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Contabilidade Geral – Teoria e Exercícios

Curso Regular
Prof. Moraes Junior
Caro(a) concursando(a),

Primeiramente, gostaria de fazer uma breve apresentação: atualmente, sou


Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado em 5o lugar para as
Unidades Centrais no concurso de 2005 e trabalho na Coordenação-Geral de
Fiscalização.

Sou professor de Contabilidade Geral, Avançada, Análise das Demonstrações


Financeiras, Contabilidade de Custos, Matemática Financeira, Estatística e
Raciocínio Lógico.

Além disso, servi, durante 17 anos à Marinha da Brasil, como Oficial de


carreira (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Eletrônica, na Escola
Naval, e, Engenharia Elétrica, ênfase em Telecomunicações, na Universidade
de São Paulo) e 1 ano no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, como
assessor da presidência.

Vamos ao que interessa! Como será o curso? Em cada aula, desenvolverei o


assunto (parte teórica) e, ao final, resolverei exercícios sobre os assuntos
tratados na aula. Ou seja, o curso será de teoria e exercícios comentados.
Darei preferência para a resolução de questões da Esaf. Caso, em algum
assunto, não tenha questões suficientes da Esaf, resolverei questões de outras
bancas.

Conteúdo Programático (uma aula por quinzena):

Aula Conteúdo
00 Modelos de exercícios resolvidos.

01 Princípios de Contabilidade
(06/05/2011) Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade.
02 Patrimônio.
(20/05/2011) Conceitos de Capital.
03 Escrituração contábil.
(03/06/2011) Operações Financeiras.
04 Operações com Mercadorias e Serviços.
(17/06/2011)
05 Provisões.
(01/07/2011) Depreciação, Amortização e Exaustão.
06 Balanço Patrimonial – Parte 1
(15/07/2011)
07 Balanço Patrimonial – Parte 2
(29/07/2011) Critérios de Avaliação de Ativos e Passivos.
Investimento em Controlada e Coligada
Notas Explicativas.
08 Demonstração do Resultado do Exercício.
(12/08/2011) Receitas e Despesas. Apuração do Resultado Líquido do
Exercício.
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09 Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
(26/08/2011) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
Distribuição e Destinação do Resultado do Exercício.
10 Regime de Caixa e de Competência.
(09/09/2011) Demonstração do Fluxo de Caixa.
11 Demonstração do Valor Adicionado.
(23/09/2011)
12 Análise das Demonstrações Contábeis
(07/10/2011)

Espero que este curso seja bastante útil a você e que possa, efetivamente,
auxiliá-lo na preparação de Contabilidade Geral para concursos públicos e na
conseqüente conquista da tão sonhada vaga. As dúvidas serão sanadas por
meio do fórum do curso, a que todos os matriculados terão acesso.

As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:


moraesjunior@pontodosconcursos.com.br.

Finalmente, gostaria de salientar a você, concursando(a): NUNCA DESISTA


DOS SEUS SONHOS. Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos
determinar nosso destino. Se você deseja ser aprovado em um concurso
público, lute por isso, faça com dedicação, com sacrifício, sempre visando ao
seu objetivo. Desta forma, você conseguirá ser aprovado!

Prof. Moraes Junior


Março/2011

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Modelo de Questões Resolvidas

1.(Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-


Sefaz/SP-2009-Esaf) A empresa Jelta Veículos S/A adquiriu dois carros por
R$ 40.000,00 cada um, com ICMS de 12%. Na compra pagou, também, R$
12.000,00 de IPI e R$ 1.000,00 de frete. Apropriou um dos veículos no ativo
imobilizado, como bem de uso próprio, e o outro no ativo circulante, como
mercadorias. Os veículos são automóveis da marca Renault e tem vida útil
estimada em cinco anos. Após um ano dessa compra, a empresa deverá ter
contabilizado uma despesa de depreciação no valor de

(a) R$ 16.680,00.
(b) R$ 10.700,00.
(c) R$ 8.340,00.
(d) R$ 10.260,00.
(e) R$ 9.300,00.

Resolução

Para resolver esta questão, precisamos, inicialmente, conhecer os conceitos de


operações com mercadorias com tributação, assunto que será tratado durante
o nosso curso.

Contudo, vamos fazer uma introdução ao assunto para que você já possa ir
memorizando para a prova:

IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)


- Como incide sobre produtos industrializados, é devido pelas empresas
industriais e por empresas equiparadas a industriais;

- Legislação do IPI: imposto por fora, logo, não integra a Receita Bruta de
Vendas.

