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RESPOSTA TÉCNICA

Título

Cromação de alumínio

Resumo

Informações sobre o processo de cromação do alumínio

Palavras-chave

Cromagem; alumínio; galvanização

Assunto

Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais

Demanda

Necessito de informações sobre o processo de cromagem de alumínio.

Solução apresentada

Introdução

Entende-se por cromagem a aplicação eletrolítica de cromo sobre metais.

O revestimento com uma leve camada de cromo metálica depositada pelo método galvânico
pode aplicar-se ao ferro, ao aço, ao níquel e também ao ferro fundido. Igualmente pode ser
aplicada ao cobre, ao latão ,ao bronze e ao alumínio.

Em alguns casos convém realizar em primeiro lugar a niquelagem, e a seguir a cromagem,


que neste caso é mais eficaz.

O depósito pode ter qualquer espessura até alguns milímetros, o que permite grande
número de aplicações de galvanoplastia.

A detersão deve ser muito cuidadosa e se possível como auxílio de solventes voláteis puros,
pelo menos na última passagem.

Pode obter-se um bom depósito eletrolítico sem o aparecimento de pontos e com espessura
conveniente, empregando um eletrolítico à base se cromato de crômio preparado com 40 %
de ácido crômico e 30 % de óxido de crômio hidratado. Corrente de 3 a 6 volts e 2 5 A/ dm
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.

O sal de crômo, não cromato, tem ação catalítica e parace ser indispensável.

É preciso que a superfície a cromar seja perfeitamente compacta, caso contrário ficarão nos
poros vestígios de eletrolítos que corroem o metal. Isto refere-se especialmente ao ferro
fundido, que convém revestir primeiramente de níquel.

Os objetos cromados não se prestam em geral para ser soldados, nem são suscetíveis de
serem por sua vez remetalizados com outro metal.

Pode elevar-se a temperatura dos banhos para tornar mais rápida a operação; mas para
obter depósitos brilhantes é preciso trabalhar com banhos mais diluídos. Para o ferro e o
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aço pode-se chegar a 45 C, mas em geral , 30 40 C são temperaturas convenientes, até
por prudência, porque durante a cromagem desenvolve-se calor e a temperatura do banho
tende a aumentar.

Pelo contrário, a penetração é melhor com os banhos concentrados.

Encontrado o ponto ótimo de temperatura para um dado banho, é preciso cuidar que ela
permaneça constante, caso contrário o depósito ficará fortemente prejudicado.

Parece que a concentração dos banhos mais convenientes seja da ordem de 30 35 Bé, e
corresponde a um teor de 25 a 50 % de ácido cromico.

Emprega-se o ácido cromico de boa pureza. É preciso que não contenha mais que de 2%
de ácido sulfúrico.

Pode utilizar-se um ácido cromico que contenha 6% de ácido sulfúrico, recorrendo a


saturação deste por meio de hidrato de crômio preparado recentemente. O ácido sulfúrico é
o primeiro a saturar-se; o hidrato não salificado do ácido sulfúrico transforma-se em cromato
de crômo. É necessário preparar o banho a quente (60 C). Quando a seguir é aferrecido
acrescentam-se algumas gotas por litro de ácido sulfúrico, acréscimo que se fará
periodicamente até durante o trabalho, se tal for necessário para conservar a acidez
constante.

Os ânodos mais convenientes são os de chumbo. A sua superfície deve ser


aproximadamente metade da do cátodo, e deve ser colocada a uma distância regular.

Em muito casos convêm ter a mão ânodos suplementares, com a finalidade de levar a ação
eletrolítica aos pontos mais distantes dos ânodos fixos.

Os ânodos de chumbo devem ser periodicamente limpos do cromato de que estão


revestidos.

Para obter superfície brilhante é necessário efetuar a cromagem após um prévia limpeza,
porque o crômio pela sua dureza não é atacável pelos abrasivos e seria difícil proceder
posteriormente à sua limpeza.

É necessário usar anidro cromico puro. O ácido sulfúrico pode ser acrescentado também na
forma de um sal solúvel, por exemplo, sulfato de sódio , sulfato de alumínio, sulfato de
cobalto. Podem acrescentar-se também substâncias aptas a melhorar o poder penetrante
dos banhos ( por exemplo ácido salicílico, fluorídrico ou tartárico), ou que elevem o seu
poder de cobertura ( bicromato de sódio, antraquinona, hidroquinona ) , ou melhoram a sua
adesão ( iodeto de sódio 0,5 g/l ).

Cromagem de alumínio

Para a cromagem de alumínio, após o desengorduramento químico e subsequente lavagem


procede-se a diversas decapagens e a seguir ao pré-tratamento de zincagem num banho
que se compõe por:

Soda cáustica 525 g/l


Óxido de zinco 100 g/l

Opera-se à temperatura ambiente (inferior a 26º C) durante 30 segundos a 1 minuto.

Não se adapta ao alumínio puro e às ligas de magnésio.

