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Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do

Universo – Ano A
Ano A
34º DOMINGO DO TEMPO COMUM
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
Tema do 34º Domingo do Tempo Comum
No 34º Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do
Universo. As leituras deste domingo falam-nos do Reino de Deus (esse Reino de que Jesus é rei).
Apresentam-no como uma realidade que Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na
história (através do amor) e que terá o seu tempo definitivo no mundo que há-de vir.
A primeira leitura utiliza a imagem do Bom Pastor para apresentar Deus e para definir a sua relação
com os homens. A imagem sublinha, por um lado, a autoridade de Deus e o seu papel na condução do
seu Povo pelos caminhos da história; e sublinha, por outro lado, a preocupação, o carinho, o cuidado, o
amor de Deus pelo seu Povo.
O Evangelho apresenta-nos, num quadro dramático, o “rei” Jesus a interpelar os seus discípulo acerca
do amor que partilharam com os irmãos, sobretudo com os pobres, os débeis, os desprotegidos. A
questão é esta: o egoísmo, o fechamento em si próprio, a indiferença para com o irmão que sofre, não
têm lugar no Reino de Deus. Quem insistir em conduzir a sua vida por esses critérios ficará à margem
do Reino.
Na segunda leitura, Paulo lembra aos cristãos que o fim último da caminhada do crente é a
participação nesse “Reino de Deus” de vida plena, para o qual Cristo nos conduz. Nesse Reino
definitivo, Deus manifestar-Se-á em tudo e actuará como Senhor de todas as coisas (vers. 28).
LEITURA I – Ez 34,11-12.15-17
Leitura da Profecia de Ezequiel
Eis o que diz o Senhor Deus:
«Eu próprio irei em busca das minhas ovelhas
e hei-de encontrá-las.
Como o pastor vigia o seu rebanho,
Quando estiver no meio das ovelhas que andavam tresmalhadas,
para as tirar de todos os sítios em que se desgarraram
num dia de nevoeiro e de trevas.
Eu apascentarei as minhas ovelhas,
Eu as levarei a repousar, diz o Senhor.
Hei-de procurar a que anda tresmalhada.
Tratarei a que estiver ferida,
darei vigor à que andar enfraquecida
E velarei pela gorda e vigorosa.
Hei-de apascentá-las com justiça.
Quanto a vós, meu rebanho,
assim fala o Senhor Deus:
Hei-de fazer justiça entre ovelhas e ovelhas,
entre carneiros e cabritos».
AMBIENTE
Ezequiel é conhecido como “o profeta da esperança”. Desterrado na Babilónia desde 597 a.C. (no
reinado de Joaquin, quando Nabucodonosor conquista Jerusalém pela primeira vez e deporta para a
Babilónia a classe dirigente do país), Ezequiel exerce aí a sua missão profética entre os exilados
judeus.
A primeira fase do ministério de Ezequiel decorre entre 593 a.C. (data do seu chamamento) e 586 a.C.
(data em que Jerusalém é arrasada pelas tropas de Nabucodonosor e uma segunda leva de exilados é
encaminhada para a Babilónia). Nesta fase, Ezequiel procura destruir falsas esperanças e anuncia que,
ao contrário do que pensam os exilados, o cativeiro está para durar… Eles não só não vão regressar a
Jerusalém, mas os que ficaram em Jerusalém (e que continuam a multiplicar os pecados e as
infidelidades) vão fazer companhia aos que já estão desterrados na Babilónia.
A segunda fase do ministério de Ezequiel desenrola-se a partir de 586 a.C. e prolonga-se até cerca de
570 a.C. Instalados numa terra estrangeira, privados de Templo, de sacerdócio e de culto, os exilados
estão desesperados e duvidam da bondade e do amor de Deus. Nessa fase, Ezequiel procura
alimentar a esperança dos exilados e transmitir ao Povo a certeza de que o Deus salvador e libertador
– esse Deus que Israel descobriu na sua história – não os abandonou nem esqueceu.
O texto que nos é hoje proposto pertence, provavelmente, à segunda fase do ministério de Ezequiel.
Depois de denunciar os “maus pastores” que exploraram e abusaram do Povo e o conduziram por
caminhos de morte e de desgraça, até à catástrofe final de Jerusalém e ao Exílio (cf. Ez 34,1-9), o
