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Recife, 2009.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
Recife, 2009.
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, por sempre me incentivarem a construir o
melhor.
A minha família, por acreditar em mim.
Aos meus amigos, pelas horas de desespero e de alegria.
E a Deus, por sempre me proteger e mostrar o melhor caminho.
4
AGRADECIMENTOS
5
RESUMO
6
ABSTRACT
7
1 APRESENTAÇÃO
9
2 O DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO HUMANA: DA
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL À COMUNICAÇÃO VIRTUAL
10
É muito difícil identificar com exatidão quando surgiu a primeira intenção
de comunicação humana. Os primeiros sons do homem imitavam os rugidos
gerados pelo ambiente, sons onomatopéicos. Foi justamente nessa fase que o
homem sentiu a necessidade de inventar uma linguagem, um conjunto de
símbolos para exteriorizar as suas necessidades, assim como idéias e desejos,
para que existisse uma comunicação de reciprocidade entre eles. Essa
característica era o que tornava os homens diferentes dos animais, já que
utilizavam um sistema de comunicação progressivo e aberto onde era permitido
transmitir-se e enriquecer-se uma geração após a outra (SILVA, 2005).
Neste período ainda não existiam meios de suporte para a comunicação.
Era necessário que todos os interlocutores estivessem no mesmo local para
que a comunicação acontecesse, já que a exteriorização da expressão era feita
através de gestos e palavras. Logo depois, o homem desenvolve a capacidade
de produzir representações icônicas, que dão origem a uma habilidade
intelectual e manual não vista anteriormente. Também começa a elaborar
técnicas e suportes diversos, como a utilização dos muros das cavernas para
eternizar, através de símbolos, cenas visuais que os cercavam e situações que
viviam no dia-a-dia. Esta fase da comunicação simbólica tinha em vista a
criação da escrita, pronunciando a comunicação de elite (SILVA, 2005).
1
Material de suporte gráfico resultante do tratamento da pele de certos animais, como o carneiro, a
cabra e a vitela.
11
não fazia parte da realidade da maioria, construindo-se assim uma barreira
entre quem possuía e quem não possuía tal conhecimento, situação esta
contrária à oralidade (SILVA, 2005). É com base nesta desigualdade que
Cloutier (1975) designa esta fase como comunicação de elite.
13
Com estas evoluções temos agora o anúncio do fim dos guetos e,
consequentemente, a constituição de uma rede comunicativa universal. A
noção de rede é o conceito chave para caracterizar este episódio comunicativo,
onde tudo e todos estão conectados. Este momento é então marcado pela
comunicação em ambiente virtual. O adjetivo "virtual" não deve ser entendido
como oposto a "real", mas como forma do homem visualizar e manipular
informações, interagindo com o mundo através de interfaces abertas a
conexões novas.
Neste novo momento, as pessoas podem ter ao alcance da "ponta dos
dedos" acesso a um mundo de informações vindas de lugares onde jamais
poderiam imaginar ter contato. Aqui se estabelece uma rede de conversação
onde se trocam reclamações e compromissos, ofertas e promessas, aceitações
e recusas, consultas e resoluções. É o mundo conectado em rede, onde os
indivíduos participantes dessa nova realidade comunicativa levam o mundo
interior de cada um para o espaço público.
15
usuários conectados poderiam usufruir de serviços de informação e
comunicação em alcance mundial, além de não precisarem de um centro
definido ou mesmo uma rota única para as informações, tornando-as quase
indestrutíveis (BOGO, 2000).
A virtualização da informação trouxe um mundo novo para toda
sociedade, que agora passa a ter todas as informações ao seu alcance na hora
em que desejar. Essa sociedade viu que novas possibilidades de interação
seriam possíveis das mais diversas formas e com as mais variadas pessoas.
