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Química 10ºano PDF
Química 10ºano PDF
nanotecnologia
A nanotecnologia é a área da Química que se dedica ao estudo da manipulação da matéria à escala atómica
e molecular e permite o desenvolvimento de aplicações alucinantes. É denominada deste modo uma vez que os seus
objetos de estudo são, normalmente, medidos em nanómetros.
constituição do átomo
O átomo é constituído por uma zona central, o núcleo (de dimensões reduzidas, cerca de vezes menor
do que o átomo, mas onde se encontra praticamente toda a massa do átomo), e pela nuvem eletrónica.
No núcleo localizam-se os protões, de carga positiva, e os neutrões, sem carga, com massas
aproximadamente iguais. A carga nuclear é sempre igual à soma das cargas dos protões que se localizam no núcleo.
Na nuvem eletrónica localizam-se os eletrões, de carga negativa, com uma massa cerca de 2 x vezes
inferior à dos protões e dos neutrões.
Um átomo é eletricamente neutro porque possui igual número de protões e eletrões.
Os átomos são considerados as unidades base de toda a matéria. Cada átomo tem características próprias,
correspondendo-lhe um elemento químico. O hidrogénio, o carbono, o ferro e o oxigénio são exemplos d elementos
químicos. Cada elemento químico tem um número atómico, que lhe permite a sua identificação e cada átomo de um
elemento químico pode representar-se simbolicamente por:
Número de massa A
protões e neutrões
Número atómico
protões Z
X
O número atómico (Z) define a identidade de um elemento, ou seja, o número de protões existentes no
núcleo dos seus átomos.
O número de massa (A) é um número inteiro sem unidades, igual ao número total de partículas do núcleo.
isótopos
Isótopos são átomos do mesmo elemento químico que apresentam o mesmo número atómico mas diferem no
número de massa, ou seja, no número de neutrões.
Os isótopos de um elemento têm as mesmas propriedades químicas mas propriedades nucleares distintas.
O átomo Página 1
massa isotópica relativa e massa atómica relativa média
A massa do átomo é tão pequena que é impossível determiná-la diretamente. A alternativa é calcular o valor
relativo das massas dos vários elementos, tornando a massa de um deles, ou uma sua fração, como termo de
comparação.
A massa atómica relativa ( ) é, então, definida como o número de vezes em que a massa de um átomo é
superior a um valor utilizado como padrão sendo, por isso, uma grandeza adimensional. O valor de referência é 1/12
da massa do isótopo carbono-12.
A massa isotópica relativa é a massa de um isótopo de um dado elemento. Define-se como o número de
vezes em que a massa atómica do isótopo desse elemento é superior ao valor padrão.
A massa atómica relativa média de um elemento corresponde à média ponderada das massas isotópicas de
vários isótopos de um elemento químico que se encontram na natureza. Atenta no exemplo abaixo:
Determinação da massa atómica relativa média do cloro:
O átomo Página 2
quantidade de matéria
A dimensão do átomo é tão reduzia que é impossível contar o número de átomos de uma porção de matéria,
por mais pequena que seja.
A mole, cujo símbolo é mol, é a unidade de quantidade de matéria, n, é uma grandeza base do SI que
corresponde à porção de matéria de um sistema que contém um número de entidades igual ao número de entidades
igual ao número de átomos de carbono existentes em 0,0012 kg de carbono-12.
Atualmente, a constante de Avogadro, , é uma constante que corresponde ao número de entidades
existentes numa molde da entidade considerada e tem o valor de 6,02 x .
O número de partículas, N, existente numa pequena porção de matéria é diretamente proporcional à
quantidade de matéria, n, sendo a constante de proporcionalidade a constante de Avogadro, .
N=nx
A fórmula química de um composto indica simultaneamente quais os elementos que formam o composto e
quais as suas entidades relativas, permitindo estabelecer uma relação entre a quantidade de moléculas e a
quantidade de átomos de cada elemento que constitui a molécula.
massa molar
A massa molar, M, é a massa de uma mole de entidades. Exprime-se geralmente em g eé
numeriacamente igual à massa atómica relativa méia dos elementos ou à massa molecular relativa média das moléculas
quando as substâncias se identificam com um elemento ou um composto molecular, respetivamente:
A massa, m, de uma porção de matéria de uma dada substância é diretamente proporcional à quantidade de
matéria, n, presente, sendo a constante de proporcionalidade a massa molar, M, da substância em causa.
M=
Fração mássica, w: é a razão entre a massa de um dos constituintes e a massa total de todos os
constituintes; é uma grandeza adimensional; multiplicando a razão das massas por 100 obtém-se a percentagem
mássica.
A soma das frações molares ou das frações mássicas dos vários constituintes é sempre igual a 1.
A frequência (f) corresponde ao número de ciclos completos realizados pela onda em cada segundo.
A luz ou a radiação eletromagnética e considerada uma corrente de fotões, sendo a energia de cada fotão
diretamente proporcional a frequência dessa luz.
Os raios gama (ϒ), os raios X e a radiação ultravioleta são radiações eletromagnéticas de frequência
elevada (comprimento de onda baixo), pelo que apresentam valores elevados de energia.
As ondas de radio, as micro-ondas e a radiação infravermelha são radiações eletromagnéticas de
frequência baixa (comprimento de onda elevado), pelo que apresentam valores baixos de energia.
