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Edição 1ª

REVISTA

CEEEC
2019/ ano I

Sumário
Um caminho para a inclusão
EDITORIAL............................

10 anos
..............................................
...1

DEPOIMENTOS DE

COMO TUDO COMEÇOU


Confira a história de fundação
do CEEEC pelos principais
idealizadores

CONHECENDO
AS DEFICIÊNCIAS
Desafios, possibilidades
e conquistas

UM CAMINHO PARA
INCLUSÃO
Escola, família, AEE e equipe
multiprofissional
Eu faço parte
Construtores da história
do CEEEC

ENCARTE COM JOGO: TRILHA DA INCLUSÃO


Sumário (provisório e ilustrativo)

ALUNOS...............................................3

ENFOQUE - Criação do CEEEC – Telma Jaíne Cardoso .................5


- Implantação de Centros de Educação Especial –
João Prazeres ..........................................................6
- Caminhos intercruzados na Educação Especial -
Jorge Adilson Gondim Pereira.......................................7

DESTAQUE - Trilhando caminhos para a inclusão – CEEEC


10 anos – Rosineide Costa Brito dos santos ...................8

EU FAÇO PARTE – CEEEC – 10 ANOS: Depoimentos.............12

CONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS: - Deficiência Auditiva.............16


- Deficiência Intelectual ..........19
- Deficiência Múltipla.............22
- Deficiência Visual................25
-TEA .................................28
- Tecnologias assistivas............31
- Serviço de itinerância............32
- Parceria CEEEC/Família/Escola..33
- Equipe Multiprofissional.............34
- Formação ........................35
- Núcleo de Arte:-artes manuais...36
-audiovisual........37
-coral..................38
- dança...............39

CEEEC EM MOVIMENTO: - Caminhada pela Inclusão...........40


- Semana da Pessoa com Deficiên-
cia.................................................41
- Oficinas nas escolas..................41
- Projetos internos.........................42
- Transformaê................................43
- FORCEE.......................................44

CEEEC EM PESQUISA-AÇÃO: - Resumos de artigos.............45

MURAL DO CEEEC – Produções dos alunos..........................46

MERCADO DE TRABALHO.....................................................47

RECURSOS PEDAGÓGICOS INCLUSIVOS.............................48

INFOGRÁFICO – Estrutura física do CEEEC..........................49

ENTREVISTA .........................................................................50

MEMÓRIA AFETIVA – Texto da Profª Eva..............................53


EDITORIAL

(anexar texto)
CEEEC, 10 ANOS!

Nesses dez anos, nós crescemos com o CEEEC!


Tecemos a nossa vida numa curva de lutas e esperanças.
Nesses dez anos, nós chegamos!
Cada um do seu jeito, do seu modo:
Persistente,
Menino, menina,
Carismático, envolvente...
Alegre,
Tímido,
Inseguro,
Intrigante, maduro...
Forte,
Entusiasta,
Contagiante,
Amoroso, fascinante...
Bom,
Inquieto,
Fervoroso,
Inocente,
Criativo, inteligente...
Nós chegamos ...
E as portas continuam se abrindo para nós!
Uma ciranda de acolhimento nos envolve!
Todo dia uma parceria é estabelecida entre o nosso desejo
e a motivação que precisamos.
E ficamos cheios dessa energia!!!!
Nesses dez anos,
Comemoramos toda a nossa vontade de continuar crescendo juntos...
De podermos ser mais....
Ser melhores...
Ser mais felizes ...
E assim,
Seguirmos escrevendo a nossa história...

Texto coreográfico produzido pela Profª Rose Costa e apresentado pela OFICINA DE DANÇA CEEEC por ocasião da
Caminhada em defesa dos direitos da Pessoa com Deficiência. Setembro / 2019.
Cartas ao CEEEC

Antes de 2011 eu tinha uma vida muito parada. Não sabia ler, assinar meu nome e
quase não saia de casa. Frequentava apenas a igreja com a família e algumas festas.
De 2011 para cá minha vida mudou completamente, para muito melhor. Hoje eu
assino meu nome, aprendi a ler e escrever em Braille, sei usar o notebook e o celular,
locomover com mais segurança através das técnicas de O.M que aprendi. O CEEEC
contribuiu muito comigo, posso até dizer que “comecei a viver” a partir do dia que
passei a frequentar esta escola. Fiz muitas amizades, participo dos eventos e do coral
da escola.

Aluna Luzia Maria da Silva, 65 anos – Núcleo de DV

Percebo que ouve uma grande mudança na minha vida depois que passei a frequentar o CEEEC. Houve uma evolução.
Tinha muita vontade de ter acesso as tecnologias como por exemplo usar o celular e o notbook. Hoje eu utilizo com
facilidade, facilitar a comunicação com os familiares, posso acessar muitas coisas no como youtube, google, “whatsapp”.
Quando tinha acesso a leitura em tinta eu gostava muito de ler, mas passei em bom tempo seu ler devido ao problema
visual. Com o aprendizado do Braille eu voltei a ler, que era meu maior sonho. Hoje tenho uma lista dos livros que já li
em Braille. Quanto a minha mobilidade melhorou muito. Antes eu batia demais nas coisas, me queimava e me cortava
muito. Com o aprendizado das técnicas de O.M aprendi a me proteger mais. Com o atendimento psicológico percebi
que estou mais solta, alegre...
O CEEEC me proporcionou mais independência.

Aluna Claudiane Gomes da Silva, 44 anos – Núcleo de DV

A educação especial está fazendo a maior diferença em minha vida.

Hoje, consigo me conectar nas redes sociais, ler livros em braille,

coisas que antes não me imaginaria fazendo.

O CEEEC é um lugar maravilhoso,

pois ele resgata a autonomia e capacidade de aprendizado de seus alunos,

que tem suas limitações, no meu caso é a deficiência visual.

Obrigada a todos os professores e funcionários por tanto carinho.

Aluna Ângela de Cássia de Araújo, 39 anos

- Núcleo de DV

Meu nome é Guilherme, gosto de vir


para o CEEEC porque faço trabalhos
divertidos e aula de informática.

Guilherme S. Bernardes Souza, 9 anos -


Núcleo de TEA
Tinha 6 anos quando comecei a frequentar o CEEEC. Era muito tímida.
Encontrei com outros surdos e aos poucos fui aprendendo que para
cada gesto que usava tinha um sinal referente. Não sabia nada de
Libras. Aprendi e aprendo muito aqui. Ah, meu nome é Natália e sou
surda.

Aluna Natália Santos Silva, 14 anos – Núcleo de Surdos

Eu sou Rodinei, tenho 32 anos e estou no CEEEC desde 2010, foi aqui
que eu comecei a melhorar a leitura e a escrita. O CEEEC é um lugar
que aprendi a conviver melhor com os colegas e as professoras que
são muito legais.
Gosto muito do núcleo de dança, do coral e dos filmes que participo.
O CEEEC é muito bom pra mim, pois aprendi a me soltar mais e
mandar a timidez embora. É um lugar de muita alegria, pois faço
muitas amizades. Valeu CEEEC, obrigada por tudo e por me fazer
feliz!
Aluno Rodinei Tony Nogueira dos Santos, 32 anos –
Núcleo de Deficiência Intelectual

O CEEEC é muito importante pra mim pois


já aprendi muitas coisas aqui, como: arte,
pinturas e atividades com jogos, gincanas, etc.
Eu gosto de estudar no CEEEC, de fazer amizades, de
Aluno Talisson Douglas F. Pereira, 20 anos
dançar e cantar e participar dos filmes (produção Núcleo de DI
audiovisual)!

Aluna Amanda Silva de Azevedo, 20 anos – Núcleo de


TEA

Gostei muito do CEEEC, tenho muita saudade e sinto falta daí. A minha experiência foi muito boa.
Com vocês aprendi bastante coisas que eu não sabia e que não conseguia fazer, isso tudo para
mim foi maravilhoso: os carinhos, os cuidados que vocês tinham comigo, as conversas com vocês
para tirar as dúvidas, as brincadeiras divertidas, as gincanas, as festinhas e de fazer amizade com
colegas, até hoje não esqueço deles que foram pessoas maravilhosas para mim. Só tenho a
agradecer. Muito obrigado e que Deus abençoe vocês. Um beijo no coração de cada um.

Aluno Marco Antônio Alves Souza, 16 anos. Núcleo de DI.


Sou Gislaine Oliveira. Sou surda e desde pequena convivi com a barreira comunicacional. Toda a comunicação era
por gestos. Em 2010, sabendo da existência do CEEEC, minha mãe me matriculou e aos poucos fui me adaptando
e aprendendo os sinais. A cada dia, eu ia construindo o conhecimento. Hoje aos 17 anos sou grata a eles porque
tenho fluência na Libras e meu desenvolvimento flui normalmente. Minha família também aprendeu muitos sinais
e temos uma comunicação mais tranquila. Quando cursava o Ensino Fundamental I minha tia Amanda era minha
colega e eu só sabia copiar. Não entendia nada que a professora ensinava, mas era aprovada porque ela ficava com
pena de mim. Na quarta série, a professora conversou com minha mãe e concordaram que eu poderia ser
reprovada. No ano seguinte, tive uma colega que me ajudou bastante, Gisele, mas a comunicação era por gestos.
Os anos se passaram e alguns intérpretes de Libras me acompanharam possibilitando a acessibilidade
comunicacional e consequentemente o desenvolvimento educacional. Também minha amiga Leia se interessou em
aprender Libras para me ajudar. Sempre ensinava sinais para ela e hoje conversamos normalmente na língua de
sinais. Na falta do intérprete, ela me auxilia na sala de aula. Em 2018, tive intérprete por alguns meses, mas, o
governo estadual não responsabilizou para arcar com esse profissional e ele não pode continuar. 2019, a luta
continua! Tem sido muito difícil para mim sem a presença de um intérprete /tradutor de Libras. A acessibilidade
comunicacional para o surdo é fundamental. Percebo que alguns professores se esforçam bastante para me ajudar,
mas tem sido difícil para eles também. Sempre vou a direção exigir meus direitos, mas infelizmente o governo tem
se esquivado de sua reponsabilidade. Divulguei em facebook e site sobre a situação da falta de intérprete, mas até
o momento nenhuma resposta satisfatória. Tenho me esforçado muito para conseguir seguir em frente, porque o
meu sonho é fazer uma faculdade de matemática. Quero agradecer o esforço que minha amiga Leia tem feito.
Geralmente deixa seus afazeres escolar e familiar para ser a ponte de comunicação entre mim e os ouvintes!
Obrigada minha amiga! Obrigada ao CEEEC! Obrigada a todos professores e intérpretes! Gratidão!

Aluna Gislaine Oliveira Batista, 18 anos –

Núcleo de Surdos

O CEEEC na minha vida

O CEEEC representa tudo para mim, como por exemplo, os


estudos que os professores me dão e os colegas que faz de mim
uma pessoa muito feliz e alegre só de viver muitas coisas aqui
dentro de uma escola muito especial.
Aqui eu posso aprender muitas coisas como: fazer uma
apresentação nos dias de final de ano.

Aluna Valéria Rosa Ramos,24 anos – Núcleo de DI

Gosto muito do CEEEC, do atendimento


porque me divirto e faço amigos. Gosto dos
colegas e professores, da merenda, gosto de
dançar, fazer atividades, participar do filme
(produção audiovisual), gosto de contar
história e cantar!

Aluna Maria Aparecida dos Santos Vieira, 23


anos – Núcleo de DI
CEEEC 10 anos - Eu faço Parte
Os protagonistas
(anexar mais fotos)
ENFOQUE

Criação do CEEEC
Telma Jaíne Cardoso - Gestora do CEEEC

O Colégio Estadual Professora Ielita Neves Cotrim Silva foi Em março de 2009, com muitas dificuldades e limitações,
criado em 2001 e contava com número significativo de tais como: número reduzido de funcionários e professores,
alunos, entretanto, ao longo dos anos houve uma queda escassez de recursos financeiros e materiais didático-
significativa de matrículas. Diante dessa situação, em pedagógicos, iniciamos as atividades ofertando
2008, a instituição vivenciou um processo de atendimento educaional especializado para pessoas com
autoavaliação, discussões e debates com a comunidade deficiência, transtorno do espectro autista – TEA,
escolar, representantes da Diretoria Regional de educação transtornos específicos da apendizagem e altas
– DIREC/24 e da Secretaria de Educação do Estado da habilidades/superdotação, objetivando a efetiva inclusão.
Bahia, visando a otimização e a ressignificação do espaço Em 2010, todo o espaço físico foi adaptado e reetruturado,
físico da instituição de ensino que estava subutilizado. com as adequações das salas de atendimento, banheiros,
Inicialmente, contamos com o então, Coordenador de rampas, corrimões, instalação de piso tátil, sinalização
Educação Especial do Estado da Bahia, João Prazeres, e sonora, tátil e visual, garantindo aos estudantes a
sugerimos a implantação de Salas de recursos acessibilidade arquitetônica.
Multifuncionais no referido espaço. No entanto, ele não Atualmente, o CEEEC atende uma média de 140 alunos,
atendeu ao nosso pedido e apresentou uma sem limite de idade, provenientes de vários contextos e
contraproposta: a criação do Centro de Educação Especial. classes sociais.
proposta que nos deixou felizes, otimistas, mas ao mesmo O CEEEC como instituição pública, mantida pela
tempo, apreensivos, não sabíamos direito a dimensão Secretaria de Educação do Estado da Bahia, se propõe a
desse projeto. era algo novo na Bahia, estava iniciando o ofertar o Atendimento Educacional Especializado – AEE,
processo de implantação dos centros no interior do Estado. Por se tratar de um serviço especializado, oferta de
A partir daí, dialogamos com a comunidade escolar, recursos humanos, técnicos, tecnológicos, físicos e
visitamos instituições em alguns municípios que materiais com o objetivo de possibilitar o acesso e a
trabalhavam com o público alvo da Educação Especial e complementação e/ou suplementação do currículo comum
estudamos muito sobre a temática. Os estudos e debates ao estudante.
culminaram na elaboração de uma nova proposta Ao contrário das escolas de ensino comum que
pedagógica, tendo como foco a Educação Especial e normalmente atendem a população do seu bairro e/ou
Inclusiva, ofertando o Atendimento Educacional imediações, o CEEEC recebe alunos de vários pontos da
Especializado – AEEMesmo com a resistência da maioria cidade e imediações, inclusive cidades vizinhas ( desde que
dos professores, um pequeno grupo de profissionais não tenham Atendimento Educacional Especializado
aceitou o desafio proposto, devido à carência de serviços nessa área, em seu local de origem). Ao longo de sua
de AEE e a dimensão educacional e social de tal projeto trajetória, o CEEEC foi pioneiro, ousou e está construindo
para a região muito. No entanto, tem a exata dimensão de que por
participar de um processo, muito há ainda por ser feito.
Implantação de Centros de
Educação Especial
Professor João Prazeres não pararam por aí, juntamente com a minha equipe sempre
Coordenador de Educação Especial da SEC- BA pensando no melhor para os profissionais do (AEE) e os
(Período - 2007 a 2012) estudantes com necessidades educacionais especiais,
realizamos projetos de formação com recursos do plano de
ação articulada (PAR) nas diversas áreas da Educação
Especial em várias regiões do Estado da Bahia.
Seguimos implantando novos Centros de Educação Especial.
A região sudoeste sempre apresentou uma carência de
políticas públicas que contemplasse formação de
profissionais na área de educação especial, preocupado com
essa realidade, fui até diretoria regional de educação de
Caetité e em entendimento com o diretor e sua equipe, fomos
visitar a escola Ielita Neves Cotrim Silva que estava para ser
Muito antes de assumir a Coordenação de Educação Especial, extinta. Logo fiz a proposta para implantação de um Centro
participei do movimento social de pessoas com deficiência, de Educação Especial na referida unidade, sendo aceito a
não limitando minha participação em Salvador e Região proposta pela diretoria Regional, começamos o processo de
Metropolitana tendo como meta fortalecer o movimento e reuniões envolvendo direção e profissionais que atuavam na
conscientizar o seguimento de pessoas com deficiência sobre unidade, começando os primeiros passos para efetivação do
seus direitos enquanto cidadãos. Criando instituições em Centro de Educação Especial de Caetité. Vale ressaltar a
diversas regiões do Estado da Bahia. compreensão e a sensibilidade de toda comunidade que
Em 2007 assumindo a coordenação de Educação Especial da participou da construção desse processo, entendendo a sua
Secretaria de Educação do Estado da Bahia, busquei importância para toda Região.
desenvolver ações que contemplassem as pessoas com Fiquei muito feliz na condição de coordenador de educação
deficiência, focando as ações no atendimento educacional especial por ter conseguido implantar alguns Centros de
especializado, intensificando a implantação de salas de Educação Especial em diversas Regiões do estado da Bahia,
recursos multifuncionais e novos Centros de Atendimento podendo contribuir para garantia de oportunidades das
educacional especializado. pessoas com necessidades Educacionais Especiais atendidas
Uma das primeiras ações como coordenador de Educação pelos referidos Centros que apesar das dificuldades
Especial foi a realização de um seminário, através de vídeo enfrentadas, seus gestores e toda equipe de profissionais
conferência onde foi discutido a proposta de implantação de realizam um trabalho de qualidade fazendo a diferença em
uma Rede de Educação Especial, envolvendo as Instituições cada região. Posso afirmar que foi um grande momento de
Especializadas, os Centros de Educação Especial, as prazer e alegria ter ido a Caetité no dia 9 de março do ano de
Universidades Públicas e Privadas, as diretorias Regionais de 2009 juntamente com Secretário de Educação da época para
Educação e Instituições Afins. Importante enfatizar que para inaugurarmos o Centro Estadual de Educação Especial de
essa ação, contei com total apoio de meus Auxiliares e toda Caetité com a presença e participação de toda equipe da
equipe da SEC e do Instituto Anísio Teixeira (IAT). Diretoria Regional de Educação, Gestores, Professores,
Na condição de coordenador de Educação Especial, e ser uma profissionais de apoio do Centro, familiares de pessoas com
pessoa com deficiência, a minha intenção foi de oferecer deficiência, pessoas com deficiência e a comunidade em geral.
formação aos profissionais do (AEE) condições de trabalho, Neste período na coordenação de educação especial, sempre
que atendesse as necessidades do público alvo, garantindo- pensando em oferecer condições para que as pessoas com
lhes igualdades de direitos, condições de aprendizagem, deficiência do estado da Bahia, pudesse ter oportunidade de
respeitando os limites e possibilidades de cada um.As ações desenvolver suas habilidades através de profissionais
devidamente habilitados para o atendimento do (AEE), foi para que as ações fossem realizadas, posso afirmar que não
firmado um convênio entre a Secretaria de Educação do realizei todos os projetos idealizados por mim e toda a equipe,
Estado da Bahia e a UNEB para formação de 160 mas tenho a convicção de que tentei fazer o melhor para o
especialistas, para atuarem nos centros de educação especial, bem estar dos milhares de crianças, jovens e adultos com
nas salas de recursos multifuncionais e instituições deficiência do nosso estado. Sou grato a todos que
especializadas. contribuíram direto e indiretamente para que os a
Quero ressaltar que não fiz nada sozinho, sempre trabalhei Coordenação de Educação Especial cumprisse o seu papel
com apoio da minha equipe, com os centros, com as como um órgão da estrutura da Secretaria de Educação do
instituições e diversos parceiros que muitos contribuíram Estado da Bahia.
relativas à educação especial na 1ª Conferência Regional
Caminhos intercruzados na
de Educação promovida pela Direc – 24 no ano de 2007.
Educação Especial Neste evento, tivemos a participação do Coordenador de
Educação Especial da Secretaria de Educação, o
professor João Prazeres, que nos falou sobre a proposta
de implantação de centros estaduais de referência para
produzir atendimento, formação e suporte aos alunos
especiais matriculados na rede regular de ensino.
A proposta foi recebida com bastante entusiasmo por
nós da DIREC-24 e pela equipe gestora do então Colégio
Estadual Professora Ielita Neves Cotrim Silva em vias de
ser extinto.
Após a oficialização da sua criação em 2009, o trabalho
de implantação foi bastante árduo e teve a DIREC, os
gestores e professores do CEEEC como protagonistas.
Dos cerca de 25 professores integrantes do antigo
Colégio Ielita, somente ao permaneceram, impondo à
Jorge Adilson Gondim Pereira
nós a imperiosa missão de nutrir a nova escola com
professores e funcionários.
Professor e Ex-diretor da DIREC-24 (2007/2011)
Em retrospectiva, entendemos ter sido, não só válido,
mas, necessário o esforço empreendido por nós à favor
Falar brevemente da minha participação em relação à
da Educação Especial de Caetité. Hoje, a comunidade
implantação do CEEEC – Centro Estadual de Educação
territorial, em que pese os limites ainda enfrentados
Especial de Caetité é motivo de muita honra e gratidão.
pela educação pública, goza dos benefícios deste
Num contexto social em que a memória cultural e
relevante estabelecimento. Portanto, parabenizamos e
educacional se perde progressivamente, lançar uma
desejamos vida longa ao CEEEC!
revista comemorativa aos dez anos desta instituição,
contando suas histórias de resistência e trabalho
docente voltado para os alunos especiais é fato digno de
louvor.
Nesse sentido, queremos parabenizar aos gestores,
professores, auxiliares, servidores administrativos e de
apoio que dão vida à essa escola, que ajudaram a
implantá-la e a consolidá-la como uma instituição
respeitada socialmente em virtude do que produz
pedagogicamente.
Os meus caminham se intercruzaram com a educação
especial assim que assumi o cargo de diretor da
Diretoria Regional de Educação (DIREC-24). Naquela
época, me foi solicitado pela Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais (APAE), professores para
atuarem na escola mantida pela referida associação em
Caetité. A solicitação foi atendida com a disposição de
professores excedentes das escolas estaduais.
A ideia de instalar um Centro Estadual de Educação
Especial em Caetité surgiu a partir das demandas
Depoimentos:

Profª Albertina Mª
Silveira F. Pereira

Comecei a trabalhar como professora alfabetizadora em diversos setores da área de Educação Especial, pois,
ainda muito jovem, na Escola Estadual Professor Waldir seria o caminho necessário para ingressar no mundo das
Cardoso, em Caetité. Dez anos depois, assumi a direção pessoas com deficiência. Abracei a causa! Por ter
da mesma, permanecendo por aproximadamente nove habilidades com as artes e, devido a necessidade do uso
anos. Logo após, fui convidada a assumir a coordenação de recursos adaptados para os alunos da instituição, fui
do Programa Ciclo Básico de Aprendizagem –CBA trabalhar no núcleo de adaptação e produção de
atendendo a todos os municípios jurisdicionados à materiais específicos visando um melhor desempenho
Direc/24. Foi um período de experiências valiosas para dos alunos durante o atendimento pedagógico. Apesar de
meu crescimento profissional. atender à demanda da instituição, meu trabalho era mais
Com o surgimento dos Projetos Estruturantes AVE/TAL direcionado aos alunos do Núcleo Visual. Nesse ínterim,
e FACE recebi a proposta para fazer parte da equipe de pude perceber quão significativo foi poder contribuir
coordenação de tais projetos. Por me identificar demais para o processo de inclusão dessas pessoas com quem
com trabalhos artísticos, abracei a causa com tanto aprendi, no convívio diário, mostrando-me que a
determinação e entusiasmo. Etapa essa da minha vida vida tem seus desafios, mas também possibilidades.
que fez desabrochar os talentos artísticos que estavam Tudo isso fez com que eu me tornasse, a cada dia, um
intrínsecos em mim e anseiavam ser compartilhados, ser humano mais sensível e defensor na luta das pessoas
para que pudessem despertar em outros, talentos das com deficiência.
artes visuais e musicais que talvez não soubessem que Agora como professora aposentada, ainda me vem à
possuíam. Foram momentos gratificantes e ímpares! lembrança os bons momentos de dedicação,
Após alguns anos fui removida para o Colégio Estadual concentração e amor ao confeccionar cada material, pois
Profª Ielita como professora de Língua Portuguesa. Atuei sabia o quanto iria facilitar o aprendizado de cada aluno.
nessa área até quando surgiu a proposta de transformá- Contudo, afastada das atividades que desenvolvia, não
lo no Centro de Educação Especial. Confesso que temi o deixei de acreditar numa educação inclusiva, onde todos
desafio de enfrentar essa nova realidade, porém, com o tenham a oportunidade de ter uma vida mais justa e
apoio dos colegas e gestorfui em busca de conhecimento igualitária.
reconheço que as pessoas com deficiência são
Edna Teixeira Silva –
capazes de aprender e realizar inúmeras coisas das
Funcionária quais duvidava. Além disso, acredito que, graças ao
contato com essas pessoas me tornei um ser humano
melhor e, por isso, sou grata pela oportunidade de
viver essa experiência ímpar em minha vida.

NAYARA LAVINE –
Sou Edna Teixeira, moro em Caetité, sou INSTRUTORA SURDA
funcionária pública e trabalho na instituição CEEEC
desde 11 de julho 2005. Quando fundou o CEEEC já
trabalhava aqui. Minha função é a de serviços gerais,
ou seja, promover a limpeza da escola para acolher
bem os alunos. Gosto de participar e de contribuir
no processo de inclusão proporcionado pelo Centro
para o progresso da educação especial. Sinto me
honrada em fazer parte desta maravilhosa equipe.
Olá tudo bem? Sou Nayara Lavine. Vou contar
Adoro o que faço. É a minha alegria trabalhar nesse
minha experiência no Centro Estadual de Educação
espaço, que é muito importante para muitas
Especial de Caetité – CEEEC, mas antes vou relatar
crianças e adultos que tem deficiência. Amo! Eles
um pouco da minha história. Quando criança
são especiais para todos nós. Obrigada meu Deus
estudava em Caetité e na escola não havia intérprete
por me dar a oportunidade de fazer parte desta
de Libras e, para mim, a professora só mexia a boca
maravilhosa equipe.
e eu não entendia nada. Uma colega ouvinte que
sentava ao meu lado, me ajudava. O tempo foi
Juliana Junqueira Aguiar – passando e eu conclui o ensino Fundamental I, mas
não queria continuar estudando porque não tinha
Funcionária acessibilidade. Então, aos 19 anos de idade, minha
mãe entrou em contato com a Escola Idalice Nunes
em Guanambi e fiquei feliz por saber que iria
aprender Libras. Foi lá que tive minha primeira
experiência com a língua de sinais. Logo que cheguei
Trabalhei em uma creche municipal durante sete na instituição, os surdos conversavam comigo, mas
anos até que vieram as mudanças, e então, fui eu não entendia. Aos poucos fui aprendendo e meu
informada que iria trabalhar numa nova escola, o desenvolvimento e compreensão foi ampliando,
Centro Estadual de Educação Especial de Caetité - pois, até então, só usava gestos e mímicas. Eu ia e
CEEEC. A partir daí surgiram as inquietudes, pois voltava de Guanambi todos os dias. Era muito
pensava o tempo todo como seria essa nova cansativo. Minha mãe sempre me apoiava e também
experiência, já que trabalharia com um público exigia muito de mim. Minhas irmãs Laís e Eny me
diferente, pessoas com deficiência. Assim, em 2009 ajudavam nas atividades escolares, mas nem sempre
mergulhei nesse novo universo, mesmo sem saber o ficava claro para mim.
que me esperava. Aos poucos fui descobrindo como
é interessante e maravilhoso trabalhar com essas Em 2009 foi fundado o CEEEC e minha mãe ficou curiosa
pessoas, e como os alunos especiais têm muito para para saber como funcionava. Conversou com a diretora e
nos ensinar. Com eles fiz novas descobertas e posso logo percebi que o atendimento era por especialidade, ou
afirmar que aprendo muito, todos os dias. Hoje seja, por núcleos. Encontrei Vanessa, Hayala, Alex,
Edinéia, surdos que já conhecia há alguns anos. Comecei Atualmente quem desenvolve esta função é a professora
a frequentar e a professora Eva Alzira me auxiliava no Ana Marta
apoio pedagógico e Thiago nas aulas de Libras.
Agora, 2019, estou muito feliz porque trabalho como
Em outro momento, com a professora Cynara eu tinha instrutora surda nessa instituição e ajudo alunos surdos
aula de português como segunda língua. Eu me recordo que vem dos distritos e da sede. Sinto que sou referência
que nesta época, nós surdos produzíamos apresentações surda para eles ensinando-lhes a
teatrais, músicas e passeios temáticos. Foi ótimo! cultura e identidade surda, a valorização do ser Surdo e a
Aos 24 anos fiz meu primeiro vestibular, mas não fui importância de fazer parte de uma comunidade surda.
aprovada, continuei frequentando o CEEEC. Em 2012 fiz Ensino a língua própria do surdo a LIBRAS e o ensino é
o concurso da prefeitura de Caetité, e a professora Eva diferenciado da segunda língua - português L2, porque é
atuou como intérprete e fui aprovada. Fiquei muito feliz. a primeira língua dos surdos - L1. O contato e interação
Sou grata ao CEEEC, que foi importante para mim na de surdos com outros surdos é fundamental para a
troca de experiências e na construção de novos fluência da língua. Obrigada equipe do CEEEC.
conhecimentos.

ALEX PEREIRA ALVES

ALUNO

Eu sou Alex Pereira, sou surdo e resido em Caetité. Vou fazia o atendimento de apoio pedagógico. Retornei aos
contar um pouco da minha história. Quando era criança estudos no Colégio Estadual Seminário São José no turno
estudava na Escola que ficava no Centro Social e Lavine era noturno e, concluindo o Ensino Fundamental II ingressei no
minha colega. Ela me ajudava muito. Era muito difícil porque CETEP para cursar o curso Técnico em Administração. Foi
a professora só oralizava e nós não entendíamos nada. um período de grande aprendizado contabilizando também
Ninguém sabia Libras. Aos 19 anos de idade tive contato com os três estágios realizados durante o curso. O terceiro estágio
a Libras e comecei a desenvolver e aprender muitas coisas ocorreu no NTE/13 e foi o mais significativo na construção de
novas. Em 2009, após a criação do CEEEC, comecei a conhecimento específico da área. Conclui o Ensino Médio em
frequentar e Thiago ensinava Libras e a professora Eva Alzira 2016 e sou grato ao CEEEC pelo incentivo e apoio.
Custódia Rosa de Carvalho – Mãe de toda a minha família. Lucas é um menino
extremamente inteligente, amoroso, criativo,
aluna espetacular, e o C E E E C soube reconhecer suas
dificuldades, e valorizar o que ele tem de melhor.

Quando eu soube da possibilidade de meu filho Lucas


estudar em uma escola, meu coração ficou repleto
de alegria e esperança. Quando Lucas ingressou no
Centro Estadual de Educação Especial de Caetité -
CEEEC, todos da escola me receberam com maior
carinho do mundo. Como mãe, vi a alegria de
meu filho compartilhar vivências do novo e
aprendendo como toda criança tem o direito.
Foi maravilhoso! As professoras e a diretoria nos
acolheram com maior carinho. “Tia C y mone” foi
tão especial que passou a ser uma pessoa próxima
e Lucas a considera como membro da família. O
Ceeec foi fundamental para que Lucas também
ingressasse na escola regular.
Isso foi um avanço enorme porque sabemos que
havia uma grande barreira para o acolhimento da
criança especial. Tive muitas dificuldades em
escolas regulares porque nem sempre diretores e
professores tinham o preparo para acolher Lucas e
ajudar a nossa família. Isso me fez chorar algumas
vezes, mas eu não desisti e com ajuda do Ceeec,
eu, Lucas e nossa família superamos muitas
dificuldades. Mas também tiveram escolas do ensino
regular que nos receberam com muito amor, e os
colegas de meu filho Lucas foram tão especiais.
Muitos coleguinhas de Lucas o olhavam com carinho
e amizade, sem indiferença. O inaceitável era
adultos instruídos dificultarem a permanência de
Lucas no ensino regular. Sabemos que existem
dificuldades, pois nossos filhos especiais necessitam
de uma atenção maior. Contudo isso não impede a
escola de fazer a adaptação necessária. Voltando ao
C e e e c , quero deixar aqui, meu agradecimento
por ser tão importante para meu filho e para
DESTAQUE

Trilhando caminhos para a


inclusão – CEEEC 10 anos

( anexar texto)
CONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS

DEFICIÊNCIA AUDITIVA – SURDOS

Recuso-me a ser considerada excepcional, deficiente. Não sou. Sou surda. Para mim, a língua de sinais
corresponde à minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente, nada me falta. É a sociedade que
me torna excepcional... (Emmanuelle Laborrit, O Vôo da gaivota)

Todos nós somos diferentes e únicos e, aceitar o outro a falta de ambientes e materiais acessíveis nos contextos
em sua singularidade, requer conhecimento sobre sua escolar,
história, luta e resiliência. Para os surdos, não é familiar e social levando-os a exclusão de informações
diferente: quanto mais estudamos sobre eles, mais que acontece em seu entorno.
entendemos a complexidade da inclusão e a urgência de
mudanças de paradigmas.
Considera-se pessoa surda, aquela que por ter perda
auditiva, compreende e interage com o mundo por meio
de experiências visuais e manifesta sua cultura
principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais
– Libras1. Visto dessa forma, a compreensão do ser
surdo distancia-se da concepção clínica de deficiência,
que necessita de reabilitação, e busca se aproximar de
uma concepção socioantropológica do sujeito, que
considere a sua individualidade, sua identidade e sua Assim, o Atendimento Educacional Especializado - AEE
cultura. na área de surdez do CEEEC, considera todos esses
A comunicação é uma das principais barreiras fatores e busca oferecer um serviço que tenha como
enfrentadas pela pessoa surda, e mesmo com o pilar o uso da Libras. O objetivo do serviço prestado é de
reconhecimento da Libras, os surdos, em sua maioria, viabilizar uma comunicação mais efetiva, favorecer o
enfrentam dificuldades no seu dia-a-dia por falta de desenvolvimento acadêmico e a inclusão social. O
acessibilidade comunicacional e atitudinal, assim como, atendimento didático-pedagógico acontece em três

1
Art. 2º, Decreto 5626/05
momentos distintos: AEE de Libras, de Língua
Portuguesa e em Libras.

Libras – Língua Brasileira de Sinais

O ensino de Libras tem como objetivo primordial a contextualizada, preferencialmente, por um instrutor
aquisição da Língua de Sinais e, consequentemente, o ou professor surdo, que transmita aos educandos a
desenvolvimento da linguagem e da competência Libras e também os seus aspectos históricos e culturais.
comunicativa do educando. Além da melhoria na A presença de um instrutor surdo fluente, para o
comunicação cotidiana, este atendimento contribui atendimento de Libras, é importante para que os
para a aquisição de base conceitual em Libras acerca dos alunos, especialmente as crianças, tenham uma
temas e/ou conteúdos abordados na escola comum. referência linguística e cultural, com a qual se
Para isso, o ensino de Libras deve acontecer de forma identifique.

O ensino da Língua de Sinais é planejado após avaliação diagnóstica com o estudante, a fim de averiguar o estágio
de uso da língua e estabelecer estratégias de intervenção pedagógica, que possibilite a aquisição e/ou ampliação do
vocabulário de Libras. Para que este objetivo seja alcançado são realizados estudos da estrutura da Libras; obras
culturais surdas na literatura nas artes plásticas e na tecnologia; comunicação e interação entre os pares surdos por
meio de atividades de formação e recreação em grupo, dentre outras.

O ato de brincar reflete


na aprendizagem e
construção de
identidade

O desenvolvimento da linguagem pelo estudante surdo manifestações e produções artísticas culturais. Assim, a
favorece o fortalecimento da comunicação e do aquisição da língua de sinais pelo surdo e o contato
relacionamento entre os pares, além de proporcionar a frequente entre eles é elemento essencial para a
construção da sua identidade e a inserção na construção da afetividade, para o processo de
comunidade surda, ambiente propício para a formação autoaceitação, sociabilidade, elaboração da autoestima
política do sujeito, participação social, promoção de e do desenvolvimento cognitivo.

Língua Portuguesa como segunda língua- LP2


O AEE para o ensino de Língua Portuguesa tem como desenvolver o imaginário, como também ajudá-lo no
objetivos desenvolver a competência linguística para o processo de aquisição da leitura e da escrita em Língua
que os alunos sejam capazes de aperfeiçoar a língua em Portuguesa. A proposta de trabalho é baseada na
diferentes contextos de interação verbal e discursiva. metodologia Bilíngue que se configura no aprendizado
Oportunizar ao aluno surdo o contato com os diversos da Libras como primeira língua e somente a partir desse
gêneros textuais, tanto na sua língua natural (Libras), momento, terá condições de iniciar o aprendizado da
como no português na modalidade escrita, a fim de língua portuguesa escrita como segunda língua. Este
trabalho é desenvolvido por um professor graduado em
Língua Portuguesa e com domínio de Libras

EDPM – Estratégias do Desenvolvimento dos

Processos Mentais

EDPM

O atendimento em Libras refere-se ao momento ampliação de conhecimento por meio de formulação de


didático pedagógico em que as Estratégias para o expressão e questionamentos objetivando a construção
Desenvolvimento dos Processos Mentais- EDPM são
desenvolvidas e organizadas a partir da exploração de
conhecimentos específicos. Nesse processo os signos
visuais são priorizados com ênfase no uso de recursos
visuais e concretos com o objetivo de fomentar e
subsidiar o aprendizado dos conteúdos escolares
desenvolvidos na escola comum.

Para a efetivação inclusiva dos alunos surdos, é


fundamental uma prática pedagógica que valorize a
acessibilidade e viabilize a comunicação por meio do
intérprete de Libras e por meio de estratégias
metodológicas visuais. Para que de fato uma escola seja
inclusiva é necessário que os mecanismos essenciais de
aprendizagem que os surdos precisam estejam
presentes, isso favorecerá uma aprendizagem
É uma proposta complementar ao que está sendo equiparada a dos alunos ouvintes. Para tanto, os
estudado na sala de aula abordando as ideias principais recursos visuais, humanos e tecnológicos que viabilizem
para compreensão dos conceitos referentes aos o desenvolvimento cognitivos desse aluno sejam
conteúdos curriculares, e assim, possibilitar ao surdo a disponibilizados.
Curiosidades

A Libras foi instituída como segunda


língua oficial do país, por meio da lei
10.435/02

A língua de sinais não é universal

O termo surdo-mudo é incorreto e


nunca deve ser usado

Surdos podem fazer tudo que os


ouvintes fazem, exceto ouvir

O povo surdo apreende o mundo por


meio de experiências visuais

A língua de sinais é
uma língua, não são gestos
nem linguagem.

Quer saber mais?


CONTATOS:
Núcleo de Deficiência Auditiva/ Surdez - CEEEC
Caetité – BA, Tv. Nove de Maio Bairro. S/Nº. Santa
Rita. CEP. 46400-000 Tel. (77) 3454-4081.

BIBLIOGRAFIA

SILVA, Alessandra da. Deficiência Auditiva /


Alessandra da Silva, Cristiane Vieira de Paiva Lima,
Mirlene Ferreira Macedo Damázio. São Paulo:
MEC/SEESP, 2007.

ALVEZ, Carla Barbosa. A Educação Especial na


Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem bilíngue
na escolarização de pessoas com surdez/ Carla
Barbosa Alvez, Josimário de Paula Ferreira, Mirlene
Macedo Damázio. Brasília: MEC/SEC- UFCE, 2010.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

“Acreditar na potencialidade da pessoa com deficiência intelectual deve ser o catalizador de ações que reposicionem o
sujeito, tirando-o da posição de mero espectador para posicioná-lo como protagonista de suas operações intelectuais.”
Shipper &Vestena

Para tratar do tema Deficiência Intelectual é necessário, impede de aprender e desenvolver-se. “O deficiente
primeiramente, desarmar-se dos preconceitos arraigados intelectual aprende de acordo com suas características em
durante décadas. Embora o discurso cotidiano sobre a ritmo próprio.” (RODRIGUES,2013, p.54).
pessoa com deficiência intelectual ainda reproduza o O conceito e a caracterização da Deficiência intelectual –
estigma social com uso e abuso de termos e ideias DI adotada no Brasil pelo Ministério da Educação (MEC)
impactantes que impedem sua inserção social. Os últimos segue o modelo proposto pela Associação Americana de
estudos buscam abolir esse equívoco comprovando que a Deficiência Mental (AAMR) e serve como ponto de
pessoa com essa deficiência além da inteligência possui partida para implementação de Políticas Públicas que
características cognitivas diferenciadas, o que não a visam um atendimento especializado a estas pessoas.

Deficiência Intelectual é o estado de redução notável do funcionamento


intelectual, significativamente abaixo da média, oriundo no período de
desenvolvimento, e associado à limitações de pelo menos dois aspectos do
funcionamento adaptativo ou da capacidade do indivíduo em responder
adequadamente às demandas da sociedade em comunicação, cuidados
pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos
recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares,
lazer e trabalho.(AAMR/ DSM-IV)
Inclui-se também na Deficiência
-Funcionamento intelectual significativamente inferior Intelectual algumas Síndromes como:
à média;
-Déficits ou prejuízos concomitantes no • Síndrome de Down;
funcionamento adaptativo atual;
• Síndrome de Williams;
• Síndrome de Angelman;
• Síndrome do X – Frágil;
Diagnóstico

• Síndrome de Prader Willi;


• Entre outras.
-Início no período de desenvolvimento até os 18 anos;
-Diversidades culturais e linguísticas, assim como as
diferenciadas formas de comunicação e
comportamentos;

-Limitações nas áreas adaptativas de acordo com as


exigências de cada meio, idade e necessidade de
suportes individualizados;
-Capacidades específicas sempre coexistem com outras
habilidades adaptativas.