Podemos chamar esse espaço virtual de Ciberespaço. A palavra surgiu
no clássico romance de ficção científica Neuromancer, do autor William Gibson,
onde designa o ciberespaço como o espaço criado pelas comunicações
mediadas por computador ("CMC’s"). Na obra o autor desenrola os
acontecimentos tanto na vida "real" como na realidade virtual criada pelos
computadores envolvidos na trama. O romance ainda insinua que no futuro a
vida humana será fortemente permeada pela intervenção da tecnologia e a
identidade individual passará a ser, sem dúvidas, um ato de escolha,
determinação pessoal e, principalmente, consumo (GIBSON,1984, apud
GUIMARÃES, 1997).
Esse novo ambiente virtual, que abriga toda essa “realidade”, vai sendo
aprimorado e expandido a partir do momento em que todos os usuários
contribuem para isto, seja enviando ou recebendo informações de todos os
lugares e projetando a sua vida através da tela de um computador. Por todas
essas características, segundo Lévy (2000), o ciberespaço acabará se
tornando o principal canal de comunicação e suporte de memória da
humanidade.
16
Dentro desse universo desprovido de representação real concreta, é
comum existir o desejo de reavaliar o sentido da palavra comunidade, já que o
objetivo principal continua sendo o mesmo das primeiras civilizações,
comunicar-se. O que muda agora é a forma e os instrumentos que são
utilizados para concretizar este ato.
Depois de todas as constatações discutidas anteriormente, é possível
vislumbrar a formação de uma nova forma de cultura, que abriga infinitas
informações virtuais e comportamentos característicos a essa nova forma de
sociabilidade.
17
Figura 1 - Página inicial da comunidade Well. Fonte: www.well.com
18
Desde o seu surgimento, os usuários pagam para usar os benefícios
oferecidos por essa comunidade, que possui alguns pacotes de adesão
de acordo com a necessidade de cada membro. Alguns dos benefícios
adquiridos com a adesão são: a participação em fóruns, um e-mail do
well.com e permissão para publicar sua própria página www.well.com.
Algumas pessoas ficaram receosas no começo por se tratar de uma
comunicação a distância que não teria um contato real e totalmente sem
emoção. Só aos poucos que essa sensação foi dando lugar ao
entusiasmo e logo depois a compulsividade, já que os usuários depois de
algum tempo de uso, passariam a estar presentes na rede todos os dias,
compartilhando conhecimento e as mais variadas informações. Os
usuários começaram a perceber que poderiam se comunicar com
pessoas “reais”, que também tinham histórias e problemas para
compartilhar, gostos e opiniões semelhantes, ou seja, pessoas que
também tinham uma vida do outro lado da tela (RHEINGOLD,1996).
A aldeia virtual teve um considerável crescimento e em 1993 já
possuía 8.000 pessoas cadastradas. A crescente adesão a essa nova
subcultura mostrou que os usuários estavam abertos a tentarem uma
vida paralela, já que com o advento da modernidade e urbanização o
tempo das pessoas para socialização estava escasso. O autor Ray
Oldenburg afirma em sua obra The Great Good Place, que as comunidades da
vida real estariam desaparecendo da vida moderna devido à falta de espaços
para a socialização entre indivíduos que ele chamava “textitgreat good places”
(OLDENBURG apud RECUERO, 2001).
Ainda segundo o autor, existem três tipos importantes de lugares em
nossa vida: o lar, o trabalho e os "terceiros lugares", estes referentes aos
lugares onde laços sociais fomentadores das comunidades seriam formados,
assim como a igreja, o bar, a praça e etc. Esses lugares seriam mais propícios
para a relação social que ele julga necessária para o "sentimento de
comunidade", já que seriam aqueles onde existe o "lazer", onde as pessoas
reúnem-se para descontrair, lugares de vida pública "informal" nas palavras do
autor (OLDENBURG apud RECUERO, 2001).
19
A carência do sentido de comunidade, devido à falta desses chamados
“terceiros lugares”, mais difíceis de serem encontrados na vida moderna, e
ainda todas as atribulações do dia-a-dia, são características que confirmam a
visão de Rheingold em dizer que esse conjunto contribuiu para o surgimento
das comunidades virtuais (RHEINGOLD apud RECUERO, 2001).
20
3 A COMUNICAÇÃO EVOLUI E O MERCADO ACOMPANHA
21
O mercado vive uma fase nunca vista antes. A competitividade e a busca
incansável pelo lucro fizeram com que as empresas buscassem novas formas
de abordar os seus clientes e com isso chamar a sua atenção.