- Caso o adquirente dos produtos sobre os quais incidiu o imposto seja


contribuinte do IPI (empresa industrial ou equiparada a industrial) e
os produtos adquiridos forem utilizados em seu processo de
industrialização, o IPI incidente na operação de compra poderá ser
RECUPERADO quando da vendas dos bens industrializados pelo
industrial (imposto não-cumulativo); e

- Contudo, se o adquirente não for contribuinte do IPI ou, sendo


contribuinte, não utilize os produtos adquiridos em seu processo de
fabricação, o IPI incidente na operação de compra NÃO SERÁ
RECUPERADO e integrará o custo de aquisição do produto.

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ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias
e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação)

- Constituição de 1988: ICMS e IPI são impostos não-cumulativos, ou seja, são


compensados em cada operação com o montante cobrado em operações
anteriores;

- Legislação do ICMS: imposto por dentro, ou seja, já está embutido no


valor da operação;

- O valor do ICMS pago ao fornecedor por ocasião da compra de


mercadorias para revenda corresponde a um direito da empresa (ICMS
a Recuperar);

- O valor do ICMS que a empresa recebe de um cliente por ocasião da


venda de mercadorias representa uma obrigação (ICMS a Recolher); e

Vamos à resolução da questão:

Jelta Veículos S/A adquiriu dois carros (ICMS =12%):

Carro 1 = 40.000 (Ativo Não Circulante Imobilizado ⇒ bem de uso próprio)


Carro 2 = 40.000 (Ativo Circulante ⇒ mercadorias)
IPI (total) = 12.000
Frete (total) = 1.000

I - Carro 1 = 40.000 (Ativo Imobilizado ⇒ bem de uso próprio)


IMPORTANTE:

- Como o “Carro 1” foi comprado para uso próprio, isto é, foi


registrado no ativo não circulante - imobilizado da empresa, o
ICMS incidente sobre a compra não seria recuperável.

- De acordo com a Lei Complementar no 87/1996, a aquisição de


bens incorporados ao ativo não circulante - imobilizado também
dá direito à compensação do ICMS incidente na aquisição. O STF,
em suas decisões, não tem autorizado tais créditos (A Esaf adotou este
entendimento).

- Frete ⇒ é custo da compra.


- Além disso, o IPI será não recuperável, pois a referida empresa
não é contribuinte do tributo (é revendedora de veículos).

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Visto isso, vamos ao cálculo do custo de aquisição do veículo:

ICMS não é recuperável e já está incluído no valor da compra.

Valor da compra do “Carro 1” 40.000


(+) IPI = 12.000/2 6.000
(+) Frete = 1.000/2 500
Custo de Aquisição do “Carro 1” 46.500

II - Carro 2 = 40.000 (Ativo Circulante ⇒ mercadorias)


IMPORTANTE:

- Como o “Carro 2” foi comprado para revenda, o ICMS é


recuperável.

- Frete ⇒ é custo da compra.


- Além disso, o IPI não será recuperável, pois a referida empresa
não é contribuinte do tributo (é revendedora de veículos).

Visto isso, vamos ao cálculo do custo de aquisição do veículo:

Valor da compra do “Carro 2” 40.000


(-) ICMS a Recuperar (12% x 40.000) (4.800)
(+) IPI = 12.000/2 6.000
(+) Frete = 1.000/2 500
Custo de Aquisição do “Carro 2” 41.700

Em relação à depreciação, temos:

Depreciação: consiste em considerar, como despesa ou custo do período,


uma parte do valor gasto na compra de bens de consumo duráveis utilizados
nas atividades da empresa. Estes bens serão depreciados ao longo de sua vida
útil, de modo que o valor gasto na sua aquisição seja considerado despesas ao
longo dos anos de sua utilização.

Causas: desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência;

O bem poderá ser depreciado a partir da data em que for


instalado, colocado em serviço ou esteja em condições de
produzir;

Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem;

A depreciação pode ser calculada mensalmente ou ao final de cada ano,


por ocasião da apuração do Resultado do Exercício;

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Vedações à depreciação de acordo com a Legislação do Imposto
de Renda (IMPORTANTE!!!):

i. Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e


construções;
ii. Bens que aumentam de valor com o tempo, como
antiguidades e obras de arte;
iii. Bens para os quais sejam registradas cotas de
amortização ou exaustão; e
iv. Bens móveis ou imóveis que não estejam
intrinsecamente relacionados à produção ou
comercialização de bens e serviços.

Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser


totalmente depreciado. Caso o valor residual seja diferente de ZERO,
deverá ser subtraído do valor do custo de aquisição do bem a ser
depreciado. Este resultado é que servirá de base de cálculo para a taxa
de depreciação.

Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha


Reta: método de depreciação onde a depreciação acumulada é diretamente
proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-se calcular a
depreciação, por este método, de duas formas:

Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou


Divide-se o valor depreciado pelo tempo de vida útil.

Bens Adquiridos Usados: a taxa anual de depreciação para bens adquiridos


usados será determinada considerando-se o maior entre os seguintes prazos:

Metade da vida útil do bem adquirido novo; e


Restante da vida útil, considerada em relação à primeira instalação para
utilização do bem.

E aí, ainda lembra da questão? Vamos retomar sua resolução.

Ponto importante: Quando a questão não informar o método de


depreciação, devemos utilizar o método linear.

Fórmula Geral:
Depreciação = Taxa x Período x Base de Cálculo da Depreciação

Taxa = 1/Vida Útil


Período = Número de Meses/12 meses
Base de Cálculo da Depreciação = Custo de Aquisição – Valor Residual

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Na nossa questão temos:

III - Carro 1 = 40.000 (Ativo Imobilizado ⇒ bem de uso próprio)


Bens do ativo não circulante imobilizado sofrem DEPRECIAÇÃO, desde que não
estejam no rol de exceções do Regulamento do Imposto de Renda.

Vida Útil = 5 anos ⇒ Taxa = 1/5 anos = 20% ao ano


Período = 1 ano = 12 meses/12 meses = 1 ano
Base de Cálculo da Depreciação = 46.500
Despesa com Depreciação = 20% x 1 x 46.500 = 9.300

Aqui, há que se ressaltar outro ponto importante (por favor, sonhe


com ele):

Despesas com Depreciação ⇒ são contas transitórias, apuradas durante um


determinado período.

Depreciação Acumulada ⇒ conta patrimonial que representa a depreciação


acumulada durante todos os períodos.

O lançamento de registro das despesas com depreciação é:

Despesa com Depreciação (Despesa)


a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante – Imobilizado – Retificadora)

IV - Carro 2 = 40.000 (Ativo Circulante ⇒ mercadorias)


ATENÇÃO! Mercadorias para revenda não sofrem depreciação. Pode
haver, neste caso, uma provisão para ajuste a valor de mercado, caso
o valor de mercado seja inferior ao custo de aquisição.

Portanto, a resposta da questão é:


Despesa com Depreciação = 20% x 1 x 46.500 = 9.300

Ufa, chegamos ao fim!!! Questão muito boa, com diversos conceitos


importantes.
GABARITO: E

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2.(ATM-Natal/RN-2008-Esaf) A empresa Fastfood Ltda., com contas a
receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também uma conta
de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo remanescente de
R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova
provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas efetivas
ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três exercícios. Feitos os
lançamentos cabíveis, a empresa levará ao resultado do exercício uma despesa
provisionada de:

(a) R$ 15.000,00.
(b) R$ 13.000,00.
(c) R$ 11.000,00.
(d) R$ 24.000,00.
(e) R$ 28.000,00.

Resolução

Inicialmente, vamos aos conceitos apresentados na questão:

Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa ou Provisão p/ Devedores


Duvidosos ou Provisão p/ Perdas com Créditos Incobráveis

Corresponde ao valor provisionado ao final de cada exercício social


para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes de não
recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes).
O valor da provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual
(baseado em estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos
últimos exercícios) sobre os valores dos direitos existentes na época do
Balanço Patrimonial. Esta provisão é uma conta retificadora das contas
“Clientes” ou “Duplicatas a Receber”.

Lançamentos (ATENÇÃO, pois você precisa saber estes lançamentos


para a prova):

Constituição da Provisão:
Despesa com Provisão (Despesa)
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.)

Perda Consumada:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.)
a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

Reversão da Provisão:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.)
a Reversão de Provisão (Receita)

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Vamos à resolução da questão:

Contas a Receber = 800.000


Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (31/12/2007) = 13.000

Provisão para 2008: 3,5%

Despesas com Provisões = 3,5% x 800.000 – 13.000 ⇒


⇒ Despesas com Provisões = 28.000 – 13.000 = 15.000
ATENÇÃO!!! A “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”,
constituída no ano anterior, pode ter duas destinações:

Perda Consumada:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.)
a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante)

Reversão da Provisão:
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.)
a Reversão de Provisão (Receita)

Ou seja, na questão, deveria ter ocorrido uma reversão da provisão não


utilizada (R$ 13.000,00) e uma constituição da provisão para o ano seguinte
(R$ 28.000,00).

