
rápido.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windo-
ws Search, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes
de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades tam-
bém” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divi- Ao digitar “pai” temos os itens que
didos em categorias, para facilitar sua visualização. contêm essas letras em seu nome.
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca pode Windows Explorer
ser dividido. O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte
· Programas do total disponível.
· Painel de Controle Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado
· Documentos automaticamente quando você navega pelas pastas do seu compu-
· Música tador – você encontrará uma busca mais abrangente.
· Arquivos Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se
fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca. No 7,
precisamos apenas digitar os termos na caixa de busca, que fica no
canto superior direito.
Didatismo e Conhecimento 24
INFORMÁTICA
Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador possui Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página
um autor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode ter a de Personalização1, que pode ser acessada por um clique com o
opção de filtrar por autores. botão direito na área de trabalho e em seguida um clique em Per-
sonalizar.
Controle dos pais É importante notar que algumas configurações podem deixar
Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visuali- seu computador mais lento, especialmente efeitos de transparên-
zam por meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o que cia. Abaixo estão algumas das opções de personalização mais in-
pode ser visualizado ou não. Para que essa funcionalidade fique teressantes.
disponível, é importante que o computador tenha uma conta de ad-
ministrador, protegida por senha, registrada. Além disso, o usuário Papéis de Parede
que se deseja restringir deve ter sua própria conta. Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou prati-
As restrições básicas que o 7 disponibiliza: camente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos,
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do dia que paisagens ou qualquer outra figura que as agrade. Uma das novi-
o PC pode ser utilizado. dades fica por conta das fotos que você encontra no próprio SO.
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário Variam de uma foto focando uma única folha numa floresta até
e também pela classificação do jogo. Vale notar que a classificação uma montanha.
já vem com o próprio game. A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias
· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicativos fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a impressão que
estão autorizados a serem executados. sua área de trabalho está mais viva.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quanti-
dade de restrições, como controlar as páginas que são acessadas, e Gadgets
até mesmo manter um histórico das atividades online do usuário. As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas
eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qual-
Central de ações quer local do desktop.
A central de ações consolida todas as mensagens de segurança Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sor-
e manutenção do Windows. Elas são classificadas em vermelho tidos, desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de
(importante – deve ser resolvido rapidamente) e amarelas (tarefas gosto mais duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corin-
recomendadas). thians. Fica a critério do usuário o que e como utilizar.
O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessi-
computador. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou dade, pode baixar ainda mais opções da internet.
algo de errado.
Didatismo e Conhecimento 25
INFORMÁTICA
ClearType Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os
“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes parecerem ícones e outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível
mais claras e suaves no monitor. É particularmente efetivo para reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir
monitores LCD, mas também tem algum efeito nos antigos mode- o tamanho do texto e outros itens na tela para que caibam mais
los CRT(monitores de tubo). O Windows 7 dá suporte a esta tec- informações na tela.
nologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 163, tradução nossa). Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta
de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um computador.
Novas possibilidades A imagem é exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, novas pos- pode alterar a imagem da sua conta de usuário para uma das ima-
sibilidades de configuração, maior facilidade na navega, dentre gens incluídas no Windows ou usar sua própria imagem.
outros pontos. Por enquanto, essas novidades foram diretamente E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de tra-
aplicadas no computador em uso, mas no 7 podemos também inte-
balho, que são miniprogramas personalizáveis que podem exibir
ragir com outros dispositivos.
continuamente informações atualizadas como a apresentação de
slides de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma
Reproduzir em
Permitindo acessando de outros equipamentos a um computa- nova janela.
dor com o Windows 7, é possível que eles se comuniquem e seja
possível tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que Aplicativos novos
você tem no HD de seu computador. Uma das principais características do mundo Linux é suas
É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa
Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo “Compatível ficar baixando arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre
com o Windows 7». com as versões Windows.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma
Streaming de mídia remoto serie de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário
Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do compu- não precisa baixar programas para atividades básicas.
tador para outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela,
uma opção é o Streaming de mídia remoto. Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e
Com este novo recurso, dois computadores rodando Windows também suportar entrada por caneta e toque.
7 podem compartilhar músicas através do Windows Media Player No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equa-
12. É necessário que ambos estejam associados com um ID online, ções matemáticas escritas na tela são convertidas em texto, para
como a do Windows Live. poder adicioná-la em um processador de texto.
O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar
Personalização de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes
Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o ou áreas desenhadas da tela com o mouse.
tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a pro-
teção de tela, o tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário.
Você pode também selecionar “gadgets” específicos para sua área
de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de
trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às
vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um vi-
sual premium dessa versão do Windows, apresentando um design
como o vidro transparente com animações de janela, um novo
menu Iniciar, uma nova barra de tarefas e novas cores de borda
de janela.
Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado al-
terando as imagens, cores e sons individualmente. Você também
pode localizar mais temas online no site do Windows. Você tam-
bém pode alterar os sons emitidos pelo computador quando, por
exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou desliga o
computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de
parede, é uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria
um fundo para as janelas abertas. Você pode escolher uma imagem Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
para ser seu plano de fundo de área de trabalho ou pode exibir uma
apresentação de slides de imagens. Também pode ser usada uma O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas
proteção de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua e design melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por determinado Office 2007.
período de tempo. Você pode escolher uma variedade de proteções
de tela do Windows.
Didatismo e Conhecimento 26
INFORMÁTICA
Atualizar de um SO antigo
Calculadora: 2 novos modos. O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é
com uma máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretan-
to, é possível utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda
as especificações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instala-
do, você terá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua
máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do
sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmen-
te seu computador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto,
nada impede que você tente fazer a reinstalação.
Didatismo e Conhecimento 27
INFORMÁTICA
Atualização PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em Windows 7 Starter
seu computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os Como o próprio título acima sugere, esta versão do Windows
programas do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft, http:// é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas foi comple-
windows.microsoft.com/pt- tamente redesenhada e não possui suporte ao famoso Aero Glass.
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-win- Uma limitação da versão é que o usuário não pode abrir mais do
dows-7). que três aplicativos ao mesmo tempo.
É o método mais adequado, se o usuário não possui conheci- Esta versão será instalada em computadores novo apenas nos
mento ou tempo para fazer uma instalação do método tradicional. países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Brasil. Disponí-
Optando por essa opção, ainda devesse tomar cuidado com a com- vel apenas na versão de 32 bits.
patibilidade dos programas, o que funciona no Vista nem sempre
funcionará no 7. Windows 7 Home Basic
Esta é uma versão intermediária entre as edições Starter e
Instalação Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá também a
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada, versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de três aplicativos
a instalação completa se torna a opção mais viável. ao mesmo tempo.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass
utilizar, como drivers e documentos de texto, pois todas as infor- nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um pouco
mações no computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows da principal novidade do Windows 7. Computadores novos pode-
7, ele vai estar sem os programas que você havia instalado e com rão contar também com a instalação desta edição, mas sua venda
as configurações padrão. será proibida nos Estados Unidos.
Didatismo e Conhecimento 28
INFORMÁTICA
Como empresas sempre estão procurando maneiras para se Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção Me-
proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz o Encrypting lhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online (recomen-
File System, que dificulta a violação de dados. Esta versão também dado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as pala-
será encontrada em lojas de varejo ou computadores novos. vras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior direito da janela
Ajuda e Suporte.
Windows 7 Enterprise, apenas para vários Pesquisar na Ajuda
Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma versão A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas
mais voltada para empresas de médio e grande porte, só poderá palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter informa-
ser adquirida com licenciamento para diversas máquinas. Acumula ções sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será
todas as funcionalidades citadas na edição Professional e possui exibida uma lista de resultados, com os mais úteis na parte supe-
recursos mais sofisticados de segurança. rior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.
Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pela
criptografia de dados e o AppLocker, que impede a execução de
programas não-autorizados. Além disso, há ainda o BrachCache,
para turbinar transferência de arquivos grandes e também o Di-
rectAccess, que dá uma super ajuda com a configuração de redes
corporativas.
Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows
Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas, pois
contém todas as funcionalidades já citadas neste artigo e mais al- Pesquisar Ajuda
gumas. Apesar de sua venda não ser restrita às empresas, o Mi- Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no
crosoft disponibilizará uma quantidade limitada desta versão do botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um item na lista
sistema. de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter
Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos presentes tópicos da Ajuda ou outros títulos de assuntos. Clique em um tópi-
na Ultimate são dedicados às corporações, não interessando muito co da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar
aos usuários comuns. mais a fundo a lista de assuntos.
Didatismo e Conhecimento 29
INFORMÁTICA
OS SEGUINTES ATALHOS PODEM SER USADOS •Fechar a pasta selecionada e todas as pastas pai
COM O WINDOWS Pressione......SHIFT enquanto clica no botão “Fechar”
Somente para o Windows Explorer
Teclas Gerais do Windows •Ir Para
Pressione......CTRL+G
Para •Alternar entre os painéis esquerdo e direito
Pressione......F6
•Consultar a Ajuda sobre o item selecionado na caixa de diá- •Expandir todas as subpastas sob a pasta selecionada
logo Pressione......NUMLOCK+ ASTERISCO (* no teclado nu-
Pressione......F1 mérico)
•Fechar um programa. •Expandir a pasta selecionada
Pressione......ALT+F4 Pressione......NUMLOCK+SINAL DE ADIÇÃO (+ no tecla-
•Exibir o menu de atalhos para o item selecionado do numérico)
Pressione......ESHIFT+F10 •Ocultar a pasta selecionada.
•Exibir o menu Iniciar Pressione......NUMLOCK+SINAL DE SUBTRAÇÃO no te-
Pressione......CTRL+ESC clado numérico)
•Alternar para a janela anterior. Ou alternar para a próxima •Expandir a seleção atual se estiver oculta; caso contrário, se-
janela mantendo pressionada a lecionar a primeira subpasta
tecla ALT enquanto pressiona TAB repetidamente Pressione......SETA À DIREITA
Pressione......ALT+TAB •Expandir a seleção atual se estiver expandida; caso contrário,
•Recortar. selecionar a pasta pai
Pressione......CTRL+X Pressione......SETA À ESQUERDA
•Copiar
Pressione......CTRL+C Para caixas de diálogo de propriedades
•Colar
Pressione......CTRL+V Para
•Excluir •Mover-se entre as opções, para frente
Pressione......DEL Pressione......TAB
•Desfazer •Mover-se entre as opções, para trás
Pressione......CTRL+Z Pressione......SHIFT+TAB
•Ignorar a auto - execução ao inserir um CD •Mover-se entre as guias, para frente
Pressione......SHIFT enquanto insere o CD-ROM Pressione......CTRL+TAB
Para a área de trabalho, Meu Computador e Windows Ex- •Mover-se entre as guias, para trás
plorer Pressione......CTRL+SHIFT+TAB
Para caixas de diálogo Abrir e Salvar Como
Quando um item está selecionado, você pode usar as seguintes Para
teclas de atalho. •Abrir a lista “Salvar em” ou “Procurar em”
Pressione......F4
Para •Atualizar
•Renomear um item. Pressione......F5
Pressione......F2 •Abrir a pasta um nível acima, se houver uma pasta selecio-
•Localizar uma pasta ou arquivo nada
Pressione......F3 Pressione......BACKSPACE
•Excluir imediatamente sem colocar o item na Lixeira
Pressione......SHIFT+DEL Teclas de Atalho para Opções de Acessibilidade
•Exibir as propriedades do item
Pressione......ALT+ENTER OU ALT+clique duplo Para usar teclas de atalho para Opções Acessibilidade, as
•Copiar um arquivo teclas de atalho devem estar ativadas. Para maiores informações
Pressione......CTRL enquanto arrasta o arquivo consulte “Acessibilidade, teclas de atalho” no Índice da Ajuda.
•Criar atalho
Pressione......CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo Para
Meu Computador •Ativar e desativar as Teclas de Aderência
Para Pressione......SHIFT 5 vezes
•Selecionar tudo •Ativar e desativar as Teclas de Filtragem
Pressione......CTRL+A Pressione......SHIFT DIREITA Durante 8 segundos
•Atualizar uma janela. •Ativar e desativar as Teclas de Alternação
Pressione......F5 Pressione......NUMLOCK Durante 5 segundos
•Exibir a pasta um nível •Ativar e desativar as Teclas do Mouse
Pressione......BACKSPACE
Didatismo e Conhecimento 30
INFORMÁTICA
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA O PROJETO GNU
+NUMLOCK GNU is Not Unix! Muitos conhecem e divulgam o sistema
•Ativar e desativar o Alto Contraste operacional do pinguim apenas como Linux, porém o termo cor-
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA + reto é GNU/Linux. Em palavras simplificadas, Linux é apenas o
PRINTSCREEN kernel do sistema operacional, ele depende de uma série de ferra-
mentas para funcionar, a começar pelo programa usado para com-
AMBIENTE LINUX pilar seu código-fonte. Essas ferramentas são providas pelo projeto
GNU, criado por Richard Stallman.
O que é GNU/Linux Em outras palavras, o sistema operacional tratado neste do-
Linux é o núcleo do sistema operacional, programa respon- cumento é a união do Linux com as ferramentas GNU, por isso o
sável pelo funcionamento do computador, que faz a comunicação termo GNU/Linux.
entre hardware (impressora, monitor, mouse, teclado) e software
(aplicativos em geral). O conjunto do kernel e demais programas GNU/LINUX X WINDOWS
responsáveis por interagir com este é o que denominamos sistema A diferença mais marcante entre Linux e Windows é o fato do
operacional. O kernel é o coração do sistema. primeiro ser um sistema de código aberto, desenvolvido por pro-
Os principais programas responsáveis por interagir com o ker- gramadores voluntários espalhados por toda internet e distribuído
nel foram criados pela fundação GNU. Por este motivo é mais cor-
sob a licença pública GPL. Enquanto o Windows é software pro-
reto nos referenciarmos ao sistema operacional como GNU/Linux
prietário, não possui código-fonte disponível e você ainda precisa
ao invés de apenas Linux.
comprar uma licença pra ter o direito de usá-lo.
Uma distribuição nada mais é que o conjunto de kernel, pro-
gramas de sistema e aplicativos reunidos num único CD-ROM Você não precisa pagar nada para usar o Linux! Não é crime
(ou qualquer outro tipo de mídia). Hoje em dia temos milhares fazer cópias para instalá-lo em outros computadores. A vantagem
de aplicativos para a plataforma GNU/Linux, onde cada empresa de um sistema de código aberto é que ele se torna flexível às neces-
responsável por uma distro escolhe os aplicativos que nela deverão sidades do usuário, tornando assim suas adaptações e “correções”
ser inclusos. muito mais rápidas. Lembre-se que ao nosso favor temos milhares
de programadores espalhados pelo mundo pensando apenas em fa-
O KERNEL zer do Linux um sistema cada vez melhor.
Você já deve ter encontrado diversas vezes a palavra kernel
quando lê sobre Linux. O que vem a ser isso? O kernel é o núcleo O código-fonte aberto do sistema permite que qualquer pessoa
do sistema operacional e dá aos softwares a capacidade de acessar veja como ele funciona, corrija algum problema ou faça alguma
o hardware. sugestão sobre sua melhoria, esse é um dos motivos de seu rápido
Por isso o kernel do Linux é atualizado constantemente, acres- crescimento, assim como da compatibilidade com novos hardwa-
centando suporte a novas tecnologias. Usa módulos para adicionar res, sem falar de sua alta performance e de sua estabilidade.
suporte ou para melhorar no suporte a itens já existentes.
DISTRIBUIÇÕES GNU/LINUX
Os módulos são muito úteis, pois desobrigam o administrador O Linux possui vários sabores e estes são denominados dis-
da mudança do kernel inteiro, sendo necessário apenas a instalação tribuições. Uma distribuição nada mais é que um kernel acresci-
do novo módulo. Mas às vezes você pode sentir a necessidade de do de programas escolhidos a dedo pela equipe que a desenvolve.
recompilar o kernel inteiro, talvez para ganhar mais estabilidade, Cada distribuição possui suas particularidades, tais como forma
performance ou aumentar o suporte ao seu hardware como um de se instalar um pacote (ou software), interface de instalação do
todo. Por usar um sistema de numeração simples, os usuários do sistema operacional em si, interface gráfica, suporte a hardware.
Linux podem identificar sua versão em uso. Então resta ao usuário definir que distribuição atende melhor suas
necessidades.
VERSÕES DO KERNEL - SISTEMA DE NUMERAÇÃO
O sistema de numeração é bastante simples e você terá facili-
GNU/LINUX E SUA INTERFACE GRÁFICA
dade de aprendê-lo. Veja abaixo o significado de cada item:
O sistema X-Window (sim! sem o “s”), também chamado de
Número principal: é o ‘primeiro’ número, o número mais à
esquerda, indica as mudanças realmente principais no kernel. X, fornece o ambiente gráfico do sistema operacional. Diferente-
Número secundário: é o número ‘do meio’, indica a estabili- mente do OSX (Macintosh) e Windows, o X torna o gerenciador
dade de um kernel particular. Números pares indicam uma versão de janelas (a interface visual em si) um processo separado. Na ver-
estável e números ímpares indicam uma versão em desenvolvi- dade, a vantagem de separar o gerenciador de janelas é que você
mento. pode escolher entre uma variedade de gerenciadores existentes
Número ‘de revisão’: é o ‘último’ número, indica a versão. para Linux o que melhor lhe convém, tais como Gnome, KDE,
XFCE dentre outros.
Por exemplo, o kernel 2.6.2 é a segunda versão do kernel
2.6.0.
A HISTÓRIA DO GNU/LINUX
A numeração da versão do kernel é bastante usada, porém O sistema Linux tem sua origem no Unix, um sistema opera-
você não precisa lembrar de cada detalhe exposto. Mas certamente cional multitarefa e multiusuário que tem a vantagem de rodar em
é útil entender o número de revisão e a necessidade de possíveis uma grande variedade de computadores.
atualizações.
Didatismo e Conhecimento 31
INFORMÁTICA
O Linux surgiu de forma muito interessante. Tudo começou YaST pode ser usado para configurar o sistema inteiro, como
em 1991, quando um programador finlandês de 21 anos, Linus Be- por exemplo configurar periféricos como: placa de vídeo, placas
nedict Torvalds, enviou a seguinte mensagem para uma lista de de som, rede, configurar serviços do sistema, firewall, usuários,
discussão na Internet: “Olá para todos que estão usando Minix. Es- boot, repositórios, idiomas, instalar e remover softwares etc.
tou fazendo um sistema operacional free (como passatempo) para
386, 486, AT e clones”. Minix era um limitado sistema operacional DEBIAN
baseado em Unix que rodava em microcomputadores maquiavéli- Debian é uma das distribuições mais antigas e populares. Ela
cos como o AT. Linus pretendia desenvolver uma versão melhora- serviu de base para a criação de diversas outras distribuições po-
da do Minix e mal sabia que seu suposto “passatempo” acabaria pulares, tais como Ubuntu e Kurumin. Como suas características
num sistema engenhosamente magnífico. Muitos acadêmicos con- de maior destaque podemos citar:
ceituados ficaram interessados na idéia do Linus e, a partir daí, • Sistema de empacotamento .deb;
programadores das mais variadas partes do mundo passaram a • Apt-get, que é um sistema de gerenciamento de pacotes
trabalhar em prol desse projeto. Cada melhoria desenvolvida por instalados mais práticos dentre os existentes (se não o mais!);
um programador era distribuída pela Internet e, imediatamente, in- • Sua versão estável é exaustivamente testada, o que o tor-
tegrada ao núcleo do Linux. na ideal para servidor (segurança e estabilidade);
No decorrer dos anos, este trabalho árduo e voluntário de • Possui um dos maiores repositórios de pacotes dentre as
centenas de sonhadores tornou-se num sistema operacional bem distros (programas pré-compilados disponíveis para se instalar).
amadurecido e que hoje está explodindo no mercado de servido-
res corporativos e PCs. Linus, que hoje coordena uma equipe de SLACKWARE
desenvolvedores do núcleo de seu sistema, foi eleito em pesquisa Slackware, ao lado de Debian e Red Hat, é uma das distribui-
pública a personalidade do ano de 1998 do mundo da informática. ções “pai” de todas as outras. Idealizada por Patrick Volkerding,
Slack - apelido adotado por sua comunidade de usuários - tem
COMO OBTER O GNU/LINUX como características principais leveza, simplicidade, estabilidade
Uma vez escolhida a distribuição que você utilizará, o próxi- e segurança.
mo passo é fazer o download de uma imagem ISO para gravação Embora seja considerada por muitos uma distribuição difícil
e instalação em seu computador. É extremamente recomendável de se usar, voltada para usuário expert ou hacker, possui um sis-
optar por uma distribuição popular, bem testada e na qual você tema de gerenciamento de pacotes simples, assim como sua inter-
encontrará documentação abundante na internet caso precise de face de instalação, que é uma das poucas que continua em modo-
ajuda. texto, mas nem por isso se faz complicada.
Se você procura por uma distribuição voltada para servidor,
UBUNTU
deseja aprofundar seus conhecimentos no Linux ou procura um
Ubuntu é uma das distribuições Linux mais populares da atua-
desktop sem frescuras, Slack é pra você!
lidade e isso se deve ao fato dela se preocupar muito com o usuário
final (desktop). Originalmente baseada no Debian, diferencia-se
História do Slackware:
além do foco no desktop, em sua forma de publicação de novas
Slackware foi criado por Patrick Volkerding em 1993 (algu-
versões, que são lançadas semestralmente.
mas fontes dizem 1992). Foi baseada na distribuição SLS (Softlan-
OPENSUSE ding Linux System) e era fornecida em forma de imagens para
openSUSE é a versão livre do belíssimo sistema operacional disquetes de 3.5 polegadas.
Novell SuSE. Além de se comportar de forma muito estável e ro- É a distribuição mais antiga e ainda ativa. Até 1995 era con-
busta como servidor, também é muito poderoso quando o assunto siderado como o «Linux padrão», mas sua popularidade diminuiu
é desktop. muito depois do surgimento de distribuições mais amigáveis.
Seu diferencial é o famoso YaST (Yeah Another Setup Tool), Mesmo assim o Slackware continua sendo uma distribuição muito
um software que centraliza todo o processo de instalação, configu- apreciada e respeitada, pois não mudou sua filosofia, continua fiel
ração e personalização do sistema Linux. Podemos dizer que esta aos padrões UNIX e é composta apenas por aplicações estáveis.
é uma das cartas-mestre do SuSE, pois pode se comparar ao painel Em 1999 a versão do Slackware pulou de 4.0 para 7.0. Uma
de controle do Windows. jogada de marketing para mostrar que o Slackware estava tão atua-
lizado como as outras distribuições. Acontece que muitas distri-
Sobre o YaST: buições tinham versões bem elevadas, e isso podia causar a im-
YaST talvez seja a mais poderosa ferramenta de gestão do am- pressão de que o Slackware estava desatualizado. A demora para
biente Linux. É um projeto open source patrocinado pela Novell e lançamento de novas versões do Slackware também contribuiu
ativamente em desenvolvimento. para isso.
O desenvolvimento do YaST começou em janeiro de 1995. Em 2004 Patrick Volkerding esteve seriamente doente - com
Ele foi escrito em C++ com um ncurses GUI por Thoamas Fehr um tipo de infecção, e o desenvolvimento do Slackware tornou-se
(um dos fundadores SuSE) e Michael Andres. incerto.
YaST é a ferramenta de instalação e configuração para open- Muitos acharam que ele iria morrer. Mas ele melhorou e reto-
SUSE, SUSE Linux Enterprise e o antigo SuSE Linux. Possui uma mou o desenvolvimento do Slackware, embora não esteja comple-
atraente interface gráfica capaz de personalizar o seu sistema rapi- tamente curado até hoje.
damente durante e após a instalação, podendo também ser utiliza-
da em modo texto.
Didatismo e Conhecimento 32
INFORMÁTICA
Em 2005 o ambiente gráfico GNOME foi removido do projeto A numeração das versões é baseada na numeração do Red Hat
Slackware, o que desagradou muitos usuários. A justificativa de Enterprise Linux. Por exemplo, o CentOS 4 é baseado no RHEL
Patrick foi de que leva-se muito tempo para empacotar os biná- 4. A diferença básica entre um e outro é o fornecimento de suporte
rios. Porém, muitas comunidades desenvolvem projetos de GNO- pago na aquisição de um RHEL. Funcionalmente, pode-se consi-
ME para o Slackware. Alguns exemplos de projetos são: Gnome derar os sistemas clones.
Slackbuild, Gnome Slacky e Dropline Gnome. Por isso, Gnome de CentOS proporciona um grande acesso aos softwares padrão
alta qualidade é o que não falta para o Slackware, apesar de não da indústria, incluindo total compatibilidade com os pacotes de
ser um ambiente nativo. softwares preparados especificamente para os sistemas da RHEL.
Em 2007 foi lançada a versão 12.0 do Slackware, uma ver- Isso lhe dá o mesmo nível de segurança e suporte, através de upda-
são inovadora e que de certa forma causou algumas controvérsias. tes, que outras soluções Linux Enterprise, porém sem custo.
Foi a primeira versão do Slackware que foi um pouco contra a Suporta tanto ambientes de servidores para aplicações de mis-
sua própria filosofia. Primeiro, porque passou a montar dispositi- são crítica quanto ambientes de estações de trabalho e ainda possui
vos automaticamente, segundo porque alguns pacotes antigos não uma versão Live CD.
eram mais compatíveis coma a nova versão devido ao novo GCC CentOS possui numerosas vantagens, incluindo: uma comu-
4.1.2. e por último, porque foi a primeira versão a vir com a última nidade ativa e crescente, um rápido desenvolvimento e teste de
versão do Kernel (na época). pacotes, uma extensa rede para downloads, desenvolvedores aces-
Vale destacar também que a versão 12.0 vem com Compiz síveis, múltiplos canais de suporte incluindo suporte em português
instalado, mas que por falta de ferramentas gráficas para configu- e suporte comercial através de parceiros.”
ração, muitos usuários não sabiam como usar.
KURUMIN LINUXMINT
Idealizada por Carlos Morimoto, Kurumin foi uma das distri- A proposta do Linux Mint é ser uma distribuição de desktop
buições mais usadas em território nacional. Originalmente baseada com visual elegante, amigável, confortável de usar e bem atuali-
no Knoppix, que veio do Debian, esse sistema operacional se des- zada.
tacou por ser um desktop fácil de se instalar e agradável de se usar. A distribuição foi lançada inicialmente como uma variante
Sua característica mais marcante são os ícones mágicos, que do Ubuntu que contava com os codecs de mídia já na instalação.
transformam tarefas relativamente complexas (hoje nem tanto) A evolução foi rápida e hoje é uma distribuição completa e bem
como configurar um modem ou instalar um codec de vídeo numa resolvida, com ferramentas próprias de configuração, aplicativo
experiência NNF (next, next, finish), como no Windows. de instalação de pacotes baseado na web, menus personalizados,
entre outras características únicas e sempre com um visual bem
clean e elegante.
FEDORA
O fundador, líder e principal desenvolvedor da distribuição
“Fedora é uma das mais populares e estáveis distribuições que
se chama Clement Lefebvre, ele iniciou usando Linux em 1996
existem atualmente. Ele era, no começo, um fork para a comu-
(Slackware) e vive na Irlanda.
nidade, liberado e mantido pela gigante Red Hat que, na época,
Algumas razões do sucesso do Linux Mint listados na página
estava fechando seu sistema e concentrando-se no mercado cor-
do projeto são:
porativo. Isso significa que, desde o princípio, o Fedora já contava A velocidade com que a comunidade responde às demandas,
com o que há de mais moderno em tecnologia de software, assim uma solicitação postada no fórum do site pode estar já implemen-
como também contava com uma das mais competentes e dedicadas tada no current em menos de uma semana;
equipes em seu desenvolvimento. Se o que você procura é uma Por ser derivada do Debian conta com toda a base sólida de
distribuição com poderes de ser um servidor estável, mas com as pacotes e do gerenciador de pacotes do Debian;
facilidades das ferramentas de configuração gráficas, ou se, sim- É compatível com os repositórios do Ubuntu;
plesmente, deseja um desktop mais robusto, o Fedora será a sua Tem um desktop preparado para o usuário comum sentir-se
melhor escolha. confortável;
Ele conta com um ciclo de desenvolvimento rápido. A cada Se esforça para que os recursos, tais como suporte multimídia,
seis meses, em média, um novo Fedora é liberado pelo Fedora resolução de vídeo, placas e cartões Wifi e outros, funcionem bem.
Project para a comunidade. A própria comunidade em si é uma À exceção do Mandrake, e depois do Kurumin, esta foi a pri-
das mais ativas da internet e o Fedora conta com uma farta ajuda meira distro a fazer sucesso com os usuários pelos seguintes mo-
online, mesmo sem oferecer o suporte técnico direto da Red Hat. tivos: facilidade em instalar programas, instalação e configuração
O manuseio de pacotes é feito de forma inteligente e automáti- automática de dispositivos e afins. O Mint agregou essas faci-
ca com a ajuda do YUM que cuida das atualizações e resolve as de- lidades e incorporou outras, sendo considerado um Ubuntu mais
pendências de todos os pacotes, baixando o que for necessário ao polido, com excelente seleção de softwares, belo desempenho e
sistema dos repositórios e gerenciando a instalação. Encontra-se design.
para o fedora todo o tipo de aplicações, desde suites de escritório
poderosas como o OpenOffice.org até players de vídeo e de áudio APLICATIVOS PARA GNU/LINUX
(MPlayer e Amarok) com execução de quase todos os formatos co- O GNU/Linux possui uma riqueza incomparável de aplica-
nhecidos e também uma generosa coleção de jogos, todos instalá- tivos, oferecendo mais de uma solução à certas necessidades. A
veis com alguns simples cliques ou uma única linha de comando. “ maior dificuldade está em encontrar um aplicativo que sirva às
CENTOS suas necessidades. Como há inúmeros aplicativos para as mesmas
“CentOS é uma distribuição de classe Enterprise derivada de funções, eles apresentam certas características, estas que se adap-
códigos fonte gratuitamente distribuídos pela Red Hat Enterprise tam ou não ao gosto do usuário, por isto temos tanta variedade de
Linux e mantida pelo CentOS Project. aplicativos disponíveis hoje em dia.
Didatismo e Conhecimento 33
INFORMÁTICA
O fato de quase 100% dos aplicativos serem Open-Source aju- A fim de evitar danos ao sistema de arquivos, é necessário que
da para que esta lista cada vez mais venha crescer. Dentre outras o superusuário pare o sistema antes de desligar o computador. Um
coisas, os aplicativos permitem ser alterados conforme as neces- dos comandos que podem ser utilizados é o comando shutdown.
sidades dos usuários, por termos acesso liberado ao código-fonte Este comando permite tanto desligar quanto reiniciar o computa-
deles. dor.
[aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h now
COMANDOS DO TERMINAL O comando acima permite desligar o computador imediata-
A linha de comando é o método mais usado por administrado- mente, enviando uma mensagem a todos os usuários que estão uti-
res de sistemas Linux, pois é o que oferece o maior número de pos- lizando o sistema.
sibilidades, além de ser o método mais rápido de fazer as coisas. [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h -t 30 “Atenção: O siste-
ma será desligado dentro de 30 segundos”
O comando acima finaliza todos os processos e desliga o com-
Usuário putador dentro de 30 segundos, enviando a mensagem de aviso a
Como o Linux foi concebido para que várias pessoas pudes- todos os usuários logados no sistema.
sem utilizar os mesmos recursos presentes em uma única máquina, O comando halt diz ao sistema que ele deverá desligar ime-
surgiu o conceito de usuário para diferenciar o que cada pessoa es- diatamente.
tivesse fazendo e quais recursos ela estivesse ocupando. O usuário [aluno@ldalcero aluno]$ halt
é a identificação da pessoa que irá utilizar o sistema. Para reinicializar o sistema, pode-se utilizar, além do coman-
A identificação do usuário é feita por um “número de identi- do shutdown, o comando reboot:
ficação” ou id, que é atribuído ao usuário durante a criação de sua [aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -r -t 30 “Atenção: O siste-
conta no sistema. ma será reiniciado dentro de 30 segundos”
Com a finalidade de garantir a integridade do trabalho de cada Esta opção finaliza todos os processos e reinicia o computador
usuário, impedindo que um usuário altere o trabalho de outro, no após 30 segundos.
momento de entrada no sistema, você deve informar a senha do [aluno@ldalcero aluno]$ reboot
seu usuário. O nome de usuário associado à senha é a sua “chave O comando reboot chama o comando shutdown e ao final des-
de entrada” no sistema, portanto deve ser guardada com cuidado. te reinicia o sistema. Após executar os comandos deve-se aguardar
até que o sistema esteja parado (com a mensagem o sistema está
Grupos parado ou Power down) para então poder desligar seu computador
O Linux também possui o conceito de “grupo”. Um grupo é, ou esperar que ele reinicie.
como o próprio nome diz, um agrupamento de vários usuários que
devem compartilhar algumas características em comum como, por Gerenciamento de Arquivos e Diretórios
exemplo, permissões de acessos a arquivos e dispositivos. Listando Arquivos
O comando ls mostra o conteúdo de um diretório.
Superusuário O formato do comando é o seguinte:
O superusuário é aquele que tem plenos poderes dentro do ls [ - l ] [ - a ] [ - F ] [dir]
Linux. É o superusuário quem pode criar novos usuários, alterar Onde [-l] é o formato longo, e [-a] serve para mostrar todos os
direitos, configurar e fazer a atualização do sistema. Somente ele arquivos, incluindo arquivos ocultos (os quais têm seu nome indi-
tem direito de executar essas atividades. cado por um ponto). Existem várias outras opções, embora estas
É recomendado utilizar a conta de superusuário somente sejam mais usadas. Finalmente, [-F] coloca no final dos nomes de
quando for necessário configurar algo no sistema. Ainda assim é arquivo um símbolo indicando o seu tipo.
recomendado utilizá-la o mínimo possível para evitar que algum Um exemplo do uso do ls é mostrado a seguir:
erro danifique o sistema. [aluno@ldalcero X11]$ ls
LessTif bin doc etc fonts include lib man share
Entrando e Saindo do Sistema [aluno@ldalcero X11]$
Ao iniciar o Linux, um prompt semelhante ao ilustrado a se- Um exemplo do uso do ls usando parâmetros:
guir será mostrado: [aluno@ldalcero X11]$ ls -laF
Mandrake Linux (tty1) ldalcero login: drwxr-xr-x 11 root root 4096 Ago 27 2002 ./
Informe o seu login/nome de usuário. A seguir será solicitada drwxr-xr-x 22 root root 4096 Mar 22 2003 ../
a senha (Password) do usuário. Digite a senha do seu usuário.
drwxr-xr-x 3 root root 4096 Mar 22 2003 LessTif/
Após informar o nome de usuário e a senha corretamente,
você será levado ao prompt do sistema: drwxr-xr-x 2 root root 8192 Jul 24 08:45 bin/
[aluno@ldalcero aluno] $ drwxr-xr-x 2 root root 4096 Jul 24 2003 doc/
OBS.: O linux tem terminais virtuais. Você pode alterar entre drwxr-xr-x 4 root root 4096 Ago 27 2002 etc/
eles utilizando as teclas Alt-Fn, onde n pode variar de 1 até 6 na drwxr-xr-x 2 root root 4096 Mar 22 2003 fonts/
configuração padrão. drwxr-xr-x 4 root root 4096 Mar 22 2003 include/
Pode-se utilizar o comando logout na linha de comando para drwxr-xr-x 9 root root 4096 Jul 24 2003 lib/
se desconectar do sistema: drwxr-xr-x 7 root root 4096 Jul 24 2003 man/
[aluno@ldalcero aluno]$ logout drwxr-xr-x 15 root root 4096 Jul 24 08:45 share/
Desligando o Sistema
Didatismo e Conhecimento 34
INFORMÁTICA
[aluno@ldalcero X11] $ /boot
Contém arquivos necessários para a inicialização do sistema.
No exemplo acima, como são nomes de diretórios; o parâme- /cdrom
tro [-F] adiciona uma barra indicando nome de diretório. O parâ- Ponto de montagem da unidade de CD-ROM.
metro [-l] coloca várias informações sobre o arquivo (permissões, /dev
links, dono, grupo, tamanho, data, hora, nome do arquivo). Contém arquivos usados para acessar dispositivos (periféri-
cos) existentes no computador.
Metacaracteres /etc
Existem sinais, chamados metacaracteres, usados para facili- Arquivos de configuração de seu computador local.
tar a utilização de comandos no Linux. /floppy
Quando se trabalha com os comandos de manipulação de ar- Ponto de montagem de unidade de disquetes.
quivos, frequentemente é útil empregarmos metacaracteres. Estes /home
símbolos – como *, ?, [], {} - são úteis para se referenciar arquivos Diretórios contendo os arquivos dos usuários.
que possuam características em comum. /lib
Para os exemplos dados nesta seção, será usada a seguinte Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e mó-
lista de arquivos: dulos do kernel.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls /mnt
12arquivo 1arquivo 2arquivo arquivo arquivo3 arqui- Ponto de montagem temporário.
vo34 arquivo5arquivo /usr
• O asterisco “*”: Contém maior parte de seus programas. Normalmente acessí-
O asterisco é usado para representar “qualquer quantidade de vel somente como leitura.
qualquer caractere”. Por exemplo, arquivo* retornaria todos os ar- /var
quivos em que o nome iniciasse com “arquivo”. Veja o efeito da Contém maior parte dos arquivos que são gravados com fre-
utilização prática deste metacaractere. qüência pelos programas do sistema, e-mails, spool de impressora,
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo* arquivo arquivo3 ar- cache, etc.
quivo34 arquivo5arquivo /sbin
• O Ponto de Interrogação “?”: Diretório de programas usados pelo superusuário (root) para
administração e controle do funcionamento do sistema.
O ponto de interrogação é utilizado para representar “um úni-
co e qualquer caractere”. Ao digitar ls arquivo?, o usuário estará
Criando e Removendo Diretórios
pedindo a lista de arquivos cujos nomes são indicados por “arqui-
Criando Diretórios
vo” e terminal com um único caractere qualquer. Como no exem-
O comando mkdir é usado para criar diretórios. A sintaxe do
plo que segue:
comando será mostrado a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo?
mkdir [parâmetros] nome_dir
arquivo3 A linha de comando a seguir cria um diretório:
Agora digitando ls ??arquivo o resultado seria: [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir meu_diretorio
12arquivo O comando também pode ser usado para criar uma árvore de
Os colchetes “[]”: diretórios, como será mostrado a seguir:
Os colchetes são utilizados para indicar uma lista de caracte- [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir -p meu_dir/meu_sub_dir/
res. Para entender melhor; verifique os exemplos. sub_sub_dir
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo[123] arquivo3 O comando anterior cria um diretório chamado meu_dir, e
[aluno@ldalcero aluno]$ ls [123]arquivo dentro dele cria um subdiretório chamado meu_sub_dir e dentro
1arquivo 2arquivo deste, um subdiretório chamado sub_sub_dir.
Também é possível criar vários diretórios em simultâneo;
simplesmente colocando vários nomes de diretórios junto com o
comando, como será mostrado a seguir:
As chaves “{}”: [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir dir_1 dir_2 dir_3
As chaves têm sua utilização muito assemelhada a dos colche- O comando anterior criará os diretórios dir_1, dir_2 e dir_3
tes. A diferença está na possibilidade de referenciar seqüências de dentro do diretório atual.
caracteres separadas por vírgulas, conforme o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,34} arquivo34 Removendo Diretórios
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,2,3,34} arquivo3 ar- O comando rmdir é usado para remover diretórios. Por exem-
quivo34 plo; para remover o diretório meu_dir basta digitar o seguinte co-
mando:
Estrutura de Diretórios [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir meu_dir
O sistema Linux possui a seguinte estrutura básica de diretó- O comando também pode remover árvores de diretórios. Para
rios: tal, utiliza-se o parâmetro [-p ], como será mostrado a seguir:
/bin [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir -p temp/sub_dir/sub_dir_2
Contém arquivos, programas do sistema que são usados com O comando anterior apagou o subdiretório sub_dir_2, depois
freqüência pelos usuários. apagou o subdiretório sub_dir e finalmente apagou o temp.
Didatismo e Conhecimento 35
INFORMÁTICA
Porém, o comando remove diretórios e não arquivos; se existir O formato básico do comando é mostrado a seguir:
algum arquivo dentro do diretório este não será removido. mv arquivo destino
Para conseguir remover diretórios com arquivos deve-se utili- O comando mv é basicamente usado pra mover um arquivo
zar em conjunto o comando rm, que será visto mais adiante. dentro do sistema de arquivos do Linux.
Copiando Arquivos [aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp
O comando cp é utilizado para efetuar a cópia de arquivos no O comando anterior move o arquivo documento.txt para o di-
Linux, Sua sintaxe é mostrada a seguir: retório /tmp. É possível também usar o comando para renomear
cp [parametros] arquivo_original [destino] arquivos, como mostrado no exemplo a seguir:
Observações importantes relativas à cópia de arquivos: [aluno@ldalcero aluno]$ mv doc.txt documento.txt
Copiar um arquivo para outro diretório onde já existe outro Para não sobrescrever arquivos deve-se utilizar o parâmetro
arquivo com mesmo nome: o arquivo será sobrescrito. -i, como mostrado a seguir:
Copiar um arquivo para outro diretório que, por sua vez, pos- [aluno@ldalcero aluno]$ mv -i doc.txt documento.txt mv: so-
sui um diretório com mesmo nome do arquivo a ser copiado: não é brescrever `documento.txt`? y
permitido, pois no Linux um diretório também é um arquivo. [aluno@ldalcero aluno]$ ls documento* documento.txt do-
Copiar um arquivo, especificando como arquivo_destino ou- cumento.txt~
tro nome: o arquivo será renomeado durante a cópia. Também é possível renomear um arquivo durante a movimen-
tação do mesmo:
Opção Descrição [aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp/documen-
Preserva as permissões do arquivo_original quando to-2.txt
-a
possível. No exemplo a seguir será movido um diretório:
-b Faz backup de arquivos que serão sobrescritos. [aluno@ldalcero aluno]$ mv dir_1 dir_2
Solicita confirmação antes de sobrescrever O comando acima move toda a árvore do dir_1 para dentro do
-i dir_2. Caso o dir_2 não exista, o dir_1 será renomeado para dir_2.
arquivos.
Copia diretórios recursivamente, ou seja, toda a
-R árvore abaixo do diretório de origem. O destino Removendo Arquivos
sempre será um diretório. O comando rm (remove) é usado para remover arquivos e
diretórios. É possível remover vários arquivos simultaneamente,
Iniciando pela forma mais simples do comando, ou seja, co- bastando para tal colocar o nome dos arquivos a remover, logo
piar um arquivo para um novo arquivo. O comando pode ser visto depois do comando. O formato básico do comando é mostrado a
a seguir: seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt documento.txt rm [parametros] arquivo
Neste caso ocorre a criação do arquivo documento.txt a par- Como primeiro exemplo será emitido um comando para apa-
tir do arquivo doc.txt. Também é possível copiar para outro local gar o arquivo documento.txt.
como será mostrado a seguir: [aluno@ldalcero aluno]$ rm documento.txt
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt /tmp É também possível remover vários arquivos listados logo após
Como não foi mencionado o nome do arquivo de destino, será o comando. Por exemplo: [aluno@ldalcero aluno]$ rm documen-
criado um arquivo com o mesmo nome do atual, É sempre bom ter to.txt doc.txt documento-2.txt
um pouco de cuidado no uso do comando cp; para tal será usado o A maneira mais segura de se usar o comando rm é com o parâ-
parâmetro -i. A menos que se utilize essa opção, o comando cp irá metro -i, ou seja, é solicitada uma confirmação para cada arquivo
sobrescrever os arquivos existentes, como pode ser visto a seguir: a apagar.
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -i doc.txt /tmp cp: sobrescrever `/ [aluno@ldalcero aluno]$ rm -ri /tmp
tmp/doc/txt`? y No comando anterior, além de se usar o parâmetro -i foi tam-
Um método mais seguro seria usar o parâmetro -b (backup);
bém usado o parâmetro - r (recursivo), isto remove todos os ar-
então, quando o cp encontra um arquivo com o mesmo nome cria
quivos do diretório /tmp de forma recursiva. Já o parâmetro -i irá
uma cópia acrescentando um “~” ao nome do arquivo. Como po-
pedir uma confirmação para cada arquivo a apagar.
de-se observar a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -b doc.txt /tmp [aluno@ldalcero Caso não seja necessária uma confirmação, pode-se forçar a
aluno]$ ls /tmp/doc.txt* doc.txt doc.txt~ remoção de toda a árvore de diretórios; para tal utiliza-se o parâ-
Também é possível copiar vários arquivos simultaneamente; metro -f.
para tal, basta colocar os nomes dos arquivos a copiar logo depois [aluno@ldalcero aluno]$ rm -rf /tmp
do comando, como mostrado a seguir: O que ocorre é a remoção total do diretório e de todos os seus
[aluno@ldalcero aluno]$ cp arq_1 arq_2 arq_3 arq_4 dir_1 subdiretórios.
Vale lembrar que o último nome na cadeia é o destino, ou Lembre-se de evitar o uso do comando rm desnecessariamen-
seja, os arquivos arq_1, arq_2, arq_3 e arq_4 são copiados para o te quando estiver trabalhando como root, ou seja, superusuário,
diretório dir_1. para prevenir que arquivos necessários ao sistema sejam apagados
acidentalmentes.
Mover ou Renomear É possível utilizar o comando com metacaracteres, conforme
As habilidades para mover e renomear arquivos no Linux são mostrado a seguir:
básicas para organizar informações no sistema. A seguir, será apre- [aluno@ldalcero aluno]$ rm *.txt *.doc
sentado como fazê-lo utilizando o comando mv.
Didatismo e Conhecimento 36
INFORMÁTICA
Links
Links, são referências, atalhos ou conexões lógicas entre arquivos ou diretórios. Estas referências podem ser de dois tipos: Hard Links
(diretas) ou Symbolic Links (simbólicas).
Hard Links
Ocupam apenas um inode na área de inodes. E são usados quando estas referências estiverem no mesmo sistema de arquivos.
A quantidade de links fazendo referência ao mesmo arquivo pode ser vista usando o comando ls -l. O valor que aparece após as per-
missões é o número de conexões lógicas.
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls – l doc*
-rwxr-xr-x 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Nesse caso, o arquivo documento.txt possui 4 links associados a ele. Quando qualquer um dos links é alterado, o original também é
modificado; visto que são o mesmo arquivo, apenas com nomes diferentes. O original só será eliminado quando todos os seus links também
forem. O formato do comando para criar um hard link é mostrado a seguir:
ln arquivo link
OBS.: Não é possível criar hard links para diretórios, e também é impossível criar links diretos entre sistemas de arquivos.
Links Simbólicos
O link simbólico é como um “atalho” para um arquivo. O ato de se apagar um link simbólico não faz com que o arquivo original desa-
pareça do sistema, somente o vínculo será apagado.
Existem vários motivos para se criar um link simbólico, dentre eles pode-se destacar:
Quando se deseja criar nomes mais significativos para chamadas a comandos. Existe um exemplo prático na chamada dos shells tais
como csh e sh, que na realidade são links simbólicos para os shells tsch, bash.
Um outro exemplo bastante significativo é com relação aos comandos mtools, tais como o mformat e vários outros, que nada mais são
do que links simbólicos para o comando mtools.
Um outro uso para o comando é como atalho para diretórios com nomes complicados; o que não pode ser feito com hard links.
O formato do comando para criação de links simbólicos é:
ln -s arquivo link
Observe o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ln -s /usr/X11R6/ /usr/X11
O comando anterior cria um link /usr/X11 que aponta para o diretório real /usr/X11R6. Desta forma, é possível acessar este diretório
por qualquer caminho.
Como se pode observar, a única diferença nos comandos entre a ligação simbólica e a ligação direta é o parâmetro -s.
Permissões de Arquivos
Este tópico trata do sistema de direitos de acesso a arquivos do Linux, incluindo também informações de como alterar estes direitos.
Conceitos
O sistema de arquivos do Linux possibilita que sejam atribuídos direitos de acesso diferenciados para os usuários do sistema. A cada
arquivo ou diretório do sistema é associado um proprietário, um grupo e seus respectivos direitos de acesso, ou permissões. O método mais
simples e comum de verificar estes atributos de um arquivo é através do comando ls, como exemplificado a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls -l documento.txt
-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
O dono do arquivo no exemplo citado é o usuário aluno, e o grupo a que está relacionado o arquivo é o grupo01. A primeira informação
retornada por esta listagem é um conjunto de caracteres, o qual indica o tipo do arquivo e as permissões de acesso ao mesmo. O caractere
inicial indica o tipo de arquivo, e a tabela abaixo mostra os tipos de arquivos existentes:
Didatismo e Conhecimento 37
INFORMÁTICA
Os demais nove caracteres, divididos em três grupos de três caracteres cada, definem as permissões do dono do arquivo, dos membros
do grupo a que está relacionado o arquivo e de outros usuários, respectivamente. As permissões de acesso aos arquivos são representadas
pela letras r, w e x, conforme detalhado na tabela abaixo:
Utilizando o chmod
O comando chmod permite que se altere as permissões de um ou mais arquivos. Existem duas notações para se aplicar o comando: o
modo simbólico e o octal. Somente o superusuário ou o dono do arquivo podem executar esta operação. Veja a sintaxe do comando abaixo:
chmod [opções] arquivos
Uma das opções mais usadas no chmod é a opção -R que permite que se altere recursivamente as permissões de arquivos e diretórios.
No modo simbólico, deve ser indicado quem será afetado (u, g, o, a) e qual, ou quais, permissões serão concedidas ou suprimidas con-
forme tabelas abaixo.
Notação simbólica do chmod
Símbolo Descrição
u Usuário, ou dono do arquivo
g Grupo do arquivo
Outros usuários que não são os
o donos, nem estão cadastrados no
grupo especificado
a Afeta todos os anteriores (u, g, o)
Operadores
Operador Descrição
+ Concede permissão(ões) especificada(s)
- Remove permissão(ões)
Atribui somente estas permissão(ões)
= ao arquivo, retirando as que não se
encontram explicitas
A segunda forma de alterar permissões consiste em definir uma seqüência de três algarismos octais. Ela é mais utilizada quando se
deseja alterar permissões. Cada algarismo se refere a um grupo de permissões (u, g, o).
Para facilitar o seu entendimento, associamos um valor decimal com cada permissão, conforme tabela abaixo: Permissões octais
Para se obter o octal referente às permissões selecionadas, se deve executar uma operação de soma entre elas. Veja abaixo um exemplo
de definição simbólica de permissões:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod u+rw, g+x documento.txt
Neste caso, são concedidas permissões de leitura e gravação ao dono, e execução ao grupo para o arquivo documento.txt. Exemplo de
definição octal de permissões:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod 651 documento.txt
Neste exemplo, será concedida permissão de leitura e gravação ao dono (rw- =4+2 conforme tabela de octais), leitura e execução para
o grupo (r-x = 4+1), e execução para qualquer outro (--x = 1).
Didatismo e Conhecimento 38
INFORMÁTICA
Permissões Padrão (umask) Opção Descrição
O comando umask é o comando que define as permissões pa- Define em “dir” qual será o diretório pessoal do
drão dos arquivos quando são criados pelo usuário. Veja a sintaxe -d dir usuário. Este será, também, o diretório inicial
abaixo: daquele usuário.
umask [opções] modo
Grupo ou número do grupo inicial, ao qual
O parâmetro modo informa as permissões que serão dadas ao
pertencerá. Na maioria das distribuições Linux é
usuário/grupo/outros. Ele pode ser informado de duas maneiras: -g grupo
criado por padrão um grupo como mesmo nome
Como um número octal (022)
do usuário.
Como uma máscara semelhante à utilizada pelo comando ch-
mod (u=rwx, g=rx, o=rx) -s shell Informa qual o shell a ser usado no login.
Desta maneira é possível controlar automaticamente as per-
Exemplo:
missões dos arquivos que são criados pelo usuário.
[aluno@ldalcero aluno]$ useradd -d /home/aluno01 aluno1
Cria o usuário aluno1 e designa o diretório /home/aluno01
Utilizando chown
como diretório pessoal deste.
Veja a sintaxe do comando abaixo:
[aluno@ldalcero aluno]$ useradd -g turma -d /home/aluno02
chown [novo_proprietário][:novo_grupo] arquivos
aluno2
O comando chown permite ao root a alteração do dono e do
Cria o usuário aluno 2, pertecendo ao grupo turma e designa /
grupo relacionado ao arquivo, ou arquivos, selecionados. Em ca-
home/aluno 02 como diretório pessoal.
sos especiais o usuário pode alterar o grupo caso ele pertença tanto
ao grupo de origem como ao grupo de destino. Exemplos:
O comando passwd
O comando passwd permite que se troque a senha de determi-
[aluno@ldalcero aluno]$ chown :grupo02 documento.txt
nado usuário. O superusuário pode trocar a senha de qualquer ou-
Altera o grupo do arquivo documento.txt para grupo02.
tro. O usuário comum, porém, pode trocar somente a sua senha. As
[aluno@ldalcero aluno]$ chown aluno:grupo02 documento.
senhas são armazenadas no arquivo /etc/shadow, e as demais in-
txt
formações dos usuários são armazenadas no arquivo /etc/passwd.
Altera o dono do arquivo documento.txt para aluno e o grupo
Após a criação do usuário será necessário criar uma senha
do mesmo para grupo02.
para este, caso contrário, não será permitido que este usuário faça
login no sistema. Para tal, deve-se utilizar o comando passwd. Veja
Gerenciamento de Contas de Usuários
abaixo a sua sintaxe:
Um bom gerenciamento do sistema, com o uso das ferramen-
passwd [usuário]
tas administrativas adequadas, torna-o estável e seguro, manten-
Exemplos:
do-o dentro dos padrões esperados em qualquer área de atuação.
[root@ldalcero root]$ passwd aluno1
O superusuário irá alterar a senha do usuário aluno1.
Contas de Usuário
[aluno@ldalcero aluno]$ passwd
O Linux é um sistema operacional multiusuário, portanto é
O usuário aluno1 irá alterar a sua senha.
necessário que todos os usuários sejam cadastrados e tenham per-
missões de acesso diferenciados, É possível também cadastrá-los
O comando userdel
em grupos para facilitar o gerenciamento. Neste tópico serão abor-
O comando userdel permite que se elimine usuários do sis-
dados justamente estes aspectos do Linux e os comandos necessá-
tema. Somente o superusuário poderá utilizar este comando. Veja
rios para a administração do sistema.
abaixo sua sintaxe:
Primeiramente será visto como é possível criar os usuários.
userdel [opções] [usuário]
Exemplo:
O comando useradd ou adduser
[aluno@ldalcero aluno]$ userdel aluno1
O comando useradd ou adduser permite que se crie usuários
Elimina a conta do usuário aluno1.
especificados em opções. Somente o superusuário poderá utilizar
este comando. Veja abaixo a sua sintaxe:
O comando groupadd ou addgroup
useradd [opções] [usuário]
Para facilitar a administração do sistema, pode-se usar o con-
Este comando altera os seguintes arquivos:
ceito de grupos de usuários com perfis semelhantes. Por exemplo,
/etc/passwd – informações de contas de usuários
definir grupos conforme os departamentos de uma empresa. Para
/etc/shadow – informações de contas de usuários e senhas
isto, precisa-se criar estes grupos através do comando groupadd
criptografadas
ou addgroup.
/etc/group – informações de grupos
Sintaxe:
O comando useradd
groupadd [opções] grupo
Exemplos:
[root@ldalcero root]$ groupadd alunos
Cria o grupo alunos.
Didatismo e Conhecimento 39
INFORMÁTICA
O comando gpasswd Os comandos para se trabalhar com processos serão vistos a
O gpasswd é utilizado para administrar o arquivo /etc/group seguir.
(e o arquivo /etc/gshadow, caso seja compilado com SHADOW-
GRP). Todos os grupos podem ter administradores, membros e O comando ps
uma senha. O administrador do sistema pode usar a opção -A para O comando ps mostra os processos ativos no sistema. Veja
definir o administrador do grupo e -M para definir os membros abaixo a sintaxe do comando:
e todos os seus direitos, assim como os do administrador. Veja a ps [opções]
sintaxe abaixo:
gpasswd grupo gpasswd -a usuário grupo gpasswd -d usuá- Opção Descrição
rio grupo gpasswd -R grupo gpasswd -r grupo gpasswd [-A usuá- -a Mostra todos os processos.
rio,...] [-M usuário,...] grupo Mostra os processos em formato de “árvore”, ou
Administradores de grupos podem adicionar e excluir usuá- -f
seja, com seus caminhos completos.
rios utilizando as opções -a e -d respectivamente. Administradores
Inclui na lista os usuários e hora do ínicio do
podem usar a opção -r para remover a senha de um grupo. Quando -u
processo.
não há senhas definidas para um grupo, somente os membros do
grupo podem usar o comando newgrp para adicionar novos usuá- -x Inclui processos não associados a um terminal.
rios ao grupo. A opção -R desabilita o acesso ao grupo através do
Exemplos:
comando newgrp.
[aluno@ldalcero aluno]$ ps
O gpasswd executado pelo administrador do grupo, seguido
Exibe os processos ativos daquele usuário.
pelo nome, solicitará a senha do grupo. Caso o comando newgrp
[aluno@ldalcero aluno]$ ps -xf
esteja habilitado pera outros usuários do grupo sem o uso de se-
Mostra todos os processos do usuário, incluindo processos
nha, não-membros do grupo podem também executar o comando, sem controle do terminal, no formato “árvore”.
informando, entretanto, a senha do grupo. O comando kill
O comando kill permite que o superusuário ou os donos dos
Verificando informações do usuário processos possam eliminar processos ativos. A sintaxe desse co-
Uma vez criados os usuários e grupos no sistema utilizamos o mando é apresentada a seguir:
comando id para verificar informações sobre os usuários do siste- kill [opções] [-sinal] [processo] Exemplos:
ma. Ele nos fornece dados como a identificação do usuário no sis- [aluno@ldalcero aluno]$ kill -l
tema (UID) e os grupos aos quais o usuário está associado (GID). Este comando mostra os sinais que se pode enviar para um
Veja a sintaxe abaixo: processo.
id [opções] [nome] [aluno@ldalcero aluno]$ kill -9 907
Utilizado sem nenhuma opção o comando id retorna os dados Este comando acima elimina o processo (PID) 907 enviando
do usuário corrente. um sinal 9.
[aluno@ldalcero aluno]$ id uid = 790(aluno) gid = 790(alu- Todos os sinais passam pelo kernel. Quando é enviado qual-
no) grupos = 790(aluno) quer sinal para um processo este sinal vai para o kernel que o envia
Quando informamos o nome de um usuário como opção, ele ao processo de destino.
nos retorna as informações do usuário indicado.
[aluno@ldalcero aluno]$ id root O sinal 9(SIGKILL), quando enviado para um processo, ter-
uid = 0(root) gid = 0(root) grupos = 0(root), 1(bin), 2(dae- mina a sua execução. Na realidade, o que acontece é que o kernel,
mon), 3(sys), 4 (adm), 6(disk), 10(wheel) quando recebe o sinal, não o repassa para o processo, e sim, remo-
ve o processo diretamente.
O sinal 20(SIGTSTP) suspende a execução de um programa.
Gerenciamento de Processos Quando existe um programa em execução em foreground e deseja-
O Linux, por ser um sistema operacional multitarefa, executa se suspender o seu processamento basta enviar esse sinal; pode-se
diversos processos simultaneamente. De um modo geral, um pro- usar as teclas Ctrl-z.
cesso é um programa em execução, embora possa se apenas parte Se for utilizado o comando sem o parâmetro -sinal, será en-
de um programa mais complexo. viado ao processo o sinal SIGTERM ou terminate possivelmente
terminando sua execução.
Criar, Monitorar e Eliminar Processos
Para cada processo, o sistema fornece um código (PID) que o O comando top
identificará. Há também uma hierarquia de processos, ou seja, um O comando top mostra uma lista (atualizada periodicamente)
processo pode chamar outro, que por sua vez chama um terceiro, dos processos ativos no sistema. Esta lista é ordenada por consumo
e assim por diante. de recursos de CPU, veja a sintaxe abaixo:
O processo que executa um segundo processo, é chamado de top [opções]
processo “pai”, e o novo processo, chamado de “filho”. Exemplos:
Como já foi dito, o Linux é um sistema multitarefa, o que [aluno@ldalcero aluno]$ top -d1 -i
lhe permite executar mais de um processo ou sistema. Portanto, é Este comando exibe a lista dos processos, por ordem de con-
possível ter processos em primeiro plano (foreground), bem como sumo de recursos de CPU, exceto os ociosos ou “zombies”, e atua-
em segundo plano (background). liza a lista a cada segundo.
Didatismo e Conhecimento 40
INFORMÁTICA
O comando jobs Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar-
O comando jobs exibe os processos parados ou em execução quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O
que se encontram em segundo plano. Veja abaixo a sintaxe: formato básico deste comando é indicado a seguir:
jobs [opções] bzip2 [opções] arquivos bunzip2 [opções] arquivos.bz2
Exemplos: Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado:
[aluno@ldalcero aluno]$ jobs - l [aluno@ldalcero aluno]$ bzip2 arquivo
O comando acima exibe os trabalhos em segundo plano, com No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
seus respectivos PIDs. [aluno@ldalcero aluno]$ bunzip2 arquivo.bz2
O comando bg Compress
Veja a sintaxe do comando: O comando compress é usado para a compactação/descom-
bg [jobId] pactação de arquivos. O arquivo original é substituído por um ar-
Como foi visto anteriormente é possível parar um processo quivo compactado com a extensão .Z, mantendo o dono, permis-
digitando CTRL-Z. Para reativar este processo e o colocar em se- sões e datas de modificação.
gundo plano use o comando bg %JobId. Exemplos: Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar-
[aluno@ldalcero aluno]$ bg %3 quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O
O comando acima coloca em segundo plano o terceiro job. formato básico deste comando é indicado a seguir:
compress [opções] arquivos uncompress [opções] arquivos.Z
O comando fg Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado:
Ao contrário do comando bg, o fg (foreground) coloca o job [aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo
em primeiro plano. Sintaxe: No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
fg [jobId] [aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo.Z
Exemplos: ZIP
[aluno@ldalcero aluno]$ fg %2 O comando zip é usado para a compactação e empacotamento
Coloca em primeiro plano o job número 2. de arquivos. Ele é compatível com o pkzip e similares.
O programa é útil para empacotamento de uma série de arqui-
Compactação e Empacotamento de Arquivos vos para distribuição, para arquivamento e para economizar espa-
Este tópico irá apresentar os comandos para compactação de ço em disco temporariamente, compactando arquivos e diretórios
arquivos mais utilizados, assim como o comando tar, o qual pode sem uso. Veja a seguir a sintaxe do comando:
ser utilizado para efetuar backup do sistema. zip [opções] arquivo_zip arquivos
Compactadores de Arquivos Como primeiro exemplo, os arquivos do diretório corrente se-
O Linux tem diversos aplicativos para compressão de arqui- rão compactados e empacotados e colocados no arquivo:
vos, sendo que cada um deles utiliza um algoritmo de compressão [aluno@ldalcero aluno]$ zip arquivo *
diferente. Serão abordados, neste tópico, os mais usados. No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado e desem-
pacotado:
[aluno@ldalcero aluno]$ unzip arquivo
GZIP O comando tar
O comando gzip é usado para a compactação/descompactação Permite copiar arquivos e depois restaurá-los, para efeito de
de arquivos. backup de segurança e/ou transporte de dados através de um meio
O arquivo original é substituído por um arquivo compactado físico. Pode ser utilizado em máquinas diferentes, pois é padrão
com a extensão .gz, mantendo o dono, permissões e datas de mo- no ambiente UNIX. Também permite realizar cópias multivolume.
dificação. Veja a sintaxe:
Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar- tar [opções] arquivos
quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O O comando tar permite que se crie, atualize ou recupere
gzip somente tentará compactar arquivos normais; em particular, backups do sistema segundo as opções.
ele ignorará links simbólicos. A tabela a seguir mostra as principais opções do comando tar.
O formato básico deste comando é mostrado a seguir: gzip
[opções] arquivos gunzip [opções] arquivos
Opção Descrição
Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado:
[aluno@ldalcero aluno]$ gzip arquivo -c Cria um arquivo tar.
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado:
[aluno@ldalcero aluno]$ gunzip arquivo.gz -r Acrescenta novos arquivos no arquivo tar.
Didatismo e Conhecimento 41
INFORMÁTICA
Didatismo e Conhecimento 42
INFORMÁTICA
Mas, não confunda estes dois conceitos: o servidor de janelas
Opção Descrição
possui recursos para implementar as aplicações em forma de janelas
a Consulta todos os pacotes instalados. e formar um ambiente agradável para o usuário; já o gerenciador de
Consulta o pacote do qual o arquivo faz janelas vai fornecer métodos para que o usuário possa modificar o
f
parte tamanho das janelas, o papel de parede, enfim, o layout da interface
i Apresenta as informações do pacote. gráfica.
Apresenta a lista de arquivos pertencen-
l Usando a Área de Trabalho
tes ao pacote.
Apresenta o status dos arquivos do pa- Usar a Área de Trabalho é tão simples como arrastar itens que
s se queira utilizar rotineiramente. A Área padrão inclui uma pasta do
cote.
diretório pessoal (/home/nome_do_usuario).