Vários estudos tem afirmado que, na maioria dos casos o


diagnóstico da Deficiência Intelectual é feito baseado no
atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (a criança Segundo Pletsch (2009), deve-se levar em conta que a

demora em firmar a cabeça, sentar- se, andar, falar) e na pessoa com deficiência intelectual apresenta alterações

dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de nos processos mentais que interferem na aquisição da

normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar). leitura, dos conceitos matemáticos, na realização das

É preciso que haja uma série de sinais associados para que se atividades da vida diária, no desempenho social, entre

suspeite de deficiência intelectual, por isso as áreas de outras habilidades. Entretanto, vale ressaltar que essas

evidência das necessidades devem ser determinadas através alterações não são determinantes por si só para o seu

de avaliações neurológicas, psiquiátricas, sociais, processo de ensino-aprendizagem e consequentemente

pedagógicas, psicopedagógicas e clínicas, e nunca numa do seu desenvolvimento.

única abordagem de diagnóstico, considerando que as


pessoas não são afetadas da mesma forma.
IMPORTANTE
Além disso, um único aspecto não pode ser considerado como
indicativo de qualquer deficiência. Como tratar uma pessoa com DI:

• Aja naturalmente ao dirigir-se à


pessoa com DI;
• Trate-a de acordo com sua idade;
• Não a ignore;
• Cumprimente como faria com
qualquer pessoa;
• Dê atenção, converse;
• Não superproteja;
• Ajude apenas quando for realmente
necessário;
• Não subestime sua capacidade.
O AEE e a Deficiência Intelectual

De acordo com as Diretrizes da Educação Inclusiva do Estado da


Bahia a autonomia social e intelectual deverá ser meta na
educação de alunos com Deficiência Intelectual.
Nessa perspectiva, o plano de atendimento educacional
especializado - AEE deverá contemplar os aspectos motores,
expressão oral e escrita, o raciocínio lógico-matemático, o
cognitivo, as funções executivas, a afetividade e sociabilidade,
oportunizando sistematicamente situações desafiadoras que
contribuam para que esse estudante possa ter suas necessidades
educacionais efetivamente atendidas e as suas habilidades
Podemos entender o sujeito que possui DI como alguém que reconhecidas.
possui uma organização qualitativamente diferente e que é
capaz de realizar aprendizagens em ritmo próprio, porém, a
construção de conceitos se dá de forma distinta, necessitando
para tal, estratégias e procedimentos metodológicos
apropriados.
Segundo Fierro (1983), a intervenção em pessoas com DI deve
ter lugar em âmbitos variados, desde as funções de
motricidade, articulação física da linguagem até a intervenção
escolar. Porém deve partir de intervenções básicas, que são
aquelas limitações em capacidades adaptativas às quais
precisamente se refere o conceito de deficiência intelectual.
Assim, é evidente que certas destrezas de autonomia elementar
– vestir-se, comer sem ajuda, controlar os esfíncteres ou viajar
sozinho em transporte público se encontre em ordem diferente
do saber ler e escrever.

Em conformidade com as Diretrizes da educação Inclusiva, o


Atendimento Educacional Especializado – AEE no CEEEC
ofertado para as pessoas com deficiência intelectual tem como
intuito proporcionar estratégias para o desenvolvimento dos
processos mentais, possibilitando que essas pessoas progridam
nos níveis de compreensão, criando meios para se adequarem às
novas situações de aprendizagem.
O educando com esta especificidade é um ser social que se
beneficia continuamente de todas as possibilidades pedagógicas
realizadas nos espaços educacionais através do uso de diversas
estratégias mediatizadoras que são construídas e reconstruídas
de maneira dinâmica no processo de ensino-aprendizagem.
Fortalecer a autonomia dos estudantes com Deficiência
Quer saber mais sobre DI?
Intelectual em situações diversificadas e contextualizadas
CONTATOS:
proporciona avanços significativos em seu desenvolvimento,
Núcleo Deficiência Intelectual - CEEEC Caetité – BA, Tv. Nove
além de oportunizar, decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas.
de Maio Bairro. S/Nº. Santa Rita. CEP. 46400-000 Tel. (77)
3454-4081.
BIBLIOGRAFIA
BAHIA. Secretaria da Educação do Estado. Diretrizes da
Educação Inclusiva no Estado da Bahia. Superintendência de
Desenvolvimento da Educação Básica/Coordenação de
Educação Especial. Salvador, 2017.
BRASIL. Decreto nº 7.611/2011. Atendimento Educacional
Especializado.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica. Secretaria da
Educação Especial. Brasília: MEC/ SEESP, 2001.
COLL, Cesar, Palacios, J. e Marchesi, A.
(org) Desenvolvimento Psicológico e Educação. Psicologia da
Para concluir, convém ressaltar que, quanto mais diversificados
Educação. 2.ed. - Porto Alegre: Artmed, 2004. 3v.
e adequados às diferenças de ritmo e estilos de aprendizagem dos
alunos com Deficiência Intelectual forem os métodos de ensino
no AEE, menores serão as barreiras de aprendizagem
enfrentadas por estes alunos.
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA
‘’Para que haja um resultado no desenvolvimento com os alunos com deficiência múltipla requer muita atenção,
carinho e principalmente acreditar que tudo eles são capazes e que o pouco que eles fazem e muito que sabemos,”

Deficiência Múltipla, é uma associação de duas ou mais


deficiências primárias como física, mental visual ou auditiva no
Destacando a classificação dos tipos de deficiências múltiplas
mesmo indivíduo como também os distúrbios neurológicos,
física, são complicações que levam à limitação da mobilidade e
emocionais, linguagem e desenvolvimento educacional,
vocacional social sendo que também compromete dificultando a
sua autossuficiência.

As pessoas com deficiência múltipla apresentam


comprometimento que causam atrasos no desenvolvimento, na
aprendizagem e na capacidade administrativa. As causas podem da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em
ser variadas deficiências simultâneas podem ter origens pré- diferentes graus. As causas variam desde lesões neurológicas e
natais, serem resultados de má-formação congênita ou podem neuromusculares, má formação congênita, até condições como
ter causas em infecção que pode causar a deficiência múltipla no hidrocefalia, acúmulo de líquidos na caixa craniana, ou paralisia
bebê, enfermidades, como as doenças sexualmente cerebral. Paraplegia, perda total das funções motoras dos
transmissíveis, podem levar a deficiência múltipla até mesmo membros inferiores, tetraplegia, perda total da função motora
em e indivíduos adultos. Entre os fatores podemos destacar dos quatro membros e hemiplegia, perda total as funções
ainda a paralisia cerebral, ela pode acarretar a deficiência motoras de um hemisfério do corpo. Este é a clientela que
intelectual e limitar os movimentos, comprometendo os atentemos no Núcleo e Deficiência Múltipla no (CEEEC). Com o
movimentos, postura e a mobilidade. objetivo de contribuir, para que essas pessoas recebam a ajuda
necessária para a vida do cotidiano. O Atendimento Educacional
Especializado-AEE, se dar através de atendimento
individualizado, no período de 4:00 horas, com intervalo de 20
minutos, duas vezes na semana. Baseado nas estratégias teórica
usadas no atendimento, observando o sucesso e
desenvolvimento dos educandos, realizados pelo professor do –
AEE, professor da sala regular e entrevista com os pais, os
resultados obtidos serão cuidadosamente analisados para que
prossiga tanto no desempenho da aprendizagem do educando,
sintetizando em relatórios. Tendo como fonte as atividades
desenvolvidas e baseadas no Plano de Desenvolvimento Estimulação tátil; atividades da vida autônoma, lavar as
Individual-PDI. mãos, manusear brinquedos de diferentes tamanho e texturas,
mexer em água em diferentes estados: fria, morna e gelada,
brincar com área, texturas ásperas, massa de modelar, tinta
guache, amoeba, e entre outras
Com este plano o processo de desenvolvimento e aprendizagem
do aluno, respeitando suas particularidades de suas etapas Estimulação visual, estimulação com brinquedos, chocalho
evolutivas. Sendo o maior objetivo é de encorajar, estimular e com formas e com cores vibrantes, brincadeiras olhando no
valorizar interagindo afetivamente, favorecendo sua autoestima espelho, fazendo carinhas de diferentes tipos de emoções
e reconhecendo suas conquistas e realizações. alegria, tristeza, cansaço, raiva, também dançar, se movimentar
e se olha.
Com atividades de apoio em estimulações sensoriais
Estimulação da linguagem, ensinar a utilizar a
Coordenação motora grossa e fina; realizando esta
comunicação, oral, gestual, corporal, explorando a prática
atividade que é muito importante que permite a manipulação de
diariamente repetidamente em leitura em voz, cantar, diálogos,
objetos de tamanhos e diferentes texturas, estimula o aluno a
método fônico, pasta de comunicação alternativa e aumentativa,
auto desenvolver suas habilidades, e ajuda no controle motor.
contos de fadas entre outras
Estimulação auditiva, proporcionar o prazer de ouvir e falar,
Interação,é primordial a afetividade, contado físico, festas
cantarem diversas vozes, alta, e intensidade moderada como
comemorativa, apresentação de teatro e intervalo
cantiga de roda, conversa, sons da natureza, barulho sonoro,
músicas diversas e contação de história. Adaptação de material, painel de luzes coloridas, jogos,
brinquedos;
Estimulação gustativa e olfativa; atividades voltadas para
desenvolver e perceber a degustação de variados alimentos Equipamentos específicos e tecnologia assistida;
sólidos, líquidos, pastoso como frutas, cereais, doce, amargo,
Recursos humanos de apoio e motor cadeira e rodas.
azedo, e frutas, desenvolvendo também percepção olfativa
sentido o cheiro de condimentos e essências. Programa de fonoarticulatório;

Professora: Ivanete da Silva Souza


DEFICIÊNCIA VISUAL

Anexar Foto do AEE

“Quando perdemos o direito de ser diferentes perdemos o privilégio de


sermos livres!” Charles Evans Hughes

A ausência de um dos sentidos, como a visão pode trazer❖ A iniciação da escrita e leitura, tanto para criança como para
consequências para o desenvolvimento e aprendizagem dos o adulto, se faz com o conhecimento da reglete e a punção, a
indivíduos. A falta da visão, além de afetar a locomoção do discriminação tátil, a destreza e o uso dos dedos.
sujeito no espaço físico, afeta também a sua capacidade de❖ O sistema Braille na sua aplicação, quase todos os sinais
leitura e escrita. No entanto, toda pessoa é capaz de conservam a sua significação original. Apenas algumas
desenvolver-se e aprender algo independentemente de suas vogais acentuadas e outros símbolos são representados por
limitações, desde que sejam respeitadas e principalmente se sinais que lhes são exclusivos.
forem estimuladas de forma adequada. ❖ Dentro desta estrutura, são obtidas as combinações
Nesse sentido, as pessoas com baixa visão ou cegueira podem diferentes que constituem o Sistema pelo qual, em todo o
apropriar-se de conhecimentos sistematizados e elaborados mundo, as pessoas cegas têm acesso à leitura e à escrita de
socialmente assim como participar efetivamente no meio suas respectivas línguas.
social, desde que recebam os estímulos e orientações ❖ O pré-Braille - auxilia no domínio das habilidades,
necessárias ao seu desenvolvimento, construção de desenvolve a percepção tátil e de espaçamentos diferentes
aprendizagens e conceitos. entre os pontos Braille.
No CEEEC, o núcleo visual visa o pleno desenvolvimento dos
sujeitos através de serviços como Braille, Soroban; Atividade SOROBAN
da Vida Autônoma – AVA; Estimulação Essencial; Avaliação
Funcional da Visão, Estimulação visual; Orientação e
Mobilidade – OM; Escrita Cursiva. Estes serviços específicos ❖ O Ábaco, ou Soroban é um instrumento de calcular
para o público DV são oferecidos por meio do atendimento característico dos povos orientais e já era utilizado bem antes
educacional especializado e é determinado de acordo com o da era cristã.
comprometimento, a faixa etária, o desenvolvimento ❖ É um recurso didático para facilitar a aprendizagem do
cognitivo e os interesses de cada um adotando-se princípios cálculo
metodológicos compatíveis aos diversos casos.
Para abordagem educacional é necessário à comprovação do
nível de desempenho visual.

BRAILLE
Orientação e Mobilidade

❖ O soroban, pela possibilidade de também ser utilizado por


alunos videntes, favorece a integração entre os alunos
cegos e os demais colegas de turma.
❖ Com esse aparelho, o deficiente visual tem plenas
condições de acompanhar o ritmo de atividades da
matemática desenvolvidas em classes comuns ou em
situações da vida diária.

LETRA CURSIVA

• Escrita Cursiva é o método utilizado pela pessoa cega para

A orientação e mobilidade permitem que o deficiente


escrever seu nome de próprio punho (assinatura). O
visual, cego ou de visão reduzida, adquira capacidade de
manuscrito é um recurso importante para a pessoa cega e
locomover-se nos diversos espaços: casa, escola,
serve para promover sua comunicação social, autonomia e
comunidade, etc. e ao dominar tais espaços o mesmo
independência.
possa sentir-se inserido neles com autonomia,
independência e naturalidade sentindo-se autoconfiante.
AVA ❖ Cria uma consciência no aluno com visão reduzida do
estímulo visual de modo que ele irá se tornar parte do
processo visual (reage, age, responde), pela compreensão
Tem o intuito de preparar o deficiente visual para a rotina da do significado da luz, a direção da fonte de luz, a forma de
vida autônoma de um lar e executar as tarefas comuns a essa uma fonte de luz ou objeto, coordenando ações motoras e
dinâmica, esta atividade busca repassar ao aluno as sensoriais.
informações e cuidados necessários para sua autonomia. ❖ Auxilia o aluno com visão reduzida a interpretar os
estímulos visuais, adquirindo o sentido das imagens
visuais (contornos, detalhes, cores, configurações,
padrões) de objetos, coordenando a comunicação e a
linguagem com imagens visuais.
❖ Auxilia o aluno a participar ativamente do seu
aprendizado, pelo uso da baixa visão, a perceber e
interpretar pistas ambientais, usando recursos ópticos,
sabendo combinar com os outros sentidos.

ESTIMULAÇÃO VISUAL

A Estimulação Visual pode ser entendida como um


conjunto de procedimentos sensibilizadores da
capacidade perceptiva visual, objetivando o emprego
adequado da visão de pessoas com comprometimentos
ópticos diversos não passíveis de correção refrativa
satisfatória.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – TEA

Foto arquivo CEEEC, 2019.

CONHECENDO O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO Déficits para desenvolver, manter e compreender


AUTISMO relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade
em ajustar o comportamento para se adequar a
O transtorno do espectro autista é um transtorno do contextos sociais diversos a dificuldade em
neurodesenvolvimento que aparece nos três primeiros anos compartilhar brincadeiras imaginativas, ou em fazer
de vida e interfere no desenvolvimento cerebral normal das amigos a ausência de interesse por pares. Padrões
habilidades sociais e de comunicação. restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou
Sujeitos com o mesmo diagnostico clinico podem ter atividades, conforme manifestado por pelo menos dois
manifestações clinicas diferentes, ou seja, níveis de dos seguintes, atualmente ou por história prévia:
severidade distintos. Vem daí o termo ²espectro² (Teixeira, Movimentos motores, uso de objetos ou fala
2016) estereotipados ou repetitivos (por exemplo,
De acordo com o DSM V (APA, 2013) indivíduos com estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou
transtorno do espectro do autismo (TEA) apresentam alguns girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
possíveis sinais Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a
Déficits persistentes na comunicação social e na interação rotinas ou padrões ritualizados de comportamento
social em múltiplos contextos: verbal ou não verbal (como sofrimento extremo em
Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por relação a pequenas mudanças, dificuldades com
exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de
estabelecer uma conversa normal a compartilhamento saudação, necessidade de fazer o mesmo caminho ou
reduzido de interesses, emoções ou afeto, e dificuldade para ingerir os mesmos alimentos diariamente).
iniciar ou responder a interações sociais. Déficits nos Interesses fixos e altamente restritos que são anormais
comportamentos comunicativos não verbais usados para em intensidade ou foco (por exemplo, forte apego a ou
interação social, variando, por exemplo, de comunicação preocupação com objetos incomuns, interesses
verbal e não verbal pouco integrada a anormalidade no excessivamente circunscritos ou perseverativos).
contato visual e linguagem corporal, ou déficits na Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou
compreensão e uso gestos a ausência total de expressões interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente
faciais e comunicação não verbal. (como indiferença aparente a dor/temperatura, reação
contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar
objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes DICAS
ou movimento). - Seja claro e consistente
O CEEEC oferece Atendimento Educacional - Converse usando frases curtas
Especializado (AEE) para pessoas com TEA, com o - Inicie e mantenha o dialogo
intuito maior de auxiliar no processo de construção da - use recursos comunicativos
autonomia do aluno. Para isso, identifica, elabora, e - Fale sobre os interesses dele(a)
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade para - Cumprimente ele(a) sempre
garantir a inclusão desse público. As estratégias - fale pausadamente
práticas utilizadas levam em conta os diferentes graus - Faça uso positivo da ecolalia
de dificuldades e habilidades que os discentes REFERENCIAS
apresentam, priorizando as áreas que determinam as DSM – V. Manual diagnóstico de transtornos mentais.
diretrizes, são elas ... comunicação, interação social, 5.ed. Porto Alegre.. Artmed,2014.
comportamento, cognição, motora, sensorial, lúdica e Teixeira 2016
logico-matemática. REFERENCIA DAS DIRETRIZES
INFORMÁTICA ACESSÍVEL: EM PROL DA AUTONOMIA

A política da Educação Especial fomenta discussões sobre o processo de inclusão, objetivando a


acessibilidade das pessoas com necessidades especiais na sociedade, na escola e no trabalho. Para
tanto, ela se configura como elemento fundamental na inclusão dessas pessoas, pois a sua aplicação
abrange todas as ordens do desempenho humano, desde as tarefas básicas de autocuidado até o
desempenho de atividades escolares e profissionais.
Como parte integrante da Tecnologia Assistiva, está a Informática Acessível, caracterizada por oferecer
acessibilidade computacional.

A Informática Acessível no CEEEC

No Centro Estadual de Educação Especial de Caetité, o Núcleo de Tecnologias


Assistivas - Informática Acessível é estruturado de modo a possibilitar aos alunos
condições para usufruto das tecnologias computacionais disponíveis. Neste
espaço, o computador – munido de programas e/ou softwares apropriados - é o principal recurso destinado
a proporcionar ao educando o desenvolvimento de suas aptidões. A metodologia adotada visa o
desenvolvimento do senso crítico por intermédio de atividades lúdicas que impulsionam a criatividade e a
construção do conhecimento, a autoconfiança e o estabelecimento de relações sociais e educacionais, tão
necessárias para a conquista da autonomia e a concretização das políticas inclusivas.

Atendimento

O atendimento se estabelece de acordo com o tipo de deficiência, idade


cronológica e nível de desenvolvimento cognitivo, individualizado ou em
grupos de no máximo quatro alunos - quando apresentarem um quadro que assim possibilite, com duração
máxima de duas horas aula semanal.

Atividades

Quanto aos procedimentos didáticos, é evidente a necessidade de


propiciar condições estruturais favoráveis ao processo
ensino/aprendizagem, considerando as características e potencialidades específicas de cada aluno.
Nesse sentido, adaptações curriculares são necessárias e constituem um conjunto de modificações que
abrangem os objetivos, os conteúdos, as atividades aplicadas e os procedimentos de avaliação. Tudo para
melhor atender às diferenças individuais de cada aluno. Aqui, encontram-se disponíveis para este público
inúmeros programas e softwares, conforme necessidade apresentada por cada um.

Alguns Programas Operacionais e Softwares destinados a Acessibilidade

Para alunos com cegueira, são disponibilizados Já os alunos surdos têm à disposição o
leitores de tela como Jaws, NVDA e outros. Dicionário em Libras, que exibe os verbetes
como textos, desenhos ilustrativos da posição e
O Jaws é um leitor de telas movimento dos braços, mãos e dedos.
compatível com sistemas
operacionais Windows. O aplicativo ProDeaf traz
dicionário de português e Libras,
O NVDA é também um leitor onde um avatar faz a tradução.
de telas para computadores com
o sistema operacional Windows, Tem ainda o Hand Talk. Ele
porém gratuito e possui um converte conteúdo português
sintetizador de voz multilíngue, (digitado, falado ou fotografado)
livre para mais de 40 idiomas. em para Libras.