Contudo, a Esaf, em questões deste tipo, adota o método da


complementação, ou seja, o saldo da provisão é mantido e o
lançamento ocorre somente pela diferença:

⇒ Despesas com Provisões = 28.000 – 13.000 = 15.000


Lançamento:

Despesa com Provisões (Despesa)


a Prov. para Créditos de Liq. Duvidosa (Ativo Circ. – Retificadora) 15.000
GABARITO: A

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3.(Fiscal de Rendas-Prefeitura do Rio de Janeiro-2010-Esaf) Assinale
abaixo a única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo


estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo
Histórico.
b) Para obedecer o princípio contábil da prudência, quando houver duas ou
mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela
que representar um maior ativo ou um menor passivo.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente,
ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam
feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com
integralidade, pelo seu valor completo.
e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária”
que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado
e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas
de uma “atualização” dos valores.

Resolução

Vamos analisar as alternativas:


a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo
estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo
Histórico.

O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação


no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do
patrimônio levam em conta esta circunstância. Não há nenhuma relação do
Princípio da Continuidade com o contrato social.

Além disso, de acordo com a Estrutura Conceitual: Pelo pressuposto básico


da continuidade presume-se que a entidade não tem a intenção nem a
necessidade de entrar em liquidação, nem reduzir materialmente a escala das
suas operações.

Se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis terão que


ser preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser
divulgada.

A Estrutura Conceitual também define que: A base de mensuração mais


comumente adotada pelas entidades na preparação de suas
demonstrações contábeis é o custo histórico.

Ou seja, a base de mensuração comumente adotada para a preparação da


demonstrações contábeis é o custo histórico. Contudo, se há previsão de
descontinuidade, as demonstrações contábeis serão preparadas em base
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diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada. A alternativa está
INCORRETA.

b) Para obedecer o princípio contábil da prudência, quando houver duas ou


mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela
que representar um maior ativo ou um menor passivo.

Pelo Princípio da Prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de


realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que representar um
menor ativo ou um maior passivo. A alternativa está INCORRETA.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser


incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente,
ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

Segundo o Princípio da Competência, as receitas e as despesas devem ser


incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem os seus fatos
geradores, independentemente de recebimento ou pagamento. A alternativa
está INCORRETA.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam


feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com
integralidade, pelo seu valor completo.

O Princípio da Oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos


de forma tempestiva (no momento em que o fato ocorra) e de forma íntegra
(pelo seu valor completo). A alternativa está CORRETA.

e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária”


que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado
e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas
de uma “atualização” dos valores.

O Princípio da Atualização Monetária foi revogado pela Resolução CFC no


1.282/10. A alternativa está INCORRETA.
GABARITO: D

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4.(ATRFB-2009-Esaf) A empresa Gregório, Irmãos & Cia. Ltda., possuindo
Disponibilidades de R$ 2.730,00, Imobilizações de R$ 3.270,00 e Dívidas de R$
2.900,00, realizou duas transações:

1. a compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada; e


2. a venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.

Concluídas as operações, e devidamente registradas, pode-se afirmar com


certeza que essa firma tem:

a) prejuízos de R$ 500,00.
b) passivo exigível de R$ 4.500,00.
c) patrimônio líquido de R$ 3.100,00.
d) passivo a descoberto de R$ 900,00.
e) ativo de R$ 4.600,00.

Resolução

Disponibilidades = 2.730 (Ativo Circulante)


Imobilizações = 3.270 (ANC – Imobilizado)
Dívidas = 2.900 (Passivo Circulante)

1. a compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada.


Entrada = 20% x 2.000 = 400

Imobilizações (ANC – Imobilizado)


a Diversos
a Disponibilidades (Ativo Circulante) 400
a Dívidas (Passivo Circulante) 1.600 2.000

Imobilizações Disponibilidades Dívidas


3.270 2.730 400 (1) 2.900
2.000 (1) 2.330 1.600 (1)
5.270 4.500

2. a venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.