Apresenta um lista dos arquivos de do-
d Todos os itens armazenados na Área de Trabalho estão localiza-
cumentação.
dos no diretório:
Apresenta uma lista dos arquivos de /home/nome_do_usuario/.gnome-desktop/
c
configuração. Isto pode ser útil para relembrar quando se desejar que um item
que apareça na Área de Trabalho, porém com as quais não se pode
A opção de verificação pode ser útil caso haja alguma suspeita utilizar as funções de arrastar e soltar. No painel inferior da Área
de que a base de dados RPM esteja corrompida. de Trabalho, você encontra ícones, que na verdade são atalhos para
acessar alguns aplicativos e para acessar o menu de programas.
Instalação de Aplicativos em código binário
Na maioria das vezes os aplicativos em código binário são Gerenciador de Arquivos
empacotados pelo comando tar e dentro dele é necessário fazer três Se você der um clique no ícone que se encontra na Área de Tra-
tipos de comando, para que o aplicativo seja instalado no sistema, balho com o nome de Pessoal ou Pasta de Início ou algo semelhante,
a seguir vamos ver detalhadamente esses comandos. irá abrir um programa que nada mais é do que o seu gerenciador de
arquivos, no qual abrirá uma janela mostrando o conteúdo do seu
O comando configure diretório pessoal. Este é o diretório onde estão armazenados todos os
Esse comando é utilizado para que seja feita uma verificação seus documentos, e é permitido ser acessado somente por você. Uma
no sistema e nas dependências dos pacotes necessários para o apli- janela se compõe de várias partes. Na parte superior está a Barra de
cativo ser instalado, se o comando obtiver algum erro de checagem Título, a qual mostra o título do programa em execução e o documen-
do sistema ele retorna uma mensagem de erro e para a verificação. to no qual você está trabalhando. Logo abaixo da Barra de Título está
Exemplo: a Barra de Menu, onde se encontra as guias: Arquivo, Editar e assim
[root@ldalcero foo]$ ./configure sucessivamente, clicando em cada um delas aparecerá vários elemen-
tos de acesso com diversas funções diferentes. Logo abaixo da Barra
O comando make e make install de Título está a Barra de Ferramentas, que consiste de um ou mais
Esses dois comandos são responsáveis pela criação das con- ícones, cada um equivalente a um elemento de menu, pode-se dizer
figurações necessárias ao aplicativo no sistema, bem como sua que são atalhos para os elementos de menu mais usados no programa.
A Barra de Status se encontra na parte inferior e mostra informações
instalação, eles só podem ser utilizados sem problemas, caso o
do arquivo que está sendo acessado no momento.
comando configure tenha sido executado com sucesso. Exemplos:
[root@ldalcero foo]$ make
Adicionando Ícones na Área de Trabalho
[root@ldalcero foo]$ make install Para adicionar ícones na sua Área de Trabalho você pode fazer
de duas maneiras:
Uso e Configuração do Ambiente Gráfico Escolhendo qual programa que deseja fazer o atalho, e arrastá-lo
Neste tópico será mostrado como você interagir com o am- até a Área de Trabalho e soltar, será perguntando se deseja criar um
biente gráfico do Linux e também como fazer a sua configuração atalho para o arquivo ali.
de acordo com sua necessidade e facilidade. Como padrão vamos Clicando com o botão direito do mouse na Área de Trabalho
utilizar o ambiente gráfico GNOME. e escolher a opção criar novo lançador, e adicionar as informações
necessárias para o referente atalho do programa.
Gerenciadores de Janelas
A principal função de um gerenciador de janelas é, como o Usando a Lixeira
próprio nome diz, gerenciar a apresentação das janelas e fornecer Em circunstâncias normais, apagar um arquivo no UNIX é uma
métodos para controlar aplicações, criar e acessar menus. Além de operação sem retorno. No entanto, com o gerenciador de arquivos
fornecer meios para que o usuário possa personalizar o seu am- do GNOME, você pode escolher Mover para a Lixeira ao invés de
biente. Mas, como é feito o relacionamento com o sistema? Apagar. Isto irá mover o arquivo para a Pasta Lixeira, que por padrão
No Linux, este relacionamento é feito pelo Servidor de Jane- é acessível via ícone em sua Área de Trabalho. Nesta pasta, sempre
las X. Seu objetivo é fornecer acesso aos dispositivos existentes é possível recuperar arquivos apagados. Lembre-se de esvaziá-la re-
em seu computador (mouse, teclado) e fornecer um ambiente agra- gularmente clicando nela com o botão direito do mouse, e então es-
dável para a manipulação de aplicações, através de componentes colhendo Esvaziar Lixeira, sob pena de ficar sem espaço em disco,
chamados Janelas. pois os arquivos que estão na Lixeira continuam ocupando espaço.
Note que, uma vez esvaziada a Lixeira, os arquivos que estavam lá
estarão perdidos para sempre.
Didatismo e Conhecimento 43
INFORMÁTICA
Configurando a Área de Trabalho posteriormente por um segundo programa de controle denominado
Existem várias maneiras de configurarmos a Área de Traba- servidor de impressão. Esta sistemática garante que muitos usuá-
lho, essas configurações incluem: rios podem enviar tarefas de impressão simultaneamente para uma
Tela de Fundo; única impressora sem o risco de conflitos. Após enviar a tarefa
Proteção de Tela; para impressão, o usuário pode continuar com as suas atividades
Tema da Área de Trabalho; normais, enquanto a tarefa ficará na fila ou será impressa.
Entre outras. Uma fila de impressão consiste em:
Podemos configurar nossa Área de Trabalho, através do Menu uma entrada no arquivo /etc/printcap, onde a fila será criada;
Preferências -> Centro de Controle, abrirá uma janela com várias um diretório, normalmente sob /var/spool/lpd, onde ficarão
ícones, correspondentes cada um a uma configuração de sua Área armazenados arquivos de tarefas de impressão, arquivos de dados,
de Trabalho. arquivos de controle de configuração de impressoras e filas.
Trocando a Configuração do seu Teclado Cada fila é processada por somente uma impressora, porém é
Vista a grande quantidade de layouts (idiomas) de teclados possível haver diversas filas para a mesma impressora.
que existe hoje no mercado de informática, iremos abordar neste O processamento de uma tarefa de impressão, enviada por
tópico, como você pode configurar o layout do seu teclado. uma estação remota ou local, é realizado em três passos:
Existem duas maneiras de configurar o seu teclado, pode ser 1. Os arquivos de dados são copiados no diretório da fila de
via modo texto ou via modo gráfico. impressão e associado com um arquivo de controle que é criado
Modo Texto naquele momento;
Digite no terminal o seguinte comando: 2. Os arquivos de dados passam por um programa de fil-
kbdconfig tros que os converte para um formato específico de impressão (por
Observe que o comando pode variar de uma distribuição para exemplo Ghost Script). Esta conversão pode ser feita em diversos
outra, as outras variâncias do comando são: keybconfig ou ainda passos individuais;
keyboardconfig. 3. O arquivo específico para a impressora conectada àquela
Modo Gráfico fila é impresso.
Vá até o Menu de Configurações do Sistema, e em seguida na
opção Teclado, na janela que será mostrada escolha o idioma do
seu teclado. PROCESSADORES DE TEXTO:
MICROSOFT WORD E
Impressão de Arquivos
Vamos abordar neste tópico a impressão de arquivos, levando- BROFFICE WRITER.
se em conta que a impressora já tenha sido configurada no com-
putador pelo administrador do sistema e esta esteja funcionando
corretamente.
MS WORD
Imprimindo Arquivos
O método mais usado pelos aplicativos do Linux para a im- O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considera-
pressão é o Ghost Script. O Ghost Script (chamado de gs) é um do um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte que do-
interpretador do formato Pos Script (arquivos .ps) e pode enviar o mina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento
resultado de processamento tanto para a tela como impressora. Ele de ferramentas gratuitas como Google Docs e Open Office.
está disponível para diversas plataformas e sistemas operacionais
além do Linux, inclusive o DOS, Windows, OS/2, etc. O formato Interface
.ps esta se tornando uma padronização para a impressão de gráfi- No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do
cos em Linux devido a boa qualidade da impressão, liberdade de documento , que
configuração, gerenciamento de impressão feito pelo gs e por ser como é um novo documento apresenta como título “Documento1”.
um formato universal, compatíveis com outros sistemas operacio- Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que
nais.
permite acessar alguns comandos mais rapidamente como salvar,
A maioria das distribuições Linux já vem com o pacote do
desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de
Ghost Script instalado e configurado, e quando você manda o co-
contexto (flecha para baixo) à direita dela.
mando de impressão para a sua impressora, através de qualquer
Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
software, desde editores de textos até editores de imagens, o Linux
Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir
já faz todo o trabalho de chamar o Ghost Script e comandar para
arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar o do-
que sua impressão saia correta na impressora, por isso o único tra-
cumento (permite adicionar propriedades ao documento, cripto-
balho que você tem ao imprimir seus arquivos é clicar no botão
grafar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos utilizar alguns
“Imprimir” do software que você estiver utilizando.
destes recursos no andamento de nosso curso.
Filas de Impressão
Impressoras são acessadas pelo Linux através de um me-
canismo de armazenamento temporário, como é comum ocorrer
em sistemas multitarefas, ou sejam, as tarefas de impressão ficam
armazenadas temporariamente em um arquivo e são processadas
Didatismo e Conhecimento 44
INFORMÁTICA
ABAS
Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os grupos de ferra-
mentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os usuários os principais comandos,
para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos possuem pequenas marcações na sua direita inferior.
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por exemplo, ao sele-
cionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemento selecionado.
Didatismo e Conhecimento 45
INFORMÁTICA
Trabalhando com documentos
Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto. Vamos digitar um pequeno texto conforme
abaixo:
Salvando Arquivos
É importante ao terminar um documento, ou durante a digitação do mesmo, quando o documento a ser criado é longo, salvar seu
trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em forma de arquivo em seu computador, pendrive, ou outro dispositivo de armaze-
namento. Para salvar seu documento, clique no botão salvar no topo da tela. Será aberta uma tela onde você poderá definir o nome, local e
formato de seu arquivo.
Observe na janela de salvar que o Word procura salvar seus arquivos na pasta Documents do usuário, você pode mudar o local do arqui-
vo a ser salvo, pela parte esquerda da janela. No campo nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do documento, como
o documento não possui um título, ele pega os primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável colocar um nome menor e que
se aproxime do conteúdo de seu texto. “Em Tipo a maior mudança, até versão 2003, os documentos eram salvos no formato”. DOC”, a partir
da versão 2010, os documentos são salvos na versão”. DOCX”, que não são compatíveis com as versões anteriores. Para poder salvar seu do-
cumento e manter ele compatível com versões anteriores do Word, clique na direita dessa opção e mude para Documento do Word 97-2003.
Didatismo e Conhecimento 46
INFORMÁTICA
Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo de novo, observe também que ele mostra uma relação de documentos recentes,
nessa área serão mostrados os últimos documentos abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será necessário localizar o
arquivo no local onde o mesmo foi salvo.
Didatismo e Conhecimento 47
INFORMÁTICA
Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro lo-
cal ou outro nome, clique no botão Office e escolha Salvar Como.
Visualização do Documento
Didatismo e Conhecimento 48
INFORMÁTICA
Colunas
Didatismo e Conhecimento 49
INFORMÁTICA
Selecionando Textos
Embora seja um processo simples, a seleção de textos é indis-
pensável para ganho de tempo na edição de seu texto. Através da
seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho e tipo de fonte,
etc.
Didatismo e Conhecimento 50
INFORMÁTICA
Copiar e Colar Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qual- mesma, porém com outra cor, ou então somente quando escrita em
quer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho CTRL+C maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
(copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro • Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pes-
grupo na ABA Inicio. quisa;
• Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada
exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
• Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não par-
te de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
• Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que
você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou *ão
o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão.
Este é um processo comum, porém um cuidado importante é • Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonori-
quando se copia texto de outro tipo de meio como, por exemplo, dade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras em
da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões de- inglês.
ferentes dos editores de texto. Ao copiar um texto da Internet, se • Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da
você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa e
em colar, é necessário clicar na setinha apontando para baixo no semelhantes estiverem marcadas.
botão Colar, escolher Colar Especial. • Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especifi-
cado como formatação.
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar.
A caixa de seleção usar caracteres curinga.
Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibi-
lidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA responsável
pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.
Formatação de Fonte
A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho
de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para formatar uma
palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é neces-
Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. sário selecionar o texto, se quiser formatar somente uma letra tam-
Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo, mar- bém é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível
que a opção Texto não formatado e clique em OK. o tipo de letra, tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir fon-
te, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao
Localizar e Substituir lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo, ao clicar
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela te- nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.
mos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção Subs-
tituir.
Didatismo e Conhecimento 51
INFORMÁTICA
Formatação de parágrafos
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte.
A principal regra da formatação de parágrafos é que indepen-
dente de onde estiver o cursor a formatação será aplicada em todo
o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais. Quando se trata de dois
ou mais parágrafos será necessárioselecionar os parágrafos a se-
rem formatados. A formatação de parágrafos pode ser localizada
na ABA Inicio, e os recuos também na ABA Layout da Página.
Didatismo e Conhecimento 52
INFORMÁTICA
Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos apenas
os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao clicar na Faixa
do grupo Parágrafos, será aberta a janela de Formatação de Pará-
grafos.
Bordas no parágrafo.
Didatismo e Conhecimento 53
INFORMÁTICA
Marcadores e Numeração Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:
Didatismo e Conhecimento 54
INFORMÁTICA
Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeça-
lho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé, clique
na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.
A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o
restante do documento fica em segundo plano. Tudo o que for inse-
rido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção
se você definiu seções diferentes nas páginas.
Didatismo e Conhecimento 55
INFORMÁTICA
Para aplicar números de páginas automaticamente em seu ca-
beçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o cui-
dado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele
aplicará o número da página no rodapé. Podemos também aplicar
cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta
que ambos estejam em seções diferentes do documento. O cuidado
é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular
ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho,
apenas deve-se clicar no botão Rodapé.
Inserindo Elementos Gráficos Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem
O Word permite que se insira em seus documentos arquivos em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e remover
gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções de inser- uma cor da imagem. Este recurso permite definir uma imagem
ção estão disponíveis na ABA Inserir. com fundo transparente. A opção Compactar Imagens permite dei-
xar sua imagem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
opção o Word mostra a seguinte janela:
Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem.
Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo nome no
grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o
arquivo de imagem em seu computador.
Didatismo e Conhecimento 56
INFORMÁTICA
Didatismo e Conhecimento 57
INFORMÁTICA
Clip Art
Didatismo e Conhecimento 58
INFORMÁTICA
Formas
Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua forma. A opção Imagem preenche sua forma com alguma imagem. A
opção Gradação permite aplicar tons de gradiente em sua forma.
Didatismo e Conhecimento 59
INFORMÁTICA
Na guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas cores e
Pré-definidas.
Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser aplicada,
se quer ela mais para o claro ou escuro, pode definir a transparên-
cia do gradiente e como será o sombreamento.
Didatismo e Conhecimento 60
INFORMÁTICA
A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas ao
preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões de preenchi-
mento e imagem permite aplicar uma imagem Após o grupo Esti-
los de Forma temos o grupo sombra e após ele o grupo Efeitos 3D.
SmartArt
Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalhado e cli- No grupo Layout podemos mudar a disposição de nosso or-
que em OK. Porém se o formato de seu documento for DOCX, a ganograma.
janela a ser mostrada será:
Didatismo e Conhecimento 61
INFORMÁTICA
O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite mudar
as cores e o estilo do organograma.
WordArt
Didatismo e Conhecimento 62
INFORMÁTICA
Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número variável
de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.
Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo
Ferramentas de Tabela.
Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite aplicar uma
formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão Desenhar Tabela transforma
seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as linhas da tabela.
Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA ao final, chamada
Layout, clique sobre essa ABA.
O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.
Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.
Didatismo e Conhecimento 63
INFORMÁTICA
Nesta janela existem quatro Guias.
A primeira é relativa à tabela, pode-se definir a largura da ta-
bela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao clicar no
botão Bordas e Sombreamento abre-se a janela de bordas e som-
breamento estudada anteriormente. Ao clicar em Opções é possí-
vel definir as margens das células e o espaçamento entre as células.
A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao clicar Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a
nessa opção será mostrada uma janela onde você deve definir em linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas como crité-
quantas linhas e colunas a célula será dividida. rios de classificação.
Didatismo e Conhecimento 64
INFORMÁTICA
O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos na tabela.
ABA Revisão
A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.
O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.
Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para veri-
ficação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:
• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em qualquer parte do texto.
• Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela não será
grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que ainda não façam parte do Word.
• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a corrigiu no
quadro superior.
• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que estejam da mesma forma no texto.
Impressão
Didatismo e Conhecimento 65
INFORMÁTICA
Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas a serem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibiliza uma grande
quantidade de estilos através do grupo estilos.
Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um estilo existente, ele aplica
o estilo ao parágrafo inteiro, porém se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado somente ao que foi selecionado.
Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Título2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado somente no texto, o
estilo está aplicado ao parágrafo, na linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do estilo foi somente no que estava selecionado.
Ao clicar no botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas definições de estilos através da opção Conjunto de Estilos.
Podemos também se necessário criarmos nossos próprios estilos. Clique na Faixa do grupo Estilo.
Didatismo e Conhecimento 66
INFORMÁTICA
Índices
Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normal-
mente aparece no inicio de documentos. A principal regra é que
todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a
um estilo. Clique no local onde você precisa que fique seu índice
e clique no botão Sumário. Serão mostrados alguns modelos de
sumário, clique em Inserir Sumário.
No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini que Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Cli-
ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele foi o que no botão Opções.
estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo parágrafo o
próximo será também corpo.
Abaixo definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na par-
te de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que
o mesmo está disponível somente a este documento. Ao finalizar
clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:
Didatismo e Conhecimento 67
INFORMÁTICA
LIBREOFFICE WRITER
O LibreOffice é uma uma suíte de aplicativos livre para es-
critório disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS
X; sua interface limpa e suas poderosas ferramentas libertam sua
criatividade e melhoram sua produtividade. LibreOffice incorpora
várias aplicações que a tornam a mais avançada suite office livre
e de código aberto do mercado. O processador de textos Writer, a
planilha Calc, o editor de apresentações Impress, a aplicação de
desenho e fluxogramas Draw, o banco de dados Base e o editor de
equações Math são os componentes do LibreOffice.
Janela Inicial
A Janela inicial aparece quando não houver documentos aber-
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos tos no LibreOffice. Ela é dividida em dois painéis. Clique num dos
presentes no documento, então é nela que você define quais estilos ícones para abrir um novo documento ou para abrir uma caixa de
farão parte de seu índice. diálogo de arquivo.
Didatismo e Conhecimento 68
INFORMÁTICA
Obs,.: Nem todos os arquivos mostrarão uma miniatura do seu Somos abertos a quem quiser colaborar com as nossas ativida-
conteúdo. No lugar, pode ser mostrado um ícone grande que repre- des, dentro de nossos valores básicos;
senta o tipo de arquivo.
Aceitamos colaboração corporativa, por exemplo, para nos
Histórico ajudar no custeio de colaboradores dentro da comunidade.
Uma empresa pequena e produtiva, chamada StarDivision, da Pelos motivos aqui elencados, doravante adotaremos LibreOf-
Alemanha, desenvolvia uma suíte de aplicativos para escritório. fice.org para nos referimos ao pacote, salvo menção em contrário.
A Sun, uma grande companhia de software, antevendo a briga pe-
las suítes de escritório, compra-a e absorve o trabalho da suíte, Formato Open Document
em 1999. Em 2000, a Sun liberou o código-fonte da suíte sob as O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS (“Or-
licenças LGPL/SISSL, com o nome comercial StarOffice 5.0. A ganization for the Advancement of Structured Information Stan-
comunidade Open Source lança, ainda em 2000, a primeira versão dards”), como um padrão aberto e padronizado.
livre do pacote (suíte) OpenOffice.org. ODF significa Open Document Format (Formato de docu-
No Brasil, houveram problemas com a marca OpenOffice.org. mento aberto) e é um conjunto de regras para a criação de diversos
Em 1998, uma empresa do Rio de Janeiro (BWS Informática) re- tipos de arquivos.
gistrou a marca “Open Office” junto ao INPI. Dado o sucesso da O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou a Star
marca / suíte OpenOffice.org, a companhia carioca que havia re- Division, que fabricava a suíte Star Office, e iniciou o projeto do
gistrado o nome Open Office perpetrou uma campanha de ameaças OpenOffice. Na época, foi criado um subcomitê na OASIS, que
de processos por uso indevido da sua marca, obrigando a comuni- incluiu profissionais de software livre e de empresas privadas, para
dade brasileira a adotar um novo nome: BrOffice.org. trabalhar com armazenamento de documentos, baseado na lingua-
gem aberta XML (eXtensible Markup Language) e tem suporte
Surgimento da TDF (The Document Foundation) em pacotes como OpenOffice / Br-Office.org, StarOffice, KOffice
Após algum tempo, nova reviravolta: a Sun é comprada pela e IBM WorkPlace.
Oracle, a conhecida gigante do mundo dos Bancos de Dados Cor- Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos com
porativos. Com a aquisição da Sun, no que tange a SL e suas espe- base nesse padrão e atualmente há mais de 40 aplicativos que po-
cificidades, a comunidade internacional se viu compelida a adotar dem manipular o ODF.
uma nova marca para a sua suíte, ao mesmo tempo aproveitando Como o ODF é um conjunto de especificações, para cada si-
todo o código-fonte existente do OpenOffice.org. Foi criada assim tuação é utilizada uma parte delas. Assim, se aplica a documentos
a OpenDocument Foundation, já contando com o aporte de im- de texto, gerando o formato odt, de cálculo (extensão ods) e de
portantes programadores de companhias como a IBM, Canonical, apresentações ( terminação odp).
BrOffice.org, Collabora, FSF (Free Software Foundation), dentre É norma ISO 26300 e ABNT NBR-26300.
muitas outras, além, é claro, de toda ajuda desta e de outras com-
panhias em questões extradesenvolvimento, como, por exemplo, Extensões ODF
questões jurídicas. Veja a relação completa de entidades endossan- Um documento ODF pode ter as seguintes extensões:
• odt: documentos de texto (text)
tes do TDF em http://www.documentfoundation.org/supporters/.
• ott: documentos de texto modelo (template text)
Espere-se que o LibreOffice.org difira bastante, no decorrer
• ods: planilhas eletrônicas (spreadsheets)
do seu longo e necessário processo de desmembramento e bifurca-
• ots: planilhas eletrônicas - modelo (template spread-
ção (fork), pelas razões aqui elencadas. A interface do LibreOffice.
sheets)
org já recebe, por ora, inúmeras sugestões de redesenho; o Projeto
• odp: apresentações (presentations)
Renaissance, por exemplo, que provê para o LibreOffice.org uma
• otp: apresentações - modelo (template presentations)
interface similar ao Ribbon, da suíte da Microsoft (Office 2007 em • odg: desenhos vetoriais (draw)
diante). • otg: desenhos vetoriais - modelo (template draw)
Dizer que a fundação BrOffice.org apoia a TDF é pouco pre- • odf: equações (formulae)
ciso: o BrOffice.org, junto com a fundação responsável pela suíte • odb: banco de dados (database)
OxigenOfice se fundem ao projeto TDF e passam a ser o mesmo • odm: documentos mestre (document master)
software. Se você executar o ícone do BrOffice.org e vir, ao invés
do logo do próprio, o logo com a palavra “LibreOffice.org”, não se Vantagens do ODF
assuste, pois é uma questão meramente cosmética. Na verdade, são A adoção do padrão ODF é uma garantia de preservação de
ambos o mesmo software. documentos eletrônicos sem restrição no tempo, um item muito
Ao visitar o sítio http://www.documentfoundation.org/ ver-se precioso na administração pública e privada de longo prazo. É só
-á o manifesto da fundação, que diz: imaginar o que pode acontecer se documentos não puderem ser li-
[TDF] É uma organização autônoma, independente e meri- dos após algum tempo, simplesmente porque a empresa proprietá-
tocrática, criada pelos líderes da Comunidade OpenOffice.org (a ria do tipo de arquivo resolveu mudar algo na criação ou na leitura
fundação, não a Oracle). de seus formatos.
Continuamos o trabalho de dez (10) anos da Comunidade Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será possível
OpenOffice.org; abrir documentos armazenados em ODF, o que pode não ocorrer
Fomos criados com a crença de que a cultura gerada em uma com arquivos binários e proprietários, que podem se transformar
organização independente agrega que há de melhor nos desenvol- em verdadeiros hieróglifos, cujo código pode não ser acessível em
vedores e provê aos clientes o que há de melhor em software; alguns anos.
Didatismo e Conhecimento 69
INFORMÁTICA
Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrência, pois LIBREOFFICE WRITER
permite adquirir software de mais de um fornecedor, já que o for- O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe
mato não é propriedade de uma empresa. permite criar documentos, como cartas, currículos, livros ou for-
Também possibilita que as pessoas tenham comunicabilidade mulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional
e interoperabilidade na troca de documentos. Obviamente, quando pacote Microsoft Office. Surgido a partir de um fork do OpenOf-
se usa um padrão aberto a sociedade é o maior beneficiário já que fice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto,
o texto digitado poderá ser lido por vários programas. criação de planilhas, apresentações de slides, desenhos, base de
Vários governos estão aprovando a preferência pelo uso de dados e ainda fórmulas matemáticas.
formatos abertos para trocar informações e textos. O ODF é o for- O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT,
mato escolhido para documentos pela Comunidade Europeia. OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF, SDW,
Portanto, várias outras empresas e instituições estão adotando VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.
ou estudando adotar o formato ODF para escrever documentos.
Ou, pelo menos, suportar em seus programas, evitando o favoreci- Formato Open Document
mento de qualquer fornecedor. No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (for-
É importante lembrar que os formatos de empresas como a mato do antigo StarWriter) para odt (Open document text), que
Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx) são fechados, pro- dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior
prietários, e seguem unicamente os desejos e prioridades daquela interoperabilidade entre as várias aplicações.
empresa. E que, evidentemente, o monopólio mundial de software Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Mi-
é contrário ao padrão aberto. Assim, essas empresas tentam impe- crosoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório: a
dir que os governos, instituições e quaisquer pessoas ou empresas compatibilidade ou a falta dela.
adotem o padrão ODF. É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice
já abriam e gravavam arquivos com a terminação doc. Entretanto,
Abrir um arquivo do Microsoft Office não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam al-
Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Microsoft gumas formatações.
Office na caixa de diálogo do LibreOffice. A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi norma-
O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo do lizar os tipos de documento, num formato conhecido por todos, o
LibreOffice odt.
MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer Layout
MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc
MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Impress
Didatismo e Conhecimento 70
INFORMÁTICA
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e
recuos. Cria um novo documento de
Barra de menus apresentação (LibreOffice
Impress). Se ativado,
Apresentação
Arquivo será exibida a caixa de
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um diálogo Assistente de
novo documento ou fecha o aplicativo. apresentações.
Abre o Assistente de
Bancos de dados para criar
Banco de dados
um arquivo de banco de
dados.
Cria um novo documento
Documento mestre
mestre.
Abre a caixa de
diálogo Etiquetas, para
-Novo: definir as opções para suas
Cria um novo documento do LibreOffice. Etiquetas etiquetas e, em seguida,
Escolha Arquivo - Novo cria um novo documento
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o tipo do de texto para as etiquetas
novo documento) (LibreOffice Writer).
Abre a caixa de
Novo diálogo Cartões de
visita para definir as opções
Tecla Ctrl+N Cartões de visita para os cartões de visita
Para criar um documento a partir de um modelo, escolha Novo e, em seguida, criar um
- Modelos. novo documento de texto
(LibreOffice Writer).
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de design
para um documento, incluindo estilos de formatação, planos de Criar um novo documento a
fundo, quadros, figuras, campos, layout de página e texto. Modelos
partir de um modelo.
Didatismo e Conhecimento 71
INFORMÁTICA
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os atalhos Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro de
das pastas locais ou remotas. modelo para salvar um modelo em qualquer outra pasta que não
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existentes em esteja na lista, então os documentos baseados nesse modelo não
que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e clique em Abrir. serão verificados.
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo, cada um Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo vin-
em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao clicar nos arquivos culado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o modelo foi
e, em seguida, clique em Abrir. modificado desde a última vez que foi aberto. Se o modelo tiver
Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de colu- sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá para você poder se-
na. Para inverter a ordem de classificação, clique novamente. lecionar os estilos que devem ser aplicados ao documento.
Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do mouse Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento, clique
sobre ele e, em seguida, escolha Excluir. em Sim.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão direito Para manter os estilos que estão sendo usados no documento,
do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Renomear. clique em Não.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho Se um documento tiver sido criado por meio de um modelo
para o arquivo. Você também pode inserir um URL que começa
que não possa ser encontrado, será mostrada uma caixa de diálogo
com o nome de protocolo ftp, http, ou https.
perguntando como proceder na próxima vez em que o documento
Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome do ar-
for aberto.
quivo para filtrar a lista de arquivos exibida.
Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em uma Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo que está
pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão de arquivo faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOffice procurará o
de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir. Utilize o caractere modelo na próxima vez que você abrir o documento.
curinga ponto de interrogação (?) para representar qualquer carac-
tere, como em (??3*.txt), o que só exibe arquivos de texto com um - Documentos recentes
‘3’ como terceiro caractere no nome do arquivo. Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir um
O LibreOffice possui uma função autocompletar que se ativa arquivo da lista, clique no nome dele.
sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por exemplo, entre
~/a no campo da URL e a função autocompletar exibe o primei- - Assistentes
ro arquivo ou o primeiro diretório encontrado no seu diretório de Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, fax,
usuário que começa com a letra “a”. agendas, apresentações, etc.
Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos e dire-
tórios. Utilize a seta para a direita para exibir também um subdire- - Fechar
tório existente no campo da URL. A função autocompletar rápida Fecha o documento atual sem sair do programa.
está disponível se você pressionar a tecla End após inserir parte Escolha Arquivo - Fechar
da URL. Uma vez encontrado o documento ou diretório desejado, O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do docu-
pressione Enter. mento atual.
Versão: Se houver várias versões do arquivo selecionado, se- Se foram efetuadas alterações no documento atual, você será
lecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar e organizar vá- perguntado se deseja salvar as lterações.
rias versões de um documento, escolhendo Arquivo - Versões. As
versões de um documento são abertas em modo somente leitura. Ao fechar a última janela de documento aberta, aparecerá a
Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja abrir Tela inicial.
ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista de todos
os arquivos na pasta. - Salvar
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s).
Salva o documento atual.
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo escolhendo
Escolha Arquivo - Salvar
Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. Insere no
Ctrl+S
documento atual, na posição do cursor, o arquivo selecionado.
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente leitura. Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reconhece
modelos localizados em qualquer uma das seguintes pastas: Salvar
• Pasta de modelos compartilhados
• Pasta de modelos do usuário em Documents and Set- Salvar como: Salva o documento atual em outro local ou com
tingsno diretório inicial do usuário um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente. Escolha Arquivo
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferramentas - - Salvar como
Opções - LibreOffice - Caminhos
Didatismo e Conhecimento 72
INFORMÁTICA
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato em um
local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Visualizar impressão
Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a visua-
lização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão para fo-
lhear as páginas do documento ou para imprimir o documento.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho Você também pode pressionar as teclas Page Up e Page Down
para o arquivo. Você também pode inserir um URL para folhear as páginas.
• Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo para o Obs: Não é possível editar seu documento enquanto estiver na
documento que você está salvando. Na área de exibição, serão exi- visualização de impressão.
bidos somente os documentos com esse tipo de arquivo.
• Salvar com senha: Protege o arquivo com uma senha que - Imprimir
deve ser digitada para que o usuário possa abrir o arquivo. Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas que você
especificar. Você também pode definir as opções de impressão para
Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice que o documento atual. Tais opções variam de acordo com a impresso-
foram modificados. ra e com o sistema operacional utilizado.
Escolha Arquivo - Imprimir
- Recarregar Ctrl+P
Substitui o documento atual pela última versão salva. Na Barra de ferramentas, clique em
Todos as alterações efetuadas após o último salvamento serão
perdidas. - Configuração da impressora
Escolha Arquivo - Recarregar Selecione a impressora padrão para o documento atual.
Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impressora
- Versões Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para salvar
Salva e organiza várias versões do documento atual no mes- as modificações.
mo arquivo. Você também pode abrir, excluir e comparar versões - Sair
anteriores. Escolha Arquivo - Sair
Escolha Arquivo - Versões Ctrl+Q
Novas versões - Define as opções para salvar uma nova versão
do documento.
Didatismo e Conhecimento 73
INFORMÁTICA
Editar Ctrl+V
- Colar especial
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo atual em
um formato que você pode especificar.
Escolha Editar - Colar especial
- Selecionar texto
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto somente
leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar texto ou abra o
menu de contexto de um documento somente leitura e escolha Se-
lecionar texto. O cursor de seleção não fica intermitente.
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o modo
de edição.
- Modo de seleção
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de seleção nor-
mal, ou modo de seleção por bloco.
- Selecionar tudo
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou objeto de
texto atual.
Escolha Editar - Selecionar tudo
Ctrl+A
- Alterações
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear as alte-
rações em seu arquivo.
- Comparar documento
Compara o documento atual com um documento que você
Este menu contém comandos para editar o conteúdo do docu- seleciona.
mento atual.
- Localizar e substituir
- Desfazer Procura ou substitui textos ou formatos no documento atual.
Desfaz o último comando ou a última entrada digitada. Para Escolha Editar - Localizar e substituir
selecionar o comando que deseja desfazer, clique na seta ao lado Ctrl+H
do ícone Desfazer na barra de ferramentas Padrão. Na Barra de ferramentas, clique em
- Refazer - Autotexto
Reverte a ação do último comando Desfazer. Para selecionar a Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar texto
etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta ao lado do ícone formatado, texto com figuras, tabelas e campos como Autotexto.
Refazer na barra de ferramentas Padrão. Para inserir Autotexto rapidamente, digite o atalho do Autotexto
no documento e pressione F3.
- Repetir Escolha Editar – Autotexto
Repete o último comando. Esse comando está disponível no Ctrl+F3
Writer e no Calc.
- Trocar banco de dados
- Recortar Altera a fonte de dados do documento atual. Para exibir cor-
Remove e copia a seleção para a área de transferência. retamente o conteúdo dos campos inseridos, o banco de dados que
foi substituído deve conter nomes de campos idênticos.
- Copiar
Copia a seleção para a área de transferência. - Campos
Escolha Editar - Copiar Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as proprie-
Ctrl+C dades de um campo. Clique antes de um campo e selecione este
comando. Na caixa de diálogo, você pode usar as setas para ir para
- Colar o próximo campo ou voltar para o anterior.
Insere o conteúdo da área de transferência no local do cursor,
e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
Escolha Editar - Colar
Didatismo e Conhecimento 74
INFORMÁTICA
- Notas de rodapé - Layout de impressão
Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim selecio- Exibe a forma que terá o documento quando este for impresso.
nada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota de fim e, em
seguida, escolha este comando. - Layout da Web
- Entrada de índice Exibe o documento como seria visualizado em um navegador
Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da entrada da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos HTML.
de índice ou na própria entrada e, em seguida, escolha este co-
mando. - Código-fonte HTML
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para exi-
- Entrada bibliográfica bir o código fonte HTML de um novo documento, é necessário
Edita a entrada bibliográfica selecionada. primeiro salvar o novo documento como um documento HTML.
- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta somen-
te a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a impressão des-
ses parágrafos.
- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice e per-
mite que você gerencie o conteúdo deles.
- Navegador
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para aces-
sar rapidamente diferentes partes do documento e para inserir ele-
mentos do documento atual ou de outros documentos abertos, bem
como para organizar documentos mestre. Para editar um item do
Didatismo e Conhecimento 75
INFORMÁTICA
Navegador, clique com o botão direito do mouse no item e, em - Cabeçalho
seguida, escolha um comando do menu de contexto. Se preferir, Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página que
você pode encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho. você selecionar no submenu. O cabeçalho é adicionado a todas as
- Tela inteira páginas que usam o mesmo estilo de página. Em um novo docu-
Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas no Writer mento, é listado apenas o estilo de página “Padrão”. Outros estilos
ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira, clique no botão Ati- de páginas serão adicionados à lista depois que você aplicá-los ao
var/Desativar tela inteira. documento.
- Rodapé
- Zoom Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página selecio-
Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice. nado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as páginas que
usam o mesmo estilo. Em um novo documento, somente o estilo
Inserir de página “Padrão” é listado. Outros estilos serão adicionados à
O menu Inserir contém os comandos necessários para inserir lista depois que forem aplicados ao documento.
novos elementos no seu documento. Isso inclui seções, notas de
rodapé, anotações, caracteres especiais, figuras e objetos de outros - Nota de rodapé / Nota de fim
aplicativos. Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no documen-
to. A âncora para a nota será inserida na posição atual do cursor.
Você pode escolher entre numeração automática ou um símbolo
personalizado.
- Legenda
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, quadro, qua-
dro de texto ou objeto de desenho selecionado. Você também pode
acessar este comando clicando com o botão direito do mouse no
item ao qual deseja adicionar a legenda.
- Marcador
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Navegador
- Quebra manual para saltar rapidamente para a posição indicada em outra hora. em
Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de página na um documento HTML, os indicadores são convertidos em âncoras
posição atual em que se encontra o cursor. para você navegar através de hyperlinks.
- Campos - Referência
Insere um campo na posição atual do cursor. O submenu lista Esta é a posição em que você insere as referências ou os cam-
os tipos de campos mais comuns. Para exibir todos os campos dis- pos referidos no documento atual. As referências são os campos
poníveis, escolha Outro. referidos no mesmo documento ou em subdocumentos de um do-
cumento mestre.
- Caractere especial
Insere caracteres especiais a partir das fontes instaladas. - Anotação
Insere uma anotação.
- Marca de formatação
Abe um submenu para inserir marcas especiais de formatação. - Script
Ative o CTL para mais comandos. Insere um script na posição atual do cursor em um documento
HTML ou de texto.
- Seção
Insere uma seção de texto no mesmo local em que o cursor - Índices e índices gerais
está posicionado no documento. Também é possível selecionar um Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir índices
bloco de texto e, em seguida, escolher esse comando para criar e tabelas.
uma seção. Use as seções para inserir blocos de texto de outros do-
cumentos, para aplicar layouts de colunas personalizados ou para - Envelope
proteger ou ocultar os blocos de texto quando uma condição for Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar o des-
atendida. tinatário e o remetente, a posição e o formato de ambos os endere-
ços, o tamanho e a orientação do envelope.
- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e edite - Quadro
hiperlinks. Insere um quadro que você pode usar para criar um layout
com uma ou mais colunas de texto e objetos.
Didatismo e Conhecimento 76
INFORMÁTICA
- Tabela - Marcadores e numeração
Insere uma tabela no documento. Você também pode clicar na Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual e per-
seta, arrastar o mouse para selecionar o número de linhas e colunas mite que você edite o formato da numeração ou dos marcadores.
a serem incluídas na tabela e, em seguida, clicar na última célula.
- Página
- Figura Especifique os estilos de formatação e o layout do estilo de
Selecione a origem da figura que deseja inserir. página atual, incluindo margens da página, cabeçalhos, rodapés e
- Objeto de desenho o plano de fundo da página.
Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio utilize - Alterar caixa
Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo. Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor estiver
no meio de uma palavra e não houver texto selecionado, então a
- Quadro flutuante palavra será a seleção.
Insere um quadro flutuante no documento atual. Quadros flu-
tuantes são utilizados em documentos HTML para exibir conteúdo - Guia fonético asiático
de outro arquivo. Permite que você adicione comentários sobre caracteres asiá-
ticos para serem usados como manual de pronúncia.
- Áudio ou vídeo
Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento. - Colunas
Especifica o número de colunas e o layout de coluna para um
- Arquivo estilo de página, quadro ou seção.
Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.
- Seções
Formatar Altera as propriedades das seções definidas no documento.
Contém comandos para formatar o layout e o conteúdo de seu Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique no documento
documento. e, em seguida, escolha Inserir - Seção.
- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, editar,
adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas vezes para
aplicar o estilo.
- Autocorreção
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as opções
definidas em Ferramentas - Opções da autocorreção.
- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto selecionado.
- Quebra Automática
Define as opções de quebra automática de texto para figuras,
objetos e quadros.
- Alinhar (objetos)
Alinha os objetos selecionados em relação a outro.
Didatismo e Conhecimento 77
INFORMÁTICA
- Objeto Célula
Abre um submenu para editar propriedades do objeto sele- Seleciona a célula atual.
cionado.
- Mesclar células
- Quadro Combina o conteúdo das células selecionadas da tabela em
Insere um quadro que você pode usar para criar um layout uma única célula.
com uma ou mais colunas de texto e objetos.
- Dividir tabela
Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na posição do
cursor. Você também pode clicar com o botão direito do mouse em
uma célula da tabela para acessar este comando.
- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, incluindo
fontes, sombreamento e bordas.
Autoajustar
Largura da coluna
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar a lar-
gura de uma coluna.
- Inserir
Tabela - Largura de coluna ideal
Insere uma nova tabela. Ajusta automaticamente a largura das colunas para coincidir
com o conteúdo das células. A alteração da largura de uma coluna
Colunas não afeta a largura das outras colunas na tabela. A largura da tabela
Insere colunas. não pode exceder a largura da página.
Didatismo e Conhecimento 78
INFORMÁTICA
Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subsequentes - Verificação ortográfica
quando a tabela se estende por uma ou mais páginas. Verifica a ortografia manualmente.
Converter
Texto em tabela - Idioma
Abre uma caixa de diálogo para poder converter em tabela o Abre um submenu para escolher comandos específicos do
texto selecionado. idioma.
- Contagem de palavras
Tabela para texto Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços, na sele-
Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela atual em ção atual, e em todo o documento. A contagem é mantida atualiza-
texto. da enquanto digita, ou altera a seleção.
- Numeração da estrutura de tópicos
Classificar Especifica o formato de número e a hierarquia para a numera-
Classifica alfabeticamente ou numericamente os parágrafos ção de capítulos no documento atual.
ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir até três cha-
ves de classificação bem como combinar chaves alfabéticas com - Numeração de linhas
numéricas. Adiciona ou remove e formata números de linha no documen-
to atual. Para desativar a numeração de linhas em um parágrafo,
Fórmula clique no parágrafo, escolha Formatar - Parágrafo, clique na guia
Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma fórmula. Numeração e, em seguida, desmarque a caixa de seleção Incluir
este parágrafo na numeração de linhas
Formato numérico
Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato de nú- - Notas de rodapé
meros na tabela. Especifica as configurações de exibição de notas de rodapé e
notas de fim.
Limites da tabela
Mostra ou oculta os limites em torno das células da tabela. Os - Galeria
limites só são visíveis na tela e não são impressos. Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e sons
Propriedades da tabela para inserir em seu documento.
Especifica as propriedades da tabela selecionada, como, por
exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, largura da coluna, - Banco de dados bibliográfico
bordas e plano de fundo. Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de dados
bibliográfico.
Ferramentas
Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma galeria de - Assistente de Mala Direta
objetos artísticos que podem ser adicionados ao documento, bem Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-modelo ou
como ferramentas para configurar menus e definir preferências do enviar mensagens de e-mail a vários destinatários.
programa.
- Classificar
Classifica alfabeticamente ou numericamente os parágrafos
ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir até três cha-
ves de classificação bem como combinar chaves alfabéticas com
numéricas.
- Calcular
Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado para a área
de transferência.
- Atualizar
Atualiza os itens do documento atual com conteúdo dinâmico,
como campos e índices.
- Player de mídia
Abre a janela do Player de mídia, para poder visualizar arqui-
vos de vídeo e áudio e inseri-los no documento atual.
- Macros
Permite gravar, organizar e editar macros.
Didatismo e Conhecimento 79
INFORMÁTICA
- Gerenciador de extensão Barras de ferramentas
O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desativa, ativa e
atualiza extensões do LibreOffice. Barra de objetos de texto
- Filtros XML Contém comandos de formatação para o texto de um objeto
Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML, onde de desenho. A barra Objetos de texto aparece quando você faz um
você pode criar, editar, excluir e testar filtros para importar e ex- duplo clique dentro de um objeto de desenho.
portar arquivos XML. - Nome da fonte
- Opções da Autocorreção Permite que você selecione um nome de fonte na lista ou digi-
Configura as opções para substituir texto automaticamente ao te um nome de fonte diretamente.
digitar. Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto-e-vírgu-
las. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em sucessão se as
- Personalizar fontes anteriores não estiverem disponíveis.
Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferramentas e
atribuições de macros do LibreOffice para eventos.
Nome da fonte
- Opções
Este comando abre uma caixa de diálogo para configuração - Tamanho da fonte
personalizada do programa. Permite que você escolha entre diferentes tamanhos de fonte
na lista ou que digite um tamanho manualmente.
Janela
- Negrito
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o cursor
estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negrito. Se a seleção
ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.
Negrito
Contém comandos para manipulação e exibição de janelas de
- Itálico
documentos.
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cursor es-
tiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se a seleção ou
- Nova janela
palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.
Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da janela atual.
Você pode agora ver diferentes partes do mesmo documento ao
mesmo tempo. Itálico
- Fechar a janela - Sublinhado
Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela, ou pres- Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado do texto
sione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do LibreOffice Wri- selecionado.
ter e Calc, você pode fechar a janela ao clicar no botão Fechar
visualização.
Sublinhado
- Lista de documentos
Lista os documentos abertos no momento atual. Selecione o - Sobrescrito
nome de um documento na lista para alternar para esse documento. Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e levanta o
texto acima da linha de base.
Ajuda
O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema de Aju- Sobrescrito
da do LibreOffice.
- Subscrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e posiciona o
texto abaixo da linha de base.
Subscrito
Didatismo e Conhecimento 80
INFORMÁTICA
- Esquerda - Parágrafo
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem esquer- Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinhamento e
da da página. espaçamento de linha para o parágrafo selecionado.
Alinhar à direita
- Justificar
Alinha os parágrafos selecionados às margens esquerda e di-
reita da página. Se preferir, você pode especificar as opções de
alinhamento para a última linha de um parágrafo, escolhendo For-
matar - Parágrafo - Alinhamento.
Justificado
A maneira mais fácil de inserir texto no documento é digitar
- Suporte a idiomas asiáticos o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção corrige automa-
Esses comandos só podem ser acessados após ativar o suporte ticamente possíveis erros de ortografia comuns, como “catra” em
para idiomas asiáticos em Ferramentas - Opções - Configurações vez de “carta”.
de idioma - Idiomas. Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta palavras
longas enquanto você digita. Ao começar a digitar novamente a
- Texto escrito da esquerda para a direita mesma palavra, o
Especifica a direção horizontal do texto. LibreOffice.org completa automaticamente a palavra. Para
aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitando.
Direção do texto da esquerda para a direita Dica – Para desativar as ferramentas de completar e substituir
automaticamente procure na ajuda on-line os seguintes termos:
- Texto escrito de cima para baixo • Função de AutoCorreção
Especifica a direção vertical do texto. • Função de AutoEntrada
• Completar palavras
• Reconhecimento de números
Texto escrito de cima para baixo • Função de AutoFormatação
Didatismo e Conhecimento 81
INFORMÁTICA
• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em qual- -Para inserir um documento de texto
quer lugar na frase. Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento de texto
• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes em no documento do Writer, desde que o formato do arquivo seja co-
qualquer lugar na palavra. nhecido pelo LibreOffice.org.
• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, selecione Etapas
o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione outro tre- 1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir o texto.
cho de texto. 2. Escolha Inserir – Arquivo.
Selecionando texto com o teclado 3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em Inserir.
• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A. Localizando e substituindo texto
• Para selecionar uma única palavra em um dos lados do cur- Você pode usar o recurso Localizar e substituir no LibreOffi-
sor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pressione a seta ce.org Writer para procurar e substituir palavras em um documento
para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. de texto.
• Para selecionar um único caractere em um dos lados do cur- - Para localizar e substituir texto
sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a seta para a
esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para selecionar mais de um
caractere, mantenha pressionada a tecla Shift enquanto pressiona
a tecla de direção.
• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda do cur-
sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do cursor,
mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla End.
Didatismo e Conhecimento 82
INFORMÁTICA
Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone AutoOr-
tografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando esse recurso
está ativado, uma linha vermelha ondulada marca possíveis erros
ortográficos.
Didatismo e Conhecimento 83
INFORMÁTICA
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte. • Índices
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone • Notas
Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a
diferença desses dois ícones.
Usando o navegador
Didatismo e Conhecimento 84
INFORMÁTICA
3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, cli- Marcadores e numeração
que em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique em Para adicionar marcadores
OK. Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicionar
marcadores.
Didatismo e Conhecimento 85
INFORMÁTICA
Clique no primeiro parágrafo do documento. Para aplicar um estilo de página diferente na primeira página
Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto. Clique na primeira página do documento.
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página para Escolha Formatar - Estilos e formatação.
poder definir o novo Número da página. Clique em OK. Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos de pá-
gina.
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”.
A página de título apresentará o estilo “Primeira página” e as
páginas seguintes apresentarão automaticamente o estilo “Padrão”.
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé somente para
o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés em ambos estilos
de página, mas com os campos de número de página formatados
de modo diferente.
Didatismo e Conhecimento 86
INFORMÁTICA
F2 - Barra de fórmulas Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com várias
Ctrl+F2 - Insere campos colunas
F3 - Completa o autotexto Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração numa
Ctrl+F3 - Edita o autotexto lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista.
F4 - Abre a exibição da fonte de dados
Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois de uma
F5 - Ativar/Desativar o Navegador seção ou antes de uma tabela.
Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da página Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
F7 - Verificação ortográfica Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos com seleção
F8 - Modo de extensão Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra
Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à esquerda, uma
Shift+F8 - Modo de seleção adicional palavra de cada vez
Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco Seta para a direita - Move o cursor para a direita
F9 - Atualiza os campos Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita com
Ctrl+F9 - Mostra os campos seleção
Shift+F9 - Calcula a tabela Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima palavra
Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de entrada Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma pala-
Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis vra de cada vez
F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
Shift+F11 - Cria um estilo Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para cima
Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do pará-
Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo grafo anterior
F12 - Ativar numeração CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do parágra-
Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela fo. Ao repetir, estende a seleção até o início do parágrafo anterior
Shift+F12 - Ativa marcadores Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para baixo
Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do parágra-
Teclas de atalho para o LibreOffice Writer fo.
Teclas de atalho - Efeito CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do parágrafo.
Ctrl+A - Selecionar tudo Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo parágrafo
Ctrl+J - Justificar Home - Vai até o início da linha
Ctrl+D - Sublinhado duplo Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
Ctrl+E - Centralizado End - Vai até o fim da linha
Ctrl+H - Localizar e substituir End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+L - Alinhar à esquerda Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início do do-
Ctrl+R - Alinhar à direita cumento
Ctrl+Shift+B - Subscrito Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+Y - Refaz a última ação Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do docu-
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão mento
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1 Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o cabeçalho
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2 Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o rodapé
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3 Insert - Ativa / Desativa modo de inserção
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4 PageUp - Move uma página da tela para cima
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5 Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima com se-
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia o resul- leção
tado para a área de transferência. PageDown - Move uma página da tela para baixo
Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização definida Shift+PageDown - Move uma página da tela para baixo com
pelo usuário. seleção
Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional (não uti- Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra
lizado na hifenização) Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra
Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado numérico) Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pará-
- Executar campo de macro grafo atual
Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses espa- Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase
ços não serão usados para hifenização nem serão expandidos se o Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da frase
texto estiver justificado. Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra automa-
Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de parágrafo ticamente
Ctrl+Enter - Quebra manual de página
Didatismo e Conhecimento 87
INFORMÁTICA
Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Completar
palavra automaticamente
Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transferência
como texto sem formatação.
Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta combi-
nação para encaixar ou desencaixar rapidamente a janela do Nave-
gador, a janela Estilos e Formatação ou outras janelas.
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
MICROSOFT EXCEL E
BROFFICE CALC.
Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova planilha,
excluir uma planilha existente, renomear uma planilha, mover ou
copiar essa planilha, etc...
MS EXCEL
O Excel é uma das melhores planilhas existentes no mercado.
As planilhas eletrônicas são programas que se assemelham a uma Movimentação na planilha
folha de trabalho, na qual podemos colocar dados ou valores em Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movimen-
forma de tabela e aproveitar a grande capacidade de cálculo e tar o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada. A mo-
armazenamento do computador para conseguir efetuar trabalhos vimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.
que, normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um clique
e papel. A tela do computador se transforma numa folha onde em cima dela e observe que a célula na qual você clicou é mostrada
podemos observar uma série de linhas (números) e colunas como referência na barra de fórmulas.
(letras). A cada encontro de uma linha com uma coluna temos uma
célula onde podemos armazenar um texto, um valor, funções ou
fórmula para os cálculos. O Excel oferece, inicialmente, em uma
única pasta de trabalho três planilhas, mas é claro que você poderá
inserir mais planilhas conforma sua necessidade.
Interface
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos Office,
com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direita. O que
muda são alguns grupos e botões exclusivos do Excel e as guias de
planilha no rodapé à esquerda:
Guias de Planilha
Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de planilha, Se precisar selecionar células alternadamente, clique sobre a
estas guias permite que se possa em um único arquivo armazenar primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e vá clicando
mais de uma planilha, inicialmente o Excel possui três planilhas, nas que você quer selecionar.
e ao final da Plan3 temos o ícone de inserir planilha que cria uma
nova planilha. Você pode clicar com o botão direito do mouse em
uma planilha existente para manipular as planilhas.
Didatismo e Conhecimento 88
INFORMÁTICA
Dê um nome ao seu arquivo, defina o local onde ele deverá ser
salvo e clique em Salvar, o formato padrão das planilhas do Excel
2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls para manter compatibilida-
de com as versões anteriores é preciso em tipo definir como Pasta
de Trabalho do Excel 97 – 2003.
Para abrir um arquivo existente, clique no botão Office e de-
pois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre ele e depois
em abrir.
Operadores e Funções
Didatismo e Conhecimento 89
INFORMÁTICA
Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me traria o re-
sultado, porém bastaria alterar o valor da quantidade ou o V. unitá-
rio que eu precisaria fazer novamente o cálculo. O correto é então
é fazer =A4*C4 com isso eu multiplico referenciando as células,
independente do conteúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que
ali se tenha um número.
Didatismo e Conhecimento 90
INFORMÁTICA
No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com o sinal de igual (=),
escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a última célula a ser somada, este
intervalo é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.
Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel possui um assistente de função que facilita e muito a utilização das mesmas
em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo Edição existe o botão de função.
A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e clique no botão de função.
Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu cálculo.
Formatação de células
A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula onde será aplicada
a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.
Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas de grade, cor de
preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.
Didatismo e Conhecimento 91
INFORMÁTICA
Didatismo e Conhecimento 92
INFORMÁTICA
Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente selecione
todas as células de valores em moeda. Você pode utilizar a janela
de formatação como vimos antes, como pode também no grupo
Número clicar sobre o botão moeda.
Estilos
Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um for-
mato pré-definido a uma planilha selecionada. Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de colu-
nas e abre uma nova ABA chamada Design
Didatismo e Conhecimento 93
INFORMÁTICA
No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a opção Li-
nhas de Cabeçalho.
Para poder manipular também os dados de sua planilha é ne-
cessário selecionar as células que pretende manipular como pla-
nilha e no grupo Ferramentas clique no botão Converter em In-
tervalo.
Inserção de linhas e colunas Algumas planilhas quando muito longas necessitam que se-
Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel é sim- jam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se assim
ples. Para adicionar, basta clicar com o botão direito do mouse em a digitação de valores em locais errados. Esse recurso chama-se
uma linha e depois clicar em Inserir, a linha será adicionada acima congelar painéis e está disponível na ABA exibição.
da selecionada, no caso a coluna será adicionada à esquerda. Para
excluir uma linha ou uma coluna, basta clicar com o botão direito
na linha ou coluna a ser excluída.
Este processo pode ser feito também pelo grupo Células que
está na ABA inicio.
Didatismo e Conhecimento 94
INFORMÁTICA
No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na opção congelar primeira linha e mesmo que você role a tela a primeira linha
ficará estática.
Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova janela da planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, podemos organizar as janelas
abertas clicando no botão Organizar Tudo,
,Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas de grade, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra de formulas.
Didatismo e Conhecimento 95
INFORMÁTICA
Didatismo e Conhecimento 96
INFORMÁTICA
Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua célula.
Didatismo e Conhecimento 97
INFORMÁTICA
Função SE
Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura o pro- Esta é com certeza uma das funções mais importantes do Ex-
cesso é o mesmo. cel e provavelmente uma das mais complexas para quem está ini-
ciando.
Média
Esta função retorna um valor de teste_lógico que permite ava-
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores. liar uma célula ou um cálculo e retornar um valor verdadeiro ou
Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os um valor falso.
valores médios nas características de nossos atletas.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade Sua sintaxe é =SE (TESTELÓGICO;VALOR
na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função =ME- VERDADEIRO;VALOR FALSO).
DIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo =SE - Atribuição de inicio da função;
das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula;
VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na célula
quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra célula, um
caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um
texto deverá estar entre aspas.
Didatismo e Conhecimento 98
INFORMÁTICA
VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quando o Nossa planilha ficará da seguinte forma.
teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo, um número
ou um texto, apenas lembrando que se for um texto deverá estar
entre aspas.
Para exemplificar o funcionamento da função vamos acres-
centar em nossa planilha de controle de atletas uma coluna cha-
mada categoria.
Didatismo e Conhecimento 99
INFORMÁTICA
Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em nossa
planilha quantos atletas temos em cada categoria.
Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.
Inserção de Objetos
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos estão na ABA Inserir.
Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.
Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.
Gráficos
A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de mostrar resultados.
As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel
Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas para criarmos
nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.
Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no exemplo cliquei
no estilo de gráfico de colunas.
Dados
O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite importar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de uma planilha do Excel
Classificação
Você precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.
Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha de títulos em nossa
planilha e clique em OK.
Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.
Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com seus dados sele-
cionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha uma seta.
Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na categoria Profissional,
eu faço um novo filtro na coluna Categoria.
Observe que as colunas que estão com filtro possuem um ícone em forma de funil no lugar da seta.
Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos com filtro e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus filtros através da opção Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da célula for um
número).
Subtotais
Podemos agrupar nossos dados através de seus valores, vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo dos atletas relacionado
com a idade.
Impressão
O processo de impressão no Excel é muito parecido com o que
fizemos no Word.
Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha Visua-
lizar Impressão.
Barra de fórmulas
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for-
- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células matar e escolha Formatar - Células.
Etapas Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar. 2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formata-
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3. ção.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação. Guia Números
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e Altera a formatação de números nas células, como a alteração
clique em OK. do número de casas decimais exibidas
Formatando células manualmente
Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula, Guia Fonte
como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra Formatar Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na
objeto. célula
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapida- Guia Efeitos de fonte
mente a células individuais ou intervalos de células. Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tachado ou
Etapas alto-relevo do texto
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for- Guia Alinhamento
matar. Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no inte-
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde rior das células
à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas Guia Bordas
Nome da fonte ou Tamanho da fonte. Altera as opções de bordas das células
- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo For- Guia Proteção de célula
matar células Protege o conteúdo das células no interior de folhas protegi-
Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Ob- das.
jeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.
3. Clique em OK.
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os ícones, Trabalhando com colunas e linhas
clique no ícone de Conteúdo. Clique neste ícone de novo para Inserindo colunas e linhas
exibir a lista. Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou em gru-
pos.
Renomeando folhas
O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde X é um
número. Apesar disso funcionar para pequenas planilhas com pou-
cas folhas, pode tornar-se complicado quando temos muitas folhas.
Para colocar um nome mais conveniente a uma folha, você
pode:
• Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a folha, ou
• Clicar com o botão direito do mouse e escolher a opção Re-
nomear Planilha no menu de contexto e trocar o nome atual por
um de sua escolha.
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de diálo-
go Renomear Planilha.
Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda
da qual quer congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de conge-
lamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da
linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que quer
congelar.
Utilizando quebras manuais de linha Clique em Janela → Congelar.
Para inserir uma quebra manual de linha enquanto digita den- Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célu-
tro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando for editar o texto, la e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você rolar a tela,
primeiro clique duas vezes na célula, depois um clique na posição tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá
onde você quer quebrar a linha. Quando uma quebra manual de à vista.
linha é inserida, a largura da célula não é alterada.
Descongelando
Encolhendo o texto para caber na célula Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela →
O tamanho da fonte pode ser ajustado automaticamente para Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desaparecerá.
caber na célula. Para isso, clique com o botão direito na célula a ser
formatada e clique em Formatar Células → na aba Alinhamento Dividindo a tela
marque o campo Reduzir para caber na célula. Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou
Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o con- dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal, quanto
teúdo da célula na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até
A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo tempo.
que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula. Para isso, Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha
clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em grande, e uma das células tem um número que é utilizado em ou-
Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK. tras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode al-
terar o valor da célula que contém o número e verificar nas outras
células as alterações sem perder tempo rolando a barra.
Comandos / Instruções
Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de as-
sistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc, onde
encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecio-
namos as células que pertencerá determinada função selecionada.
Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedi-
mentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter
a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o seu resulta-
do, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5. Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fór- Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas:
mulas. Veja a figura abaixo.
Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo
Figura 59: Tabela Demonstrativa da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso selecio-
ne o rotulo “Produto”.
Classificação e filtragem de dados Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classifi-
Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmen- cação na ordem crescente das letras, mais conhecida como ordem
te nos deparamos com algum problema em relação a ordem e a alfabética. 5- Por fim clique em OK.
busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas
funções que o LibreOffice.org Calc oferece afim de resolver esses
e outros problemas de classificação e filtragem de dados.
Classificação de dados
Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená
-los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados possam
ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabe-
la e que tenha sido desenvolvida na forma de banco de dados, ou
seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe Tabela classificada em ordem alfabética
ou tipo, que deverá estar descrita no rotulo de cada coluna.
Classificação por até três Critérios
Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizan-
do-se até de três campos, onde cada campo representa uma infor-
mação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando
queremos classificar os produtos em ordem alfabética, esta que
realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mes-
mo nome o critério de classificação é valor total ou qualquer ou-
tro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela
abaixo.
Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem
crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para os nu-
mero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora
a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos realiza o proce-
dimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna
“Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecio-
nar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que
será exibida a caixa Classificar. Tabela exemplo para classificação por três critérios
Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Mar-
ca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos seguir
os procedimentos abaixo.
Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção consi-
dera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras porém
com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes.
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da clas-
sificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção. A opção
Classificação por três critérios.
Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a
No menu desdobrável Classificar por, selecione o rotulo
função dessa caixa de seleção.
“Marca”.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classifi-
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classifi-
cação na ordem crescente.
cada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar esta
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione o ro-
opção
tulo “Modelo”.
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em se-
Em seguida clique na opção Crescente.
guida, selecione a ordem de classificação personalizada que deseja.
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, selecione o
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
rotulo “Valor total”.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim clique em
Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para o alemão
OK.
a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação.
O resultado final deverá estar semelhante ao da figura abaixo.
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classi-
fica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo seleciona-
do. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas
por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.
Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os
dados desejados de uma tabela. Existem três métodos de filtragem:
o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais di-
ferenças são:
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é
a de rapidamente restringir a exibição de registros com entradas
idênticas em um campo de dados.
Tabela após classificação por três critérios.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode
definir intervalos que contenham os valores em determinados cam-
Opções de Classificação
pos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos definir al-
três condições com um operador lógico E ou OU.
gumas opções de classificação dos dados.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permi-
te um total de até oito condições de filtro. Com os filtros avança-
dos, você insere as condições diretamente na planilha.
Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser
aplicada. Para uma maior compreensão desta função aplicar o au-
tofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela
execute os seguintes procedimentos:
Lista de dados
Resultado da filtragem
Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Da-
dos, vá em filtros e clique sobre Remover filtro.
Filtro Avançado
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios
Tabela após filtragem de dados em um determinado campo da planilha. Para uma boa compreen-
Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a li- são dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro pa-
nhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do cabeçalho drão que era a seguinte: de acordo com a tabela da figura 67,
utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtra- realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca:
gem basta desfazer a filtragem anterior e repetir este procedimento “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil
em outro cabeçalho. reais, para realizaremos os seguintes passos:
Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a se-
Filtro padrão rem filtrados para uma área vazia da planilha e, em seguida, insira
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os
algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando é neces- dados dispostos horizontalmente em uma linha serão sempre co-
sário obedecer um critério de filtragem muito especifico. nectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a uma coluna serão sempre conectados logicamente com OU.
seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deverão conter
os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos
a seguir:
Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da
interface define quais operações primitivas e serviços a camada rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço em cidade,
inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das casas
quantas camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve da região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos
fazer, uma das considerações mais importantes é definir interfaces de um endereço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por
limpas entre as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada exemplo. Em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para
desempenhe um conjunto específico de funções bem compreendi- alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
das. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos
passada de camada em camada, interfaces bem definidas também são usados na identificação de computadores.
tornam fácil a troca da implementação de uma camada por outra
implementação completamente diferente (por exemplo, trocar to- Classes de endereços IP
das as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utili-
exigido da nova implementação é que ela ofereça à camada supe- zados tanto para identificar o seu computador dentro de uma rede,
rior exatamente os mesmos serviços que a implementação antiga quanto para identificá-lo na internet.
oferecia. Se na rede da empresa onde você trabalha o seu computador
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina em outra rede
de rede. A especificação de arquitetura deve conter informações pode ter este mesmo número, afinal, ambas as redes são distintas
suficientes para que um implementador possa escrever o programa e não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas,
ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça como a internet é uma rede global, cada dispositivo conectado nela
corretamente ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de imple- precisa ter um endereço único. O mesmo vale para uma rede local:
mentação nem a especificação das interfaces são parte da arquite- nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único.
tura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e não Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um
são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as in- problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação
terfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, des- destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
de que cada máquina possa usar corretamente todos os protocolos. Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes
locais quanto para utilização na internet, contamos com um es-
O endereço IP quema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Inter-
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok, net Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation
você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um recado for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os
no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: quando você endereços em três classes principais e mais duas complementares.
quer enviar um presente a alguém, você obtém o endereço da pes- São elas:
soa e contrata os Correios ou uma transportadora para entregar. É Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes,
graças ao endereço que é possível encontrar exatamente a pessoa cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;
a ser presenteada. Também é graças ao seu endereço - único para Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384
cada residência ou estabelecimento - que você recebe suas contas redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
de água, aquele produto que você comprou em uma loja on-line, Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
enfim. 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado
não muito distante, você conectava apenas o PC da sua casa à in-
ternet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço
de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este
aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no
mundo inteiro, nos deparamos com um grande problema: o núme-
ro de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir
a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome de IPv6, de uma rede local - tal como uma rede wireless - visualizará o IP
uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340. que esta disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP do
282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de endereços, acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como
um número absurdamente alto! whatsmyip.org.
Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece
acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se
com um computador que já esteja na Internet (no caso, o prove-
dor) e esse computador deve permitir que seus usuários também
tenham acesso a Internet.
Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar museus, ler revistas
eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas interativas. As informações na Web são organizadas na forma de páginas de hipertexto,
cada um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo cha-
mado Endereço no navegador. O software estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração especial para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns parâmetros
para que ele seja capaz de enviar e receber algumas mensagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nucleaire),
Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre suas pesquisas através da exibição de páginas
de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não científicas.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou força extra
com a inserção de um visualizador (também conhecido como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas também de exibir
gráficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Mark Andreesen. O
sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. Mark Andreesen
partiu para a criação da Netscape Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos outros browsers.
Busca e pesquisa na web
Os sites de busca servem para procurar por um determinado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/
Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa. Por exemplo:
www.google.com.br
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem palavras com ou sem acento.
Opções de pesquisa
O resultado da pesquisa
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:
EXTRANET
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte do seu
sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de computadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte do seu
sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode ser vista como uma
parte da empresa que é estendida a usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como representantes e clientes. Outro uso comum do termo
Extranet ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde somente “usuários registrados” podem navegar, previamente autenticados
por sua senha (login).
Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas e funcionários de uma
empresa consigam ter acesso à intranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma intranet é uma rede restrita
à empresa que utiliza as mesmas tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages, servidor FTP etc.
A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de acumular uma base de conhecimento que
possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.
Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada na Internet, utilizada entre departamentos de uma empresa ou parceiros exter-
nos, na cadeia de abastecimento, trocando informações sobre compras, vendas, fabricação, distribuição, contabilidade entre outros.
INTERNET EXPLORER
O Windows Internet Explorer possui uma aparência simplificada e muitos recursos novos que aceleram a sua experiência de navegação
na Web.
Os novos recursos gráficos e o melhor desempenho do Internet Explorer possibilitam experiências ricas e intensas. Texto, vídeo e
elementos gráficos acelerados por hardware significam que seus sites têm um desempenho semelhante ao dos programas instalados no seu
computador. Os vídeos de alta definição são perfeitos, os elementos gráficos são nítidos e respondem positivamente, as cores são fieis e os
sites são interativos como jamais foram. Com os aperfeiçoamentos como Chakra, o novo mecanismo JavaScript, os sites e aplicativos são
carregados mais rapidamente e respondem melhor. Combine o Internet Explorer com os eficientes recursos gráficos que o Windows 7 tem a
oferecer, e você terá a melhor experiência da Web no Windows até o momento.
A instalação mais curta e simplificada do Internet Explorer é mais rápida do que nas versões anteriores. Ela requer menos decisões de
sua parte, leva menos tempo para carregar páginas e não exige que você instale atualizações separadamente. Uma vez concluída a instalação,
você já pode começar a navegar.
Interface
A primeira alteração que vemos no I.E 9 é a altura do seu cabeçalho (55px), pequeno e elegante, o internet Explorer 9 se comparado
com suas versões anteriores, melhorou muito e sem sombra de dúvida começa a tomar A primeira alteração que vemos no I.E 9 é a altura do
seu cabeçalho (55px), pequeno e elegante, o internet Explorer 9 se comparado com suas versões anteriores, melhorou muito e sem sombra
de dúvida começa a tomar uma forma competitiva.
3-Abas de conteúdo
O posicionamento das abas de conteúdo dentro do cabeçalho do I.E 9 foi mal escolhido, as abas tem que disputar espaço com o campo
de URL. Consegui manter aberto no máximo 4 abas sem que prejudique demais a leitura dos títulos das abas, depois disso a visualização e
a navegação entre as abas fica difícil e desanimador.
4 abas.
Múltiplas abas.
“Pagina Inicial”, “Favoritos” e “Opções” foram agrupados no canto direito da tela, mas sem um objetivo claro, pois os dois primeiros
itens citados são elementos que quando utilizados interagem ou alteram os dados inseridos no campo de URL. “Opções” por sua vez, se
refere a opções de internet, privacidade e etc.…
Uma das novidades mais bacanas dos novos navegadores é possibilidade de adquirir aplicativos e plug-ins, permitindo ao usuário a
customizar o seu navegador e criar um fluxo de utilização diferenciado de navegador para navegador.
Porém, esta nova possibilidade foi mal comunicada, ela é representada por símbolo de mais, muito semelhante ao utilizado em nave-
gadores como Firefox, para adicionar novas abas. Fica claro no I.E 9, que o símbolo de “+” serve para adicionar algo ao navegador, mas o
que? Existe espaço suficiente na área para trabalhar com uma ancora textual, ao menos até os usuários criarem um hábito.
A primeira coisa que você notará ao abrir o Internet Explorer 9 será seu design simplificado.
A maioria das funções da barra de comandos, como Imprimir ou Zoom, pode ser encontrada ao clicar no botão Ferramentas , e os
seus favoritos e os feeds são exibidos ao clicar no botão Centro de Favoritos .
As guias são exibidas automaticamente à direita da Barra de endereços, mas é possível movê-las para que sejam exibidas abaixo da
Barra de endereço, da mesma maneira que em versões anteriores do Internet Explorer. Você pode exibir as Barras de Favoritos, Comandos,
Status e Menus clicando com o botão direito do mouse no botão Ferramentas e selecionando-as em um menu.
• Barra de Favoritos
• Barra de Comandos
• Barra de Status
· Fácil utilização;
Histórico
Favoritos
O Favoritos é uma funcionalidade que nos ajuda a entrar em
páginas que acessamos com muita frequência, economizando tem-
po.
Clique no menu ‘Favoritos’ e uma lista com as nossas páginas
favoritas será mostrada. Se você não tiver adicionado nenhuma
página aos Favoritos, você verá algo como:
Imprimindo páginas
Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do nave-
gador. Basta selecionar a melhor opção para você e configurar as
páginas que deseja abrir.
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba an-
terior, defina qual será a página inicial do Chrome. Também é
possível escolher se o atalho para a home (aquele em formato de
casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui
você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar na lacuna do
programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.
Configuração Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo como
seu navegador padrão. Se você optar por isso, sempre que algum
Antes de continuar com as outras funções do Google Chrome software ou link for executado, o Chrome será automaticamente
é legal deixar o programa com a sua cara. Para isso, vamos às utilizado pelo sistema.
configurações. Vá até o canto direito da tela e procure o ícone com
uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”. Coisas pessoais
Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as
senhas que você digitar durante a navegação. A opção “Mostrar
senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido
por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os formu-
lários da internet (cadastros e aberturas de contas) serão sugeridos
automaticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o Chro-
me salva os dados da sua navegação para encontrar sites, links e
conteúdos com mais facilidade. O botão “Limpar dados de nave-
gação” apaga esse conteúdo, enquanto a função “Importar dados”
coleta informações de outros navegadores.
Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do na-
vegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique um de sua
preferência. Para retornar ao normal, selecione “Redefinir para o
tema padrão”.
Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em “Local de download” é possível escolher a pasta em que os arquivos baixados
serão salvos. Você também pode definir que o navegador pergunte o local para cada novo download.
Downloads
Todos os navegadores mais famosos da atualidade contam com pequenos gerenciadores de download, o que facilita a vida de quem
baixa várias coisas ao mesmo tempo. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em um link de download, muitas vezes o programa
perguntará se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo:
Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embaixo da janela, mostrando o progresso do download. Você pode clicar no canto dela e
conferir algumas funções especiais para a situação. Além disso, ao selecionar a função “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova
aba é exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que você está baixando.
Outra ferramenta muito prática do navegador é a possibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns sites, como o próprio
portal Baixaki. Depois de usar a busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar
o TAB para que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.
Navegação anônima
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou históricos de navegação no computador, utilize a navegação anônima. Basta
clicar no menu com o desenho da chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que também pode ser aberta com o comando
Ctrl + Shift + N.
Gerenciador de tarefas
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o botão direito no topo da
página (como indicado na figura) e selecione a função “Gerenciador de tarefas”.
Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela controla todas as abas e funções executadas pelo navegador. Caso uma das
guias apresente problemas você pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o programa. A função é muito útil e evita diversas
dores de cabeça.
Segurança de Informação está relacionada com a proteção A maioria dos sistemas operacionais, principalmente as distri-
existente ou necessária sobre dados que possuem valor para al- buições Linux, vem acompanhada de muitos aplicativos que são
guém ou uma organização. Possui aspectos básicos como confi- instalados opcionalmente no processo de instalação do sistema.
dencialidade, integridade e disponibilidade da informação que nos Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos sejam ob-
ajuda a entender as necessidades de sua proteção e que não se apli- servados para garantir a segurança desde a instalação do sistema,
ca ou está restrita a sistemas computacionais, nem a informações dos quais podemos destacar:
eletrônicas ou qualquer outra forma mecânica de armazenamento. • Seja minimalista: Instale somente os aplicativos necessários,
Ela se aplica a todos os aspectos de proteção e armazenamento de aplicativos com problemas podem facilitar o acesso de um ata-
informações e dados, em qualquer forma. O nível de segurança de cante;
um sistema operacional de computador pode ser tipificado pela • Devem ser desativados todos os serviços de sistema que não
configuração de seus componentes. serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia automaticamente
diversos aplicativos que não são necessários, esses aplicativos
CONCEITOS DE SEGURANÇA também podem facilitar a vida de um atacante;
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações de
A Segurança da Informação refere-se à proteção existente rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o sistema
sobre as informações de uma determinada empresa, instituição vulnerável a ataques remotos que podem ser realizados através da
governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto as informações rede ou Internet;
corporativas quanto as pessoais. • Use partições diferentes para os diferentes tipos de dados: a
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado divisão física dos dados facilita a manutenção da segurança;
que tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar • Remova todas as contas de usuários não utilizadas: Contas
guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta ou de usuários sem senha, ou com a senha original de instalação, po-
aquisição. dem ser facilmente exploradas para obter-se acesso ao sistema.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de fer- Grande parte das invasões na Internet acontece devido a fa-
ramentas) para a definição do nível de segurança existente e, com lhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os administradores
isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora de sistemas não foram capazes de corrigir a tempo. Essa afirmação
da situação de segurança existente. pode ser confirmada facilmente pelo simples fato de que quando
A segurança de uma determinada informação pode ser afeta- uma nova vulnerabilidade é descoberta, um grande número de ata-
da por fatores comportamentais e de uso de quem se utiliza dela, ques é realizado com sucesso. Por isso é extremamente importante
pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal que os administradores de sistemas se mantenham atualizados so-
intencionadas que tem o objetivo de furtar, destruir ou modificar bre os principais problemas encontrados nos aplicativos utilizados,
a informação. através dos sites dos desenvolvedores ou específicos sobre segu-
Antes de proteger, devemos saber: rança da Informação. As principais empresas comerciais desenvol-
• O que proteger. vedoras de software e as principais distribuições Linux possuem
• De quem proteger. boletins periódicos informando sobre as últimas vulnerabilidades
• Pontos vulneráveis. encontradas e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até
• Processos a serem seguidos. a possuir o recurso de atualização automática, facilitando ainda
mais o processo.
MECANISMOS DE SEGURANÇA
Firewalls
O suporte para as recomendações de segurança pode ser en-
contrado em: Definimos o firewall como sendo uma barreira inteligente en-
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o tre duas redes, geralmente a rede local e a Internet, através da qual
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que só passa tráfego autorizado. Este tráfego é examinado pelo firewall
garante a existência da informação) que a suporta. em tempo real e a seleção é feita de acordo com um conjunto de
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas nem regras de acesso Ele é tipicamente um roteador (equipamento que
sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâmpagos, alaga- liga as redes com a Internet), um computador rodando filtragens de
mentos, problemas na rede elétrica, acesso indevido de pessoas pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um hardware
aos servidores ou equipamentos de rede, treinamento inadequado proprietário específico para função de firewall), ou um conjunto
de funcionários, etc. desses sistemas.
3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído per- Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de e-mail
manentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se simul- (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos memorizar
taneamente as teclas que os sistemas que trabalham o correio eletrônico podem fun-
(A) Ctrl + Delete. cionar por meio de um software instalado em nosso computador
(B) Shift + End. local ou por meio de um programa que funciona dentro de um
(C) Shift + Delete. navegador, via acesso por Internet. Este programa da Internet, que
(D) Ctrl + End. não precisa ser instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o
(E) Ctrl + X. software local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está des-
Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um conectado da Internet;
arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, bas- • Permite armazenar as mensagens localmente (no com-
ta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O putador local);
Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza que • Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo;
deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você Maiores Desvantagens:
tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. • Ocupam espaço em disco;
Resposta: C • Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem sem-
pre são compatíveis).
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos, A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negrito os
sem que haja perda de informação? mais conhecidos e utilizados atualmente):
(A) Compactação Microsoft Office Outlook
(B) Deleção Microsoft Outlook Express;
(C) Criptografia Mozilla Thunderbird;
(D) Minimização IcrediMail
(E) Encolhimento adaptativo Eudora
Pegasus Mail
Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica am- Apple Mail (Apple)
plamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem conter Kmail (Linux)
extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas Windows Mail
compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc. A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou
Resposta: A seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito da
questão.
05. (TJ/BA – Técnico Judiciário - Tecnologia da Informa- Resposta: B.
ção – FGV/2015) Na suite LibreOffice, o componente Impress
destina-se: 7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio ele-
a) à edição de fórmulas matemáticas para documentos; trônico, analise:
b) ao gerenciamento de uma ou mais impressoras; I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos navega-
c) à edição de imagens e arquivos congêneres; dores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google Chrome) para
d) à utilização de algoritmos de programação linear em pla- localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo: http://www.
nilhas; google.com.br).
e) à edição de apresentações de slides. II. Download significa descarregar ou baixar; é a transferência
05. Resposta: E de dados de um servidor ou computador remoto para um compu-
tador local.
17. Resposta: A
O LibreOffice é uma potente suite office; sua interface limpa e
suas poderosas ferramentas libertam sua criatividade e melhoram
sua produtividade.O LibreOffice incorpora várias aplicações que
a tornam a mais avançada suite office livre e de código aberto do
mercado. O processador de textos Writer, a planilha Calc, o editor
de apresentações Impress, a aplicação de desenho e fluxogramas
Draw, o banco de dados Base e o editor de equações Math são os
componentes do LibreOffice. Para realizar a tarefa 3, Paulo utilizou, respectivamente, os
softwares
18. (UFMT – Auxiliar em Administração – UFMT/2014) a) Impress e Calc.
No LibreOffice Writer, ao clicar-se no botão ¶ , quando se está b) Writer e Math.
editando um texto, c) Impress e Lotus.
a) exporta-se diretamente o arquivo editado para o formato d) Writer e Calc.
pdf. e) Libre Word e Libre Excel.
b) apresentam-se na tela os caracteres não imprimíveis do
texto que está sendo editado. Resposta: D
c) alinha-se à direita o texto todo ou o trecho selecionado. writer e calc , são correspondentes ao word e Excel do Win-
d) apresenta-se na tela o texto no formato em que será im- dows.
presso.
Resposta: C
Comentário:
Didatismo e Conhecimento 1
NOÇÕES DE DIREITO
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pa- LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
gamento de taxas: em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de di- comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
reitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; drogas afins, na forma da lei;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defe- LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
sa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; político ou de opinião;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela
lesão ou ameaça a direito;
autoridade competente;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurí-
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
dico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; o devido processo legal;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organi- LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo,
zação que lhe der a lei, assegurados: e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
a) a plenitude de defesa; defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
b) o sigilo das votações; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
c) a soberania dos veredictos; meios ilícitos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em
a vida; julgado de sentença penal condenatória;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena LVIII - o civilmente identificado não será submetido a iden-
sem prévia cominação legal; tificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regula-
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; mento).
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos di-
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública,
reitos e liberdades fundamentais;
se esta não for intentada no prazo legal;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e im-
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos proces-
prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis suais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigi-
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entor- rem;
pecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por
hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competen-
que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) te, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de militar, definidos em lei;
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
e o Estado Democrático; serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, poden- do preso ou à pessoa por ele indicada;
do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da fa-
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
mília e de advogado;
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis
entre outras, as seguintes:
por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela auto-
c) multa; ridade judiciária;
d) prestação social alternativa; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
e) suspensão ou interdição de direitos; a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
XLVII - não haverá penas: LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do respon-
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do sável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
art. 84, XIX; alimentícia e a do depositário infiel;
b) de caráter perpétuo; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém
c) de trabalhos forçados; sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
d) de banimento; liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
e) cruéis;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
e moral; autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que pos- atribuições do Poder Público;
sam permanecer com seus filhos durante o período de amamenta- LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
ção; por:
Didatismo e Conhecimento 2
NOÇÕES DE DIREITO
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação le- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
galmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, (ARTIGO 37).
em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos di-
reitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à CAPÍTULO VII
nacionalidade, à soberania e à cidadania; DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LXXII - conceder-se-á habeas data: Seção I
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à DISPOSIÇÕES GERAIS
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados
de entidades governamentais ou de caráter público; Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; nicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Re-
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
da sucumbência; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gra- aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
tuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
a) o registro civil de nascimento; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-
b) a certidão de óbito; vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cida- cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
dania. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são as- servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
segurados a razoável duração do processo e os meios que garantam serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitu- e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-
cional nº 45, de 2004) buições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamen- Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-
tais têm aplicação imediata.
sociação sindical;
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela ado- definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitu-
tados, ou dos tratados internacionais em que a República Federati- cional nº 19, de 1998)
va do Brasil seja parte. VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi-
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Na- de sua admissão;
cional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluí- terminado para atender a necessidade temporária de excepcional
do pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados interesse público;
na forma deste parágrafo) X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Inter-
lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-
nacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998) (Regulamento)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
Didatismo e Conhecimento 3
NOÇÕES DE DIREITO
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa- processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou- a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obriga-
tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, ções de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de quali-
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no ficação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri-
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do mento das obrigações. (Regulamento)
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio-
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi-
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Minis- cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades
tros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro- de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convê-
curadores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda nio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, in-
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder formativo ou de orientação social, dela não podendo constar no-
Executivo; mes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es- autoridades ou servidores públicos.
pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III impli-
serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, cará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos
de 1998) termos da lei.
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú- § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário
blico não serão computados nem acumulados para fins de conces- na administração pública direta e indireta, regulando especialmen-
são de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Consti- te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
tucional nº 19, de 1998)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III,
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor-
de 1998)
mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
III - a disciplina da representação contra o exercício negli-
qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998) gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998) § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi- suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a in-
co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emen- § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
da Constitucional nº 34, de 2001) praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre-
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun- juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda- § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controla- privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
das, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu-
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) rado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais ou culpa.
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedên- § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocu-
cia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; pante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria- dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor so-
assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; bre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Didatismo e Conhecimento 4
NOÇÕES DE DIREITO
I - o prazo de duração do contrato; I - restrições aos direitos de:
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi- a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; b) sigilo de correspondência;
III - a remuneração do pessoal.” c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na
e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que rece- hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos
berem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos e custos decorrentes.
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio § 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior
em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período,
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de apo- se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remu- § 3º Na vigência do estado de defesa:
neração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os car- I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo exe-
gos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos cutor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso
exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remune- II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela au-
ratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas toridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua
de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda autuação;
Constitucional nº 47, de 2005) III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei § 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presi-
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembarga- dente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato
dores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá
por maioria absoluta.
e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Mi-
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convo-
nistros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
cado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez
e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de
dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando
2005)
enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de de-
fesa.
Seção II
DA DEFESA DO ESTADO E DAS DO ESTADO DE SÍTIO
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS, DO
ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conse-
DE SÍTIO (ARTIGOS 136 A 141). lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao
Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos
casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o es-
TÍTULO V tado de defesa;
Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão ar-
CAPÍTULO I mada estrangeira.
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar auto-
Seção I rização para decretar o estado de sítio ou sua prorrogação, relatará
DO ESTADO DE DEFESA os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacio-
nal decidir por maioria absoluta.
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conse-
lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração,
de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais as normas necessárias a sua execução e as garantias constitucio-
restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaça- nais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da
das por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas República designará o executor das medidas específicas e as áreas
por calamidades de grandes proporções na natureza. abrangidas.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o § 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser
tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez,
indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigo- por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo
rarem, dentre as seguintes: o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
Didatismo e Conhecimento 5
NOÇÕES DE DIREITO
§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão perma-
de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional nente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. destina-se a:” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento de 1998)
até o término das medidas coercitivas. I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou
em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com funda- entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras in-
mento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as frações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacio-
seguintes medidas: nal e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
I - obrigação de permanência em localidade determinada; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e dro-
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou conde- gas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação
nados por crimes comuns; fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, competência;
ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liber- III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e
dade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
IV - suspensão da liberdade de reunião; de 1998)
V - busca e apreensão em domicílio; IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judi-
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; ciária da União.
VII - requisição de bens. § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organi-
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a zado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se,
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias fede-
Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa. rais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organi-
Seção III zado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se,
DISPOSIÇÕES GERAIS na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias fede-
rais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
partidários, designará Comissão composta de cinco de seus mem-
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as fun-
bros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referen-
ções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
tes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preser-
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, ces-
vação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além
sarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos
ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o esta- de defesa civil.
do de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, for-
pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Na- ças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente
cional, com especificação e justificação das providências adota- com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito
das, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições Federal e dos Territórios.
aplicadas. § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir
a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais
DA SEGURANÇA PÚBLICA (ARTIGO 144). destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, confor-
me dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do
art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
CAPÍTULO III § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
DA SEGURANÇA PÚBLICA pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e res- I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trân-
ponsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem sito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela
dos seguintes órgãos: Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
I - polícia federal; II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e
II - polícia rodoviária federal; dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e
III - polícia ferroviária federal; seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei.
IV - polícias civis; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
Didatismo e Conhecimento 6
NOÇÕES DE DIREITO
Arrependimento posterior (Redação dada pela Lei nº 7.209,
DIREITO PENAL: DO CRIME de 11.7.1984)
(ARTIGO 13 A 25). Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave amea-
ça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimen-
to da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena
será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
TÍTULO II de 11.7.1984)
DO CRIME
Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
Relação de causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, 11.7.1984)
de 11.7.1984)
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia abso-
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime,
luta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impos-
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a
sível consumar-se o crime.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Reda-
11.7.1984)
ção dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
nº 7.209, de 11.7.1984) 11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fa- Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
tos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluí- I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
do pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11.7.1984) II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por im-
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente prudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209,
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe de 11.7.1984)
a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilân- pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o
cia; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Agravação pelo resultado (Redação dada pela Lei nº 7.209,
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrên- de 11.7.1984)
cia do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
11.7.1984) (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.20
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos
9, de 11.7.1984)
de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se
circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) previsto em lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a 11.7.1984)
tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, dimi- § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado
nuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tor-
naria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva
Desistência voluntária e arrependimento eficaz (Redação de culpa e o fato é punível como crime culposo.(Redação dada
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209,
na execução ou impede que o resultado se produza, só respon- de 11.7.1984)
de pelos atos já praticados.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o
11.7.1984) erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Didatismo e Conhecimento 7
NOÇÕES DE DIREITO
Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado
DAS PENAS (ARTIGOS 32 A 52).
não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições
ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente
queria praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Didatismo e Conhecimento 8
NOÇÕES DE DIREITO
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno Legislação especial
e a isolamento durante o repouso noturno. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, arts. 38 e 39 deste Código, bem como especificará os deveres e
na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do conde- direitos do preso, os critérios para revogação e transferência dos
nado, desde que compatíveis com a execução da pena.(Redação regimes e estabelecerá as infrações disciplinares e correspondentes
sanções. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado,
Superveniência de doença mental
em serviços ou obras públicas. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984) Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve
ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou,
Regras do regime semi-aberto à falta, a outro estabelecimento adequado. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput,
ao condenado que inicie o cumprimento da pena em regime semi Detração
-aberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum duran- Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na
medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou
te o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabele-
no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em
cimento similar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. (Reda-
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a frequên- ção dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
cia a cursos supletivos profissionalizantes, de instrução de segundo
grau ou superior. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) SEÇÃO II
DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS
Regras do regime aberto
Penas restritivas de direitos
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e sen-
so de responsabilidade do condenado. (Redação dada pela Lei nº Art. 43. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada
7.209, de 11.7.1984) pela Lei nº 9.714, de 1998)
I - prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem
II - perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de
vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer outra atividade 1998)
autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209,
nos dias de folga. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) de 1984)
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se pra- IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públi-
ticar fato definido como crime doloso, se frustrar os fins da exe- cas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
cução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente aplica- V - interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº
da. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 9.714, de 25.11.1998)
VI - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714,
Regime especial de 25.11.1998)
Didatismo e Conhecimento 9
NOÇÕES DE DIREITO
§ 3o Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a Interdição temporária de direitos (Redação dada pela Lei
substituição, desde que, em face de condenação anterior, a medida nº 7.209, de 11.7.1984)
seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha ope-
rado em virtude da prática do mesmo crime. (Incluído pela Lei nº Art. 47 - As penas de interdição temporária de direitos são:
9.714, de 1998) (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pú-
liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da res- blica, bem como de mandato eletivo; (Redação dada pela Lei nº
trição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a execu- 7.209, de 11.7.1984)
tar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício
respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) do poder público;(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 5o Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir
outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, veículo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir IV – proibição de frequentar determinados lugares. (Incluído
a pena substitutiva anterior.(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) pela Lei nº 9.714, de 1998)
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exa-
Conversão das penas restritivas de direitos me públicos. (Incluído pela Lei nº 12.550, de 2011)
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo ante- Limitação de fim de semana
rior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. (Redação
dada pela Lei nº 9.714, de 1998) Art. 48 - A limitação de fim de semana consiste na obriga-
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinhei- ção de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas
ro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado.
com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a 1 (um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessen-
Parágrafo único - Durante a permanência poderão ser minis-
ta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de
trados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades
eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes
educativas.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
os beneficiários. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do
SEÇÃO III
beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de
outra natureza. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) DA PENA DE MULTA
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados
dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Peni- Multa
tenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o
montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo
ou por terceiro, em consequência da prática do crime. (Incluído penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias
pela Lei nº 9.714, de 1998) -multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (tre-
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) zentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Prestação de serviços à comunidade ou a entidades pú- § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não poden-
blicas do ser inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal
vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salá-
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entida- rio. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
des públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução,
privação da liberdade. (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) pelos índices de correção monetária. (Redação dada pela Lei nº
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades 7.209, de 11.7.1984)
públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado.
(Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) Pagamento da multa
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entida-
des assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabeleci- Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois
mentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. (In- de transitada em julgado a sentença. A requerimento do condena-
cluído pela Lei nº 9.714, de 1998) do e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o paga-
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme mento se realize em parcelas mensais. (Redação dada pela Lei nº
as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma 7.209, de 11.7.1984)
hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não pre- § 1º - A cobrança da multa pode efetuar-se mediante desconto
judicar a jornada normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.714, no vencimento ou salário do condenado quando: (Incluído pela Lei
de 1998) nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado a) aplicada isoladamente; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 11.7.1984)
55), nunca inferior à metade da pena privativa de liberdade fixa- b) aplicada cumulativamente com pena restritiva de direi-
da. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998) tos;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Didatismo e Conhecimento 10
NOÇÕES DE DIREITO
c) concedida a suspensão condicional da pena. (Incluído pela Exceção da verdade
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se
§ 2º - O desconto não deve incidir sobre os recursos indispen- o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício
sáveis ao sustento do condenado e de sua família.(Incluído pela de suas funções.
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Injúria
Conversão da Multa e revogação (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o
Modo de conversão. decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 51 - Transitada em julgado a sentença condenatória, a § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
multa será considerada dívida de valor, aplicando-se-lhes as nor- I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou direta-
mente a injúria;
mas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, in-
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra in-
clusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da
júria.
prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que,
§ 1º - e § 2º -(Revogado pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltan-
tes:
Suspensão da execução da multa Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da
pena correspondente à violência.
Art. 52 - É suspensa a execução da pena de multa, se sobre- § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes
vém ao condenado doença mental. (Redação dada pela Lei nº a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa
7.209, de 11.7.1984) ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei
nº 9.459, de 1997)
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Disposições comuns
(ARTIGOS 138 A 145).
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de
um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de go-
CAPÍTULO V verno estrangeiro;
DOS CRIMES CONTRA A HONRA II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a
Calúnia divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portado-
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato ra de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº
definido como crime: 10.741, de 2003)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputa- promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
ção, a propala ou divulga.
Exclusão do crime
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
Exceção da verdade
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: parte ou por seu procurador;
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou cien-
ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; tífica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
nº I do art. 141; em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendi- do ofício.
do foi absolvido por sentença irrecorrível. Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Difamação
Retratação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua
reputação: Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabal-
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. mente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Didatismo e Conhecimento 11
NOÇÕES DE DIREITO
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha prati- Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
cado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comu- VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
nicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144
13.188, de 2015) da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da For-
ça Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere ca- decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
lúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluí-
explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do pela Lei nº 13.142, de 2015)
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo fe-
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se minino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, 2015)
da violência resulta lesão corporal. I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104,
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro
de 2015)
da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (In-
mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mes-
cluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
mo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
(Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009)
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
(ARTIGOS 121 A 154). DOS CRIMES Aumento de pena
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
CONTRA A LIBERDADE PESSOAL terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
(ARTIGOS 146 A 150). profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu
ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homi-
cídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado
PARTE ESPECIAL contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
TÍTULO I § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá dei-
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA xar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem
CAPÍTULO I o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne
DOS CRIMES CONTRA A VIDA desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o
Homicídio simples crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação
de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído
Art. 121. Matar alguém: pela Lei nº 12.720, de 2012)
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até
Caso de diminuição de pena a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104,
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de rele- de 2015)
vante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção,
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode redu-
parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
zir a pena de um sexto a um terço.
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60
Homicídio qualificado
(sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104,
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro de 2015)
motivo torpe; III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
II - por motivo fútil; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura
ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofen- lhe auxílio para que o faça:
dido; Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta
vantagem de outro crime: lesão corporal de natureza grave.
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Parágrafo único - A pena é duplicada:
Didatismo e Conhecimento 12
NOÇÕES DE DIREITO
Aumento de pena II - perigo de vida;
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, IV - aceleração de parto:
a capacidade de resistência. Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta:
Infanticídio I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incuravel;
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o pró- III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
prio filho, durante o parto ou logo após: IV - deformidade permanente;
Pena - detenção, de dois a seis anos. V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que ou-
agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
trem lho provoque: (Vide ADPF 54)
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Pena - detenção, de um a três anos.
Diminuição de pena
Aborto provocado por terceiro § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emo-
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: ção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
Pena - reclusão, de três a dez anos. reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir
(Vide ADPF 54) a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois con-
Pena - reclusão, de um a quatro anos. tos de réis:
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a ges- I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
tante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou débil mental, II - se as lesões são recíprocas.
ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou Lesão corporal culposa
violência § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Forma qualificada Aumento de pena
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. (Redação
aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas cau- (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
sas, lhe sobrevém a morte. Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha
ADPF 54) convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações do-
mésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela
Aborto necessário
Lei nº 11.340, de 2006)
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu represen- § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as
tante legal. circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se
a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
CAPÍTULO II § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada
DAS LESÕES CORPORAIS de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de
deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
Lesão corporal § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente des-
crito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
Pena - detenção, de três meses a um ano. exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
Lesão corporal de natureza grave companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão
§ 1º Se resulta: dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de pela Lei nº 13.142, de 2015)
trinta dias;
Didatismo e Conhecimento 13
NOÇÕES DE DIREITO
CAPÍTULO III Omissão de socorro
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fa-
Perigo de contágio venéreo zê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
sabe ou deve saber que está contaminado: Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omis-
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. são resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: a morte.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Somente se procede mediante representação. Condicionamento de atendimento médico-hospitalar
emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qual-
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia quer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários
grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: administrativos, como condição para o atendimento médico-hospi-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. talar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Perigo para a vida ou saúde de outrem Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (In-
cluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da nega-
e iminente: tiva de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não cons- o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
titui crime mais grave.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço
Maus-tratos
se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do
transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabele-
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua
cimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas le-
autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino,
gais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998)
tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cui-
dados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou
Abandono de incapaz
inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defen- § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
der-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Pena - detenção, de seis meses a três anos. § 2º - Se resulta a morte:
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza gra- Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
ve: § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
Pena - reclusão, de um a cinco anos. contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei nº
§ 2º - Se resulta a morte: 8.069, de 1990)
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
CAPÍTULO IV
Aumento de pena DA RIXA
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um Rixa
terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendo-
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, res:
tutor ou curador da vítima. Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natu-
Lei nº 10.741, de 2003) reza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de
detenção, de seis meses a dois anos.
Exposição ou abandono de recém-nascido
CAPÍTULO V
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar DOS CRIMES CONTRA A HONRA
desonra própria:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Calúnia
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - detenção, de um a três anos. Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato
§ 2º - Se resulta a morte: definido como crime:
Pena - detenção, de dois a seis anos. Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Didatismo e Conhecimento 14
NOÇÕES DE DIREITO
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputa- Exclusão do crime
ção, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela
Exceção da verdade parte ou por seu procurador;
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou cien-
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o tífica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público,
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever
nº I do art. 141; do ofício.
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendi- Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela
do foi absolvido por sentença irrecorrível. injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade.
Difamação Retratação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabal-
reputação: mente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha prati-
cado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comu-
Exceção da verdade nicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº
o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício 13.188, de 2015)
de suas funções.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere ca-
lúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir
Injúria
explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro:
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º,
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: da violência resulta lesão corporal.
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou direta- Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro
mente a injúria; da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra in- mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mes-
júria. mo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009)
por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltan-
tes: CAPÍTULO VI
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
pena correspondente à violência. SEÇÃO I
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de Constrangimento ilegal
2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave
nº 9.459, de 1997) ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio,
a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a
Disposições comuns fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de
um terço, se qualquer dos crimes é cometido: Aumento de pena
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de go- § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro,
verno estrangeiro; quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas,
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; ou há emprego de armas.
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspon-
divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. dentes à violência.
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portado- § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
ra de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do
10.741, de 2003) paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou perigo de vida;
promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. II - a coação exercida para impedir suicídio.
Didatismo e Conhecimento 15
NOÇÕES DE DIREITO
Ameaça I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo;
qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; (Incluído pela Lei
Parágrafo único - Somente se procede mediante representa- nº 13.344, de 2016) (Vigência)
ção. IV - adoção ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Vigência)
Sequestro e cárcere privado V - exploração sexual. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Vigência)
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluí-
ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002) do pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de um a três anos. § 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: (Incluí-
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: do pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou compa- I - o crime for cometido por funcionário público no exercício
nheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada de suas funções ou a pretexto de exercê-las; (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 11.106, de 2005) 13.344, de 2016) (Vigência)
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pes-
casa de saúde ou hospital; soa idosa ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.344, de
III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 2016) (Vigência)
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domés-
anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) ticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica,
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercí-
Lei nº 11.106, de 2005) cio de emprego, cargo ou função; ou (Incluído pela Lei nº 13.344,
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natu- de 2016) (Vigência)
reza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território
nacional. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for
primário e não integrar organização criminosa. (Incluído pela Lei
Redução a condição análoga à de escravo
nº 13.344, de 2016) (Vigência)
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo,
SEÇÃO II
quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva,
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer res- DO DOMICÍLIO
tringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida
contraída com o empregador ou preposto: (Redação dada pela Lei Violação de domicílio
nº 10.803, de 11.12.2003)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamen-
correspondente à violência. (Redação dada pela Lei nº 10.803, de te, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em
11.12.2003) casa alheia ou em suas dependências:
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
10.803, de 11.12.2003) § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho; (Incluído mais pessoas:
pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena
II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se correspondente à violência.
apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o § 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido
fim de retê-lo no local de trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.803, por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservân-
de 11.12.2003) cia das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder.
§ 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é cometido: § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa
(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) alheia ou em suas dependências:
I – contra criança ou adolescente; (Incluído pela Lei nº I - durante o dia, com observância das formalidades legais,
10.803, de 11.12.2003) para efetuar prisão ou outra diligência;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime
origem. (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003) está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
§ 4º - A expressão “casa” compreende:
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, I - qualquer compartimento habitado;
comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violên- II - aposento ocupado de habitação coletiva;
cia, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: (Incluído pela III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exer-
Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência) ce profissão ou atividade.
Didatismo e Conhecimento 16
NOÇÕES DE DIREITO
§ 5º - Não se compreendem na expressão «casa»: § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação cole- reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de
tiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo an- informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluí-
terior; do pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluí-
do pela Lei nº 9.983, de 2000)
SEÇÃO III § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração Pública,
DOS CRIMES CONTRA A a ação penal será incondicionada. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA 2000)
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de correspon- Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
dência fechada, dirigida a outrem: tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Sonegação ou destruição de correspondência Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre: Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
I - quem se apossa indevidamente de correspondência alheia,
embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega ou destrói;
Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica ou te-
lefônica DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou utili- (ARTIGOS 155 A 180).
za abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica dirigida
a terceiro, ou conversação telefônica entre outras pessoas;
III - quem impede a comunicação ou a conversação referidas
no número anterior;
TÍTULO II
IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico,
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
sem observância de disposição legal.
CAPÍTULO I
§ 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano para ou-
DO FURTO
trem.
§ 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de função em
Furto
serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou telefônico:
Pena - detenção, de um a três anos.
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
casos do § 1º, IV, e do § 3º. § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado
Correspondência comercial durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado de es- furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
tabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou em parte, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência, ou revelar § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qual-
a estranho seu conteúdo: quer outra que tenha valor econômico.
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representa- Furto qualificado
ção. § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o
crime é cometido:
SEÇÃO IV I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE da coisa;
DOS SEGREDOS II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou
destreza;
Divulgação de segredo III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de do- § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração
cumento particular ou de correspondência confidencial, de que é for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
outrem: § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que
§ 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo abatido ou dividido em partes no local da subtração. (Incluído pela
único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000) Lei nº 13.330, de 2016)
Didatismo e Conhecimento 17
NOÇÕES DE DIREITO
Furto de coisa comum Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela
Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se
si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum: o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei
§ 1º - Somente se procede mediante representação. nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei
cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente. nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide
CAPÍTULO II Lei nº 8.072, de 25.7.90
DO ROUBO E DA EXTORSÃO Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação
dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Roubo § 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que
-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do sequestrado,
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída nº 9.269, de 1996)
a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim
de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si Extorsão indireta
ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abu-
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; sando da situação de alguém, documento que pode dar causa a
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser CAPÍTULO III
transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela DA USURPAÇÃO
Lei nº 9.426, de 1996)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo Alteração de limites
sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer
reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo
reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. (Redação ou em parte, de coisa imóvel alheia:
dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Extorsão Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave alheias;
ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida Esbulho possessório
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou
alguma coisa: mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. alheio, para o fim de esbulho possessório.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou § 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena
com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. a esta cominada.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o § 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de vio-
disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 lência, somente se procede mediante queixa.
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade Supressão ou alteração de marca em animais
da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vanta-
gem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou
além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam- rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (In- Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
cluído pela Lei nº 11.923, de 2009)
CAPÍTULO IV
Extorsão mediante sequestro DO DANO
Dano
Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou
para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do res- Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
gate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002) Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Didatismo e Conhecimento 18
NOÇÕES DE DIREITO
Dano qualificado Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluí-
Parágrafo único - Se o crime é cometido: do pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o Lei nº 9.983, de 2000)
fato não constitui crime mais grave I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empre- destinada à previdência social que tenha sido descontada de paga-
sa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
mista; (Redação dada pela Lei nº 5.346, de 3.11.1967) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para II – recolher contribuições devidas à previdência social que
a vítima: tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda
de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983,
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da
de 2000)
pena correspondente à violência. III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela pre-
Introdução ou abandono de animais em propriedade vidência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
alheia § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, impor-
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, tâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência
sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
prejuízo: ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa. § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar so-
mente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes,
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histó- desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
rico I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previ-
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela denciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de
autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico 2000)
ou histórico: II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios,
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social,
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de
suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Alteração de local especialmente protegido
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou for-
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o ça da natureza
aspecto de local especialmente protegido por lei:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu
Ação penal poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
e do art. 164, somente se procede mediante queixa.
Apropriação de tesouro
CAPÍTULO V I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;
Didatismo e Conhecimento 19
NOÇÕES DE DIREITO
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o pre- Induzimento à especulação
juízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155,
§ 2º. Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inex-
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: periência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem,
induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com
Disposição de coisa alheia como própria títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em ga- é ruinosa:
rantia coisa alheia como própria; Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria Fraude no comércio
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa
própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o ad-
prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, quirente ou consumidor:
silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsi-
ficada ou deteriorada;
Defraudação de penhor
II - entregando uma mercadoria por outra:
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do
objeto empenhado; § 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou
o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por
Fraude na entrega de coisa falsa ou por outra de menor valor; vender pedra falsa por verdadei-
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa ra; vender, como precioso, metal de ou outra qualidade:
que deve entregar a alguém; Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Fraude para recebimento de indenização ou valor de se-
guro Outras fraudes
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou
lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as consequências da Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel
lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para
seguro; efetuar o pagamento:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Fraude no pagamento por meio de cheque Parágrafo único - Somente se procede mediante representa-
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em po- ção, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a
der do sacado, ou lhe frustra o pagamento. pena.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido
em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de Fraudes e abusos na fundação ou administração de socie-
economia popular, assistência social ou beneficência. dade por ações
Estelionato contra idoso
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, fa-
contra idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015) zendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à assem-
bleia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocul-
Duplicata simulada tando fraudulentamente fato a ela relativo:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não
constitui crime contra a economia popular.
corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualida-
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui crime
de, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
contra a economia popular: (Vide Lei nº 1.521, de 1951)
27.12.1990)
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Reda- I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por ações,
ção dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990) que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou comunicação ao
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que fal- público ou à assembleia, faz afirmação falsa sobre as condições
sificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplica- econômicas da sociedade, ou oculta fraudulentamente, no todo ou
tas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968) em parte, fato a elas relativo;
II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer
Abuso de incapazes artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos da sociedade;
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de neces- ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos bens ou haveres
sidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou de- sociais, sem prévia autorização da assembleia geral;
bilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta
ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a lei o permite;
de terceiro: V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito so-
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. cial, aceita em penhor ou em caução ações da própria sociedade;
Didatismo e Conhecimento 20
NOÇÕES DE DIREITO
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em de- § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou
sacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui lucros ou isento de pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação
dividendos fictícios; dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta pes- § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode
soa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação de conta o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar
ou parecer; a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art.
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII; 155. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
IX - o representante da sociedade anônima estrangeira, auto- § 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da
rizada a funcionar no País, que pratica os atos mencionados nos ns. União, Estado, Município, empresa concessionária de servi-
I e II, ou dá falsa informação ao Governo. ços públicos ou sociedade de economia mista, a pena prevista
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, no caput deste artigo aplica-se em dobro. (Incluído pela Lei nº
e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem para si ou para 9.426, de 1996)
outrem, negocia o voto nas deliberações de assembleia geral.
Receptação de animal
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou “war-
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
rant”
ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de
comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de cri-
desacordo com disposição legal: me: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 13.330, de 2016)
Fraude à execução
Receptação
Didatismo e Conhecimento 21
NOÇÕES DE DIREITO
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
posterior, reduz de metade a pena imposta. Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Peculato mediante erro de outrem § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de
outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres pú-
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, blicos:
no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Inserção de dados falsos em sistema de informações (In- Corrupção passiva
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la,
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Ad- vantagem:
ministração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda-
ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, ção dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
de 2000)) § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluí- da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de prati-
do pela Lei nº 9.983, de 2000) car qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido
informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de
informações ou programa de informática sem autorização ou so- Facilitação de contrabando ou descaminho
licitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000) Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e mul- de contrabando ou descaminho (art. 334):
ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Ad-
ministração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº Prevaricação
9.983, de 2000)
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para sa-
tisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo,
total ou parcialmente: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente pú-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui blico, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho
crime mais grave. telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com
outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas 11.466, de 2007).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa
da estabelecida em lei: Condescendência criminosa
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de respon-
Concussão sabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo
ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimen-
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indireta- to da autoridade competente:
mente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. Advocacia administrativa
Didatismo e Conhecimento 22
NOÇÕES DE DIREITO
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído
Violência arbitrária pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pre- dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em
texto de exercê-la: comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena cor- administração direta, sociedade de economia mista, empresa pú-
respondente à violência. blica ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei
nº 6.799, de 1980)
Abandono de função
CAPÍTULO II
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos
DOS CRIMES PRATICADOS POR
em lei:
PARTICULAR CONTRA A
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de Usurpação de função pública
fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de sa-
tisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autori- Resistência
zação, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido,
substituído ou suspenso: Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem
lhe esteja prestando auxílio:
Violação de sigilo funcional Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo Pena - reclusão, de um a três anos.
e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato correspondentes à violência.
não constitui crime mais grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído Desobediência
pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da
Administração Pública;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Desacato
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da fun-
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pú-
ção ou em razão dela:
blica ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
pela Lei nº 9.983, de 2000)
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
Violação do sigilo de proposta de concorrência 1995)
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pú- Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para ou-
blica, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: trem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa. ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Re-
dação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Funcionário público Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Reda-
ção dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente
penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exer- alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcioná-
ce cargo, emprego ou função pública. rio. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Didatismo e Conhecimento 23
NOÇÕES DE DIREITO
Corrupção ativa IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qual-
quer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcio- atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei bra-
nário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato sileira; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
de ofício: V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Reda- no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proi-
ção dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) bida pela lei brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste arti-
razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato go, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de merca-
de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. dorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído
pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
Descaminho § 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal,
13.008, de 26.6.2014) estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou pro-
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos curar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave
em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) pena correspondente à violência.
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qual- Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de
quer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.
de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência
estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou Inutilização de edital ou de sinal
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandesti-
na no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou cons-
outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) purcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por
no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer
procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal objeto:
ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. (Redação Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos Subtração ou inutilização de livro ou documento
deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino
de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário,
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Redação dada Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) crime mais grave.
Didatismo e Conhecimento 24
NOÇÕES DE DIREITO
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferi- Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº
dos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de 10467, de 11.6.2002)
contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000) Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro,
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluí- para os efeitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem
do pela Lei nº 9.983, de 2000) remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entida-
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamen- des estatais ou em representações diplomáticas de país estrangei-
te, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e ro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
presta as informações devidas à previdência social, na forma defi- Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estran-
nida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluí- geiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas con-
do pela Lei nº 9.983, de 2000) troladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar so- estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. (Incluído
mente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) CAPÍTULO III
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, DOS CRIMES CONTRA A
seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de
suas execuções fiscais.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Reingresso de estrangeiro expulso
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pa-
gamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que
e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade dele foi expulso:
ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajusta- expulsão após o cumprimento da pena.
do nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos bene-
fícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Denunciação caluniosa
CAPÍTULO II-A
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial,
(Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
de processo judicial, instauração de investigação administrativa,
DOS CRIMES PRATICADOS POR
inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra al-
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
guém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada
ESTRANGEIRA
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Corrupção ativa em transação comercial internacional
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, de anonimato ou de nome suposto.
vantagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de
pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofí- prática de contravenção.
cio relacionado à transação comercial internacional: (Incluído pela
Lei nº 10467, de 11.6.2002) Comunicação falsa de crime ou de contravenção
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter veri-
em razão da vantagem ou promessa, o funcionário público estran- ficado:
geiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Auto-acusação falsa
Tráfico de influência em transação comercial internacio-
nal (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexisten-
te ou praticado por outrem:
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vanta-
gem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público Falso testemunho ou falsa perícia
estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação
comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluí- como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em pro-
do pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) cesso judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Reda-
estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) ção dada pela Lei nº 12.850, de 2013) (Vigência)
Didatismo e Conhecimento 25
NOÇÕES DE DIREITO
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o § 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:
crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente,
processo civil em que for parte entidade da administração pública cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.
direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no pro- Favorecimento real
cesso em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a
verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria
ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra crime:
vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimen-
to, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: (Redação dada pela Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou fa-
Lei nº 10.268, de 28.8.2001) cilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação dada rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisio-
pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) nal. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela
terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a Lei nº 12.012, de 2009).
produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for
parte entidade da administração pública direta ou indireta. (Reda- Exercício arbitrário ou abuso de poder
ção dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade
Coação no curso do processo individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que:
favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabe-
qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em lecimento destinado a execução de pena privativa de liberdade ou
processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: de medida de segurança;
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança,
correspondente à violência. deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediata-
mente a ordem de liberdade;
Exercício arbitrário das próprias razões III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a
vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de seguran-
pena correspondente à violência. ça
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se
procede mediante queixa. Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente
presa ou submetida a medida de segurança detentiva:
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou con- § 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de
venção: uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão, de
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. dois a seis anos.
§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se
Fraude processual também a pena correspondente à violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo é praticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, o internado.
com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: § 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de três meses a um ano,
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito ou multa.
em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se
em dobro. Evasão mediante violência contra a pessoa
Didatismo e Conhecimento 26
NOÇÕES DE DIREITO
Arrebatamento de preso CAPÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS
Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
quem o tenha sob custódia ou guarda:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena corres- Contratação de operação de crédito
pondente à violência.
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito,
Motim de presos interno ou externo, sem prévia autorização legislativa: (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou dis- Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei
ciplina da prisão: nº 10.028, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, auto-
correspondente à violência. riza ou realiza operação de crédito, interno ou externo: (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Patrocínio infiel I – com inobservância de limite, condição ou montante esta-
belecido em lei ou em resolução do Senado Federal; (Incluído pela
Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o Lei nº 10.028, de 2000)
dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juí- II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o
zo, lhe é confiado: limite máximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº 10.028,
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. de 2000)
Violência ou fraude em arrematação judicial Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de Lei nº 10.028, de 2000)
violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº 10.028,
pena correspondente à violência. de 2000)
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que
de direito tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou superior ao
valor da garantia prestada, na forma da lei: (Incluído pela Lei nº
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou 10.028, de 2000)
múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. pela Lei nº 10.028, de 2000)
Didatismo e Conhecimento 27
NOÇÕES DE DIREITO
Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei nº Gabarito
10.028, de 2000)
Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o 01. Resposta: “E”. “I” está correta porque a principal dife-
cancelamento do montante de restos a pagar inscrito em valor su- rença entre direitos e garantias é que os primeiros servem para
perior ao permitido em lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) determinar os bens jurídicos tutelados e as segundas são os instru-
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído mentos para assegurar estes (ex: direito de liberdade de locomoção
pela Lei nº 10.028, de 2000) – garantia do habeas corpus). “II” está correta, afinal, o próprio
artigo 5º prevê em seu §2º que “os direitos e garantias expressos
Aumento de despesa total com pessoal no último ano do nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
mandato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000) dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em
que a República Federativa do Brasil seja parte”, fundamento que
Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete também demonstra que o item “III” está correto. O item IV traz
aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias cópia do artigo 5º, X, CF, que prevê que “são invioláveis a intimi-
anteriores ao final do mandato ou da legislatura: (Incluído pela Lei dade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
nº 10.028, de 2000)) o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela sua violação”; o que faz também o item V com relação ao artigo
Lei nº 10.028, de 2000) 5º, VI, CF que diz que “é inviolável a liberdade de consciência e
de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos
Oferta pública ou colocação de títulos no mercado (Incluí- e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
do pela Lei nº 10.028, de 2000) liturgias”. Sendo assim, todas afirmativas estão corretas.
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública
ou a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pública
sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registra-
dos em sistema centralizado de liquidação e de custódia: (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela
Lei nº 10.028, de 2000)
Questão
Didatismo e Conhecimento 28
DIREITOS HUMANOS E
CIDADANIA
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
DIREITOS E GARANTIAS
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988:
FUNDAMENTAIS;
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO
ESTADO BRASILEIRO;
Didatismo e Conhecimento 1
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
de direitos humanos emitidas por organizações internacionais re- que os povos exprimiram a sua determinação « em preservar as
gionais põem um acento maior ou menor no aspecto cultural e dão gerações futuras do flagelo da guerra; proclamar a fé nos direitos
mais importância a determinados direitos de acordo com sua tra- fundamentais do Homem, na dignidade e valor da pessoa huma-
jetória histórica. A Organização da Unidade Africana proclamou na, na igualdade de direitos entre homens e mulheres, assim como
em 1981 a Carta Africana de Direitos Humanos e de Povos, que das nações, grande e pequenas; em promover o progresso social e
reconhecia princípios da Declaração Universal dos Direitos Hu- instaurar melhores condições de vida numa maior liberdade.». A
manos de 1948 e adicionava outros que tradicionalmente se tinham criação das Nações Unidas simboliza a necessidade de um mundo
negado na África, como o direito de livre determinação ou o dever de tolerância, de paz, de solidariedade entre as nações, que faça
dos Estados de eliminar todas as formas de exploração econômi- avançar o progresso social e econômico de todos os povos.
ca estrangeira. Mais tarde, os Estados africanos que acordaram a Os principais objetivos das Nações Unidas, passam por manter
Declaração de Túnez, em 6 de novembro de 1992, afirmaram que a paz, a segurança internacional, desenvolver relações amigáveis
não se pode prescrever um modelo determinado a nível universal, entre as nações, realizar a cooperação internacional resolvendo
problemas internacionais do cariz econômico, social, intelectual
já que não podem se desvincular as realidades históricas e culturais
e humanitário, desenvolver e encorajar o respeito pelos direitos
de cada nação e as tradições, normas e valores de cada povo. Em
humanos e pelas liberdades fundamentais sem qualquer tipo de
uma linha similar se pronunciam a Declaração de Bangkok, emiti-
distinção.
da por países asiáticos em 23 de abril de 1993, e de Cairo, firmada
Assim, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das
pela Organização da Conferência Islâmica em 5 de agosto de 1990.
Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos
Também a visão ocidental-capitalista dos direitos humanos,
Humanos.
centrada nos direitos civis e políticos, se opôs um pouco durante A Declaração Universal dos Direitos Humanos é fundamen-
a Guerra Fria, destacando no seio das Nações Unidas, ao do bloco tal na nossa Sociedade, quase todos os documentos relativos aos
socialista, que privilegiava os direitos econômicos, sociais e cultu- direitos humanos tem como referência esta Declaração, e alguns
rais e a satisfação das necessidades elementais. Estados fazem referência direta nas suas constituições nacionais.
Os direitos humanos são o resultado de uma longa história, A Declaração Universal dos Direitos Humanos, ganhou uma
foram debatidos ao longo dos séculos por filósofos e juristas. importância extraordinária contudo não obriga juridicamente que
O início desta caminhada, remete-nos para a área da religião, todos os Estados a respeitem e, devido a isso, a partir do momento
quando o Cristianismo, durante a Idade Média, é a afirmação da em que foi promulgada, foi necessário a preparação de inúmeros
defesa da igualdade de todos os homens numa mesma dignidade, documentos que especificassem os direitos presentes na declara-
foi também durante esta época que os matemáticos cristãos reco- ção e assim força-se os Estados a cumpri-la. Foi nesse contexto
lheram e desenvolveram a teoria do direito natural, em que o in- que, no período entre 1945-1966 nasceram vários documentos.
divíduo está no centro de uma ordem social e jurídica justa, mas a Assim, a junção da Declaração Universal dos Direitos Huma-
lei divina tem prevalência sobre o direito laico tal como é definido nos, os dois pactos efetuados em 1966, nomeadamente O Pacto
pelo imperador, o rei ou o príncipe. Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional
Com a idade moderna, os racionalistas dos séculos XVII e dos Direitos Econômicos, sócias e Culturais, bem como os dois
XVIII, reformulam as teorias do direito natural, deixando de es- protocolos facultativos do Pacto dos Direitos Civis e Políticos (que
tar submetido a uma ordem divina. Para os racionalistas todos os em 1989 aboliu a pena de morte), constituem A Carta Internacional
homens são por natureza livres e têm certos direitos inatos de que dos Direitos do Homem.
não podem ser despojados quando entram em sociedade. Foi esta Muitos filósofos e historiadores do Direito consideram que
corrente de pensamento que acabou por inspirar o atual sistema não se pode falar de direitos humanos até a modernidade no Oci-
internacional de protecção dos direitos do homem. dente. Até então, as normas da comunidade, concebidas na relação
A evolução destas correntes veio a dar frutos pela primeira vez com a ordem cósmica, não deixavam espaço para o ser humano
na Inglaterra, e depois nos Estados Unidos. A Magna Carta (1215) como sujeito singular, se concebendo o direito primariamente
deu garantias contra a arbitrariedade da Coroa, e influenciou diver- como a ordem objetiva da sociedade. A sociedade estamental tem
sos documentos, como por exemplo o Acto Habeas Corpus (1679), seu centro em grupos como a família, a linhagem ou as corpora-
que foi a primeira tentativa para impedir as detenções ilegais. A ções profissionais ou laborais, o que implica que não se concebem
Declaração Americana da Independência surgiu a 4 de Julho de faculdades próprias do ser humano enquanto tal. Pelo contrário, se
1776, onde constavam os direitos naturais do ser humano que o entende que toda faculdade atribuível ao indivíduo deriva de um
poder político deve respeitar, esta declaração teve como base a duplo status: o do sujeito no seio da família e o desta na sociedade.
Declaração de Virgínia proclamada a 12 de Junho de 1776, onde Fora do status não há direitos.
estava expressa a noção de direitos individuais. A existência dos direitos subjetivos, tal e como se pensam na
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, procla- atualidade, será objeto de debate durante os séculos XVI, XVII e
mada em França em 1789, e as reivindicações ao longo dos séculos XVIII, o que é relevante porque habitualmente se diz que os direi-
XIV e XV em prol das liberdades, alargou o campo dos direitos tos humanos são produto da afirmação progressiva da individuali-
humanos e definiu os direitos econômicos e sociais. dade e que, de acordo com ele, a idéia de direitos do homem apa-
Mas o momento mais importante, na história dos Direitos receu pela primeira vez durante a luta burguesa contra o sistema do
do Homem, é durante 1945-1948. Em 1945, os Estados tomam Antigo Regime. Sendo esta a consideração mais estendida, outros
consciência das tragédias e atrocidades vividas durante a 2ª Guerra autores consideram que os direitos humanos são uma constante na
Mundial, o que os levou a criar a Organização das Nações Unidas História e tem suas raízes no mundo clássico; também sua origem
(ONU) em prol de estabelecer e manter a paz no mundo. Foi atra- se encontra na afirmação do cristianismo da dignidade moral do
vés da Carta das Nações Unidas, assinada em 20 de Junho de 1945, homem enquanto pessoa.
Didatismo e Conhecimento 2
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
No século XVII e XVIII, filósofos europeus, destacando-se
John Locke, desenvolveram o conceito do direito natural. Os di- CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS (1945):
reitos naturais, para Locke, não dependiam da cidadania nem das
ART.1º, §3º E ART.55.
leis de um Estado, nem estavam necessariamente limitadas a um
grupo étnico, cultural ou religioso em particular. A teoria do con-
trato social, de acordo com seus três principais formuladores, o já
citado Locke, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, se baseia
em que os direitos do indivíduo são naturais e que, no estado de §3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os
natureza, todos os homens são titulares de todos os direitos. problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou
A primeira declaração dos direitos humanos da época moderna humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos hu-
é a Declaração dos Direitos da Virgínia de 12 de junho de 1776, es- manos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de
crita por George Mason e proclamada pela Convenção da Virgínia. raça, sexo, língua ou religião; e
Esta grande medida influenciou Thomas Jefferson na declaração
CAPÍTULO IX
dos direitos humanos que se existe na Declaração da Independên-
COOPERAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL INTERNACIONAL
cia dos Estados Unidos da América de 4 de julho de 1776, assim
como também influenciou a Assembléia Nacional francesa em sua
Artigo 55. Com o fim de criar condições de estabilidade e bem
declaração, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações,
1789 esta última definia o direito individual e coletivo das pessoas. baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da auto-
A noção de direitos humanos não experimentou grandes mu- determinação dos povos, as Nações Unidas favorecerão:
danças até o século seguinte com o início das lutas operárias, sur- a) níveis mais altos de vida, trabalho efetivo e condições de
giram novos direitos que pretendiam dar solução a determinados progresso e desenvolvimento econômico e social;
problemas sociais através da intervenção do Estado. Neste proces- b) a solução dos problemas internacionais econômicos, sociais,
so são importantes a Revolução Russa e a Revolução Mexicana. sanitários e conexos; a cooperação internacional, de caráter cultural
Desde o nascimento da Organização das Nações Unidas em e educacional; e
1945, o conceito de direitos humanos se tem universalizado, alcan- c) o respeito universal e efetivo dos direitos humanos e das li-
çando uma grande importância na cultura jurídica internacional. berdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, lín-
Em 10 de dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direi- gua ou religião.
tos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembléia Geral das
Nações Unidas em sua Resolução 217 A (III), como resposta aos
horrores da Segunda Guerra Mundial e como intento de sentar as DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREI-
bases da nova ordem internacional que surgia atrás do armistício. TOS HUMANOS (ADOTADA E
Coincidência ou não, foi proclamada no mesmo ano da proclama- PROCLAMADA PELA RESOLUÇÃO 217-A
ção do estado de Israel. (III) – DA ASSEMBLÉIA GERAL DAS
Posteriormente foram aprovados numerosos tratados inter-
nacionais sobre a matéria, entre os quais se destacam os Pactos NAÇÕES UNIDAS, EM 10 DE DEZEMBRO
Internacionais de Direitos Humanos de 1966, e foram criados nu- DE 1948): UNIVERSALIDADE,
merosos dispositivos para sua promoção e garantia. IGUALDADE E NÃO DISCRIMINAÇÃO
Em 1979, em uma conferência do Instituto Internacional de (ARTIGOS 1º, 2º E 7º); DIREITO À VIDA, À
Direitos Humanos, Karel Vasak propôs uma classificação dos LIBERDADE E À SEGURANÇA (ART.3º);
direitos humanos em gerações,inspirado no lema da Revolução
Francesa (liberdade, igualdade, fraternidade). DIREITO DE IR E VIR E PROIBIÇÃO DE
Assim, os direitos humanos de primeira geração seriam os di- PRISÃO ARBITRÁRIA (ARTS.9º E 13);
reitos de liberdade, compreendendo os direitos civis, políticos e as ASILO (ART.14).
liberdades clássicas. Os direitos humanos de segunda geração ou
direitos de igualdade, constituiriam os direitos econômicos, sociais
e culturais. Já como direitos humanos de terceira geração, chama-
dos direitos de fraternidade, estariam o direito ao meio ambiente Declaração Universal dos Direitos Humanos
equilibrado, uma saudável qualidade de vida, progresso, paz, auto- Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Uni-
determinação dos povos e outros direitos difusos. das (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a De- Preâmbulo
claração dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita pela Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a
UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta geração de direitos todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e ina-
como sendo os direitos tecnológicos, tais como o direito de infor- lienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
mação e biodireito.[ Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos hu-
O jurista brasileiro Paulo Bonavides, defende que o direito à manos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da
paz, que segundo Karel Vasak seria um direito de terceira gera- humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e ho-
ção, merece uma maior visibilidade, motivo pelo qual constituiria mens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de
a quinta geração de direitos humanos. viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a
mais alta aspiração do ser humano comum,
Didatismo e Conhecimento 3
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam Artigo 8
protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais
compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos
opressão, fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de lei.
relações amistosas entre as nações, Artigo 9
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dig- Artigo 10
nidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa
homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e e pública audiência por parte de um tribunal independente e impar-
melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, cial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a acusação criminal contra ele.
promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito uni- Artigo 11
versal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a 1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito
observância desses direitos e liberdades, de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido
Considerando que uma compreensão comum desses direitos provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe te-
e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento nham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
desse compromisso, 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que,
Agora portanto a Assembleia Geral proclama a presente De- no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou
claração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a internacional. Também não será imposta pena mais forte de que
ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre Artigo 12
em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à
pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e inter- sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da
nacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância lei contra tais interferências ou ataques.
universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países- Artigo 13
Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e
Artigo 1 residência dentro das fronteiras de cada Estado.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, in-
e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em clusive o próprio e a esse regressar.
relação uns aos outros com espírito de fraternidade. Artigo 14
Artigo 2 1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos procurar e de gozar asilo em outros países.
e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de 2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
nascimento, ou qualquer outra condição.