profeta anuncia a chegada de um tempo novo em que o próprio Deus vai conduzir o seu Povo e
apascentar as suas ovelhas. É um oráculo de esperança, que abre uma nova história e propõe um
novo futuro ao Povo de Deus.
MENSAGEM
No Antigo Médio Oriente, o título de “pastor” é atribuído, frequentemente, aos deuses e aos reis. É um
título bastante expressivo em civilizações que viviam da agricultura e do pastoreio. A metáfora
expressa admiravelmente dois aspectos, aparentemente contrários e com frequência separados, da
autoridade exercida sobre os homens: o pastor é, ao mesmo tempo, um chefe que dirige o seu rebanho
e um companheiro que acompanha as ovelhas na sua caminhada para as pastagens onde há vida.
Além disso, o pastor é um homem forte, capaz de defender o seu rebanho contra os animais
selvagens; e é também delicado para as suas ovelhas. Conhece o estado e as necessidades de cada
uma, leva nos braços as mais frágeis e débeis, ama-as e trata-as com carinho. A sua autoridade não
se discute: está fundada na entrega e no amor.
É sobre este fundo que Ezequiel vai colocar as relações que unem Deus e Israel.
A este Povo a quem os pastores humanos (os reis, os sacerdotes, a classe dirigente) trataram tão mal,
o profeta anuncia a chegada desse tempo novo em que Jahwéh vai assumir a sua função de pastor do
seu Povo. Como é que Deus desempenhará essa função?
Deus vai cuidar das suas ovelhas e interessar-se por elas. Neste momento, as ovelhas estão dispersas
numa terra estrangeira, depois dos acontecimentos dramáticos que trouxeram ao rebanho morte e
desolação; mas Deus, o Bom Pastor, vai reuni-las, reconduzi-las à sua própria terra e apascentá-las
em pastagens férteis e tranquilas (vers. 11-12).
Mais: Deus, o Bom Pastor, irá procurar cada ovelha perdida e tresmalhada, cuidar da que está ferida e
doente, vigiar a que está gorda e forte (vers. 16); além disso, julgará pessoalmente os conflitos entre as
mais poderosas e as mais débeis, a fim de que o direito das fracas não seja pisado (vers. 17).
ACTUALIZAÇÃO
Considerar os seguintes desenvolvimentos:
• A imagem bíblica do Bom Pastor é uma imagem privilegiada para apresentar Deus e para definir a
sua relação com os homens. Sublinha a sua autoridade e o seu papel na condução do seu Povo pelos
caminhos da história; mas, sobretudo, sublinha a preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus
pelo seu Povo. Na nossa cultura urbana, já nem todos entendem a figura do “pastor”; mas todos são
convidados a entregar-se nas mãos de Deus, a confiar totalmente n’Ele, a deixar-se conduzir por Ele, a
fazer a experiência do seu amor e da sua bondade. É uma experiência tranquilizante e libertadora, que
nos traz serenidade e paz.
• Também aqui, a questão não é se Deus é ou não “pastor” (Ele é sempre “pastor”!); mas é se estamos
ou não dispostos a segui-l’O, a deixar-nos conduzir por Ele, a confiar n’Ele para atravessar vales
sombrios, a deixar-nos levar ao colo por Ele para que os nossos pés não se firam nas pedras do
caminho. Uma certa cultura contemporânea assegura-nos que só nos realizaremos se nos libertarmos
de Deus e formos os guias de nós próprios. O que escolhemos para nos conduzir à felicidade e à vida
plena: Deus ou o nosso orgulho e auto-suficiência?
• Às vezes, fugindo de Deus, agarramo-nos a outros “pastores” e fazemos deles a nossa referência, o
nosso líder, o nosso ídolo. O que é que nos conduz e condiciona as nossas opções: a riqueza e o
poder? Os valores ditados por aqueles que têm a pretensão de saber tudo? O política e socialmente
correcto? A opinião pública? O presidente do partido? O comodismo e a instalação? A preservação dos
nossos esquemas egoístas e dos nossos privilégios? O êxito e o triunfo a qualquer custo? O herói mais
giro da telenovela? O programa de maior audiência da estação televisiva de maior audiência?
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 22 (23)
REDAÇÃO CENTRAL, 26 Nov. 17 / 05:00 am (ACI).- No calendário litúrgico, hoje é a