O Dosvox se comunica com o Há também o V LIBRAS, um


usuário através de síntese de conjunto de ferramentas
voz, viabilizando o uso de computacionais de código
computadores por deficientes aberto, responsável por traduzir
visuais. conteúdos digitais para a
Língua Brasileira de Sinais.
Alunos com baixa visão contam com os
ampliadores de tela (adaptações de hardwares),
conforme o grau de acuidade visual. Também
com a Lupa Eletrônica, um equipamento que
auxilia os usuários, ampliando e transferindo
imagens e textos para o monitor.

Aqueles que apresentam limitação motora contam com o Boardmaker, um programa


para criação de cartões e pranchas que favorecem a comunicação.

Além da Colmeia, uma placa de acrílico com perfurações correspondentes a cada tecla
do teclado e quando fixada sobre o mesmo, evita o pressionamento de teclas indesejadas
por aqueles que apresentam movimentos involuntários.
Considerações Finais

O uso desses diferentes recursos no CEEEC tem possibilitado mediar situações/ações pedagógicas com
garantia de melhores resultados aos alunos, inserindo-os nas diferentes possibilidades acometidas no
ambiente educacional e auxiliando na aquisição de novas formas de construir o conhecimento.

Prof.ª Divina Ledo de Carvalho Silva e Prof.ª Glaucinéia Pinto Cardoso


Núcleo de Tecnologia Assistiva/ Informática Acessível
SERVIÇO DE ITINERÂNCIA

Serviço de
Vale saber Itinerância

O serviço de itinerância se caracteriza como uma ação ações de apoio à escola regular visando o sucesso do estudante
pedagógica que está relacionado ao Atendimento Educacional com deficiência.
Especializado – AEE e é realizado por professores com Assim, a itinerância é definida como um serviço de
formação específica que se desloca de seu local de trabalho ( orientação e acompanhamento pedagógico realizado por
Centro Estadual de Educação Especial de Caetité – CEEEC) meio de visitas periódicas que variam de acordo com a
com o propósito de atender ao estudante com deficiência e a necessidade do estudante e das escolas comuns. Esse
equipe pedagógica da instituição escolar em que se encontra serviço poderá ocorrer em diversas unidades de ensino,
inserido. Este serviço objetiva orientar procedimentos dessa forma o professor especializado que realiza esse
metodológicos e/ou o uso de equipamentos específicos que acompanhamento deverá apresentar à direção do CEEEC
promovam o acesso ao currículo comum, bem como encadear um instrumento de registro das escolas atendidas.

( anexar mais fotos)


FAMÍLIA, ESCOLA, PROFESSOR DE AEE E EQUIPE MULTIFUNCIONAL:
UMA PARCERIA IMPRESCINDÍVEL PARA O DESENVOLVIMENTO
SÓCIO-AFETIVO E PSÍQUICO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

"Como vai meu filho "Olha, "Você percebeu como


"Oh, gente,
aí no CEEEC?" professora, ele ele está inquieto hoje?"
meu filho
mudou a
adora esse
medicação!
Centro! Se
viu?"
pudesse ia
"Minha filha não me " A gente tá se
todos os dias!
obedece! O que eu "Professora, a mãe esforçando
faço?" do seu aluno pediu para seguir
pra avisar que ele suas “Será que ele vai
não veio hoje orientações!” conseguir
porque tá doente." aprender a ler e
escrever?”

Todos os dias, perguntas, avisos e elogios como estes e forma sua base através do vínculo pofessor / aluno. Quando
outras tantas formas de expressão vindas dos pais ou consecutivamente, o primeiro “toca” a alma do segundo e
responsáveis pela pessoa com deficiência, adentram o percebe suas demandas: familiares, escolares, sócio –
nosso Centro Estadual de Educação Especial – CEEEC. afetivas e psíquicas, apresentadas com palavras e
Trazem, informalmente, sinais de algo imprescindível entre comportamentos visualizados e/ou silenciados. Ganha
espaço educacional e família: PARCERIA - unidade possível maturidade quando, a partir dessa base, constrói o seu
de estimulação e motivação pedagógica, sócio – afetiva e Plano de Desenvolvimento Individual – PDI e cria
psíquica no desenvolvimento de um ser humano. condições para que ele extrapole as paredes da sala de
Mas a Antropologia e a Psicologia nos ensinam que fazer atendimento, adentre o lar, a escola, a comunidade e
parceria implica, entre outras coisas: diálogo, saída do local transforme em experiência de vida, as intervenções vividas
de conforto, renúncia, conciliação e reaprendizagem sobre no Atendimento Educacional Especializado - AEE. Se firma
a maneira de enxergarmos o mundo; empatia como quando a família permite que essas experiências se
ferramenta básica de convivência uns com os outros; busca misturem às vividas no seu cotidiano e gere emancipação
de um lugar possível para chegar frente à diversidade de na vida do seu filho, filha ou ente de sua responsabilidade.
caminhos trilhados. Algo bastante difícil de ser construído Quando lhe ajuda a processar o que Piaget chamou de
na atualidade, convenhamos. “individuação” do sujeito. Ou seja, compreender-se pessoa
No CEEEC a parceria com as famílias certamente não foge com deficiência que tem: nome, corpo, cheiro, idade,
a estes desafios. Se abastece deles para encontrar esse lugar endereço, família, emoção e potencialidades. Alguém que
possível de chegar a um objetivo comum junto as famílias. pode contar com o outro, mas quando necessário, recorre
Para atender as demandas apresentadas pelo processo do às suas reservas de resiliência e autoestima para melhor
que chamamos acima de estimulação e motivação gerenciar as armadilhas mentais e sociais impostas ao seu
pedagógica, sócio – afetiva e psíquica para o cotidiano. Percebe o lugar social que se encontra como
desenvolvimento de um ser humano. Especialmente aqui, potencializador de um território de identidade possível de
da pessoa com deficiência. sonho e, portanto, tradutor de uma vida mais feliz.
Mas como essa parceria acontece? Podemos dizer que ela Mas para que isso ocorra, é preciso que a família esteja
consciente do seu papel de mediadora, sobretudo, como funciona nos tempos e espaços de suas vidas;
emocional desses indivíduos. Para isso é preciso algo compreender-se diverso, falível, mas sobretudo, resiliente;
fundamental: aprender a cuidar de si para orientar o outro. entender os limites, reações e possibilidades do outro a
E por isso, parceria aqui se desdobra também em partir do conhecimento desses estágios do desenvolvimento
atendimento aos pais e / ou responsáveis. Isso se dá através em si mesmo.
de reuniões bimestrais coletivas a partir de palestras com Nesse sentido, urge que pais e mestres se voltem para a
temas relacionados a clientela e reuniões periódicas entre construção de ferramentas que lhes ajudem a lidar com
pais e professores. Parece humanamente impossível suas inquietações cotidianas ao lado de filhos e alunos
orientar pessoas, sejam elas com ou sem algum especiais. Busquem através das orientações
comprometimento físico ou intelectual sem primeiro cuidar multiprofissionais dadas no CEEEC, o centramento de suas
de si mesmo. Possivelmente as relações tendem ao desgaste emoções usando-as a favor de uma orientação postulada no
e à somatização de aspectos negativos. Isso ocorre “a curto tempo e ritmo de seus entes queridos, em detrimento da
ou a longo prazo e os sentimentos de infelicidade, desgosto somatização de alguns aspectos considerados negativos. De
e raiva dão origem a doenças mais graves quando outro modo, fortaleçam a parceria imprescindível entre
arrastadas por muito tempo”. [CAIRO, P.1]. Para tanto, família e espaço educacional para o desenvolvimento sócio
pressupõe-se que o orientador tenha primeiramente, um – afetivo e psíquico da Pessoa com Deficiência.
conhecimento filosófico e psicológico da construção de seu
self com o tempo e os recursos que tem. Saber quem é e Profª Rose Costa & Profª Sônia Carvalho
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

A equipe multiprofissional é uma forma especial de nosso município. O trabalho da equipe é desenvolvido por
organização, composta por profissionais com formação e meio do atendimentos dos alunos matriculados no CEEEC
qualificação específicas e em que objetiva-se a ajuda mútua e de alunos das escolas da Rede Municipal que se localizam
entre profissionais e tem com intuito principal, oferecer aos próximo ao Centro Educacional, onde cada profissional
alunos atendidos condições necessárias para potencializar atende em um dia da semana e a frequência doa
suas habilidades, respeitando suas singularidades. Além de atendimentos variam de acordo a demanda de cada área,
viabilizar momentos de orientações à equipe pedagógica, podendo variar de acordo à procura e quantidade de alunos
mediadores de aprendizagem e famílias de modo a que necessitem do atendimento.
contribuir para uma melhor relação e interação entre os Com a parceria da Equipe e o Centro, pode-se perceber as
envolvidos. Atualmente, a equipe multiprofissional que contribuições significativamente ao processo de ensino e
realiza os atendimentos no CEEEC, é formada pela aprendizagem bem como no aspecto sócio cultural, além do
Fonoaudiólogo Mércia Moreira, Psicopedagoga Juliana enriquecimento da prática profissional que abrange
Martins e Psicóloga Jeane Soares. atendimentos diversos, muitas vezes distantes e/ou
O trabalho realizado em parceria com o CEEEC é de suma ausentes na prática clínica.
importância uma vez que, o mesmo viabiliza o
fortalecimento e ampliação dos atendimentos realizados
pela equipe, garantindo a muitos alunos condições de
atendimento com os profissionais, o que para muitos
poderia ser inviável seja pela distância, por condições
financeiras ou outras diversas questões que impedem o
acesso e acompanhamento destes.
Outro aspecto importante é o fortalecimento das ações e os
planos de Educação Especial e Inclusiva dentro do

(Anexar fotos)
FORMAÇÃO
A formação continuada é temática presente nas propostas
educacionais em diferentes espaços, em que se discute e se
efetiva as ações e redes de ensino. A oferta do atendimento
educacional especializado e a implementação de diferentes
espaços de serviços especializados têm sido acompanhadas de
uma crescente demanda na formação de professores e
profissionais de educação. Desta forma, o CEEEC em parceria
com a Secretaria Estadual e Municipal de Educação e parceiros
têm oferecido ao longo dos seus 10 anos de existência a
Formação Continuada para o Atendimento Educacional
Especializado. Tal proposta de formação tem integrado um rol
de ações que compõe a oferta de cursos que se destina aos
professores das redes municipais, estaduais e particulares de
CURSOS: TDAH, Deficiência Intelectual, Baixa
ensino do Território de Identidade Sertão Produtivo.
Visão, Libras, Braille, Soborã.
As ações de formação tem como finalidade a construção de
PALESTRA: Educação Inclusiva – Os impactos das
práticas pedagógicas que visam fomentar a discussão sobre
“novas” políticas Públicas.
temas vinculados à educação especial tais como, o próprio
MESA REDONDA: Atendimento Educacional
conceito de educação especial, o diagnóstico, a deficiência, as Especializado.
práticas pedagógicas com estes alunos, com base nas quais, se
✓ Participação na Jornada Pedagógica da Rede Estadual
sustentam as práticas sociais e o processo de inclusão do
– Caetité
público-alvo da educação especial no ensino comum.
✓ Palestra: Educação Especial: Realidades e
Ao se abordar a temática da educação especial e inclusiva
Desafios – Ministrada pelo Prof. João Prazeres -
busca-se contemplar “a ausência de uma discussão teórica e
CEEEC
conceitual que colabora para a manutenção do modelo
✓ Encontros com gestores e professores da Rede
tradicional de educação especial” (GARCIA; MICHELS, 2008).
Regular de Ensino – DIREC/24
Para quebrar esse paradigma o CEEEC vem se fortalecendo na
✓ Oficinas com professores e alunos da Rede Regular de
defesa de um modelo de inclusão que respeite as diferenças nos
Ensino - CEEEC
processos de mediação, promovendo a posse de instrumentos
✓ Oficinas e encontros com pais - CEEEC
tecnológicos, linguísticos e comunicativos que possibilitem
✓ Encontro Regional de Surdos - Brumado
perceber no aluno, sua capacidade, seu lugar na escola, na
✓ Oficina de Libras – CETEP
família e nas relações sociais, ampliando as ideias, significados
✓ Seminário Temático – Secretaria Municipal de
e sentidos ao longo do processo.
Educação - Caetité
No decorrer destes 10 anos foram promovidos cursos,
✓ Palestra com professores e alunos – Colégio Estadual
palestras, oficinas, simpósios, encontros além da participação
Tereza Borges Cerqueira
em diferentes espaços da equipe do Ceeec como colaboradores
✓ Visita a G.E. Prudêncio Sobrinho – Aroeiras/Caetité
na construção de novos saberes sobre e para a inclusão de
alunos com deficiência no contexto escolar e social.
ANO DE 2010

EVENTOS REALIZADOS: 1ª Semana em defesa dos direitos das pessoas com


deficiência

Oficinas: Higiene, Saúde e Arte – Coordenação:


ANO DE 2009
Profissionais de Saúde e professores do CEEEC e
Formação Continuada em Educação Especial
palestra.
– FORCEE
Audiência Pública: Construindo subsídios para a ✓ I Encontro: Articulação dos municípios do
elaboração do Plano Estadual dos Direitos da Pessoa Território de Identidade Sertão Produtivo: Um
com Deficiência. repensar sobre a Educação Especial e Inclusiva.
✓ Palestra - Um repensar sobre a Educação Especial e
✓ Participação na Jornada Pedagógica da Rede Estadual
Inclusiva.
- CETEP
✓ Orientações e amostragem sobre o AEE nas
✓ Encontros com gestores e professores da Rede
áreas de: Deficiência Visual, Intelectual, Surdez,
Regular de Ensino – DIREC/24
TGD e Tecnologias
✓ Oficinas com professores e alunos da Rede Regular de
✓ Oficina de Signwriting
Ensino - CEEEC
✓ Comunicação Coordenada
✓ Oficinas e encontros com pais - CEEEC
✓ Mesa Redonda: Inclusão Escolar: eliminando
✓ Encontro com os agentes comunitários de Saúde do
barreiras e construindo possibilidades.
município de Caetité – Casa Anísio Teixeira
✓ Encontro de Educação Inclusiva - Licínio de
✓ Oficinas de Libras – IEAT, Escola de Aplicação e G. E.
Almeida;
Ovídio Teixeira;
✓ Encontro de Educação Inclusiva - Guajeru;
✓ Curso Básico de Libras – CEEEC
✓ Jornada Pedagógica em Iramaia – BA;
✓ PALESTRA: Educação Especial - Realidades e
✓ Jornada Pedagógica Anísio Teixeira em Movimento -
Desafios
Caetité
✓ Encontro de formação com os pais.
✓ Encontro Regional de Surdos - Caetité.
✓ Curso Básico de Libras – Caetité
ANO DE 2011 ✓ Oficina no IEAT – Semana de Educação
✓ Oficina de Libras – Brejinho das Ametistas/Caetité
2ª Semana em defesa dos direitos das pessoas
✓ Intervenção no IEAT – Cartilha Informativa
com deficiência
✓ Encontro de formação com os pais.

ANO DE 2012

3ª Semana em defesa dos direitos das pessoas


com deficiência

Cursos:

• Sala de recursos multifuncionais: Limites e


Possibilidades. • Audiência Pública na Câmara de Vareadores
• Ver, não ver e aprender: o aluno com baixa visão na • Oficinas: Arte, Higiene e Saúde.
escola. ✓ Jornada Pedagógica - Jacaraci
• Brincando de incluir, brincando de aprender. ✓ Encontro Regional de Surdos - Guajeru

• O lúdico e a aprendizagem da pessoa com deficiência. ✓ Encontro com os professores - CETEP

• Mãos que falam, olhos que ouvem. ✓ Oficina de Libras - Guajeru


✓ Oficina de Libras – G.E. Eponina Gumes – Caetité
✓ Encontro com pais.
ANO DE 2013 • Letramento: Aprendizagem de alunos com
deficiência.
4ª Semana em defesa dos direitos das pessoas com
• Transtornos do Desenvolvimento e Processos
deficiência
Educacionais: contribuições da Neuropsicologia.
Cursos: • Produção Editorial Acessível.
• Deficiência Intelectual e suas implicações na
• A prática pedagógica para alunos com
aprendizagem.
Deficiência Intelectual.
• Palestra – As Contribuições da Neuropsicologia nos
• Baixa Visão e Cegueira: aspectos teóricos e práticos.
Processos Educacionais.
• Tecnologias Assistivas: ampliando as condições de
✓ Palestra para os Agentes Comunitários de Saúde
vida da pessoa com deficiência.
✓ Encontro do Sertão Produtivo
• Identidade Surda: variações linguísticas e
✓ Encontro de formação com os pais.
regionalismo.
• Transtornos do Desenvolvimento e Processos
Educacionais. ANO DE 2015
✓ Mesa Redonda: Educação, Acessibilidade e
6ª Semana em defesa dos direitos das pessoas
Inclusão: desafiando limites, respeitando diferenças.
com deficiência
✓ Oficinas no CEEEC
✓ Conferência Intermunicipal Cursos:
✓ Encontro com Gestores Escolares da Rede Estadual
• Práticas Pedagógicas para estudantes com Deficiência
✓ Jornada Pedagógica – Ibiassucê
Intelectual e do Transtorno do Espectro Autista.
✓ I Seminário Acadêmico Interdisciplinar: Ensino, • Transtornos Funcionais da Aprendizagem – processo
Pesquisa e extensão – Experiência e de escolarização.
Produção de Saberes da Universidade • Libras Intermediário.
(UNEB). MESA REDONDA: Olhares sobre a • Comunicações Coordenadas
Educação Inclusiva ✓ Palestra: “O processo de escolarização da pessoa com
deficiência: reflexões sobre o fazer pedagógico”.
✓ Conferência Intermunicipal de Educação - Caetité
✓ Encontro de formação com os pais.

✓ Oficina de Libras – G.E. Maurício Gumes –


Maniaçu/Caetité
ANO DE 2016
✓ Visita Orientada em Campinas/ Caetité
✓ Curso Básico de Libras - Caetité ✓ Palestra: Educação Especial na perspectiva da

✓ Participação em eventos na UNEB: Palestra, mesa Educação Inclusiva: Um “novo” desafio para os

redonda e seminário. educadores. (PACTO)

✓ Reportagem da TV Sudoeste ✓ Jornada Pedagógica em Igaporã.

✓ Entrevista ao Jornal A TARDE ✓ Orientações as Escolas Municipais e Estaduais

✓ Oficina de Xadrez ✓ Encontro de formação com os pais.

✓ Encontro de formação com os pais ✓ Roda de Conversa com os pais

ANO DE 2014
ANO DE 2017

5ª Semana em defesa dos direitos das pessoas


com deficiência

Cursos:

• TILIBRAS: Tradutor/Intérprete de Libras.


• Libras em ação.
Carvalho Teixeira. Tema: Diálogo sobre Educação
Especial Inclusiva - Adequação Curricular
✓ Reunião com os parceiros (SME, APAE, Escolinha de
Equitação e Associação Anjo Azul).
✓ Reunião no Grupo Escolar Ovídio Teixeira. Tema:
Educação Especial e Inclusiva
✓ Jornada Pedagógica na Escolinha Raios de Sol
✓ Jornada Pedagógica na COOPEC
✓ Curso para os profissionais de apoio a inclusão escolar
✓ Reunião com os profissionais de apoio a inclusão
escolar
✓ Reunião com os intérpretes de Libras
✓ I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E
✓ Encontro com os profissionais da Rede Municipal de
INCLUSIVA. TEMA: Saberes e Práticas Pedagógicas
Ensino
(Parceria com a rede municipal de ensino).
✓ Orientações as Escolas Municipais e Estaduais
✓ Oficina de Libras com os alunos do G.E. Therezinha
✓ Participação do Desfile do 02 de julho. Tema:
Bomfim
Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
✓ Oficina para alunos da COOPEC
✓ Apresentação do Coral do CEEEC em Lagoa Real.
✓ Curso: SignWriting (Escrita de Sinais)
✓ TransformaÊ
✓ Encontro de formação com os pais.
✓ Encontro de formação com os pais.

Orientações e Estágios
ANO DE 2018
✓ Alunos da UNEB – História, Biologia, Matemática,
✓ Curso Básico de Libras Letras com Português, Letras com Inglês e História.
✓ Curso: Mediação Escolar para Estudantes com TEA ✓ Alunos da FG – Enfermagem, Especialização em
✓ Curso: Formação para Tradutor e Intérprete de Psicopedagogia.
Libras/Língua Portuguesa, ✓ Especialização em Libras
✓ Mesa Redonda: JP da rede municipal de ensino de ✓ Alunos do CETEP - Técnico em Enfermagem e
Caetité: O Plano Municipal de Educação (Lei Nº 789, Administração
de 22 de junho de 2015) e o desafio de uma Educação ✓ Alunos do IEAT – Normal Médio
Inclusiva
✓ Palestra na UNEB
✓ TransformaÊ
✓ Oficina de Libras com os alunos da Unidade de ( anexar fotos em todos os
Educação Infantil Daisy Barreira de Alencar eventos que faltam)
✓ Encontro de formação com os pais.