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na con-
dição política, jurídica ou internacional do país ou território a que CONVENÇÃO PARA A PREVENÇÃO E A
pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, REPRESSÃO DO CRIME DE GENOCÍDIO:
sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra li- CONCEITO DE GENOCÍDIO (ART.2º),
mitação de soberania. RESPONSABILIDADE (ART.4º),
Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança GENOCÍDIO E EXTRADIÇÃO (ART.13).
pessoal.
Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravi-
dão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas for- ARTIGO II
mas. Na presente Convenção entende-se por genocídio qualquer
Artigo 5 dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir no todo ou
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou casti- em parte, um grupo nacional. étnico, racial ou religioso, como tal:
go cruel, desumano ou degradante. a) matar membros do grupo;
Artigo 6 b) causar lesão grave à integridade física ou mental de mem-
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, bros do grupo;
reconhecido como pessoa perante a lei. c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existên-
Artigo 7 cia capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer dis- d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio
tinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção de grupo;
contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para
contra qualquer incitamento a tal discriminação. outro grupo.
Didatismo e Conhecimento 4
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
ARTIGO IV 5) Assinale a alternativa incorreta. As penas não poderão ser:
As pessoas que tiverem cometido o genocídio ou qualquer a) de caráter perpétuo.
dos outros atos enumerados no Artigo III serão punidas, sejam go- b) de banimento.
vernistas, funcionários ou particulares. c) de perda de bens e valores.
ARTIGO XIII d) cruéis.
Na data em que os vinte primeiros instrumentos de ratificação
ou adesão tiverem sido depositados, o Secretário Geral lavrará uma 6) Assinale a alternativa falsa com relação aos direitos e deve-
ata, e transmitirá cópia da mesma a todos os membros das Nações res individuais e coletivos.
Unidas e aos Estados não-membros a que se refere o Artigo XI. a) Ninguém poderá ser submetido a tortura, mesmo se solda-
A presente Convenção entrará em vigor noventa dias após a dos de exércitos rivais, em casos de guerra declarada.
data do depósito do vigésimo instrumento de ratificação ou adesão. b) A manifestação do pensamento é livre, desde que não aja a
Qualquer ratificação ou adesão efetuada posteriormente à úl- pessoa no anonimato.
tima data entrará em vigor noventa dias após o deposito do instru- c) Cabe censura, dos órgãos competentes, a expressão da ati-
mento de ratificação ou adesão. vidade intelectual, artística, científica e de comunicação, para que
não ocorram em desacordo com os princípios e garantias estabele-
cidos nessa Constituição.
OS DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUI- d) Somente em virtude de lei, uma pessoa poderá ser obrigada
ÇÃO FEDERAL DE 1988 a fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
(ARTIGOS 5º AO 16).
7) Dentre os princípios que regem as relações internacionais
da República Federativa, não se encontra:
a) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor e qualquer forma de discriminação;
Prezado Candidato, o tema acima supracitado já foi b) independência nacional;
abordado em tópicos anteriores. c) defesa da paz;
d) concessão de asilo político.
Questões
1) Sobre a propriedade, na Constituição Federal, é correto 8) A individualização da pena será regulamentada por lei. E
afirmar que:
dentre as penas admissíveis, não figura:
a) A propriedade particular, em nenhuma hipótese poderá ser
a) multa.
usada pelo Poder Público, uma vez, que é assegurado ao proprietá-
b) privação ou restrição de liberdade.
rio o direito de privacidade.
c) de trabalhos forçados.
b) Poderá, em alguns casos, ser desapropriada por necessidade
d) prestação social alternativa.
ou utilidade pública, ou por interesse social.
c) Deverá atender a sua função judicial, estabelecida por ór-
gão competente. 9) Assinale dentre as afirmativas expostas, a sentença verda-
d) A propriedade rural, em qualquer tempo, poderá ser penho- deira em relação dos direitos e deveres individuais e coletivos:
rada como pagamento de débitos decorrentes de sua atividade pro- a) o exercício de qualquer trabalho ou profissão, deverá ser
dutiva, visando o não inadimplemento de seu proprietário. estabelecido por lei a cada cidadão, independentemente da qualifi-
cação profissional que possuir.
2) A República Federativa do Brasil não tem como fundamen- b) é garantido a todos o acesso à informação, sendo sempre
to: sua fonte pública a todos, uma vez que no art. 5° é vedado o ano-
a) soberania. nimato.
b) o pluralismo político. c) é plena a liberdade de associações para fins lícitos e para-
c) cidadania. militares.
d) garantia do desenvolvimento nacional. d) é livre a locomoção em tempo de paz, no território nacio-
nal, permitindo a todos entrarem, saírem ou permanecerem nele
3) O princípio da igualdade estabelecido no art. 5° da Consti- com seus bens.
tuição Federal, traz garantias aos brasileiros e estrangeiros residen-
tes no Brasil, não sendo uma delas: 10) Assinale a alternativa correta:
a) dignidade da pessoa humana. I- Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular
b) liberdade. que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público.
c) propriedade. II- O Estado prestará assistência judiciária gratuita aos que
d) inviolabilidade do direito a vida. comprovarem insuficiência de recursos.
III- São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data.
4) Entre os direitos e deveres invioláveis não se encontra: a) Todas alternativas são falsas.
a) a intimidade e a vida privada. b) Nenhuma alternativa é falsa.
b) a imagem das pessoas. c) As alternativas II e III são falsas.
c) a casa do indivíduo, no caso de flagrante delito. d) As alternativas I e III são falsas.
d) a liberdade de consciência e de crença.
Didatismo e Conhecimento 5
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA
GABARITO
1) B
Comentário: Uma vez que a Constituição em seu art. 5°, XXIV,
estabelece ser possível a desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição.
2) D
Comentário: Uma vez que a garantia do desenvolvimento nacio-
nal, configura um dos objetivos fundamentais da República e não um
de seus fundamentos. (Art. 3°, II, da CF)
3) A
Comentário: A dignidade da pessoa humana configura um dos
fundamentos da República Federativa do Brasil e não como garantia
entre os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, segundo o prin-
cípio da igualdade. (Art. 1°, III, da CF)
4) C
Comentário: A casa é asilo inviolável do indivíduo, porém em
caso de flagrante delito, desastre, prestação de socorro, ou se durante
o dia, por determinação judicial, poderá ser violável.
5) C
Comentário: Sendo que caracteriza um tipo de pena restritiva de
direito, admitida em lei, no art. 43, II, do Código Penal.
6) C
Comentário: A expressão de atividade intelectual, artística, cien-
tífica e de comunicação é livre, independentemente de censura ou li-
cença. (Art.5°, IX, da CF)
7) A
Comentário: Sendo que promover o bem de todos, sem precon-
ceitos e discriminações é um objetivo fundamental da República e
não princípio que rege as relações internacionais. (Art.3°, IV, da CF)
8) C
Comentário: Já que é inadmissível a pena de trabalhos forçados,
como estabelece o art. 5°, XLVII, c, da CF.
9) D
Comentário: É plenamente permitido em tempos de paz a loco-
moção no território nacional, como expões o art. 5°, XV, da CF, sendo
todas as outras alternativas erradas.
10) B
Comentário: Nenhuma das alternativas é falsa, segundo o art. 5°
LXXIII, LXXIV e LXVII.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação po-
pular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade
de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio am-
biente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo com-
provada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;
LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “ha-
beas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
cidadania.
FONTE: http://www.direitonet.com.br/testes/exibir/236/re-
sultados
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
TÍTULO II
Do Provimento dos Cargos
DIREITOS, DEVERES E REGIME
DISCIPLINAR DOS FUNCIONÁRIOS CAPÍTULO I
PÚBLICOS CIVIS DO ESTADO DO CEARÁ Das Disposições Preliminares
(LEI ESTADUAL Nº9.826, DE 14 DE MAIO Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são acessí-
DE 1974). veis a todos brasileiros, observadas as condições prescritas em lei
e regulamento.
Art. 5º - Para os efeitos deste Estatuto, considera-se Sistema Art. 10 - O ato de provimento deverá indicar a existência de
Administrativo o complexo de órgãos dos Poderes Legislativo e vaga, com os elementos capazes de identificá-la.
Executivo e suas entidades autárquicas.
Art. 11 - O disciplinamento normativo das formas de provi-
mento dos cargos públicos referidos nos itens VIII e IX do art. 9º é
objeto de legislação específica.
Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo efetivo sem § 2º - O seguro poderá ser feito pela própria repartição em que
declarar, previamente, que não ocupa outro cargo ou exerce função ou terá exercício o funcionário.
emprego público da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito § 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança antes de toma-
Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas públicas e sociedades da de contas do funcionário.
de economia mista, ou apresentar comprovante de exoneração ou dis- § 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens do Esta-
pensa do outro cargo que ocupava, ou da função ou emprego que exer- do não ficará isento da ação administrativa que couber, ainda que
ce, ou, ainda, nos casos de acumulação legal, comprovante de ter sido a o valor da fiança seja superior ao dano verificado ao patrimônio
mesma julgada lícita pelo órgão competente. público.
Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
I - adaptação do servidor ao trabalho, verificada por meio de *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): O funcioná-
avaliação da capacidade e qualidade no desempenho das atribui- rio que, em estágio probatório, não satisfizer qualquer dos requi-
ções do cargo; sitos previstos no artigo anterior, será exonerado, nos casos dos
II - equilíbrio emocional e capacidade de integração; itens I e II desse artigo, e demitido, na hipótese do item III do mes-
III - cumprimento dos deveres e obrigações do servidor públi- mo artigo, cabendo a iniciativa do procedimento de sindicância ao
co, inclusive com observância da ética profissional. dirigente da repartição, sob pena de sua responsabilidade. Pará-
*Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. grafo único - Na ausência da providência de que trata este artigo,
8.1.2001 – Apêndice. a iniciativa poderá ser de qualquer interessado, não excluindo a
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 3º - No apuração da responsabilidade da autoridade omissa.
estágio probatório, os cursos de treinamento para formação pro-
fissional ou aperfeiçoamento do funcionário são de caráter com- Art. 29 – O ato administrativo declaratório da estabilidade
petitivo e eliminatório. do servidor no cargo de provimento efetivo, após cumprimento do
*§ 4º - O estágio probatório corresponderá a uma complemen- estágio probatório e aprovação na avaliação especial de desem-
tação do concurso público a que se submeteu o servidor, devendo penho, será expedido pela autoridade competente para nomear,
ser obrigatoriamente acompanhado e supervisionado pelo Chefe retroagindo seus efeitos à data do término do período do estágio
Imediato. probatório.
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. *Alterado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
8.1.2001 – Apêndice. – Apêndice.
*§ 5º - Durante o estágio probatório, os cursos de treinamento *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
para formação profissional ou aperfeiçoamento do servidor, pro- Art. 29 - A qualquer tempo do período de estágio probatório,
movidos gratuitamente pela Administração, serão de participação a critério do dirigente da repartição onde o estagiário estiver em
obrigatória e o resultado obtido pelo servidor será considerado por exercício, poderá ser declarado cumprido o estágio e o funcio-
ocasião da avaliação especial de desempenho, tendo a reprovação nário confirmado no seu cargo, desde que satisfaça os requisitos
caráter eliminatório. estabelecidos no art. 27 e seus parágrafos. § 1º - De qualquer
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. modo, caso não tenham sido adotadas quaisquer providências
8.1.2001 – Apêndice. para a supervisão objetiva do estágio probatório, este será encer-
*§ 6º - Fica vedada qualquer espécie de afastamento dos ser- rado após o decurso do prazo referido no art. 27 deste Estatuto,
vidores em estágio probatório, ressalvados os casos previstos nos confirmando-se o funcionário no cargo. § 2º - O ato de confirma-
incisos I, II, III, IV, VI, X, XII, XIII, XV e XXI do art. 68 da Lei nº
ção do funcionário no cargo, cumprido o estágio probatório, será
9.826, de 14 de maio de 1974.
expedido pela autoridade competente para nomear.
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
8.1.2001 – Apêndice.
Art. 30 - O funcionário estadual que, sendo estável, tomar
*§ 7º - O servidor em estágio probatório não fará jus a ascen-
posse em outro cargo para cuja confirmação se exige estágio pro-
são funcional.
batório, será afastado do exercício das atribuições do cargo que
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
8.1.2001 – Apêndice. ocupava, com suspensão do vínculo funcional nos termos do artigo
*§ 8º - As faltas disciplinares cometidas pelo servidor após 66, item I, alíneas a, b e c desta lei.
o decurso do estágio probatório e antes da conclusão da avalia- Parágrafo único - Não se aplica o disposto neste artigo aos
ção especial de desempenho serão apuradas por meio de processo casos de acumulação lícita.
administrativo-disciplinar, precedido de sindicância, esta quando
necessária. CAPÍTULO VII
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. Do Exercício
8.1.2001 – Apêndice. *
*§ 9º - São independentes as instâncias administrativas da Art. 31 - O início, a interrupção e o reinício do exercício das
avaliação especial de desempenho e do processo administrativo- atribuições do cargo serão registrados no cadastro individual do
disciplinar, na hipótese do parágrafo anterior, sendo que resultan- funcionário.
do exoneração ou demissão do servidor, em qualquer dos proce- *Ver art. 67 da Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994
dimentos, restará prejudicado o que estiver ainda em andamento. – Apêndice.
*Acrescentado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O.
8.1.2001 – Apêndice. Art. 32 - Ao dirigente da repartição para onde for designado o
* funcionário compete dar-lhe exercício.
Art. 28 - O servidor que durante o estágio probatório não sa-
tisfizer qualquer dos requisitos previstos no § 3º do artigo anterior, Art. 33 - O exercício funcional terá início no prazo de trinta
será exonerado, nos casos dos itens I e II, e demitido na hipótese dias, contados da data:
do item III. I - da publicação oficial do ato, no caso de reintegração;
*Parágrafo único - O ato de exoneração ou de demissão do II - da posse, nos demais casos.
servidor em razão de reprovação na avaliação especial de desem-
penho será expedido pela autoridade competente para nomear. Art. 34 - O funcionário terá exercício na repartição onde for
*Alterado pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001 lotado o cargo por ele ocupado, não podendo dela se afastar, salvo
– Apêndice. nos casos previstos em lei ou regulamento.
Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 1º - O afastamento não se prolongará por mais de quatro CAPÍTULO IX
anos consecutivos, salvo: Da Substituição
I - quando para exercer as atribuições de cargo ou função de
direção ou de Governo dos Estados, da União, Distrito Federal, Art. 39 - Haverá substituição nos casos de impedimento legal
Territórios e Municípios e respectivas entidades da administração ou afastamento de titular de cargo em comissão.
indireta;
II - quando à disposição da Presidência da República; Art. 40 - A substituição será automática ou dependerá de no-
III - quando para exercer mandato eletivo, estadual, federal meação.
ou municipal, observado, quanto a este, o disposto na legislação § 1º - A substituição automática é estabelecida em lei, regula-
especial pertinente; mento, regimento ou manual de serviço, e proceder-se-á indepen-
IV - quando convocado para serviço militar obrigatório; dentemente de lavratura de ato.
V - quando se tratar de funcionário no gozo de licença para *§ 2º - Quando depender de ato da administração, o substituto
acompanhar o cônjuge. será nomeado pelo Governador, Presidente da Assembleia, Presi-
dente do Tribunal de Contas, Presidente do Conselho de Contas dos
§ 2º - Preso preventivamente, pronunciado por crime comum
Municípios, ou dirigente autárquico, conforme o caso.
ou denunciado por crime inafiançável, em processo do qual não
*Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 – D. O.
haja pronúncia, o funcionário será afastado do exercício, até sen- 22.12.1992 – Apêndice.
tença passada em julgado. *§ 3º - A substituição, nos termos dos parágrafos anteriores,
§ 3º - O funcionário afastado nos termos do parágrafo anterior será gratuita, salvo se exceder de 30 dias, quando então será remu-
terá direito à percepção do benefício do auxílio-reclusão, nos ter- nerada por todo o período.
mos da legislação previdenciária específica. * Regulamentado pelo Decreto nº 19.168, de 4.3.1988 - D. O.
7.3.1988 – Apêndice.
Art. 35 - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por lotação
a quantidade de cargos, por grupo, categoria funcional e classe, Art. 41 - Em caso de vacância do cargo em comissão e até seu
fixada em regulamento como necessária ao desenvolvimento das provimento, poderá ser designado, pela autoridade imediatamente
atividades das unidades e entidades do Sistema Administrativo Ci- superior, um funcionário para responder pelo expediente.
vil do Estado. Parágrafo único - Ao responsável pelo expediente se aplicam
as disposições do art. 40, § 3º.
Art. 36 - Para entrar em exercício, o funcionário é obrigado a
apresentar ao órgão de pessoal os elementos necessários à atuali- Art. 42 - Pelo tempo da substituição remunerada, o substituto
zação de seu cadastro individual. perceberá o vencimento e a gratificação de representação do cargo,
ressalvado o caso de opção, vedada, porém, a percepção cumulativa
CAPÍTULO VIII de vencimento, gratificações e vantagens.
Da Remoção
* CAPÍTULO X
Art. 37 - Remoção é o deslocamento do funcionário de uma Da Progressão e Ascensão Funcionais
para outra unidade ou entidade do Sistema Administrativo, proces- SEÇÃO I
sada de ofício ou a pedido do funcionário, atendidos o interesse Da Progressão Horizontal
público e a conveniência administrativa. *Revogada a
*O instituto da remoção foi regulamentado pela Lei nº SEÇÃO I, compreendendo os artigos 43 a 45, pela Lei nº
12.913, de 17.6.1999 – D. O. de 18.6.1999.
10.276, de 3.7.1979 - D. O. 3.7.1979 - Apêndice.
§ 1º - A remoção respeitará a lotação das unidades ou enti-
Art.gos Revogados:
dades administrativas interessadas e será realizada, no âmbito de
Art. 43 - Progressão horizontal é o percentual calculado sobre
cada uma, pelos respectivos dirigentes e chefes, conforme se dis- o vencimento, a que fará jus o funcionário, por quinquênio de efe-
puser em regulamento. tivo exercício, caracterizando-se como recompensa da antiguidade
§ 2º - O funcionário estadual cujo cônjuge, também servidor funcional.
público, for designado ex-officio para ter exercício em outro ponto *Ver Lei nº 10.802, de 13.6.83 - D. O. 14.6.83 - Apêndice.
do território estadual ou nacional ou for detentor de mandato ele- § 1º - A cada cinco anos de efetivo exercício corresponderá 5
tivo, tem direito a ser removido ou posto à disposição da unidade % (cinco por cento) calculados sobre a retribuição corresponden-
de serviço estadual que houver no lugar de domicílio do cônjuge te ao padrão, nível ou símbolo do cargo a que esteja vinculado o
ou em que funcionar o órgão sede do mandato eletivo, com todos funcionário.
os direitos e vantagens do cargo. § 2º - A progressão horizontal é devida a partir do dia ime-
diato àquele em que o funcionário completar cinco anos de efetivo
Art. 38 - A remoção por permuta será processada a pedido exercício, quer ocupe cargo efetivo ou em comissão e será incluída
escrito de ambos os interessados e de acordo com as demais dispo- automaticamente em folha de pagamento, após a devida opção do
sições deste Capítulo. funcionário, independente de requerimento da parte interessada.
§ 3º - A progressão horizontal é extensiva aos servidores, re-
manescentes das antigas Tabelas Numéricas de Mensalistas em
extinção, e aos demais servidores estáveis do Sistema Administra-
tivo Estadual.
Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 44 - A promoção, o acesso, a transferência ou qualquer CAPÍTULO XI
outra forma de ascensão do funcionário não interromperá a pro- Do Reingresso no Sistema Administrativo Estadual
gressão horizontal, que passará a ser calculada pelo vencimento
básico do novo cargo. SEÇÃO I
* Da Reintegração
Art. 45 - Será computado, para efeito de progressão horizon-
tal, aposentadoria ou disponibilidade, o tempo de serviço prestado Art. 52 - A reintegração, que decorrerá de decisão adminis-
em cargo, emprego ou função integrantes da Administração Dire- trativa ou judicial, é o reingresso do funcionário no serviço admi-
ta ou Indireta, Federal, Estadual ou Municipal e das Fundações nistrativo, com ressarcimento dos vencimentos relativos ao cargo.
instituídas ou encampadas pelo poder público, mesmo que subme- Parágrafo único - A decisão administrativa que determinar
tido ao regime da legislação trabalhista. a reintegração será proferida em recurso ou em virtude de reabi-
*Redação dada pela Lei nº 10.312, de 26.9.1979 D. O. litação funcional determinada em processo de revisão nos termos
27.9.1979 - Apêndice. deste Estatuto.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
Art. 53 - A reintegração será feita no cargo anteriormente ocu-
Art. 45 – Somente será computado para efeito da progressão
pado, o qual será restabelecido caso tenha sido extinto.
horizontal o tempo de efetivo exercício nas atribuições de cargo
estadual. Parágrafo único – não se aplica o disposto neste artigo Art. 54 - Reintegrado o funcionário, quem lhe houver ocu-
aos casos de conversão das atuais gratificações adicionais por pado o lugar será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado,
tempo de serviço, em que se levará em conta todo o tempo de ser- sem direito a qualquer indenização, ou ficará como excedente da
viço pelo qual o funcionário fez jus às referidas vantagens. lotação.
SEÇÃO II Art. 55 - O funcionário reintegrado será submetido a inspeção
Da Ascensão Funcional médica e aposentado, se julgado incapaz.
*
Art. 46 - Ascensão funcional é a elevação do funcionário de SEÇÃO II
um cargo para outro de maiores responsabilidades e atribuições Do Aproveitamento
mais complexas, ou que exijam maior tempo de preparação pro-
fissional, de nível de vencimento mais elevado, ou de atribuições Art. 56 - Aproveitamento é o retorno ao exercício do cargo do
mais compatíveis com as suas aptidões. funcionário em disponibilidade.
*Ver arts. 21, 22, 23, 29 e Parágrafo único da Lei de nº *
12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994, e Decreto nº 22.793 de Art. 57 - A juízo e no interesse do Sistema Administrativo, os
1º.10.1993 - D. O. 4.10.1993 – Apêndice. funcionários estáveis, ocupantes de cargos extintos ou declarados
desnecessários, poderão ser compulsoriamente aproveitados em
Art. 47 - São formas de ascensão funcional: outros cargos compatíveis com a sua aptidão funcional, mantido o
I - a promoção; vencimento do cargo, ou postos em disponibilidade nos termos do
*II - o acesso; art. 109, parágrafo único da Constituição do Estado.
*Ver Constituição Federal art. 37, inciso II - Constituição *Ver § 3º do art. 41 da Constituição Federal e § 3º do art. 172
Estadual art. 154, inciso II. da Constituição Estadual.
III - a transferência. § 1º - O aproveitamento dependerá de provas de habilitação,
de sanidade e capacidade física mediante exames de suficiência e
inspeção médica.
Art. 48 - A promoção é a elevação do funcionário à classe
§ 2º - Quando o aproveitamento ocorrer em cargo cujo ven-
imediatamente superior àquela em que se encontra dentro da mes-
cimento for inferior ao do anteriormente ocupado, o funcionário
ma série de classes na categoria funcional a que pertencer. perceberá a diferença a título de vantagem pessoal, incorporada
ao vencimento para fins de progressão horizontal, disponibilidade
Art. 49 - Acesso é a ascensão do funcionário de classe final da e aposentadoria.
série de classes de uma categoria funcional para a classe inicial da § 3º - Não se abrirá concurso público, nem se preencherá vaga
série de classes ou de outra categoria profissional afim. no Sistema Administrativo Estadual sem que se verifique, previa-
mente, a inexistência de funcionário a aproveitar, possuidor da ne-
Art. 50 - Transferência é a passagem do funcionário de uma cessária habilitação.
para outra categoria funcional, dentro do mesmo quadro, ou não, e
atenderá sempre aos aspectos da vocação profissional. Art. 58 - Na ocorrência de vagas nos quadros de pessoal do
Estado o aproveitamento terá precedência sobre as demais formas
Art. 51 - As formas de ascensão funcional obedecerão sempre de provimento, ressalvadas as destinadas à promoção e acesso.
a critério seletivo, mediante provas que sejam capazes de verificar Parágrafo único - Havendo mais de um concorrente à mesma
a qualificação e aptidão necessárias ao desempenho das atribui- vaga, preferência pela ordem:
ções do novo cargo, conforme se dispuser em regulamento. I - o de melhor classificação em prova de habilitação;
II - o de maior tempo de disponibilidade;
III - o de maior tempo de serviço público;
IV - o de maior prole.
Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 59 - Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada Art. 64 - A vaga ocorrerá na data:
a disponibilidade do funcionário, se este, cientificado, expressa- I - da vigência do ato administrativo que lhe der causa;
mente, do ato de aproveitamento, não tomar posse no prazo legal, II - da morte do ocupante do cargo;
salvo caso de doença comprovada em inspeção médica. III - da vigência do ato que criar e conceder dotação para o
Parágrafo único - Provada em inspeção médica a incapacida- seu provimento ou do que determinar esta última medida, se o car-
de definitiva, a disponibilidade será convertida em aposentadoria, go já estiver criado;
com a sua consequente decretação. IV - da vigência do ato que extinguir cargo e autorizar que sua
dotação permita o preenchimento de cargo vago.
SEÇÃO III Parágrafo único - Verificada a vaga serão consideradas aber-
Da Reversão tas, na mesma data, todas as que decorrerem de seu preenchimento.
Art. 60 - Reversão é o reingresso no Sistema Administrativo CAPÍTULO II
do aposentado por invalidez, quando insubsistentes os motivos da Da Suspensão do Vínculo Funcional
aposentadoria.
Art. 65 - O regime jurídico estabelecido neste Estatuto não se
Art. 61 - A reversão far-se-á de ofício ou a pedido, de prefe-
aplicará, temporariamente, ao funcionário estadual:
rência no mesmo cargo ou naquele em que se tenha transforma-
I - no caso de posse ou ingresso em outro cargo, função ou
do, ou em cargo de vencimentos e atribuições equivalentes aos do
emprego não acumuláveis com o cargo que vinha ocupando;
cargo anteriormente ocupado, atendido o requisito da habilitação
profissional. *II - no caso de opção em caráter temporário, pelo regime a
Parágrafo único - São condições essenciais para que a rever- que alude o art. 106 da Constituição Federal ou pelo regime da
são se efetive: legislação trabalhista;
a) que o aposentado não haja completado 60 (sessenta) anos *Ver art. 37, inciso IX, da Constituição Federal.
de idade; III - no caso de disponibilidade;
b) que o inativo seja julgado apto em inspeção médica; IV - no caso de autorização para o trato de interesses parti-
c) que a Administração considere de interesse do Sistema Ad- culares.
ministrativo o reingresso do aposentado na atividade.
*d) que o início do processo de aposentadoria, nos termos do Art. 66 - Os casos indicados no artigo anterior implicam em
art. 153 desta Lei, tenha se dado em até 2 (dois) anos. suspensão do vínculo funcional, acarretando os seguintes efeitos:
*Acrescentado pela Lei Complementar nº 92, de 25/1/ 2011. I - em relação ao item I, do artigo anterior:
– D.O. 27.1.2011 - Apêndice. a) dar-se-á, automaticamente, a suspensão do vínculo funcio-
nal até que seja providenciada a exoneração ou demissão;
TÍTULO III *b) enquanto vigorar a suspensão do vínculo, o servidor não
Da Extinção e da Suspensão do Vínculo Funcional fará jus aos vencimentos do cargo desvinculado, não computando,
quanto a este, para nenhum efeito, tempo de contribuição;
CAPÍTULO I *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
Da Vacância dos Cargos 25.1.2005 - Apêndice.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): b) enquanto
Art. 62 - A vacância do cargo resultará de: vigorar a suspensão do vínculo, o funcionário não fará jus aos
I - exoneração; vencimentos do cargo desvinculado, não computando, quanto a
*II - demissão; este, para nenhum efeito, tempo de serviço;
*Ver art. 37 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 - D. O. de 4.9.1990 c) o funcionário reingressará no exercício das atribuições do
– Apêndice. cargo de que se desvinculou na hipótese de não lograr confirmação
III - ascensão funcional;
no cargo para o qual se tenha submetido a estágio probatório.
IV - aposentadoria;
II - na hipótese do item II do artigo anterior, o funcionário não
V - falecimento.
fará jus à percepção dos vencimentos, computando-se, entretanto,
Art. 63 - Dar-se-á exoneração: o período de suspensão do vínculo para fins de disponibilidade e
I - a pedido do funcionário; aposentadoria, obrigando o funcionário a continuar a pagar a sua
II - de ofício, nos seguintes casos: contribuição de previdência com base nos vencimentos do cargo
a) quando se tratar de cargo em comissão; de cujas atribuições se desvinculou;
b) quando se tratar de posse em outro cargo ou emprego da *III - no caso de disponibilidade, o servidor continuará sendo
União, do Estado, do Município, do Distrito Federal, dos Territó- considerado como em atividade, computando-se o período de sus-
rios, de Autarquia, de Empresas Públicas ou de Sociedade de Eco- pensão do vínculo para aposentadoria;
nomia Mista, ressalvados os casos de substituição, cargo de Go- *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
verno ou de direção, cargo em comissão e acumulação legal desde 25.1.2005 - Apêndice.
que, no ato de provimento, seja mencionada esta circunstância; *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): III - no caso
c) na hipótese do não atendimento do prazo para início de do item III do artigo anterior, o funcionário continuará sendo con-
exercício, de que trata o artigo 33; siderado como em atividade, computando-se o período de suspen-
d) na hipótese do não cumprimento dos requisitos do estágio, são do vínculo para aposentadoria, nova disponibilidade, se for o
nos termos do art. 27. caso, e progressão horizontal;
Didatismo e Conhecimento 7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*IV - na hipótese de autorização de afastamento para o trato XII - licença à funcionária gestante;
de interesses particulares, o servidor não fará jus à percepção de XIII - licença para tratamento de saúde;
vencimentos, tendo porém que recolher mensalmente o percentual XIV - licença para tratamento de moléstias que impossibili-
de 33 % (trinta e três por cento) incidente sobre o valor de sua últi- tem o funcionário definitivamente para o trabalho, nos termos em
ma remuneração para fins de contribuição previdenciária, que será que estabelecer Decreto do Chefe do Poder Executivo;
destinada ao Sistema Único de Previdência Social e dos Membros XV - doença, devidamente comprovada, até 36 dias por ano e
de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC. não mais de 3 (três) dias por mês;
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. XVI - missão ou estudo noutras partes do território nacional
25.1.2005 - Apêndice. ou no estrangeiro, quando o afastamento houver sido expressa-
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): IV - na hi- mente autorizado pelo Governador do Estado, ou pelos Chefes dos
pótese do item IV do artigo anterior, o funcionário não fará jus à Poderes Legislativo e Judiciário;
percepção de vencimentos nem ao cômputo do período de suspen- XVII - decorrente de período de trânsito, de viagem do fun-
são do vínculo como tempo de serviço, para nenhum efeito. cionário que mudar de sede, contado da data do desligamento e até
*§ 1° - A autorização de afastamento, de que trata o inciso o máximo de 15 dias;
IV deste artigo, poderá ser concedida sem a obrigatoriedade do XVIII - prisão do funcionário, absolvido por sentença transi-
recolhimento mensal da alíquota de 33 % (trinta e três por cento), tada em julgado;
não sendo, porém, o referido tempo computado para obtenção de XIX - prisão administrativa, suspensão preventiva, e o perío-
qualquer benefício previdenciário, inclusive aposentadoria. do de suspensão, neste último caso, quando o funcionário for rea-
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. bilitado em processo de revisão;
25.1.2005 - Apêndice. XX - disponibilidade;
*§ 2° - Os valores de contribuição, referidos no inciso IV des- *XXI - nascimento de filho, até um dia, para fins de registro
te artigo, serão reajustados nas mesmas proporções da remunera- civil.
ção do servidor no respectivo cargo. *Ver Constituição Federal, art. 10, inciso II, § 1º dos ADCT.
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. § 1º - Para os efeitos deste Estatuto, entende-se por acidente
25.1.2005 - Apêndice. de trabalho o evento que cause dano físico ou mental ao funcio-
nário, por efeito ou ocasião do serviço, inclusive no deslocamento
TÍTULO IV para o trabalho ou deste para o domicílio do funcionário.
Dos Direitos, Vantagens e Autorizações § 2º - Equipara-se a acidente no trabalho a agressão, quando
não provocada, sofrida pelo funcionário no serviço ou em razão
CAPÍTULO I dele.
*Do Cômputo do Tempo de Serviço § 3º - Por doença profissional, para os efeitos deste Estatuto,
*Ver § 9º do art. 40 da Constituição Federal, com redação entende-se aquela peculiar ou inerente ao trabalho exercido, com-
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. O. provada, em qualquer hipótese, a relação de causa e efeito.
U. 16.12.1998 – Apêndice. § 4º - Nos casos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo, o
laudo resultante da inspeção médica deverá estabelecer, expres-
Art. 67 - Tempo de serviço, para os efeitos deste Estatuto, samente, a caracterização do acidente no trabalho da doença pro-
compreende o período de efetivo exercício das atribuições de car- fissional.
go ou emprego público. *
Art. 69 – Será computado para efeito de disponibilidade e
Art. 68 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento aposentadoria:
em virtude de: *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
I - férias; 25.1.2005 - Apêndice.
II - casamento, até oito dias; *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
III - luto, até oito dias, por falecimento de cônjuge ou compa- Art. 69 – Para efeito de disponibilidade e aposentadoria será
nheiro, parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive computado:
madrasta, padrasto e pais adotivos; *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
IV - luto, até dois dias, por falecimento de tio e cunhado; e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
V - exercício das atribuições de outro cargo estadual de pro- *I - o tempo de contribuição para o Regime Geral de Previ-
vimento em comissão, inclusive da Administração Indireta do Es- dência Social – RGPS, bem como para os Regimes Próprios de
tado; Previdência Social – RPPS;
VI - convocação para o Serviço Militar; *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
VII - júri e outros serviços obrigatórios; 25.1.2005 - Apêndice.
VIII - desempenho de função eletiva federal, estadual ou mu- *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): I - SIM-
nicipal, observada quanto a esta, a legislação pertinente; PLESMENTE:
IX - exercício das atribuições de cargo ou função de Governo a) o tempo de serviço público federal, estadual ou municipal;
ou direção, por nomeação do Governador do Estado; b) o período de serviço ativo das Forças Armadas prestado
X - licença por acidente no trabalho, agressão não provocada durante a paz;
ou doença profissional; c) o tempo de serviço prestado, sob qualquer forma de admis-
XI - licença especial; são, desde que remunerado pelos cofres públicos;
Didatismo e Conhecimento 8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
d) o tempo de serviço prestado em Autarquia, Empresa Públi- *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
ca e Sociedade de Economia Mista, nas órbitas federal, estadual 25.1.2005 - Apêndice.
e municipal; *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 3º - As
*e) o período de trabalho prestado a instituição de caráter férias e períodos de licença especial não gozados, referentes a
privado que tiver sido transformada em estabelecimento de ser- tempo de serviço anterior ao reingresso de funcionário no Sistema
viço público; Administrativo Estadual, relativo a tempo de serviço estranho ao
*Redação dada pela Lei nº 9.911, de 16.6.1975 - D. O. Estado, não serão considerados para efeito do disposto nas alí-
20.6.1975 - Apêndice. neas “b” e “c” do inciso II deste artigo, salvo se, na origem, assim
f) o tempo da aposentadoria, desde que ocorra reversão; tenham sido computados aqueles períodos.
g) o tempo de licença especial e o período de férias, gozadas *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
pelo funcionário; e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
h) o tempo de licença para tratamento de saúde; *
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 Art. 70 – A apuração do tempo de contribuição será feita em
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. anos, meses e dias.
*II - o período de serviço ativo das Forças Armadas; *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005 - Apêndice.
25.1.2005 - Apêndice. *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): II - EM DO- Art. 70 – A apuração do tempo de serviço será feita em dias:
BRO: *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
a) o tempo de serviço ativo prestado às Forças Armadas em e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
período de operações de guerra; *§ 1° - O ano corresponderá a 365 (trezentos e sessenta e cin-
*b) o período de férias não gozadas; co) dias e o mês aos 30 (trinta) dias.
*c) o período de licença especial não usufruído pelo funcio- *Modificado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. 25.1.2005
nário. - Apêndice.
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): Parágrafo
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. único - O número de dias será convertido em anos, considerado
o ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, permitido o arre-
III – o tempo de aposentadoria, desde que ocorra reversão;
dondamento para um ano, após a conversão, o que exceder a 182
IV – a licença por motivo de doença em pessoa da família,
dias, para fins de aposentadoria ou disponibilidade.
conforme previsto no art. 99 desta Lei, desde que haja contribui-
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
ção.
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*§ 1° - No caso previsto no inciso IV, o afastamento superior
*§ 2° - Para o cálculo de qualquer benefício, depois de apura-
a 6 (seis) meses obedecerá o previsto no iniso IV, do art. 66, desta
do o tempo de contribuição, este será convertido em dias, vedado
Lei. qualquer forma de arredondamento.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
25.1.2005 - Apêndice. 25.1.2005 - Apêndice.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 1º - O *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
tempo de serviço a que aludem as alíneas “c”, “d” e “e” do inciso e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
I deste artigo será computado à vista de certidões passadas com *
base em folha de pagamento. Art. 71 – É vedado:
*§ 2° - Na contagem do tempo, de que trata este artigo, deverá *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
ser observado o seguinte: 25.1.2005 - Apêndice.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974:
25.1.2005 - Apêndice. Art. 71 - É vedado o cômputo de tempo de serviço presta-
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 2º - So- do, concorrente ou simultaneamente, em cargos ou empregos da
mente será admitida a contagem de tempo de serviço apurado União, dos Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, Au-
através de justificação judicial quando se verificar a inexistência, tarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, e
nos registros de pessoal, de elementos comprobatórios de frequên- instituições de caráter privado que hajam sido transformadas em
cia unidades administrativas do Estado.
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras con- *I - o cômputo de tempo fictício para o cálculo de benefício
dições especiais; previdenciário;
II - é vedada a contagem de tempo de contribuição, quando *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
concomitantes; 25.1.2005 - Apêndice.
III - não será contado, por um sistema, o tempo de contribui- *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
ção utilizado para a concessão de algum benefício, por outro. e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*§ 3° - O tempo de contribuição, a que alude o inciso I deste *II - a concessão de aposentadoria especial, nos termos no
artigo, será computado à vista de certidões passadas com base em art. 40, §4° da Constituição Federal, até que Lei Complementar
folha de pagamento. Federal discipline a matéria;
Didatismo e Conhecimento 9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O.
25.1.2005 - Apêndice. 25.1.2005 – Apêndice
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*III - a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do *
Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Ci- Art. 72 – Observadas as disposições do artigo anterior, o ser-
vis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do vidor poderá desaverbar, em qualquer época, total ou parcialmen-
Estado do Ceará – SUPSEC, ressalvadas as decorrentes dos cargos te, seu tempo de contribuição, desde que não tenha sido computa-
acumuláveis previstos na Constituição Federal; do este tempo para a concessão de qualquer benefício.
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. *O artigo 72 teve sua redação original alterada pela Lei
25.1.2005 - Apêndice. 10.226, de 12.12.1978 - D. O. 21.12.1978, e, posteriormente
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 pela Lei 10.340, de 22.11.1979 - D. O. 3.12.1979, Lei 10.589, de
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. 23.11.1981 – D. O. 24.11.1981 e Lei 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
*IV - a percepção simultânea de proventos de aposentadoria 25.1.2005 – Apêndice.
decorrente de regime próprio de servidor titular de cargo efetivo, *Redação anterior: (Lei nº 10.589, de 23.11.1981):
com a remunera-ção de cargo, emprego ou função pública, ressal- Art. 72 – Observadas as disposições do artigo anterior, para
vados os cargos acumu-láveis previstos na Constituição Federal, todos os efeitos, o funcionário em regime de acumulação de car-
os eletivos e os cargos em co-missão declarados em Lei de livre gos poderá transferir, total ou parcialmente, tempo de serviço de
nomeação e exoneração. um para outro cargo, desde que o período não seja simultâneo ou
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. concomitante.
25.1.2005 - Apêndice. *Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*§ 1° - Não se considera fictício o tempo definido em Lei CAPÍTULO II
como tempo de contribuição para fins de concessão de aposenta- Da Estabilidade e da Vitaliciedade
doria quando tenha havido, por parte do servidor, a prestação de
serviço ou a correspondente contribuição. Art. 73 - Estabilidade é o direito que adquire o funcionário
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. efetivo de não ser exonerado ou demitido, senão em virtude de
25.1.2005 - Apêndice. sentença judicial ou inquérito administrativo, em que se lhe tenha
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 sido assegurada ampla defesa.
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*§ 2° - A vedação prevista no inciso IV, não se aplica aos Art. 74 - A estabilidade assegura a permanência do funcioná-
membros de Poder e aos inativos, servidores e militares que, até rio no Sis-tema Administrativo.
16 de dezembro de 1998, tenham ingressado novamente no serviço *
público por concurso público de provas ou de provas e títulos, e Art. 75 - O funcionário nomeado em virtude de concurso
pelas demais formas previstas na Constituição Federal, sendo-lhes público ad-quire estabilidade depois de decorridos dois anos de
proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo Sistema efetivo exercício.
Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Mi- *Ver Constituicão Federal, art. 41, com a redação dada pela
litares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado Emenda Constitucional nº 19, de 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998
do Ceará – SUPSEC, exceto se decorrentes de cargos acumuláveis – Apêndice.
previstos na Constituição Federal. *Ver Lei nº 13.092, de 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. – Apêndice.
25.1.2005 - Apêndice. Parágrafo único - A estabilidade funcional é incompatível
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 com o cargo em comissão.
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice.
*§ 3° - O servidor inativo para ser investido em cargo público Art. 76 - O funcionário perderá o cargo vitalício somente em
efetivo não acumulável com aquele que gerou a aposentadoria de- virtude de sentença judicial.
verá renunciar aos proventos desta.
*Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 D. O. CAPÍTULO III
25.1.2005 - Apêndice. Da Disponibilidade
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 *
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. Art. 77 - Disponibilidade é o afastamento de exercício de fun-
*§ 4° - O aposentado pelo Sistema Único de Previdência So- cionário estável em virtude da extinção do cargo, ou da decretação
cial dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públi- de sua desnecessidade.
cos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, que *Ver § 3º do art. 41 da Constituição Federal com a redação
estiver exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998 –
este regime é segurado obrigatório em relação a esta atividade, D. O. U. 5.6.1998 – Apêndice.
ficando sujeito às contribuições, de que trata esta Lei, para fins de *§ 1º - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o
custeio da Previdência Social, na qualidade de contribuinte soli- servidor ficará em disponibilidade percebendo remuneração pro-
dário. porcional por cada ano de serviço, à razão de:
Didatismo e Conhecimento 10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de *Parágrafo Revogado:
25.1.2005. Apêndice. *§ 5º - Os períodos de férias não gozadas serão computados
*Redação anterior: (Lei nº 12.913, de 17.6.1999): § 1° - Ex- em dobro para fins de progressão horizontal, aposentadoria e dis-
tinto o cargo ou declarado sua desnecessidade, o servidor ficará ponibilidade, incluindo-se, na norma ora estabelecida, períodos
em disponibilidade percebendo remuneração proporcional por referentes a anos anteriores, quer já estejam averbados ou não.
cada ano de serviço, a razão de: *Redação dada pela Lei nº 10.312, de 26.9.1979 - D. O. de
*I - 1/12.775 (um doze mil, setecentos e setenta e cinco avos) 27.9.1979 - Apêndice.
da remuneração por cada dia trabalhado, se homem; e
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de Art. 79 - A promoção, o acesso, a transferência e a remoção
25.1.2005. Apêndice. não inter-romperão as férias.
*Redação anterior: (Lei nº 12.913, de 17.6.1999): I - 1/35
(um trinta e cinco avos) da remuneração, por cada ano, se ho- CAPÍTULO V
mem; e, *Das Licenças
*II - 1/10.950 (hum dez mil, novecentos e cinquenta avos) da *Ver art. 10, inciso II, letra b, § 1º dos ADCT da Constitui-
remuneração por cada dia trabalhado, se mulher. ção Federal e Lei nº 10.738, de 26.10.1982 - D. O. de 10.11.1982.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
25.1.2005. Apêndice. SEÇÃO I
*Redação anterior: (Lei nº 12.913, de 17.6.1999): II - 1/30 Das Disposições Preliminares
(um trinta avos) da remuneração, por cada ano, se mulher.
*§ 2º - A apuração do tempo de serviço será feita em dias, Art. 80 - Será licenciado o funcionário:
sendo o número de dias convertido em anos, considerando-se o I - para tratamento de saúde;
ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, permitido o arredon- *II - por acidente no trabalho, agressão não provocada e doen-
damento para um ano, na conclusão da conversão, o que exceder a ça profissional;
182 (cento e oitenta e dois) dias. *Ver art.98, revogado pelo art. 16 da Lei nº 13578, de
*Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. de 21.1.2005 – D.O. 25.1.2005.
18.6.1999 – Apêndice. III - por motivo de doença em pessoa da família;
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 2º - Para IV - quando gestante;
efeito de fixação dos vencimentos da disponibilidade será obede- V - para serviço militar obrigatório;
cida a proporcionalidade, quanto ao tempo, prevista para a apo- VI - para acompanhar o cônjuge;
sentadoria compulsória. VII - em caráter especial.
§ 3º - Aplicam-se aos vencimentos da disponibilidade os mes-
mos critérios de atualização, estabelecidos para os funcionários Art. 81 - A licença dependente de inspeção médica terá a du-
ativos em geral. ração que for indicada no respectivo laudo.
§ 1º - Findo esse prazo, o paciente será submetido a nova
CAPÍTULO IV inspeção, devendo o laudo concluir pela volta do funcionário ao
Das Férias exercício, pela prorrogação da licença ou, se for o caso, pela apo-
* sentadoria.
Art. 78 - O funcionário gozará trinta dias consecutivos, ou § 2º - Terminada a licença o funcionário reassumirá imediata-
não, de férias por ano, de acordo com a escala organizada pelo mente o exercício.
dirigente da Unidade Administrativa, na forma do regulamento.
*Ver art. 7º, inciso XVII da Constituição Federal e art. Art. 82 - A licença poderá ser determinada ou prorrogada, de
167, inciso VII da Constituição Estadual, bem como Decreto nº ofício ou a pedido.
20.769, de 11.6.1990 - D. O. de 12.6.1990 - Apêndice. Parágrafo único - O pedido de prorrogação deverá ser apre-
§ 1º - Se a escala não tiver sido organizada, ou houver altera- sentado antes de finda a licença, e, se indeferido, contar-se-á como
ção do exercício funcional, com a movimentação do funcionário, licença o período compreendido entre a data do término e a do
a este caberá requerer, ao superior hierárquico, o gozo das férias, conhecimento oficial do despacho.
podendo a autoridade, apenas, fixar a oportunidade do deferimento
do pedido, dentro do ano a que se vincular o direito do servidor. Art. 83 - A licença gozada dentro de sessenta dias, contados
§ 2º - O funcionário não poderá gozar, por ano, mais de dois da determinação da anterior será considerada como prorrogação.
períodos de férias.
§ 3º - O funcionário terá direito a férias após cada ano de exer- Art. 84 - O funcionário não poderá permanecer em licença
cício no Sistema Administrativo. por prazo superior a vinte e quatro meses, salvo nos casos dos itens
§ 4º - É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao ser- II, III, V e VI do art. 80, deste Estatuto.
viço. *
*§ 5º - REVOGADO. Art. 85 – REVOGADO.
*Revogado o § 5º pelo art. 2º da Lei nº 12.913, de 17.6.1999 *
- D. O. de 18.6.1999. – Apêndice. Art.go revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
25.1.2005. – Apêndice.
Didatismo e Conhecimento 11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): Parágrafo
Art. 85 - O ocupante de cargo em comissão, mesmo que não único - Na hipótese deste artigo, o tempo necessário para a nova
titular de cargo efetivo, terá direito às licenças referidas nos itens inspeção será considerado como de prorrogação da licença.
I a IV, do art. 80.
Art. 92 - No processamento das licenças para tratamento de
Art. 86 - São competentes para licenciar o funcionário os diri- saúde será observado sigilo no que diz respeito aos laudos médi-
gentes do Sistema Administrativo Estadual, admitida a delegação, cos.
na forma do Regulamento.
Art. 93 - No curso da licença, o funcionário abster-se-á de
Art. 87 - VETADO. qualquer atividade remunerada, sob pena de interrupção imediata
§ 1º - VETADO. da mesma licença, com perda total dos vencimentos, até que reas-
§ 2º - VETADO. suma o exercício.
§ 3º - VETADO.
Art. 94 - O funcionário não poderá recusar a inspeção médica
SEÇÃO II determinada pela autoridade competente, sob pena de suspensão
Da Licença para Tratamento de Saúde do pagamento dos vencimentos, até que seja realizado exame.
*
Art. 88 - A licença para tratamento de saúde precederá a ins-
Art. 95 - Considerado apto em inspeção médica, o funcioná-
peção médica, nos termos do Regulamento.
*Ver Lei nº 10.738, de 26.10.1982 – D. O. de 10.11.1982 - rio reassumirá o exercício imediatamente, sob pena de se apurarem
Apêndice. como faltas os dias de ausência.
*
Art. 89 – O servidor será compulsoriamente licenciado quan- Art. 96 - No curso da licença poderá o funcionário reque-
do sofrer uma dessas doenças graves, contagiosas ou incuráveis: rer inspeção médica, caso se julgue em condições de reassumir o
tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia malígna, cegueira, exercício.
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia gra-
ve, doença de Parkson, es-pondiloartrose anquilosante, epilepsia Art. 97 - Serão integrais os vencimentos do funcionário licen-
vera, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (os- ciado para tratamento de saúde.
teite deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida *
– Aids, contaminação por radiação, com base em conclusão da me- Art. 98 – REVOGADO.
dicina especializada, hepatopatia e outras que forem disciplinadas *
em Lei. Art.go revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de 25.1.2005. – Apêndice.
25.1.2005. Apêndice. *Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974):
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): Art. 98 -À licença para tratamento de saúde causada por
Art. 89 - O funcionário será compulsoriamente licenciado doença profissional, agressão não provocada e acidente no traba-
quando sofrer de uma das seguintes moléstias: Tuberculose ati- lho aplica-se o disposto nesta
va, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira ou redução de Seção sem prejuízo das regras estabelecidas nos arts. 105,
vista que praticamente lhe seja equivalente, hanseníase, paralisia item IV e 151, 152 e 169 e parágrafos, deste Estatuto.
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Par- *Ver Lei nº 12.913. de 17.6.1999 – D. O. 18.6.1999, que revo-
kinson, espondiloartrose anquilosante, epilepsia vera, nefropatia ga o art. 105 – Apêndice.
grave, estados avançados de Paget (osteite deformante) e outras
que forem determinadas em Regulamento, de acordo com indica- SEÇÃO III
ções da medicina especializada.
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
*Regulamentado pelo Decreto nº 14.058, de 30.9.1980 - D.
*
O. 10.10.1980 - Apêndice.
Art. 99 – O servidor poderá ser licenciado por motivo de
Art. 90 - Verificada a cura clínica, o funcionário licenciado doença na pessoa dos pais, filhos, cônjuge do qual não esteja sepa-
voltará ao exercício, ainda quando deva continuar o tratamento, rado e de companheiro(a), desde que prove ser indispensável a sua
desde que comprovada por inspeção médica capacidade para a ati- assistência pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente
vidade funcional. com exercício funcional.
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
Art. 91 - Expirado o prazo de licença previsto no laudo mé- 25.1.2005. Apêndice.
dico, o funcionário será submetido a nova inspeção, e aposentado, *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
se for julgado inválido. Art. 99 - O funcionário poderá ser licenciado por motivo de
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de doença na pessoa de ascendente, descendente colateral, consan-
25.1.2005. Apêndice. guíneo ou afim, até o segundo grau, de cônjuge do qual não esteja
*Parágrafo único – Na hipótese prevista neste artigo, o tem- separado, de dependente que conste do seu assentamento indivi-
po necessário para a nova inspeção será considerado como de pror- dual e de companheiro ou companheira, desde que prove ser indis-
rogação da licença e, no caso de invalidez, a inspeção ocorrerá a pensável a sua assistência pessoal e esta não possa ser prestada
cada 2 (dois) anos. simultaneamente com exercício funcional.
Didatismo e Conhecimento 12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Ver Leis nº 10.738, de 26.10.1982 - D. O. 10.11.1982 e nº *§1° - Ao servidor desincorporado conceder-se-á prazo não
10.985, de 14.12.1984 - D. O. 18.12.1984 - Apêndice. excedente a 30 (trinta) dias para que reassuma o exercício do car-
§ 1º - Provar-se-á a doença mediante inspeção médica realiza- go, sem perda de vencimentos.
da conforme as exigências contidas neste Estatuto quanto à licença *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
para tratamento de saúde. 25.1.2005. Apêndice.
§ 2º - A necessidade de assistência ao doente, na forma deste *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): Parágrafo
artigo, será comprovada mediante parecer do Serviço de Assistên- único - Ao funcionário desincorporado conceder-se-á prazo não
cia Social, nos termos do Regulamento. excedente de trinta dias para que reassuma o exercício, sem perda
*§ 3° - O funcionário licenciado, nos termos desta seção, per- dos vencimentos.
ceberá vencimentos integrais até 6 (seis) meses. Após este prazo *§2° - O servidor, de que trata o caput deste artigo, contribuirá
o servidor obedecerá o disposto no inciso IV, do art. 66 desta Lei, para o Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Pú-
até o limite de 4 (quatro) anos, devendo retornar a suas atividades blicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de
funcionais imediatamente ao fim do período. Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, mesmo que faça opção pela
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de retribuição financeira do serviço militar.
25.1.2005. Apêndice. *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 3º - O 25.1.2005. Apêndice.
funcionário licenciado, nos termos desta
Seção, perceberá vencimentos integrais até dois anos. Depois Art. 102 - O funcionário, Oficial da Reserva não remunerada
desse prazo, não lhe será pago vencimento. das Forças Armadas, será licenciado, com vencimentos integrais,
para cumprimento dos estágios previstos pela legislação militar,
SEÇÃO IV garantido o direito de opção.
Da Licença à Gestante
* SEÇÃO VI
Art. 100 – Fica garantida a possibilidade de prorrogação, por Da Licença do Funcionário para Acompanhar o Cônjuge
mais 60 (sessenta) dias, da licença-maternidade, prevista nos art. *
7º, inciso XVIII, e 39, §3º, da Constituição Federal destinada às Art. 103 - O funcionário terá direito a licença sem vencimen-
servidoras públicas estaduais. to, para acompanhar o cônjuge, também servidor público, quando,
*Redação dada pela Lei nº 13.881, de 24.4.2007 – D. O. de de ofício, for mandado servir em outro ponto do Estado, do Terri-
15.5.2007. - Apêndice. tório Nacional, ou no Exterior.
*Ver Decreto nº 29.652, de 17.2.2009 – D.O. de 19.02.2009. *Ver Lei nº 10.738, de 26.10.1982 – D. O. 10.11.1982 - Apên-
*Redação anterior: (Lei nº 13.578, de 21.1.2005): dice.
Art. 100 - A servidora gestante será licenciada por 120 (cento § 1º - A licença dependerá do requerimento devidamente ins-
e vinte) dias, com remuneração integral, exceto vantagens decor- truído, admitida a renovação, independentemente de reassunção
rentes de cargo comissionado. do exercício.
Parágrafo único - Salvo prescrição médica em contrário, a § 2º - Finda a causa da licença, o funcionário retornará ao
licença será deferida a partir do oitavo mês de gestação. exercício de suas funções, no prazo de trinta dias, após o qual sua
§1° - A prorrogação de que trata este artigo será assegurada ausência será considerada abandono de cargo.
à servidora estadual mediante requerimento efetivado até o final § 3º - Existindo no novo local de residência repartição esta-
do primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a dual, o funcionário nela será lotado, enquanto durar a sua perma-
fruição da licença-maternidade de que trata o art. 7º, inciso XVIII, nência ali.
da Constituição Federal.(NR)
§2° - Durante o período de prorrogação da licença-materni- Art. 104 - Nas mesmas condições estabelecidas no artigo an-
dade, a servidora estadual terá direito à sua remuneração integral, terior o funcionário será licenciado quando o outro cônjuge esteja
nos mesmos moldes devido no período de percepção do salário no exercício de mandato eletivo fora de sua sede funcional.
-maternidade pago pelo Sistema Único de Previdência Social dos *
Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos SEÇÃO VII
Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.(NR) Da Licença Especial
§3° - É vedado durante a prorrogação da licença-maternidade *Revogado a
tratada neste artigo o exercício de qualquer atividade remunerada Seção VII, compreendendo os artigos 105 a 108, pela Lei nº
Pela servidora beneficiária, e a criança não poderá ser mantida em 12.913, de 17.6.1999 - D. O. 18.6.1999 – Apêndice.
creches ou organização similar, sob pena da perda do direito do
benefício e consequente apuração da responsabilidade funcional. Art.gos Revogados:
(NR) Da Licença Especial
Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*O art. 105, teve sua redação dada pelo art. 12 da Lei de nº d) por motivo de luto até 8 (oito) dias, em decorrência de fa-
11.745, de 30.10.1990 - D. O. 6.12.1990 - Apêndice. lecimento de cônjuge ou companheiro, parentes consanguíneos ou
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): afins, até o 2º grau, inclusive madrasta, padrasto e pais adotivos;
Art. 105 - VETADO. e) por luto, até 2 (dois) dias, por falecimento de tio e cunhado;
§ 1º - VETADO. *f) for realizar missão oficial em outro ponto do território na-
§ 2º - Considera-se serviço ininterrupto, para os efeitos deste cional ou no estrangeiro.
artigo, quando, prestado no período correspondente ao qüinqüê- *acrescida pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D.O. de
nio, não tenha o funcionário: 25.1.2005 Apêndice.
I - faltado ao serviço sem justificação; II - sem direito à percepção dos vencimentos, quando se tratar
II - sofrido qualquer sanção, salvo a de repreensão; de afastamento para trato de interesses particulares;
III - gozado licença por motivo de doença em pessoas da fa- III - com ou sem direito à percepção dos vencimentos, con-
mília, ou para acompanhar o cônjuge; forme se dispuser em regulamento, quando para o exercício das
IV - gozado licença para tratamento de saúde por prazo supe- atribuições de cargo, função ou emprego em entidades e órgãos
rior a seis meses, salvo os casos de licença por motivo de agressão estranhos ao Sistema Administrativo Estadual.
não provocada, acidente no trabalho e doença profissional; *§1° - Nos casos previstos nas alíneas a e b, o servidor só po-
V - tido o seu vínculo funcional suspenso. derá solicitar exoneração após o seu retorno, desde que trabalhe no
§ 3º - A licença especial poderá ser gozada, a pedido do fun- mínimo o dobro do tempo em que esteve afastado, ou reembolse
cionário, de uma só vez, ou parceladamente, atendidas as conve- o montante corrigido monerariamente que o Estado desembolsou
niências do requerente e do Sistema Administrativo. durante seu afastamento.
§ 4º - Convertido, no todo ou em parte, em tempo de serviço, *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
é irretratável a desistência da licença especial. 25.1.2005. Apêndice.
*Redação anterior: (Lei nº 10.815, de 19.7.1983): Parágrafo
Art. 106 - Caberá ao Chefe da repartição onde o funcionário único - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual poderão,
é lotado, tendo em vista conveniência do Sistema Administrativo, ainda, autorizar o funcionário, ocupante do cargo efetivo ou em
determinar a data do início da licença especial. comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho
ou programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e
Art. 107 - O direito de requerer licença especial não está su- sem prejuízo dos vencimentos.
jeito a caducidade. *Ver Decreto nº 18.055, de 29.7.1986 - D. O. 13.8.1986 pos-
teriormente modificado pelo Decreto nº 18.096, de 22.8.1986 – D.
Art. 108 - A licença especial poderá ser interrompida, de ofí- O. 26.8.1986 - Apêndice.
cio, quando o exigir interesse público superveniente, ou a pedido *§ 2° - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual po-
do funcionário, preservado, em qualquer caso, o direito do servi- derão, ainda, autorizar o servidor, ocupante do cargo efetivo ou em
dor ao gozo do período restante da licença. comissão, a integrar ou assessorar comissões, grupos de trabalho
ou programas, com ou sem afastamento do exercício funcional e
Art. 109 - VETADO. sem prejuízo dos vencimentos.
Parágrafo único – VETADO. *Acrescentado pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
25.1.2005. Apêndice.
CAPÍTULO VI
Das Autorizações SEÇÃO II
Das Autorizações para Incentivo à Formação Profissional
SEÇÃO I do Funcionário
Das Disposições Preliminares *
* Art. 111 - Poderá ser autorizado o afastamento, até duas horas
Art. 110 - Os dirigentes do Sistema Administrativo Estadual diárias, ao funcionário que frequente curso regular de 1º e 2º graus
autorizarão o funcionário a se afastar do exercício funcional de ou de ensino superior.
acordo com o disposto em Regulamento: *Ver Lei nº 11.160, de 20.12.1985 - D. O. 24.12.1985 – Apên-
*Regulamentado pelo Decreto nº 25.851 de 12.4.2000 – D. dice.
O. 12.4.2000 - Apêndice. *Ver Lei nº 11.182, de 9.6.1986 - D. O. 18.6.1986 - Apêndice.
I - sem prejuízo dos vencimentos quando: Parágrafo único - A autorização prevista neste artigo poderá
a) for estudante, para incentivo à sua formação profissional e dispor que a redução do horário dar-se-á por prorrogação do início
dentro dos limites estabelecidos neste Estatuto; ou antecipação do término do expediente, diário, conforme consi-
*b) for estudar em outro ponto do território nacional ou no derar mais conveniente ao estudante e aos interesses da repartição.
estrangeiro;
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de Art. 112 - Será autorizado o afastamento do exercício funcio-
25.1.2005. Apêndice. nal nos dias em que o funcionário tiver que prestar exames para
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): b - for rea- ingresso em curso regular de ensino, ou que, estudante, se subme-
lizar missão ou estudo em outro ponto do território nacional ou ter a provas.
no estrangeiro;
c) por motivo de casamento, até o máximo de 8 (oito) dias;
Didatismo e Conhecimento 14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 113 - O afastamento para missão ou estudo fora do Es- CAPÍTULO VII
tado em outro ponto do território nacional ou no estrangeiro será Da Retribuição
autorizado nos mesmos atos que designarem o funcionário a reali-
zar a missão ou estudo, quando do interesse do Sistema Adminis- SEÇÃO I
trativo Estadual. Disposições Preliminares
Art. 114 - As autorizações previstas nesta Art. 121 - Todo funcionário, em razão do vínculo que mantém
Seção dependerão de comprovação, mediante documento ofi- com o Sistema Administrativo Estadual, tem direito a uma retri-
cial, das condições previstas para as mesmas, podendo a autorida- buição pecuniária, na forma deste Estatuto.
de competente exigi-la prévia ou posteriormente, conforme julgar
conveniente. Art. 122 - As formas de retribuição são as seguintes:
Parágrafo único - Concedida a autorização, na dependência I - vencimento;
da comprovação posterior, sem que esta tenha sido efetuada no II - ajuda de custo;
prazo estipulado, a autoridade anulará a autorização, sem prejuízo III - diária;
de outras providências que considerar cabíveis. *IV - REVOGADO.
*IV - Revogado pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. O.
SEÇÃO III
18.6.1999 – Apêndice.
Do Afastamento para o Trato de Interesses Particulares
Inciso Revogado: IV- auxílio para diferença de caixa;
* V - gratificações.
Art. 115 – Depois de três anos de efetivo exercício e após § 1º - O conjunto das retribuições constitui os vencimentos
declaração de aquisição de estabilidade no cargo de provimento funcionais.
efetivo, o servidor poderá obter autorização de afastamento para § 2º - A retribuição do funcionário disponível constitui venci-
tratar de interesses particulares, por um período não superior a mentos para todos os efeitos legais.
quatro anos e sem percepção de remuneração. § 3º - A retribuição pecuniária atribuída ao funcionário não
*Redação dada pela Lei nº 13.092, de 8.1.2001 – D. O. sofrerá descontos além dos previstos expressamente em lei, nem
8.1.2001 – Apêndice. serão objetos de arresto, sequestro ou penhora, salvo quando se
tratar de:
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): I - prestação de alimentos determinada judicialmente;
Art. 115 - Depois de dois anos de efetivo exercício, o funcio- II - reposição de indenização devida à Fazenda Estadual;
nário poderá obter autorização de afastamento para tratar de in- *III – auxílios e benefícios instituídos pela Administração
teresses particulares, por um período não superior a quatro anos Pública.
e sem percepção de vencimentos. *III – Acrescentado pela Lei nº 13.369, de 22.9.2003 - D. O.
Parágrafo único - O funcionário aguardará em exercício a 24.9.2003 – Apêndice.
autorização do seu afastamento. *§ 4º - As reposições e indenizações devidas à Fazenda Públi-
ca Estadual serão descontadas em parcelas mensais, não exceden-
Art. 116 - Não será autorizado o afastamento do funcionário tes da décima parte da remuneração do servidor, assim entendida
removido antes de ter assumido o exercício. como o vencimento-base, acrescido das vantagens fixas e de cará-
ter pessoal.