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, comumente conhecida como a
Festa de Cristo Rei.
É o último domingo do ano litúrgico (o Advento começa em uma semana) e esta festa nos
lembra de que não importa o que os poderes da Terra nos pedem para fazer, Cristo é o
verdadeiro rei que deve reinar em nossos corações.
Conheça 8 detalhes desta impressionante festa:
1. Foi instituída em 1925
Após a Primeira Guerra Mundial, em meio ao crescimento do comunismo na Rússia, por
ocasião dos 1600 anos do Concílio de Niceia (325), o Papa Pio XI instituiu a festa em 1925
através da encíclica Quas Primas. Sua primeira celebração aconteceu em 1926.
2. Foi celebrada pela primeira vez no dia de Halloween em 1926
Originalmente, foi estabelecida para o último domingo de outubro, antes da Festa de
Todos os Santos. No ano de 1926, quando foi celebrada pela primeira vez, esse domingo
coincidiu com o dia 31 de outubro.
3. Foi o Beato Paulo VI que, em 1969, revisou a festa e lhe deu o nome e a data
atuais
O Papa Paulo VI deu à festa seu atual título completo (Solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo Rei do Universo) e transferiu para o último domingo do ano litúrgico.
4. A festa foi uma resposta ao crescimento da secularização, do ateísmo e do
comunismo
Enquanto o mundo pedia eloquentemente aos cristãos que deviam restringir sua religião e
dar maior lealdade aos governos, o Papa Pio XI escreveu sobre a festa:
“Se todo o poder foi dado ao Senhor Jesus, no céu e na terra, se os homens, resgatados
pelo seu sangue preciosíssimo, se tornam, com novo título, súditos de seu império, se,
finalmente, este poder abraça a natureza humana em seu conjunto, é claro que nenhuma
de nossas faculdades se pode subtrair a essa realeza. É mister, pois, que reine em nossas
inteligências: com plena submissão, com adesão firme e constante, devemos crer as
verdades reveladas e os ensinos de Cristo. É mister que reine em nossas vontades:
devemos observar as leis e os mandamentos de Deus. É mister que reine em nossos
corações: devemos mortificar nossos afetos naturais, e amar a Deus sobre todas as
coisas”. (Quas Primas, 34)
5. Apesar de suas origens católicas, a festa é comemorada por muitos
protestantes
Apesar de ter sido criada há menos de cem anos na Igreja Católica, alguns anglicanos,
luteranos, metodistas e presbiterianos celebram a festa.
6. Na igreja protestante da Suécia, este domingo é chamado “Domingo da
Condenação”
Embora oficialmente os protestantes da Suécia celebrem esta festa como “O regresso de
Cristo”, seu nome coloquial “Domingo da Condenação” procede do fato de que dão um
enfoque particular ao Juízo Final e à segunda vinda de Cristo.
7. Alguns anglicanos se referem a este domingo como “Domingo da agitação”
Tem esse nome por duas razões:
Em primeiro lugar, a oração coleta anglicana para o dia começa com as palavras “agitado,
despertado, te suplicamos, ó Senhor, as vontades de teus fiéis”.
Em segundo lugar, algumas das antigas receitas do pudim de pão doce requerem que o
pudim seja agitado e se assente durante várias semanas antes de ser assado. Este
domingo se tornou um dia em que as pessoas tradicionalmente começavam a preparar o
pudim cristão, que incluía “agitar”.
Esses dois dados se uniram nas mentes dos anglicanos e, segundo a Wikipédia:
“Supostamente, os cozinheiros, esposas e seus servos iam à igreja, escutavam as palavras
‘agitados, te suplicamos, ó Senhor...’ e recordavam, por associação de ideias, que já era
hora de começar a agitar os pudins de Natal”.
8. A estátua de “Cristo Rei” da Polônia é a maior estátua de Jesus Cristo Rei do
Universo no mundo
Com 33 metros de altura (um metro para cada ano da vida terrena de Jesus) e 3 metros
de base, a estátua de Cristo Rei de Swlebodzin, no noroeste da Polônia, é três metros mais
alta do que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Etiquetas: Cristo Rei, Cristo Rei do Universo, Solenidade de Cristo Rei, Igreja Católica