Para estes materiais têm-se sugerido algumas variantes que referem o acréscimo de metais
pesados como polos de cobre e agentes redutores, sais de cobre e cianetos alcalinos, sais
de ferro e sal de Seignette.

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Em vez da zincagem pode efetuar-se a cobreagem recorrendo ao banho seguinte
aconselhado pela A.S.T.M. ( American Society for Testing and Materials ):

Cianeto de cobre 41,3 g/l


Cobre 30,0 g/l
Cianeto de sódio 48,8 g/l
Cianeto de sódio livre máximo3,8 g/l
Carbonato de sódio 30,0 g/l
Sal de Seignette 60,0 g/l
Temperatura 38 54 º C
pH 10,2 10,5
d.d.c. 2,6 A/dm2

As peças bem lavadas, após os tratamentos precedentes, devem ser submetidos a


niquelagem num banho composto de:

Sulfato de níquel 225,0 g/l


Cloreto de níquel 48,0 g/l
Ácido bórico 27,5 g/l
Temperatura 54 - 60º C
pH 5
d.d.c. 4,3 A/dm2

O I.S.M.L. aconselha o banho seguinte adicionado de um pouco de tensoativo:

Sulfato de níquel 270 g/l


Cloreto de níquel 7 g/l
Cloreto de sódio 10 g/l
Ácido bórico 35 g/l
Temperatura 55º C
pH 2,5 3
d.d.c. 3 4 A/dm2

Após a niquelagem seguida de lavagem, secagem e polimento os objetos passam-se para a


cromagem em um dos banhos indicados anteriormente.

Manutenção dos banhos

A manutenção dos banhos de cromagem efetua-se como acréscimo de anidro cromico


titulado a 99,5 98,8% (isento de sulfato s e de crômo trivalente) de ácido sulfúrico e
carbonato de bário.

Quando os depósitos mostrarem manchas castanhas isso significa falta de ácido sulfúrico,
que se acrescenta aos banhos, em diante prévia análise química, ou em pequena doses
sobre partes do banho que se deitam no tanque.

Se o ácido sulfúrico estiver em excesso. Em volta dos orifícios e das partes ocas ou com
ângulo muito estreito o níquel não adere. O excesso de ácido sulfúrico pode ser eliminado
facilmente pelo acréscimo de carbonato de bário.

Os ânodos mais apropriados são os chumbos antimônio, isto é, os de chumbo com cerca
de 6 10 % de antimônio. Em vez de antimônio pode usar se o estanho. A superfície
anódica deve ter maiores dimensões possíveis, uma vez e meia ou o dobro da superfície
catódica.

Todos os ânodos antes de serem introduzidos no banho devem ser devidamente lavados e
enxugados.

Anodização
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O objetivo da anodização é melhorar a estética das peças tratadas e protegê-las da
corrosão ou de qualquer outro exterior (ar salino, fumaças industriais, etc.)

Princípio básico

A anodização é precedida de um certo número de operações preliminares, que tem por


objetivo preparar a superfície do metal para receber o tratamento em condições de conferir-
lhe um aspecto decorativo (acetinado químico, leitoso, escovamento, polimento).

Através de um banho eletrolítico, o alumínio é então submetido à anodização . A tensão de


alimentação do banho deve estar compreendida entre 14 a 20 volts, e a intensidade de
corrente deve ser de 1,5 Amp/dm2). Esta intensidade tem a tendência de aquecer o banho,
cuja temperatura deve ser mantida entre18 e 20 ºC, através de um bom sistema de
refrigeração, sob agitação de ar contínua.

Desde que a corrente circule, acontece a eletrólise e, no ânodo (peças de alumínio), haverá
a decomposição do ácido, libertando o oxigênio, que reage com o alumínio, transformando-o
em óxido de alumínio (alumina). Esta película é extremamente dura, porosa, anidra e
transparente. A espessura da camada varia em função do tempo de anodização.

Coloração

Há duas formas de coloração. A primeira pode ser orgânica e inorgânica por imersão. Em
ambos, tanto anilina quanto o sal se impregnam na superfície dos poros e quanto mais
abertos estiverem, melhor se dará a impregnação. A Segunda forma é a coloração
inorgânica eletrolítica. Neste processo a corrente alternada atrai os sais metálicos para o
fundo dos poros e as tonalidades variam pela quantidade de sais metálicos impregnados.

Selagem

É a etapa complementar e obrigatória para dar qualidade à anodização. Responsável pela


resistência à corrosão atmosférica, não permite que a mesma penetre pelos poros. Consiste
em mergulhar o alumínio anodizado em uma cuba d água (destilada ou dionizada) levada a
ebulição (98 a 100ºC). Nestas condições a alumina se hidrata e aumenta de volume, o que
acarreta o fechamento dos poros.

Controle de qualidade da anodização

O controle da espessura da camada de alumina depositada se dá através de aparelhos do


tipo Isometer 2082 e Permascope EW-8 , pela emissão da corrente Foucalt, capaz de
medir a espessura do alumínio anodizado, verificando seu enquadramento nas normas
DIN17611/2, ASTM B 244 e ISSO 2360.