Art. 117 - O funcionário poderá, a qualquer tempo, desistir da *§4° - Redação alterada pela Lei nº 13.369, de 22.9.2003 - D.
autoriza- ção concedida, reassumindo o exercício das atribuições O. 24.9.2003 – Apêndice.
do seu cargo. *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): §4° - As re-
posições e indenizações à Fazenda Pública serão descontadas em
Art. 118 - Quando o interesse do Sistema Administrativo
parcelas mensais não excedentes da 10ª parte do vencimento.
o exigir, a autorização poderá ser cassada, a juízo da autoridade
§ 5º - Se o funcionário for exonerado ou demitido, a quantia
competente, de- vendo, neste caso, o funcionário ser expressamen-
te notificado para a- presentar-se ao serviço no prazo de 30 (trinta) por ele devida será inscrita como dívida ativa para os efeitos legais.
dias, prorrogável por igual período, findo o qual caracterizar-se-á
o abandono do cargo. SEÇÃO II
Do Vencimento
Art. 119 - A autorização para afastamento do exercício para o *
trato de interesses particulares somente poderá ser prorrogada por Art. 123 - Considera-se vencimento a retribuição correspon-
período necessário para complementar o prazo previsto no art. 115 dente ao padrão, nível ou símbolo do cargo a que esteja vinculado
deste Estatuto. o funcionário, em razão do efetivo exercício de função pública.
*Ver art. 7º, inciso VIII, da Constituição Federal e art. 167,
Art. 120 - O funcionário somente poderá receber nova autori- incisos I e XIV da Constituição Estadual, e arts. 42 e 43 da Lei nº
zação para o afastamento previsto nesta 12.386, de 9.12.94 - D. O. 9.12.94 – Apêndice.
Seção após decorridos, pelo menos, dois anos de efetivo *
exercício contado da data em que o reassumiu, em decorrência do Art. 124 - O funcionário perderá:
término do prazo autorizado ou por motivo de desistência ou de *Ver Decreto nº 18.590, de 18.3.87 - D. O. 19.3.1987 - Apên-
cassação de autorização concedida. dice.
Didatismo e Conhecimento 15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
I - o vencimento do cargo efetivo, quando nomeado para car- SEÇÃO IV
go em comissão, salvo o direito de opção e de acumulação lícita; Das Diárias
II - o vencimento do cargo efetivo, quando no exercício de
mandato eletivo, federal ou estadual; Art. 129 - Ao funcionário que se deslocar da sua repartição
*III - o vencimento do cargo efetivo, quando dele afastado em objeto de serviço, conceder-se-á diária a título de indenização
para exercer mandato eletivo municipal remunerado; das despesas de alimentação e hospedagem, na forma do Regula-
*Ver art. 38, inciso III da Constituição Federal e art. 175, mento.
inciso III da Constituição Estadual. *Ver Decreto nº 23.651, de 28.3.1995 - D. O. 31.3.1995 -
IV - o vencimento do dia, se não comparecer ao serviço, salvo Apêndice.
motivo legal ou doença comprovada, de acordo com o disposto *Parágrafo único - As gratificações não definidas nesta lei
neste Estatuto; serão objeto de regulamento.
V - um terço do vencimento do dia, se comparecer ao servi- *Ver Decreto nº 12.765, de 19.5.1978 - D. O. 26.5.1978 -
ço dentro da hora seguinte à fixação para o início do expediente, Apêndice.
quando se retirar antes de findo o período de trabalho; *
VI - um terço do vencimento, durante o afastamento por mo- Art. 133 - A gratificação pela prestação de serviço extraordi-
tivo de prisão administrativa, prisão preventiva, pronúncia por nário é a retribuição de serviço cuja execução exija dedicação além
crime comum, denúncia por crime funcional ou condenação por do expediente normal a que estiver sujeito o servidor e será paga
crime inafiançável em processo no qual não haja pronúncia, tendo proporcionalmente:
direito à diferença, se absolvido; I - por hora de trabalho adicional; ou,
VII - dois terços do vencimento durante o período de afasta- II - por tarefa especial, levando-se em conta estimativa do
mento em virtude de condenação por sentença passada em julgado número de dias e de horas necessários para sua realização.
à pena de que não resulte em demissão. § 1º - O valor da hora de trabalho adicional será 50% (cin-
Parágrafo único - O funcionário investido em mandato gra- quenta por cento) maior que o da hora normal de trabalho, apurado
tuito de vereador fará jus à percepção dos seus vencimentos nos através da divisão do valor da remuneração mensal do servidor por
dias em que comparecer às sessões da Câmara. 30 (trinta) e este resultado pelo número de horas correspondentes
à carga horária ou regime do servidor.
SEÇÃO III § 2º - No caso do inciso II, a gratificação será arbitrada previa-
Da Ajuda de Custo mente pelo dirigente do órgão ou entidade da administração públi-
ca de qualquer dos Poderes, através de ato que demonstre a propor-
Art. 125 - Será concedida ajuda de custo ao funcionário que cionalidade do pagamento, com indicação da estimativa dos dias
for designado, de ofício, para ter exercício em nova sede, mesmo e dos horários que serão necessários à consecução dos serviços.
fora do Estado. § 3º - A despesa total mensal com o pagamento da gratificação
Parágrafo único - A ajuda de custo destina-se à indenização de que trata este artigo em nenhuma hipótese poderá exceder a
das despesas de viagem e de nova instalação do funcionário. 1,5% (um e meio por cento) do valor total da despesa mensal com
pagamento de pessoal, do órgão ou entidade considerado.
Art. 126 - A ajuda de custo não excederá de três meses de § 4º - O descumprimento ao disposto neste artigo acarreta-
vencimentos, salvo nos casos de designação do funcionário para: rá responsabilidade para o dirigente do órgão ou entidade e seus
a) ter exercício fora do Estado; subordinados envolvidos, que ficarão solidariamente obrigados a
b) serviço fora do Estado. restituir ao tesouro estadual as quantias pagas a maior.
*Parágrafo único - A ajuda de custo será arbitrada, dentro *Redação dada pela Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. O.
das respectivas áreas de competência, pelo Governador do Estado, 18.6.1999 – Apêndice.
Presidente da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do *Ver art. 7º, XVI, da Constituição Federal e art. 167, VI, da
Tribunal de Contas, do Conselho de Contas dos Municípios e das Constituição Estadual.
Autarquias. *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
*Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 – D. O. Art. 133 - A gratificação por prestação de serviços extraordi-
22.12.1992 – Apêndice. nários é a retribuição de serviços executados fora do expediente
normal a que estiver sujeito o funcionário e será atribuída: I -
Art. 127 - A ajuda de custo para serviço fora do Estado será por hora de trabalho prorrogado ou antecipado; II - por tarefa
calculada na forma disposta em Regulamento. especial. § 1º - O valor hora de trabalho para efeito do item I
será obtido dividindo-se o vencimento mensal do funcionário por
Art. 128 - O funcionário restituirá a ajuda de custo: 140 (cento e quarenta). § 2º - A gratificação por hora de trabalho
I - quando não se transportar para a nova sede no prazo de- extraordinário não poderá exceder de 1/3 do vencimento mensal
terminado; do funcionário, salvo nas repartições de natureza industrial. § 3º -
II - quando, antes de terminada a incumbência, regressar, pe- Em se tratando de serviço extraordinário noturno, o valor da hora
dir exoneração ou abandonar o serviço. será acrescido de 30% (trinta por cento). § 4º - Na hipótese do
§ 1º - A restituição é de exclusiva responsabilidade pessoal e item II, a gratificação será arbitrada previamente pelo chefe da re-
poderá ser feita parceladamente. partição na forma de acréscimo proporcional ao valor do nível de
§ 2º - Não haverá obrigação de restituir, quando o regresso do vencimento do cargo ou função, nos limites mínimos de 40% (qua-
funcionário for determinado de ofício ou por doença comprovada, renta por cento) e máximo de 60% (sessenta por cento) e somente
ou quando o mesmo for exonerado a pedido, após 90 (noventa) será concedida por execução de trabalho de evidente destaque das
dias de exercício na nova sede. tarefas de rotina e de acordo com o previsto em Regulamento.
Didatismo e Conhecimento 16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 134 - A gratificação pela representação de Gabinete po- Art. 138 - A gratificação por regime de tempo integral, que se
derá ser concedida a funcionários e a pessoas estranhas ao Sistema destina ao incremento das atividades de investigação científica, ou
Administrativo, sem qualquer vínculo, com exercício nos gabi- tecnológica, e aumento da produtividade, no Sistema Administra-
netes e órgãos de assessoramento técnico do referido Sistema, na tivo Estadual, será objeto de regulamentação específica.
forma do Regulamento. § 1º - No Regulamento de que trata este artigo serão obedeci-
*Ver art. 21 da Lei nº 10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980 - das as seguintes diretrizes gerais;
Apêndice. *I - proporcionalidade que variará de 60 % (sessenta por cen-
* to) a 100 % (cem por cento) do valor do nível de vencimento ou
Art. 135 - A gratificação pela elaboração ou execução de tra- função, observando-se os seguintes fatores de variação;
balho relevante, técnico ou científico, será arbitrada e atribuída pe- *O inciso I, do § 1º, do art. 138 foi regulamentado pela Lei
los dirigentes do Sistema Administrativo Estadual. nº 9.901, de 26.5.1975 - D. O. 3.6.1975 e posteriormente o art.
*Ver arts. 10 e 11 da Lei nº 11.346, de 3.9.1987 - D. O. 19 da Lei nº 10.416 de 8.9.1980 deu nova redação ao art. 138 –
4.9.1987; e art. 6º da Lei nº 11.428, de 22.3.1988 - D. O. 23.3.1988; Apêndice.
Art. 39 da Lei nº 11.714 de 25.7.1990 - D. O. 4.9.1990;; De- *Ver arts. 41 e 42 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 - D. O.
creto nº 22.121 de 2.9.1992 - D. O. 3.9.1992 - Apêndice. 4.9.1990 - Apêndice.
a) complexidade da tarefa;
*
b) deslocamentos exigidos para execução das tarefas;
Art. 136 - A gratificação pela execução de trabalho em con-
c) a situação no mercado de trabalho;
dições especiais, inclusive com risco de vida ou de saúde, será d) as condições de trabalho;
atribuída pelos dirigentes do Sistema Administrativo Estadual, ob- e) as prioridades dos programas, do cargo ou grupo de cargos;
servado o disposto em Regulamento. e
*LEIS QUE DISPÕEM SOBRE A GRATIFICAÇÃO PELA f) a especialização exigida do funcionário.
EXECUÇÃO DE TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS II - A atribuição da gratificação a ocupantes de cargos ou gru-
COM RISCO DE VIDA OU SAÚDE: pos de cargos será condicionada a procedimentos administrativos
Lei nº 6.423, de 23.1.1963 - D. O. 28.1.1963; Lei nº 6.775, de que possibilitem a verificação das prioridades dos programas, para
20.11.1963 - D. O. 3.12.1963; Lei nº 6.887, de 13.12.1963 - D. O. aumento da produtividade ou incremento à investigação científica
23.12.1963; Lei nº 7.013, de 26.12.1963 - D. O. 13.2.1963; Lei nº ou tecnológica, com as justificativas dos programas e subprogra-
8.484, de 13.6.1966 - D. O. 22.6.1966; Lei nº 9.599, de 28.6.1972 mas, a relação dos servidores indispensáveis à sua execução, o pra-
- D. O. 3.7.1972; Lei nº 9.608, de 4.7.1972 - D. O. 10.7.1972; zo de duração do regime e a despesa dele decorrente.
Lei nº 9.695, de 22.5.1973 - D. O. 29.5.1973; Lei nº 11.142, de § 2º - Excepcionalmente e até a aplicação do Plano de Clas-
13.12.1985 - D. O. 16.12.1985; §§ 1º e 2º do sificação de Cargos de que trata a Lei nº 9.634, de 30 de outubro
Art. 12 da Lei nº 11.720, de 28.8.1990 - D. O. 28.8.1990; de 1972, o regime de tempo integral poderá ser atribuído a servi-
Art. 45 da Lei nº 12.075, de 15.2.1993 - D. O. 18.2.1993; dores mensalistas, remanescentes das extintas Tabelas Numéricas
Art. 5º da Lei nº 12.122, de 29.6.1993 - D. O. 30.6.1993; de Mensalistas, inclusive tendo como base de cálculo o nível de
Art. 8º da Lei nº 12.207, de 11.11.1993 - D. O. 16.11.1993; vencimentos do cargo correspondente à respectiva qualificação
Art. 61 da Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994; profissional.
Art. 4º da Lei nº 12.567, de 3.4.1996 - D. O. 29.4.1996;
Art. 6º da Lei nº 12.581, de 30.4.1996 - D. O. 30.4.1996. Art. 139 - A gratificação de produtividade destina-se a incen-
DECRETOS QUE REGULAMENTAM A GRATIFICA- tivar o aumento de arrecadação dos tributos estaduais, devendo ser
ÇÃO POR EXECUÇÃO DE TRABALHO EM CONDIÇÕES objeto de Regulamentação.
ESPECIAIS, INCLUSIVE COM RISCO DE VIDA OU SAÚDE:
Decreto nº 10.794, de 14.5.1974 - D. O. 16.5.1974; Decreto Art. 140 - A gratificação de exercício, atribuída aos funcio-
nários fazendários, constantes da Lei nº 9.375, de 10.07.70, será
nº 11.528, de 5.11.1975 - D. O. 5.11.1975 - Decreto nº 14.835, de
objeto de regulamentação própria.
5.11.1981 - D. O. 10.11.1981; Decreto nº 22.077/A, de 4.8.1992 -
D. O. 4.8.1992; Decreto nº 22.362, de 2.2.1993 - D. O. 3.2.1993;
CAPÍTULO VIII
Decreto nº 22.588, de 9.6.1993 - D. O. 11.6.1993; Decreto nº Do Direito de Petição
22.799, de 4.10.1993 - D. O. 6.10.1993; Decreto nº 22.899, de
12.11.1993 - D. O. 17.11.1993; Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao aposentado o di-
Art. 48 do Decreto nº 22.934, de 6.12.1993 - D. O. 7.12.1993; reito de requerer, representar, pedir reconsideração e recorrer.
Decreto nº 22.961, de 22.12.1993 - D. O. 22.12.1993; Decreto nº
22.965, de 22.12.1993 - D. O. de 23.12.1993; Decreto nº 24.118, de Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade competente
19.6.1996 - D. O. 21.6.1996- Decreto nº 24.414, de 24.3.1997 – D. para decidir do pedido e encaminhada por intermédio daquela a
O. 26.3.1997; Decreto nº 25.615, de 15.9.1999 – D. O. 17.9.1999. quem estiver imediatamente subordinado o requerente se for o
caso.
Art. 137 - A gratificação de representação é uma indenização
atribuída aos ocupantes de cargos em comissão e outros que a lei Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será exerci-
determinar, tendo em vista despesas de natureza social e profissio- do perante a autoridade que houver expedido o ato, ou proferido
nal determinadas pelo exercício funcional. a primeira decisão, decairá após 60 (sessenta) dias da ciência do
ato pelo peticionante, ou de sua publicação quando esta for obri-
gatória.
Didatismo e Conhecimento 17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração de que *Ver Emenda Constitucional Federal nº 20, de 15.12.1998 –
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 D. O. U. de 16.12.1998; Emenda Constitucional Estadual nº 39,
(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis. de 5.5.1999 – D. O. 10.5.1999; Emenda Constitucional Estadual
§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso nº 69, de 18.1.2011 – D. O. 9.2.2011; Lei Complementar 38, de
perante a mesma autoridade. 31.12.2003 – D. O. 31.12.2003;.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
Art. 144 - Caberá recurso: Art. 150 - O Estado assegurará a manutenção de um sistema
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; de previdência e assistência que, dentre outros, preste os seguintes
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpos- benefícios e serviços ao funcionário e à sua família: I - aposenta-
tos, nos termos do § 1º deste artigo. doria; II - pensão; III - pecúlio; IV - auxílio-reclusão; V - auxílio-
§ 1º - O recurso, interposto, perante a autoridade que tiver natalidade; VI - auxílio-doença; VII - auxílio-funeral; VIII - sa-
praticado o ato ou proferido a decisão, será dirigido à autoridade lário-família: IX - assistência médica; X - assistência hospitalar;
imediatamente superior e, sucessivamente, em escala ascendente, XI - assistência obstétrica (pré-natal); XII - assistência odonto-
às demais autoridades. lógica; XIII - assistência financeira; XIV - assistência social; XV
§ 2º - No encaminhamento do recurso observar-se-á o dispos- - assistência jurídica.
to na parte final do art. 142. *§ 1º - REVOGADO.
nascentes das extintas Tabelas Numéricas de Mensalistas, in- *Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
clusive tendo como base de cálculo o nível de vencimentos do car- 25.1.2005. – Apêndice.
go correspondente à respectiva qualificação profissional. *Redação anterior: (Lei n° 8.926, de 14.5.1974): § 1° - A
triagem dos casos apresentados para internamento hospitalar e
Art. 139 - A gratificação de produtividade destina-se a incen- consequente fiscalização e controle serão realizados por um Gru-
tivar o aumento de arrecadação dos tributos estaduais, devendo ser po de Trabalho, cuja composição e atribuições serão determina-
objeto de Regulamentação. dos pelo Governo do Estado através da Secretaria de Saúde ou
Instituto de Previdência do Estado, mediante ato próprio.
Art. 140 - A gratificação de exercício, atribuída aos funcio- *§ 2º - REVOGADO.
nários fazendários, constantes da Lei nº 9.375, de 10.07.70, será *Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
objeto de regulamentação própria. 25.1.2005. – Apêndice.
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): § 2° - En-
CAPÍTULO VIII quanto não for reformulado o Plano de Custeio da autarquia pre-
Do Direito de Petição videnciária do Estado, será admitido o sistema misto, competindo
ao Tesouro o ônus decorrente dos benefícios previstos nos incisos
Art. 141 - É assegurado ao funcionário e ao aposentado o di- I, VI, VII, VIII e X deste artigo, e, ao IPEC, os enunciados nos
reito de requerer, representar, pedir reconsideração e recorrer.
demais incisos, observadas as normas da legislação específica.
*
Art. 142 - A petição será dirigida à autoridade competente
Art. 151 – O Estado assegurará a manutenção de um sistema
para decidir do pedido e encaminhada por intermédio daquela a
de assistência que, dentre outros, preste os seguintes benefícios e
quem estiver imediatamente subordinado o requerente se for o
serviços aos servidores e aos seus dependentes:
caso.
I – assistência médica;
II – assistência hospitalar;
Art. 143 - O direito de pedir reconsideração, que será exerci-
do perante a autoridade que houver expedido o ato, ou proferido III – assistência odontológica;
a primeira decisão, decairá após 60 (sessenta) dias da ciência do IV – assistência social;
ato pelo peticionante, ou de sua publicação quando esta for obri- V – auxílio funeral.
gatória. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração de que 25.1.2005. Apêndice.
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias improrrogáveis. Art. 151 - É assegurada pensão especial integral aos benefi-
§ 2º - É vedado repetir pedido de reconsideração ou recurso ciários de funcionário falecido em consequência de acidente no
perante a mesma autoridade. trabalho ou doença profissional, na forma em que se acham con-
ceituados nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo 68, e corresponderá ao
Art. 144 - Caberá recurso: valor percebido pelo funcionário, a título de vencimentos, na data
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; do óbito, reajustável nos termos da legislação específica.
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpos- § 1º - A triagem dos casos apresentados para internamento
tos, nos termos do § 1º deste artigo. hospitalar e consequente fiscalização e controle será realizado por
§ 1º - O recurso, interposto, perante a autoridade que tiver um Grupo de Trabalho, cuja composição e atribuições será deter-
praticado o ato ou proferido a decisão, será dirigido à autoridade minado pelo Governo do Estado através do Instituto de Previdên-
imediatamente superior e, sucessivamente, em escala ascendente, cia do Estado – IPEC, mediante ato próprio.
às demais autoridades. *Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de
§ 2º - No encaminhamento do recurso observar-se-á o dispos- 25.1.2005. Apêndice.
to na parte final do art. 142.
Didatismo e Conhecimento 18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 1° - Da *Redação anterior: (Lei n° 13.578, de 21.1.2005):
mesma forma será prestada assistência médica gratuita ao fun- Art. 153 - O processo de aposentadoria, iniciado com o reque-
cionário acidentado em serviço, ou que tenha contraído doença rimento do interessado ou de ofício, nos casos de aposentadoria
profissional. por invalidez, deverá ser devidamente informado pelo setor com-
§ 2º - É assegurado assistência médica gratuita ao servidor petente do órgão de origem do servidor, especialmente quanto à
acidentado em serviço ou que tenha contraído doença profissional, contagem do tempo de contribuição, às comprovações documen-
através do Estado. tais necessárias, à indicação precisa dos respectivos proventos e a
*Redação dada pela Lei nº 13.578, de 21.1.2005 – D. O. de satisfação dos demais requisitos legais para a passagem à inativi-
25.1.2005. Apêndice. dade tendo, a partir daí, a seguinte tramitação:
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): § 2° - Até *I – com o requerimento do interessado, no caso de inatividade
voluntária;
que legislação específica estipule o contrário, a pensão e a assis-
*Redação dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 –
tência médica referidas neste artigo serão custeadas pelo Estado, D. O. 27.1.2011. – Apêndice.
independentemente de contraprestação por contribuição de pre- *Redação anterior: (Lei n° 13.578, de 21.1.2005): I - o pro-
vidência. cesso, já contendo a minuta da portaria ou do ato de aposentado-
§ 3º - VETADO. ria, será encaminhado, respectivamente, ao setor jurídico da En-
tidade ou à Procuradoria Geral do Estado, para exame e parecer;
CAPÍTULO II *II – automaticamente, quando o servidor atinge a idade de 70
Da Aposentadoria (setenta) anos;
* *Redação dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 –
Art. 152 – O servidor será aposentado, conforme as regras D. O. 27.1.2011. – Apêndice.
estabelecidas no art. 40 da Constituição Federal. *Redação anterior: (Lei n° 13.578, de 21.1.2005): II – opi-
*Ver Emendas Constitucionais Federal n° 41, de 19.12.2003 nando o setor jurídico da Entidade ou a Procuradoria Geral do
e Estadual n° 56, de 7.1.2004 - Apêndice. Estado – PGE, após cumpridas as diligências acaso requisitadas,
*Parágrafo único – A aposentadoria por invalidez será sem- favoravelmente encaminhará o processo ao setor previdenciário da
pre precedida de licença por período contínuo não inferior a 24 Secretaria da Administração;
(vinte e quatro) meses, salvo quando a junta médica declarar a in- *III – automaticamente, quando o servidor for considerado in-
capacidade definitiva para o serviço, ou na hipótese prevista no válido, na data fixada em laudo emitido pela Perícia Médica Oficial
do Estado ou na ocasião, em que verificada as demais hipóteses do
art. 68, inciso X.
art. 152, parágrafo único, desta Lei. (NR)
*Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. *Redação dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 –
25.1.2005. – Apêndice. D. O. 27.1.2011. – Apêndice.
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): *Redação anterior: (Lei n° 13.578, de 21.1.2005): III – o setor
Art. 152 – O funcionário será aposentado: previdenciário verificará se o processo é passívo de compensação
*I - por invalidez; previdenciária e, caso afirmativo, retirará cópia dos documentos
*II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade; necessários à compensação previdenciária e remeterá o processo à
*III - voluntariamente, aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço origem para assinatura do Ato ou Portaria de aposentadoria pelo
público. Titular do Órgão e publicação no Diário Oficial do Estado;
*Ver art. 40, inciso III, alíneas “a”, “b”, “c” e “d” da Cons- *IV – REVOGADO
tituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional *Revogado pela Lei Complementar nº 92. De 25.1.2011 – D.
nº 20, de 15.12.1998 – D. O. U. 16.12.1998 – Apêndice. O. de 27.1.2011. – Apên-dice
§ 1º - REVOGADO. *Redação Anterior: (Lei nº 13.578, de 21.1.2005): IV - publi-
*Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. cado Ato ou Portaria de aposentadoria, afastar-se-á o servidor da
25.1.2005. – Apêndice. atividade e será o processo encaminhado ao Tribunal de Contas do
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): § 1° - O Estado, para fins de registro e controle de sua legalidade.
tempo de serviço para a aposentadoria voluntária das mulheres é § 1º - Caberá ao servidor interessado, prestar ao setor com-
petente de seu órgão de origem todo o auxílio para a correta e
de 30 (trinta) anos § 2º - REVOGADO.
diligente tramitação de seu processo de aposentadoria.
*Revogado pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
§ 2º - Nas hipóteses de aposentadoria compulsória ou por
25.1.2005. – Apêndice. invalidez, o servidor se afastará da atividade tão logo iniciado o
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): § 2° - A processo, sem que o tempo de afastamento possa ser considerado
aposentadoria por invalidez será sempre precedida de licença por para qualquer efeito.
período contínuo não inferior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo § 3º - Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, caso o
quando a junta médica declarar a incapacidade definitiva para o processo de aposentadoria não esteja concluído no prazo de 90
serviço, ou na hipótese prevista no artigo 68, inciso X. (noventa) dias, o servidor se afastará da atividade sem prejuízo
* de sua remuneração, sem direito a contar o tempo de afastamento
Art. 153 – O processo de aposentadoria se inicia: para qualquer efeito.
*Redação dada pela Lei Complementar n° 92, de 25.1.2011 § 4º - Havendo parecer desfavorável da Procuradoria-Geral
– D. O. 27.1.2011. – Apêndice. do Estado ou tendo o Tribunal de Contas julgado ilegal o Ato de
aposentadoria, deverá o servidor retornar à atividade, inclusive
quando, no primeiro caso, se haja valido da prerrogativa do pa-
rágrafo anterior.
Didatismo e Conhecimento 19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 5º - Aplica-se o disposto neste artigo aos servidores das ao funcionário atingido pela compulsória, aos 70 anos de idade,
autarquias e fundações públicas, dispensadas, quanto a estas, a ou que se invalidar por acidente em serviço, por moléstia profis-
ouvida da Procuradoria-Geral do Estado. sional ou doença grave, contagiosa ou incurável especificada no
§6° - No caso de aposentadoria compulsória, o processo ini- art. 89 desta Lei.
cia-se automaticamente aos 70 (setenta) anos de idade do servidor. § 3º - Somente para integralização do tempo exigido nos pa-
* rágrafos deste artigo e do art. 22 da Lei nº 10. 644, de 20 de abril
Art. 154 - O funcionário quando aposentado por invalidez de 1982, computar-se-á o período em que o funcionário haja exer-
terá proven-to integral, correspondente aos vencimentos, incorpo- cido cargo de Secretário de Estado, ou a nível deste, função de
ráveis do cargo efetivo, se a causa for doença grave, incurável ou Assessoramento Técnico do Poder Executivo, ou de membro de
contagiosa, a que se refere o artigo 89, ou acidente no trabalho, órgão de deliberação coletiva, bem como o período em que tenha
ou doença profissional, nos termos do inciso X do artigo 68; o exercido cargo em comissão.
provento será proporcional ao tempo de serviço, nos demais casos. § 4º - O funcionário que contar tempo de serviço igual ou
*Ver inciso I do art. 40 da Constituição Federal, com a reda- superior ao fixado para aposentadoria voluntária com proven-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. tos integrais ou 70 (setenta) anos de idade e/ou se invalidar por
O. U. 16.12.1998 – Apêndice. acidente de serviço, por moléstia profissional ou doença grave,
§ 1º - Somente nos casos de invalidez decorrente de acidente contagiosa ou incurável, especificada no art. 89 desta Lei, ao se
no trabalho ou doença profissional, como configurados nos §§ 1º, aposentar terá incluído em seus proventos valor idêntico ao da
2º, 3º e 4º do artigo 68, será aposentado o ocupante do cargo de gratificação pelo regime de tempo integral ou da gratificação por
provimento em comissão, hipótese em que o respectivo provento execução de trabalho relevante, técnico ou científico ou, ainda, ao
será integral. da gratificação pela representação de gabinete que venha perce-
*§ 2º - O funcionário aposentado em decorrência da invalidez bendo, desde que tenha usufruído esse benefício durante 5 (cinco)
por acidente em serviço, por moléstia profissional, ou por doença anos ininterruptos ou 10 (dez) anos intercalados.
grave contagiosa ou incurável, especificada em Lei, é considerado § 5º - Para efeito de aposentadoria serão computados os pe-
como em efetivo exercício, assegurando-se-lhe todos os direitos e ríodos prestados aos órgãos da Administração Estadual e remu-
vantagens atribuídas aos ocupantes de cargo de igual categoria em nerados por verba de Representação de Gabinete, desde que não
atividade, ainda que o mencionado cargo tenha ou venha a mudar sejam cumulativos.
a denominação de nível de classificação ou padrão de vencimento. *
*O § 2º do art. 154 foi acrescentado pela Lei nº 10.361, de Art. 156 - O servidor aposentado compulsoriamente por mo-
6.12.1979 - D. O. 13.12.1979, tendo sua redação atual pela Lei nº tivo de idade, ou nos termos do art. 154, terá os seus proventos
10.932, de 3.10.1984 - D. O. 15.10.1984 - Apêndice. proporcionais ao tempo de contribuição.
*Redação anterior: (Lei nº 10.361, de 6.12.1979): § 2º - O *Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
funcionário aposentado em decorrência de invalidez por acidente 25.1.2005. – Apêndice.
em serviço, por moléstia profissional, ou por doença grave conta- *Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974):
giosa ou incurável, especificada em Lei, é considerado como em Art. 156 - O funcionário aposentado compulsoriamente por
efetivo exercício assegurado-se-lhe todos os direitos e vantagens motivo de idade, ou por invalidez decorrente de doença não pre-
atribuídos ao ocupante de cargo de igual denominação, em ativi- vista no artigo anterior, terá provento proporcional ao tempo de
dade. serviço.
* *Ver Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998 – D. O. U.
Art. 155 – REVOGADO. 16.12.1998 – Apêndice.
*Revogado pelo art. 2º da Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D. O. *§ 1º - A proporcionalidade dos proventos, com base no tempo
18.6.1999 – Apêndice. de contribuição, é a fração, cujo numerador corresponde ao total
de dias de contribuição e o denominador, o tempo de dias necessá-
Art.go revogado: rios à respectiva aposentadoria voluntária com proventos integrais.
Art. 155 - O funcionário, quando aposentado por tempo de *Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
serviço, terá provento integral, correspondente aos vencimentos e 25.1.2005. – Apêndice.
vantagens do cargo em que se aposentar. *Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): § 1° - A
§ 1º - O funcionário que contar tempo de serviço igual ou proporcionalidade dos proventos, com base no tempo de serviço,
superior ao fixado para aposentadoria voluntária com proventos obedecerá, sempre, os seguintes percentuais sobre o vencimento
integrais aposentar-se-á com as vantagens da comissão em cujo do cargo:
exercício se encontrar, desde que haja ocupado, durante 5 (cinco) I - até 10 anos de tempo de serviço 50% (cinquenta por cen-
anos ininterruptos, ou 10 (dez) intercalados, cargos de provimento to);
em comissão ou de direção no Sistema Administrativo Civil do II - de 10 a 15 anos de tempo de serviço, 60% (sessenta por
Estado, nas Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Eco- cento);
nomia Mista, Fundações instituídas pelo Poder Público Estadual, III - de 15 a 20 anos de tempo de serviço, 70% (setenta por
bem como os relacionados nos artigos 85 e seu parágrafo único e cento);
88, parágrafo 1º, da Constituição Estadual. IV - de 20 a 25 anos de tempo de serviço, 80% (oitenta por
§ 2º - Atendidos os requisitos estabelecidos pelos §§ 1º e 4º cento);
deste artigo, estender-se-ão as vantagens neles constantes aos be- V - de mais de 25 anos de tempo de serviço, e menos de 30 ou
neficiários do art. 213 da CARTA MAGNA ESTADUAL, bem como 35 anos, conforme o caso, 90% (noventa por cento).
Didatismo e Conhecimento 20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*§ 2º - A fração de que trata o parágrafo anterior será apli- V - pelo ascendente sem rendimento próprio que viva às ex-
cada sobre o valor dos proventos calculados conforme a média pensas do funcionário;
aritmética simples das maiores remunerações ou subsídios, obser- VI - por enteados, netos, irmãos, sobrinhos menores ou inca-
vando-se, previamente, que o valor encontrado não poderá exce- pazes que vivam às expensas do funcionário, bem como pessoa
der à remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a menor ou incapaz que, igualmente assim viva sob sua guarda atri-
aposentadoria. buída judicialmente;
*Redação pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005. VII - pelo companheiro ou companheira, na forma e concei-
– Apêndice. tuação da legislação previdenciária.
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): § 2° - O §1º - Quando pai e mãe forem ambos funcionários do Estado
provento proporcional assim calculado será acrescido das vanta- e viverem em comum, o salário-família será concedido ao pai; se
gens que, por lei, lhe devam ser incorporadas. não viverem em comum, o salário-família será concedido ao que
* tiver os dependentes sob sua guarda e, se ambos os tiverem, de
Art. 157 – Os proventos de aposentadoria e as pensões serão acordo com a distribuição dos dependentes.
reajustados na mesma data em que se der o reajuste dos benefícios §2º - Equipara-se ao pai e a mãe, o padrasto, a madrasta e os
do regime geral de previdência social, ressalvadas as aposentado- representantes legais dos menores e dos incapazes.
rias concedidas conforme os arts. 6° e 7° da Emenda Constitucio- §3º - A cota de salário-família por filho inválido corresponde-
nal Estadual n° 56, de 7 de janeiro de 2004. (NR). rá ao duplo da cota dos demais.
*Redação dada pela Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O.
25.1.2005. – Apêndice. Art. 161 - O salário-família será pago, ainda, nos casos em
*Redação anterior: (Lei n° 9.826, de 14.5.1974): que o fun-cionário deixar de perceber vencimento ou proventos,
Art. 157 - O provento da inatividade será reajustado, automa- sem perda do cargo.
ticamente, sempre que se modificar o vencimento dos funcionários
em atividade, e, na mesma proporção, por motivo de alteração do Art. 162 - Em caso de falecimento do funcionário, o salário-
poder aquisitivo da moeda. família continuará a ser pago aos seus beneficiários.
§ 1º - O provento, salvo o caso do reajuste previsto neste arti- Parágrafo único - Se o funcionário falecido não se houver
habilitado ao salário-família, a administração ou interessados
go, não poderá ser superior aos vencimentos, nem será objeto de
tomarão as medidas necessárias para que seja pago aos seus be-
reajuste quando o vencimento for alterado em virtude de decisão
neficiários, desde que atendam aos requisitos necessários a partir
em processo de enquadramento ou de reclassificação.
da data em que fizerem jus ao benefício, observada, a prescrição
quinquenal.
§ 2º - O provento decorrente de aposentadoria por implemen-
tação de tempo de serviço não poderá ser inferior à remuneração Art. 163 - O salário-família não servirá de base para qualquer
auferida por servidor titular de cargo de igual categoria, ainda contribuição, ainda que para fim de previdência social.
que os mencionados cargos tenham ou venham a mudar de deno-
minação, de nível de classificação ou de padrão de vencimento. Art. 164 - Será suspenso o pagamento do salário-família ao
funcionário que comprovadamente descurar da subsistência e edu-
CAPÍTULO III cação dos seus dependentes.
Do Salário-Família §1º - Mediante autorização judicial a pessoa que estiver man-
* tendo os dependentes do funcionário poderá receber o salário-fa-
Art. 158 - O salário-família é o auxílio pecuniário especial mília enquanto durar a situação prevista neste artigo.
concedido pelo Estado ao funcionário ativo e ao aposentado como §2º - O pagamento voltará a ser feito ao funcionário tão logo
contribuição ao custeio das despesas de manutenção de seus de- comprovado o desaparecimento dos motivos determinantes da sus-
pendentes. pensão.
*Ver Decreto nº 20.768, de 11.6.1990 - D. O. 12.6.1990 -
Apêndice. Art. 165 - Para se habilitar à concessão do salário-família o
*Ver funcionário, o disponível, ou o aposentado apresentarão uma de-
Art. 5ºda Lei Complementar nº38, de 31.12 2003 - D. O. claração de dependentes, indicando o cargo que exercer, ou no
31.12.2003 - Apêndice. qual estiver aposentado ou em disponibilidade, mencionando em
relação a cada dependente:
Art. 159 - A cada dependente relacionado no artigo seguinte I - nome completo, data e local de nascimento, comprovado
corresponderá uma cota de salário-família de acordo com o valor por certidão do registro civil;
fixado em lei. II - grau de parentesco ou dependência;
III - no caso de se tratar de maior de 21 anos, se total e perma-
Art. 160 - Conceder-se-á salário-família: nentemente incapaz para o trabalho, hipótese em que informará a
I - pela esposa que não exerça atividade remunerada; causa e a espécie de invalidez;
II - por filho menor de 21 anos que não exerça atividade re- IV - se o dependente vive sob a guarda do declarante.
munerada;
III - por filho inválido; Art. 166 - A declaração do servidor será prestada a seu chefe
IV - por filho estudante que frequente curso secundário ou imediato que a examinará e, após o seu visto, a encaminhará ao
superior e que não exerça atividade lucrativa, até a idade de 24 órgão competente para o processamento e atendimento da conces-
(vinte e quatro) anos; são.
Didatismo e Conhecimento 21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 167 - O salário-família será concedido à vista das decla- Art. 175 - Considera-se ilícito administrativo a conduta co-
rações prestadas, mediante simples despacho que será comunicado missiva ou omissiva, do funcionário, que importe em violação de
ao órgão incumbido da elaboração de folhas de pagamento. dever geral ou especial, ou de proibição, fixado neste Estatuto e
§1º - Será concedido ao declarante ativo ou inativo o prazo de em sua legislação complementar, ou que constitua comportamento
120 (cento e vinte) dias para o esclarecimento de qualquer dúvida incompatível com o decoro funcional ou social.
na declaração, o que poderá ser feito por meio de quaisquer provas Parágrafo único - O ilícito administrativo é punível, indepen-
admitidas em direito. dentemente de acarretar resultado perturbador do serviço estadual.
§2º - Não sendo apresentado no prazo o esclarecimento de
que trata o § 1º, a autoridade concedente determinará a imediata Art. 176 - A apuração da responsabilidade funcional será pro-
suspensão do pagamento do salário-família, até que seja satisfeita movida, de ofício, ou mediante representação, pela autoridade de
a exigência. maior hierarquia no órgão ou na entidade administrativa em que
tiver ocorrido a irregularidade. Se se tratar de ilícito administrativo
Art. 168 - Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das de- praticado fora do local de trabalho, a apuração da responsabilidade
clarações prestadas, será suspensa a concessão do salário-família
será promovida pela autoridade de maior hierarquia no órgão ou na
e determinada a reposição do indevidamente recebido, mediante o
entidade a que pertencer o funcionário a quem se imputar a prática
desconto mensal de 10% (dez por cento) da remuneração líquida,
da irregularidade.
em folha de pagamento.
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. Parágrafo único - Se se imputar a prática do ilícito a vários
24.9.2003 - Apêndice. funcionários lotados em órgãos diversos do Poder Executivo, a
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): competência para determinar a apuração da responsabilidade ca-
Art. 168 – Verificada, a qualquer tempo, a inexatidão das de- berá ao Governador do Estado.
clarações prestadas, será suspensa a concessão do salário-família
e determinada a reposição do indevidamente recebido, mediante o Art. 177 - A responsabilidade civil decorre de conduta funcio-
desconto mensal de 10% do vencimento ou provento, independen- nal, comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, que acarrete prejuí-
temente dos limites estabelecidos para as consignações em folha zo para o patrimônio do Estado, de suas entidades ou de terceiros.
de pagamento. §1º - A indenização de prejuízo causado ao Estado ou às suas
entidades, no que exceder os limites da fiança, quando for o caso,
Art. 169 - O funcionário e o aposentado são obrigados a co- será liquidada mediante prestações mensais descontadas em folha
municar a autoridade concedente, dentro do prazo de quinze dias, de pagamento, não excedentes da décima parte do vencimento, à
qualquer alteração que se verifique na situação dos dependentes, falta de outros bens que respondam pelo ressarcimento.
da qual decorra supressão ou redução do salário-família. §2º - Em caso de prejuízo a terceiro, o funcionário responderá
Parágrafo único - A não observância desta disposição acarre- perante o Estado ou suas entidades, através de ação regressiva pro-
tará as mesmas providências indicadas no artigo anterior. posta depois de transitar em julgado a decisão judicial, que houver
condenado a Fazenda Pública a indenizar o terceiro prejudicado.
Art. 170 - O salário-família será devido em relação a cada
dependente, a partir do mês em que tiver ocorrido o ato ou fato Art. 178 - A responsabilidade penal abrange os crimes e con-
que lhe der origem, deixando de ser devido igualmente em relação travenções imputados, por lei, ao funcionário, nesta qualidade.
a cada dependente no mês seguinte ao ato ou fato que determinar
a sua supressão. Art. 179 - São independentes as instâncias administrativas ci-
vil e penal, e cumuláveis as respectivas cominações.
Art. 171 - O salário-família será pago juntamente com os §1º - Sob pena de responsabilidade, o funcionário que exercer
vencimentos ou proventos, pelos órgãos pagadores, independente-
atribuições de chefia, tomando conhecimento de um fato que possa
mente de publicação do ato de concessão.
vir a se configurar, ou se configure como ilícito administrativo, é
CAPÍTULO IV obrigado a representar perante a autoridade competente, a fim de
Do Auxílio-Doença que esta promova a sua apuração.
§2º - A apuração da responsabilidade funcional será feita atra-
Art. 172 – REVOGADO. vés de sindicância ou de inquérito.
*Revogado pelo §3º - Se o comportamento funcional irregular configurar, ao
Art. 16 da Lei n° 13.578, de 21.1.2005 – D. O. 25.1.2005. – mesmo tempo, responsabilidade administrativa, civil e penal, a au-
Apêndice. toridade que determinou o procedimento disciplinar adotará pro-
vidências para a apuração do ilícito civil ou penal, quando for o
TÍTULO VI caso, durante ou depois de concluídos a sindicância ou o inquérito.
Do Regime Disciplinar §4º - Fixada a responsabilidade administrativa do funcionário,
a autoridade competente aplicará a sanção que entender cabível,
CAPÍTULO I ou a que for tipificada neste Estatuto para determinados ilícitos. Na
Dos Princípios Fundamentais aplicação da sanção, a autoridade levará em conta os antecedentes
do funcionário, as circunstâncias em que o ilícito ocorreu, a gra-
Art. 174 - O funcionário público é administrativamente res- vidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço
ponsável, perante seus superiores hierárquicos, pelos ilícitos que estatal de terceiros.
cometer.
Didatismo e Conhecimento 22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§5º - A legítima defesa e o estado de necessidade excluem a V - no direito de requerer todas as provas em direito permiti-
responsabilidade administrativa. das, inclusive as de natureza pericial;
§6º - A alienação mental, comprovada através de perícia mé- VI - no direito de arguir prescrição;
dica oficial excluirá, também, a responsabilidade administrativa, VII - no direito de levantar suspeições e arguir impedimentos.
comunicando o sindicante ou a Comissão Permanente de Inquérito
à autoridade competente o fato, a fim de que seja providenciada a Art. 185 - A defesa do funcionário no procedimento discipli-
aposentadoria do funcionário. nar, que é de natureza contraditória, é privativa de advogado, que
§7º - Considera-se legítima defesa o revide moderado e pro- a exercitará nos termos deste Estatuto e nos da legislação federal
porcional à agressão ou à iminência de agressão moral ou física, pertinente (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
que atinja ou vise a atingir o funcionário, ou seus superiores hie- § 1º - A autoridade competente designará defensor para o
rárquicos ou colegas, ou o patrimônio da instituição administrativa funcionário que, pobre na forma da lei, ou revel, não indicar ad-
a que servir. vogado, podendo a indicação recair em advogado do Instituto de
§8º - Considera-se em estado de necessidade o funcionário Previdência do Estado do Ceará (IPEC).
que realiza atividade indispensável ao atendimento de uma urgên- §2º - O funcionário poderá defender-se, pessoalmente, se tiver
cia administrativa, inclusive para fins de preservação do patrimô- a qualidade de advogado.
nio público.
§9º - O exercício da legítima defesa e de atividades em virtude Art. 186 - O funcionário público fica sujeito ao poder discipli-
do estado de necessidade não serão excludentes de responsabilida- nar desde a posse ou, se esta não for exigida, desde o seu ingresso
de administrativa quando houver excesso, imoderação ou despro- no exercício funcional.
porcionalidade, culposos ou dolosos, na conduta do funcionário.
Art. 187 - Se no transcurso do procedimento disciplinar outro
Art. 180 - A apuração da responsabilidade do funcionário pro- funcionário for indiciado, o sindicante ou a Comissão Permanente
cessar-se-á mesmo nos casos de alteração funcional, inclusive a de Inquérito, conforme o caso, reabrirá os prazos de defesa para o
perda do cargo. novo indiciado.
Art. 181 - Extingue-se a responsabilidade administrativa: Art. 188 - A inobservância de qualquer dos preceitos deste
I - com a morte do funcionário; Capítulo relativos à forma do procedimento, à competência e ao
II - pela prescrição do direito de agir do Estado ou de suas direito de ampla defesa acarretará a nulidade do procedimento dis-
entidades em matéria disciplinar. ciplinar.
Art. 182 - O direito ao exercício do poder disciplinar pres- Art. 189 - Aplica-se o disposto neste Título ao procedimento
creve passa-dos cinco anos da data em que o ilícito tiver ocorrido. em que for indiciado aposentado ou funcionário em disponibili-
Parágrafo único - São imprescritíveis o ilícito de abandono dade.
de cargo e a respectiva sanção.
CAPÍTULO II
Art. 183 - O inquérito administrativo para apuração da res- Dos Deveres
ponsabilidade do funcionário produzirá, preliminarmente, os se-
guintes efeitos: Art. 190 - Os deveres do funcionário são gerais, quando fixa-
I - afastamento do funcionário indiciado de seu cargo ou fun- dos neste Estatuto e legislação complementar, e especiais, quando
ção, nos casos de prisão preventiva ou prisão administrativa; fixados tendo em vista as peculiaridades das atribuições funcio-
II - sobrestamento do processo de aposentadoria voluntária; nais.
III - proibição do afastamento do exercício, salvo o caso do
item I deste artigo; Art. 191 - São deveres gerais do funcionário:
IV - proibição de concessão de licença, ou o seu sobrestamen- I - lealdade e respeito às instituições constitucionais e admi-
to, salvo a concedida por motivo de saúde; nistrativas a que servir;
V - cessação da disposição, com retorno do funcionário ao seu II - observância das normas constitucionais, legais e regula-
órgão de origem. mentares;
* III - obediência às ordens de seus superiores hierárquicos;
Art. 184 - Assegurar-se-á ao funcionário, no procedimento IV - continência de comportamento, tendo em vista o decoro
disciplinar, ampla defesa, consistente, sobretudo: funcional e social;
*Ver art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. V - levar, por escrito, ao conhecimento da autoridade superior
I - no direito de prestar depoimento sobre a imputação que lhe irregularidades administrativas de que tiver ciência em razão do
é feita e sobre os fatos que a geraram; cargo que ocupa, ou da função que exerça;
II - no direito de apresentar razões preliminares e finais, por VI - assiduidade;
escrito, nos termos deste Estatuto; VII - pontualidade;
III - no direito de ser defendido por advogado, de sua indica- VIII - urbanidade;
ção, ou por defensor público, também advogado, designado pela IX - discrição;
autoridade competente; X - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de na-
IV - no direito de arrolar e inquirir, reinquirir e contraditar tureza reservada de que tenha conhecimento em razão do cargo
testemunhas, e requerer acareações; que ocupa, ou da função que exerça;
Didatismo e Conhecimento 23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
XI - zelar pela economia e conservação do material que lhe IV - valer-se do exercício funcional para lograr proveito ilícito
for confiado; para si, ou para outrem;
XII - atender às notificações para depor ou realizar perícias ou V - promover manifestação de desapreço ou fazer circular ou
vistorias, tendo em vista procedimentos disciplinares; subscrever lista de donativos, no recinto do trabalho;
XIII - atender, nos prazos de lei ou regulamentares, as requi- VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos político
sições para defesa da Fazenda Pública; -partidários;
XIV - atender, nos prazos que lhe forem assinados por lei ou VII - participar de diretoria, gerência, administração, conselho
regulamento, os requerimentos de certidões para defesa de direitos técnico ou administrativo, de empresa ou sociedades mercantis;
e esclarecimentos de situações; VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto aos
XV - providenciar para que esteja sempre em ordem, no as- órgãos e entidades estaduais, salvo quando se tratar de percepção
sentamento individual, sua declaração de família; de vencimentos, proventos ou vantagens de parente consanguíneo
XVI - atender, prontamente, e na medida de sua competência, ou afim, até o segundo grau civil;
os pedidos de informação do Poder Legislativo e às requisições do IX - praticar a usura;
Poder Judiciário; X - receber propinas, vantagens ou comissões pela prática de
XVII - cumprir, na medida de sua competência, as decisões atos de oficio;
judiciais ou facilitar-lhes a execução. XI - revelar fato de natureza sigilosa, de que tenha ciência em
razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento
Art. 192 - O funcionário deixará de cumprir ordem de autori- em processo judicial, policial ou administrativo;
dade superior quando: XII - cometer a outrem, salvo os casos previstos em lei ou ato
I - a autoridade de quem emanar a ordem for incompetente; administrativo, o desempenho de sua atividade funcional;
II - não se contiver a ordem na área da competência do órgão XIII - entreter-se, nos locais e horas de trabalho, com ativi-
a que servir o funcionário seu destinatário, ou não se referir a ne- dades estranhas às relacionadas com as suas atribuições, causando
nhuma das atribuições do servidor; prejuízos a estas;
XIV - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;
III - for a ordem expedida sem a forma exigida por lei;
XV - ser comerciante;
IV - não tiver sido a ordem publicada, quando tal formalidade
XVI - contratar com o Estado, ou suas entidades, salvo os
for essencial à sua validade;
casos de prestação de serviços técnicos ou científicos, inclusive os
V - não tiver a ordem como causa uma necessidade admi-
de magistério em caráter eventual;
nistrativa ou pública, ou visar a fins não estipulados na regra de
XVII - empregar bens do Estado e de suas entidades em ser-
competência da autoridade da qual promanou ou do funcionário a viço particular;
quem se dirige; XVIII - atender pessoas estranhas ao serviço, no local de tra-
VI - a ordem configurar abuso ou excesso de poder ou de au- balho, para o trato de assuntos particulares;
toridade. XIX - retirar bens de órgãos ou entidades estaduais, salvo
§ 1º - Em qualquer dos casos referidos neste artigo, o funcio- quando autorizado pelo superior hierárquico e desde que para aten-
nário representará contra a ordem, fundamentadamente, à autori- der a interesse público.
dade imediatamente superior a que ordenou. Parágrafo único - Excluem-se da proibição do item XVI os
§ 2º - Se se tratar de ordem emanada do Presidente da Assem- contratos de cláusulas uniformes e os de emprego, em geral, quan-
bleia Legislativa, do Chefe do Poder Executivo, do Presidente do do, no último caso, não configurarem acumulação ilícita.
Tribunal de Contas e do Presidente do Conselho de Contas dos
Municípios, o funcionário justificará perante essas autoridades a Art. 194 - É ressalvado ao funcionário o direito de acumular
escusa da obediência. cargo, funções e empregos remunerados, nos casos excepcionais
da Constituição Federal.
CAPÍTULO III §1º - Verificada, em inquérito administrativo, acumulação
Das Proibições proibida e provada a boa-fé, o funcionário optará por um dos car-
gos, funções ou empregos, não ficando obrigado a restituir o que
Art. 193 - Ao funcionário é proibido: houver percebido durante o período da acumulação vedada.
*I - salvo as exceções constitucionais pertinentes, acumular §2º - Provada a má-fé, o funcionário perderá os cargos, fun-
cargos, funções e empregos públicos remunerados, inclusive nas ções ou empregos acumulados ilicitamente devolvendo ao Estado
entidades da Administração Indireta (autarquias, empresas públi- o que houver percebido no período da acumulação.
cas e sociedades de economia mista);
*Ver art. 37 inciso XVI e XVII da Constituição Federal, com Art. 195 - O aposentado compulsoriamente ou por invalidez
a redação dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de não poderá acumular seus proventos com a ocupação de cargo ou
4.6.1998 – D. O. U. 5.6.1998 – Apêndice. o exercício de função ou emprego público.
II - referir-se de modo depreciativo às autoridades em qual- Parágrafo único - Não se compreendem na proibição de acu-
quer ato funcional que praticar, ressalvado o direito de crítica mular nem estão sujeitos a quaisquer limites:
doutrinária aos atos e fatos administrativos, inclusive em trabalho I - a percepção conjunta de pensões civis e militares;
público e assinado; II - a percepção de pensões com vencimento ou salário;
III - retirar, modificar ou substituir qualquer documento ofi- III - a percepção de pensões com vencimentos de disponibili-
cial, com o fim de constituir direito ou obrigação, ou de alterar a dade e proventos de aposentadoria e reforma;
verdade dos fatos, bem como apresentar documento falso com a IV - a percepção de proventos, quando resultantes de cargos
mesma finalidade; legalmente acumuláveis.
Didatismo e Conhecimento 24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
CAPÍTULO IV Art. 200 - Tendo em vista a gravidade do ilícito, a demissão
Das Sanções Disciplinares e seus Efeitos poderá ser aplicada com a nota “a bem do serviço público”, a qual
constará sempre nos casos de demissão referidos nos itens I e VII
Art. 196 - As sanções aplicáveis ao funcionário são as seguin- do artigo 199.
tes: Parágrafo único - Salvo reabilitação obtida em processo dis-
I - repreensão; ciplinar de revisão, o funcionário demitido com a nota a que se
II - suspensão; refere este artigo não poderá reingressar nos quadros funcionais do
III - multa; Estado ou de suas entidades, a qualquer título.
*IV - demissão; *
*Ver art. 37 da Lei nº 11.714, de 25.7.1990 – D. O. 4.9.1990 Art. 201 - Ao ato que cominar sanção, precederá sempre pro-
– Apêndice. cedimento disciplinar, assegurada ao funcionário indiciado ampla
V - cassação de disponibilidade; defesa, nos termos deste Estatuto, pena de nulidade da cominação
VI - cassação de aposentadoria. imposta.
*Ver art. 5º, inciso LV da Constituição Federal.
Art. 197 - Aplicar-se-á a repreensão, sempre por escrito, ao Parágrafo único - As sanções referidas nos itens II e VI do
funcionário que, em caráter primário, a juízo da autoridade com- artigo 196 serão cominadas por escrito e fundamentalmente, pena
petente, cometer falta leve, não cominável, por este Estatuto, com de nulidade.
outro tipo de sanção.
Art. 202 - São competentes para aplicação das sanções dis-
Art. 198 - Aplicar-se-á a suspensão, através de ato escrito, por ciplinares:
prazo não superior a 90 (noventa) dias, nos casos de reincidência I - os Chefes dos Poderes Legislativo e Executivo, em qual-
de falta leve, e nos de ilícito grave, salvo a expressa cominação, quer caso, e privativamente, nos casos de demissão e cassação de
por lei, de outro tipo de sanção. aposentadoria ou disponibilidade, salvo se se tratar de punição de
Parágrafo único - Por conveniência do serviço, a suspensão funcionário autárquico;
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por II - os dirigentes superiores das autarquias, em qualquer caso,
cento) por dia de vencimento, obrigado, neste caso, o funcionário e, privativamente, nos casos de demissão e cassação, da aposenta-
a permanecer em exercício. doria ou disponibilidade;
* III - os Secretários de Estado e demais dirigentes de órgãos
Art. 199 - A demissão será obrigatoriamente aplicada nos se- subordinados ou auxiliares, em todos os casos, salvo os referidos
guintes casos: nos itens I e II;
*Ver § 1º do art. 41 da Constituição Federal, com a redação IV - os chefes de unidades administrativas em geral, nos casos
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4.6.1998 – D. O. U. de repreensão, suspensão até 30 (trinta) dias e multa correspon-
5.6.1998 – Apêndice. dente.
I - crime contra a administração pública;
II - crime comum praticado em detrimento de dever inerente Art. 203 - Além da pena judicial que couber, serão conside-
à função pública ou ao cargo público, quando de natureza grave, a rados como de suspensão os dias em que o funcionário, notificado
critério da autoridade competente; deixar de atender à convocação para prestação de serviços estatais
III - abandono de cargo; compulsórios, salvo motivo justificado.
IV - incontinência pública e escandalosa e prática de jogos
proibidos; Art. 204 - Será cassada a aposentadoria ou disponibilidade se
V - insubordinação grave em serviço; ficar provado, em inquérito administrativo, que o aposentado ou
VI - ofensa física ou moral em serviço contra funcionário ou disponível:
terceiros; I - praticou, quando no exercício funcional, ilícito punível
VII - aplicação irregular dos dinheiros públicos, que resultem com demissão;
em lesão para o Erário Estadual ou dilapidação do seu patrimônio; II - aceitou cargo ou função que, legalmente, não poderia ocu-
VIII - quebra do dever de sigilo funcional; par, ou exercer, provada a má-fé;
IX - corrupção passiva, nos termos da lei penal; III - não assumiu o disponível, no prazo legal, o lugar funcio-
X - falta de atendimento ao requisito do estágio probatório nal em que foi aproveitado, salvo motivo de força maior;
estabelecido no art. 27, § 1º, item III; IV - perdeu a nacionalidade brasileira.
XI - desídia funcional; Parágrafo único - A cassação da aposentadoria ou disponibi-
XII - descumprimento de dever especial inerente a cargo em lidade ex-tingue o vínculo do aposentado ou do disponível com o
comissão. Estado ou suas entidades autárquicas.
§ 1° - Considera-se abandono de cargo a deliberada ausência
ao serviço, sem justa causa, por trinta (30) dias consecutivos ou 60 Art. 205 - A suspensão preventiva será ordenada pela auto-
(sessenta) dias, interpoladamente, durante 12 (doze) meses. ridade que determinar a abertura do inquérito administrativo, se,
§ 2º - Entender-se-á por ausência ao serviço com justa cau- no transcurso deste, a entender indispensável, nos termos do § 1º
sa não só a autorizada por lei, regulamento ou outro ato adminis- deste artigo.
trativo, como a que assim for considerada após comprovação em § 1º - A suspensão preventiva não ultrapassará o prazo de 90
inquérito ou justificação administrativa, esta última requerida ao (noventa) dias e somente será determinada quando o afastamento
superior hierárquico pelo funcionário interessado, valendo a justi- do funcionário for necessário, para que, como indiciado, não ve-
ficação, nos termos deste parágrafo, apenas para fins disciplinares. nha a influir na apuração de sua responsabilidade.
Didatismo e Conhecimento 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 2º - Suspenso preventivamente, o funcionário terá, entretan- § 4º - A sindicância precede o inquérito administrativo, quan-
to, direito: do for o caso, sendo-lhe anexada como peça informativa e preli-
I - a computar o tempo de serviço relativo ao período de sus- minar.
pensão para todos os efeitos legais; § 5º - A sindicância será realizada no prazo máximo de 15
II - a computar o tempo de serviço para todos os fins de lei, re- (quinze) dias, prorrogável por igual período, a pedido do sindican-
lativo ao período que ultrapassar o prazo da suspensão preventiva; te, e a critério da autoridade que determinou a sua abertura.
III - a perceber os vencimentos relativos ao período de sus- § 6º - Havendo ostensividade ou indícios fortes de autoria do
pensão, se reconhecida a sua inocência no inquérito administrati- ilícito administrativo, o sindicante indiciará o funcionário, abrin-
vo; do-lhe o prazo de 3 (três) dias para defesa prévia. A seguir, com o
IV - a perceber as gratificações por tempo de serviço já pres- seu relatório, encaminhará o processo de sindicância à autoridade
tado e o salário-família. que determinou a sua abertura.
§ 7º - O sindicante poderá ser assessorado por técnicos, de
Art. 206 - Os Chefes dos Poderes Legislativo, Executivo e preferência pertencentes aos quadros funcionais, devendo todos os
Judiciário, os Presidentes do Tribunal de Contas e do Conselho de atos da sindicância serem reduzidos a termo por secretário desig-
Contas dos Municípios, os Secretários de Estado e os dirigentes nado pelo sindicante, dentre os funcionários do órgão a que per-
das Autarquias poderão ordenar a prisão administrativa do fun- tencer.
cionário responsável direto pelos dinheiros e valores públicos, ou § 8º - Ultimada a sindicância, não apurada a responsabilida-
pelos bens que se encontrarem sob a guarda do Estado ou de suas de administrativa, ou o descumprimento dos requisitos do estágio
Autarquias, no caso de alcance ou omissão no recolhimento ou na probatório, o processo será arquivado, fixada a responsabilidade
entrega a quem de direito nos prazos e na forma da lei. funcional, a autoridade que determinou a sindicância encaminhará
§ 1º - Recolhida aos cofres públicos a importância desviada, os respectivos autos para a Comissão Permanente de Inquérito Ad-
a autoridade que ordenou a prisão revogará imediatamente o ato ministrativo, que funcionará:
gerador da custódia. I - no Poder Executivo, na Governadoria, nas Secretarias de
§ 2º - A autoridade que ordenar a prisão, que não poderá ul- Estado, órgãos desconcentrados e nas autarquias;
trapassar a 90 (noventa) dias, comunicará imediatamente o fato à II - no Poder Legislativo, na Diretoria Geral;
autoridade judiciária competente e providenciará a abertura e rea- III - no Tribunal de Contas e no Conselho de Contas dos Mu-
lização urgente do processo de tomada de contas. nicípios.
Art. 207 - A prisão, a que se refere o artigo anterior, será cum- CAPÍTULO VI
prida em local especial. Do Inquérito Administrativo
Art. 208 - Aplica-se à prisão administrativa o disposto no § 2º Art. 210 - O inquérito administrativo é o procedimento atra-
do art. 205 deste Estatuto. vés do qual os órgãos e as autarquias do Estado apuram a respon-
sabilidade disciplinar do funcionário.
CAPÍTULO V Parágrafo único - São competentes para instaurar o inqué-
Da Sindicância rito:
I - o Governador, em qualquer caso;
Art. 209 - A sindicância é o procedimento sumário através do II - os Secretários de Estado, os dirigentes das Autarquias e
qual o Estado ou suas autarquias reúnem elementos informativos os Presidentes da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e
para determinar a verdade em torno de possíveis irregularidades do Conselho de Contas dos Municípios, em suas áreas funcionais,
que possam configurar, ou não, ilícitos administrativos, aberta pela permitida a delegação de competência.
autoridade de maior hierarquia, no órgão em que ocorreu a irregu-
laridade, ressalvadas em qualquer caso, permitida a delegação de Art. 211 - O inquérito administrativo será realizado por Co-
competência: missões Permanentes, instituídas por atos do Governador, do Pre-
I - do Governador, em qualquer caso; sidente da Assembleia Legislativa, do Presidente do Tribunal de
II - dos Secretários de Estado, dos dirigentes autárquicos e Contas, do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios, dos
dos Presidentes da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas e dirigentes das Autarquias e dos órgãos desconcentrados, permitida
do Conselho de Contas dos Municípios, em suas respectivas áreas a delegação de poder, no caso do Governador, ao Secretário de
funcionais. Administração.
§ 1º - Abrir-se-á, também, sindicância para apuração das apti-
dões do funcionário, no estágio probatório, para fins de demissão Art. 212 - As Comissões Permanentes de Inquérito Adminis-
ou exoneração, quando for o caso, assegurada ao indiciado ampla trativo compor-se-ão de três membros, todos funcionários estáveis
defesa, nos termos dos artigos estatutários que disciplinam o in- do Estado ou de suas autarquias, presidida pelo servidor que for
quérito administrativo, reduzidos os prazos neles estabelecidos, à designado pela autoridade competente, que colocará à disposição
metade. das Comissões o pessoal necessário ao desenvolvimento de seus
§ 2º - Aberta a sindicância, suspende-se a fluência do período trabalhos, inclusive os de secretário e assessoramento.
do estágio probatório.
§ 3º - A sindicância será realizada por funcionário estável, de-
signado pela autoridade que determinar a sua abertura.
Didatismo e Conhecimento 26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 213 - Instaurado o inquérito administrativo, a autoridade Art. 224 - O funcionário só poderá ser exonerado, estando
encaminhará seu ato para a Comissão de Inquérito que for compe- respondendo a inquérito administrativo, depois de julgado este
tente, tendo em vista o local da ocorrência da irregularidade veri- com a declaração de sua inocência.
ficada, ou a vinculação funcional do servidor a quem se pretende
imputar a responsabilidade administrativa. Art. 225 - Recebidos os autos do inquérito, a autoridade jul-
gadora proferirá sua decisão no prazo improrrogável de 20 (vinte)
Art. 214 - Abertos os trabalhos do inquérito, o Presidente da dias.
Comissão mandará citar o funcionário acusado, para que, como
indiciado, acompanhe, na forma do estabelecido neste Estatuto, Art. 226 - Declarada a nulidade do inquérito, no todo ou em
todo o procedimento, requerendo o que for do interesse da defesa. parte, por falta do cumprimento de formalidade essencial, inclu-
Parágrafo único - A citação será pessoal, mediante protoco- sive o reconhecimento de direito de defesa, novo procedimento
lo, devendo o servidor dele encarregado consignar, por escrito, a será aberto.
recusa do funcionário em recebê-la. Em caso de não ser encon-
trado o funcionário, estando ele em lugar incerto e não sabido, a
Art. 227 - No caso do artigo anterior e no de esgotamento do
citação far-se-á por edital, publicado no Diário Oficial do Estado,
prazo para a conclusão do inquérito, o indiciado, se tiver sido afas-
com prazo de 15 (quinze) dias, depois do que, não comparecendo
tado de seu cargo, retornará ao seu exercício funcional.
o citado, ser-lhe-á designado defensor, nos termos do art. 184, item
III e § 1º do art. 185.