A segmentação do mercado foi o começo dessa busca por atenção do
consumidor perdida durante os anos. Empresas começaram a perceber que o
seu público, apesar de consumir o mesmo produto oferecido pela empresa,
dividia-se em subgrupos que possuíam gostos, interesses e necessidades
diferentes, ou seja, cada cliente era único. Assim, o mercado sentiu a
necessidade de oferecer a esse público, produtos que atendessem as suas
necessidades específicas, usando a segmentação como estratégia de
marketing para agradar os seus clientes e prospectar novos consumidores.
Para Garrett Johnston (2009), diretor de marketing estratégico da MTS,
grande operadora de telefonia celular "O que vale hoje é a segmentação do
indivíduo, que tem inúmeras facetas e se comporta de maneiras diferentes de
acordo com o ambiente em que está" (JOHNSTON, 2009, apud AUGUSTO,
2009).
Esse conceito de segmentação começa a ganhar força depois da
publicação do artigo de Wendell Smith (1956), no Journal of Marketing, EUA,
intitulado: "Diferenciação do Produto e Segmentação de Mercado como
Alternativas de Estratégia Mercadológica". Nessa publicação o autor
caracteriza a segmentação como ponto indispensável para o sucesso de uma
empresa (LEITÃO, 2008).
22
A comunicação de massa transmitida indistinta e aleatoriamente pelos
meios tradicionais que persistiu durante anos, agora é voltada para nichos
específicos que compartilham de características comuns e querem ser tratados
de forma única. A demanda do consumidor mudou e a oferta do marketing e da
publicidade também teve que adaptar-se a essa mudança (JAFFE, 2008).
Um bom exemplo de como o mercado está procurando atender as
necessidades de nichos diferentes, é a linha de produtos para cabelos Seda,
da empresa mundial Unilever. São mais de 25 linhas diferentes entre xampus,
condicionadores e cremes para pentear, que tentam atender a necessidade de
diferentes mulheres. Seda é uma marca popular distribuída entre todos os
segmentos sociais que oferece produtos de qualidade e com preço acessível,
atendendo as necessidades de cada tipo de cabelo e necessidades específicas
de cada tipo de consumidor.
23
proporcionam o mesmo volume de vendas como acontecia há alguns anos
atrás. Por essa razão, o mercado precisou encontrar caminhos diferentes para
atingir e estar mais próximo do seu consumidor.
3
Público-alvo de um plano de comunicação.
25
por eles próprios, características estas que fazem desse momento um marco
na história da comunicação.
Podemos chamar esse momento de web 2.0, tendência vivida no
ambiente virtual que reforça o conceito de troca de informações e também de
colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais.
A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os
usuários colaborem para a organização de conteúdo. Em tal perspectiva, o
surgimento da cibercultura e dos ambientes virtuais são conseqüência dos
avanços tecnológicos que surgiram durante a evolução da sociedade e foram
sendo integrados a ela, sendo a internet, principal responsável surgimento de
novas tendências que inovaram os processos de comunicação
contemporâneos (OLIVEIRA, 2007 apud DEYSE, 2008).
26
a conectar-se às redes e fazer desses espaços, em muitos casos, a extensão
de suas casas e das suas vidas.
Para se ter idéia da proporção do crescimento da utilização desse meio,
é possível observar alguns números do relatório disponibilizado recentemente
pela empresa de pesquisa The Nielsen Company. Segundo o relatório “Global
Faces and Networked Places” (faces globais e lugares plugados), o segmento
das redes sociais é o quarto mais popular no ambiente da web e está à frente,
por exemplo, do e-mail pessoal, que é visitado por mais de dois terços (67%)
da população on-line mundial e o seu crescimento é duas vezes maior que
qualquer outro dos quatro maiores setores da web (busca, portais, software
para PC e e-mail)4.