Perda de Capital = 30% x 3.000 = 900
Custo do Equipamento = 3.000 + Perda = 3.000 + 900 = 3.900

Disponibilidades (Ativo Circulante)


a Outras Receitas (Receita) 3.000

Outras Despesas (Despesa)


a Imobilizações (ANC – Imobilizado) 3.900

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Imobilizações Disponibilidades Outras Receitas


3.270 3.900 (2) 2.730 400 (1) 3.000 (2)
2.000 (1) 3.000 (2)
1.370 5.330
Outras Despesas
3.900 (2)

III – Apuração do Resultado do Exercício:

Outras Receitas 3.000


(-) Outras Despesas (3.900)
Prejuízo do Exercício (900)

IV – Balanço Patrimonial:
Ativo
Ativo Circulante
Disponibilidades 5.330
Ativo Não Circulante
Imobilizações 1.370
Total do Ativo 6.700

Passivo
Passivo Circulante
Dívidas 4.500 ⇒ passivo exigível
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo = 6.700 – 4.500 = 2.200
Total do Passivo 6.700
GABARITO: B

5.(ATRFB-2009-Esaf) No balanço de encerramento do exercício social, as


contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia. No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados,
compondo os seguintes grupos:

a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo


imobilizado; e intangível.
b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido
em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e ativo diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e diferido.

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Resolução

De acordo com o § 1o, art. 178 da Lei das SA:

§ 1o No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de


liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)


II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941,
de 2009)
GABARITO: C

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Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula

1.(Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-


Sefaz/SP-2009-Esaf) A empresa Jelta Veículos S/A adquiriu dois carros por
R$ 40.000,00 cada um, com ICMS de 12%. Na compra pagou, também, R$
12.000,00 de IPI e R$ 1.000,00 de frete. Apropriou um dos veículos no ativo
imobilizado, como bem de uso próprio, e o outro no ativo circulante, como
mercadorias. Os veículos são automóveis da marca Renault e tem vida útil
estimada em cinco anos. Após um ano dessa compra, a empresa deverá ter
contabilizado uma despesa de depreciação no valor de

(a) R$ 16.680,00.
(b) R$ 10.700,00.
(c) R$ 8.340,00.
(d) R$ 10.260,00.
(e) R$ 9.300,00.

2.(ATM-Natal/RN-2008-Esaf) A empresa Fastfood Ltda., com contas a


receber no valor de R$ 800.000,00, em 31.12.2007, tinha também uma conta
de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo remanescente de
R$ 13.000,00. No encerramento do exercício de 2007, mandou fazer nova
provisão baseada numa estimativa de perdas de 3,5%, igual às perdas efetivas
ocorridas no recebimento de créditos nos últimos três exercícios. Feitos os
lançamentos cabíveis, a empresa levará ao resultado do exercício uma despesa
provisionada de:

(a) R$ 15.000,00.
(b) R$ 13.000,00.
(c) R$ 11.000,00.
(d) R$ 24.000,00.
(e) R$ 28.000,00.

3.(Fiscal de Rendas-Prefeitura do Rio de Janeiro-2010-Esaf) Assinale


abaixo a única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo


estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo
Histórico.
b) Para obedecer o princípio contábil da prudência, quando houver duas ou
mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela
que representar um maior ativo ou um menor passivo.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente,
ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam
feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com
integralidade, pelo seu valor completo.

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e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária”
que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado
e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas
de uma “atualização” dos valores.

4.(ATRFB-2009-Esaf) A empresa Gregório, Irmãos & Cia. Ltda., possuindo


Disponibilidades de R$ 2.730,00, Imobilizações de R$ 3.270,00 e Dívidas de R$
2.900,00, realizou duas transações:

1. a compra de uma máquina por R$ 2.000,00, pagando 20% de entrada; e


2. a venda de um equipamento por R$ 3.000,00, perdendo 30%.

Concluídas as operações, e devidamente registradas, pode-se afirmar com


certeza que essa firma tem:

a) prejuízos de R$ 500,00.
b) passivo exigível de R$ 4.500,00.
c) patrimônio líquido de R$ 3.100,00.
d) passivo a descoberto de R$ 900,00.
e) ativo de R$ 4.600,00.

5.(ATRFB-2009-Esaf) No balanço de encerramento do exercício social, as


contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem
e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia. No ativo patrimonial, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados,
compondo os seguintes grupos:

a) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo


imobilizado; e intangível.
b) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; e ativo permanente, dividido
em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
c) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
d) ativo circulante; ativo realizável a longo prazo; investimentos; ativo
imobilizado; e ativo diferido.
e) ativo circulante; e ativo não circulante, composto por ativo realizável a
longo prazo, investimentos, imobilizado e diferido.

GABARITO:

1 – E
2 – A
3 – D
4 – B
5 – C

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Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei n o 11.638/07
e pela MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09.

Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br

Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br

FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas as


sociedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010.

MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier


Editora. Segunda Edição. 2010.

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