Vaticano, 25 Nov. 12 / 11:47 am (ACI).- Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do


Universo
Senhores Cardeais,
A solenidade de Jesus Cristo Rei do universo, que hoje coroa o Ano Litúrgico, vê-se
enriquecida com a recepção no Colégio Cardinalício de seis novos membros, que convidei,
como é tradição, para concelebrar comigo a Eucaristia nesta manhã. A cada um deles
dirijo a minha saudação mais cordial, agradecendo ao Cardeal James Michael Harvey as
amáveis palavras que em nome de todos me dirigiu. Saúdo os outros Purpurados e todos
os Prelados presentes, bem como as ilustres Autoridades, os Senhores Embaixadores, os
sacerdotes, os religiosos e todos os fiéis, especialmente quantos vieram das dioceses que
estão confiadas ao cuidado pastoral dos novos Cardeais.
Neste último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja convida-nos a celebrar Jesus Cristo como
Rei do universo; chama-nos a dirigir o olhar em direção ao futuro, ou melhor em
profundidade, para a meta última da história, que será o reino definitivo e eterno de
Cristo. Estava com o Pai no início, quando o mundo foi criado, e manifestará plenamente o
seu domínio no fim dos tempos, quando julgar todos os homens. As três leituras de hoje
falam-nos desse reino. No texto evangélico que ouvimos, tirado do Evangelho de São
João, Jesus encontra-Se numa situação humilhante – a de acusado – diante do poder
romano. Foi preso, insultado, escarnecido, e agora os seus inimigos esperam obter a sua
condenação ao suplício da cruz. Apresentaram-No a Pilatos como alguém que aspira ao
poder político, como o pretenso rei dos judeus. O procurador romano faz a própria
investigação e interroga Jesus: "Tu és rei dos judeus?" (Jo 18, 33). Na resposta a esta
pergunta, Jesus esclarece a natureza do seu reino e da própria messianidade, que não é
poder terreno, mas amor que serve; afirma que o seu reino de modo algum se confunde
com qualquer reino político: "A minha realeza não é deste mundo (...) o meu reino não é
de cá" (v. 36).
É claro que Jesus não tem nenhuma ambição política. Depois da multiplicação dos pães, o
povo, entusiasmado com o milagre, queria pegar n’Ele e fazê-Lo rei, para derrubar o poder
romano e assim estabelecer um novo reino político, que seria considerado como o reino de
Deus tão esperado. Mas Jesus sabe que o reino de Deus é de gênero totalmente diverso;
não se baseia sobre as armas e a violência. E é justamente a multiplicação dos pães que
se torna, por um lado, sinal da sua messianidade, mas, por outro, assinala uma viragem
decisiva na sua atividade: a partir daquele momento aparece cada vez mais claro o
caminho para a Cruz; nesta, no supremo ato de amor, resplandecerá o reino prometido, o
reino de Deus. Mas a multidão não entende, fica decepcionada, e Jesus retira-Se para o
monte sozinho para rezar, para falar com o Pai (cf. Jo 6, 1-15). Na narração da Paixão,
vemos como os próprios discípulos, apesar de terem partilhado a vida com Jesus e ouvido
as suas palavras, pensavam em um reino político, instaurado mesmo com o uso da força.
No Getsêmani, Pedro desembainhara a sua espada e começou a combater, mas Jesus
deteve-o (cf. Jo 18, 10-11); não quer ser defendido com as armas, mas deseja cumprir a
vontade do Pai até ao fim e estabelecer o seu reino, não com as armas e a violência, mas
com a aparente fragilidade do amor que dá a vida. O reino de Deus é um reino
completamente diferente dos reinos terrenos.
Por isso, diante de um homem indefeso, frágil, humilhado como se apresenta Jesus, um
homem de poder como Pilatos fica surpreendido – surpreendido, porque ouve falar de um
reino, de servidores – e faz uma pergunta, a seu ver paradoxal: "Logo, Tu és rei!". Que
tipo de rei pode ser um homem naquelas condições!? Mas Jesus responde
afirmativamente: "É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para
dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz" (18,
37). Jesus fala de rei, de reino, referindo-Se não ao domínio mas à verdade. Pilatos não
entende: poderá haver um poder que não se obtenha com meios humanos? Um poder que
não corresponda à lógica do domínio e da força? Jesus veio para revelar e trazer uma nova
realeza: a realeza de Deus. Veio para dar testemunho da verdade de um Deus que é amor
(cf. 1 Jo 4, 8.16) e que deseja estabelecer um reino de justiça, de amor e de paz (cf.
Prefácio). Quem está aberto ao amor, escuta este testemunho e acolhe-o com fé, para
entrar no reino de Deus.
Encontramos esta perspectiva na primeira leitura que ouvimos. O profeta Daniel prediz o
poder de um personagem misterioso colocado entre o céu e a terra: "Vi aproximar-se,
sobre as nuvens do céu, um ser semelhante a um filho de homem. Avançou até ao Ancião,
diante do qual o conduziram. Foram-lhe dadas as soberanias, a glória e a realeza. Todos
os povos, todas as nações e as gentes de todas as línguas o serviram. O seu império é um
império eterno que não passará jamais, e o seu reino nunca será destruído" (7, 13-14).
São palavras que prevêem um rei que domina de mar a mar até aos confins da terra, com
um poder absoluto, que nunca será destruído. Esta visão do profeta, uma visão
messiânica, é esclarecida e realiza-se em Cristo: o poder do verdadeiro Messias – poder
que não mais desaparece e nunca será destruído – não é o poder dos reinos da terra que
surgem e caem, mas o poder da verdade e do amor. Assim entendemos como a realeza,
anunciada por Jesus nas parábolas e revelada aberta e explicitamente diante do
Procurador romano, é a realeza da verdade, a única que dá a todas as coisas a sua luz e
grandeza.
Na segunda leitura, o autor do Apocalipse afirma que também nós participamos na realeza
de Cristo. Na aclamação dirigida "Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados
com o seu sangue", declara que Ele "fez de nós um reino, sacerdotes para Deus e seu Pai"
(1, 5-6). Aqui está claro também que se trata de um reino fundado na relação com Deus,
com a verdade, e não de um reino político. Com o seu sacrifício, Jesus abriu-nos a estrada
para uma relação profunda com Deus: n’Ele tornamo-nos verdadeiros filhos adotivos,
participando assim da sua realeza sobre o mundo. Portanto, ser discípulos de Jesus
significa não se deixar fascinar pela lógica mundana do poder, mas levar ao mundo a luz
da verdade e do amor de Deus. Depois o autor do Apocalipse estende o olhar até à
segunda vinda de Jesus – quando Ele voltar para julgar os homens e estabelecer para
sempre o reino divino – e recorda-nos que a conversão, como resposta à graça divina, é a
condição para a instauração desse reino (cf. 1, 7). É um vigoroso convite dirigido a todos e
cada um: converter-se sem cessar ao reino de Deus, ao domínio de Deus, da Verdade, na
nossa vida. Pedimo-lo diariamente na oração do "Pai nosso" com as palavras "Venha a nós
o vosso reino", que equivale a dizer a Jesus: Senhor, fazei que sejamos vossos, vivei em
nós, reuni a humanidade dispersa e atribulada, para que em Vós tudo se submeta ao Pai
da misericórdia e do amor.
A vós, amados e venerados Irmãos Cardeais – penso de modo particular àqueles que
foram criados ontem –, se confia esta responsabilidade impelente: dar testemunho do
reino de Deus, da verdade. Isso significa fazer sobressair sempre a prioridade de Deus e
da sua vontade face aos interesses do mundo e dos seus poderes. Fazei-vos imitadores de
Jesus, que diante de Pilatos, na situação humilhante descrita pelo Evangelho, manifestou a
sua glória: a glória de amar até ao fim, dando a própria vida pelas pessoas amadas. Esta é
a revelação do reino de Jesus. E por isso, com um só coração e uma só alma, rezemos:
"Adveniat regnum tuum". Amen.
Etiquetas: Bento XVI, Cristo Rei
Exercícios