Além dos significativos números, o assunto chama atenção também pela
importância que as empresas estão dando a esse novo canal de comunicação
online5 e praticamente instantâneo com os seus clientes, já que essa nova
interação pode ocasionar um grande impacto na construção, sustentação e até
mesmo na destruição de uma marca e da reputação das organizações. Por
isso, as empresas precisam estar preparadas para coletar e analisar opiniões
geradas pelos consumidores nesse ambiente. Muitas empresas estão até
investindo e criando departamentos especiais para monitoração das redes,
onde além de monitorar, estudam seus clientes e procuram soluções para
ocupar cada vez mais espaços de interação nas redes sociais em nome da
empresa. Podemos citar como exemplo de utilização dessa nova ferramenta
em benefício à relação empresa/consumidor, a empresa Dell, fabricante de
computadores, que contratou 40 empregados full time6 dedicados em atender e
verificar quais as tendências de divulgação e de apresentação estão sendo
utilizadas dentro dos universos virtuais7. A empresa vem desempenhando um
interessante papel nesse novo ponto de contato com os seus clientes, que
4
Informações obtidas no site: http://br.hsmglobal.com/notas/43999-redes-sociais-são-as-que-
mais-crescem, acessado em 17.03.09.
5
Algo ou alguém que está conectado em tempo real a uma rede de computadores, recebendo
e enviando informação.
6
Expediente de trabalho em tempo integral.
7
Informações obtidas no site: http://liberdade.blogueisso.com/tag/negocios/, acessado em
27.04.09.
27
através dos seus perfis presentes em redes sociais como Twitter, Facebook e
Flickr8 consegue proporcionar aos seus seguidores ações de relacionamento
como promoções, ofertas especiais e anúncio de novos produtos, além de
reverter alguns boatos e informações falsas que possam vir a surgir
envolvendo a empresa ou marca9.
Após manter seu perfil ativo na rede social Twitter, a Dell teria faturado
recentemente US$ 1 milhão em rendimentos 10. Esse resultado só ratifica que
se as redes sociais forem utilizadas realmente de forma adequada as
empresas poderão usufruir de resultados positivos, tanto institucional quanto
financeiro.
Para usufruir dos benefícios desse novo mercado e não cometer erros, é
preciso entender o que é esse novo espaço virtual, como surgiu, quem
freqüenta esse ambiente, qual o impacto na vida dos usuários, quais os riscos
de aderir uma comunicação através dessa ferramenta, entre outros fatores,
positivos ou negativos, que contribuam para uma sábia utilização e não apenas
mais uma adesão das redes.
8
Serviço que permite guardar, organizar, procurar e compartilhar suas fotos online. Com esse
serviço é possível organizar álbuns, compartilhar fotos com amigos e família, procurar por
outras fotos e fotógrafos.
9
Informações obtidas no site:
http://cartello.informazione3.com.br/cms/opencms/cartello_site/cartello/central/midias/0001.html
, acessado em 05.04.09.
10
Informações obtidas no site: http://www.riot.com.br/?p=134, acessado em 25.04.09.
28
As redes sociais sempre existiram e não surgiram com a tecnologia. Há
séculos que a sociedade é subdividida em grupos sociais que compartilham
interesses comuns. Podemos citar os nazistas e os hippies como exemplos de
grupos onde membros específicos se reuniam para partilhar de uma ideologia
em comum. Segundo Daniel Sayon (2008), da empresa Mestre SEO
especializada em web, as redes sociais:
O autor também afirma que a internet não apareceu mais como um meio
de produção de “poucos para muitos” (como o jornal, rádio e televisão) e sim
como um meio de “muitos para muitos”, descentralizando o poder e
possibilitando circular e debater idéias (RHEINGOLD, 1998, pag. 12).
Através dessas características é possível observar que as redes sociais
são mais uma forma de comunicação, com o objetivo comum entre todas as
outras: exercer a interação e a comunicação entre indivíduos. O que muda
agora é o canal por onde fazemos esse contato, que possibilita uma maior
expansão da sua rede de relacionamento através do ambiente virtual.
29
Atualmente é possível definir redes sociais como: um espaço virtual
onde existe relações (afetivas, profissionais, entre outras) entre os usuários
que compartilham de interesses em comum.