ANO DE 2019

✓ Curso Básico de Libras


✓ Encontro em Brumado com a UNDIME. Palestra: Os
desafios de uma Educação Inclusiva.
✓ Encontro em Urandi com a UNDIME. Discussão
sobre as ações da Educação Especial e Inclusiva no
Território de Identidade Sertão Produtivo.
✓ Reunião com os professores da Escola Municipal
Nunila Ivo Frota e o Colégio Municipal Zelinda
NÚCLEO DE ARTE

Artes manuais
A arte tem um papel muito importante na formação integral • Aquarela – pintura com lápis
do educando, pois possibilitam o desenvolvimento da • Recorte e colagem
sensibilidade, da criatividade e demais potencialidades desde • Pintura e confecção de adornos e telas.
os primeiros anos de vida da criança. Nasce no CEEEC no Assim o projeto evidencia sua eficácia através do universo
ano de 2017 o Projeto ‘’VivArte’’ através da implantação de lúdico e mágico favorecendo aos educandos o exercício da
oficinas de artes laborais. Conforme a Lei de Diretrizes e cidadania.
Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei 9.394, de Norma Fernandes de Souza
20/12/96, artigo 26, parágrafo 2° O ensino de arte constituirá
Componente curricular obrigatório nos diversos níveis da
educação básica, de forma a prometer o desenvolvimento
cultural dos alunos. (Brasil 1997:32) A arte deve considerar a
pessoa com deficiência enquanto um ser histórico social e
cultural. É fundamental nesse processo da descoberta pela
arte que o professor saiba o que propor e em quais situações,
elaborando atividades que possibilitem o desenvolvimento
de competências, bem como busque sanar dificuldades
apresentadas pelo educando. Para tal, é preciso compreender
a importância do fazer artístico como manifestação de
atividade criativa do homem no mundo, para assim
determinar a importância da arte na escola. Quanto a
inserção dos alunos nas oficinas de artes laborais se dará após
análise do perfil vocacional de cada aluno, que dessa forma os
participantes possam meio à satisfação pessoal desenvolver
de forma eficaz suas habilidades e ao mesmo tempo interagir
com o ambiente social. Assim, arte como meio lúdico é
considerada um dos fatores que favorecem o
desenvolvimento da autoestima dos educandos, pois
desencadeia experiências importantes como o prazer em
aprender através da descoberta, o reconhecimento das
potencialidades físicas, emocionais, cognitivas e sócio
culturais. Enfim, a arte é uma experiência plena para o ser
humano. O Projeto VivArte, visa estimular os estudantes a
usar criatividade nas produções e por isso é importante
oferecer aos alunos uma ampla variedade de materiais e
ensinar pequenas técnicas. O foco não e a formação de
artistas profissionais, mas sim de estudantes que se
enxerguem da sua própria aprendizagem de forma criativa. O
projeto acontece a partir das seguintes oficinas:
• Pintura de tecido
• Artesanato com palitos
• Oficina de bijuterias
• Confecção de tapetes
• Reciclagem (utilizando sucatas) confecção de
objetos diversos.
CORAL

O coral do CEEEC é formado por crianças, jovens e adultos que, Refletindo sobre a necessidade em se considerar o universo
através da oficina, têm a oportunidade de exercitar a voz e o sonoro/musicado aluno no desenvolvimento de uma educação
corpo, cantando canções de universos musicais variados, sem se musical significativa, viu-se também a necessidade de construir
distanciar da cultura local, que representa a lente principal para uma metodologia baseada na cultura do aluno, explorando o que
os diversos gêneros musicais a que são levados a experimentar. lhe é familiar, partindo de uma realidade, ao mesmo tempo
As aulas contam, com exercícios de respiração, vocalizes, oportunizando o acesso a novos caminhos com relação a
alongamentos, além de experimentação sonora através de conhecimentos musicais. Assim, este projeto busca se
variações timbrísticas da voz, propriedades sonoras e os sons do familiarizar com o repertório musical trazido pelos alunos
próprio corpo, como também, apreciação de diversos estilos participantes, acentuando também a importância de se trabalhar
vocais. a partir dessa realidade, pois faz com que a criança, o jovem e o
adulto busquem novos meios de expressão a partir do que é
proposto.
Professora responsável: Maria Lima

No coral aprendi a disciplinar mais a


voz, a maneira de cantar e também
passei a conhecer melhor as
notas musicais.
Aluno Ricardo

Estou no coral do CEEEC porque adoro cantar.

Aluna Karine

O coral é muito bom, fazemos


amizades, está me ajudando
a lidar melhor com a timidez e
ajustar minha voz. Gosto muito de
música.
Aluna Andressa
O coral é uma coisa muito boa, aprendi a cantar melhor, a
compartilhar com outras pessoas um pouco dos meus
conhecimentos musicais. Hoje me sinto muito feliz.
Gosto muito de música.
Aluna Luzia Eu canto na igreja, na escola
e no CEEEC.
Aluna Adriana

Gosto do coral porque

Estou no coral por que adoro cantar.

gosto de músicas. Aluna Maria Vitória

Aluna Joice

Eu sempre gostei de ouvir músicas! Fazendo parte agora do coral passei a gostar
mais ainda e comecei aprender novas técnicas.
Aluno Leandro

Eu sempre gostei de ouvir músicas! Fazendo parte agora do coral passei a gostar mais ainda e comecei
aprender novas técnicas.

Aluno Leandro

Com o coral eu aprendi muitas coisas como conhecer as notas musicais e disciplinar a minha voz. A música é
tudo na minha vida.

Aluno Rodinei
OFICINA DE DANÇA DO CEEEC
O que você está fazendo nesse exato momento? Talvez você nem
tenha se dado conta de que esteja dançando! Sim! Dançando! Para
Klauss Vianna, renomado bailarino e coreógrafo brasileiro,
“dançar não é suar a camisa”, somente. Para ele, isso pode ser
traduzido como ginástica. Dançar também tem a ver com
consciência da emoção e intenção nos gestos. E pasme: “A dança
também se faz pensando e sentindo”.
A OFICINA DE DANÇA CEEEC tenta se inspirar nesse
conceito. É um projeto de expressão corporal idealizado e
desenvolvido a partir do AEE – Atendimento Educacional
Especializado no próprio CEEEC - Centro Estadual de Educação
Especial de Caetité, como uma estratégia para o desenvolvimento
dos processos mentais da Pessoa com Deficiência e Transtornos.
Uma possibilidade psicomotora capaz de escrever no cérebro as
respostas para as suas dificuldades perceptivas, motoras,
emocionais. É idealizado e desenvolvido pela Profª Rose Costa,
apoiado pela Diretora Telma Jaine Cardoso Teixeira Bonfim e
colaborado pela professora Ivanete da Silva Souza e demais
professores do e no Centro Estadual de Educação Especial de
Caetité, junto à Pessoa com Deficiência e Transtornos da
Aprendizagem. Tem como objetivo trabalhar a expressão corporal
como potencializadora: da funcionalidade do corpo e das suas
possibilidades particulares e sociais; do emprego correto da
emoção nos gestos; do corpo como elemento psicomotor
fundamental para a emancipação da leitura e da escrita na sua
caminhada de sujeito aprendente. Sobretudo, um caminho para
aceitar-se, emancipar-se e ser feliz. Para fazer ARTE!
“Perdido seja o dia em que não se dançou nem um só dia.”
Nietzsche.
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL

Além do Atendimento Educacional Especializado - AEE, o Centro Já existem oito produções audiovisuais no Catálogo de
Estadual de Educação Especial também oferece aos seus alunos edições do CEEEC, são eles: “Família: base de tudo”,
projetos diversificados. Dentre eles, a oficina de produção “Era uma vez...”, “Documentário institucional -
audiovisual. CEEEC”, “Registro de Evento - Transformaê 2018”,
Desde o ano de 2018, o Núcleo de Audiovisual do CEEEC realiza “Folclore”, “O verdadeiro significado do Natal”, ‘Zap
produções de artes cênicas ligadas a multimídia e tem como Zap’ em Família” e “Carcará”. É importante salientar
principal objetivo a participação dos alunos como protagonistas que todos os enredos dos filmes produzidos carregam
das peças e dos filmes propostos, estimulando a interação e a reflexões acerca dos temas trabalhados.
autoestima. Neste ano de 2019, já existiu dois projetos em
A elaboração destes projetos inicia-se com a organização dos andamento: O vídeo midiático que divulgará o trabalho
roteiros, preparação dos figurinos, cenários e filmagem, realizado no CEEEC e o novo projeto com a participação
encerrando com as edições de imagem e som. Essas etapas são dos alunos chamado” Respeito às Diferenças” que já
coordenadas pelas professoras de AEE Rita de Cássia Neves de está em construção.
Jesus e Ivonildes de Santana Santos.
CEEEC EM MOVIMENTO

Caminhada pela Inclusão

O CEEEC com o objetivo de fomentar e fortalecer a luta em defesa


dos direitos da pessoa com Deficiência e sensibilizar a sociedade
sobre a importância, aceitação e valorização quanto às diferenças,
promove todos os anos a CAMINHADA PELA INCLUSAO.
Realizada no mês de setembro na semana em comemoração aos
direitos da pessoa com deficiência.
Transformaê
Visando efetivar a construção do processo de inclusão
socioeducacional, o CEEEC realiza anualmente o TRANSFORMAÊ
(projeto proposto pela Secretaria da Educação do Estado), com
atividades que envolvem toda a comunidade escolar e local. Nesse
evento, o CEEEC abre as portas para receber toda a comunidade
com atividades apropriadas para crianças, jovens e adultos,
promovendo participação e aprendizagem.
Projetos Internos
Visando promover um Atendimento Educacional Especializado
(AEE) de maior qualidade e ainda mais inclusivo, o CEEEC realiza
vários projetos pedagógicos internos para garantir a aprendizagem
e o pleno acesso das pessoas com deficiência e transtornos globais
do desenvolvimento à aprendizagem. Essas
ações, são realizadas pelo corpo docente da instituição, levando em
consideração as especificidades de cada núcleo dessa modalidade
de ensino. Dentre os projetos, destacam-se o de Ivan Cruz,
Girassol; Meu Álbum, Minha Vida; Festas juninas: Sexualidade e
Saúde; Oficinas de Xadrez; Memórias do Sertão, Beleza surda,
Identidade e Cidadania, Mosaico, dentre outros.
que irão favorecer a autonomia e a posse do conhecimento escolar,
Oficina nas Escolas
trabalhado em sala comum.
CEEEC EM AÇÃO

Oficina com alunos do Colégio Mundo Colorido

A inclusão de alunos público-alvo da educação especial pelo Ceeec


visa principalmente pensar e propor ações que efetivem o acesso e
permanência dos alunos de inclusão. Paralelamente, a demanda
por um ensino inclusivo de fato apresentou-se como oportunidade
de uma nova aprendizagem, e as atribuições do professor do
Atendimento Educacional Especializado, postas em prática na
oferta de oficinas em espaços com alunos inclusos para a
sensibilização da comunidade escolar sobre as necessidades de
cada aluno, a importância da participação de todos no processo de
inclusão, além da elaboração de materiais didáticos e pedagógicos
segundo as necessidades educacionais dos alunos atendidos, a
articulação constante com os professores da sala de aula comum,
com objetivo de acompanhar a aprendizagem deste aluno no
ensino regular, proporcionando a participação nas atividades
escolares.
Se considerarmos a essência do trabalho do AEE, quando
afirmarmos o direito à singularidade de cada estudante,
poderemos construir com maior consistência a mediação que
possibilite ao aluno sentidos de afetos e de interações entre sujeitos
Oficina com alunos do curso de Geografia – UNEB
A inclusão nas escolas traz para o sistema educacional novos
A parceria estabelecida entre as
desafios, exigindo que repensemos o seu papel na formação dos
Escolas e o Centro Estadual de futuros cidadãos, as suas concepções de aprendizagem, as
Educação Especial de Caetité – CEEEC adequações dos espaços físicos e dos materiais pedagógicos para o
atendimento dos alunos com deficiência.

DEPOIMENTOS DOS GESTORES DAS Com o objetivo de superar esses desafios, firmamos nos anos de
2017 e 2018 uma parceria com o CEEEC, por ocasião, de
ESCOLAS COMUNS
recebermos na Unidade de Educação Infantil Daisy França
Barreira de Alencar, um aluno surdo. Uma parceria que rendeu
IEAT - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ANÍSIO bons frutos.
TEIXEIRA – ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL O atendimento educacional especializado do CEEEC foi
Uma das missões do Instituto de Educação Anísio Teixeira é fundamental nesse processo de acolhida e inclusão da criança ao
promover a inclusão social. ambiente escolar, dando-nos o apoio necessário na organização
Nesse sentido, no intuito de acolher jovens que possuem algum dos recursos pedagógicos.
tipo de deficiência, o IEAT articulou uma importante parceria Assim, foram ofertadas para a turma da pré-escola oficinas de
com o CEEEC. Essa instituição está sendo fundamental no Libras (Língua Brasileira de Sinais), ministradas quinzenalmente
acompanhamento e assistência na formação educativa dos pela professora itinerante Eva Alzira da Silva Dias. E para realizar
nossos estudantes, no que se refere à aplicabilidade de ações o acompanhamento diário da criança surda na sala de aula,
pedagógicas embasadas no princípio da atenção à diversidade e contamos com a instrutora da Libras Nayra Lavine dos Santos
educação de qualidade para todos, observando, acima de tudo, os Pinheiro.
aspectos cognitivos, emocionais, psicossociais e culturais. Todas as atividades realizadas priorizaram a adequação em Libras
É importante mencionar ainda o empenho dessa unidade no dos conteúdos e das tarefas escritas, o que facilitou o entendimento
apoio dado ao profissional da educação que acolhe esses jovens, da criança surda e a promoção de uma aprendizagem significativa
através de palestras, oficinas, visitas periódicas, pré-agendadas para todos.
ou sempre que se fazem necessárias. O trabalho dessas profissionais juntamente com a professora da
Assim, essa aliança fortalece e assegura o direito do aprendiz a turma regular foi permeado de muito diálogo, compromisso,
participar de uma comunidade educacional de forma digna e colaboração e dedicação, o que possibilitou a continuidade e o
igualitária, estando assim, apto a ser incluídos nos diversos sucesso das ações, pois os sinais da Libras ensinados nas oficinas
contextos sociais. eram exercitados diariamente pelas crianças nas aulas, com o
auxílio da instrutora.
A convivência entre crianças com e sem deficiência proporcionou
Maria Cristina Cardoso Gondim -
Gestora do IEAT a elas a vivência de valores essenciais para a vida, como a ajuda
mútua, a solidariedade e a empatia. Estas tiveram a oportunidade
de vivenciar e aprender com as diferenças do outro, trocando
experiências e construindo novos saberes.

Maria Regina de Souza Xavier – Gestora da Unidade Educacional


Daisy de Alencar

UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL DAISY


FRANÇA BARREIRA DE ALENCAR –
ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL
O Centro Estadual de Educação Especial de Caetité – CEEEC tem
se destacado pelo trabalho de excelência que vem desenvolvendo
nas escolas do nosso município, buscando a inclusão das pessoas
com deficiência na rede regular de ensino como forma de garantir
os seus direitos de acesso ao conhecimento e de interagir com
outras pessoas.
Temos algo de muito nobre em comum: quando acreditamos

ESCOLA RAIOS DE SOL – ESCOLA DA e buscamos meios para conseguir o que almejamos, ainda que

REDE PRIVADA enfrentando os obstáculos alcançamos a vitória. Nós


mediamos, os nossos educandos, protagonizam.
A Escola Raios de Sol, unidade da rede particular de ensino, Somos gratas ao CEEEC pela assistência constante, pelo
fundada no ano de 2011 atende dois segmentos, a Educação apoio, pelos ensinamentos e pela compreensão que nos
Infantil e o Ensino Fundamental I. Desde o início de seu motiva, para seguirmos desenvolvendo o nosso trabalho com
funcionamento, já realizava matrícula de alunos com afinco.
deficiência, sendo que, com o passar do tempo houve um
aumento considerável dessa clientela. Maria Nilza Fernandes Oliveira Alves –
Gestora da Escola Raios de Sol
A parceria com o Centro Estadual de Educação Especial de
Caetité, CEEEC, que celebra seus 10 anos, foi estabelecida em
2012, trazendo-nos maior segurança e direcionamento nas
ações voltadas para a inclusão escolar, agregando força e
empenho a Raios de Sol, que, naquele tempo, dava os seus
primeiros passos, surgindo no cenário da educação do nosso
município.
Conforme o número de alunos com deficiência foi
aumentando, surgia a necessidade de estarmos debruçando
em leituras, pesquisando acerca de cada especificidade,
reunindo com o corpo docente na formação continuada,
mantendo o diálogo com as famílias, mobilizando a
instituição para um novo despertar, enfrentando desafios, em
busca de possibilidades. Nesse tempo já tínhamos crianças
com Síndrome de Down, TEA e TDAH.
A contribuição do CEEEC, através das Professoras do
Atendimento Educacional Especializado -AEE, por meio do
serviço de itinerância, no papel de interlocutoras da
acessibilidade, apontando caminhos, tem sido imprescindível
para nós.
A cada ano fomos estreitamos ainda mais esta relação, Escola
e CEEEC, na troca de informações, apoio mútuo e as
orientações que que viabilizam a prática educativa, adaptação
curricular, estratégias pedagógicas acessíveis. No início de
cada ano letivo, promovemos a Semana Pedagógica
requisitamos a participação das profissionais do CEEEC que
sempre se colocaram à disposição. Manter esse vínculo tem
nos proporcionado muitos ganhos que envolve e beneficia as
famílias dos nossos alunos com deficiência.
Vale destacar, a importância dos eventos que o CEEEC
promove, envolvendo as instituições da rede regular de
ensino e a comunidade em geral, a exemplo da Caminhada
em defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que
acontece todos os anos, de modo brilhante. Isso tem refletido
positivamente, pois enquanto participam, as crianças
desenvolvem a conscientização.
A Escola Raios de Sol e CEEEC consolidam uma história
pautada no valor humano, na sensibilidade e no crescimento.
1Especialista em Educação Especial: deficiência visual- UNEB, professora
de AEE, Deficiência Intelectual - CEEEC.
1Especialista em Educação Especial: Deficiência Visual- UNEB, Professora
de AEE, Apoio Pedagógico e Baixa Visão – CEEEC.

Produção de pesquisas do CEEEC


A parceira família – escola no sucesso escolar do sujeito
surdo: um olhar docente

Cynara Martins Cotrim Carlos¹


Eva Alzira da Silva Dias²
Telma Jaíne da Silva Cardoso

Resumo

Esse estudo surgiu da seguinte questão: qual o olhar do educador em


relação ao papel da família, frente aos desafios da inclusão do aluno
surdo na escola regular? Baseou-se nos seguintes teóricos: Arroyo
(2004,2007), Skliar (1998,2004) e Perrenoud (2002). Objetiva
analisar as relações de interação e colaboração entre o professor e a
família do aluno surdo no processo ensino-aprendizagem deste
sujeito, numa Escola de Ensino Fundamental e Médio de Caetité. A
Pesquisa-Ação foi adotada como caminho metodológico, com a
aplicação de questionários e entrevistas, envolvendo 10 professoras
e 04 mães de alunas surdas. No estudo verificou-se que as famílias,
diferentemente das atitudes passivas observadas tempos atrás,
posicionaram-se em defesa dos direitos dos seus filhos e percebem o
movimento educacional inclusivo nas escolas regulares, embora
considerem que este movimento ainda não resulte numa educação
de qualidade para o surdo. Enquanto que os docentes sinalizam para
a necessidade de conhecer a língua de sinais e a cultura surda e
também de aproximar a família da escola, buscando torná-la
participante do processo de formação escolar do (a) filho (a). Sugere-
se a continuidade dessa Pesquisa-Ação com a construção de uma
cartilha que indique ações colaborativas para o processo educacional
inclusivo do surdo.
O papel do professor itinerante no processo de inclusão:
um debruçar sobre sua prática Palavras-chave: Surdez. Família. Escola. Educação Inclusiva.

