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Fundada em 1939 pelos colegas de Stanford Bill Hewlett e Dave Parkard a HP era conhecida
pelo desenvolvimento de produtos progressistas e confiáveis, como por exemplo o oscilador
de áudio, instrumento bastante utilizados por engenheiros de som. Inovação e tecnologia de
ponta proporcionavam uma margem de lucro mais alta. A HP também era conhecida pelo
legado desenvolvido através de boas práticas de gestão conhecida como HP Way, foco nos
lucros e nas pessoas.
Entre todas discussões e dúvidas, o CEO Lew Platt formou uma equipe de executivos para um
mapeamento global da empresa no tocante as projeções de crescimento e pontos fracos. Se as
perspectivas se mantivessem a HP chegaria a marca de U$ 80 bilhões de receita anual no ano
2000 e U$ 250 bilhões em 2006, algo considerado improvável por Platt. O estudo revelou que
empresas de grande porte passaram por grandes quedas no lucro, capitalização de mercado e
emprego e nunca mais retomaram suas posições, com a exceção do Wal-Mart. A análise se
tornava extremamente oportuna devido ao período de grandes decisões estratégicas a serem
tomadas e impedir que a empresa entrasse para a estatística dos grandes que não voltaram a
suas posições.
Duas mudanças no mercado mudaram a dinâmica no final da década de 90, fazendo com que
as empresas do segmento mudassem suas estratégias e organizações. Grandes compradores
empunhavam o fornecimento de soluções de tecnologia, o que significava manter o alto nível
de coordenação entre as atividades comerciais. Uma onda bem surfada pela IBM com uma
estratégia de solução que agregava computadores, softwares, produtos e serviços a fim de
atender à necessidade demandavam em solução integrada. Por fim a internet, que através de
seus usuários demandavam soluções que facilitassem a usabilidade na realização de
transações online e se comunicação na rede. Ou seja, o progresso de produtos portáteis e cada
vez mais tecnológicos que se comunicassem com outros dispositivos oferecidos por outros
fabricantes. A Dell, uma das principais concorrentes da HP, oportunamente lançou um serviço
de venda de computadores e produtos correlatos pela internet, desenvolvendo um modelo de
negócio que barateava seu custo por meio de uma estrutura mais leve. Entre os anos de 97 e
98, a HP começa a fraquejar por conta da concorrência e a crise econômica asiática. Seus
lucros advinham principalmente das impressoras enquanto computadores empatavam ou
perdiam receita ao mesmo tempo que o setor diminuía cada vez mais frente a outras
atividades da empresa.
Em julho de 99 a HP anunciou a nomeação de Fiorina como nova CEO, gerando uma reação de
entusiasmo internamente, sendo tudo que a HP não era. Fiorina recebeu um pacote de
remuneração grandíssimo, nada comparado com movimentações anteriores. O pacote foi
defendido em observância ao alinhamento a outros CEO’s do setor de tecnologia da época. Ao
mesmo tempo o conselho elegeu Hackborn como seu novo presidente, que ocupara uma
posição no conselho de diretores da empresa. Fiorina promoveu mudanças significativas após
sua chegada na HP, a começar pela reformulação da imagem da empresa com a logomarca HP,
reduziu o número de agências de publicidade para focar na mensagem da empresa. Implantou
uma mudança organizacional radical que gerou suspeita e desconfiança de muitos funcionários
mais tradicionalistas, além de dirigir uma série de modificações estratégicas com o objetivo de
acompanhar as tendências do setor, deu mais importância ao marketing e sua gestão tinha
uma inclinação favorável a aquisição de novas empresas.
Em 2001, o CEO da Compaq propôs uma fusão a Fiorina que levou a proposta ao conselho, que
avaliara como um negócio favorável com exceção de Hewlett, insuficiente para interromper o
início das negociações. A fusão foi anunciada em setembro do mesmo ano e foi muito criticada
por muitos, inclusive por David Woodley Packard, filho do cofundador e alguns analistas de
Wall Street. Após os comentários e projeções negativistas, Hewlett protocolou uma moção
junto à Comissão de Valores Mobiliários alegando que a aquisição colocaria a HP em risco.
Após um processo de votação marcado pela especulação de uma possível fraude, a aquisição
da Compaq foi anunciada em 19 de março de 2002.
Oportunamente acreditava-se que a empresa resultante dessa fusão teria mais capacidade de
enfrentar às mudanças pelas quais o segmento ultrapassava. Existia um otimismo no tocante a
redução de receitas através de movimentos anunciados pelas duas empresas antes da
aquisição e, às estratégias motivadoras da combinação relacionadas ao potencial de mercado
em suas especialidades. Em 2003 obtivera triunfo em algumas áreas, mas deixava a desejar em
outras. Conseguiu superar algumas metas de redução de custos antes mesmo do que se
especulava pelo mercado surpreendendo até mesmo os analistas de Wall Strret, que ainda
projetavam uma insuficiência de manter a saúde financeira por muito tempo. Podemos
considerar que a maior derrota da HP foi não estar relacionada entre as 100 melhores
empresas para se trabalhar, após 2 anos de ilegibilidade durante o processo de fusão. A HP
Way se fora junto com a cultura de alto comprometimento original.