11
Transferência de dados de um computador local para um servidor.
12
Rede social mais popular no Brasil que tem o objetivo de ajudar seus membros a criarem
novas amizades e manter relacionamentos.
13
É a segunda rede social mais acessada no mundo todo. O perfil da rede permite que a
interação entre os usuários seja feita através da postagem de fotos, blogs e perfis. A rede ainda
possui um sistema interno de e-mail fórum e grupos. Um diferencial do MySpace é o fato do
seu sistema permitir a postagem de músicas em formato mp3. Essa habilidade o tornou popular
entre as bandas e músicos, que aproveitaram o espaço para divulgar seus trabalhos, alguns
chegando até a ter o perfil da rede como seus sites oficias.
31
Figura 4 - Distribuição das principais redes sociais no mundo. Fonte: www.lemonde.fr
32
determina o modo deles se relacionarem com as pessoas e há uma
produção cultural totalmente nova nascendo aí (FREIRE, 2009, apud
SILVA, 2009)
33
informações. Por isso, estão acostumados a aprender de uma forma muito
tranqüila (SILVA, 2009).
Um fator que contribui para essa diversidade de público que frequenta
as redes sociais, é a grande variedade de opções de redes oferecidas pela
web. Uma vez que existem redes específicas para cada tipo de usuário, seja
pela idade, por interesses profissionais ou simplesmente por querer
compartilhar o seu dia-a-dia com outras pessoas. É possível ver a seguir
alguns exemplos das mais variadas redes para os mais variados tipos de
usuários.
14
Informações obtidas no site: http://www.riot.com.br/?tag=facebook, acessado em 10.02.09.
34
Tabela 1 - Ranking das redes sociais mais acessadas no mundo. Fonte:
www.pontomidia.com.br/raquel/
35
Figura 5 – Rede social Diamond Lounge. Fonte: www.diamondlounge.com
Outra rede social que faz parte desse “cardápio” oferecido na web é a
LinkedIn, que possui um perfil e finalidade diferente da Dimond Lounge. Essa
rede tem como objetivo principal a troca de informações, idéias e
oportunidades no ambiente profissional. A rede conecta pessoas e
profissionais, não apenas com o intuito de construir uma comunidade, mas
também pelos trabalhos que já realizaram juntos, pela experiência e pela
recomendação de profissionais. A rede também é interessante para aqueles
que procuram emprego, já que na LinkedIn, o profissional tem a chance de ser
encontrado por algum empresário em busca de talentos.
36
As possibilidades já são inúmeras quando se fala na variedade de redes
sociais disponíveis na web e com a ajuda de plataformas virtuais como a Ning,
as possibilidades tornam-se infinitas. Com a Ning, os usuários podem criar e
gerenciar suas próprias redes sociais. “Ela concentra vídeos, blog, a gente que
molda. É como se cada pessoa construísse o Orkut, mas com um número mais
seleto de pessoas.”, afirma a publicitária Caroline Miltersteiner, que criou sua
própria rede para o grupo da sua turma de pós-graduação 15.
15
Informações obtidas no site:
http://www.clickrbs.com.br/especial/rs/tecnologia/19,0,2500380,Sites-de-relacionamento-
estimulam-usuario-a-criar-rede-social-propria.html, acessado em 07.05.09.
37
A figura abaixo ilustra bem o perfil de cada tipo de rede com as suas
especificações de utilidade.
38
4.4.1 Facebook
16
Informações obtidas no site: http://gnt.globo.com/estilognt/materia.asp?
id=580&m=Facebook:-fen%C3%B4meno-mundial, acessado em 10.04.09.
17
Informações obtidas no site: www.facebook.com, acessado em 27.04.09.
18
Informações obtidas no site: www.wikipedia.org, acessado em 15.03.09.
39
Figura 9 - Página inicial de perfil no Facebook. Fonte: www.facebook.com
40
marca ou produto de uma maneira despretensiosa e dentro do que se espera
sobre a proposta de anúncios e divulgação de produtos na rede.
4.4.2 Twitter
19
Letras ou sinais para composição de textos.