Cymone Martins Cotrim Teixeira¹ ________________________


Gilca Grácia Fernandes Costa²
Lucélia Lôbo Teixeira ¹Mestranda em Letras – PROFLETRAS (UESB), Especialista em Educação
Especial: deficiência auditiva- UNEB, Proficiente em Libras –
Resumo PROLIBRAS, Professora de AEE, Língua Portuguesa como segunda língua
para surdos.
Este artigo analisa o papel do professor itinerante na construção de ²Especialista em Educação Especial: deficiência auditiva – UNEB,
uma escola inclusiva. Frente à importância da relação do professor professora de AEE, em Libras.
itinerante com a escola regular para a promoção do
desenvolvimento integral do deficiente visual, intenta-se com este Especialista em Educação Especial: deficiência auditiva – UNEB, Diretora
trabalho analisar o seu papel no processo de apoiar, complementar – CEEEC.
e, por vezes, suplementar a proposta pedagógica da escola regular.
Para efetivação da análise, desenvolveu-se um estudo exploratório
com abordagem qualitativa, que contou com a participação de
Orientação e mobilidade – como os pais lidam com seus
professores do ensino itinerante, professores do ensino regular,
filhos
alunos com deficiência visual inseridos no ensino regular e alunos
videntes da classe inclusiva. A coleta de dados foi feita por meio de Débora Azevedo de Matos Silva¹
observações na escola, entrevistas semi-estruturadas com os Sônia Souza Carvalho²
professores, alunos e diretores, além de oficinas de intervenção
com os diferentes seguimentos envolvidos na pesquisa. Os Resumo
resultados mostraram que o ensino itinerante, apesar de ser uma
modalidade de atendimento oferecida no ensino regular para O presente artigo busca apresentar e discutir a contribuição dos
pessoas com deficiência, não conseguiu construir sua identidade e pais, no que se refere ao uso das técnicas de orientação e
funcionalidade na escola. mobilidade pelos filhos cegos ou que tem baixa visão acentuada. O
Palavras-chave: Educação Inclusiva. Ensino itinerante. Ensino
tema é discutido a partir da realidade vivenciada pelas famílias de
regular. Deficiência visual
pessoas com deficiência visual. Para fundamentação teórica deste
_______________________ estudo, recorremos aos autores: Bueno (2003), Aranha (2004),
Hoffman (1999), Diniz (2007), Ribas (2003) e outros. Tem como
1Mestranda em Ensino - PPGEn-UESB, Especilaista em Educação objetivo analisar a participação dos pais no processo
Especial: deficiência visual - UNEB, Professora de AEE, Braille- CEEEC.
de inclusão escolar de alunos da escola pública, em função de
proporcionar independência e autonomia na sua locomoção. A
opção metodológica foi a pesquisa-ação com a intenção de realizar
intervenções ao longo do processo de investigação. Foram feitas
entrevistas com alunos deficientes visuais e seus pais, e oficinas
para vivências práticas. Os sujeitos envolvidos na pesquisa são
atendidos no Centro Estadual de Educação Especial de Caetité,
espaço também selecionado para investigação empírica. O estudo
mostrou que os pais fazem poucas intervenções em relação ao uso
das técnicas de orientação e mobilidade, por não ter
conhecimentos básicos sobre o assunto e também por perceber
ainda seus filhos como pessoas frágeis, optando por protegê-los, no
lugar de lhes proporcionar independência. Como parte das
intervenções foram prestadas aos pais pertinentes ao processo de
locomoção e mobilidade.

Palavra-chave: Orientações e mobilidade. Família. Deficiência visual.


Autonomia.

____________________

¹ Especialista em Educação Especial: deficiência visual – UNEB, professora


de AEE, Soroban – CEEEC.

² Mestre em Letras PROFLETRAS -UESB, Especialista Educação


Especial: deficiência visual, Especialista em Deficiência Intelectual e
graduanda em Educação Especial.

O lúdico na aquisição da leitura e da escrita de alunos


com deficiência intelectual
Recursos computacionais para o auxílio das pessoas
Normaci Fernandes Figueiredo1
cegas na sala de aula*
Santa Alves da Silva Martins2
Silene Fernandes Pereira3 Glaucinéia Pinto Cardoso¹
Resumo Este trabalho apresenta um estudo realizado sobre a acessibilidade
dos deficientes visuais ao computador na sala de aula, pelo uso dos
Como o lúdico pode contribuir na aquisição do processo da escrita softwares como os leitores de tela o Jaws, NVDA e pelo sintetizador
e da leitura de alunos com deficiência intelectual? Foi partindo de voz o Dosvox, que, respectivamente, permitem a utilização de
desse questionamento que este estudo foi desenvolvido, computadores por pessoas que apresentam deficiência visual total.
respaldado por expressivos referenciais teóricos, tais como: Esta pesquisa vai de encontro aos pontos mais relevantes
Ferreiro e Teberosky (1985), Vygotsky (1984), Le Boulch (1987), observados no meio social, quando a referência é o
Godoy (2011), entre outros. Assim, ancorado em teorias como a deficiente visual e o seu o acesso à escola, através da
psicogênese, a psicomotrocidade e o sócio-interacionismo, o utilização de softwares que permitem a acessibilidade
presente estudo tem como objetivo constatar de que forma o lúdico aos mesmos, em destaque, três destes sistemas de
favorece a aprendizagem da escrita e da leitura de alunos com processamento: Jaws, NVDA e Dosvox; estes são
deficiência intelectual, nas salas de Atendimento Educacional programas de acessibilidade que podem ser utilizados pelos
Especializado (AEE), do Centro de Educação Especial de Caetité deficientes visuais em sala de aula, o que contribui para a
(CEEEC). Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada na integração e socialização na utilidade do computador como
referida instituição, com três alunos que apresentam essa recurso didático para estas pessoas. No cenário atual, é
deficiência, com faixa etária de 06 a 12 anos que já frequentam o pertinente que o professor crie situações de ensino
ensino regular. Foi possível verificar que a evolução da leitura e da aprendizagem operando o computador como recurso
escrita das crianças com deficiência intelectual pode ser facilitada primordial. A inclusão digital é de extrema importância
por meio de atividades lúdicas bem orientadas, uma vez que jogar para todas as pessoas, inclusive para o individuo cego.
e brincar são atividades que, certamente, contribuirão no
desenvolvimento de sua psicomotricidade no contexto do processo Palavras-chave: Acessibilidade. Pessoa com deficiência.
escolar. Softwares.
Palavras-chaves: Lúdico, Escrita. Leitura. Deficiência _________________________________
intelectual. Aprendizagem.
¹Especialista em Linguagens Códigos e suas Tecnologias-FACINTER;
_________________________
Especialização em Formação Continuada em Mídias na Educação- UESB;
1Especialista em Educação Especial: deficiência intelectual – UNEB, Professora de informática Educativa – CEEEC.
Professora de AEE – Deficiência Intelectual - CEEEC.
2 Especialista em Educação Especial: deficiência intelectual – UNEB,
professora de AEE – Deficiência Intelectual- CEEEC.
3 Mestre em Letras – PROFLETRAS (UESB), Especialista em Educação
Especial: deficiência intelectual – UNEB professora de AEE – Deficiência
Intelectual-CEEEC.
Este trabalho tem como objetivo discutir a importância da
mediação familiar para a promoção do desenvolvimento cognitivo
da criança com deficiência visual. O tema decorre de questões
levantadas ao longo de minha prática no Atendimento Educacional
Especializado (AEE) no Centro Estadual de Educação Especial de
Caetité – BA (CEEEC), como professora de Braille. Realizaram-se
entrevistas informais com as famílias das crianças com deficiência
visual, bem como observação direta, além de um criterioso
levantamento bibliográfico acerca do papel da família na
estruturação da criança no espaço em que está inserida, a partir
das vivências cotidianas. Entende-se que será necessário construir
uma aliança entre pais e agentes da escola, de modo a permitir que
a criança se sinta aceita em um meio escolar no qual predomine a
igualdade de direitos.

Palavras-chave: Cegueira. Família. Mediação. Inclusão

______________________
1Artigo publicado na Revista Benjamin Constant, edição 58 volume 2 -
Julho - Dezembro de 2015.
² Mestranda em Ensino - PPGEn-UESB, Especialista em Educação
Especial: deficiência visual- UNEB, Professora de AEE, Braille- CEEEC.

“O SURDO QUER FACULDADE”: entraves e perspectivas


no acesso de surdos ao Ensino Superior na região de
Guanambi-BA

Ana Marta da Silveira Caldas¹

RESUMO

O trabalho intitulado “O surdo quer faculdade”: entraves e


perspectivas no acesso de surdos ao Ensino Superior na região de
Guanambi-BA é resultado da conclusão do curso de Especialização
em Práticas Docentes Interdisciplinares, oferecido pela
Universidade do Estado da Bahia, Campus VI, Caetité e teve como
objetivo analisar as propostas educacionais e os processos seletivos
de ingresso ao ensino superior, verificando se estes possibilitam,
de fato, o acesso do surdo, egresso da educação básica, à
universidade. O estudo aborda o ser surdo na perspectiva da
diferença, o que possibilita uma abordagem cultural do surdo,
como sujeito que possui uma experiência visual. Considera ainda
que, as propostas curriculares da formação básica e os processos
seletivos para ingresso ao Ensino Superior devem estabelecer um
diálogo com a cultura surda. A pesquisa, de cunho qualitativo,
envolveu quatro surdos egressos do Ensino Médio de uma escola
pública do município de Guanambi – BA e recorreu à entrevista
semiestruturada para coleta dos dados. Após a análise foi possível
perceber que as propostas de educação para surdos na educação
básica, assim como os processos seletivos, muitas vezes,
desconsideram a sua identidade e sua cultura, o que dificulta o seu
acesso à universidade. Este estudo foi publicado, em forma de
artigo, pela editora CRV, no livro Universidade e escola: reflexões
e práticas interdisciplinares.

Palavras-chave: Surdos. Propostas Educacionais. Ensino


Superior.

_________¹Especialista em Língua Brasileira de Sinais, Proficiente em


Libras – PROLIBRAS, Professora no AEE de Libras para surdos no CEEEC.
O DESENHO COMO FERRAMENTA DE

A importância da mediação familiar para o processo de


inclusão da criança com deficiência visual: um estudo de
caso¹

Cymone M. Cotrim Teixeira²

RESUMO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PELO ALUNO COM
DEFICIÊNCIA VISUAL¹

Cymone Martins Cotrim Teixeira²


Resumo

O presente trabalho insere-se no âmbito da pesquisa aplicada.


Origina-se da prática como docente no Centro Estadual de
Educação Especial de Caetité- CEEEC; onde foi manifestado o
interesse em utilizar o instrumento de desenho adaptado para
alunos com deficiência visual no trabalho de interpretação de
fábulas, textos e histórias. Foram aplicadas propostas de leituras e
desenhos durante os atendimentos de Braille, no período entre
abril/2014 e março/2015. Tendo como objetivo demonstrar o
desenho como ferramenta de interpretação de textos pelo aluno
com deficiência visual, têm-se como base teórica os estudos de
AMIRALIAN (1997), DUARTE (2003), dentre outros. O que se
apreendeu do estudo e que ficou de base para novos estudos, são
as possibilidades de utilização do desenho como ferramenta para
favorecer a aprendizagem, participação e expressão artística dos
alunos com deficiência visual e melhoria de seu atendimento em
classes comuns como representação de conhecimento e de
comunicação da pessoa cega.

Palavras-chave: Deficiência Visual; Desenho; Interpretação de


Textos.

________________________
² Especialista em Educação Especial: deficiência auditiva – UNEB;
¹Publicado nos anais do III Seminário Internacional Formação em Tradução e Interpretação de Libras no Contexto
Cooperação Brasil-Quebec: diversidade e educação, 2017. Educacional; Professora de AEE, EDPM em Libras – CEEEC.A
² Mestranda em Ensino - PPGEn-UESB, Especialista em Educação
Especial: deficiência visual- UNEB, Professora de AEE, Braille- CEEEC.

ESCRITA DE TEXTOS EM LÍNGUA PORTUGUESA POR


ALUNOS SURDOS: ASPECTOS LINGUÍSTICOS
Um olhar sobre o processo inclusivo do aluno com
deficiência na escola comum Cynara Martins Cotrim Carlos¹
Eva Alzira da Silva Dias¹ RESUMO
Resumo Neste artigo, apresentamos um recorte de nossa pesquisa sobre o
processo de (re) escrita de textos: marcas de autoria na escrita de
alunos surdos que se insere na linha de pesquisa do Mestrado
Este estudo objetiva analisar a inclusão de alunos com deficiência Profissional em Letras, pela Universidade Estadual do Sudoeste da
na escola comum. Refletir sobre os desafios da política de formação Bahia e encontra-se em processo. Este trabalho tem como
docente é compreender que o ato de ensinar na diferença é um dos referência discussões e estudos já realizados em torno da produção
principais saberes que se impõem ao professor na escrita em língua portuguesa por estudantes surdos devido às
contemporaneidade. É nesse olhar que se encontra a essência para dificuldades nas construções linguísticas que essa população
nossa constituição como sujeito histórico-social, possibilitando específica apresenta. Embasamos os construtos teóricos na
reflexão sobre a inclusão como resultado de uma aprendizagem reflexão sobre a linguagem de Vygotsky (1996) e no dialogismo
dialógica. Essa pesquisa se ancora em metodologia qualitativa a como constitutivo da linguagem de (BAKHTIN, 2002). A
partir da revisão literária de base teórica como: Fernandes (2006), metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa (LUDKE;
Sassaki (1997) e Mittler (2003) dentre outros e, de base ANDRÉ;1986; BOKGAN; BIKLEN,1994) desenvolvida por meio de
documental ancorada na Constituição Federal (1988), LDB uma pesquisa de caráter interventivo por meio da pesquisa-ação.
9394/96, além de outras Leis e Decretos que asseguram a inclusão A produção dos textos teve por base as orientações pelo
de alunos com deficiência na escola comum. A análise da pesquisa procedimento da Sequência Didática (DOLZ, NOVERRAZ E
aponta para a formação do professor como meta principal a ser SCHNEUWLY, 2004, p.97). A partir da análise da produção
alcançada no sistema de educação, valorizando a diversidade e o escrita, ficou constatado que ocorreram algumas alterações
fazer pedagógico em suas práticas cotidiana buscando morfossintáticas e lexicais e que elas são a interferência da Libras,
implementar as políticas públicas de inclusão na construção de na aprendizagem da língua portuguesa escrita pelos surdos. O
uma educação de qualidade. Dessa forma, o processo de estudo e domínio do português escrito deve partir da língua de sinais, pois
reflexão deve permear em suas múltiplas dimensões, tendo a sala ela dará toda a base linguística para a aprendizagem da Língua
de aula como estratégias formativas, garantindo, não apenas o Portuguesa e acontecerá de maneira mais efetiva por meio da
acesso, mas a permanência e aprendizado de todos educandos. mediação professor/aluno.

Palavras chave: Educação Inclusiva. Prática Pedagógica.


Formação Docente. Palavras-chave: Português como segunda língua. Marcas
linguísticas. Reescrita.
___________________________
____________________________

¹ Mestranda em Letras – PROFLETRAS (UESB), Especialista em


Educação Especial: deficiência auditiva- UNEB, Proficiente em Libras –
PROLIBRAS, Especialista em Libras, Professora de AEE, Língua origem com a inquietação no que diz respeito à aquisição da
Portuguesa como segunda língua para surdos- CEEEC. habilidade de leitura, pelos alunos com déficit intelectual, que
frequentam a escola regular e o Centro de Educação Especial da
cidade de Caetité, estado da Bahia. A proposta tem como objetivo
O ensino da escrita com base na consciência fonológica: aplicar atividades lúdicas que foquem a aprendizagem da leitura.
desafios e contribuições para o aprendiz com dificuldade Nesta amostragem, foi explorado o jogo de tabuleiro “batalha
silábica”. Para tanto, optou-se por uma pesquisa participativa.
de aprendizagem e alunos do terceiro ano do Ensino
Partiu-se das abordagens de deficiência intelectual, leitura e jogo
Fundamental 1 como ferramenta pedagógica, para planejar um trabalho de
Silene Fernandes Pereira de Araújo2 intervenção pedagógica junto a dois alunos com deficiência
intelectual moderada. Para essa investigação, as técnicas utilizadas
Resumo na pesquisa foram a observação participante, a análise de
documentos, a intervenção, o registro e a análise dos dados. A
O presente estudo investiga a relação entre a consciência análise demonstrou que o processo de aquisição da leitura por
fonológica e o progresso na aprendizagem da escrita, tomando meio de atividades lúdicas, facilita a aprendizagem e acaba
como sujeitos uma aluna com dificuldades de aprendizagem, bem contribuindo para a inclusão do aluno. A pesquisa mostrou ainda
como os demais alunos da turma do terceiro ano do Ensino que trabalhar atividades de leitura fazendo uso também de jogos,
possibilitou maior envolvimento por parte dos alunos. Nesse
Fundamental, da Escola Municipal Maria Neves Lobão da cidade
sentido, conclui-se que, ao conciliar atividades de leitura com um
de Caetité - BA. Esta pesquisa pretende ainda apresentar uma jogo de tabuleiro, foi possível fazer com que os discentes
proposta de intervenção didática constituída de atividades que desenvolvessem estratégias de leitura, usassem seus
englobam estratégias para o desenvolvimento da consciência conhecimentos prévios e, ampliassem sua compreensão sobre o ato
fonológica que favoreçam o processo de aprendizagem da escrita. de ler.
Esta investigação assenta-se num estudo de caso, seguindo uma
metodologia qualitativa com vistas à observação dos resultados Palavras-chave: Inclusão. Deficiência Intelectual. Leitura. Jogo.
provenientes das análises dos dados obtidos a partir dos testes de
sondagem inicial e final aplicados aos participantes dessa pesquisa.
______________________
Este estudo está ancorado nas abordagens sobre aprendizagem da
escrita propostos por Cagliari (1994) e Oliveira (2005), bem como ¹Mestre em Letras PROFLETRAS -UESB, Especialista Educação
nas proposições sobre consciência fonológica apontados por Especial: deficiência visual, Especialista em Deficiência Intelectual e
Freitas (2004), Alves (2012) e Lamprecht (2004), entre outros. graduanda em Educação Especial, Professora de AEE, TGD- CEEEC.
Esses aportes teóricos assim como os resultados iniciais dessa
pesquisa nortearam a elaboração da proposta didática “Refletir
sobre os sons da língua e escrever”. Tal proposta, cujo objetivo é
estimular e promover o desenvolvimento das habilidades de
consciência fonológica para contribuir na aquisição e consolidação
da língua escrita, foi aplicada a uma aluna com dificuldade de
aprendizagem e aos alunos do terceiro ano do ensino fundamental,
que compõem a turma da qual essa aluna faz parte. Os resultados
obtidos a partir da sua implementação indicam que esta proposta
didática, em tese, abrange recursos e estratégias adequadas aos
propósitos que a fundamentam, constituindo-se, portanto, como
instrumento relevante para o ensino da escrita.

Palavras-chave: Consciência Fonológica. Escrita. Dificuldade de


Aprendizagem. Ensino Fundamental. Intervenção didática.

_____________________________

¹ Dissertação (Metrado Profissional em Letras) UESB, Vitória da


Conquista, 2018.

² Mestre em Letras – Profletras – UESB; Especialização em Educação


Especial: deficiência intelectual – UNEB, Professora de AEE, Deficiência
Intelectual- CEEEC.

CONTRIBUIÇÕES DO USO DAS MEMÓRIAS


O JOGO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: SENSORIAIS NO TRATO DAS DIFICULDADES DE
UMA PROPOSTA INCLUSIVA APRENDIZAGEM DO ATENDIMENTO EDUCAICONAL
ESPECIALIZADO – AEE: UM ESTUDO DE CASO
Sonia Souza CARVALHO¹
Rosineide Costa Brito dos Santos
O aprendizado da leitura por parte do aluno com deficiência
intelectual é um dos elementos sobre o qual se debruça a educação
inclusiva. Voltada para a prática de leitura dos alunos com essa Esse artigo objetiva apresentar e discutir as contribuições das
deficiência, esta dissertação de mestrado profissional apresenta os memórias sensoriais no trato das Dificuldades de Aprendizagens -
resultados da pesquisa: O jogo nas aulas de língua portuguesa: DA’s - de um aluno da rede regular de ensino, na 1ª série / 2º ano,
uma proposta inclusiva, desenvolvida no Programa de Mestrado atendido pelo Centro Estadual de Educação Especial de Caetité –
Profissional: PROFLETRAS, unidade da Universidade Estadual do CEEEC, a partir do Atendimento Educacional Especializado – AEE
Sudoeste da Bahia – UESB, Vitória da Conquista. A pesquisa teve - com dificuldades na decodificação das cores. Metodologicamente
este trabalho guiou-se pela pesquisa-ação por ajustar o processo
interventivo à investigação através de uma observação direta dos
indivíduos envolvidos no processo do AEE: aluno, mãe e escola. De
outra forma, tomou alguns aportes teóricos como base conceitual
para melhor compreender a problemática levantada. Seus
resultados mostraram fluentes contribuições das memórias
sensoriais no trato das DA’s. Entre outras, oportunizou a conquista
do equilíbrio cognoscente, a vontade para aprender e, sobretudo, a
compreensão da sua aprendizagem enquanto processo arrolado
pela experiência.