Notas de Quatro Tempos

Lição 1

Notas na flauta

O ponto preto deslocado é do dedo polegar, e os outros são o indicador, o médio e o anular da mão esquerda,
tapando os buracos da flauta do bocal para o pé.

Assim fazendo o aluno estará digitando as notas Sol, Lá e Si.

Com a digitação de cada uma das notas, realize agora um sopro suave como se soprasse uma vela
pronunciando um tut. Treine para que você consiga um som doce, cheio, vibrante. A intensidade do sopro vai
até onde o som produzido na flauta não esguichar. Treine este limite.(Continue pegando a flauta pelo pé).

Notas no Pentagrama

Os exercícios estão escritos em compassos quaternários. O aluno deve contar mentalmente 1, 2, 3, 4, enquanto
toca na flauta cada uma das notas musicais escritas no pentagrama. Outra forma seria bater com o pé ou
balançar o corpo para frente e para trás, enquanto conta os tempos. Faça inicialmente a leitura das notas,
pronunciando seus nomes. Se você conseguir lê-las no tempo, com certeza irá tocá-las corretamente.

Cada nota deve ser iniciada com um novo sopro. Passe para o exercício seguinte somente quando estiver
tocando fluentemente este exercício.(Continue pegando a flauta pelo pé).

Notas De Dois Tempos

O mesmo se aplica com as notas de dois tempos. Cuidado com a nota final (quatro tempos).
Notas De Um Tempo

Sempre um novo sopro para cada nota. O ataque da nota é muito importante para o aluno emitir o som limpo e
suave da flauta doce. Sopre como se apagasse uma vela, pronuncie um tut.

Dicas Da Primeira Lição

Faça este treinamento durante uma semana, todos os dias, três vezes ao dia em intervalos pequenos de meia
hora, só então passe para a lição 2. Lembre-se de que um erro repetido torna-se um aprendizado difícil de ser
corrigido. Portanto estude corretamente com dedicação e disciplina. É muito importante esta fase do seu
aprendizado, ele ficará registrado para sempre na sua memória musical. Corrija seu sopro (tut). Marque os
tempos (1, 2…). Cada nota um novo sopro e respire à vontade sempre que tiver necessidade.(Continue
pegando a flauta pelo pé).

Lição 2

Notas na flauta

A novidade nesta lição é o Si2. Soando igual ao Si1 ele tem uma importância enorme como uma técnica para o
flautista executar melhor suas músicas. Portanto estude com dedicação para nesta fase dominar o Si2 e registrar
na sua memória musical uma técnica primorosa.

Notas no Pentagrama

Exercícios

Nota de Quatro Tempos

Notas de Dois Tempos


Notas de Um Tempo

Na escala ascendente use o Si1. Na escala descendente use o Si2.

Notas de Meio Tempo

Como executar as notas de meio tempo? Lembra-se daquela dica de bater o pé? Imagine o movimento do pé,
para baixo e para cima. As notas de meio tempo serão executadas uma quando o pé baixar e a próxima quando
o pé levantar. Assim o movimento do pé executando as notas de um tempo agora subdivide-se em duas secções
para formar dois meios tempos. No exercício acima o aluno toca o sol quando baixar o pé e toca o si quando
levantar. No momento seguinte toca o lá quando baixar o pé e toca o dó quando levantar. O movimento pode ser
batendo o pé ou balançando o corpo para frente e para trás.

Teoria musical – Pequenas Canções para execução com Flauta Doce:


A nossa aula termina aqui. O aluno agora pode seguir seu caminho por um outro meio. Matricular-se numa
escola de música, conservatório, ou ter o seu professor particular.

O método que aqui utilizei é do Prof. Hemult Monkmeyer,  “Método Para Tocar Flauta Doce Soprano” da Editora
Ricordi do Brasil, que esta à venda em lojas do ramo. Este método há muito utilizado no Brasil foi por mim
escolhido para este trabalho por considerá-lo de fácil acesso em nosso meio e por ter uma ótima abordagem
para o iniciante.

Espero ter dado um passo inicial na vida artística do futuro flautista e, se algum florescer, terei cumprido a minha
tarefa.

P.S. – Para aqueles curiosos que estes ensinamentos ainda não foram suficientes e desejam se aventurar num
aprendizado autodidata vou satisfazê-los com as digitações das notas na flauta soprano.

Fonte: http://www.artemidia.ufcg.edu.br

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