20
Informações obtidas no site: http://www.via6.com/topico.php?tid=292934. Acessado em:
05.05.09.
21
http://blog.compete.com/
41
de visitas em janeiro deste ano de 2009. No ranking de fevereiro de 2008, eram
600.000 visitantes e 4 milhões de visitas22.
Um dos diferencias da rede é o fato de que a postagem entre os
usuários pode ser feita tanto pelo site oficial como por aplicativos instalados no
navegador e ainda pelo celular, meio importante para a ferramenta já que o
usuário pode postar a qualquer hora e de qualquer lugar o que está fazendo.
Quem quiser saber o que determinado usuário "twitta", pode selecionar "segui-
lo" e, a partir daí, receberá as atualizações que o usuário fizer no seu próprio
perfil23.
22
Informações obtidas no site: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/twitter-agregou-
informacoes-instantaneas-429209.shtml. Acesso em: 25.04.09.
23
Informações obtidas no site: http://serrp.blogspot.com/2009/04/afinal-o-que-e-o-twitter-e-por-
que.html. Acesso em: 27.02.09.
americano Ashton Kutcher em abril deste ano. O ator publicou um vídeo na
internet pedindo ajuda aos usuários do Twitter para bater a marca de um
milhão de seguidores antes da rede de TV norte-americana, CNN. Ashton na
ocasião possuía 885 mil seguidores contra 935 mil da TV. Dois dias depois, o
ator conseguiu alcançar a sua meta e chegou à marca de um milhão, 30
minutos antes da CNN, que naquele momento contava com pouco mais de 998
mil seguidores24. Um detalhe interessante é que mesmo a “disputa”
acontecendo através de uma nova mídia, o ator não deixou de utilizar outdoors
para divulgar o seu endereço na rede social.
24
Informações obtidas no site: http://www.tecontei.com.br/noticias/noticia/51132/ashton-kutcher-
ganha-da-cnn-na-luta-por-um-milhao-de-seguidores.html. Acesso em:15.05.09.
43
Figura 13 – Momento em que Ashton Kutcher bate o record de usuário com o maior
número de seguidores do Twitter. Fonte: www.youtube.com
25
Mensagem adicionada a uma discussão online.
44
Figura 15 - Twitter da Samsung. Fonte: www.twitter.com
26
Pequeno site planejado para apresentar e destacar uma ação de comunicação e marketing
pontual.
27
Mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa.
28
Informações obtidas no site: http://www.brainstorm9.com.br/2008/06/05/casas-bahia-usa-
twitter-para-fazer-spam/, acessado em 15.05.09.
45
uma mídia ainda muito recente não chegava ao target que as Casa Bahia
atinge. Segundo o publicitário Carlos Merigo
Isso mostra que não importa o quanto as ferramentas evoluam, as
pessoas mudem, e todo esse papo de mídias sociais, quando o
pensamento de comunicação continua velho. Usar publicidade velha
em uma ferramenta nova não torna a mensagem mais atraente
(MERIGO, 2008)
29
Empresa de telecomunicações.
46
Figura 17 - Twitter de Marcelo Tas patrocinado pela Telefônica. Fonte: www.twitter.com
O Twitter é a mais nova sensação entre as redes sociais. Por ter sido
criada recentemente, é possível afirmar que se encontra em fase de
experimentação, mas em contrapartida, já é possível observar que em pouco
tempo será umas das grandes meios de comunicação entre os usuários da
web.
47
suas opiniões, reclamar, criticar e elogiar sobre qualquer assunto e qualquer
mensagem intrusiva que possa receber de uma empresa, por exemplo. Com
isso as empresas precisarão de um pouco mais de cautela quando pensarem
em atingir o público através das redes sociais, pois estarão lidando com uma
situação de resultados duvidosos, já que a informação a ser passada poderá
impactar o consumidor tanto de forma positiva, quanto negativa.
30
Informações obtidas no site: http://idgnow.uol.com.br/internet/2009/03/31/publicidade-online-
brasileira-cresce-4-4-em-janeiro-de-2009/, acessado em 03.03.09.