Palavras-chave: Dificuldades de Aprendizagens. Memórias


Sensoriais. Atendimento Educacional Especializado.

____________________________

1- Mestre em História, Psicopedagoga, Especialista em Educação Especial


e Inclusiva e formação em Altas Habilidades/ Superdotação, Professora de
AEE, Di – CEEEC A INTERVENÇÃO PSICOMOTORA EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO – TEA¹

Daniela Nascimento Ferreira²


A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Resumo
Telma Jaíne da Silva C.T Bomfim
O presente artigo tem como finalidade apresentar a importância da
intervenção psicomotora através da estimulação do sistema
RESUMO percepto motor em crianças com diagnóstico de Transtorno do
Espectro do Autismo. A proposta de intervenção apresentada visa
Este artigo tece considerações sobre a inclusão do estudante com mostrar como as atividades psicomotoras podem realizadas,
surdez na Educação Infantil, numa Unidade de Educação Infantil, estimulando o desenvolvimento interacional e cognitivo das
da rede municipal de Ensino, do município de Caetité – Bahia. A crianças com TEA e assim, facilitar o processo de aprendizagem
metodologia caracterizou por uma pesquisa de campo e teve como dos mesmos. O principal objetivo das atividades psicomotoras é
procedimentos de coleta de dados: a observação participativa do desenvolver os aspectos intelectuais, afetivos e motores
ambiente escolar, entrevistas com a gestora e as professoras da evidenciando a relação que há entre motricidade, mente e
turma observada e do Atendimento Educacional Especializado, a afetividade, facilitando assim, o desenvolvimento global da criança
mãe e análise do Projeto Político Pedagógico. Os resultados que vivencia diversas técnicas que os auxiliarão no processo de
demonstraram, que apesar do esforço da gestora e da professora crescimento e desenvolvimento como ser humano. O estudo
em comunicar com o aluno surdo, os relatos foram claros quanto a realizado permitiu visualizar a importância da intervenção
falta de formação para atendê-lo. Isto demonstra como a educação psicomotora em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo,
dos surdos ainda é fortemente marcada por uma concepção considerando o estudo de caso realizado através de pesquisa-ação.
ouvinte da educação, onde a maioria das atividades realizadas no Pudemos perceber alguns aspectos do desenvolvimento
ambiente escolar requer que a criança desenvolva a oralidade e psicomotor do estudante, que deixou claro o quanto este processo
escute. Diante da situação apresentada, o estudo poderá contribuir pode ser favorecido através da utilização de jogos e brincadeiras.
para a concretização de ações e desenvolvimento de políticas Ao incentivar o aluno através de estímulos diversos, auxiliando-o a
públicas para a efetivação da Educação Bilíngue. ser mais independe e a desenvolver a autonomia, contribuímos
significativamente para o seu desenvolvimento global.
__________________________________
Palavras – chave: Inclusão. Surdez. Educação Infantil.
Bilinguismo. ¹Artigo revisado em 2019.

² Psicomotricista -FACE; Especialista em Língua Portuguesa e Literatura


__________________________________
Brasileira-FIJ-RJ; Professora de AEE, TEA –CEEEC.
1- Licenciada em História e Pedagogia; Especialista em História Moderna
e Contemporânea – PUC/MG; Especialista em Educação Especial e
Deficiência Auditiva – UNEB; Especialista em Gestão Educacional;
Gestora do CEEEC.
MURAL DO CEEEC – Produções dos alunos

Consciência negra

Naquele tempo Famílias


Vivia os escravos
Algumas famílias representam união.
No chão sedento
Todos maltratados Nelas, todos são irmãos: uns de sangue,
outros de coração.
Pelo capataz
Tudo que ele faz se ajudando,
São ordens do patrão
Se dando as mãos!
Coitado dos irmãos
Que levam chicotadas
Algumas famílias
Nas senzalas
Com almas castigadas passam CONFIANÇA!
E, por isso, dão ESPERANÇA!
Naquele tempo
Havia sofrimento Esperança para seguirem em frente
Não aguento ver
E não deixaram de apostar na sua gente!
Tanto tormento

Discriminados
Algumas famílias trazem ALEGRIA!
Vida negra vida negro E quando se precisam,
Naquele tempo
lá estão elas:
Havia sofrimento
Não aguento ver mostrando o que é certo e errado.
Tanto tormento
Caminhando lado a lado.
Discriminados
Pela sua cor
Mas, em outras,
Não lhe deram valor
Nem tinham amor pode existir:
INTRIGA!
Vida negra vida negra
Negro não tinha direito BRIGA!
Viver na igualdade
CONFLITO!
De andar com liberdade
Consciência negra INIMIGO!
Marco Antônio ( DI)
Vida negra vida negra
Negro não tinha direito
Viver na igualdade
De andar com liberdade

Ricardo (DV)
Maria Aparecida (DI)

(anexar mais produções)


MERCADO DE TRABALHO
A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho
é um processo que vem ganhando espaço e está respaldada pela
Lei Nº 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas. É uma das mais
importantes iniciativas que oferece empregabilidade
constituindo como instrumento de valorização e conscientização
democrática. Nos últimos cinco anos, de acordo com
o Ministério Público do Trabalho, houve um aumento de 20%
na participação de profissionais com deficiência no mercado de
trabalho, mas ainda há muito a ser feito para que estes possam
exercer efetivamente seus direitos. As principais perspectivas
desses profissionais é o crescimento de oportunidades e a
garantia de acessibilidade, sendo reconhecidos como sujeitos
sociais e competentes. Portanto, otimizar a inclusão e valorizar
o potencial desses indivíduos a partir de mudanças na cultura das
instituições, que ainda veem pessoas com deficiência com um
certo preconceito, abrirá novos caminhos para a igualdade de
oportunidades e efetiva inserção das pessoas com deficiência no
mundo do trabalho.

Eu, Edvaldo de Jesus, morador do distrito de Lagoa Clara


Macaúbas-BA, sou deficiente visual, perdi minha visão aos 18
anos de idade e tinha parado de estudar na 4ª série do ensino
fundamental. Sempre tive vontade de voltar a estudar e isso só
aconteceu depois de muitos anos, quando descobri o Ceeec foi
lá que encontrei apoio e acompanhamento adequado com
profissionais qualificados e preparados para lidar com pessoas
com deficiência. Lá recebi aulas de Braile (sistema de escrita
para pessoas cegas e de baixa visão) aulas de informática,
Língua Portuguesa, matemática, soroban, orientações e
mobilidade adaptação de materiais, aulas de reforço entre outras.
e não termina por aí ; e o apoio e o incentivo que aquela equipe
de profissionais maravilhosos do Ceeec me deu. Hoje sou uma
pessoa bem resolvida, mesmo ter passado por muitos obstáculos
na escola “regular” encontrei muita dificuldade, o despreparo
dos profissionais, acessibilidade zero, não só a arquitetônica e
muito mais, enfrentei tudo e todos sempre com a cabeça erguida
e com uma boa alto estima, com apoio da minha família (esposa
Sou Hayala Hamá Araújo Silva e aos três anos de idade perdi a e filhos), consegui terminar o ensino médio, entrei na faculdade
audição devido uma meningite . Foi muito dificil para meus pais. e sou graduado em história. Consegui levar a minha vida
Me levaram para São Paulo na esperança que conseguiriam normalmente, seguir em frente, e não me canso de agradecer o
reverter o quadro da surdez. Enfrentei muita dificuldade na apoio que tive de toda equipe do Ceeec sem esse apoio
escola devido a falta de acessibilidade. Em 2009, com a criação dificilmente eu teria voltado a estudar. Para outras pessoas com
do CEEEC, novas possibilidades surgiram com a presença do deficiência digo o seguinte: “não fique em casa, volte a estudar,
intérprete na sala de aula e, no contraturno, o apoio oferecido vale a pena!”.
pelo AEE. Sou muito grata as meus professores que tanto me
ajudaram na construção do meu conhecimento e na vida
profissional. Hoje sou casada e tenho uma linda filha de 4 anos
de idade. Atualmente, resido em Vitória da Conquista e trabalho
na empresa Farmácia Pague Menos. Amo meu trabalho e me
sinto acolhida e respeitada por todos. Sou feliz!

.
preferido. A internet me ajuda a perfeiçoar meus desenhos.
Sempre faço pesquisa no youtube. Hoje com 25 anos de idade
faço arte para vender. A essência da arte está em minha infância
feliz. Amo natureza e curto cuidar do meu cavalo. Adoro treinar
coisas novas com ele. Gosto de viajar e conhecer lugares
diferentes. Ah, em 2018 fiquei muito feliz pois conquistei minha
carteira de habilitação. Agora posso dirigir tranquilamente. Eu
nasci surdo e tenho muitos parentes que são surdos. Aprendi
Libras no CEEEC e sou eternamente grato as professoras que
tanto me ajudaram a desenvolver meu potencial. Geralmente sou
chamado para visitar escolas e falar sobre minha história.

A história de José Neves é repleta de desafios e superação.


Nasceu surdo e a dificuldade na comunicação no contexto
familiar e escolar nunca foram motivos para desistir dos seus
objetivos. Aos 24 anos de idade foi para São Paulo e fez um
curso de cabeleireiro e dois anos após já estava atuando
profissionalmente. Explica: “Sempre sonhei proporcionar beleza
e alegria às pessoas e deixá-las felizes. Sinto orgulho pela
profissão e amo o que faço”. Há nove anos conquistou sua
carteira de habilitação e comprou seu primeiro carro. Em suas
falas, mencionou: “Sou grato ao CEEEC pela oportunidade de
vivenciar momentos importantes e aprender novos
conhecimentos com colegas surdos e professores que muito me
ajudaram”.

Meu nome é Rogério de Oliveira Pereira. Nasci em Igaporã e


aos 11 anos mudei para Caetité com minha família. Ainda jovem
comecei a trabalhar na fábrica de doce caseiro. Depois me mudei
para São Paulo e trabalhei numa Pizzaria por quase dois anos.
Meus pais ficavam muito preocupados e retornei para Caetité e
ajudava meus pais na fabricação de doces caseiros. Quando o
Ceeec foi fundado, voltei a estudar e foi muito bom. Nesse
período tive a oportunidade de trabalhar na Empresa Eólica de
Caetité, mas não me adaptei porque era perigoso e
principalmente porque não tinha acessibilidade comunicacional,
ou seja, ninguém sabia Libras. Mesmo com a cooperação e apoio
da professora do núcleo de surdos do Ceeec, foi muito difícil e
desistir do emprego. Em 2015, fui chamado para trabalhar na
Farmácia Pague Menos e sou feliz com a oportunidade de fazer
parte dessa equipe. Gosto do trabalho e dos meus colegas de
profissão e me sinto aceito por todos. Jeferson Ribeiro da Hora
Matos, iniciou o atendimento no CEEEC em 2014
permanecendo até 2017. Durante esse período trocou
experiências, cresceu como sujeito histórico social, traçou metas
e lutou para alcançar objetivos. Sempre sonhou em ser
caminhoneiro e viajar transportando mercadorias pelas capitais
do Brasil. Desejava conhecer os lugares bonitos e interessantes
Sou Uilian Souza Araújo. Sou surdo. Minha paixão é artes do nosso país. Sonho adiado! O mercado do trabalho lhe abriu a
plásticas. Desde criança fazia desenhos e hoje é meu hobbis porta das oportunidades, o seu primeiro emprego.
Jeferson foi contemplado com o programa jovem aprendiz, um
projeto do governo federal criado a partir da Lei da
Aprendizagem (Lei 10.097/2000), ingressando em 18/09/2017
no quadro de funcionários da Empresa Gerais Indústria de
Roupas LTDA, como auxiliar de produção. Gosta do que faz
dentro da empresa e sente respeitado pelos colegas criando um
vínculo de amizade. Os sonhos não param por aí! Ele deseja
crescer muito dentro da empresa, ser promovido. E ressalta:
“Quem quiser realizar seu sonho tem que ter fé, correr atrás,
batalhar e abraçar as oportunidades, pois vale a pena. Eu realizei
o meu sonho, amanhã pode ser você.”

A aluna Marta Léia Vilas Boas Chaves matriculou-se no


CEEEC em 2011 iniciando seus estudos em Braille, Soroban,
Orientação e Mobilidade, Letra cursiva, demonstrando interesse
e desembaraço para os estudos. Logo ingressou no CPA no
Instituto de Educação Anísio Teixeira, concluindo cada etapa de
ensino com dedicação e comprometimento. Assim que concluiu
o ensino médio a aluna quis dar continuidade aos estudos e optou
pelo curso de massoterapia que cursou pelo Instituto Mix –
Caetité - Ba, cursou ainda nesta mesma instituição o curso de
Gestão de Negócios. Passando a exercer suas atividades laborais
na área de Massoterapia. “Foi muito importante frequentar o
Centro de Educação Especial de Caetité-CEEEC, pois através do
apoio que recebi, concluí os meus estudos. Hoje sou uma
profissional na área da saúde, sou massoterapeuta. Obrigada
CEEEC pelo apoio”.
RECURSOS INCLUSIVOS

O caminho da inclusão educacional é um processo de construção coletiva em busca do pleno desenvolvimento e habilidades das pessoas
com deficiência. A educação inclusiva apresenta o desafio de oportunizar a todos o acesso a aprendizagem. Diante disso, o AEE tem um
papel preponderante na tarefa de viabilizar o processo de aprendizagem, autonomia e comunicação por meio das intervenções e do
fazer pedagógico. O aluno com deficiência precisa de recursos pedagógicos adaptados como instrumentos para facilitar e auxili ar o
aprendizado e a socialização, de acordo com suas necessidades e especificidades. Devido à escassez desses recursos didáticos, a prática
de confecção desses materiais faz parte da rotina dos professores/especialistas do CEEEC.
A seguir algumas adaptações pedagógicas produzidas no AEE.
(anexar mais fotos e legendar)
INFOGRÁFICO

O Centro Estadual de Educação Especial de Caetité – CEEEC tem um papel muito importante na promoção da inclusão das
pessoas com deficiência, pois atua diretamente com esse público e luta a dez anos pela defesa dos seus direitos. Assim, quanto mais
preparado e adaptado for o ambiente para receber essas pessoas, mais contribuirá para melhoria da qualidade de vida de todos.
A acessibilidade na escola também tem a ver com a valorização das diferenças colocando em evidência que elas fazem parte do cotidiano
das pessoas. Desse modo, todos os tipos de deficiência causam alterações (completas ou parciais) em uma ou mais áreas do corpo
humano, comprometendo a função física. E para que essas pessoas possam se locomover com segurança e autonomia é importante que
as escolas sejam projetadas para todos, uma vez que a Norma de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos (ABNT NBR 9050:2015) determina que escolas brasileiras públicas e privadas devem ser acessíveis. A obrigatoriedade visa ao
desenvolvimento da cultura de valores inclusivos na rede de ensino e traz diversos benefícios. O CEEEC se esforça a cada dia para
garantir essa acessibilidade ao seu público.

PAREDE COM
CORRIMÃO
auxilia a
locomoção de
cegos

ALARME DE
INCÊNDIO que
emite som e luz
para alertar
surdos

PISTA TÁTIL:
pisos de
orientação que
orienta cegos,
sinaliza porta ou
guichê à frente.

CORES ESCURAS E
CONTRASTANTES
(amarelo e azul) nas
portas mostram a
quem tem baixa
visão o limite entre
parede e porta.

PISO DA CALÇADA
podotátil facilita a
locomoção e orienta
cegos e pessoas com
baixa visão
ENTREVISTA