Já a selgagem pode ser verificada por testes de impermeabilidade, através de aparelhos


Anotest YD , testes de absorção de corantes (Dye Stain) e através de testes de perda de
massa (Alcotest).

Há ainda mais um teste de controle em relação à solidez à luz, realizado através da emissão
do raio ultravioleta a partir de uma lâmpada Xenon , em um aparelho conhecido como
Xenotest 150 ou similar.

Quanto à corrosão, há os ensaios na câmara de névoa salina (salt-spray)a 35 + ou - 2º C.

Durante 240 horas, o corpo de-prova deve resistir sem apresentar nenhum vestígio de
corrosão. Outro teste é da câmara de umidade a 40 + ou -3º C, onde o alumínio anodizado
deve resistir 240 horas sem apresentar qualquer vestígio de corrosão. Ambos os testes são
normalizados pela norma alemã DIN e americana ASTM.

Pintura eletrostática
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Nos últimos 20 anos verificou-se um grande avanço tecnológico no desenvolvimento de
novos tipos de resinas para a fabricação de tintas de alta durabilidade. A pintura
eletrostática é o processo mais conhecido e largamente utilizado na decoração e proteção
do alumínio. A aplicação da tinta eletrostática, líquida ou a pó, é feita automaticamente em
cabinas especialmente projetadas através de equipamentos especiais.

Tanto a pintura líquida quanto a pó apresenta tipos de tinta com características específicas
para cada finalidade de utilização com uma gama variada de cores.

Princípio de aplicação

A aplicação é feita em cabina de pintura, utilizando-se uma pistola de ar comprimido de


baixa pressão. Em sua ponta existem dois eletrodos ligados a uma fonte de alta voltagem
(até 90 mil volts). Ao passar por ela, o pó recebe uma carga positiva e, pelo princípio de
atração eletromagnética, é atraído pela peça metálica ligada à terra. Este princípio oferece
ao produto segurança de uma cobertura perfeita e uniforme, mesmo nas reentrâncias e
cavidades de difícil acesso, cobrindo-as com uma camada que pode variair de 40 a 100
micras.

O sistema de pintura eletrostática exige que a peça passe por um pré tratamento antes de
ser pintada, eliminando-se resíduos com óleo, graxa, sujeira e remoção de oxidação. Após o
tratamento a peça vai para a cabina de pintura e depois para uma estufa a uma temperatura
de aproximadamente 230/250ºC, por um tempo de 15 a 30 minutos, onde é feita a
polimerização do produto.

Quadro 1: Tipos de Tintas


Tipos de Tinta Desempenho
Epóxi Boa resistência química e mecânica, indicada para peças internas
não expostas a intempéries e radiações ultravioleta.
Poliéster Excelente resistência química e mecânica, indicada especialmente
para ambientes externos
Híbrido Excelente resistência química e mecânica, indicada para ambientes
externos de forma não permanente
Poliuretano Muito semelhante ao poliéster, porém resiste ao ataque de produtos
como o etanol que ataca o poliéster.
Poliamida ou Náilon É a tinta de maior resitência mecânica/física e química indicada
para peças de alumínio que sejam submetidas a rigorosas
condições de trabalho, atrito e abrasão.
Fonte: Base de dados Solicita SEBRAE

Fornecedores

Com o objetivo de facilitar o acesso e obtenção de um maior número de informações e


esclarecimentos a respeito dos insumos, foram relacionados abaixo alguns sites a serem
consultados e algumas empresas a serem contatadas, sem que, no entanto, a REDETEC
tenha nenhum compromisso quanto à qualidade dos serviços prestados.

Fornecedores de produtos químicos

SALQUÍMICA PRODUTOS QUIMICOS LTDA


R: Alberto I, 238 / 248
04298 060 São Paulo SP
Tel/ Fax: (011) 6946 6000

ATIAS MIHAEL LTDA


R da Consolação , 293 na 6 - Consolação
01301-000 São Paulo SP
Tel: (011) 259 7266
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Fax: (011) 257 2007

RESIMAPI PRODUTOS QUIMICOS LTDA


R: 21 de abril , 1235 / 39 - Brás
03047-000 São Paulo SP
Tel: (011) 291 2264
Fax: (011) 291 2264

Conclusões e recomendações

A cromagem deve ser realizada nos padrões apropriados da ABNT Associação


Brasileira de Normas Técnicas (Disponível em: < www.abnt.org.br>. Acesso em: 9 fev. 2007) e
da ASTM American Society for Testing and Materials (Diponivel em :<
http://webstore.ansi.org/ansidocstore/dept.asp?dept_id=1570>. Acesso em: 9 fev. 2007). Estas
normas encontram-se disponíveis para venda e podem ser solicitadas no próprio site das
instituições. Dando uma maior confiança ao cliente no desempenho e na vida útil do produto.

Fontes consultadas

Resposta Técnica elaborada a partir do conteúdo do banco de dados SOLICITA do


SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

Elaborado por

Eliana Sousa Costa

Nome da Instituição respondente

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalização

9 fev . 2007

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