48
em um meio inovador como a internet do que em mídias tradicionais como TV
e rádio.
A comunidade de usuários da internet vai ocupar o centro da vida
cotidiana. Sua demografia vai ficar cada vez mais parecida com a do
próprio mundo. O valor real de uma rede tem menos a ver com
informação do que com vida comunitária. A superestrada da
informação é mais do que um atalho para o acervo da Biblioteca do
Congresso. Ela está criando um tecido social inteiramente novo e
global (NEGROPONTE, 1995).
31
Empresa americana de comércio online.
49
Neste era de comunicação instantânea, nenhuma empresa pode deixar
de prestar atenção ao que estão falando ao seu respeito na internet. Uma
piada de blogueiros diz que eles podem causar diversos problemas nos finais
de semana, já que as grandes empresas não monitoram suas marcas neste
período32.
32
Informações obtidas no site: http://www.meioemensagem.com.br/novomm/br/Conteudo.jsp?
origem=rss&IDconteudo=120714, acessado em 03.03.09.
50
recente campanha criada, que utilizou com maestria e competência as
ferramentas das redes sociais, para eleger o atual presidente dos EUA, Barack
Obama.
Considerado o Anunciante do Ano de 2008 pela maior revista de
publicidade e propaganda do mundo, Advertising Age, após votação realizada
por centenas de anunciantes, agências e fornecedores do mercado publicitário
(MEIO E MENSAGEM, 2008), a campanha para eleição de Obama ficou na
história por quebrar recordes e por ser a mais inovadora campanha política de
todos os tempos, não só porque utilizou mídias como internet, telefones
celulares e principalmente redes sociais, mas também porque mudou a forma
com que os eleitores e candidatos participaram de uma campanha, podendo
distribuir, interagir e gerar conteúdo. Além da vitória o presidente conseguiu
duas das coisas mais importantes que podemos conquistar do público: a
simpatia e a fidelidade.
De acordo com pesquisa do Pew Internet and American Life Project, um
dos mais tradicionais centros de pesquisa sobre a Internet e a Opinião Pública
nos EUA, a Internet foi a segunda fonte de informação mais consultada dos
eleitores americanos, perdendo apenas para a televisão (COUTINHO, 2008).
51
Obama também soube aproveitar a natureza viral e democrática da web
para baratear a sua campanha. Investindo apenas 2% de seu budget33 total
para ações online, dados da Comissão Eleitoral Americana mostram que,
Obama arrecadou 639 milhões de dólares, dos quais estimam-se que cerca de
50% vieram de doações abaixo de 500 dólares via Web (COUTINHO, 2008). O
que chamou muita atenção também foram os meios utilizados para a
arrecadação de verba utilizada na realização da campanha. A maior parte da
arrecadação foi feita através de doações dos eleitores dentro das redes sociais.
Obama não pedia para que os usuários entrassem em seu site e fizessem
doações, ele colocou widgets34 de doação nas redes já existentes. Preferiu
engajar e motivar os eleitores sobre a campanha e facilitar a doação com
ferramentas de interação pulverizadas nas mídias sociais. A internet foi
responsável por 87% de toda arrecadação da campanha de Obama. Apenas
em setembro de 2008 foram mais de U$ 100 milhões. 93% dos doadores
contribuíram com menos de 100US$.
Foi também por estas razões que Obama destacou-se do seu oponente
John McCain, do partido republicano. Este não soube usar as ferramentas
online e utilizava a internet apenas como meio divulgador da sua campanha.
33
Verba disponível para uma determinada campanha.
34
Componentes de software que viabiliza a interação com o usuário.
52
Outro candidato que não soube aproveitar o que as redes sociais têm a
oferecer foi John Edwards. Ele foi o primeiro candidato a criar perfis nas redes,
24 ao todo, que não eram utilizados para conectar os eleitores e sim para
apenas promover o candidato. John nem teve a sensibilidade de enviar uma
mensagem de agradecimento aos seus apoiadores quando abandonou a
corrida eleitoral (ARANTES, REIS, 2009).