CAPÍTULO VII
Art. 215 - Citado, o indiciado poderá requerer suas provas no Da Revisão
prazo de 5 (cinco) dias, podendo renovar o pedido, no curso do
inquérito, se necessário para demonstração de fatos novos. Art. 228 - A qualquer tempo poderá ser requerida a revisão do
procedimento administrativo de que resultou sanção disciplinar,
Art. 216 - A falta de notificação do indiciado ou de seu de- quando se aduzam fatos ou circunstâncias que possam justificar
fensor, para todas as fases do inquérito, determinará a nulidade do a inocência do requerente, mencionados ou não no procedimento
procedimento. original.
Parágrafo único - Tratando-se de funcionário falecido ou
Art. 217 - Encerrada a fase probatória, o indiciado será notifi- desaparecido, a revisão poderá ser requerida pelo cônjuge, com-
cado para apresentar, por seu defensor, no prazo de 10 (dez) dias, panheiro, descendente, ascendente colateral consanguíneo até o 2º
suas razões finais de defesa. grau civil.
Art. 218 - Apresentadas as razões finais de defesa, a Comissão Art. 229 - Processar-se-á a revisão em apenso ao processo
encaminhará os autos do inquérito, com relatório circunstanciado e original.
conclusivo, à autoridade competente para o seu julgamento. Parágrafo único - Não constitui fundamento para a revisão a
simples alegação de injustiça da sanção.
Art. 219 - Sob pena de nulidade, as reuniões e as diligências
realizadas pela Comissão de Inquérito serão consignadas em atas. Art. 230 - O requerimento devidamente instruído será dirigi-
do à autoridade que aplicou a sanção, ou àquela que a tiver confir-
Art. 220 - Da decisão de autoridade julgadora cabe recurso no mado, em grau de recurso.
prazo de 10 (dez) dias, com efeito suspensivo, para a autoridade Parágrafo único - Para processar a revisão, a autoridade que
hierárquica imediatamente superior, ou para a que for indicada em receber o requerimento nomeará uma comissão composta de três
regulamento ou regimento.
funcionários efetivos, de categoria igual ou superior à do reque-
Parágrafo único - Das decisões dos Secretários de Estado e
rente.
do Presidente do Conselho de Contas dos Municípios caberá re-
curso, com efeito suspensivo, no prazo deste artigo, para o Gover-
nador. Das decisões do Presidente da Assembleia Legislativa e do Art. 231 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para in-
Tribunal de Contas caberá recurso, com os efeitos deste parágrafo, quirição das testemunhas que arrolar.
para o Plenário da Assembleia e do Tribunal, respectivamente. Parágrafo único - Será considerada informante a testemunha
que, residindo fora da sede onde funcionar a comissão, prestar de-
Art. 221 - O inquérito administrativo será concluído no prazo poimento por escrito.
máximo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por igual
período, a pedido da Comissão, ou a requerimento do indiciado, Art. 232 - Concluído o encargo da comissão, no prazo de 60
dirigido à autoridade que determinou o procedimento. (sessenta) dias, prorrogável por trinta (30) dias, nos casos de força
maior, será o processo, com o respectivo relatório, encaminhado à
Art. 222 - Em qualquer fase do inquérito será permitida a in- autoridade competente para o julgamento.
tervenção do indiciado, por si, ou por seu defensor. Parágrafo único - O prazo para julgamento será de 20 (vinte)
dias, prorrogável por igual período, no caso de serem determinadas
Art. 223 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de novas diligências.
sanções caberá o julgamento à autoridade competente para impo-
sição da sanção mais grave. Neste caso, os prazos assinados aos Art. 233 - Das decisões proferidas em procedimento de revi-
indiciados correrão em comum. são cabe recurso, na forma do art. 220.
Didatismo e Conhecimento 27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
TÍTULO VII Art. 241 - São isentos de qualquer tributo ou emolumentos os
Das Disposições Finais requeri-mentos, certidões e outros papéis que interessem ao fun-
cionário público ou a aposentado, nessas qualidades.
CAPÍTULO ÚNICO
Das Disposições Gerais e Transitórias Art. 242 - Nenhum tributo estadual incidirá sobre os venci-
mentos, pro-ventos ou qualquer vantagem do funcionário ou do
Art. 234 - O órgão central do sistema de pessoal do Poder aposentado, nem sobre os atos ou títulos referentes à sua vida fun-
Executivo e os assemelhados do Poder Legislativo e entidades cional.
autárquicas fornecerão ao funcionário cartão de identidade, dele
devendo constar o retrato, a impressão digital, a filiação, a data de Art. 243 - As normas do regime disciplinar previstas neste
nascimento e a qualificação funcional do identificado. Estatuto, salvo as de natureza adjetiva, não se aplicam aos casos
Parágrafo único - Será recolhido o cartão do funcionário que pendentes.
for exonerado, demitido ou aposentado.
Art. 244 - O afastamento do funcionário ocupante de cargo de
Art. 235 - Salvo disposição expressa em contrário, os prazos
chefia, direção, fiscalização ou arrecadação, para disputar mandato
previstos neste Estatuto somente correrão nos dias úteis, excluin-
eletivo, dar-se-á nos termos da legislação eleitoral pertinente.
do-se o dia inicial.
Parágrafo único - Durante o afastamento de que trata este
Art. 236 - Nos dias úteis, só por determinação dos Chefes dos artigo o funcionário não perceberá os vencimentos ou vantagens
Poderes Executivo e Legislativo poderão deixar de funcionar os do cargo que momentaneamente detinha ou de que for ocupante
órgãos e entidades estaduais. efetivo, exceto o salário-família, considerando-se o afastamento
como autorização para o trato de interesses particulares.
Art. 237 - É assegurado aos funcionários o direito de se agru- *
parem em associação de classe, sem caráter sindical ou político Art. 245 - Ao ex-combatente da Força do Exército, da Ex-
-partidário. pedicionária Brasileira, da Força Aérea Brasileira, da Marinha de
Parágrafo único - Essas Associações, que deverão ter perso- Guerra e da Marinha Mercante do Brasil, que tenha participado
nalidade jurídica de direito privado, representarão os que integra- efetivamente de operações bélicas na segunda Guerra Mundial, e
rem o seu quadro social perante as autoridades administrativas, em cuja situação se encontra definida na Lei Federal nº 5.315, de 12 de
matéria de interesse da coletividade funcional. setembro de 1967, são assegurados os seguintes direitos:
* *Ver art. 53 dos ADCT da Constituição Federal e art. 20 dos
Art. 238 - O dia 28 de outubro será consagrado ao funcionário ADCT da Constituição Estadual.
público estadual e comemorado, oficialmente, na forma do que for I - estabilidade, se funcionário público;
disposto em Regulamento. *II - aproveitamento no serviço público, sem a exigência do
*Regulamentado pelo Decreto nº 11.472, de 29.9.1975 – D. disposto no art. 106, § 1º da Constituição do Estado;
O. 2.10.1975 – Apêndice. *Ver art. 53, inciso I, dos ADCT da Constituição Federal e
* art. 20, inciso I da Constituição Estadual.
Art. 239 - Ressalvadas as exceções constantes de disposição III - aposentadoria com proventos integrais aos 25 (vinte e
expressa em lei, bem como os casos de acumulação lícita, o fun- cinco) anos de serviço efetivo, se funcionário público da Adminis-
cionário não poderá receber, mensalmente, importância total supe- tração direta ou autárquica;
rior a noventa por cento da percebida pelos Secretários de Estado. IV - benefício do Instituto de Previdência;
*O art. 239 teve sua redação alterada pelo art. 25 da Lei nº V - promoção após interstício legal, e se houver vaga;
10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980 – Apêndice.
VI - assistência médica, hospitalar e educacional, se carente
§ 1º - Ficam excluídas do limite deste artigo:
de recurso.
I - a gratificação representação;
II - salário-família;
III - progressão horizontal; Art. 246 - As atuais funções gratificadas passam à categoria
IV- diárias e ajuda de custo; de cargos em comissão, convertendo-se automaticamente os valo-
V - gratificação pela participação em órgão de deliberação res das gratificações em gratificações de representação, mantida a
coletiva; simbologia vigente até definição regulamentar.
VI - gratificação de exercício;
VII - gratificação por prestação de serviço extraordinário. Art. 247 - Aplica-se o regime desta lei aos estabilizados nos
§ 2º - O funcionário não perceberá, a qualquer título, impor- termos do § 2º do
tância men-sal superior à recebida pelo Governador do Estado, não Art. 177 da Constituição Federal de 1967, com a redação dada
se computando, entretanto, no cálculo, diárias, ajudas de custo, pelo art. 194 da Emenda Constitucional nº 1, de 17 de outubro de
gratificação por serviço ou estudo fora do Estado e a progressão 1969, desde que sujeitos ao regime do Estatuto anterior, quando da
horizontal. aquisição da estabilidade.
*Parágrafo único - Com a estabilidade, as funções de caráter
Art. 240 - É vedado pôr o funcionário à disposição de entida- eventual dos servidores em geral passam a ser de natureza per-
de de direi-to privado, estranha no Sistema Administrativo, salvo manente, caracterizando-se como cargo, devendo como tal, serem
em caso de con-vênio, ou para exercer função considerada pelo consideradas, para todos os efeitos.
sistema de relevante interesse social.
Didatismo e Conhecimento 28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
*Ver Decreto nº 11.870, de 31.5.1976 - D. O. 8.6.1976 e De- *Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): §3° - Serão
creto nº 13.271. de 12.6.1979 – D. O. 15.6.1979 - Apêndice. computados para efeito do cálculo previsto neste artigo as vanta-
gens pecuniárias acessórias de caráter permanente.
Art. 248 - O funcionário que esteja com o seu vínculo funcio-
nal suspenso, ou no gozo de licença, poderá ser, a qualquer tempo, Art. 252 - A partir de 1º. de janeiro de 1974, todas as gratifi-
citado para se defender em procedimento disciplinar, ou notificado cações adicionais por tempo de serviço percebidas pelos funcioná-
para nele prestar depoimento, ou realizar ou se submeter a provas rios deverão ser convertidas na progressão horizontal prevista no
de natureza pericial, salvo manifesta impossibilidade por motivo Capítulo X,
de doença, justificada perante o sindicante ou Comissão Perma- Seção I, do Titulo II, deste Estatuto.
nente de Inquérito.
Art. 253 - O Estado, na forma que dispuser Decreto do Gover-
Art. 249 - São considerados concursos públicos, gerando to- nador do Estado, poderá assegurar bolsa de estudo ao funcionário,
dos os efeitos que lhe são atinentes, os exames de provas de ha- como incentivo à sua profissionalização, em cursos não regulares
bilitação ou seleção realizados para a admissão de candidatos a de formação, treinamento, aperfeiçoamento e de especialização
funções das extintas TNM e que se revestiram das características profissionais, mantidos por entidades oficiais ou particulares, de
essenciais dos concursos públicos, consideradas, como tais, a aces- reconhecida e notória idoneidade.
sibilidade a todos os brasileiros, o caráter competitivo e eliminató- Parágrafo único - O Decreto a que se refere este artigo pode-
rio e ampla divulgação. rá dispor sobre a concessão de bolsas de estudo para funcionários
Parágrafo único - A declaração de equivalência será feita em cursos de extensão universitária e de pós-graduação.
pelo órgão central do sistema de pessoal, mediante provocação do *
interessado. Art. 254 – A carga horária de trabalho de trinta (30) horas
semanais, a que estão obrigados os servidores públicos do Sistema
Art. 250 - Reduzida a capacidade do funcionário para o exer- Administrativo Estadual, será prestada, em período e tempo corri-
cício das atribuições do cargo que ocupa, comprovada através de do das segundas às sextas-feiras.
perícia médica oficial, será ele readaptado, mediante transferência, Parágrafo único – Os servidores que ocupam cargo de magis-
em cargo de atribuições compatíveis com o seu novo estado psí- trado, procurador, assessor jurídico, professor, médico, engenhei-
quico ou somático. ro, agrônomo, servidores públicos estatutários e demais atividades
Parágrafo único - A readaptação obedecerá ao disposto nos
assemelhadas, bem como os que exercem cargo em comissão terão
arts. 50 e 51 deste Estatuto.
seus regimes de trabalho definidos em regulamento próprio.
*
*O art. 254 teve sua redação alterada pela Lei nº 10.647, de
Art. 251 – É permitida a consignação facultativa em folha de
13.5.1982 –D. O. 19.5.1982 – Apêndice.
pagamento inerente à remuneração, subsídios, proventos.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974):
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O.
Art. 254 – A carga horária de trabalho do funcionário será de
24.9.2003 - Apêndice.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): 30 (trinta) horas semanais, no mínimo, cabendo a fixação do expe-
Art. 251. É permitida a consignação em folha de vencimentos, diente diário aos dirigentes do Sistema Administrativo Estadual,
salários, proventos, subsídios, pensões e montepios. permitida a delegação. Parágrafo único – O Regulamento definirá
*§ 1º - A soma das consignações facultativas não excederá de as exceções a esta norma em face da natureza das atribuições e
40% (quarenta por cento) da remuneração, subsídios e proventos, condições de trabalho de ocupantes de determinados cargos téc-
deduzidas as consignações obrigatórias. nicos ou científicos.
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. *Ver art. 7º, §§ 1º, 2º e 3º e 4º da Lei nº 12.386, de 9.12.1994
24.9.2003 - Apêndice. – D. O. 9.12.1994 – Apêndice.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): §1° - A soma
das consignações não excederá de 30% (trinta por cento) dos ven- Art. 255 - Continuam em vigor as Leis e Regulamentos que
cimentos, salários, proventos, subsídios, pensões e montepios. disciplinam os institutos previstos neste Estatuto, desde que com
*§ 2º - Serão computados, para efeito do cálculo previsto nes- ele não colidam, até que novas normas sejam expedidas.
te artigo, o vencimento-base, as vantagens fixas e as de caráter
pessoal. Art. 256 - Os Poderes Legislativo e Executivo, no âmbito de
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O. suas respectivas competências, expedirão os atos necessários a
24.9.2003 - Apêndice. complementação e explicitação deste Estatuto.
*Redação anterior: (Lei nº 9.826, de 14.5.1974): §2° - Esse
limite será elevado até 70% (setenta por cento) para prestação Art. 257 - Aplicam-se as disposições deste Estatuto subsidia-
alimentícia, educação, aluguel de casa ou aquisição de imóvel riamente, no que couber, ao Magistério Estadual em todos os graus
destinado a moradia própria. de ensino, ao pessoal da Policia Civil de carreira e aos funcionários
*§ 3º - Não se aplica o disposto neste artigo aos ocupantes administrativos do Poder Judiciário.
exclusivamente de cargo de provimento em comissão, bem como
aos contratados por tempo determinado, de que trata o inciso XIV
do art. 154 da Constituição do Estado do Ceará.
*Redação dada pela Lei n° 13.369, de 22 .9.2003 – D. O.
24.9.2003 - Apêndice.
Didatismo e Conhecimento 29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 258 - Esta lei entrará em vigor a 1º de janeiro 1974, fican- §1º Além das parcelas previstas no caput deste artigo, o Agen-
do revogadas todas as disposições legais ou regulamentares que, te Penitenciário integrante da Carreira de Segurança Penitenciária,
implícita ou explicitamente, colidam com este Estatuto, especial- poderá receber vantagem pessoal, sendo esta compreendida como
mente a Lei nº 4.196, de 5 de setembro de 1958; a Lei nº 4.658, de o valor já incorporado à remuneração do Agente decorrente do
19 de novembro de 1959; a Lei nº 7.999, de 11 de maio de 1965; exercício de cargo em comissão e a Gratificação por Adicional de
a Lei nº 8.384, de 10 de janeiro de 1966; a Lei nº 9.226, de 27 de Tempo de Serviço para aqueles que já tinham implementado as
novembro de 1968; a Lei nº 9.260, de 12 de dezembro de 1968, no condições para tanto quando da edição da Lei nº 12.913, de 18 de
que diz respeito ao funcionário autárquico; a Lei nº 9.381, de 27 junho de 1999.
de julho de 1970; a Lei nº 9.443, de 9 de março de 1971 e a Lei nº §2º Poderá ainda o Agente Penitenciário integrante da Carrei-
9.496, de 19 julho de 1971. ra de Segurança Penitenciária perceber complemento, este enten-
dido como a parte percebida pelo agente que ultrapasse os valores
Prezado Candidato, as leis correlatas e ou complementares a decorrentes da presente Lei, percebida no mês anterior ao da publi-
esta , encontram-se no sítio eletrônico, conforme segue: cação desta norma, excluídas a vantagem pessoal e a gratificação
http://www.sindsaudeceara.org.br/noticias_detalhes.php?- por adicional de tempo de serviço.
cod_noticia=1566
Art.6º Fica concedido, a partir de 1º de setembro de 2008,
Abono aos Agentes Penitenciários na forma do anexo IV, da pre-
LEI Nº14.582, DE 21/12/09 (D.O.E DE sente Lei, valor este absorvido na composição da remune-
28/12/09) E SUAS ALTERAÇÕES. ração, decorrente da redenominação da Carreira de Segurança
REDENOMINA A CARREIRA GUARDA Penitenciária.
PENITENCIÁRIA, E DÁ OUTRAS §1º O disposto no caput deste artigo aplica-se aos aposentados
e aos pensionistas.
PROVIDÊNCIAS. §2º O abono previsto neste artigo não poderá ser considerado
ou computado para fins de concessão ou de cálculos de vantagens
financeiras de qualquer natureza, cessando integralmente os pa-
gamentos a esse título quando da implementação da tabela venci-
LEI Nº 14.582, 21 de dezembro de 2009. mental que trata o anexo III.
REDENOMINA A CARREIRA GUARDA PENITENCIÁ-
RIA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Art.7º Fica instituída a Gratificação de Atividades Especiais e
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ. Faço saber de Risco – GAER, devida aos servidores em atividades ocupantes
que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte dos cargos/funções de Agente Penitenciário, integrantes da carrei-
Lei: ra de Segurança Penitenciária, no percentual de 60% (sessenta por
cento), incidente, exclusivamente, sobre o vencimento base, em
Art.1º A carreira Guarda Penitenciária, integrante do razão do efetivo exercício das funções específicas de segu-
Grupo Ocupacional Atividades de Apoio Administrativo e rança, internas e externas, nos estabelecimentos prisionais do
Operacional, prevista no item 2, do anexo I, da Lei nº 12.386, de 9 Estado. (Redação dada pela Lei nº 15.154, de 9 de maio de 2012).
de dezembro de 1994, fica redenominada para carreira Segurança §1º A GAER prevista no caput é devida aos integrantes da car-
Penitenciária e estruturada na forma do anexo I desta Lei, passan- reira prevista no art.1º desta Lei, como compensação do acréscimo
do os Agentes Penitenciários a ter as seguintes atribuições: da jornada, quando no efetivo exercício sob regime de plantão de
atendimento, vigilância, custódia, guarda, escolta, assistência e 12 (doze) horas de trabalho, com revezamento no período diurno
orientação de pessoas recolhidas aos estabelecimentos penais esta- e noturno, perfazendo uma carga horária semanal de 48 (quarenta
duais. (Redação dada pela Lei nº 14.966, de 13 de julho de 2011) e oito) horas.
§2º Os servidores ocupantes dos cargos/funções de Agentes
Art.2º Os ocupantes dos cargos/funções de Agente Penitenciá- Penitenciários quando no exercício de cargos comissionados nas
rio, da carreira Segurança Penitenciária redenominada pelo art.1º unidades prisionais, na Coordenadoria do Sistema Penal, cujas
desta Lei, são posicionados na forma do anexo II. atribuições sejam de natureza penitenciária, ou, ainda, na Cé-
lula de Inteligência Penitenciária, vinculada ao Gabinete da
Art.3º A Tabela vencimental para a carreira Segurança Peni- Secretaria da Justiça e Cidadania, farão jus a GAER. (Redação
tenciária é a prevista no anexo III. dada pela Lei nº 14.966, de 13 de julho de 2011)
Art.4º Os servidores integrantes da carreira redenominada por Art.8º É devido aos servidores ocupantes dos cargos/funções
esta Lei são submetidos ao regime de plantão de 12 x 36 horas, de Agente Penitenciário o adicional por trabalho noturno nas se-
podendo haver revezamento no período diurno e noturno. guintes condições:
§1º O adicional por trabalho noturno é devido ao servidor cujo
Art.5º A estrutura remuneratória dos Agentes Penitenciá- trabalho seja executado entre 22 (vinte e duas horas) de um dia às
rios, integrantes da Carreira de Segurança Penitenciária, é com- 5 (cinco) horas do dia seguinte;
posta pelo vencimento base constante do anexo III, da Gratificação §2º A hora de trabalho noturno será computada como de 52
de Atividades Especiais e de Risco – GAER, prevista no art.7º e (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos;
Adicional Noturno previsto no art.8º, todos desta Lei.
Didatismo e Conhecimento 30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§3º O trabalho noturno será remunerado com um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora diurno.
Art.9º A Gratificação pela execução de trabalho em condições especiais, inclusive com risco de vida ou de saúde, prevista no inciso VI,
do art.132, da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974, e no parágrafo único, art.1º, da Lei nº 9.598, de 28 de junho de 1972, e no art.7º da Lei
nº 9.788, de 4 de dezembro de 1973, é incompatível com a percepção das gratificações previstas nesta Lei, sendo vedado o seu pagamento
aos integrantes da carreira redenominada por esta Lei.
Art.10. Fica extinta e cessa seu pagamento em relação aos integrantes da carreira de Segurança Penitenciária a Gratificação
Especial de Localização Carcerária, o Abono Provisório e o Acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento base, previstos no
art.1º e seus parágrafos, no art.2º e parágrafo único, e art.3º, da Lei nº 13.095, de 12 de janeiro de 2001.
Art.11. A Gratificação de que trata o art.7º desta Lei, é incompatível com a percepção da Gratificação pela prestação de serviços ex-
traordinários, sendo vedado o seu pagamento aos integrantes da carreira de Segurança Penitenciária. (Redação dada pela Lei nº 15.154, de
9 de maio de 2012)
Art.12. A Gratificação de que trata o art.7º desta Lei, será incorporada aos proventos de aposentadoria, desde que o servidor tenha
contribuído por pelo menos 60 (sessenta) meses ininterruptos para o Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e
Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC.” (Redação dada pela Lei nº 15.154, de 9 de maio
de 2012)
§1º Para os servidores que implementarem as regras dos arts.3º e 6º da Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19 de dezembro de
2003, ou do art.3º, da Emenda Constitucional Federal nº 47, de 5 de julho de 2005, e cujo período de percepção por ocasião do pedido de
aposentadoria seja menor do que 60 (sessenta) meses, será observada a média aritmética do período de percepção, multiplicado pela fração
cujo numerador será o número correspondente ao total de meses trabalhados e o denominador será sempre o numeral 60 (sessenta).
§2º O disposto neste artigo não se aplica para os servidores que se aposentarem pelas regras previstas no art.40 da Constituição Federal,
com a redação dada pela Emenda Constitucional Federal nº 41, de 19 de dezembro de 2003, nos termos da Legislação Federal.
Art.13. Ficam mantidas as regras instituídas no Capítulo IV, da Lei nº 12.386, de 9 de dezembro de 1994, referente a ascensão funcional
do servidor ocupante do cargo/função de Agente Penitenciário, conforme a estrutura e composição constante no anexo I, sem prejuízo do
interstício em curso.
Parágrafo único. Os critérios específicos e os procedimentos para aplicação do princípio do mérito e/ou da antiguidade para a efetiva-
ção da progressão e da promoção são os definidos no Decreto nº 22.793, de 1º de outubro de 1993, até que sejam definidos novos critérios.
Art.14. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias do Órgão.
Didatismo e Conhecimento 31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Didatismo e Conhecimento 32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Didatismo e Conhecimento 33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Didatismo e Conhecimento 34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Didatismo e Conhecimento 35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 2º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará tem
SISTEMA DE REVISTAS NOS como finalidade a vigilância, custódia e assistência aos presos
ESTABELECIMENTOS PENAIS DO e às pessoas sujeitas a medidas de segurança, assegurando-
lhes a preservação da integridade física e moral, a promoção de
ESTADO DO CEARÁ (DECRETO medidas de integração e reintegração socioeducativas, conjugadas
ESTADUAL Nº25.050, DE 14 DE JULHO DE ao trabalho produtivo.
1998, PUBLICADO NO DOE DE 16/07/98).
PREZADO CANDIDATO, O DECRETO §1º - Configura-se, ainda, como finalidade do sistema
penitenciário estadual, a fiscalização e assistência ao egresso,
ACIMA SOLICITADO, FOI SUBSTITUÍDO
garantindo-lhe a promoção de medidas de integração e reinte-
PELA LEI QUE SEGUE ABAIXO. gração socioeducativas.
REGIMENTO GERAL DOS
ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS DO Art. 3º - O Sistema Penitenciário, pelas suas características
ESTADO DO CEARÁ (ANEXO ÚNICO DA especiais, fundamenta-se na hierarquia funcional, disciplina e,
sobretudo, na defesa dos direitos e garantias individuais da
PORTARIA Nº240/2010, DE 16 DE ABRIL DE pessoa humana, organizado em Coordenadoria do Sistema
2010, PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL Penal, vinculado ao Poder Executivo como Órgão de Administra-
DE 28 DE ABRIL DE 2010 E ção da Execução Penal.
REPUBLICADA NO DOE DE
Art. 4º - A Coordenadoria do Sistema Penal é órgão
24 DE AGOSTO DE 2010).
subordinado diretamente ao Secretário da Justiça e Cidadania
do Estado do Ceará, organizada em carreira, com ingresso de
seus integrantes na classe inicial, mediante Concurso Público de
provas e títulos, chefiada pelo Coordenador Geral, nomeado
PORTARIA Nº 0240/2010 pelo Governador do Estado do Ceará, preferencialmente entre
O SECRETÁRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA DO os membros da Instituição.
ESTADO DO CEARÁ, RESPONDENDO, no uso de suas atri- Parágrafo Único - A nomeação do Coordenador do Sistema
buições legais que lhe são conferidas pelo art. 44, da Lei nº 13.875, Penal deverá obedecer aos mesmos critérios previstos para a dos
de 07 de fevereiro de 2007 e tendo em vista o que consta do Pro- Diretores das Unidades Prisionais, constantes do artigo 75 da Lei
cesso do Sistema de Protocolo Único nº 09533848-9; CONSIDE- 7.210/84 (Lei de Execuções Penais).
RANDO a necessidade de regulamentar as ações desenvolvidas
no âmbito do Sistema Penitenciário cearense, para o pleno desem- TÍTULO II
penho das atividades das Unidades Prisionais, adequando-se às DOS ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS
diretrizes estabelecidas na Lei de Execuções Penais, RESOLVE:
Art. 5º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará é cons-
Art. 1º Aprovar o Regimento Geral dos Estabelecimentos
tituído pelas seguintes
Prisionais do Estado do Ceará, na forma do Anexo que integra a
Unidades:
presente Portaria.
I. Penitenciárias;
Art. A revisão do Regimento Geral dos Estabelecimentos Pri- II. Presídios e Casas de Privação Provisória de Liberdade; III.
sionais do Estado do Ceará será realizada após 12 (doze) meses, Colônias Agrícolas ou Similares;
contados a partir de sua publicação, por Comissão Especial a ser IV. Complexo Hospitalar (Hospital Geral e Sanatório Penal e
designada pelo Secretário da Justiça e Cidadania. Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico);
V. Casas do Albergado;
Art. 2º Este Regimento entrara em vigor na data de sua publi- VI. Cadeias Públicas.
cação desta Portaria.
SECRETARIA DA JUSTIÇA E CIDADANIA, em Forta- Art. 6º - Os estabelecimentos prisionais destinam-se ao con-
leza, aos 16 de abril de denado, ao submetido à medida de segurança e ao preso provi-
2010. sório.
Antônio Luiz Abreu Dantas
Secretário da Justiça e Cidadania, Respondendo Art. 7º - Em todos os estabelecimentos prisionais será obri-
gatoriamente observada a separação entre presos provisórios e
TÍTULO I condenados, bem como a distinção por sexo, delito, faixa etária e
DO SISTEMA PENITENCIÁRIO antecedentes criminais, para orientar a prisão cautelar, a execução
Art. 1º - O Sistema Penitenciário do Estado do Ceará adota da pena e a medida de segurança.
os princípios contidos nas Regras Mínimas para Tratamento Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, deverá ser criado
dos Reclusos e Recomendações pertinentes, formuladas pela centro único de triagem, que promoverá a necessária separação.
Organização das Nações Unidas – ONU – e respeita as dire-
trizes fixadas pela Lei 7.210/84 (Lei de Execuções Penais) e nas Art. 8º - As Penitenciárias destinam-se aos condenados ao
Recomendações Básicas para uma programação prisional editadas cumprimento da pena de reclusão, em regime fechado, caracteri-
pelo Ministério da Justiça. zando-se pelas seguintes condições:
Didatismo e Conhecimento 36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
I. Segurança externa, através de muralha com pas- § 2º - Os presos ou internados que apresentarem quadro de
sadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes Peniten- sorologia positiva HIV, receberão tratamento individualizado, a
ciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania. critério médico.
II. Segurança interna realizada por equipe de Agentes Peniten- § 3º - Aos presos ou internados que apresentarem quadro de
ciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania que dependência química em substâncias entorpecentes será garanti-
preserve os direitos do preso, mantenha a segurança, a ordem e a do tratamento individualizado adequado às suas necessidades,
disciplina da Unidade; adotando-se políticas públicas voltadas para esta finalidade, nos
III. Acomodação do preso preferencialmente em cela indivi- termos da lei 11.343/2006.
dual; § 4º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverá exis-
IV. Locais de trabalho, atividades socioeducativas e culturais, tir leitos destinados ao tratamento de mulheres presas.
esportes, prática religiosa e visitas;
V. Trabalho externo, conforme previsto no art. 36 da Lei de Art. 12 -O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Execução Penal (LEP). destina-se ao cumprimento
§1º - Nos estabelecimentos destinados a mulheres, os das medidas de segurança e ao tratamento psiquiátrico separa-
responsáveis pela segurança interna serão, obrigatoriamente, damente, devendo adequar-se às normas aplicáveis ao tratamento
agentes públicos do sexo feminino, exceto em eventos críticos ou das respectivas insanidades.
festivos, garantindo-se, ainda, a obrigatoriedade de existência de § 1º - O preso comprovadamente portador de doença mental
uma creche para a acomodação dos recém-nascidos das internas deverá ser imediatamente encaminhado ao estabelecimento ade-
neles recolhidos, nos 06 (seis) quado para seu tratamento, lá não podendo permanecer além do
primeiros meses de vida, prorrogável por igual período, se tempo necessário ao seu pronto restabelecimento, atestado pelo
necessário. serviço médico local.
§2º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, § 2º - Em nenhuma hipótese será admitido o ingresso ou per-
suas finalidades serão, excepcionalmente, atribuídas às Cadeias manência de pessoas que
Públicas locais, observadas as normas deste Regimento no que não apresentem quadro patológico característico da destina-
forem aplicáveis, bem como as restrições legais ou decisões ção do respectivo estabelecimento.
judiciais. § 3º - Na unidade de que trata o caput deste artigo deverá exis-
§3º - Haverá em cada estabelecimento de regime fechado tir leitos destinados ao tratamento de mulheres presas.
o Centro de Observação Criminológico e de Triagem, onde
deverão ser realizados os exames gerais, cujos resultados serão Art. 13 - A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento da
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação, que propo- pena privativa de
rá o tratamento adequado para cada preso ou internado. liberdade em regime aberto e da pena restritiva de direitos
consistente em limitação de fim de semana.
Art. 9º - Os Presídios e as Casas de Privação Provisória de Parágrafo Único - O prédio deverá situar-se em centro urba-
Liberdade destinam-se aos presos provisórios, devendo apresentar no, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se-á pela
estrutura adequada que garanta o exercício dos direitos elencados ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
no presente Regimento.
Art. 14 - A Cadeia Pública destina-se prioritariamente ao re-
Art. 10 - Os Estabelecimentos Agrícolas ou Mistos desti- colhimento de presos provisórios.
nam-se aos condenados ao cumprimento da pena em regime § 1º - Nas Comarcas onde não existam penitenciárias, suas
semiaberto, caracterizando-se pelas seguintes condições: finalidades serão,
I. locais para: excepcionalmente, atribuídas às Cadeias Públicas locais, ob-
a) trabalho interno agropecuário; servadas as normas deste
b) trabalho interno industrial; Regimento Geral no que forem aplicáveis e as restrições le-
c) trabalho de manutenção e conservação intra e extramu- gais ou de decisões judiciais, bem como a capacidade populacional
ros, na circunscrição da Unidade respectiva; máxima da Unidade respectiva.
II. acomodação em alojamento ou cela individual ou coletiva; § 2º - Ao preso provisório será assegurado regime especial no
III. trabalho externo na forma da Lei; qual se observará:
IV. locais internos e externos para atividades socioedu- I. separação dos presos condenados;
cativas e culturais, esportes, prática religiosa e visita conforme II. utilização de pertences pessoais permitidos;
dispõe a Lei. III. uso de uniforme fornecido pelo Estabelecimento Prisional
em quantidade de 03
Art. 11 -O Hospital Geral e Sanatório Penal destina-se ao (três) mudas ou, na eventual falta deste, uso de sua própria
tratamento do preso, em regime de internamento, das enfermida- roupa, na mesma quantidade;
des infectocontagiosas, dos pós-operatórios, das convalescenças e IV. oferecimento de oportunidade de educação, trabalho e la-
de exames laboratoriais. zer nos termos da legislação pertinente;
§ 1º - O preso acometido de enfermidades, conforme artigo V. visita e atendimento médico e odontológico, sendo facul-
acima, deverá permanecer internado o tempo necessário à sua rea- tado ao preso optar por profissional particular às suas expensas;
bilitação, tendo retorno imediato à sua Unidade Prisional de ori- VI. Acesso aos meios de comunicação externos.
gem logo após diagnóstico médico autorizando sua alta.
Didatismo e Conhecimento 37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 15 - Nas Unidades elencadas no artigo 5º deste Regimen- XI. Realizar mensalmente reuniões com os servidores da
to, respeitadas suas especificidades, deverão ainda ser respeitadas Unidade para estudos conjuntos de problemas afetos à mesma;
as seguintes determinações: XII. Propor ao Coordenador da COSIPE a mudança de
I. Segurança externa, através de muralha com pas- lotação dos servidores da Unidade;
sadiço e guaritas de responsabilidade dos Agentes Peniten- XIII. Executar as determinações do Coordenador da COSIPE;
ciários do quadro efetivo da Secretaria da XIV. Autorizar visitas extraordinárias aos presos, em casos
Justiça e Cidadania. especiais, nos termos deste Regimento;
II. Segurança interna realizada por equipe de Agentes Peniten- XV. Autorizar remoção do preso para Estabelecimento Penal
ciários do quadro efetivo da Secretaria da Justiça e Cidadania que diverso, comunicando ao Juízo processante e da Execução, ao Mi-
preserve os direitos do preso, mantenha a segurança, a ordem e a nistério Público, à Defensoria Publica, ao Conselho Penitenciário
disciplina da Unidade; e a COSIPE, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, nos casos
expressos neste Regimento;
Parágrafo Único - Em caso de necessidade de interven- XVI. mostrar aos visitantes as dependências do estabele-
ção da Polícia Militar, em caráter urgente, em qualquer das cimento nas visitas coletivas, de caráter cultural ou cientifico,
unidades referidas no caput deste artigo, sua permanência no esclarecendo-lhes, quando se fizer necessário, os objetivos da
interior das mesmas se dará pelo tempo estritamente necessário execução penal;
ao restabelecimento da ordem e da segurança interna, não po- XVII. Dar ciência à família do preso, em caso de grave
dendo ultrapassar 90 (noventa) dias, salvo decisão fundamentada enfermidade, morte ou transferência deste, comunicando ao
da autoridade judiciária competente. preso, de igual modo, a doença ou morte de pessoa de sua família
e concedendo-lhe, se for o caso, permissão para sair;
TÍTULO III XVIII. atribuir, em solenidades especiais, prêmios e recom-
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DAS UNIDA- pensas aos presos de exemplar comportamento e àqueles que pra-
DES tiquem atos meritórios;
XIX. Realizar outras atividades dentro de sua área de com-
Art. 16 - As Unidades Prisionais do Estado do Ceará petência.
serão dirigidas por um(a) Diretor(a), que será assessorado
pelo(a) Diretor(a) Adjunto(a), pelo Gerente Administrativo, Art. 18 -O(a) ocupante do cargo de diretor(a) de Unida-
pelo Chefe de Segurança e Disciplina e pelo Chefe de Equi- de Prisional, escolhido preferencialmente entre os servidores de
pe dos Agentes Penitenciários, sendo ainda integradas pelo carreira da Secretaria de Justiça e Cidadania, deverá satisfazer os
Conselho Disciplinar e pela Comissão Técnica de Classificação. seguintes requisitos:
I. ser portador(a) de diploma de nível superior em Direito, ou
Art. 17 -O(A) Diretor(a) da Unidade Prisional, compete: Psicologia, ou Ciências
Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais; II. possuir expe-
I. Dirigir, coordenar e orientar os trabalhos técnicos, admi- riência administrativa na área;
nistrativos, operacionais, laborais, educativos, religiosos, esporti- III. ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desem-
vos e culturais da Unidade respectiva; penho da função.
II. Adotar medidas necessárias à preservação dos Direitos e Parágrafo Único - O cargo de Diretor do Hospital Ge-
Garantias Individuais dos presos; ral e Sanatório Penal e do Hospital de Custódia e Tratamento
III. Visitar os presos nas dependências do Estabelecimento, Psiquiátrico deverá ser ocupado por médico e, na falta deste, por
anotando suas reclamações e pedidos, procurando solucioná-los outro profissional da área de saúde.
de modo adequado, no âmbito de sua competência ou en-
caminhá-los ao órgão competente, observando as normas de Art. 19 -O(A) Diretor(a) Adjunto, compete:
segurança; I. Assessorar diretamente o(a) Diretor(a) da Unidade Prisio-
IV. Dar cumprimento às determinações judiciais e prestar nal no desempenho de suas atribuições;
aos Juízes, Tribunais, Ministério Público, Defensoria Pública e II. Substituir, em seus afastamentos, ausências e impedimen-
Conselho Penitenciário as informações que lhe forem solicitadas, tos legais, o(a) Diretor(a) da Unidade Prisional, independente de
relativas aos condenados e aos presos provisórios; designação especifica, salvo se por prazo superior a 30 (trinta)
V. Assegurar o normal funcionamento da Unidade, observan- dias;
do e fazendo observar as normas da Lei de Execução Penal e do III. Autorizar a expedição de certidões relativas aos assuntos
presente Regimento Geral; da Unidade;
VI. Presidir a Comissão Técnica de Classificação; IV. Acompanhar a execução do plano de férias dos servidores
VII. Elaborar o plano de segurança interna do Estabele- da Unidade;
cimento em conjunto com o Chefe de Segurança e disciplina; V. Exercer outras atividades que lhes sejam determinadas
VIII. Conceder audiência ao interno quando solicitada; pelo(a) Diretor(a) da Unidade.
IX. Comparecer nas sessões do Conselho Penitenciário, quan- Parágrafo Único - A substituição prevista neste artigo, por
do convocado; período igual ou superior a 30 (trinta) dias, propiciará ao substituto
X. Elaborar o plano operativo anual da Unidade e Ad- os direitos e vantagens do cargo de Diretor(a) da Unidade.
ministrar o Estabelecimento traçando diretrizes, orientando e
controlando a execução das atividades sob sua responsabilidade;
Didatismo e Conhecimento 38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 20 -O(A) Gerente Administrativo compete organizar, III. Realizar reuniões com os presos para preleções instrutivas
controlar e executar as atividades de apoio necessárias ao bom e disciplinares;
funcionamento operacional do Estabelecimento, inclusive a ma- IV. Propor a concessão ou suspensão de recompensas aos pre-
nutenção preventiva e corretiva, competindo-lhe: sos;
I. Receber, controlar e distribuir gêneros alimentícios, os des- V. Fazer constar no prontuário disciplinar dos presos as
tinados ao consumo do Estabelecimento; ocorrências e alterações havidas com estes;
II. Supervisionar os serviços de copa e de cozinha; VI. Controlar a movimentação de presos quando das transfe-
III. Requisitar o material de expediente e providenciar a redis- rências para outras celas;
tribuição junto aos demais serviços do Estabelecimento; VII. Manter atualizada a relação geral dos presos, seus locais
IV. Providenciar a compra de matéria prima para a fabrica- de recolhimento noturno, de trabalho e/ou permanência obrigató-
ção do pão bem como a aquisição de gás liquefeito para o funcio- ria;
namento da cozinha; VIII. Opinar quanto aos horários de visitas, rancho, repou-
V. Manter em bom estado de funcionamento as instala- so noturno, alvorada e atendimento aos presos;
ções elétricas, telefônicas, hidrossanitárias e de climatização IX. Encaminhar ao Conselho disciplinar as faltas disciplina-
do prédio requisitando, com antecedência o material que for res, praticadas por presos para conhecimento e julgamento;
necessário para este fim; X. Promover vistorias nos presos e buscas, nas dependências
VI. Elaborar o relatório anual das atividades inerentes ao ser- do estabelecimento, de caráter preventivo ou sempre que hou-
viço; ver fundadas suspeitas de porte ou uso indevido de armas,
VII. Efetuar o balancete mensal do estoque de mercadoria aparelhos celulares ou de objetos que possam ser utilizados para
existente; prática de crimes ou faltas disciplinares;
VIII. Proceder à identificação de todo o material permanente XI. Manter atualizados registros e alterações relativas aos
em uso na unidade; agentes penitenciários; XII. Elaborar a escala do plantão e organi-
IX. Adotar as medidas de segurança contra incêndio za a composição das equipes;
nas dependências do estabelecimento especialmente na área de XIII. Zelar pelo bom funcionamento dos equipamentos e
prontuário e almoxarifado; implementos necessários á execução dos serviços de segurança
X. Providenciar a manutenção preventiva e corretiva de interna;
maquinas, equipamentos e móveis em uso na unidade; XII-elaborar a escala do plantão e organiza a composição
XI. Zelar pela conservação e limpeza do prédio; das equipes;
XII. Controlar a manutenção de primeiro escalão, de respon- XIV. Promover mensalmente em caráter ordinário, reuniões
sabilidade dos motoristas nas viaturas da unidade; com os agentes prisionais e extraordinariamente quando necessá-
XIII. Executar e controlar os serviços de reprodução xe- rio;
rográfica ou similar de documentos, publicações e impressos XV. Propor ao diretor a lista de nomes para escolha e desig-
de interesse de Unidade; nados dos chefes de equipes; XVI. Assegurar o respeito aos visi-
XIV. Organizar a prestação de contas dos suprimentos de tantes enquanto permanecerem nas dependências da Unidade;
fundos destinados ao estabelecimento; XVII. Manter em arquivo o registro das pessoas que visitam
XV. Efetuar o controle diário das folhas e cartões de registro a Unidade;
de comparecimento do pessoal em exercício na Unidade; XVIII. Comunicar, diariamente, ao diretor ou substituto as al-
XVI. Preparar dentro dos prazos estipulados os documentos terações constantes no relatório de serviço diário;
de controle de comparecimento e de alterações relativos ao pes- XIX. Manter informado o diretor sobre quaisquer alterações
soal, encaminhando-os à COSIPE. havidas na unidade;
Parágrafo Único - O cargo de Gerente Administrativo deve- XX. Colaborar nas realizações de eventos de caráter sociocul-
rá ser ocupado por servidor de carreira da Secretaria de Justiça e tural, esportivo e cívico do estabelecimento.
Cidadania.
Art. 22 - Ao Chefe de Equipe dos Agentes Penitenciários
Art. 21 - Ao Chefe de Segurança e Disciplina compete ge- compete: I. Conferir o relatório da equipe anterior;
renciar o setor de Segurança e Disciplina, elaborando o plano de II. Conferir o material de segurança sob sua responsabilidade,
segurança interna do Estabelecimento, visando proteger a vida e bem como a frequência dos membros de sua equipe, distribuindo
a incolumidade física dos servidores de carreira, terceirizados e as tarefas relativas ao funcionamento da unidade entre os presen-
presos tes;
e a garantia das instalações físicas, bem como promover o III. Dar encaminhamento e supervisionar a execução das de-
conjunto de medidas que assegurem o cumprimento da disciplina terminações da Direção e do Chefe de segurança e disciplina;
prisional e organizar, controlar e orientar os Agentes Penitenciá- IV. Comunicar imediatamente qualquer ocorrência que
rios no exercício de suas atribuições, competindo-lhe: comprometa a ordem, a segurança e a disciplina da unidade
I. Orientar os presos quanto aos seus direitos, deveres e nor- à Direção e ao Chefe de Segurança e Disciplina, relatando, em
mas de conduta a serem observados, quando de sua chegada à seguida, de forma circunstanciada, por escrito;
Unidade; V. Em caso de emergência que comprometa a integridade fí-
II. Manter sob sua guarda e responsabilidade todos os perten- sica do preso, autorizar transferência de alojamento no interior
ces do preso, de uso não permitido, fornecendo a estes comprovan- da unidade, diante da ausência de seu superior hierárquico;
tes de recebimento;
Didatismo e Conhecimento 39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
VI. Em caso de emergência que comprometa a integridade TÍTULO IV
física do preso, autorizar a saída temporária do mesmo para aten- DAS FASES DA EXECUÇÃO ADMINISTRATIVA DA
dimento médico, mediante escolta, diante da ausência de seu su- PENA
perior hierárquico;
VII. Exercer a vigilância, em conjunto com os agentes pe-
nitenciários de plantão, cumprindo e fazendo cumprir as normas Art. 27 As fases da execução administrativa da pena serão
e regulamentos do estabelecimento; realizadas através de estágios, respeitados os requisitos legais, a
VIII. Elaborar relatório circunstanciado ao final de seu estrutura física e os recursos materiais de cada unidade prisional.
plantão, registrando todas as ocorrências havidas. Primeira Fase - procedimentos de inclusão e observação por
prazo não superior a 60 (sessenta) dias;
Art. 23 - O Conselho Disciplinar, órgão colegiado formado Segunda Fase - desenvolvimento do processo da execução da
pelo Diretor Adjunto, pelo Chefe de Segurança e Disciplina, por pena compreendendo as várias técnicas promocionais e de evolu-
um Assistente Social, um Psicólogo e por um agente penitenciá- ção socioeducativas.
rio de notória experiência, tem por finalidade:
I. Conhecer, analisar, processar e julgar as faltas disci- Art. 28 - À Comissão Técnica de Classificação, caberá avaliar
plinares cometidas pelos internos, aplicando a sanção disciplinar a terapêutica penal em relação ao preso sentenciado, propondo as
adequada à falta cometida, assegurados o contraditório e a ampla promoções subsequentes.
defesa, por Defensor Público ou Advogado constituído pelo in-
terno. Art. 29 - As perícias criminológicas, eventualmente requisi-
II. Conhecer os resultados de eventuais exames criminológi- tadas, deverão ser realizadas pela Comissão Técnica de Classifi-
cos e acompanhar o perfil comportamental do preso. cação.
Didatismo e Conhecimento 40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
§ 1º No prontuário ficarão arquivados todos os documentos SEÇÃO I
relativos ao preso, inclusive certidão atualizada de antecedentes Por Ordem Judicial
criminais do juízo local, bem como do seu domicílio de origem.
§ 2º - A fotografia do preso será parte integrante do prontuá- Art. 41 - A transferência provisória ou definitiva do preso de
rio. uma unidade prisional para outra, por ordem judicial, dar-se-á nas
§ 3º - Após a abertura do prontuário, o preso receberá instru- seguintes circunstâncias:
ções a serem cumpridas, sobre as normas do estabelecimento, sen- I. por sentença de progressão ou regressão de regime; II. para
do cientificado dos direitos e deveres prescritos no presente Regi- apresentação judicial dentro e fora da Comarca;
mento, e da possibilidade de acesso ao mesmo sempre que desejar. III. para tratamento psiquiátrico, desde que haja indicação
§ 4 º - Em todas as dependências e acomodações das unidades médica;
prisionais deverão afixar- se os direitos e deveres dos presos, IV. em qualquer circunstância, mais adequada ao cumprimen-
permanecendo o presente regimento acessível a todos sempre to da sentença, em outro Estado da Federação, a juízo da autorida-
que desejarem. de judiciária competente.
§ 5 º - Os analfabetos serão instruídos oralmente.
SEÇÃO II Por Ordem Técnico-Administrativa
Art. 34 - Os pertences trazidos com o preso cuja posse
não for permitida serão inventariados e colocados em depósito Art. 42 - À Coordenadoria do Sistema Penal compete,
apropriado no Setor de Segurança e Disciplina da Unidade Prisio- em caráter excepcional e devidamente justificado, determinar
nal, mediante contra recibo, sendo entregues posteriormente aos a transferência do preso de uma para outra unidade prisional nas
seus familiares, ou a pessoa por ele indicada. seguintes circunstâncias:
§ 1º - Os objetos de valor e joias serão recolhidos ao Setor de I. por solicitação do diretor da unidade, conforme indicação da
Pecúlio, bem como importâncias em dinheiro serão depositadas Comissão Técnica de Classificação e demais áreas de avaliação;
em conta corrente do pecúlio disponível, com preenchimento dos II. no caso de doença, que exija tratamento hospitalar do
respectivos recibos. preso, quando a unidade prisional não dispuser de infraestrutura
adequada, devendo a solicitação ser feita pela autoridade médica,
Art. 35 - O preso será submetido a exames clínicos pelo Ser- ratificada pelo diretor da unidade;
viço de Saúde, devendo ser examinado por médico, que fornecerá III. por interesse da Administração, com vistas a preservação
atestado sobre as condições físicas apresentadas quando de sua da segurança e disciplina.
chegada, e relacionará a necessidade de ingestão de medi- Parágrafo Único - A transferência de preso condenado ou
camentos eventualmente trazidos pelo preso, sobprescrição provisório será, no prazo improrrogável de 24 (vinte e quatro) ho-
médica, bem como de dieta diferenciada. ras, comunicada, respectivamente, ao juízo das execuções penais
ou ao juízo responsável pelo processo.
Art. 36 - Quando da impossibilidade de cumprir todas as exi-
gências enumeradas nos dispositivos anteriores, na data da inclu- SEÇÃO III
são, as mesmas poderão ocorrer nos três dias úteis subsequentes. A Requerimentodo Interessado
Art. 39 - Durante o período de adaptação o preso será classi- Art. 44 - Em caso de deferimento, o diretor da unidade
ficado quanto ao grau de periculosidade, comportamento e ante- de origem deverá instruir expediente motivado à unidade prisio-
cedentes. nal pretendida, constando:
I. petição assinada pelo requerente ou termo de declaração,
CAPÍTULO II onde justifique os motivos da pretensão;
DA TRANSFERÊNCIA II. qualificação e extrato da situação processual do sentencia-
do;
Art. 40 - A transferência do preso de uma unidade prisional III. informações detalhadas das condições de saúde, traba-
para outra, dar-se-á nas seguintes condições: lho, instrução e conduta prisional;
I. por ordem judicial; IV. manifestação do diretor da unidade prisional, sobre a
II. por ordem técnico-administrativa; e conveniência ou não da transferência.
III. a requerimento do interessado.
Didatismo e Conhecimento 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 45 - A direção da unidade pretendida, após manifestação a) chamamento nominal;
fundamentada, no prazo de 30 (trinta) dias, devolverá o expediente b) uso de número somente para qualificação em documen-
à origem para as providências cabíveis. to da administração penal.
II. atendimento pela Diretoria do Estabelecimento e/ou de-
Art. 46 A unidade prisional pretendida poderá manifestar-se mais funcionários;
por permuta do requerente, por outro ali incluído, juntando ao III. prática religiosa;
expediente original, as mesmas informações contidas no pedido IV. tratamento médico-hospitalar, psiquiátrico, psicológico
de transferência a ela encaminhado. e odontológico gratuito, com os recursos humanos e materiais
§ 1º - Havendo concordância entre as unidades prisionais, postos a sua disposição pela Unidade onde se acha recolhido, sen-
a permuta será solicitada oficialmente ao juízo competente, pela do-lhe garantidas:
unidade de origem, ficando o expediente nela arquivado. a) obtenção de assistência médica pela rede Municipal, Esta-
§ 2º - Concretizada a transferência por esse meio, o preso pe- dual e Federal, quando esgotados ou inexistentes os recursos insti-
ticionário somente poderá solicitar nova transferência depois de tucionais, de acordo com a disponibilidade dessas redes;
decorridos 180 (cento e oitenta) dias, no mínimo, salvo em casos b) a faculdade de contratar, através de familiares ou de-
excepcionais. pendentes, profissionais
médicos e odontológicos de confiança pessoal, a fim de orien-
Art. 47 - Caso não haja concordância, o diretor da unidade de tar e acompanhar o tratamento que se faça necessário, ob-
origem poderá submeter o pedido à apreciação superior, cientifi- servadas as normas legais e regulamentares vigentes;
cando o requerente da decisão final. V. frequência às atividades desportivas, de lazer e
culturais condicionadas à programação da Unidade, dentro
Art. 48 - Quando ocorrer transferência temporária de pre- das condições de segurança e disciplina, obedecendo-se a
sos entre as unidades prisionais, deverá haver acompanhamento seguinte regra:
de informações referentes à disciplina, saúde, execução da pena e a) prática de esportes deverá ser realizada em local ade-
visitas dos mesmos, a fim de orientar procedimento na unidade de quado, pelo período de 02:00 horas, uma vez por semana, sem
destino. prejuízo das atividades laborativas da
§ 1º - no caso de remoção definitiva, além das providências do Unidade;
caput deste artigo, o preso deverá ser acompanhado de seu pron- VI. contato com o mundo exterior e acesso aos meios de co-
tuário e pertences pessoais. municação social, por meio de:
a) correspondência escrita com familiares e outras pessoas,
CAPÍTULO III podendo ser suspenso ou restringido tal direito por ato motivado
DA SAÍDA do Diretor da Unidade, no caso de cometimento de falta grave;
b) leitura de livros, jornais, revistas e demais periódi-
Art. 49 - A saída do preso da Unidade Prisional dar-se-á, nos cos, editados no país, em língua portuguesa, desde que não
seguintes casos: contenham incitamento à subversão da ordem ou preconceito de
I. pelo término do cumprimento da pena, devidamente reco- religião, raça ou classe social e não comprometam a moral e os
nhecido por sentença do Juízo das Execuções Criminais e Corre- bons costumes;
gedor dos Presídios; c) acesso a aparelho de rádio receptor individual;
II. em virtude de algum benefício legal que lhe tenha sido d) acesso coletivo a programa de televisão;
concedido, sempre por ordem escrita da Autoridade Judiciária e) acesso a sessões cinematográficas, teatrais, artísticas e so-
competente. cioculturais, de acordo a programação da Unidade respectiva.
III. para atendimento de requisições administrativas ou po- VII. acomodação em celas ou alojamentos coletivos ou
liciais, mediante escolta e autorização escrita do Juiz das Execu- individuais, dentro das exigências legais, havendo trocas de
ções Criminais e Corregedor dos Presídios; IV. para atendimento roupas de uso pessoal, de cama, banho e material de higiene,
de requisições judiciais, mediante escolta; fornecidos pela Unidade Prisional ou outros setores devi-
V. em caráter excepcional, mediante autorização da Dire- damente autorizados;
ção do Estabelecimento Prisional, nos casos e na forma esta- VIII. solicitar à Diretoria mudança de cela ou pavilhão, que
belecidos nos artigos 120 e 121 da Lei de Execuções Penais. poderá ser autorizada após avaliação dos motivos e da capacidade
estrutural da Unidade;
TÍTULO VI IX. peticionar à Direção do Estabelecimento e demais auto-
DOS DIREITOS, DOS DEVERES, DOS BENS, REGA- ridades;
LIASE RECOMPENSAS X. receber visitas do cônjuge, da companheira, de paren-
tes e amigos em dias determinados, podendo ser suspenso ou
CAPÍTULO I DOS DIREITOS restringido tal direito por ato motivado do Diretor da Unidade, no
caso de cometimento de falta grave;
Art. 50 - São direitos comuns aos presos, além dos já XI. proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; XII.
previstos pela Constituição Federal, Pactos Internacionais, Le- receber atestado anual de pena a cumprir;
gislação Penal e Processual Brasileira, Lei de Execuções XIII. assistência jurídica integral desde sua inserção no Sis-
Penais e demais Leis, os seguintes: tema Penitenciário, prestada por advogado constituído ou pela
I. preservação da individualidade, observando-se: Defensoria Pública Estadual;
Didatismo e Conhecimento 42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
XIV. entrevista reservada com seu advogado constituído ou X. zelar pelo asseio pessoal e assepsia da cela, alojamento,
Defensor Público, no parlatório, individualmente, nos dias úteis corredores e sanitários;
e no horário de expediente da Unidade. XI. submeter-se às normas contidas neste Regimento Ge-
XV. à presa, em caso de gravidez, são asseguradas: ral, referentes às visitas,
a) assistência pré-natal; orientando-as nesse sentido;
b) alimentação apropriada desde a confirmação da gra- XII. submeter-se às normas, contidas neste Regimento
videz até o fim da amamentação; Geral, que disciplinam a concessão de saídas externas previstas
c) internação, com direito a parto em hospital adequado, por em lei:
meio de escolta; XIII. submeter-se às normas contidas neste Regimento
d) condições para que possa permanecer com seu filho pelo Geral, que disciplinam o atendimento nas áreas de:
período mínimo de 120 dias após o nascimento, prorrogável por a) saúde;
igual período, em local adequado, mesmo que haja restrição de b) assistência jurídica;
amamentação; c) psicológica;
e) condições para que possa permanecer com seu filho pelo d) serviço social;
período mínimo de 180 e) diretoria;
dias após o nascimento, prorrogável por igual período, após f) serviços administrativos em geral;
avaliação médica e de assistente social, em local adequado, quan- g) atividades escolares, desportivas religiosas, de trabalho e
do estiver amamentando; de lazer;
XVI. reabilitação das faltas disciplinares; h) assistência religiosa;
XVII. Em caso de falecimento, doenças, acidentes graves ou XIV. devolver ao setor competente, quando de sua saída ou da
transferência do preso para outro estabelecimento, o Diretor co- eventual transferência, os objetos fornecidos pela unidade e desti-
municará imediatamente ao cônjuge ou, se for o caso, a parente nados ao uso próprio;
próximo ou a pessoa previamente indicada; XV. abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros, ma-
XVIII. O preso será informado, imediatamente, do faleci- teriais dos diversos setores da Unidade Prisional;
mento ou de doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, XVI. abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de ter-
descendente ou irmão, podendo ser permitida a visita a estes, sob ceiros ou do patrimônio do Estado
custódia; XVII. abster-se da confecção e posse indevida de instru-
XIX. Em caso de deslocamento do preso, por qualquer mentos capazes de ofender a integridade física de outrem, bem
motivo, deve-se evitar sua exposição ao público, assim como como daqueles que possam contribuir para ameaçar, ou obstruir
resguardá-lo de insultos e da curiosidade geral. a segurança das pessoas e da Unidade Prisional;
XX. igualdade de tratamento, exceto quanto à individualiza- XVIII. submeter-se às normas contidas neste Regimento
ção da pena. Geral, que disciplinam o atendimento nas áreas de:
§ 1º - Os direitos previstos neste Regimento não excluem a) saúde;
outros decorrentes dos princípios por ele adotados. b) assistência jurídica;
§ 2º - Nos casos de prisão de natureza civil, o preso deverá c) psicológica;
permanecer em recinto separado dos demais, aplicando-se, no d) serviço social;
que couber, as normas destinadas aos presos provisórios. e) diretoria;
f) serviços administrativos em geral;
CAPÍTULO II g) atividades escolares, desportivas religiosas, de trabalho e
DOS DEVERES DOS PRESOS de lazer;
h) assistência religiosa.
Art. 51 - São deveres dos presos: XIX. devolver ao setor competente, quando de sua saída ou da
I. respeito às autoridades constituídas, funcionários e compa- eventual transferência, os objetos fornecidos pela unidade e desti-
nheiros presos; II. comportamento disciplinado e cumprimento fiel nados ao uso próprio;
da sentença; XX. abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros, ma-
III. informar-se das normas a serem observadas na Unidade teriais dos diversos setores da Unidade Prisional;
Prisional, respeitando-as; XXI. abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de ter-
IV. acatar as determinações legais solicitadas por qualquer ceiros ou do patrimônio do Estado;
funcionário no desempenho de suas funções; XXII. abster-se da confecção e posse indevida de instru-
V. manter comportamento adequado em todo o decurso mentos capazes de ofender a integridade física de outrem, bem
da execução da pena, progressiva ou não; como daqueles que possam contribuir para ameaçar, ou obstruir
VI. submeter-se à sanção disciplinar imposta; a segurança das pessoas e da Unidade Prisional;
VII. conduta oposta aos movimentos individuais e coletivos XXIII. abster-se de uso e consumo de bebida alcoólica ou de
de fuga ou de subversão à ordem ou a disciplina; substância que possa causar embriaguez ou dependência física,
VIII. zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhe psíquica ou química;
forem destinados, direta ou XXIV. abster-se de transitar ou permanecer em locais não
indiretamente; autorizados pela Direção da Unidade.
IX. ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a XXV. abster-se de dificultar ou impedir a vigilância;
que der causa, de forma culposa ou dolosa;
Didatismo e Conhecimento 43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
XXVI. abster-se de quaisquer práticas que possam causar CAPÍTULO IV
transtornos aos demais presos, bem como prejudicar o controle de DAS RECOMPENSAS E REGALIAS
segurança, a organização e a disciplina;
XXVII. acatar a ordem de contagem da população car- SEÇÃO I
cerária, respondendo ao sinal convencionado da autoridade
competente para o controle da segurança e disciplina; XXVIII. Art. 54 - As recompensas têm em vista o bom comportamento
abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins de decoração ou reconhecido em favor do preso sentenciado ou do preso provisó-
proteção de vigias, rio, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao
portas, janelas e paredes, que possam prejudicar o controle trabalho.
da vigilância; XXIX. abster-se de utilizar sua cela como cozinha;
XXX. submeter-se à requisição das autoridades judiciais, Art. 55 - São recompensas:
policiais e administrativas; XXXI. submeter-se à requisição dos I. o elogio;
profissionais de qualquer área técnica para exames ou entrevistas; II. a concessão de regalias.
XXXII. submeter-se às condições estabelecidas para uso de
aparelho de rádio e/ou aparelho de TV; Art. 56 - Será considerada para efeito de elogio a prática
XXXIII. submeter-se às condições de uso da biblioteca do es- de ato de excepcional relevância humanitária ou do interesse
tabelecimento, caso haja, e de livros de sua propriedade; do bem comum, por portaria do diretor da unidade prisional,
XXXIV. submeter-se às condições estabelecidas para as práti- devendo constar do prontuário do condenado.
cas desportivas e de lazer;
XXXV. submeter-se às condições impostas para quaisquer SEÇÃO II Das Regalias
modalidades de transferências e remoção de ordem judicial, técni-
co-administrativa e a seu requerimento; Art. 57 - Constituem regalias, concedidas aos presos em
XXXVI. submeter-se aos controles de segurança impostos pe- geral, dentro da Unidade
los Agentes Penitenciários ou outros agentes públicos incumbidos Prisional:
de efetuar a escolta externa. I. visitas íntimas;
II. assistir coletivamente a sessões de cinema, teatro, sho-
CAPÍTULO III ws e outras atividades socioculturais, fora do horário normal em
Dos Bens e Valores Pessoais épocas especiais;
III. assistir coletivamente a sessões de jogos esportivos em
Art. 52 - A entrada de bens de qualquer natureza obedecerá épocas especiais, fora do horário normal;
aos seguintes critérios: IV. participar de atividades coletivas, além da escola e
I. Em se tratando daqueles permitidos, os mesmos deverão ser trabalho, em horário pré- estabelecido de acordo com a Unidade
revistados e devidamente registrados em documento específico: do Sistema e Direção;
a) entrada de bens perecíveis, em espécie e manufaturados, V. participar em exposições de trabalho pintura e outros, que
terá sua quantidade devidamente regulada; digam respeito às suas atividades;
b) os bens não perecíveis serão analisados pela unidade VI. visitas extraordinárias devidamente autorizadas pela
prisional quanto à sua necessidade, conveniência e quantidade; direção se comprovada sua necessidade e relevância.
II. Em se tratando de bens de consumo e patrimoniais
trazidos por presos acompanhados ou não de funcionário, Art. 58 - Poderão ser acrescidas outras regalias de forma pro-
quando das saídas externas autorizadas, serão analisados. No gressiva, acompanhando as diversas fases e regimes de cumpri-
caso de não se comprovar a origem será lavrado comunicado do mento da pena.
evento, sem prejuízo de outras medidas cabíveis;
III. Quando do ingresso de bens e valores através de fa- Art. 59 - O preso no regime semiaberto poderá ter outras re-
miliares e afins, serão depositados no setor competente, mediante galias, a critério da direção da unidade, visando sua reintegração
inventário e contrarrecibo: social.
a) o saldo em dinheiro e os bens existentes serão devolvidos
no momento em que o preso seja libertado; Art. 60 - As regalias poderão ser suspensas ou restringidas,
b) caso de transferência do preso, os valores e bens serão por cometimento de falta disciplinar de qualquer natureza ou por
encaminhados à unidade de destino. ato motivado da direção da Unidade Prisional.
