Você está na página 1de 3

Dos actos de comércio em geral

Caso 1
Amélia Silva, dona de um supermercado na Baixa de Coimbra, comprou à «Fábrica de Sabão do Mondego, Lda», uma
dúzia de caixas de sabão azul e branco. Ao longo do último mês, tem adquirido legumes variados a Manuel Dias,
proprietário de uma pequena exploração agrícola em Ançã. Comprou, ainda, numa loja de informática, um computador.
Em virtude das dificuldades financeiras em que se encontra, Amélia ainda não pagou a estes credores. Que juros
moratórios podem eles exigir? Fundamente.

Caso 2
A, dono duma mercearia, em Lisboa, mandou B vender fruta e legumes na Feira de Beja, porque esse ano decorria aí
uma feira gastronómica. Entretanto, B vende todos os produtos que lhe tinham sido entregues, mas dois compradores, C
e D, não pagaram o total do preço convencionado. Quid iuris?

Caso 3
João e Pedro Alves, irmãos, tomaram em locação a discoteca «NaNoite», pertencente a Osório Gomes. Pretendendo
remodelá-la, contraíram junto do «BancoFácil, SA», um empréstimo do qual ficou fiador o seu pai, José Alves. Os
irmãos ainda não pagaram qualquer renda, nem tão-pouco as prestações do empréstimo.
Osório quer exigir o pagamento da totalidade das rendas em atraso a João (que dispõe de um património mais
consistente) e o Banco pretende que seja José a satisfazer o seu crédito. Terão sucesso? Fundamente.

Caso 4
Aprecie a comercialidade dos seguintes actos praticados por Maria, proprietária de um atelier de costura:
- contratação de uma empresa especializada para proceder à limpeza regular do atelier;
- subscrição de uma livrança para garantia de um financiamento bancário;

Caso 5
Carlos, proprietário de uma empresa de mudanças, celebrou com uma sociedade de locação financeira um contrato de
leasing tendo por objecto dois veículos pesados e arrendou um imóvel para instalar o escritório da empresa.
Posteriormente, comprou pneus novos para os camiões e foi contratado por Diogo e Sara para efectuar uma mudança.
Aprecie a comercialidade dos actos praticados

Caso 6
A e B, agricultores rurais, contactam C, sociedade anónima que se dedica à promoção de publicidade, para publicação de
7 anúncios publicitários para comercialização dos seus produtos, uma vez que pretendiam expandir o seu singelo
negócio. Aprecie a comercialidade do acto praticado.

Dos comerciantes (qualificação)


Caso 1
Tendo presente o que já ficou visto nos Casos 1 a 4 da matéria dos actos de comércio, qualifique do ponto de vista
jurídico mercantil os sujeitos intervenientes.

Caso 2
Diga se são comerciantes e porquê:
A Fundação de Aurélio Amaro Diniz, cujo fim principal consiste na manutenção e exploração de um Hospital

A EMARP- Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, E.M., que tem como objecto principal a gestão e
exploração dos sistemas públicos de captação e distribuição de água para consumo público, a recolha, tratamento e
rejeição de efluentes, a recolha e deposição de resíduos sólidos urbanos e a higiene pública na área do Município de
Portimão

A CESPU – Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário, CRL; que explora quatro estabelecimentos
de ensino superior particular e cooperativo: o Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte, o Instituto Politécnico de
Saúde do Norte, a Escola Superior de Saúde do Vale do Ave e a Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa (estas duas
últimas pertencem ao Instituto Politécnico

- A Associação para a Defesa da Gastronomia Alentejana, que mantém um lucrativo restaurante aberto ao público em
geral 1

Dos comerciantes (firmas)


Caso 3
Joaquim Alves das Neves, emigrante recém chegado de França, que tem estado a levar a cabo diligências no sentido de
montar uma empresa de catering e de entrega de refeições ao domicílio no distrito de Coimbra (considerando também a
hipótese de, posteriormente, expandir a sua actividade aos distritos de Aveiro e Leiria), consulta-a(o) para saber:
(a) Se tem de adoptar uma firma;
(b) Se pode adoptar como firma “Joaquim das Neves”, atendendo a que Joaquim Ferreira das Neves, dono de um
restaurante em Coimbra, já registou como firma o seu nome próprio abreviado;
(c) Se tem alguma vantagem em escolher uma firma diferente.

Caso 3
Deverá o RNPC emitir certificado de admissibilidade de firma ou denominação:
(a) “Associação dos Tecidos e Lanifícios de Braga”, pedido por uma sociedade anónima cujo objecto consiste na
exploração de indústria têxtil;
(b) “Fulgor do Acaso, S.A.”, pedido por uma sociedade anónima que tem por objecto a produção de cabos de aço;
(c) “Mescla De Perfumes, Aromoterapia, Lda” pedido por uma sociedade por quotas que tem por objecto o tratamento
de resíduos.

1
Só a última das entidades referidas é fictícia. Todas as outras existem e informação adicional sobre elas pode ser pesquisada na
Internet através de qualquer motor de busca, v.g.. Google.pt.
Caso 4
Pronuncie-se quanto à susceptibilidade de confusão das seguintes firmas:
(a) "Exclusimóvel-Sociedade de Mediação Imobiliária, Ldª" e "Exclusivo - Sociedade de Mediação Imobiliária, S. A."
(RL 23-10-2001; www.dgsi.pt)
(b) "Altis-Sociedade de Empreendimentos Turísticos e Hoteleiros, SA" e "Altis - Viagens e Turismo e Ldª" ( STJ 10-10-
2002; www.dgsi.pt);
(c) “Sitel - Sociedade Instaladora de Tubagens e Equipamentos, Lda” e Sitel Portugal Teleserviços - Serviços
Telefónicos, SA” - (STJ 21-06-2001; www.dgsi.pt).

Caso 5
Nuno pretende comprar por bom preço a Olavo, dono de um conhecido café, a sua firma «Olavo Santos, Cafetaria».
Olavo, a quem o dinheiro faz falta para remodelar as instalações, está inclinado a aceitar a proposta. Como o
aconselharia?

Dos comerciantes (responsabilidade por dívidas)

Caso 6
Luís, proprietário de uma farmácia e casado com Manuela em regime de comunhão de adquiridos, aceitou uma letra
sacada pela sociedade de locação financeira X, para garantir o pagamento das rendas relativas ao leasing de um
automóvel. Poderá a sociedade responsabilizar também Manuela pelo pagamento da letra?
LEGISLAÇÃO:
CCom; CCiv

Você também pode gostar