EU FAÇO PARTE DA HISTÓRIA DO CEEEC

“Um aprendizado de valor imensurável, de significado


ímpar, que carregarei por toda vida!”
2. Qual a primeira impressão ao trabalhar com o
Nome – Marta Irene Alves Correia de Matos público alvo do AEE?
Formação – Licenciada em Pedagogia com especialização em De início, estabelecendo os primeiros contatos com os meus
Psicopedagógica Clínica e institucional e Coordenação alunos, buscando a aproximação, a construção do vínculo afetivo,
Pedagógica confesso que fui arrebatada por sentimentos que, talvez, eu não
consiga expressar. Sendo a minha primeira experiência com esse
público, vendo as necessidades específicas de cada um deles, as
limitações latentes ou não, ainda assim, o sorriso estampado, o
brilho no olhar, me fez pensar o quanto, por muitas vezes, agi
com mediocridade diante de situações tão simples e banais em
minha vida, sendo que eles, mesmo com todas as barreiras, nos
dão uma lição logo de cara.
Assim que assumi, senti quão grande seria a responsabilidade,
numa prática que exigia de mim muito além que um fazer
pedagógico. Afinal, o atendimento acontece com a intenção de
poder contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessas
crianças, que tanto clamam por acessibilidade. Ainda me deparei
com a preocupação em não frustrar a esperança e expectativas
das famílias, que, numa luta árdua, não se cansam
de correr atrás, querendo sempre o melhor para os filhos. A
impressão marcante, portanto, é o desafio diante do novo, que
1. Como e quando você ingressou no CEEEC? me trouxe inquietação e maior sensibilidade.
Primeiramente agradeço e parabenizo a equipe do CEEEC, por
esta iniciativa de registrar uma história construída com muitos 3. Conte um pouco da sua experiência como professora
desafios, luta, crescimento e grandes conquistas, dando a de AEE.
oportunidade das pessoas conhecerem ainda mais esse belíssimo Para mim, foi um privilégio passar por esta experiência, um
projeto de vida que se desenvolve aqui em nosso meio. Sinto-me aprendizado de valor imensurável, de significado ímpar, que
honrada em ter dado minha parcela de contribuição nesse grande carregarei por toda vida. Assumir esse compromisso, não foi
feito. tarefa fácil, mas a compensação é maravilhosa. O tempo que ali
A oportunidade em trabalhar no CEEEC surgiu através de uma estive, em contato direto com aqueles meninos destemidos das
empresa de prestação de serviço temporário PST, realizando lutas diárias pela sobrevivência, participando das suas histórias
contratação de professores tão logo a instituição de nome Colégio e ainda compartilhando ideias, alegrias pelas pequenas
Ielita, deixava de ter cunho regular, como escola pública de conquistas e até as angústias com as colegas que ali me
ensino fundamental, tornando-se um Centro de Educação acolheram tão bem, em especial a Diretora Telma Jaíne, a qual
Especial em Caetité, atendendo a demanda local, sede, os tenho imenso respeito e admiração, foi muito marcante. Marcas
distritos e municípios vizinhos. Isso se deu no ano de 2009. Esta estas, que vêm refletindo positivamente em minha trajetória
data foi um marco em minha carreira profissional, bem como em profissional e de vida.
minha vida enquanto ser humano. Reportar a esse tempo, Durante os cinco anos em que atuei no CEEEC, com o
desperta em mim a emoção. atendimento educacional especializado, assumindo dois turnos
em um desses anos, tive a oportunidade de atender alunos com
transtorno do espectro autista, Síndrome de Down, deficiência Foi uma trajetória de cinco anos, que me marcou
múltipla (cadeirantes) e alunos com deficiência intelectual. profundamente. Sempre me reporto a este tempo com muito
Debruçar nas literaturas, fundamentando o meu trabalho nos carinho e nostalgia. Dentre o que vivenciei, destaco como
estudiosos que se destacam na área da educação inclusiva, foi marcantes o começo de tudo, a aproximação com os alunos, a
fundamental, no entanto, quem sempre norteia o caminho é o insegurança diante do “o que fazer agora?”; ser inserida em um
aluno. Como bem dizem, “não há receita pronta”! A reflexão - novo contexto educacional que desafia e humaniza. As interações
ação – reflexão, a prática propriamente dita, se dá a partir de com os colegas, desenvolvendo um trabalho de parceria, indo a
cada especificidade. O que se aplica para um, pode não se fundo nas ações criativas e lúdicas, para alcançar o nosso aluno.
adequar a outro. Registro aqui, a valiosa troca de experiência e apoio mútuo com a
colega, amiga, companheira, Professora Milena Nunes. Juntas,
4. Quais os desafios enfrentados durante sua trajetória idealizamos, planejamos, traçamos metas e desenvolvemos ações
de docente no CEEEC? significativas, inovando sempre. Pensávamos, se o educando não
Saindo da rede pública de ensino regular do município de Caetité, dá uma resposta positiva por um caminho, busquemos
atuando até então, em turmas de 1º a 5º anos do fundamental I, alternativas que torne possível a prática se efetivar.
não resta dúvida, que o primeiro desafio foi impactante: adentrar Destaco ainda como vivência marcante, os encontros de
nesta modalidade, me adaptando ao novo, ressignificando o formação promovidos pelo CEEEC, com a participação de
conhecimento, revendo conceitos e quebrando paradigmas. profissionais capacitados em oficinas, palestras, ampliando o
Trabalhar com a educação especial, por si só, já implica um conhecimento de muitas pessoas. Os movimentos em defesa dos
desafio. No entanto, considero como o maior de todos os desafios direitos das pessoas com deficiência, também considero de
enfrentados nesta trajetória, fazer com que os alunos rompessem grande relevância, os quais continuo participando com muito
seus limites, desafiando-os a avançarem um pouquinho que orgulho.
fosse, afinal, cada conquista, por menor que seja, é uma vitória.
O levantar de uma mão, ou mesmo um simples olhar de um modo 6. Essa experiência contribuiu em sua vida
que não se percebia antes, é muito valioso. profissional? Como?
Vivenciar esta realidade, “vestir a camisa” em defesa dos direitos No decorrer dos cinco anos atuando como professora do AEE, no
das pessoas com deficiência e enfrentar, de certo modo, uma CEEEC, concomitante ao exercício da docência numa Escola da
sociedade que, vítima da sua ignorância ou mesmo de uma rede particular, onde ainda permaneço, hoje na função de
cultura arraigada, compreendia naquele tempo, bem menos a Coordenadora Pedagógica, pude notar o quanto a experiência
importância da inclusão, do direito à acessibilidade. Hoje com o público do CEEEC me fez crescer profissionalmente. Por
estamos avançando, mas o apelo por mais conscientização, nesse ser uma instituição de respeito, mostrando a que veio, assim que
sentido, ainda se faz necessário. se estruturou como Centro Estadual de Educação Especial de
O trabalho de itinerância, visitando as escolas regulares, levando Caetité, quando ali atuei, passei a carregar uma marca, uma
orientação aos professores dos meus alunos, que recebiam o referência, por que não dizer, uma luz diante de quem busca, se
atendimento no CEEEC, em turno oposto, também considero interessa e também deseja fazer algo pela inclusão. Isso era
como um desafio enfrentado. O objetivo principal em manter notório em encontros de professores e outras situações de
essa ponte com a instituição regular, seria a inclusão escolar interação quando se dirigiam a mim: “ah, você trabalha no
dessas crianças e isso, exige a adaptação curricular, que, CEEEC?” Sempre conceitue como uma função de muita
despontava como uma grande dificuldade, por diversos motivos, importância e responsabilidade.
dentre eles, a resistência à mudança. Desde então, a Escola em que trabalho, já possuía alunos com
Não poderia deixar de citar como desafios, no desempenho do deficiência, vindo a aumentar de modo significativo nos últimos
trabalho de professora do AEE, a inovação constante da prática, anos, e eu, modestamente, pude compartilhar o meu
na busca de métodos, recursos didáticos pedagógicos e conhecimento com toda experiência adquirida no CEEEC,
estratégias, com o objetivo de atender as necessidades, com efeito lançando mão de tudo aquilo que vem nos dando direcionamento
funcional. através de um olhar mais sensível, atento e solidário, consciente
Os desafios são imprescindíveis para o crescimento e a conquista de que tenho muito ainda o que aprender.
do que se deseja. E o principal, a recompensa pelo esforço é Com a proposta de assumir a Coordenação Pedagógica da Escola
gratificante. em que atuo, em tempo integral, não tinha mais como conciliar
com o CEEEC. No entanto, o elo permanece, pois os nossos
5. Quais os momentos mais marcantes nessa educandos frequentam o CEEEC e mantemos o contato direto
caminhada?
com as Professoras do AEE, que realizam o trabalho de próximo, é conhecer, apoiar e valorizar o trabalho desta
itinerância. renomada instituição.
Querem saber o verdadeiro papel do CEEEC, converse com uma
7. Que mensagem você deixaria para as pessoas sobre o mãe ou um pai que tem um filho lá, e que hoje, de cabeça erguida,
CEEEC, uma instituição que completa 10 anos, na luta sabem reivindicar seus direitos, procurando viver de forma digna
em defesa dos direitos da pessoa com deficiência? e justa, alimentando suas esperanças, acreditando na melhoria.
A inclusão pressupõe a acessibilidade em suas diferentes formas
e isso tem se dado em nosso meio, no ir e vir dessas pessoas com
deficiência que são amparadas pelo CEEEC.
O Centro Estadual de Educação Especial de Caetité completa dez
anos. Uma história de luta, construída por profissionais sérios e
competentes, que acreditam e fazem acontecer. Sinto – me
segura ao falar do CEEEC, pois fui parte integrante do processo
por cinco anos, como Professora do AEE e mantemos a parceria
e o contato direto.
A nossa cidade foi presenteada com esta instituição que durante
todo esse tempo de trabalho árduo e incessante, tanto tem feito
em prol das pessoas com deficiência, contra a segregação.
Independentemente da situação, carência de recursos, dentre
outros percalços a serem vencidos, o CEEEC nunca mediu
esforços para atender aos que precisam. Nosso dever, enquanto
ser humano, solidário por natureza ao se colocar no lugar do
EU FAÇO PARTE DA HISTÓRIA DO CEEEC
entender e aceitar as diferenças como condição inerente de cada
“O CEEEC mudou minha vida, nasci como profissional
sujeito e valorizar a diversidade humana considerando a
nesse chão e renasci como pessoa....”
aprendizagem e a construção do conhecimento sempre como

NOME: MILLENA SOUZA NUNES uma conquista individual, heterogênea, regulada pelo aprendiz,
FORMAÇÃO: Licenciatura em Ciências Biológicas -UNEB- intransferível e que não cabe nos velhos padrões e modelos
CAMPUS VI
Pós graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional; Pós idealizados criados por nossa sociedade ainda arcaica e
graduada em AEE e Educação Inclusiva; Pós graduanda em preconceituosa. Eu me entreguei ao trabalho sem defesas, me
Libras e Braille.
lancei nesse universo ainda novo para mim e entre leituras e o
fazer diário no AEE com cada aluno, cada história, cada núcleo
de atendimento e seus encantos e tanta gente vestida de tanto
conhecimento e aberta a partilhar fui sendo moldada como um
novo ser humano e fui construindo minha identidade
profissional; o que era só um emprego logo passou a ser trabalho
de militância, minha missão, uma dádiva divina muito especial.

3. CONTE UM POUCO DA SUA EXPERIÊNCIA COMO


PROFESSORA DE AEE?

Meus alunos fizeram de mim mais humana e mais sensível


quanto a olhar o outro e mais forte ao olhar a vida. Foram sujeitos
de minha pesquisa nos anos de graduação, continuam a ser meu
projeto profissional e uma grande realização pessoal. Tudo muito
interessante, é um detalhe que faz toda diferença, uma fala, um
gesto, a composição de um prato, a importância de uma rotina,
uma língua diferente, um código, todo esse universo me fascina
e hoje tenho muito a aprender, mas muito já me é familiar.
Sabe aquele conto de fadas onde você acredita que é um pouco
herói e pode melhorar o mundo? desde que pisei no chão do
1. QUANDO E COMO VOCÊ INGRESSOU NO CEEEC? CEEEC pela primeira vez até hoje é assim que eu sinto. O mundo
é bem feio ainda, eu sei, mas faço minha parte e sei que colho
No início do meu curso de graduação, dentro da disciplina
Projeto de Pesquisa nos foi solicitado desenvolver um projeto
frutos e deixo mais belas algumas paisagens. Já ouvi muitas vezes
social partindo da realidade local. Nossa equipe escolheu a APAE
dizerem que meu discurso é muito bonito, mas que na prática não
para esse projeto e logo na primeira visita eu me senti muito
é bem assim que funciona e para essas pessoas eu digo que
tocada, algo ali me inquietava muito e me motivou a estudar de
inclusão não é discurso, é prática, é sentimento, é vivência. Eu
forma mais aprofundada, fazer outros trabalhos nessa área; eu
falo como quem já recebeu enquanto coordenadora 10 surdos
queria ajudar e aquele universo foi me encantando. Quando
que não conheciam a língua de sinais, os trouxe para o AEE e com
surgiu uma seleção para contratação do Estado para o CEEEC eu
uma equipe qualificada os viu dialogando em libras com outros
logo me inscrevi e em(data) estava eu lá contratada como
surdos felizes e falo como professora do ensino regular que já
professora de Apoio pedagógico do CEEEC.
lecionou para uma turma do ensino regular com uma aluna surda
2.QUAL A PRIMEIRA IMPRESSÃO AO TRABALHAR COM O na sala. Falo como quem trabalha no AEE com aluno com
PÚBLICO ALVO DO AEE? deficiência múltipla mas que também já deu aula na
EJA(Educação de Jovens e Adultos) e tinha uma aluna com
Desafiador, complexo, mas extremamente gratificante e
deficiência múltipla na sala, já trabalhei no AEE e no ensino
revigorante. Trabalhar em prol da efetiva inclusão das pessoas
regular com uma doce menina com síndrome de Down; é, eu sei
com deficiência visando sua formação integral requer muito
bem como é, tive as duas experiências e sim, foi difícil o trabalho,
comprometimento, exercício de paciência, respeito, doação, a
mas foi possível e a diferença está em você acreditar ou não que
ruptura de preconceitos e sobretudo amor, muito amor. É você
a inclusão é possível e trabalhar para que aconteça. O bom mestre
terá sempre um olhar sensível, para perceber que é nos matizes hoje continuo trabalhando no AEE como professora de apoio
da alteridade que repousa uma sociedade sadia. pedagógico na sala de recursos multifuncionais de Ibiassucê,
uma grande paixão.

4.QUAIS OS MOMENTOS MAIS MARCANTES NESSA


6. QUE MENSAGEM VOCÊ DEIXARIA PARA AS PESSOAS
CAMINHADA?
SOBRE O CEEEC, UMA INSTITUIÇÃO QUE COMPLETA 10
Meu momento foi quando ingressei e a partir daí tudo foi muito ANOS NA LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM
marcante em minha caminhada profissional. Mas sem dúvida foi DEFICIÊNCIA?
quando entendi que mesmo nesse mundo feio, sombrio, de tanta
gente preconceituosa, de tantas portas fechadas, discursos “Temos o direito de ser igual, sempre que a diferença nos
mascarados, rejeição...eles escolhem seguir, com sorriso, bons inferioriza. Temos o direito de ser diferentes, sempre, que a
sentimentos e com uma força gigantesca vão superando cada igualdade nos descaracteriza" (Boaventura Souza Santos, 1996).
obstáculo. Nesses anos descobri que tenho diabetes tipo 1, depois Somos em essência diferentes e precisamos ser valorizados pelo
de um quadro de infecção bacteriana no rim direito, tomo várias que somos com nossas limitações e possibilidades. O CEEEC vem
injeções diárias de insulina, tenho hipotireoidismo, além de uma construindo uma linda história, abrindo caminhos, construindo
síndrome rara no sangue chamada SAAF e por conta dela sofri 4 possibilidades, acessibilidade, formando e encorajando pessoas
AVCs isquêmicos, segundo a medicina posso vir a ter todas as a lutar por um meio mais justo, inclusivo, de respeito e
doenças do sangue, enfrentei uma gravidez de alto risco e nunca valorização da diversidade. As pessoas que lá encontrei trazem
deixei de trabalhar com educação especial porque foi o que me uma beleza única e uma riqueza rara disponível apenas às
sustentou todas as vezes que ouvi “ela quase entrou em coma”, pessoas capazes de as senti-las e percebê-las. A direção e os
“pode-se confirmar como uma doença degenerativa e o quadro professores que lá conheci formam o mais belo tecido social que
só vai piorar”, “ela e o bebê podem não sobreviver”. Eu estou são capazes e trabalham todos os dias com o melhor de si; e se
aqui, a marca que meus alunos me deixaram está cravada em tem coisas que você quer, mas se não houver chão para se apoiar,
mim, é quem eu me tornei, entendi e aprendi a nutrir essa força, não tema porque eles lhe desenharão asas.
isso é nosso, não importa o que façam ou digam, não sei como é, O CEEEC mudou minha vida, nasci como profissional nesse chão
só sei que paro às vezes quando estou cansada, me lamentando e e renasci como pessoa quando conheci uma pequenina menina
penso que se eles passam por tantas adversidades diariamente e com Síndrome de Down de cabelos castanhos bem claros, tanta
não desistem eu também não...meus momentos marcantes vivacidade, olhar carregado de pureza e inocência sedenta para
chamam SUPERAÇÃO! conhecer o mundo e suas possibilidades. Cada aluno lá no
CEEEC me marcou de modo especial mas foi com essa pequena
5.ESSA EXPERIÊNCIA CONTRIBUIU EM SUA VIDA que eu senti que enquanto eu vivesse. Aprendi lá que não é você
PROFISSIONAL? COMO? quem escolhe trabalhar com Educação Especial, é ela quem te
escolhe e hoje os parabéns são deles, os privilegiados com essa
Trabalhar no CEEEC me possibilitou construir uma bagagem de dádiva.
conhecimento muito grande, participei e ministrei oficinas, tinha Na luta por inclusão a mudança maior a se prezar é atitudinal. É
como função orientar pais e professores do ensino regular então preciso que todos se percebam e percebam o outro e nesse
estudava muito para estar preparada para cada momento. Telma encontro descubram o conjunto de diferenças que reside em cada
sempre trazendo para as discussões novas informações, leis, um e assim possam atentar ao fato de que não se faz educação
cursos e leituras para ampliar nossos conhecimentos e as trocas sem esse entendimento. Permito-me diagnosticar uma educação
com cada profissional em seu núcleo de trabalho, riquíssimos um tanto desorientada, com algumas concepções e práticas
momentos com pessoas maravilhosas, lindas por dentro e por arraigadas ainda em um ensino homogeneizador. O desafio
fora dotadas de muito conhecimento, cheias de amor, serenidade imposto pela inclusão é o de entender a educação como processo
e alegria; tudo isso encheu minha mala para galgar outros dinâmico desvinculado do ensino tradicional ou mesmo dos mais
caminhos. Quando deixei o trabalho foi por ter recebido uma propagados modelos pedagógicos emergentes. O trabalho
proposta para atuar na Coordenação de Educação Especial do realizado pelo CEEEC aponta um caminho pautado em
município de Guajeru, em outro momento fui convidada a fazer metodologias e avaliações que busque na diversificação dos
parte da equipe de Educação Especial do município de Ibiassucê, instrumentos, das linguagens e das avaliações respeitar os
Coordenei tempo depois a Educação Especial em Lagoa Real e padrões de preferências dos alunos, aquilo que lhe é de interesse
e o que o impulsiona e/ou motiva e assim, juntos, vai se
aprendendo a fazer, a expressar-se livremente, e ter estimulado
o exercício intelectual.
A Telma Jaíne, Diretora do Centro Estadual de Educação
Especial de Caetité, meu muito obrigada pela oportunidade de
trabalhar com aquilo que me deu e me dá imensurável prazer,
que é a educação especial e pelos muitos saberes que me
proporcionou e a todos os professores minha gratidão, pois são
minha base, a quem recorro, partilho momentos, divido
angústias, pessoas de minha inteira confiança e digo a todos
vocês: CONFIEM! O desafio dessa equipe é a oferta do AEE como
um trabalho em parceria com a comunidade, um trabalho
conjunto de fomento a aprendizagem, autonomia e
independência. Obrigada por todos os dias travarem batalhas na
incansável busca por inclusão. Obrigada pela competência e
qualidade no serviço prestado às pessoas com deficiência e a
todos que necessitam de informação, formação, alguém ali para
escutar ou segurar na mão e se dispor à caminhar junto. Assim
foi o CEEEC como o conheci e sei que assim continua com
maestria. Muito obrigada por existir.
MEMÓRIA AFETIVA
Prof.ª Eva Alzira

PARA ALÉM DO SONHO DE MENINA

Descortinando. Olhando pelo retrovisor da vida, lembranças


inesquecíveis vem à tona. A menina que sonhava ser professora,
com largo sorriso, acolhia as crianças da vizinhança que diziam ser
ela a melhor professora do mundo. A “sala” improvisada sobre uma
cajazeira tinha como assoalho uma grande pedra. O cheiro do mato
e das flores trazida pela suave brisa no entardecer do dia, se
misturava com o cheiro dos pimpolhos. Boas recordações. A
sementinha do amor à educação estava ali germinando.
O tempo passou e a menina encontrou o amor da sua vida que a
conduziu para novos horizontes. Mudou-se para uma cidadezinha De volta ao tempo. Foram mais de três décadas nesse universo de
simples e aconchegante. O sonho se realizou. Agora, era para valer! encantamento e aprendizado contínuo. É, a vida tem lá seus
Concursada e feliz da vida para o primeiro dia de aula. Onde seria mistérios! Não poderia imaginar que a sua história iria descortinar
a sala? O pátio da escola tornou-se esse espaço. O aroma que no palco do silêncio conduzindo-a a outros ares, onde as mãos
exalava da cantina ao lado fazia o estômago dos alunos torcer de falam e os olhos ouvem. 2009, ano de grande metamorfose
fome. Logo foi notificada que teria um aluno cego. Ficou em choque marcado pela experiência, aprendizado e muitas expectativas
e quase em pânico. O que fazer? Naquela noite não dormiu. mescladas de ansiedade e desafios. Madrugadas a dentro
Pensou: como falarei para os alunos? Que atitudes eles terão? debruçada em busca de conhecimentos. Era o CEEEC surgindo
Como ensiná-lo? No dia seguinte, adentra os portões da escola um como nova perspectiva de educação no município de Caetité, como
lindo menino sendo guiado por sua mãe, que logo apresentou os mosaico de diversidade e de novos saberes dando significado e
instrumentos que usava na escola em São Paulo. Tudo aquilo valorização a vida de pessoas com deficiência. Pessoas que até
angustiava o coração da professora, mas Joãozinho surpreendia a então não tinham nenhuma visibilidade social.
cada dia. Todas suas atividades eram através da oralidade. Amava Memória em turbilhão. Lembranças de João Pedro e Jailson vem à
matemática e Ciência! Seu carinho, sensibilidade e a forma de sua mente, toca-lhe profundamente. Então, veste a camisa da
enxergar, abriu-lhe a janela da alma para ver o mundo com outros inclusão! Abraça a causa! Encontra os Surdos! Foi amor à primeira
olhos. Ainda nesse cenário, a diretora da escola apresenta para a vista. Mãos falantes a cercam e a transportam para um mundo que
professora seu novo aluno: Jailson. Menino sisudo e ao mesmo não é mágico, todavia encantador e colossal. Um oásis no deserto
tempo travesso. Não entrava na sua sala de aula e ficava em cima do silêncio. Mãos que rompem barreiras, quebrando o silêncio das
da árvore cantando “entre tapas e beijos, ódio e desejo, é sonho e palavras. Silêncio que possibilita aprendizado e partilha, brilho no
ternura”. Como conquistar esse aluno? olhar, empatia e sensibilidade. Alunos que aprendem e ensinam a
Pensava... Entre abraços e beijos, afeto e ternura... ele foi se arte de comunicar, através da Libras, numa troca de saberes.
adaptando e parodiando os conteúdos escolares e revelando que a Saberes que são construídos e compartilhados desde o momento
inclusão é possível, sim. que recebeu os primeiros alunos surdos, que já alçaram voos,
Entre diversas trajetórias, estava ela no bonde da História. viajando pela estrada da vida e conquistando seus espaços. E nessa
Quantas aventuras, descobertas e inspiração! Histórias fantásticas, caminhada acolhe os pequeninos, que ainda estão dando os
envolventes, intrigantes, eufóricas, desafiadoras e enérgicas. primeiros passos no mundo da língua de sinais, envolto em amor
Construídas com alunos que perfumaram seu altruísta e olhar sonhador. Confessa: não tenho habilidade
caminho com aromas de amor, empatia e respeito. “Fica sempre suficiente para descrever em palavras o sentimento de gratidão e
um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas”. amor pelo privilégio de imergir na história e cultura da
Quantos talentos! Meu Deus, tantas lembranças nostálgicas. Mas a Comunidade Surda! Amo de paixão!
vida continua... Sabe? A semente germinou, cresceu, deu frutos e fecundou em
outros corações. São mais de trinta anos exercendo o magistério, e
nesse ínterim, dez anos dedicados à luta em defesa da pessoa com
deficiência e aos alunos Surdos. O Ceeec estará sempre presente
em sua memória. A menina, agora senhora, está em fase de
mudança de ciclo. Despedindo-se da missão, mas ainda fascinada
pelo que faz: Ser Professora! Ah, e o novo ciclo? Esse ainda é uma
incógnita, no entanto, seu amor e dedicação à profissão jamais será
olvidado. Gratidão a Deus, à família, colegas, alunos e ex-alunos.
Carinhosos e sinalizados abraços!

Eva Alzira da Silva Dias


Profª de EDPM em Libras -CEEEC

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