Para Obama, o importante de ter divulgado a sua campanha na web,
principalmente em diversas redes sociais, foi a certeza de que a sua equipe,
que esteve e está atrás de todo planejamento, soube enxergar que as ações
acontecem onde as pessoas estão e não onde o candidato quer que elas
estejam. Por isso, Obama esteve presente em 16 espaços sociais, de acordo
com a etnia e perfil psicográfico do público, mais de 500 grupos foram criados
espontaneamente pelos usuários no Facebook, além de ações de impacto,
como concursos de vídeo, ações in-game, vídeos virais e um planejamento
sustentável como a página na web MyBarackObama.com. Toda essa
versatilidade deixou os eleitores de todas as raças e idades, principalmente os
mais jovens que antes não tinham interesse nem motivação para participar das
eleições, mais próximos do candidato (ARANTES, REIS, 2009).
MyBarackObama.com foi a principal rede social criada durante a
campanha. Lá, os eleitores podiam criar blogs para discussão, enviar
recomendações diretamente à campanha, criar seu mini-site para arrecadação
de doações, organizar eventos, conectar outras redes sociais como o
Fecebook e muitas outras ações. O site foi um ponto de encontro onde os
eleitores podiam compartilhar suas opiniões com outras pessoas que
pensavam da mesma forma.
54
Figura 21 - Trechos do vídeo-clipe Crush on Obama. Fonte: www.youtube.com
55
também foram utilizados, contendo conteúdo multimídia integrado com o site,
notícias, agendas, notificações, etc.
56
Figura 25 - Perfil de Obama na rede Flickr. Fonte: www.flickr.com
5.1 Pós-campanha
57
As ferramentas continuam existindo, mas agora com o sentido de
comunicação política que consegue dialogar com a população, identificando
tendências e aproximando o contato do governo com a população americana.
Ilustrando a afirmação acima, 48 horas depois de eleito foi criada uma
página na rede chamada Change.gov, para que os eleitores pudessem enviar
idéias e opinar sobre os mais variados assuntos. O site ainda conta com um
blog onde são detalhados os passos de Obama e ensinados à população
serviços de utilidade pública. No YouTube ainda serão disponibilizados
discursos semanais, não só de Obama como também líderes da transição,
conselheiros políticos e membros do gabinete.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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são um nova realidade adotada por parte das empresas que as utilizam como
mídia para chegarem mais perto dos seus consumidores e estabelecerem uma
relação de confiança. O fato é que não podemos ignorar essa mais recente
ferramenta, afinal foi com sua ajuda que o presidente de uma das maiores
potências do mundo foi eleito, mostrando que a sua utilização já é uma
realidade palpável e que deve ser levada em consideração.
REFERÊNCIAS
AFINAL o que é o Twitter e por que todos estão falando sobre ele?
Disponível em:
<http://serrp.blogspot.com/2009/04/afinal-o-que-e-o-twitter-e-por-que.html>
Acesso em: 27 fev. 2009.
COUTINHO, Marcelo. Eleições 2.0 - O uso das ferramentas da Web 2.0 nas
eleições americanas. Disponível em :
<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=Notícias&docid=943692A
2FA5B9048832574F70062A2E3>
Acesso em: 26 jan. 2009.
DEYSE, Jacqueline. Celular: uma mídia on the go. Premio de Mídia Estadão,
São Paulo, 2008.
GALINDO, Daniel dos Santos. Propaganda inteira & ativ@. São Paulo:
Futura, 2002.
MERIGO, Carlos. Casas Bahia usa Twitter para fazer SPAM. Disponível em:
< http://www.brainstorm9.com.br/2008/06/05/casas-bahia-usa-twitter-para-fazer-
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Acesso em: 26 abr. 2009.
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Acesso em: 07 de maio 2009.
www.change.gov
www.contraaclicagemburra.blogspot.com
www.facebook.com
www.flickr.com
www.ibope.com.br
www.lemonde.fr
www.linkedin.com
www.ning.com.br
www.novainter.net
www. pontomidia.com.br/raquel/
www.riot.com.br
www.seda.com.br
www.twitter.com
www.well.com
www.wikipedia.org
www.youtube.com
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