Didatismo e Conhecimento 44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 62 Todos os presos da Unidade Prisional serão cien- II. recolhimento em cela individual;
tificados das normas disciplinares, no momento de seu ingresso III. visitas semanais de duas pessoas, sem contar os filhos me-
na mesma. nores de quatorze anos, com duração de duas horas;
IV. o preso terá direito à saída da cela por duas horas diárias
Art. 63 - As normas deste Regimento serão aplicadas aos para banho de sol.
presos, quer dentro do estabelecimento prisional e sua extensão, § 1º - O regime disciplinar diferenciado também poderá abri-
quer quando estiverem em trânsito ou em execução de serviço gar presos provisórios ou condenados que apresentem alto risco
externo. para a ordem e a segurança do Presídio ou da sociedade.
§ 2º - Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferen-
CAPÍTULO II ciado o preso provisório ou condenado sob o qual recaiam funda-
Da Disciplina das suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título,
em organizações criminosas, quadrilha ou bando.
Art. 64 - A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza, § 3º - A inclusão de preso no regime disciplinar diferenciado
sem constrangimento, sem impor maiores restrições que as ne- deverá ser requerida, após deliberação da comissão disciplinar, por
cessárias para manter a segurança e a boa organização da vida meio de parecer circunstanciado, pelo Diretor da Unidade ao Juí-
em comum, visando o retorno satisfatório do preso a sociedade. zo competente, sendo imprescindível a decisão fundamentada
Parágrafo Único - A disciplina, a hierarquia, a fraternidade e da autoridade judiciária para a imposição de tal sanção.
a civilidade são requisitos importantes para o aprimoramento físi-
co, mental e espiritual na busca da construção de um futuro melhor Art. 69 - A suspensão e a restrição de regalias poderão
para o preso. ser aplicadas isoladas ou cumulativamente, na prática de faltas
de qualquer natureza.
Art. 65 - Os atos de indisciplina serão passíveis das seguintes
penalidades: I. advertência verbal; Art. 70 - Pune-se a tentativa com a penalidade imediatamente
II. repreensão; mais leve do que aquela correspondente à falta consumada.
III. suspensão ou restrição de regalias;
IV. suspensão ou restrição de direitos, observadas as condi- CAPÍTULO III Das Faltas Disciplinares
ções previstas no incisos XII e XIII do artigo 49 do presente regi-
mento; V. isolamento em local adequado; Art. 71 - As faltas disciplinares segundo sua natureza classi-
VI. inclusão no regime disciplinar diferenciado, mediante ficam-se em:
decisão fundamentada do juízo competente. I. leves;
§ 1º - Advertência verbal é a punição de caráter educativo, II. médias;
aplicado às infrações de natureza leve, e se couber as de natureza III. graves.
média;
§ 2º - Repreensão é a sanção disciplinar na forma escrita, re-
vestida de maior rigor no aspecto educativo, aplicável em casos SEÇÃO I
de infração de natureza média, bem como os reincidentes de na- Das Faltas de Natureza Leve
tureza leve.
Art. 66 - As faltas leves e médias, aplicam-se às sanções pre- Art. 72 - Considera-se falta disciplinar de natureza leve:
vistas nos incisos I, II, III do artigo anterior. I. comunicar-se com o outro preso em regime de isolamento
celular ou entregar ao mesmo qualquer objeto sem autorização;
Art. 67 - Às faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos II. manusear equipamento de trabalho sem autorização ou
incisos IV e V do artigo 49 deste Regimento Geral, não podendo sem conhecimento do encarregado, mesmo a pretexto de reparos
qualquer delas exceder a 30 (trinta) dias. ou limpeza; III. adentrar em cela ou alojamento alheio, sem auto-
§ 1º - O isolamento será sempre comunicado ao Juízo da Exe- rização; IV. desatenção em sala de aula ou no trabalho;
cução. V. permutar, penhorar ou dar em garantia objetos de sua pro-
§ 2º - A autoridade administrativa poderá decretar o isolamen- priedade a outro preso sem prévia comunicação da direção da uni-
to preventivo do faltoso pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, no dade respectiva;
interesse da disciplina e da averiguação do fato. VI. utilizar-se de bens de propriedade do Estado, de forma
§ 3º - O tempo de isolamento preventivo será computado no diversa para a qual recebeu;
período de cumprimento da sanção disciplinar. VII. executar, sem autorização, o trabalho de outrem;
VIII. responder por outrem as chamadas regulamentares;
Art. 68 - Aplica-se o Regime Disciplina Diferenciado, na IX. ter posse de papéis, documentos, objetos ou valores não
hipótese de falta grave consistente na prática de crime doloso cedidos e não autorizados pela Unidade Prisional;
que ocasione subversão da ordem ou disciplina interna, e tem as X. descuidar da higiene pessoal;
seguintes características: XI. estar indevidamente trajado;
I. duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo XII. proceder de forma grosseira ou discutir com outro preso;
de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até XIII. usar material de serviço para finalidade diversa da qual
o limite de um sexto da pena aplicada; foi prevista;
Didatismo e Conhecimento 45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
XIV. deixar de frequentar, sem justificativa, as aulas do curso XVI. concorrer para que não seja dado cumprimento a qual-
em que esteja matriculado; quer ordem legal, tarefa ou serviço, bem como, concorrer para que
XV. sujar pisos, paredes ou danificar objetos que devam ser seja retardada a sua execução;
conservados; XVII. interferir na administração ou execução de qualquer
XVI. portar ou manter na cela ou alojamento, material de jo- tarefa sem estar para isto autorizado;
gos não permitidos; XVIII. simular doença para esquivar-se do cumprimento de
XVII. remeter correspondência, sem registro regular pelo se- qualquer dever ou ordem legal recebida;
tor competente; XIX. introduzir, transportar, guardar, fabricar, possuir be-
XVIII. desobedecer aos horários regulamentares; bidas alcoólicas ou qualquer outra substância que cause efeitos
XIX. descumprir as prescrições médicas; similares aos do álcool, ou mesmo ingerir tais substâncias, ou con-
XX. lavar ou secar roupa em local não permitido; correr, inequivocamente, para que outrem o faça;
XXI. fazer refeições em local e horário não permitidos; XX. introduzir, guardar ou possuir remédios, sem a devida
XXII. conversar através de janelas, guichê da cela ou de setor autorização da Direção da Unidade;
de trabalho ou em local não XXI. solicitar ou receber de qualquer pessoa, vantagem ilícita
apropriado; pecuniária ou em espécie; XXII. praticar atos de comércio de
XXIII. mostrar displicência no cumprimento do sinal con- qualquer natureza, sem a devida autorização, com outros inter-
vencional de recolhimento ou formação; nos, funcionários ou civis;
XXIV. fumar em local ou horário não permitido; XXIII. manusear equipamento ou material de trabalho
XXV. proferir palavras de baixo calão ou faltar com preceitos sem autorização ou sem conhecimento da administração, mes-
de educação; mo a pretexto de reparos ou limpeza;
XXVI. dirigir-se, referir-se ou responder a qualquer pessoa de XXIV. apropriar-se ou apossar-se, sem autorização, de mate-
modo desrespeitoso; rial alheio;
XXVII. tocar instrumentos musicais fora dos locais e horários XXV. destruir dolosamente, extraviar, desviar ou ocultar obje-
permitidos pela autoridade competente. tos sob sua responsabilidade, fornecidos pela administração;
XXVI. fabricar qualquer objeto ou equipamento sem a devi-
SEÇÃO II Das Faltas de Natureza Média da autorização, ou concorrer para que outrem incorra na mesma
conduta;
Art. 73 - Considera-se falta disciplinar de natureza média: XXVII. utilizar material, próprio ou do Estado, para finali-
I. utilizar-se do anonimato para fins ilícitos ou causando em- dade diversa para a qual foi prevista, causando ou não prejuízos
baraços à administração; II. provocar direta ou indiretamente alar- ao erário;
mes injustificados; XXVIII. portar, confeccionar, receber, ter indevidamente, em
III. deixar, sem justo motivo, de responder às revistas ou re- qualquer lugar do Estabelecimento Penal, objetos passíveis de uti-
uniões em horários pré- estabelecidos, ou aquelas para as quais lização em fuga;
ocasionalmente for determinado; XXIX. permanecer o interno, em dias de visitação, na área
IV. atrasar-se o interno do regime aberto e semiaberto, para o destinada à circulação de pessoas, sem que para isto esteja auto-
pernoite; rizado ou acompanhado de seus visitantes, exceto para responder
V. atrasar-se, sem justo motivo, o interno do regime semia- à chamada nominal ou efetuar suas refeições;
berto quando do seu retomo ao Estabelecimento Penal no caso de XXX. permitir o interno que seus visitantes, sem autorização
saídas temporárias autorizadas; de autoridade competente, ingressem nos alojamentos ou celas ou
VI. envolver, indevidamente, o nome de outrem para esqui- acessem local não permitido;
var-se de responsabilidade; XXXI. comportar-se, quando em companhia de sua esposa,
VII. portar-se de modo indisciplinado ou inconveniente companheira ou diante de outros visitantes, de forma desrespei-
quando das revistas e conferências nominais; tosa;
VIII. promover ou concorrer para a discórdia e desarmonia XXXII. tomar parte em jogos proibidos ou em aposta ilícitas;
entre os internados ou cultivar inimizades entre os mesmos; XXXIII. permanecer em alojamento diferente do seu,
IX. portar-se de modo inconveniente, provocando ou- sem a devida autorização da
tros internos através de brincadeiras de cunho pernicioso ou Administração ou o consentimento de integrante do local;
sarcástico; XXXIV. transitar indevidamente por locais não permitidos
X. apresentar, sem fundamento ou em termos desrespeitosos, ou em desacordo com o respectivo estágio em que se encontra;
representação ou petição; XI. recriminar ou desconsiderar ato XXXV. comunicar-se, de qualquer forma, com internos em
legal de agente da administração da unidade respectiva; regime de isolamento celular ou entregar aos mesmos quaisquer
XII. deixar de realizar a faxina do xadrez, alojamento, objetos sem autorização da administração;
banheiro ou corredores, cuja atribuição lhe esteja a cargo, ou XXXVI. promover barulho no interior do alojamento, celas
fazê-lo com desídia; ou seus corredores, durante o repouso noturno, ou ainda, a qual-
XIII. transitar pelos corredores dos alojamentos ou das quer hora, fazê-lo de forma a perturbar a ordem reinante;
celas despido ou em trajes sumários; XXXVII. disseminar boato que possa perturbar a ordem ou a
XIV. deixar de fazer uso do uniforme sem autorização; disciplina, caso não chegue a constituir crime;
XV. fazer qualquer tipo de adaptação nas instalações elé- XXXVIII. dificultar a vigilância ou prejudicar o serviço da
tricas ou hidráulicas da Unidade, sem a devida autorização; guarda em qualquer dependência da Unidade;
Didatismo e Conhecimento 46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
XXXIX. praticar autolesão com finalidade de obter regalias; III. a requerimento do preso, que expressará a necessi-
XL. praticar fato previsto como crime culposo ou contraven- dade de ser submetido a isolamento cautelar, como medida de
ção, independentemente da ação penal; segurança pessoal.
XLI. usar de ardil para auferir benefícios, induzindo a erro Parágrafo Único - Em caso de necessidade, o prazo estabele-
qualquer pessoa; cido no caput deste artigo poderá, a pedido da direção da unidade
XLII. favorecer a prostituição ou a promiscuidade de parentes respectiva, ser prorrogado por igual período pela autoridade judi-
e demais visitantes. ciária competente.
Art. 75 - São circunstâncias atenuantes na aplicação das pe- Art. 80 - Será propiciado ao detento submetido a julgamento
nalidades disciplinares: pelo Conselho Disciplinar, o mais amplo direito de defesa, seja por
I. primariedade em falta disciplinar; advogado constituído ou por Defensor Publico do Estado lotado na
II. natureza e circunstância do fato; Unidade Prisional respectiva.
III. bons antecedentes prisionais; § 1º - Caso não possua advogado constituído ou não saiba
IV. imputabilidade relativa atestada por autoridade médica declinar os dados necessários para a intimação do mesmo, na data
competente; da audiência de instrução e julgamento, o faltoso será assistido
V. confessar, espontaneamente a autoria da falta ignorada ou pelo Defensor Publico do Estado lotado na Unidade Prisional res-
imputada a outrem; VI. ressarcimento dos danos materiais. pectiva.
§ 2º - Caso não haja Defensor Público do Estado lotado na
Art. 76 - São circunstâncias agravantes, na aplicação das refe- Unidade Prisional respectiva, deverá ser intimado para o ato o
ridas penalidades: I. reincidência em falta disciplinar; Defensor Público lotado na Vara de Execuções Criminais com
II. prática de falta disciplinar durante o prazo de reabilitação jurisdição sobre a referida Unidade.
de conduta por sanção anterior.
Art. 81 - Ao preso será dado conhecimento prévio da acusa-
SEÇÃO V ção.
Das Medidas Cautelares
Art. 82 - O Conselho Disciplinar ouvirá, no mesmo ato, pri-
Art. 77 - O diretor da Unidade Prisional poderá determinar, meiramente o ofendido e testemunhas, se houverem, e por último
por ato motivado, como medida cautelar, o isolamento do preso, o preso, de tudo lavrando-se o termo respectivo.
por período não superior a 10 (dez) dias, quando:
I. pesem contra o preso informações, devidamente comprova- Art. 83 - Concluídas as oitivas necessárias, ato contínuo,
das, de que estaria preste a cometer infração disciplinar de natu- será facultado à Defesa, manifestação oral, que será tomada por
reza grave; termo, pelo tempo de 15 (quinze) minutos.
II. pesem contra o preso, informações devidamente com-
provadas, de que estaria ameaçada sua integridade física;
Didatismo e Conhecimento 47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 84 - Finda a instrução, passa-se imediatamente ao CAPÍTULO II
julgamento acerca da culpabilidade ou inocência do faltoso, bem Da Classificação da Conduta e da Reabilitação
como acerca da natureza da falta disciplinar a ele imputada, o que
deverá ser registrado na ata respectiva, que será assinada por Art. 93 - A classificação do preso far-se-á pela Comissão
todos os presentes. Técnica de Classificação, consoante o rendimento apurado atra-
vés do cumprimento da pena e mérito prisional.
Art. 85 - Caso seja o detento considerado culpado pela trans-
gressão disciplinar a ele imputada, adotará o Conselho Disciplinar Art. 94 - A conduta disciplinar do preso em regime fechado
uma das seguintes medidas: classificar-se-á em :
I. Tratando-se de faltas de natureza leve ou média, remeterá I. excelente, quando no prazo mínimo de 01 (um) ano
os autos respectivos ao Diretor do Estabelecimento que aplicará a não tiver sido cometida infração disciplinar de natureza grave ou
sanção correspondente, no prazo de 02 (dois) dias; média, ou não tiver reincidido na prática de infração disciplinar de
II. Tratando-se de falta grave a aplicação de sanção será de natureza leve;
competência do Conselho Disciplinar, por ato de seu presidente, II. boa, quando no prazo mínimo de 06 (seis) meses, não
no mesmo prazo acima citado.
tiver cometido infração disciplinar de natureza grave ou média;
III. regular, quando for cometida infração disciplinar de natu-
Art. 86 - Em sendo o preso julgado inocente das imputações
reza média nos últimos 30 (trinta) dias, ou grave, nos últimos 03
que lhe foram feitas, serão os autos respectivos encaminhados ao
Diretor do Estabelecimento, a fim de que seja por este determinado (três) meses;
seu imediato arquivamento. IV. má, quando for cometida infração disciplinar de natureza
grave ou reincidida falta de natureza média, durante o período de
Art. 87 - Concluído o julgamento respectivo será dado ciência reabilitação.
ao preso envolvido e ao seu defensor.
Art. 95 - O preso em regime semiaberto terá a sua conduta
Art. 88 O preso poderá solicitar pessoalmente, ou atra- disciplinar classificada em:
vés de seu patrono, reconsideração do ato punitivo, no prazo de I. excelente, quando não tiver cometido infração disci-
08 (oito) dias úteis, contados a partir da data em que a decisão lhe plinar de natureza grave ou média, ou não tiver reincidido na
haja sido comunicada, nas seguintes hipóteses: prática de infração disciplinar de natureza leve, pelo prazo de 06
I. quando não tiver sido unânime a decisão do Conselho Dis- (seis) meses;
ciplinar; II. boa, quando não tiver cometido infração disciplinar de
II. quando a decisão do Conselho Disciplinar tiver sido ma- natureza grave ou média pelo prazo de 03 (três) meses;
nifestamente contrária às provas existentes nos autos respectivos; III. regular, quando cometer infração disciplinar de natureza
III. quando a sanção aplicada estiver em desacordo com a Lei. média ou reincidir na prática de infração disciplinar de natureza
Parágrafo Único -O pedido será dirigido à autoridade que leve, nos últimos 30 (trinta) dias;
aplicar a sanção disciplinar. IV. má, quando cometer infração de natureza grave ou
reincidir em infração de natureza média, durante o período de
Art. 89 - O pedido de reconsideração, uma vez apreciado pela reabilitação.
autoridade competente, deverá ser despachado no prazo de 08
(oito) dias de seu recebimento, dele não cabendo recurso. Art. 96 - No caso do preso ser oriundo de outra Unidade Pri-
sional, poderá ser levada em consideração para a classificação de
Art. 90 - Após tornar-se definitivo o ato punitivo, o Di- seu comportamento a conduta mantida pelo mesmo no estabele-
retor da unidade prisional determinará as seguintes providências:
cimento de origem.
I. ciência ao preso envolvido e ao seu defensor; II. registro em
ficha disciplinar;
Art. 97 - O preso em regime fechado terá os seguintes pra-
III. encaminhamento de cópia da sindicância ao Juiz das Exe-
cuções e Corregedor dos zos para reabilitação da conduta, a partir do cumprimento da san-
Presídios e ao Conselho Penitenciário do Estado do Ceará; ção disciplinar:
IV. comunicação à autoridade policial competente, quando I. de 01 (um) mês para as faltas de natureza leve; II. de 03
o fato constituir ilícito penal; (três) meses para falta de natureza média; III. de 06 (seis) meses
V. arquivamento em prontuário penitenciário. para falta de natureza grave.
Art. 91 - Durante todo o período de cumprimento de sua pena, Art. 98 - O preso em regime semiaberto terá os seguintes pra-
o preso poderá pedir a revisão da punição sofrida, desde que zos para reabilitação da conduta, a partir da data do cumprimento
comprove o surgimento de fato novo, não apreciado por oca- da sanção disciplinar:
sião do anterior julgamento. I. de 30 (trinta ) dias para falta de natureza leve;
II. de60 (sessenta) dias para falta de natureza média;
Art. 92 - A execução da sanção disciplinar será suspensa Parágrafo Único - A infração disciplinar de natureza grave
quando desaconselhada pela unidade de saúde do Estabelecimento implicará a proposta, feita pelo diretor da unidade ao juízo compe-
Prisional. tente, de regressão do regime.
Parágrafo Único - Uma vez cessada a causa que motivou a
suspensão, a execução será iniciada ou terá prosseguimento.
Didatismo e Conhecimento 48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 99 - O preso em regime aberto terá os prazos para rea- Art. 106 - O preso terá asseguradas as medidas de higiene e
bilitação da conduta, de acordo com o previsto no artigo anterior. conservação da saúde, durante todo o tempo de seu recolhi-
mento, bem como constantes palestras de esclarecimentos e
Art. 100 - O cometimento da falta disciplinar de qualquer na- prevenção.
tureza, durante o período de reabilitação acarretará a imediata
anulação do tempo de reabilitação até então cumprido. Art. 107 - Caberá à Chefia da Unidade de Saúde da Instituição
Parágrafo Único - Com a prática de nova falta disciplinar, Prisional respectiva comunicar o(a) Diretor(a) sobre casos de
exigir-se-á novo tempo para reabilitação que deverá ser somado ao moléstias contagiosas, promovendo as medidas necessárias
tempo estabelecido para falta anterior. para evitar a disseminação e contágio, propondo as vacinações dos
internos e dos funcionários quando julgar necessário.
TÍTULO IX
DA ASSISTÊNCIA AO PRESO Art. 108 - Caberá ao Conselho da Comunidade local fiscalizar
o cumprimento do Plano Estadual de Saúde no Sistema Peniten-
CAPÍTULO I ciário.
Da Assistência
SEÇÃO III
Art. 101 - É dever do Estado dar ao preso assistên- Da Assistência Jurídica
cia material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa,
objetivando prevenir o crime e recuperar o preso, para que possa Art. 109 - Aos presos é assegurada assistência jurídica inte-
retornar ao convívio social satisfatoriamente. gral desde sua inserção no Sistema Prisional, prestada por advo-
gado constituído ou pela Defensoria Pública Estadual;
SEÇÃO I Da Assistência Material
Art. 110 - Aos presos que declarem não possuir advoga-
Art. 102 - A assistência material consistirá no fornecimento
do constituído, será prestada assistência jurídica por meio de
de alimentação suficiente, balanceada, vestuário e instalações hi-
Defensor Público do Estado, lotado na unidade respectiva
giênicas.
ou no Juízo das Execuções Criminais sob cuja jurisdição esta se
Parágrafo Único - A Coordenadoria do Sistema Penal desti-
nará, em cada uma de suas unidades prisionais, instalações e servi- encontre.
ços adequados à sua natureza e finalidade, para o atendimento da
sua população de internos. Art. 111 - Ao Defensor Público responsável pela Unidade
respectiva, compete: I. manter o preso informado de sua situação
SEÇÃO II jurídico penal;
Da Assistência à Saúde II. Requerer e acompanhar os benefícios penais incidentes na
execução, aos quais seu assistido fizer jus;
Art. 103 - A assistência à saúde será de caráter preventivo e III. mantercontato com o Juízo das Execuções, Tribunais,
curativo, compreendendo o atendimento médico, odontológico, Conselho Penitenciário e Direção do Estabelecimento, no sentido
psicológico, farmacêutico e assistência social, obedecidas as de velar pela situação do preso;
diretrizes estipuladas no Plano Estadual de Saúde no Siste- IV. providenciar o recebimento de qualquer benefício extra-
ma Penitenciário, aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde, penal a que o preso tiver direito;
nos termos da Portaria Interministerial nº 1.777 de 09/09/2003. V. providenciar para que os prazos prisionais não sejam ultra-
§ 1º - É facultado ao preso contratar profissional médi- passados, requerendo o que for de direito.
co e odontológico de sua confiança e às suas expensas, que VI. organizar e manter estatísticas de atendimento dos presos
prestará o atendimento em data e hora a serem marcadas pela sob seu patrocínio;
Unidade de Saúde do Estabelecimento Prisional. VII. requerer, junto aos demais órgãos da estrutura organi-
zacional da Unidade Penitenciária, qualquer ação ou benefício
Art. 104 - Havendo necessidade de encaminhamento do pre- necessário ao bem estar dos presos sob seu patrocínio, bem como
so ao Sistema de Saúde Pública, a autorização será expedida de seus familiares;
pelo Diretor do Estabelecimento, ou seu representante legal, VIII. patrocinar a defesa dos presos assistidos pela Defen-
comunicando-se de imediato ao Juízo da Execução Penal. soria Pública perante o Conselho Disciplinar;
IX. realizar outras atividades dentro de sua área de compe-
Art. 105 - Todas as Unidades Prisionais com mais de 100 tência.
(cem) presos deverão obedecer à padronização física, técnica
e equipe profissional estabelecida para atendimento de saúde SEÇÃO IV
nos termos do Plano Estadual de Saúde no Sistema Penitenciário. Da Assistência Educacional eQualificação Profissional
§ 1º - Nas demais Unidades, não sendo possível obedecer a
mencionada padronização, Art. 112 - A assistência educacional compreenderá a instru-
as ações e serviços de saúde serão realizadas por profissionais ção escolar, englobando o ensino fundamental e médio, bem como
da Secretaria de Saúde do Município onde se achem localizadas, a formação profissional do preso.
garantindo-se no interior da Unidade uma estrutura mínima
para tal atendimento, contando com a presença permanente de Art. 113 - Quando do ingresso a Unidade Prisional, será feita
um profissional de saúde. a pesquisa referente à formação escolar, na fase de triagem.
Didatismo e Conhecimento 49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 114 - O ensino fundamental será obrigatório, integran- III. Prestar assistência ao interno em caso de hospitaliza-
do-se no sistema escolar público. ção ou transferência da Unidade por motivo de saúde;
Parágrafo Único - Somente serão dispensados do ensino fun- IV. Entrar em contato com a família do interno para realização
damental, os presos que preencherem os seguintes requisitos: de entrevistas ou para esclarecimento;
I. apresentação do Certificado de Conclusão de ensino V. Promover, quando necessário, o registro civil do interno,
fundamental, médio ou superior; expedição de documento de identidade e carteira profissional;
II. incapacidade devidamente comprovada e atestada por res- VI. Dirigir, programar, orientar, coordenar, fiscalizar e contro-
ponsável. lar as atividades do serviço de saúde;
VII. Realizar outras atividades dentro de sua área de compe-
Art. 115 - As atividades educacionais podem ser objeto de tência;
ação integrada e conveniada com outras entidades públicas, mis- VIII. Integrar a equipe de Saúde nos termos do Plano Esta-
tas e particulares, que se disponham a instalar escolas, oficinas dual de Saúde no Sistema Penitenciário.
profissionalizantes na Unidade Prisional com aprovação do
Projeto pela Coordenadoria do Sistema Penal. SEÇÃO VI
Da Assistência Religiosa
Art. 116 - O ensino educacional será feito por profissionais
da educação utilizando serviço de monitores aptos e treinados, Art. 123 - A assistência religiosa, respeitada a liberdade
com materiais oferecidos pelo Sistema Prisional. constitucional de culto a legislação vigente e com as cautelas ca-
bíveis, será prestada ao preso, assegurando-se-lhe a participação
Art. 117 - Os presos que tiverem frequência e aprovação de nos serviços organizados na Unidade, bem como a posse de livros
acordo com as normas estabelecidas por órgão responsável, po- de instrução religiosa.
derão ter sua pena remida, após análise e avaliação pela Vara
de Execução Criminal. Art. 124 - É assegurado a toda as religiões professadas no in-
terior da Unidade Prisional, através de seus diversos representan-
Art. 118 - O ensino profissionalizante poderá ser ministrado tes, direito a realização de cultos em dia e hora pré- determinados
em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico, atendendo- pela Direção.
se as características da população urbana e rural, segundo apti- Parágrafo Único - Para atuar no estabelecimento prisional
dões individuais e demanda do mercado. o líder ou grupo religioso fará pedido ao Diretor, por escrito, e
deverá ser cadastrado na Coordenadoria do Sistema Penal, que for-
Art. 119 - A Unidade prisional disporá de uma biblioteca para necerá a respectiva carteira de acesso.
uso geral dos presos, que será provida de livros instrutivos, re-
creativos e didáticos, jornais, revistas e outros periódicos e o Art. 125 - Nenhum religioso poderá iniciar seu trabalho
acesso ao preso dar-se-á: sem antes ser advertido e instruído dos problemas prisionais
I. para uso na própria biblioteca; e devidamente cientificado de que deverá desenvolvê-lo em
II. para uso na própria cela, mediante autorização da direção harmonia com as normas do estabelecimento.
da unidade.
Art. 126 - Na realização de trabalhos internos dever-se-á dar
Art. 120 - Os livros deverão ser cadastrados, utilizando-se preferência às atividades ecumênicas.
fichas para consultas no local e nas retiradas para leitura em cela.
§ 1° - Qualquer dano ou desvio deverá ser ressarcido pelo seu Art. 127 - De modo algum será permitido cultos ou ativi-
causador e devidamente punido na forma deste Regimento Geral. dades que possam causar tumultos ou delírios.
§ 2° - Durante o cumprimento de sanção disciplinar, poderão
ser retirados os livros pertencentes à biblioteca, que se encontra- SEÇÃO VII Da Assistência Psicológica
rem na posse do infrator.
§ 3º - Quando das saídas sob quaisquer modalidades, o preso Art. 128 - A assistência psicológica será prestada por profis-
deverá devolver os livros sob seu poder. sionais habilitados para tal, por intermédio de programas envol-
vendo o reeducando, a Instituição e familiares, nos processos de
SEÇÃO V ressocialização e reintegração social.
Da Assistência Social
TÍTULO X
Art. 121 - A assistência social tem por finalidade o amparo ao DO CONTATO EXTERNO
preso e à sua família, visando prepará-lo para o retorno à liberda-
de, e será exercida por profissional habilitado para tal. CAPÍTULO I Da Correspondência Escrita
Parágrafo Único - É facultado o auxílio de entidades públi-
cas ou privadas nas tarefas de atendimento social. Art. 129 - A correspondência escrita entre o preso, seus fami-
liares e afins será feita pelas vias regulamentares.
Art. 122 - Incumbe ao serviço de Assistência Social, entre
outras atribuições: Art. 130 - É livre a correspondência, condicionada a sua
I. Fornecer o diagnóstico Social do interno; expedição e recepção, às normas de segurança e disciplina da
II. Prestar Assistência Social ao interno e à sua família; unidade prisional.
Didatismo e Conhecimento 50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 131 - Os materiais recebidos por via postal deverão Art. 136 - Não se permitirá mais de um aparelho de
ser vistoriados em local apropriado, na presença do preso, ob- televisão em cada cela, independente da quantidade de presos.
servadas as normas de segurança e disciplina da unidade prisional.
Parágrafo Único - Ao Diretor Adjunto da Unidade caberá a Art. 137 - O uso dos meios de comunicação permitidos por
vistoria mencionada neste artigo. este Regimento Geral poderá ser suspenso ou restringido por
ato devidamente motivado, ficando seu restabelecimento a cri-
CAPÍTULO II tério da direção da unidade.
Dos Meios de Comunicação
CAPÍTULO III
Art. 132 - O preso terá acesso a leitura de jornais, revistas, Das Visitas
periódicos e outros meios de comunicação adquiridos às expensas
próprias ou por visitas, desde que submetidos previamente a Art. 138 - As visitas ao preso se classificam sob duas
apreciação da direção da unidade prisional, que avaliará a categorias: as comuns e as conjugais (chamadas visitas íntimas).
sua contribuição ao processo educacional e ressocializador, bem
como a não infringência às normas de segurança. SEÇÃO I Das Visitas Comuns
Art. 133O uso do aparelho de rádio difusão poderá ser Art. 139 -Os(As) presos(as) poderão receber visitas de côn-
permitido, mediante autorização por escrito expedida pela Di- juges, companheiras (os) ou parentes, em dias determinados,
reção da Unidade Prisional, observadas as peculiaridades de desde que registrados no rol de visitas do Estabelecimento
cada estabelecimento e comprovada a propriedade do mesmo Prisional e devidamente autorizados pela direção.
por documento idôneo.
§1º - É permitido ao interessado adquirir seu aparelho, com Art. 140 - As visitas serão limitadas ao número de 02 (dois)
recursos de pecúlio ou de seus visitantes. visitantes por dia de visita, a fim de proporcionar adequadas con-
§2º - O aparelho deverá ser de porte pequeno, a critério da uni- dições de revista, preservando as condições de segurança na Uni-
dade prisional, que deverá atentar para a facilitação de sua revista. dade Prisional.
§3º - O aparelho de rádio será registrado em livro próprio, § 1º - Os cadastros de visita deverão ser renovados a cada seis
a cargo da Direção da Unidade, devendo constar desse registro to- meses e acompanharão o preso em caso de mudança de unidade.
dos os dados que possibilitem sua perfeita identificação e controle.
§ 2º - Em não havendo cônjuges, companheiras(os) ou paren-
§4º - O aparelho de rádio não identificado será apreendido
tes habilitados para a visita, poderá o(a) preso(a) cadastrar até 02
pelos agentes da área de segurança e disciplina, que procederá às
(dois) amigos(as).
averiguações de sua origem, sem prejuízo da sanção disciplinar.
§5º - O portador do rádio deverá utilizá-lo em sua própria cela
Art. 141 No registro deverá conter o nome, número da
em volume compatível com a tranquilidade dos demais presos, per-
Carteira de Identidade, endereço e grau de parentesco ou relação
mitido o uso de fone de ouvido.
com o preso, sendo obrigatória a apresentação de documento pes-
§6º A Administração não se responsabilizará pelo mau
uso, extravio ou desaparecimento do aparelho, nem por danos soal. A não apresentação resulta no impedimento da entrada
causados pelo usuário ou por outro preso. na Unidade Prisional.
§7º - Caso haja necessidade de conserto do aparelho, o mesmo
será feito com recurso próprio do preso ou de seus visitantes.
§8º - É proibida qualquer espécie de conserto de aparelho de Art. 142 - A entrada de menores nas unidades prisionais só
rádio nas dependências internas do estabelecimento, salvo em local será permitida aos filhos do(a) preso(a), acompanhados pelo res-
determinado e com a devida autorização. ponsável legal e, na falta deste, por aquele que for designado para
sua guarda e responsabilidade, pela autoridade judicial competen-
Art. 134 - O acesso à televisão pelo preso, qualquer que seja o te, devendo apresentar carteira de identidade ou certidão de nas-
regime de cumprimento de pena, ocorrerá sob duas modalidades: cimento.
I. 01 (um) aparelho coletivo de propriedade da unidade pri- § 1º - A entrada do(a) companheiro(a) menor de idade se dará
sional; mediante autorização do juízo das execuções, salvo se já pos-
II. 01 (um) aparelho de uso particular em cada cela ou aloja- suírem prole em comum, quando deverá ser apresentada certi-
mento, mediante prévia autorização por escrito da direção da uni- dão de nascimento do(s) filho(s).
dade, comprovada a propriedade do mesmo por documento idôneo.
Art. 143 - Não será permitida a visita à pessoa que:
Art. 135 - O aparelho de uso coletivo deverá ser franqueado I. não esteja autorizada pela direção;
aos presos, através de programação institucional previamente di- II. não apresente documento de identificação;
vulgada, nos seguintes locais: III. apresentar sintomas de embriagues ou conduta alterada
I. em sala de aula, para fins didáticos e socioculturais; que levem à presunção de
II. em ambientes coletivos, em horários estabelecidos formal- consumo de drogas e/ou entorpecentes;
mente, sem prejuízo das atividades de trabalho, escola, esportes e IV. estiver com gesso, curativos ou ataduras;
outras prioridades. V. chegar na Unidade Prisional em dia e hora não estabeleci-
Parágrafo Único - O controle do aparelho e da progra- dos para visita;
mação compete à área de segurança e disciplina.
Didatismo e Conhecimento 51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
VI. sendo do sexo masculino, estiver trajando bermuda, regulamentares de visita, serão entregues no setor da revista, para
calção e/ou camiseta sem mangas; que seja realizado um minucioso exame na presença do portador,
VII. sendo do sexoeminino, estiver trajando minissaias, após o que será permitida a entrada no estabelecimento.
mini-blusas, roupas excessivamente curtas, decotadas e trans- § 1º - A Coordenadoria do Sistema Penal deverá formular
parentes; anualmente relação dos bens de consumo, perecíveis ou não, que
poderão ser admitidos no interior das unidades, da qual se dará
Art. 144 - Cartas, bilhetes ou qualquer outro meio de comuni- ampla publicidade;
cação escrita, deverão ser entregues aos plantonistas da revista ou § 2º - As visitas não poderão ingressar nas unidades pri-
ao chefe de equipe que fará o encaminhamento ao preso. sionais levando qualquer pertence que não seja autorizado pela
administração, devendo ser vedados apenas aqueles que atentem
Art. 145 - As visitas comuns deverão ocorrer preferencial- contra a segurança e disciplina do estabelecimento.
mente, às quartas-feiras e/ou domingos das 09:00 horas às
17:00 horas, encerrando-se o acesso ao interior da Unidade Art. 151 - As visitas comuns serão realizadas em local pró-
Prisional às 15:00 horas, em período não superior a 08 (oito) prio, em condições dignas e que possibilitem a vigilância pelo cor-
horas, não devendo coincidir com o dia destinado às visitas ínti- po de segurança.
mas.
§ 1º - A critério da Coordenação do Sistema Penal ou da Di- Art. 152 - O visitante, familiar ou não, poderá ter seu ingresso
reção da Unidade Prisional, poderá ser suspensa ou reduzida a suspenso pelo prazo de 60 (sessenta) dias, por decisão motivada da
visita em caso de risco iminente à segurança e à disciplina. direção da unidade, quando:
§ 2º - Em caso excepcional, a administração poderá auto- I. da visita resulte qualquer fato danoso à segurança e à disci-
rizar visita extraordinária, devendo fixar o tempo de sua duração. plina da unidade, que envolva o visitante ou o preso;
§ 3º - O preso recolhido ao pavilhão hospitalar ou enfermaria II. houver aplicação de sanção disciplinar suspendendo o di-
e impossibilitado de se locomover, ou em tratamento psiquiátri- reito a receber visita;
co, poderá receber visita no próprio local, a critério da autori- Parágrafo Único - O visitante, familiar ou não, terá seu ca-
dade médica, que não excederá ao tempo de 03 (três) horas. dastro cancelado, em caráter definitivo, se praticar qualquer ato
tipificado como crime doloso.
Art. 146 - Antes e depois das visitas os presos poderão ser
submetidos à revista. Art. 153 - O preso que cometer falta disciplinar média ou gra-
§ 1º - Os visitantes deverão ser revistados antes de adentrarem ve poderá ter restringido ou suspenso o direito a visita por até 30
na unidade. (trinta) dias.
§ 2º - A revista será feita por Agente Penitenciário do mesmo
sexo, sendo vedados toques vaginal e retal, bem como exames que SEÇÃO II
atentem contra a dignidade do revistado. Da Visita Íntima
§ 3º - O Estado deverá utilizar-se de todos os recursos
tecnológicos possíveis, no sentido de minimizar os constrangi- Art. 154 - A visita íntima constitui um direito e tem por fina-
mentos que as revistas íntimas impõem àqueles que a elas são sub- lidade fortalecer as relações afetivas e familiares, devendo ser
metidos. requerida pelo preso interessado ao Diretor da Unidade.
§ 4º - A revista em menores realizar-se-á na presença dos Parágrafo Único - A orientação sexual do preso ou presa
pais ou responsáveis, observando-se o disposto nos parágrafos deverá ser respeitada, não devendo haver qualquer tipo de discri-
anteriores; minação.
Art. 147 - Os valores e objetos considerados inadequados, Art. 155 - A visita íntima poderá ser suspensa ou restringida
encontrados em poder do visitante, serão guardados em local apro- pelo prazo de 30 (trinta) dias por falta disciplinar média ou grave
priado e restituídos ao término da visita. cometida pelo reeducando, bem como por atos do(a) companhei-
Parágrafo Único - Caso a posse constitua delito penal, ro(a) que causar problemas de ordem moral ou de risco para
deverão ser tomadas as providências legais cabíveis. a segurança ou disciplina.
Art. 148 - As pessoas idosas, gestantes e deficientes Art. 156 - Os serviços de Saúde e de Assistência Social do
físicos terão prioridade nos procedimentos adotados para a rea- Sistema Prisional deverão planejar um programa preventivo para
lização da visita. a população prisional, nos aspectos sanitário e social, respectiva-
mente, sendo assegurada a distribuição gratuita de preservativos
Art. 149 - O visitante que estiver com maquiagem, peruca ao preso, quando da realização da visita íntima.
e outros complementos que possam dificultar a sua identificação Parágrafo Único - O serviço de Saúde e a Comissão Técnica
ou revista, poderá ser impedido de ter acesso à unidade prisional, de Classificação de cada unidade prisional desenvolverão os pro-
como medida de segurança. gramas propostos.
Art. 150 - Roupas íntimas, agasalhos e material higiênico não Art. 157 - Ao preso será facultado receber para visita ínti-
oferecidos pelo Sistema Prisional, bem como, bens de consumo, ma cônjuge ou companheiro(a) ou pessoa designada pelo mesmo,
perecíveis ou não, permitidos e trazidos pelos visitantes nos dias comprovadas as seguintes condições:
Didatismo e Conhecimento 52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
I. se cônjuge, comprovar-se-á com a competente Certidão de § 2º - A jornada de trabalho não poderá ser inferior a 06 (seis)
Casamento; nem superior a 08 (oito) horas, com descanso aos domingos e fe-
II. se companheiro(a), comprovar-se-á com o Registro de riados, salvo exceções legais.
Nascimento dos filhos em nome de ambos ou declaração de união
estável assinada por duas testemunhas, com firma reconhecida; Art. 164 - Conforme o disposto no artigo 126 da Lei de Exe-
III. nos demais casos, mediante declaração expressa do(a) pre- cução Penal, o detento poderá remir parte do tempo de conde-
so(a), com a apresentação dos documentos exigidos para as visitas nação, à razão de um dia de pena por três trabalhados.
comuns, e avaliação do Serviço Social. § 1º - Também se considera, para efeitos de remição, a fre-
§ 1º - o preso poderá receber a visita íntima de menor de 18 quência regular aos cursos de Ensino Fundamental e Médio, se
(dezoito) anos, quando: ministrados na unidade prisional, desde que regulamentados
pelo Juízo da Execução Penal, bem como, a produção intelec-
a) legalmente casados; tual e produção de artesanato.
b) nos demais casos, mediante autorização do juízo das § 2º - Deverá existir uma ficha de frequência, a qual registra-
execuções, salvo se já possuírem prole em comum, quando
rá os dias trabalhados, devendo ser assinada diariamente pelo
deverá ser apresentada certidão de nascimento do(s) filho(s);
preso(a) e rubricada no final do mês pela autoridade adminis-
§ 2º - Somente será autorizado o registro de um(a) visi-
trativa competente.
tante, ficando vedadas as substituições, salvo se ocorrer separa-
ção ou divórcio, no decurso do cumprimento de pena, obedecido
o prazo mínimo de 6 (seis) meses, com investigação do Serviço Art. 165 - A designação ou transferência de trabalho será pro-
Social e decisão da Direção da Unidade Prisional. cedida pela Direção da Unidade, ouvido o Setor de Segurança e
Disciplina.
Art. 158 - Comprovadas as relações previstas nos artigos an-
teriores, para a concessão de visita íntima, deverão ainda as partes: Art. 166 - O trabalho do interno será remunerado de acordo
a) Apresentar atestado de aptidão, do ponto de vista de saúde, com folha de pagamento previamente aprovada pela Coordenação
através de exames laboratoriais tanto para o(a) preso(a) como para do Sistema Penal, não podendo ser inferior a três quartos do salário
o(a) companheiro(a); mínimo, conforme o artigo 29 da Lei de Execução Penal.
b) Submeter-se aos exames periódicos, a critério das respec-
tivas unidades. Art. 167 - O Setor de Segurança e Disciplina informará à
Unidade de Produção e comercialização sobre eventuais im-
Art. 159 A periodicidade da visita íntima será sema- pedimentos da atividade do trabalho do preso trabalhador e
nal,obedecidos os critérios estabelecidos neste Regimento Geral. seus motivos.
Parágrafo Único -No caso de saída do preso da unidade pri-
Art. 160 - O controle da visita íntima, relativamente às con- sional será comunicada imediatamente para a Unidade de Produ-
dições de acesso, trânsito interno e segurança do(a) preso(a) e de ção e Comercialização para as providências cabíveis.
seu cônjuge ou companheiro(a), compete aos integrantes da área
de segurança e disciplina. CAPÍTULO I Do Trabalho Interno
Art. 161 - A visita deverá submeter-se às normas de segurança Art. 168 O trabalho interno será desenvolvido através
do estabelecimento. de qualquer atividade regulamentada, que tenha por objetivo o
aprendizado, a formação de hábitos sadios de trabalho, o espírito
TÍTULO XI
de cooperação e a socialização do preso.
DO TRABALHO, DA REMIÇÃO E DO PECÚLIO
Art. 169 Considera-se trabalho interno aquele realizado nos
Art. 162 - A unidade prisional manterá o trabalho do reedu-
cando como dever social e condição de dignidade humana, com limites do estabelecimento, destinado a atender às necessidades
finalidade educativa, produtiva e reintegradora. peculiares da unidade.
Parágrafo Único - Aplicam-se à organização e aos métodos
de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. Art. 170 - Será atribuído horário especial de trabalho aos in-
ternos designados para os serviços de conservação, subsistência e
Art. 163 - As modalidades de trabalho classificam-se em in- manutenção da Unidade.
terno e externo.
§ 1º - O trabalho interno tem caráter obrigatório, respeitadas Art. 171 - Compete à unidade prisional propiciar condições
as aptidões e a capacidade do preso, observando-se: de aprendizado aos presos sem experiência profissional na área
a) Na atribuição do trabalho, poderão ser levadas em conside- solicitada.
ração a habilitação, a condição pessoal e as necessidades futuras
do interno. Art. 172 - Para a prestação do trabalho interno, dar-se-á sem-
b) Os maiores de 60 (sessenta) anos terão ocupação adequada pre preferência aos presos que tenha índice superior de aproveita-
à sua idade. mento e maior tempo de cumprimento de pena.
c) Os doentes ou portadores de necessidades especiais, decla-
rados tais pelo órgão competente, terão ocupação compatível com
seu estado físico.
Didatismo e Conhecimento 53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
CAPÍTULO II Art. 180 - Toda importância em dinheiro que for apreendi-
Do Trabalho Externo da indevidamente com o reeducando e cuja procedência não for
esclarecida reverterá ao Estado.
Art. 173 - O trabalho externo, executado fora dos limites Parágrafo Único - Se a origem e propriedade forem le-
do estabelecimento, será admissível aos presos em regime fecha- gítimas, a importância será depositada no pecúlio reserva do
do, obedecidas as condições legais. reeducando, sem prejuízo das sanções disciplinares previstas.
Art. 174 - O cometimento de falta disciplinar de natureza gra- Art. 181 - Na ocorrência do falecimento do reeducan-
ve implicará na revogação imediata da autorização de trabalho
do, o saldo será entregue a familiares, atendidas as disposições
externo, sem prejuízo da sanção disciplinar correspondente,
pertinentes.
apurada através de procedimento disciplinar.
Art. 178 - O produto da remuneração será depositado em Art. 186 - Ocorrendo óbito, fuga e evasão, a direção do Esta-
conta bancária, em Banco Oficial, na seguinte forma: belecimento comunicará imediatamente ao Juiz da Execução, a
I. 70% para o pecúlio disponível, podendo ser movimentado Coordenadoria do Sistema Prisional e também solicitará a presen-
para contribuição da família do preso, desde que autorizado ça da Polícia Judiciária.
e assinado pelo mesmo através de autorização por escrito, ou
Parágrafo Único - Falecendo o interno, os valores e bens de-
retirado juntamente com o pecúlio reserva quando da progressão
para o regime aberto ou concessão do livramento condicional; vidamente inventariados, serão entregues aos familiares.
II. 10% para o pecúlio reserva, que somente será reti-
rado pelo preso quando da progressão para o regime aberto ou Art. 187 - Em caso de danos ao Estabelecimento a Diretoria
concessão do livramento condicional, a não ser que previamente oferecerá a Coordenadoria do Sistema Penitenciário relatório
justificado e autorizado pelo juiz da Vara de Execução Penal; circunstanciado objetivando avaliar os prejuízos e elucidar as
III. 20%para o fundo penitenciário. irregularidades, encaminhando os resultados a quem de direito.
Parágrafo Único - Cabe ao reeducando ressarcir o Estado
Art. 179 - Do pecúlio, poderá a Direção da Unidade do Siste- pelos danos causados, ao patrimônio físico e material da Unidade
ma e quem controla junto a Coordenadoria do Sistema Prisional, Prisional.
fazer as deduções necessárias à indenização de danos ocasiona-
dos culposa ou dolosamente pelo reeducando em bens do Estado. Art. 188 - Os casos omissos poderão ser resolvidos pelo
Parágrafo Único -Se por ocasião de ser posto em liberdade diretor da Unidade, em conjunto com a Coordenadoria do Sis-
estiver o reeducando em débito com o Estabelecimento, poderá tema Penitenciário, com o conhecimento da Secretaria Adjunta
ser retido do seu pecúlio a quantia necessária à quitação da dívida, do Sistema Penitenciário, observadas as respectivas competências.
dívidas estas provindas de destruições do patrimônio público.
Didatismo e Conhecimento 54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Agente Penitenciário
Art. 189 - Após a publicação deste Regimento Geral, a Secre-
taria Adjunta do Sistema Prisional, elaborará, quando necessário,
para atender possíveis peculiaridades de unidades integrantes do
sistema, regulamento próprio, respeitadas as normas gerais con-
tidas neste Regimento.
Didatismo e Conhecimento 55
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CAPÍTULO II
LEI FEDERAL Nº 10.826, DE 22/12/2003 DO REGISTRO
(DISPÕE SOBRE REGISTRO, POSSE E Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão com-
COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE petente.
FOGO E MUNIÇÃO, SOBRE O SISTEMA Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão regis-
NACIONAL DE ARMAS – SINARM). tradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta
Lei.
Didatismo e Conhecimento 1
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal
pela Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm. do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 4o Fiscal e Analista Tributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de
deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior 2007)
a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da
desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Es-
de Fogo. tados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de re- que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança,
gistro de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distri- na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de
to Federal até a data da publicação desta Lei que não optar pela Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público -
entrega espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
mediante o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput
2008, ante a apresentação de documento de identificação pessoal e
deste artigo terão direito de portar arma de fogo de propriedade
comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento
de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição,
incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com
nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo) validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I,
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste arti- II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
go, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Departamento § 1o-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
de Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas
rede mundial de computadores - internet, na forma do regulamento prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particular
e obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo
nº 11.706, de 2008) fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993,
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet, de 2014)
com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela Lei nº I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído pela
11.706, de 2008) Lei nº 12.993, de 2014)
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia Fe- II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento;
deral do certificado de registro provisório pelo prazo que estimar e (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
como necessário para a emissão definitiva do certificado de regis- III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle
tro de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) interno. (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
§ 1º-C. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014)
CAPÍTULO III
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos integran-
DO PORTE
tes das instituições descritas nos incisos V, VI, VII e X do caput
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o territó- deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a que
rio nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condições
e para: estabelecidas no regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei
I – os integrantes das Forças Armadas; nº 11.706, de 2008)
II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do § 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas
art. 144 da Constituição Federal; municipais está condicionada à formação funcional de seus inte-
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos grantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à
Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno,
habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei; nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei, observada
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios a supervisão do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº
com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhen- 10.867, de 2004)
tos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº § 4o Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais
10.867, de 2004) e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos Esta-
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteli- dos e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4o,
gência e os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de
ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e
Segurança Institucional da Presidência da República;
III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei.
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51,
IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; § 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de
prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas por- fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será conce-
tuárias; dido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro
valores constituídas, nos termos desta Lei; simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre
IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado compro-
constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas ve a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser ane-
de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no xados os seguintes documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706,
que couber, a legislação ambiental. de 2008)
Didatismo e Conhecimento 2
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
I - documento de identificação pessoal; (Incluído pela Lei nº de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de
11.706, de 2008) fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
II - comprovante de residência em área rural; e (Incluído pela regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
Lei nº 11.706, de 2008) § 4o A listagem dos servidores das instituições de que trata
III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm. (In-
11.706, de 2008) cluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma § 5o As instituições de que trata este artigo são obrigadas a re-
de fogo, independentemente de outras tipificações penais, respon- gistrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal eventual
derá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo,
fogo de uso permitido. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela
que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de arma Lei nº 12.694, de 2012)
de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 8o As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das legalmente constituídas devem obedecer às condições de uso e de
empresas de segurança privada e de transporte de valores, cons- armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, respondendo
tituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na
guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas forma do regulamento desta Lei.
quando em serviço, devendo essas observar as condições de uso
e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o Art. 9o Compete ao Ministério da Justiça a autorização do por-
certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Po- te de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estran-
lícia Federal em nome da empresa. geiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército,
§ 1o O proprietário ou diretor responsável de empresa de se- nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concessão de
gurança privada e de transporte de valores responderá pelo crime porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e
previsto no parágrafo único do art. 13 desta Lei, sem prejuízo das caçadores e de representantes estrangeiros em competição interna-
cional oficial de tiro realizada no território nacional.
demais sanções administrativas e civis, se deixar de registrar ocor-
rência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso
ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e muni-
permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polí-
ções que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
cia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm.
horas depois de ocorrido o fato.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida
§ 2o A empresa de segurança e de transporte de valores deve-
com eficácia temporária e territorial limitada, nos termos de atos
rá apresentar documentação comprobatória do preenchimento dos
regulamentares, e dependerá de o requerente:
requisitos constantes do art. 4o desta Lei quanto aos empregados
I – demonstrar a sua efetiva necessidade por exercício de ati-
que portarão arma de fogo. vidade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física;
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste II – atender às exigências previstas no art. 4o desta Lei;
artigo deverá ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm. III – apresentar documentação de propriedade de arma de
fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das § 2o A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste
instituições descritas no inciso XI do art. 6o serão de propriedade, artigo, perderá automaticamente sua eficácia caso o portador dela
responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de
podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar substâncias químicas ou alucinógenas.
as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão
competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores cons-
expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído tantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços relativos:
pela Lei nº 12.694, de 2012) I – ao registro de arma de fogo;
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de que trata II – à renovação de registro de arma de fogo;
este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído pela Lei nº III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
12.694, de 2012) IV – à expedição de porte federal de arma de fogo;
§ 2o O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público V – à renovação de porte de arma de fogo;
designará os servidores de seus quadros pessoais no exercício de VI – à expedição de segunda via de porte federal de arma de
funções de segurança que poderão portar arma de fogo, respeitado fogo.
o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de ser- § 1o Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e à manu-
vidores que exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº tenção das atividades do Sinarm, da Polícia Federal e do Comando
12.694, de 2012) do Exército, no âmbito de suas respectivas responsabilidades.
§ 3o O porte de arma pelos servidores das instituições de que § 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo
trata este artigo fica condicionado à apresentação de documentação as pessoas e as instituições a que se referem os incisos I a VII e
comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. X e o § 5o do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
4o desta Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos de 2008)
Didatismo e Conhecimento 3
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará a forma e as Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
condições do credenciamento de profissionais pela Polícia Federal
para comprovação da aptidão psicológica e da capacidade técnica Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter
para o manuseio de arma de fogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, empres-
2008) tar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de
§ 1o Na comprovação da aptidão psicológica, o valor cobrado fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem auto-
pelo psicólogo não poderá exceder ao valor médio dos honorários rização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
profissionais para realização de avaliação psicológica constante do Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
item 1.16 da tabela do Conselho Federal de Psicologia. (Incluído Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
pela Lei nº 11.706, de 2008) I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
§ 2o Na comprovação da capacidade técnica, o valor cobrado identificação de arma de fogo ou artefato;
pelo instrutor de armamento e tiro não poderá exceder R$ 80,00 II – modificar as características de arma de fogo, de forma a
(oitenta reais), acrescido do custo da munição.(Incluído pela Lei torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou
nº 11.706, de 2008) para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autorida-
§ 3o A cobrança de valores superiores aos previstos nos §§ de policial, perito ou juiz;
1o e 2o deste artigo implicará o descredenciamento do profissional III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo
pela Polícia Federal. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determina-
ção legal ou regulamentar;
CAPÍTULO IV IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de
DOS CRIMES E DAS PENAS fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identifica-
ção raspado, suprimido ou adulterado;
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente,
arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou ado-
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, aces-
sório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determi- lescente; e
nação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou de- VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal,
pendência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Comércio ilegal de arma de fogo
Omissão de cautela Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocul-
tar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, ven-
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para im- der, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito pró-
pedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de defi- prio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
ciência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desa-
ou que seja de sua propriedade: cordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou indus-
ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de va- trial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de ser-
lores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar viços, fabricação ou comércio
à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio
de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guar- Tráfico internacional de arma de fogo
da, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização da autoridade competente:
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depó- Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
sito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, reme-
ter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessó- Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é au-
rio ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo mentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem
com determinação legal ou regulamentar: de uso proibido ou restrito.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a
salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante
(Vide Adin 3.112-1) dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.
Disparo de arma de fogo Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insusce-
tíveis de liberdade provisória. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a CAPÍTULO V
ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de DISPOSIÇÕES GERAIS
outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do dis-
(Vide Adin 3.112-1) posto nesta Lei.
Didatismo e Conhecimento 4
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a de- de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relação de
finição das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos armas acauteladas em juízo, mencionando suas características e o
proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histórico local onde se encontram. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal,
mediante proposta do Comando do Exército. (Redação dada pela Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização
Lei nº 11.706, de 2008) e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de
§ 1o Todas as munições comercializadas no País deverão estar fogo, que com estas se possam confundir.
acondicionadas em embalagens com sistema de código de barras, Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os
gravado na caixa, visando possibilitar a identificação do fabricante simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção
e do adquirente, entre outras informações definidas pelo regula- de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do
mento desta Lei. Exército.
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedi-
das autorizações de compra de munição com identificação do lote Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar, excepcio-
e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do regulamento nalmente, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.
desta Lei. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aqui-
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da sições dos Comandos Militares.
data de publicação desta Lei conterão dispositivo intrínseco de se-
gurança e de identificação, gravado no corpo da arma, definido Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adqui-
pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no rir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constan-
art. 6o. tes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.
§ 4o As instituições de ensino policial e as guardas munici- (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
pais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e
no seu § 7o poderão adquirir insumos e máquinas de recarga de Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogo já conce-
didas expirar-se-ão 90 (noventa) dias após a publicação desta Lei.
munição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades,
(Vide Lei nº 10.884, de 2004)
mediante autorização concedida nos termos definidos em regula-
Parágrafo único. O detentor de autorização com prazo de va-
mento. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
lidade superior a 90 (noventa) dias poderá renová-la, perante a
Polícia Federal, nas condições dos arts. 4o, 6o e 10 desta Lei, no
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º
prazo de 90 (noventa) dias após sua publicação, sem ônus para o
desta Lei, compete ao Comando do Exército autorizar e fiscalizar
requerente.
a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o
comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclu- Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de
sive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de coleciona- uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu registro
dores, atiradores e caçadores. até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de docu-
mento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa,
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da ori-
laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessa- gem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou
rem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente declaração firmada na qual constem as características da arma e a
ao Comando do Exército, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) sua condição de proprietário, ficando este dispensado do pagamen-
horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública to de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes
ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei. (Reda- dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela
ção dada pela Lei nº 11.706, de 2008) Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
§ 1o As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exército Parágrafo único. Para fins do cumprimento do disposto no
que receberem parecer favorável à doação, obedecidos o padrão e caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no
a dotação de cada Força Armada ou órgão de segurança pública, Departamento de Polícia Federal, certificado de registro provisó-
atendidos os critérios de prioridade estabelecidos pelo Ministério rio, expedido na forma do § 4o do art. 5o desta Lei. (Incluído pela
da Justiça e ouvido o Comando do Exército, serão arroladas em Lei nº 11.706, de 2008)
relatório reservado trimestral a ser encaminhado àquelas institui-
ções, abrindo-se-lhes prazo para manifestação de interesse. (In- Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas de fogo ad-
cluído pela Lei nº 11.706, de 2008) quiridas regularmente poderão, a qualquer tempo, entregá-las à
§ 2o O Comando do Exército encaminhará a relação das ar- Polícia Federal, mediante recibo e indenização, nos termos do re-
mas a serem doadas ao juiz competente, que determinará o seu gulamento desta Lei.
perdimento em favor da instituição beneficiada.(Incluído pela Lei Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma de fogo pode-
nº 11.706, de 2008) rão entregá-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-
§ 3o O transporte das armas de fogo doadas será de respon- se de boa-fé, serão indenizados, na forma do regulamento, ficando
sabilidade da instituição beneficiada, que procederá ao seu cadas- extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma.
tramento no Sinarm ou no Sigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
2008) Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais)
§ 5o O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o enca- a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o re-
minhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma gulamento desta Lei:
Didatismo e Conhecimento 5
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer meio, faça,
promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munição sem a devida autorização ou com inobservância das normas de segurança;
II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de armas
de fogo, exceto nas publicações especializadas.
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000 (um mil) pessoas, adotarão, sob pena de res-
ponsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do
art. 5o da Constituição Federal.
Parágrafo único. As empresas responsáveis pela prestação dos serviços de transporte internacional e interestadual de passageiros ado-
tarão as providências necessárias para evitar o embarque de passageiros armados.
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art.
6o desta Lei.
§ 1o Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.
§ 2o Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
ANEXO
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
TABELA DE TAXAS
ATO ADMINISTRATIVO R$
Didatismo e Conhecimento 6
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
III - as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos ór-
gãos, instituições e corporações mencionados no inciso II do art. 6o
DECRETO FEDERAL Nº5.123, DE 1/07/2004 da Lei no 10.826, de 2003; e
(REGULAMENTA A LEI Nº10.826, DE 22 DE IV - as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelas menciona-
DEZEMBRO DE 2003, QUE DISPÕE SO- das no inciso II, do §1o, do art. 2o deste Decreto.
BRE REGISTRO, POSSE E § 2o Serão registradas na Polícia Federal e cadastradas no SI-
COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE NARM:
I - as armas de fogo adquiridas pelo cidadão com atendimento
FOGO E MUNIÇÃO, SOBRE O SISTEMA aos requisitos do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003;
NACIONAL DE ARMAS - SINARM E II - as armas de fogo das empresas de segurança privada e de
DEFINE CRIMES).. transporte de valores; e
III - as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos
órgãos, instituições e corporações mencionados no inciso II do art.
6o da Lei no 10.826, de 2003.
§ 3o A apreensão das armas de fogo a que se refere o inciso II
DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004. do §1o deste artigo deverá ser imediatamente comunicada à Poli-
cia Federal, pela autoridade competente, podendo ser recolhidas
Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que aos depósitos do Comando do Exército, para guarda, a critério da
dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e mesma autoridade.
munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define § 4o O cadastramento das armas de fogo de que trata o inciso I
crimes.
do § 1o observará as especificações e os procedimentos estabeleci-
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição dos pelo Departamento de Polícia Federal. (Incluído pelo Decreto
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em nº 6.715, de 2008).
vista o disposto na Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, Art. 2o O SIGMA, instituído no Ministério da Defesa, no
DECRETA: âmbito do Comando do Exército, com circunscrição em todo o
território nacional, tem por finalidade manter cadastro geral, per-
CAPÍTULO I manente e integrado das armas de fogo importadas, produzidas e
vendidas no país, de competência do SIGMA, e das armas de fogo
DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE
que constem dos registros próprios.
ARMAS DE FOGO
§ 1o Serão cadastradas no SIGMA:
Art. 1o O Sistema Nacional de Armas - SINARM, instituído I - as armas de fogo institucionais, de porte e portáteis, cons-
no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com cir- tantes de registros próprios:
cunscrição em todo o território nacional e competência estabeleci- a) das Forças Armadas;
da pelo caput e incisos do art. 2o da Lei no 10.826, de 22 de dezem- b) das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares;
bro de 2003, tem por finalidade manter cadastro geral, integrado e c) da Agência Brasileira de Inteligência; e
permanente das armas de fogo importadas, produzidas e vendidas d) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
no país, de competência do SINARM, e o controle dos registros República;
dessas armas. II - as armas de fogo dos integrantes das Forças Armadas, da
§ 1o Serão cadastradas no SINARM: Agência Brasileira de Inteligência e do Gabinete de Segurança
I - as armas de fogo institucionais, constantes de registros pró- Institucional da Presidência da República, constantes de registros
prios: próprios;
a) da Polícia Federal; III - as informações relativas às exportações de armas de fogo,
b) da Polícia Rodoviária Federal; munições e demais produtos controlados, devendo o Comando do
c) das Polícias Civis; Exército manter sua atualização;
d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Sena- IV - as armas de fogo importadas ou adquiridas no país para
do Federal, referidos nos arts. 51, inciso IV, e 52, inciso XIII da
fins de testes e avaliação técnica; e
Constituição;
V - as armas de fogo obsoletas.
e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas
prisionais, dos integrantes das escoltas de presos e das Guardas § 2o Serão registradas no Comando do Exército e cadastradas
Portuárias; no SIGMA:
f) das Guardas Municipais; e I - as armas de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores; e
g) dos órgãos públicos não mencionados nas alíneas anterio- II - as armas de fogo das representações diplomáticas.
res, cujos servidores tenham autorização legal para portar arma de Art. 3o Entende-se por registros próprios, para os fins deste
fogo em serviço, em razão das atividades que desempenhem, nos Decreto, os feitos pelas instituições, órgãos e corporações em do-
termos do caput do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003. cumentos oficiais de caráter permanente.
II - as armas de fogo apreendidas, que não constem dos ca- Art. 4o A aquisição de armas de fogo, diretamente da fábrica,
dastros do SINARM ou Sistema de Gerenciamento Militar de Ar- será precedida de autorização do Comando do Exército.
mas - SIGMA, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais Art. 5o Os dados necessários ao cadastro mediante registro, a
e judiciais, mediante comunicação das autoridades competentes à que se refere o inciso IX do art. 2o da Lei no 10.826, de 2003, serão
Polícia Federal; fornecidos ao SINARM pelo Comando do Exército.
Didatismo e Conhecimento 7
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 6o Os dados necessários ao cadastro da identificação do VII - comprovar aptidão psicológica para o manuseio de arma
cano da arma, das características das impressões de raiamento e de fogo, atestada em laudo conclusivo fornecido por psicólogo do
microestriamento de projetil disparado, a marca do percutor e ex- quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado.
trator no estojo do cartucho deflagrado pela arma de que trata o § 1o A declaração de que trata o inciso I do caput deverá expli-
inciso X do art. 2o da Lei no 10.826, de 2003, serão disciplinados citar os fatos e circunstâncias justificadoras do pedido, que serão
em norma específica da Polícia Federal, ouvido o Comando do examinados pela Polícia Federal segundo as orientações a serem
Exército, cabendo às fábricas de armas de fogo o envio das infor- expedidas pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto
mações necessárias ao órgão responsável da Polícia Federal. nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. A norma específica de que trata este artigo § 2o O indeferimento do pedido deverá ser fundamentado e
será expedida no prazo de cento e oitenta dias. comunicado ao interessado em documento próprio.
Art. 7o As fábricas de armas de fogo fornecerão à Polícia Fe- § 3o O comprovante de capacitação técnica, de que trata o in-
deral, para fins de cadastro, quando da saída do estoque, relação ciso VI do caput, deverá ser expedido por instrutor de armamento
das armas produzidas, que devam constar do SINARM, na confor- e tiro credenciado pela Polícia Federal e deverá atestar, necessaria-
midade do art. 2o da Lei no 10.826, de 2003, com suas característi- mente: (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
cas e os dados dos adquirentes. I - conhecimento da conceituação e normas de segurança per-
Art. 8o As empresas autorizadas a comercializar armas de fogo tinentes à arma de fogo;
encaminharão à Polícia Federal, quarenta e oito horas após a efeti- II - conhecimento básico dos componentes e partes da arma
vação da venda, os dados que identifiquem a arma e o comprador. de fogo; e
Art. 9o Os dados do SINARM e do SIGMA serão interligados III - habilidade do uso da arma de fogo demonstrada, pelo
e compartilhados no prazo máximo de um ano. interessado, em estande de tiro credenciado pelo Comando do
Parágrafo único. Os Ministros da Justiça e da Defesa esta- Exército.
belecerão no prazo máximo de um ano os níveis de acesso aos § 4o Após a apresentação dos documentos referidos nos inci-
cadastros mencionados no caput. sos III a VII do caput, havendo manifestação favorável do órgão
competente mencionada no §1o, será expedida, pelo SINARM, no
CAPÍTULO II prazo máximo de trinta dias, em nome do interessado, a autoriza-
DA ARMA DE FOGO ção para a aquisição da arma de fogo indicada.
Seção I
§ 5o É intransferível a autorização para a aquisição da arma de
Das Definições
fogo, de que trata o §4o deste artigo.
§ 6o Está dispensado da comprovação dos requisitos a que se
Art. 10. Arma de fogo de uso permitido é aquela cuja utiliza-
referem os incisos VI e VII do caput o interessado em adquirir
ção é autorizada a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas,
arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a
de acordo com as normas do Comando do Exército e nas condi-
portar arma da mesma espécie daquela a ser adquirida, desde que
ções previstas na Lei no 10.826, de 2003.
o porte de arma de fogo esteja válido e o interessado tenha se sub-
Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela de uso exclu-
sivo das Forças Armadas, de instituições de segurança pública e metido a avaliações em período não superior a um ano, contado
de pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas do pedido de aquisição. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
pelo Comando do Exército, de acordo com legislação específica. Art. 13. A transferência de propriedade da arma de fogo, por
Seção II qualquer das formas em direito admitidas, entre particulares, se-
Da Aquisição e do Registro da Arma de Fogo de Uso Permi- jam pessoas físicas ou jurídicas, estará sujeita à prévia autorização
tido da Polícia Federal, aplicando-se ao interessado na aquisição as dis-
posições do art. 12 deste Decreto.
Art. 12. Para adquirir arma de fogo de uso permitido o inte- Parágrafo único. A transferência de arma de fogo registrada no
ressado deverá: Comando do Exército será autorizada pela instituição e cadastrada
I - declarar efetiva necessidade; no SIGMA.
II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos; Art. 14. É obrigatório o registro da arma de fogo, no SINARM
III - apresentar original e cópia, ou cópia autenticada, de do- ou no SIGMA, excetuadas as obsoletas.
cumento de identificação pessoal; (Redação dada pelo Decreto nº Art. 15. O registro da arma de fogo de uso permitido deverá
6.715, de 2008). conter, no mínimo, os seguintes dados:
IV - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada reno- I - do interessado:
vação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, idoneidade e a) nome, filiação, data e local de nascimento;
inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio b) endereço residencial;
de certidões de antecedentes criminais da Justiça Federal, Esta- c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe;
dual, Militar e Eleitoral, que poderão ser fornecidas por meio ele- d) profissão;
trônico; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). e) número da cédula de identidade, data da expedição, órgão
V - apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e expedidor e Unidade da Federação; e
de residência certa; f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro
VI - comprovar, em seu pedido de aquisição e em cada reno- Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
vação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, a capacidade II - da arma:
técnica para o manuseio de arma de fogo; (Redação dada pelo De- a) número do cadastro no SINARM;
creto nº 6.715, de 2008). b) identificação do fabricante e do vendedor;
Didatismo e Conhecimento 8
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
c) número e data da nota Fiscal de venda; § 2o O registro de arma de fogo de uso restrito, de que trata o
d) espécie, marca, modelo e número de série; caput deste artigo, deverá conter as seguintes informações:
e) calibre e capacidade de cartuchos; I - do interessado:
f) tipo de funcionamento; a) nome, filiação, data e local de nascimento;
g) quantidade de canos e comprimento; b) endereço residencial;
h) tipo de alma (lisa ou raiada); c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe;
i) quantidade de raias e sentido; e d) profissão;
j) número de série gravado no cano da arma. e) número da cédula de identidade, data da expedição, órgão
expedidor e Unidade da Federação; e
Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ou Cadastro
pela Polícia Federal, precedido de cadastro no SINARM, tem va- Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;
lidade em todo o território nacional e autoriza o seu proprietário a II - da arma:
manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residên- a) número do cadastro no SINARM;
cia ou dependência desta, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde b) identificação do fabricante e do vendedor;
que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento c) número e data da nota Fiscal de venda;
ou empresa. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). d) espécie, marca, modelo e número de série;
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput deste artigo conside- e) calibre e capacidade de cartuchos;
rar-se-á titular do estabelecimento ou empresa todo aquele assim f) tipo de funcionamento;
definido em contrato social, e responsável legal o designado em g) quantidade de canos e comprimento;
contrato individual de trabalho, com poderes de gerência. h) tipo de alma (lisa ou raiada);
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do i) quantidade de raias e sentido; e
art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados, periodicamente, a j) número de série gravado no cano da arma.
cada três anos, junto à Polícia Federal, para fins de renovação do § 3o Os requisitos de que tratam os incisos IV, V, VI e VII do
Certificado de Registro. art. 12 deste Decreto deverão ser comprovados periodicamente, a
§ 3º O requisito de que trata o inciso IV do caput do art. 12 cada três anos, junto ao Comando do Exército, para fins de renova-
deste Decreto deverá ser comprovado pelos sócios proprietários e ção do Certificado de Registro.
diretores, periodicamente, a cada três anos, junto à Polícia Federal, § 4o Não se aplica aos integrantes dos órgãos, instituições e
corporações mencionados nos incisos I e II do art. 6o da Lei no
para fins de renovação do certificado de registro de arma de fogo
10.826, de 2003, o disposto no § 3o deste artigo.
das empresas de segurança privada e de transporte de valores. (In-
cluído pelo Decreto nº 6.146, de 2007) (Revogado pelo Decreto nº
Seção IV
6.715, de 2008).
Do Comércio Especializado de Armas
§ 4o O disposto no § 2o não se aplica, para a aquisição e reno-
de Fogo e Munições
vação do Certificado de Registro de Arma de Fogo, aos integrantes
dos órgãos, instituições e corporações, mencionados nos incisos
Art. 19. É proibida a venda de armas de fogo, munições e de-
I e II do caput do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo
mais produtos controlados, de uso restrito, no comércio.
Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 20. O estabelecimento que comercializar arma de fogo de
Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigado a comu-
uso permitido em território nacional é obrigado a comunicar à Po-
nicar, imediatamente, à unidade policial local, o extravio, furto ou lícia Federal, mensalmente, as vendas que efetuar e a quantidade
roubo de arma de fogo ou do Certificado de Registro de Arma de de armas em estoque, respondendo legalmente por essas merca-
Fogo, bem como a sua recuperação. (Redação dada pelo Decreto dorias, que ficarão registradas como de sua propriedade, de forma
nº 6.715, de 2008). precária, enquanto não forem vendidas, sujeitos seus responsáveis
§ 1o A unidade policial deverá, em quarenta e oito horas, reme- às penas previstas em lei. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715,
ter as informações coletadas à Polícia Federal, para fins de cadas- de 2008).
tro no SINARM. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 21. A comercialização de acessórios de armas de fogo e
§ 2o No caso de arma de fogo de uso restrito, a Polícia Federal de
repassará as informações ao Comando do Exército, para fins de ca- munições, incluídos estojos, espoletas, pólvora e projéteis, só
dastro no SIGMA.(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). poderá ser efetuada em estabelecimento credenciado pela Polícia
§ 3o Nos casos previstos no caput, o proprietário deverá, tam- Federal e pelo comando do Exército que manterão um cadastro dos
bém, comunicar o ocorrido à Polícia Federal ou ao Comando do comerciantes.
Exército, encaminhando, se for o caso, cópia do Boletim de Ocor- § 1o Quando se tratar de munição industrializada, a venda fi-
rência. cará condicionada à apresentação pelo adquirente, do Certificado
de Registro de Arma de Fogo válido, e ficará restrita ao calibre
Seção III correspondente à arma registrada.
Da Aquisição e Registro da Arma de § 2o Os acessórios e a quantidade de munição que cada pro-
Fogo de Uso Restrito prietário de arma de fogo poderá adquirir serão fixados em Portaria
do Ministério da Defesa, ouvido o Ministério da Justiça.
Art. 18. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisi- § 3o O estabelecimento mencionado no caput deste artigo
ção e registrar as armas de fogo de uso restrito. deverá manter à disposição da Polícia Federal e do Comando do
§ 1o As armas de que trata o caput serão cadastradas no SIG- Exército os estoques e a relação das vendas efetuadas mensalmen-
MA e no SINARM, conforme o caso. te, pelo prazo de cinco anos.
Didatismo e Conhecimento 9
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CAPÍTULO III § 2o Aplica-se o disposto no §1o deste artigo, quando o titular
DO PORTE E DO TRÂNSITO DA do Porte de Arma de Fogo esteja portando o armamento em estado
ARMA DE FOGO de embriaguez ou sob o efeito de drogas ou medicamentos que
Seção I provoquem alteração do desempenho intelectual ou motor.
Do Porte
Art. 27. Será concedido pela Polícia Federal, nos termos do §
Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de uso permitido, vincu- 5o do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, o Porte de Arma de Fogo, na
lado ao prévio registro da arma e ao cadastro no SINARM, será categoria «caçador de subsistência», de uma arma portátil, de uso
expedido pela Polícia Federal, em todo o território nacional, em permitido, de tiro simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de
caráter excepcional, desde que atendidos os requisitos previstos calibre igual ou inferior a 16, desde que o interessado comprove a
nos incisos I, II e III do § 1o do art. 10 da Lei no 10.826, de 2003. efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados
(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). os seguintes documentos:
Parágrafo único. A taxa estipulada para o Porte de Arma de I - documento comprobatório de residência em área rural ou
Fogo somente será recolhida após a análise e a aprovação dos do- certidão equivalente expedida por órgão municipal; (Redação dada
cumentos apresentados. pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
II - original e cópia, ou cópia autenticada, do documento de
Art. 23. O Porte de Arma de Fogo é documento obrigatório identificação pessoal; e (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de
para a condução da arma e deverá conter os seguintes dados: 2008).
I - abrangência territorial; III - atestado de bons antecedentes.
II - eficácia temporal; Parágrafo único. Aplicam-se ao portador do Porte de Arma de
III - características da arma; Fogo mencionado neste artigo as demais obrigações estabelecidas
IV - número do cadastro da arma no SINARM; (Redação dada neste Decreto.
pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
V - identificação do proprietário da arma; e Art. 28. O proprietário de arma de fogo de uso permitido re-
VI - assinatura, cargo e função da autoridade concedente. gistrada, em caso de mudança de domicílio ou outra situação que
implique o transporte da arma, deverá solicitar guia de trânsito à
Polícia Federal para as armas de fogo cadastradas no SINARM, na
Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal, intransferível
forma estabelecida pelo Departamento de Polícia Federal.(Reda-
e revogável a qualquer tempo, sendo válido apenas com relação
ção dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
à arma nele especificada e com a apresentação do documento de
identificação do portador. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715,
Art. 29. Observado o princípio da reciprocidade previsto em
de 2008).
convenções internacionais, poderá ser autorizado o Porte de Arma
de Fogo pela Polícia Federal, a diplomatas de missões diplomáti-
Art. 24-A. Para portar a arma de fogo adquirida nos termos
cas e consulares acreditadas junto ao Governo Brasileiro, e a agen-
do § 6o do art. 12, o proprietário deverá solicitar a expedição do
tes de segurança de dignitários estrangeiros durante a permanên-
respectivo documento de porte, que observará o disposto no art. 23 cia no país, independentemente dos requisitos estabelecidos neste
e terá a mesma validade do documento referente à primeira arma. Decreto.
(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 29-A. Caberá ao Departamento de Polícia Federal estabe-
Art. 25. O titular do Porte de Arma de Fogo deverá comunicar lecer os procedimentos relativos à concessão e renovação do Porte
imediatamente: de Arma de Fogo. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
I - a mudança de domicílio, ao órgão expedidor do Porte de
Arma de Fogo; e Seção II
II - o extravio, furto ou roubo da arma de fogo, à Unidade Dos Atiradores, Caçadores e Colecionadores
Policial mais próxima e, posteriormente, à Polícia Federal. Subseção I
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo im- Da Prática de Tiro Desportivo
plicará na suspensão do Porte de Arma de Fogo, por prazo a ser
estipulado pela autoridade concedente. Art. 30. As agremiações esportivas e as empresas de instrução
de tiro, os colecionadores, atiradores e caçadores serão registrados
Art. 26. O titular de porte de arma de fogo para defesa pes- no Comando do Exército, ao qual caberá estabelecer normas e ve-
soal concedido nos termos do art. 10 da Lei no 10.826, de 2003, rificar o cumprimento das condições de segurança dos depósitos
não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela adentrar ou per- das armas de fogo, munições e equipamentos de recarga.
manecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios § 1o As armas pertencentes às entidades mencionadas no caput
desportivos, clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja e seus integrantes terão autorização para porte de trânsito (guia de
aglomeração de pessoas em virtude de eventos de qualquer nature- tráfego) a ser expedida pelo Comando do Exército.
za. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 2o A prática de tiro desportivo por menores de dezoito anos
§ 1o A inobservância do disposto neste artigo implicará na deverá ser autorizada judicialmente e deve restringir-se aos locais
cassação do Porte de Arma de Fogo e na apreensão da arma, pela autorizados pelo Comando do Exército, utilizando arma da agre-
autoridade competente, que adotará as medidas legais pertinentes. miação ou do responsável quando por este acompanhado.
Didatismo e Conhecimento 10
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
§ 3o A prática de tiro desportivo por maiores de dezoito anos § 2o As instituições, órgãos e corporações nos procedimentos
e menores de vinte e cinco anos pode ser feita utilizando arma de descritos no caput, disciplinarão as normas gerais de uso de arma
sua propriedade, registrada com amparo na Lei no 9.437, de 20 de de fogo de sua propriedade, fora do serviço, quando se tratar de
fevereiro de 1997, de agremiação ou arma registrada e cedida por locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de evento de
outro desportista. qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas, está-
dios desportivos, clubes, públicos e privados.
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no país, como § 3o Os órgãos e instituições que tenham os portes de arma
bagagem de atletas, para competições internacionais será autoriza- de seus agentes públicos ou políticos estabelecidos em lei própria,
da pelo Comando do Exército. na forma do caput do art. 6oda Lei no 10.826, de 2003, deverão
§ 1o O Porte de Trânsito das armas a serem utilizadas por de- encaminhar à Polícia Federal a relação dos autorizados a portar
legações estrangeiras em competição oficial de tiro no país será arma de fogo, observando-se, no que couber, o disposto no art. 26.
expedido pelo Comando do Exército. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 2o Os responsáveis e os integrantes pelas delegações estran- § 4o Não será concedida a autorização para o porte de arma de
geiras e brasileiras em competição oficial de tiro no país transpor- fogo de que trata o art. 22 a integrantes de órgãos, instituições e
tarão suas armas desmuniciadas. corporações não autorizados a portar arma de fogo fora de serviço,
exceto se comprovarem o risco à sua integridade física, observan-
Subseção II do-se o disposto no art. 11 da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído
Dos Colecionadores e Caçadores pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 5o O porte de que tratam os incisos V, VI e X do caput do
Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo de coleciona- art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, e aquele previsto em lei própria,
dores e caçadores será expedido pelo Comando do Exército. na forma do caput do mencionado artigo, serão concedidos, exclu-
Parágrafo único. Os colecionadores e caçadores transportarão sivamente, para defesa pessoal, sendo vedado aos seus respectivos
suas armas desmuniciadas. titulares o porte ostensivo da arma de fogo.(Incluído pelo Decreto
nº 6.715, de 2008).
Subseção III § 6o A vedação prevista no parágrafo 5o não se aplica aos ser-
Dos Integrantes e das Instituições Mencionadas no vidores designados para execução da atividade fiscalizatória do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Art. 6o da Lei no 10.826, de 2003
Renováveis - IBAMA e do Instituto Chico Mendes de Conserva-
ção da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes. (Incluído pelo
Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aos militares das
Decreto nº 6.817, de 2009)
Forças Armadas, aos policiais federais e estaduais e do Distrito
Federal, civis e militares, aos Corpos de Bombeiros Militares, bem
Art. 35. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo
como aos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
em razão do desempenho de suas funções institucionais. órgão competente, o uso, em serviço, de arma de fogo, de proprie-
§ 1o O Porte de Arma de Fogo das praças das Forças Armadas dade particular do integrante dos órgãos, instituições ou corpora-
e dos Policiais e Corpos de Bombeiros Militares é regulado em ções mencionadas no inciso II do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003.
norma específica, por atos dos Comandantes das Forças Singulares § 1o A autorização mencionada no caput será regulamentada
e dos Comandantes-Gerais das Corporações. em ato próprio do órgão competente.
§ 2o Os integrantes das polícias civis estaduais e das Forças § 2o A arma de fogo de que trata este artigo deverá ser condu-
Auxiliares, quando no exercício de suas funções institucionais ou zida com o seu respectivo Certificado de Registro.
em trânsito, poderão portar arma de fogo fora da respectiva unida-
de federativa, desde que expressamente autorizados pela institui- Art. 35-A. As armas de fogo particulares de que trata o art. 35,
ção a que pertençam, por prazo determinado, conforme estabeleci- e as institucionais não brasonadas, deverão ser conduzidas com o
do em normas próprias. seu respectivo Certificado de Registro ou termo de cautela decor-
rente de autorização judicial para uso, sob pena de aplicação das
Art. 33-A. A autorização para o porte de arma de fogo previs- sanções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
to em legislação própria, na forma do caput do art. 6o da Lei no
10.826, de 2003, está condicionada ao atendimento dos requisitos Art. 36. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o
previstos no inciso III do caput do art. 4o da mencionada Lei. (In- manuseio de armas de fogo, para os integrantes das instituições
cluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). descritas nos incisos III, IV, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, serão atestadas pela própria instituição,
Art. 34. Os órgãos, instituições e corporações mencionados depois de cumpridos os requisitos técnicos e psicológicos estabe-
nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº lecidos pela Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.146,
10.826, de 2003, estabelecerão, em normativos internos, os pro- de 2007
cedimentos relativos às condições para a utilização das armas de Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal avaliar a capacidade
fogo de sua propriedade, ainda que fora do serviço. (Redação dada técnica e a aptidão psicológica, bem como expedir o Porte de Arma
pelo Decreto nº 6.146, de 2007 de Fogo para os guardas portuários.
§ 1o As instituições mencionadas no inciso IV do art. 6o da Lei
no 10.826, de 2003, estabelecerão em normas próprias os procedi- Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores
mentos relativos às condições para a utilização, em serviço, das dos órgãos, instituições e corporações mencionados nos incisos II,
armas de fogo de sua propriedade. V, VI e VII do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, transferi-
Didatismo e Conhecimento 11
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
dos para a reserva remunerada ou aposentados, para conservarem I - conceder autorização para o funcionamento dos cursos de
a autorização de porte de arma de fogo de sua propriedade deverão formação de guardas municipais;
submeter-se, a cada três anos, aos testes de avaliação da aptidão II - fixar o currículo dos cursos de formação;
psicológica a que faz menção o inciso III do caput art. 4º da Lei III - conceder Porte de Arma de Fogo;
nº10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 6.146, de 2007 IV - fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e
§ 1o O cumprimento destes requisitos será atestado pelas ins- V - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.
tituições, órgãos e corporações de vinculação. Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e II
§ 2o Não se aplicam aos integrantes da reserva não remunera- deste artigo não serão objeto de convênio.
da das Forças Armadas e Auxiliares, as prerrogativas mencionadas
no caput. Art. 41. Compete ao Comando do Exército autorizar a aquisi-
ção de armas de fogo e de munições para as Guardas Municipais.
Subseção IV
Das Empresas de Segurança Privada e de Transporte de Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionais citados
Valores nos incisos III e IV, do art. 6o, da Lei no 10.826, de 2003, será con-
cedido desde que comprovada a realização de treinamento técnico
Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogo expedida de, no mínimo, sessenta horas para armas de repetição e cem horas
pela Polícia Federal, em nome das empresas de segurança priva- para arma semi-automática.
da e de transporte de valores, será precedida, necessariamente, da § 1o O treinamento de que trata o caput desse artigo deverá ter,
comprovação do preenchimento de todos os requisitos constantes no mínimo, sessenta e cinco por cento de conteúdo prático.
do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003, pelos empregados autorizados § 2o O curso de formação dos profissionais das Guardas Mu-
nicipais deverá conter técnicas de tiro defensivo e defesa pessoal.
a portar arma de fogo.
§ 3o Os profissionais da Guarda Municipal deverão ser subme-
§ 1o A autorização de que trata o caput é válida apenas para a
tidos a estágio de qualificação profissional por, no mínimo, oitenta
utilização da arma de fogo em serviço.
horas ao ano.
§ 2o As empresas de que trata o caput encaminharão, trimes-
§ 4o Não será concedido aos profissionais das Guardas Mu-
tralmente, à Polícia Federal, para cadastro no SINARM, a relação
nicipais Porte de Arma de Fogo de calibre restrito, privativos das
nominal dos empregados autorizados a portar arma de fogo. (Re-
forças policiais e forças armadas.
dação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 3o A transferência de armas de fogo, por qualquer motivo,
Art. 43. O profissional da Guarda Municipal com Porte de
entre estabelecimentos da mesma empresa ou para empresa diver-
Arma de Fogo deverá ser submetido, a cada dois anos, a teste de
sa, deverão ser previamente autorizados pela Polícia Federal.
capacidade psicológica e, sempre que estiver envolvido em evento
§ 4o Durante o trâmite do processo de transferência de armas de disparo de arma de fogo em via pública, com ou sem vítimas,
de fogo de que trata o § 3o, a Polícia Federal poderá, em caráter deverá apresentar relatório circunstanciado, ao Comando da Guar-
excepcional, autorizar a empresa adquirente a utilizar as armas em da Civil e ao Órgão Corregedor para justificar o motivo da utiliza-
fase de aquisição, em seus postos de serviço, antes da expedição ção da arma.
do novo Certificado de Registro. (Incluído pelo Decreto nº 6.715,
de 2008). Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Porte de Arma de
Fogo, nos termos no §3o do art. 6o, da Lei no 10.826, de 2003, às
Art. 39. É de responsabilidade das empresas de segurança Guardas Municipais dos municípios que tenham criado corregedo-
privada e de transportes de valores a guarda e armazenagem das ria própria e autônoma, para a apuração de infrações disciplinares
armas, munições e acessórios de sua propriedade, nos termos da atribuídas aos servidores integrantes do Quadro da Guarda Muni-
legislação específica. cipal.
Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outras formas de Parágrafo único. A concessão a que se refere o caput depende-
extravio de arma de fogo, acessório e munições que estejam sob rá, também, da existência de Ouvidoria, como órgão permanente,
a guarda das empresas de segurança privada e de transporte de autônomo e independente, com competência para fiscalizar, inves-
valores deverá ser comunicada à Polícia Federal, no prazo máximo tigar, auditorar e propor políticas de qualificação das atividades
de vinte e quatro horas, após a ocorrência do fato, sob pena de res- desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais.
ponsabilização do proprietário ou diretor responsável.
Art. 45. A autorização de Porte de Arma de Fogo pertencente
Subseção V às Guardas Municipais terá validade somente nos limites territo-
Das guardas Municipais riais do respectivo município.(revogado pelo Decreto nº 5.871, de
2006).
Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio da Po- Parágrafo único. Poderá ser autorizado o Porte de Arma de
lícia Federal, diretamente ou mediante convênio com os órgãos Fogo para os integrantes das Guardas Municipais previstos no in-
de segurança pública dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu- ciso III do art. 6o da Lei no10.826, de 2003, nos deslocamentos para
nicípios, nos termos do § 3o do art. 6o da Lei no 10.826, de 2003: sua residência, quando esta estiver localizada em outro município.
(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). (revogado pelo Decreto nº 5.871, de 2006).
Didatismo e Conhecimento 12
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CAPÍTULO IV b) para que as munições comercializadas para os órgãos re-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS E feridos no art. 6o da Lei no 10.826, de 2003, contenham gravação
TRANSITÓRIAS na base dos estojos que permita identificar o fabricante, o lote de
Seção I venda e o adquirente;
Das Disposições Gerais c) para definir os dispositivos de segurança e identificação
previstos no §3o do art. 23 da Lei no 10.826, de 2003; e
Art. 46. O Ministro da Justiça designará as autoridades poli- IV - expedir regulamentação específica para o controle da fa-
ciais competentes, no âmbito da Polícia Federal, para autorizar a bricação, importação, comércio, trânsito e utilização de simulacros
aquisição e conceder o Porte de Arma de Fogo, que terá validade de armas de fogo, conforme o art. 26 da Lei no 10.826, de 2003.
máxima de cinco anos.
Art. 51. A importação de armas de fogo, munições e acessó-
Art. 47. O Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia rios de uso restrito está sujeita ao regime de licenciamento não-au-
Federal, poderá celebrar convênios com os órgãos de segurança tomático prévio ao embarque da mercadoria no exterior e depen-
pública dos Estados e do Distrito Federal para possibilitar a in- derá da anuência do Comando do Exército.
§ 1o A autorização é concedida por meio do Certificado Inter-
tegração, ao SINARM, dos acervos policiais de armas de fogo já
nacional de Importação.
existentes, em cumprimento ao disposto no inciso VI do art. 2o da
§ 2o A importação desses produtos somente será autorizada
Lei no 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de
para os órgãos de segurança pública e para colecionadores, atira-
2008). dores e caçadores nas condições estabelecidas em normas especí-
ficas.
Art. 48. Compete ao Ministério da Defesa e ao Ministério da
Justiça: Art. 52. Os interessados pela importação de armas de fogo,
I - estabelecer as normas de segurança a serem observadas munições e acessórios, de uso restrito, ao preencherem a Licen-
pelos prestadores de serviços de transporte aéreo de passageiros, ça de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior -
para controlar o embarque de passageiros armados e fiscalizar o SISCOMEX, deverão informar as características específicas dos
seu cumprimento; produtos importados, ficando o desembaraço aduaneiro sujeito à
II - regulamentar as situações excepcionais do interesse da satisfação desse requisito.
ordem pública, que exijam de policiais federais, civis e militares,
integrantes das Forças Armadas e agentes do Departamento de Se- Art. 53. As importações realizadas pelas Forças Armadas de-
gurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da pendem de autorização prévia do Ministério da Defesa e serão por
República, o Porte de Arma de Fogo a bordo de aeronaves; e este controladas.
III - estabelecer, nas ações preventivas com vistas à segurança
da aviação civil, os procedimentos de restrição e condução de ar- Art. 54. A importação de armas de fogo, munições e acessó-
mas por pessoas com a prerrogativa de Porte de Arma de Fogo em rios de uso permitido e demais produtos controlados está sujeita,
áreas restritas aeroportuárias, ressalvada a competência da Polícia no que couber, às condições estabelecidas nos arts. 51 e 52 deste
Federal, prevista no inciso III do §1o do art. 144 da Constituição. Decreto.
Parágrafo único. As áreas restritas aeroportuárias são aquelas
destinadas à operação de um aeroporto, cujos acessos são controla- Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do
dos, para os fins de segurança e proteção da aviação civil. Exército fornecerão à Polícia Federal, as informações relativas às
importações de que trata o art. 54 e que devam constar do cadastro
Art. 49. A classificação legal, técnica e geral e a definição das de armas do SINARM.
armas de fogo e demais produtos controlados, de uso restrito ou
Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar a entrada
permitido são as constantes do Regulamento para a Fiscalização de
temporária no país, por prazo definido, de armas de fogo, muni-
Produtos Controlados e sua legislação complementar.
ções e acessórios para fins de demonstração, exposição, conserto,
Parágrafo único. Compete ao Comando do Exército promover
mostruário ou testes, mediante requerimento do interessado ou de
a alteração do Regulamento mencionado no caput, com o fim de seus representantes legais ou, ainda, das representações diplomáti-
adequá-lo aos termos deste Decreto. cas do país de origem.
§ 1o A importação sob o regime de admissão temporária de-
Art. 50. Compete, ainda, ao Comando do Exército: verá ser autorizada por meio do Certificado Internacional de Im-
I - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas, portação.
munições e demais produtos controlados, em todo o território na- § 2o Terminado o evento que motivou a importação, o material
cional; deverá retornar ao seu país de origem, não podendo ser doado ou
II - estabelecer as dotações em armamento e munição das cor- vendido no território nacional, exceto a doação para os museus das
porações e órgãos previstos nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do Forças Armadas e das instituições policiais.
art. 6o da Lei no 10.826, de 2003; e § 3o A Receita Federal fiscalizará a entrada e saída desses pro-
III - estabelecer normas, ouvido o Ministério da Justiça, em dutos.
cento e oitenta dias: § 4o O desembaraço alfandegário das armas e munições trazi-
a) para que todas as munições estejam acondicionadas em das por agentes de segurança de dignitários estrangeiros, em visita
embalagens com sistema de código de barras, gravado na caixa, ao país, será feito pela Receita Federal, com posterior comunica-
visando possibilitar a identificação do fabricante e do adquirente; ção ao Comando do Exército.
Didatismo e Conhecimento 13
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 57. Fica vedada a importação de armas de fogo, seus Art. 64. O desembaraço alfandegário de armas de fogo e mu-
acessórios e peças, de munições e seus componentes, por meio do nição somente será autorizado após o cumprimento de normas es-
serviço postal e similares. pecíficas sobre marcação, a cargo do Comando do Exército.
Parágrafo único. Fica autorizada, em caráter excepcional, a
importação de peças de armas de fogo, com exceção de armações, Art. 65. As armas de fogo, acessórios ou munições menciona-
canos e ferrolho, por meio do serviço postal e similares. dos no art. 25 da Lei no 10.826, de 2003, serão encaminhados, no
prazo máximo de quarenta e oito horas, ao Comando do Exército,
Art. 58. O Comando do Exército autorizará a exportação de para destruição, após a elaboração do laudo pericial e desde que
armas, munições e demais produtos controlados. não mais interessem ao processo judicial.
§ 1o A autorização das exportações enquadradas nas diretrizes § 1o É vedada a doação, acautelamento ou qualquer outra for-
de exportação de produtos de defesa rege-se por legislação especí- ma de cessão para órgão, corporação ou instituição, exceto as doa-
fica, a cargo do Ministério da Defesa. ções de arma de fogo de valor histórico ou obsoletas para museus
§ 2o Considera-se autorizada a exportação quando efetivado o das Forças Armadas ou das instituições policiais.
respectivo Registro de Exportação, no Sistema de Comércio Exte- § 2o As armas brasonadas ou quaisquer outras de uso restrito
rior - SISCOMEX. poderão ser recolhidas ao Comando do Exército pela autoridade
competente, para sua guarda até ordem judicial para destruição.
Art. 59. O exportador de armas de fogo, munições ou demais § 3o As armas apreendidas poderão ser devolvidas pela auto-
produtos controlados deverá apresentar como prova da venda ou ridade competente aos seus legítimos proprietários se presentes os
transferência do produto, um dos seguintes documentos: requisitos do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003.
I - Licença de Importação (LI), expedida por autoridade com- § 4o O Comando do Exército designará as Organizações Mi-
petente do país de destino; ou litares que ficarão incumbidas de destruir as armas que lhe forem
II - Certificado de Usuário Final (End User), expedido por encaminhadas para esse fim, bem como incluir este dado no res-
autoridade competente do país de destino, quando for o caso. pectivo Sistema no qual foi cadastrada a arma.
Art. 60. As exportações de armas de fogo, munições ou de- Art. 66. A solicitação de informações sobre a origem de armas
mais produtos controlados considerados de valor histórico somen- de fogo, munições e explosivos deverá ser encaminhada direta-
te serão autorizadas pelo Comando do Exército após consulta aos mente ao órgão controlador da Polícia Federal ou do Comando do
órgãos competentes. Exército.
Parágrafo único. O Comando do Exército estabelecerá, em
normas específicas, os critérios para definição do termo “valor his- Art. 67. No caso de falecimento ou interdição do proprietário
tórico”. de arma de fogo, o administrador da herança ou curador, conforme o
caso, deverá providenciar a transferência da propriedade da arma me-
Art. 61. O Comando do Exército cadastrará no SIGMA os da- diante alvará judicial ou autorização firmada por todos os herdeiros,
dos relativos às exportações de armas, munições e demais produ- desde que maiores e capazes, aplicando-se ao herdeiro ou interessado
tos controlados, mantendo-os devidamente atualizados. na aquisição as disposições do art. 12. (Redação dada pelo Decreto
nº 6.715, de 2008).
Art. 62. Fica vedada a exportação de armas de fogo, de seus § 1o O administrador da herança ou o curador comunicará à
acessórios e peças, de munição e seus componentes, por meio do Polícia Federal ou ao Comando do Exército, conforme o caso, a
serviço postal e similares. morte ou interdição do proprietário da arma de fogo. (Redação
dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 63. O desembaraço alfandegário de armas e munições, § 2o Nos casos previstos no caput deste artigo, a arma deverá
peças e demais produtos controlados será autorizado pelo Coman- permanecer sob a guarda e responsabilidade do administrador da
do do Exército. herança ou curador, depositada em local seguro, até a expedição do
Parágrafo único. O desembaraço alfandegário de que trata este Certificado de Registro e entrega ao novo proprietário.
artigo abrange: § 3o A inobservância do disposto no § 2o implicará a apreensão
I - operações de importação e exportação, sob qualquer regi- da arma pela autoridade competente, aplicando-se ao administra-
me; dor da herança ou ao curador as sanções penais cabíveis. (Redação
II - internação de mercadoria em entrepostos aduaneiros; dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
III - nacionalização de mercadoria entrepostadas;
IV - ingresso e saída de armamento e munição de atletas bra- Art. 67-A. Serão cassadas as autorizações de posse e de porte
sileiros e estrangeiros inscritos em competições nacionais ou in- de arma de fogo do titular a quem seja imputada a prática de crime
ternacionais; doloso. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
V - ingresso e saída de armamento e munição; § 1o Nos casos previstos no caput, o proprietário deverá en-
VI - ingresso e saída de armamento e munição de órgãos de tregar a arma de fogo à Polícia Federal, mediante indenização na
segurança estrangeiros, para participação em operações, exercí- forma do art. 68, ou providenciar sua transferência no prazo má-
cios e instruções de natureza oficial; e ximo de sessenta dias, aplicando-se, ao interessado na aquisição,
VII - as armas de fogo, munições, suas partes e peças, trazidos as disposições do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo
como bagagem acompanhada ou desacompanhada. Decreto nº 6.715, de 2008).
Didatismo e Conhecimento 14
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
§ 2o A cassação da autorização de posse ou de porte de arma de Art. 70-A. Para o registro da arma de fogo de uso permitido
fogo será determinada a partir do indiciamento do investigado no ainda não registrada de que trata o art. 30 da Lei no 10.826, de
inquérito policial ou do recebimento da denúncia ou queixa pelo 2003, deverão ser apresentados pelo requerente os documentos
juiz. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). previstos no art. 70-C e original e cópia, ou cópia autenticada, da
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo a todas as armas de fogo nota fiscal de compra ou de comprovação da origem lícita da pos-
de propriedade do indiciado ou acusado. (Incluído pelo Decreto nº se, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração fir-
6.715, de 2008). mada na qual constem as características da arma e a sua condição
de proprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Art. 67-B. No caso do não-atendimento dos requisitos previs-
tos no art. 12, para a renovação do Certificado de Registro da arma Art. 70-B. Para a renovação do Certificado de Registro de
de fogo, o proprietário deverá entregar a arma à Polícia Federal, Arma de Fogo de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 10.826, de
mediante indenização na forma do art. 68, ou providenciar sua 2003, deverão ser apresentados pelo requerente os documentos
transferência para terceiro, no prazo máximo de sessenta dias, apli- previstos no art. 70-C e cópia do referido Certificado ou, se for o
cando-se, ao interessado na aquisição, as disposições do art. 4o da
caso, do boletim de ocorrência comprovando o seu extravio.(In-
Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
cluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput im-
plicará a apreensão da arma de fogo pela Polícia Federal ou órgão
Art. 70-C. Para a renovação do Certificado de Registro de
público por esta credenciado, aplicando-se ao proprietário as san-
ções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Arma de Fogo ou para o registro da arma de fogo de que tratam,
Seção II respectivamente, o § 3o do art. 5o e o art. 30 da Lei no 10.826,
Das Disposições Finais e Transitórias de 2003, o requerente deverá: (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de
2008).
Art. 68. O valor da indenização de que tratam os arts. 31 e 32 I - ter, no mínimo, vinte e cinco anos de idade; (Incluído pelo
da Lei no 10.826, de 2003, bem como o procedimento para paga- Decreto nº 6.715, de 2008).
mento, será fixado pelo Ministério da Justiça. II - apresentar originais e cópias, ou cópias autenticadas, do
Parágrafo único. Os recursos financeiros necessários para o documento de identificação pessoal e do comprovante de residên-
cumprimento do disposto nos arts. 31 e 32 da Lei nº 10.826, de cia fixa; (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
2003, serão custeados por dotação específica constante do orça- III - apresentar o formulário SINARM devidamente preenchi-
mento do Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto nº do; e (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
7.473, de 2011) IV - apresentar o certificado de registro provisório e comprovar
os dados pessoais informados, caso o procedimento tenha sido ini-
Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores e proprietá- ciado pela rede mundial de computadores - Internet. (Incluído pelo
rios de armas de fogo que espontaneamente entregá-las na Polícia Decreto nº 6.715, de 2008).
Federal ou nos postos de recolhimento credenciados, nos termos § 1o O procedimento de registro da arma de fogo, ou sua reno-
do art. 32 da Lei no 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto vação, poderá ser iniciado por meio do preenchimento do formu-
nº 7.473, de 2011) lário SINARM na rede mundial de computadores - Internet, cujo
comprovante de preenchimento impresso valerá como certificado
de registro provisório, pelo prazo de noventa dias. (Incluído pelo
Art. 70. A entrega da arma de fogo, acessório ou munição, de Decreto nº 6.715, de 2008).
que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº 10.826, de 2003, deverá ser § 2o No ato do preenchimento do formulário pela rede mun-
feita na Polícia Federal ou nos órgãos e entidades credenciados dial de computadores - Internet, o requerente deverá escolher a
pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto nº 7.473,
unidade da Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, na qual
de 2011)
entregará pessoalmente a documentação exigida para o registro ou
§ 1o Para o transporte da arma de fogo até o local de entrega,
renovação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
será exigida guia de trânsito, expedida pela Polícia Federal, ou ór-
§ 3o Caso o requerente deixe de apresentar a documentação
gão por ela credenciado, contendo as especificações mínimas esta-
belecidas pelo Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto exigida para o registro ou renovação na unidade da Polícia Federal,
nº 7.473, de 2011) ou órgão por ela credenciado, escolhida dentro do prazo de noven-
§ 2o A guia de trânsito poderá ser expedida pela rede mun- ta dias, o certificado de registro provisório, que será expedido pela
dial de computadores - Internet, na forma disciplinada pelo De- rede mundial de computadores - Internet uma única vez, perderá
partamento de Polícia Federal.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de a validade, tornando irregular a posse da arma. (Incluído pelo De-
2008). creto nº 6.715, de 2008).
§ 3o A guia de trânsito não autoriza o porte da arma, mas ape- § 4o No caso da perda de validade do certificado de registro
nas o seu transporte, desmuniciada e acondicionada de maneira provisório, o interessado deverá se dirigir imediatamente à unida-
que não possa ser feito o seu pronto uso e, somente, no percurso de da Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado, para a regula-
nela autorizado.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). rização de sua situação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
§ 4o O transporte da arma de fogo sem a guia de trânsito ou o § 5o Aplica-se o disposto no art. 70-B à renovação dos re-
transporte com a guia, mas sem a observância do que nela estiver gistros de arma de fogo cujo certificado tenha sido expedido pela
estipulado, poderá sujeitar o infrator às sanções penais cabíveis. Polícia Federal, inclusive aqueles com vencimento até o prazo pre-
(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). visto no § 3o do art. 5o da Lei no 10.826, de 2003, ficando o pro-
Didatismo e Conhecimento 15
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
prietário isento do pagamento de taxa nas condições e prazos da Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pela fiscalização
Tabela constante do Anexo à referida Lei. (Incluído pelo Decreto multa no valor de:
nº 6.715, de 2008). I - R$ 100.000,00 (cem mil reais):
§ 6o Nos requerimentos de registro ou de renovação de Certifi- a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, marí-
cado de Registro de Arma de Fogo em que se constate a existência timo, fluvial ou lacustre que permita o transporte de arma de fogo,
de cadastro anterior em nome de terceiro, será feita no SINARM munição ou acessórios, sem a devida autorização, ou com inobser-
a transferência da arma para o novo proprietário. (Incluído pelo vância das normas de segurança; e
Decreto nº 6.715, de 2008). b) à empresa de produção ou comércio de armamentos que
§ 7o Nos requerimentos de registro ou de renovação de Certifi- realize publicidade estimulando a venda e o uso indiscriminado
cado de Registro de Arma de Fogo em que se constate a existência de armas de fogo, acessórios e munição, exceto nas publicações
de cadastro anterior em nome de terceiro e a ocorrência de furto,
especializadas;
roubo, apreensão ou extravio, será feita no SINARM a transferên-
cia da arma para o novo proprietário e a respectiva arma de fogo II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo das san-
deverá ser entregue à Polícia Federal para posterior encaminha- ções penais cabíveis:
mento à autoridade policial ou judicial competente. (Incluído pelo a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, ma-
Decreto nº 6.715, de 2008). rítimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer meio,
§ 8o No caso do requerimento de renovação do Certificado de faça, promova ou facilite o transporte de arma ou munição sem a
Registro de que trata o § 6o, além dos documentos previstos no art. devida autorização ou com inobservância das normas de seguran-
70-B, deverá ser comprovada a origem lícita da posse, pelos meios ça; e
de prova admitidos em direito, ou, ainda, apresentada declaração b) à empresa de produção ou comércio de armamentos, na
firmada na qual constem as características da arma e a sua con- reincidência da hipótese mencionada no inciso I, alínea «b»; e
dição de proprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo das
§ 9o Nos casos previstos neste artigo, além dos dados de iden- sanções penais cabíveis, na hipótese de reincidência da conduta
tificação do proprietário, o Certificado de Registro provisório e o prevista na alínea “a”, do inciso I, e nas alíneas “a” e “b”, do inciso
definitivo deverão conter, no mínimo, o número de série da arma
II.
de fogo, a marca, a espécie e o calibre. (Incluído pelo Decreto nº
6.715, de 2008).
Art. 72. A empresa de segurança e de transporte de valores
Art. 70-D. Não se aplicam as disposições do § 6 do art. 70-C
o ficará sujeita às penalidades de que trata o art. 23 da Lei no 7.102,
às armas de fogo cujos Certificados de Registros tenham sido ex- de 20 de junho de 1983, quando deixar de apresentar, nos termos
pedidos pela Polícia Federal a partir da vigência deste Decreto e do art. 7o, §§ 2o e 3o, da Lei no 10.826, de 2003:
cujas transferências de propriedade dependam de prévia autoriza- I - a documentação comprobatória do preenchimento dos re-
ção. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). quisitos constantes do art. 4o da Lei no 10.826, de 2003, quanto aos
empregados que portarão arma de fogo; ou
Art. 70-E. As armas de fogo entregues na campanha do de- II - semestralmente, ao SINARM, a listagem atualizada de
sarmamento não serão submetidas a perícia, salvo se estiverem seus empregados.
com o número de série ilegível ou houver dúvidas quanto à sua
caracterização como arma de fogo, podendo, nesse último caso, Art. 73. Não serão cobradas as taxas previstas no art. 11 da
serem submetidas a simples exame de constatação. (Incluído pelo
Lei no 10.826, de 2003, dos integrantes dos órgãos mencionados
Decreto nº 6.715, de 2008).
nos incisos I, II, III, IV, V, VI e VII do art. 6o. (Redação dada pelo
Parágrafo único. As armas de fogo de que trata o caput serão,
obrigatoriamente, destruídas. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de Decreto nº 6.146, de 2007
2008). § 1o Será isento do pagamento das taxas mencionadas no
caput, o «caçador de subsistência» assim reconhecido nos termos
Art. 70-F. Não poderão ser registradas ou terem seu registro do art. 27 deste Decreto.
renovado as armas de fogo adulteradas ou com o número de série § 2o A isenção das taxas para os integrantes dos órgãos men-
suprimido. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). cionados no caput, quando se tratar de arma de fogo de proprieda-
Parágrafo único. Nos prazos previstos nos arts. 5o, § 3o, e 30 de particular, restringir-se-á a duas armas.
da Lei no 10.826, de 2003, as armas de que trata o caput serão re-
colhidas, mediante indenização, e encaminhadas para destruição. Art. 74. Os recursos arrecadados em razão das taxas e das san-
(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). ções pecuniárias de caráter administrativo previstas neste Decre-
to serão aplicados na forma prevista no § 1o do art. 11 da Lei no
Art. 70-G. Compete ao Ministério da Justiça estabelecer os
procedimentos necessários à execução da campanha do desarma- 10.826, de 2003.
mento e ao Departamento de Polícia Federal a regularização de Parágrafo único. As receitas destinadas ao SINARM serão
armas de fogo. (Redação dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011) recolhidas ao Banco do Brasil S.A., na conta “Fundo para Apa-
relhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia
Art. 70-H. As disposições sobre entrega de armas de que tra- Federal”, e serão alocadas para o reaparelhamento, manutenção
tam os arts. 31 e 32 da Lei no 10.826, de 2003, não se aplicam às e custeio das atividades de controle e fiscalização da circulação
empresas de segurança privada e transporte de valores. (Incluído de armas de fogo e de repressão a seu tráfico ilícito, a cargo da
pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).
Didatismo e Conhecimento 16
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, a partir da publi- §3º - VETADO - A Secretaria de Justiça fará a distribuição das
cação deste Decreto, os processos de doação, em andamento no cédulas de identificação, constituindo-se crime de responsabilida-
Comando do Exército, das armas de fogo apreendidas e recolhidas de o desvio de suas concessões.
na vigência da Lei no 9.437, de 20 de fevereiro de 1997.
Art. 3º - VETADO - Ao Agente Penitenciário será permitido
Art. 76. Este Decreto entra em vigor na data de sua publica- o livre acesso aos locais destinados á exibição de espetáculos e
ção. diversões públicas.
Art. 77. Ficam revogados os Decretos nos 2.222, de 8 de maio Art. 4º - As atividades desempenhadas pelos ocupantes de car-
de 1997, 2.532, de 30 de março de 1998, e 3.305, de 23 de dezem- go/função de Agente Penitenciário são consideradas de permanen-
bro de 1999. te risco de vida e de saúde.
Brasília, 1º de julho de 2004; 183º da Independência e 116º
da República. Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Didatismo e Conhecimento 17
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de SEÇÃO II
Classificação que elaborará o programa individualizador da pena Da Assistência Material
privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório.
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado con-
sistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em higiênicas.
cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no
mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços
psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de
à pena privativa de liberdade. locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto fornecidos pela Administração.
ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social.
SEÇÃO III
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de Da Assistência à Saúde
liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminoló-
gico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de ca-
classificação e com vistas à individualização da execução. ráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico,
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser farmacêutico e odontológico.
submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de li- § 1º (Vetado).
berdade em regime semi-aberto. § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado
para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reve- outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
ladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher,
sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-
I - entrevistar pessoas; nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009)
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados,
dados e informações a respeito do condenado; SEÇÃO IV
III - realizar outras diligências e exames necessários. Da Assistência Jurídica
Art. 11. A assistência será: Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no
I - material; sistema escolar da Unidade Federativa.
II - à saúde;
III -jurídica; Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com forma-
IV - educacional; ção geral ou educação profissional de nível médio, será implantado
V - social; nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua uni-
VI - religiosa. versalização. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015)
Didatismo e Conhecimento 18
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios
sistema estadual e municipal de ensino e será mantido, adminis- da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho;
trativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do pre-
recursos destinados à educação, mas pelo sistema estadual de jus- so, do internado e da vítima.
tiça ou administração penitenciária. (Incluído pela Lei nº 13.163,
de 2015) SEÇÃO VII
§ 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas Da Assistência Religiosa
cursos supletivos de educação de jovens e adultos. (Incluído pela
Lei nº 13.163, de 2015) Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a parti-
incluirão em seus programas de educação à distância e de utiliza- cipação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem
ção de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às como a posse de livros de instrução religiosa.
presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cul-
tos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a partici-
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de ini-
par de atividade religiosa.
ciação ou de aperfeiçoamento técnico.
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional
SEÇÃO VIII
adequado à sua condição. Da Assistência ao Egresso
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de con- Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
vênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
ou ofereçam cursos especializados. II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação,
em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias prorrogado uma única vez, comprovado, por declaração do assis-
de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. tente social, o empenho na obtenção de emprego.
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (Incluído
pela Lei nº 13.163, de 2015) Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; (Incluído I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da
pela Lei nº 13.163, de 2015) saída do estabelecimento;
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio II - o liberado condicional, durante o período de prova.
e o número de presos e presas atendidos; (Incluído pela Lei nº
13.163, de 2015) CAPÍTULO IV
III - a implementação de cursos profissionais em nível de ini- Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina
ciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de presos e presas SEÇÃO I
atendidos; (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) Dos Deveres
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo;
(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais
V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacio- inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da
nal de presos e presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) pena.
Didatismo e Conhecimento 19
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
SEÇÃO II Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa
Dos Direitos e anterior previsão legal ou regulamentar.
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integri- física e moral do condenado.
dade física e moral dos condenados e dos presos provisórios. § 2º É vedado o emprego de cela escura.
§ 3º São vedadas as sanções coletivas.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
I - alimentação suficiente e vestuário; Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; da pena ou da prisão, será cientificado das normas disciplinares.
III - Previdência Social;
IV - constituição de pecúlio; Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa de
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o traba- liberdade, será exercido pela autoridade administrativa conforme
lho, o descanso e a recreação; as disposições regulamentares.
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artís-
ticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a exe- Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o poder
cução da pena; disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a que esti-
ver sujeito o condenado.
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, so-
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade representará
cial e religiosa;
ao Juiz da execução para os fins dos artigos 118, inciso I, 125, 127,
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos SUBSEÇÃO II
em dias determinados; Das Faltas Disciplinares
XI - chamamento nominal;
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, mé-
individualização da pena; dias e graves. A legislação local especificará as leves e médias,
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; bem assim as respectivas sanções.
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em de- Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspon-
fesa de direito; dente à falta consumada.
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspon-
dência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de
comprometam a moral e os bons costumes. liberdade que:
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem
pena da responsabilidade da autoridade judiciária competente. (In- ou a disciplina;
cluído pela Lei nº 10.713, de 2003) II - fugir;
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a
poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do integridade física de outrem;
diretor do estabelecimento. IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medi- VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do
da de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção. artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefô-
Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de con- nico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros
presos ou com o ambiente externo. (Incluído pela Lei nº 11.466,
fiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambu-
de 2007)
latorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que
acompanhar o tratamento.
couber, ao preso provisório.
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o
particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de
direitos que:
SEÇÃO III I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta;
Da Disciplina II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação
SUBSEÇÃO I imposta;
Disposições Gerais III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do ar-
tigo 39, desta Lei.
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na
obediência às determinações das autoridades e seus agentes e no Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui
desempenho do trabalho. falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da
pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso pro- sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes
visório. características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Didatismo e Conhecimento 20
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo I - serviços de conservação, limpeza, informática, copeira-
de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, gem, portaria, recepção, reprografia, telecomunicações, lavanderia
até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº e manutenção de prédios, instalações e equipamentos internos e
10.792, de 2003) externos; (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso.
10.792, de 2003) (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, § 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e fisca-
com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) lização do poder público. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para § 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão compreen-
banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) der o fornecimento de materiais, equipamentos, máquinas e profis-
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abri- sionais. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
gar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros,
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e
que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabe-
coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas as ativi-
lecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de
dades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente:
2003)
(Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015).
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferen- I - classificação de condenados; (Incluído pela Lei nº 13.190,
ciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fun- de 2015).
dadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, II - aplicação de sanções disciplinares; (Incluído pela Lei nº
em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela 13.190, de 2015).
Lei nº 10.792, de 2003) III - controle de rebeliões; (Incluído pela Lei nº 13.190, de
2015).
TÍTULO IV IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hos-
Dos Estabelecimentos Penais pitais e outros locais externos aos estabelecimentos penais. (Incluí-
CAPÍTULO I do pela Lei nº 13.190, de 2015).
Disposições Gerais
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condena- sentença transitada em julgado.
do, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os
egresso. seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, se- I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
rão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condi- (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
ção pessoal. (Redação dada pela Lei nº 9.460, de 1997) II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar estabe- ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
lecimentos de destinação diversa desde que devidamente isolados. III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções
diversos dos apontados nos incisos I e II. (Incluído pela Lei nº
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, 13.167, de 2015)
deverá contar em suas dependências com áreas e serviços desti- § 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Ad-
nados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática ministração da Justiça Criminal ficará em dependência separada.
esportiva. § 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os
seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes uni-
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equipara-
versitários. (Renumerado pela Lei nº 9.046, de 1995)
dos; (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos
dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei nº
filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de 13.167, de 2015)
idade. (Redação dada pela Lei nº 11.942, de 2009) III - primários condenados pela prática de crimes cometidos
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo de- com violência ou grave ameaça à pessoa; (Incluído pela Lei nº
verão possuir, exclusivamente, agentes do sexo feminino na segu- 13.167, de 2015)
rança de suas dependências internas. (Incluído pela Lei nº 12.121, IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou con-
de 2009). travenções em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III.
§ 4o Serão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
ensino básico e profissionalizante. (Incluído pela Lei nº 12.245, § 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psico-
de 2010) lógica ameaçada pela convivência com os demais presos ficará se-
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. (In- gregado em local próprio. (Incluído pela Lei nº 13.167, de 2015)
cluído pela Lei nº 12.313, de 2010).
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação compatí-
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as ativi- vel com a sua estrutura e finalidade.
dades materiais acessórias, instrumentais ou complementares de- Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal e
senvolvidas em estabelecimentos penais, e notadamente: (Incluído Penitenciária determinará o limite máximo de capacidade do esta-
pela Lei nº 13.190, de 2015). belecimento, atendendo a sua natureza e peculiaridades.
Didatismo e Conhecimento 21
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Jus- Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento
tiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas em outra coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo único,
unidade, em estabelecimento local ou da União. do artigo 88, desta Lei.
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento penal Parágrafo único. São também requisitos básicos das depen-
em local distante da condenação para recolher os condenados, dências coletivas:
quando a medida se justifique no interesse da segurança pública ou a) a seleção adequada dos presos;
do próprio condenado. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele poderão individualização da pena.
trabalhar os liberados ou egressos que se dediquem a obras públi-
cas ou ao aproveitamento de terras ociosas. CAPÍTULO IV
§ 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade Da Casa do Albergado
administrativa definir o estabelecimento prisional adequado para
abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de
aos requisitos estabelecidos. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limi-
tação de fim de semana.
CAPÍTULO II
Da Penitenciária Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, separado
dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de obstáculos físicos contra a fuga.
reclusão, em regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Fede- Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do Al-
ral e os Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas, ex- bergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para acomodar
clusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em os presos, local adequado para cursos e palestras.
regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os
termos do art. 52 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que con- CAPÍTULO V
terá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Do Centro de Observação
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames
aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à exis- gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à
tência humana; Comissão Técnica de Classificação.
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas
criminológicas.
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a peniten-
ciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturien- Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade
te e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e autônoma ou em anexo a estabelecimento penal.
menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança
desamparada cuja responsável estiver presa. (Redação dada pela Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Téc-
Lei nº 11.942, de 2009) nica de Classificação, na falta do Centro de Observação.
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche
referidas neste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) CAPÍTULO VI
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as di- Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
retrizes adotadas pela legislação educacional e em unidades autô-
nomas; e (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistên- destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no artigo
cia à criança e à sua responsável. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
2009) Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o dis-
posto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local
afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação. Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessá-
rios ao tratamento são obrigatórios para todos os internados.
CAPÍTULO III
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, se-
gunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital de Custó-
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se dia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com dependência
ao cumprimento da pena em regime semi-aberto. médica adequada.
Didatismo e Conhecimento 22
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
CAPÍTULO VII Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a
Da Cadeia Pública concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições
gerais e obrigatórias:
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de pre- I - permanecer no local que for designado, durante o repouso
sos provisórios. e nos dias de folga;
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados;
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia pú- III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização
blica a fim de resguardar o interesse da Administração da Justiça judicial;
Criminal e a permanência do preso em local próximo ao seu meio IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas ati-
social e familiar. vidades, quando for determinado.
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo será Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas,
instalado próximo de centro urbano, observando-se na construção de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade ad-
as exigências mínimas referidas no artigo 88 e seu parágrafo único ministrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim
desta Lei. o recomendem.
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe LEI Nº 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990.
a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz.
Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, in-
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o con- ciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providên-
denado que: cias.
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê
-lo imediatamente; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Con-
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajus-
tar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos
regime. tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pes- Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº
soas referidas no artigo 117 desta Lei. 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984)
Didatismo e Conhecimento 23
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segu-
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e rança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a
homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios
VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129,
§ 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando Art. 4º (Vetado).
praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e144
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da For- Art. 5º Ao art. 83 do Código Penal é acrescido o seguinte in-
ça Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em ciso:
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente “
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluí- Art. 83. ..............................................................
do pela Lei nº 13.142, de 2015) ........................................................................
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei V - cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de con-
nº 8.930, de 1994) denação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) reincidente específico em crimes dessa natureza.”
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art.
159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de Art. 6º Os arts. 157, § 3º; 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º; 213;
1994) 214; 223, caput e seu parágrafo único; 267, caput e 270; caput,
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela todos do Código Penal, passam a vigorar com a seguinte redação:
Lei nº 12.015, de 2009) “
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e Art. 157. .............................................................
4 ); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
o § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a
incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
........................................................................
VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de
1998)
Art. 159. ...............................................................
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput
§ 1º .................................................................
e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no9.677, de
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998)
§ 2º .................................................................
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de ex-
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
ploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. § 3º .................................................................
218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de ........................................................................
genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de
outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Art. 213. ...............................................................
Lei nº 8.930, de 1994) Pena - reclusão, de seis a dez anos.
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilí- Art. 214. ...............................................................
cito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetí- Pena - reclusão, de seis a dez anos.
veis de: (Vide Súmula Vinculante) ........................................................................
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 223. ...............................................................
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida ini- Pena - reclusão, de oito a doze anos.
cialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, Parágrafo único. ........................................................
de 2007) Pena - reclusão, de doze a vinte e cinco anos.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos ........................................................................
crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5
(dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três Art. 267. ...............................................................
quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá funda- ........................................................................
mentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada
pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 270. ...............................................................
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, .......................................................................”
terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em
caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte
11.464, de 2007) parágrafo:
Didatismo e Conhecimento 24
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
“ II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
Art. 159. .............................................................. III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
........................................................................ IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art.
§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do sequestra- V - estupro (art. 213 e sua combinação com o art. 223, caput
do, terá sua pena reduzida de um a dois terços.” e parágrafo único);
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no com o art. 223, caput e parágrafo único);
art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de
terrorismo. genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de ou-
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar tubro de 1956, tentado ou consumado.”
à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantela-
mento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados
Art. 3o Revogam-se as disposições em contrário.
nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213,
caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, Brasília, 6 de setembro de 1994; 173o da Independência e 106o
214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, to- da República.
dos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite
superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer
das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
Art. 10. O art. 35 da Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976, LEI FEDERAL Nº9.455/97 (DEFINE OS
passa a vigorar acrescido de parágrafo único, com a seguinte re- CRIMES DE TORTURA E DÁ OUTRAS
dação: PROVIDÊNCIAS).
“
Art. 35. ................................................................
Parágrafo único. Os prazos procedimentais deste capítulo se-
rão contados em dobro quando se tratar dos crimes previstos nos LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997.
arts. 12, 13 e 14.”
Define os crimes de tortura e dá outras providências.
Art. 11. (Vetado).
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
Art. 12. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Didatismo e Conhecimento 25
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transpor-
I - se o crime é cometido por agente público; tar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autori-
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador zação ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Reda- será submetido às seguintes penas:
ção dada pela Lei nº 10.741, de 2003) I - advertência sobre os efeitos das drogas;
III - se o crime é cometido mediante sequestro. II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou cur-
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou em-
so educativo.
prego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo
da pena aplicada. pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
ou anistia. dependência física ou psíquica.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipó- § 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo
tese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância
apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação,
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima antecedentes do agente.
brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição bra- § 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste arti-
sileira. go serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de
10 (dez) meses.
§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais,
1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do
República. consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a
que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamen-
te se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
LEI FEDERAL Nº11.343/06 (SISTEMA II - multa.
NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS § 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à dispo-
sição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, prefe-
SOBRE DROGAS – SISNAD): TÍTULO III - rencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.
CAPÍTULO III, DOS CRIMES – ARTS.27 AO
30; TÍTULO IV - CAPÍTULO II, DOS Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o
CRIMES – ARTS.33 AO 47. inciso II do § 6o do art. 28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da
conduta, fixará o número de dias-multa, em quantidade nunca in-
ferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois
a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de
um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Parágrafo único. Os valores decorrentes da imposição da
multa a que se refere o § 6o do art. 28 serão creditados à conta do
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Dro- Fundo Nacional Antidrogas.
gas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido,
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a exe-
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;
cução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o
estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao
disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
TÍTULO IV
TÍTULO III DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO
DAS ATIVIDADES DE PREVENÇÃO DO USO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS
INDEVIDO, ATENÇÃO E REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁ- CAPÍTULO II
RIOS E DEPENDENTES DE DROGAS DOS CRIMES
CAPÍTULO III
DOS CRIMES E DAS PENAS Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fa-
bricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,
Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser apli- transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar
cadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qual- a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem auto-
quer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor. rização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Didatismo e Conhecimento 26
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem
de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamen-
expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz to de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa.
consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conse-
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria
-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de lho Federal da categoria profissional a que pertença o agente.
drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:
que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proi-
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou con- bição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberda-
sente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem au- de aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
torização ou em desacordo com determinação legal ou regulamen- dias-multa.
tar, para o tráfico ilícito de drogas. Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumu-
§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de
lativamente com as demais, serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de
droga: (Vide ADI nº 4.274)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa, se o veículo refe-
(cem) a 300 (trezentos) dias-multa. rido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a
pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento aumentadas de um sexto a dois terços, se:
de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
prejuízo das penas previstas no art. 28. apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacio-
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as nalidade do delito;
penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pú-
a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente
blica ou no desempenho de missão de educação, poder familiar,
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades
guarda ou vigilância;
criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução
nº 5, de 2012) III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou ime-
diações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares,
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, ven- de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas,
der, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou for- esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de re-
necer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento cintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer na-
ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação, produção tureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em trans-
com determinação legal ou regulamentar: portes públicos;
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça,
1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa.
emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de difusa ou coletiva;
praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre
arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: estes e o Distrito Federal;
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adoles-
700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. cente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou supri-
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo in- mida a capacidade de entendimento e determinação;
corre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.
art. 36 desta Lei.
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntaria-
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes mente com a investigação policial e o processo criminal na identi-
previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
ficação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recupe-
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de
1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa. ração total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação,
terá pena reduzida de um terço a dois terços.
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organiza-
ção ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes pre- Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com pre-
vistos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei: ponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a nature-
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de za e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a
300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. conduta social do agente.
Didatismo e Conhecimento 27
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39
desta Lei, o juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, de-
terminará o número de dias-multa, atribuindo a cada um, segundo
as condições econômicas dos acusados, valor não inferior a um
trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes o maior salário-mínimo.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de cri-
mes serão impostas sempre cumulativamente, podem ser aumenta-
das até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusa-
do, considerá-las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.
Didatismo e Conhecimento 28