Das radiações eletromagnéticas visíveis, as mais energéticas situam-se na região do azul/violeta e as
menos energéticas na zona do vermelho/laranja.
0 espetro da radiação emitida por uma substância pode ser contínuo ou descontínuo. Por exemplo, as
substancias incandescentes produzem espetros de emissão contínuos, ao passo que os gases nobres (como o hélio,
o néon e o árgon) originam espetros de emissão de riscas (descontínuos).
Cada elemento químico possui o seu próprio padrão de riscas espetrais, que funciona como uma espécie
de impressão "digital" do elemento.
Os espetros de absorção e de emissão de um elemento químico são complementares - verifica-se que as
riscas brilhantes do primeiro surgem exatamente para os mesmos valores de energia que as riscas escuras do
segundo.
O físico dinamarquês Niels Bohr propôs, pela primeira vez, uma interpretação do espetro do átomo de
hidrogénio, usando-o para explicar a estrutura interna dos átomos:
Para as transições entre os mesmos níveis de energia, a energia da radiação emitida é igual à energia da
radiação absorvida. Por exemplo:
A espetroscopia de absorção atómica, EAA, é uma técnica de análise química que faz uso da absorção de
radiação por átomos livres no estado gasoso para proceder à determinação qualitativa e quantitativa de um grande
número de elementos químicos.
0 efeito destas atracões e repulsões influencia a energia do eletrão no átomo, o que leva a que os
eletrões se distribuam por níveis de energia distintos em átomos de diferentes elementos, conferindo ao átomo de
um elemento uma estrutura eletrónica única .
Para se conhecer a energia de cada eletrão num átomo recorre-se à técnica de espetroscopia
fotoeletrónica, que permite calcular os valores das energias de remoção dos diferentes eletrões - valor mínimo de
energia necessário para provocar a ejeção de qualquer um dos eletrões do átomo e que é simétrica da energia do
eletrão no átomo.
Quanto menor é o valor da energia de remoção, maior é o valor da energia do eletrão no átomo, o que
indica que ele pertence a um nível de energia superior, isto é, mais afastado do núcleo. Ao invés, os eletrões mais
internos apresentam maiores valores de energia de remoção.
A análise dos espetros fotoeletrónicos dos diferentes elementos permite concluir que:
o primeiro nível de energia, à exceção do hidrogénio, e sempre ocupado com dois eletrões:
no segundo nível de energia podem existir, no máximo, oito eletrões, distribuídos por dois subníveis, em que
o primeiro pode comportar dois eletrões e o segundo subnível seis;
átomos de elementos químicos diferentes apresentam valores diferentes para a energia dos eletrões no
mesmo subnível de energia: a energia de um subnível é tanto menor quanto maior for a carga nuclear pois maior é a
intensidade da forca atrativa exercida pelo núcleo, sendo maior o valor da energia de remoção eletrónica dos
eletrões que ocupam esse subnível;
considerando que um nível que não se encontre desdobrado em subníveis contem um único subnível, então
o número de subníveis de energia total ou parcialmente preenchidos num átomo coincide com o número de valores
de energias de remoção eletrónica para esse átomo.
spin eletrónico
0 spin eletrónico é uma propriedade quantizada do eletrão, além da sua massa e carga, que permite dois
estados diferentes. Está relacionado com os dois movimentos de rotação eletrónicos possíveis, um no sentido dos
ponteiros do relógio e outro no sentido contrario ao dos ponteiros do relógio.
A distribuição dos eletrões pelas orbitais atómicas pode ser apresentada de diversas formas:
Os elementos da Tabela Periódica podem, ainda, ser agrupados em quatro blocos, s, p, d e f, de acordo com
o tipo de orbital que se encontra em preenchimento.
Os elementos dos blocos s e p, de pois de retirado o grupo dos gases nobres, são designados elementos
representativos: os elementos do bloco d são os elementos de transição e os do bloco f são os elementos de
transição interna.
A Tabela Periódica constitui um instrumento de trabalho dos químicos, fonte de variada informação, onde se
incluem as propriedades dos elementos, como o raio atómico e a energia de ionização, e as propriedades das suas
substancias elementares, como o estado físico, a densidade ou o ponto de fusão e de ebulição.
As substâncias elementares associadas a elementos de um mesmo grupo têm propriedades químicas muito
semelhantes, uma vez que estas propriedades estão relacionadas com os eletrões de valência.
raio atómico
O raio atómico é a distancia média entre o centro do núcleo e os eletrões que se situam na camada mais
afastada do próprio núcleo.
Ao longo do grupo, o raio atómico aumenta devido ao aumento do número de níveis de energia preenchidos.
Apesar de haver um aumento da carga nuclear, predomina o fator afastamento devido ao aumento do numero
de níveis, pelo que os eletrões de valência se encontram cada vez mais afastados do núcleo.
Ao longo do período, de uma maneira geral, o raio atómico diminui, pois, à medida que aumenta a carga
nuclear, aumenta a forca atrativa entre o núcleo e a nuvem eletrónica, ocorrendo uma contração da nuvem
eletrónica. Apesar de haver um aumento do numero de eletrões de valência, que se repelem entre si, predomina o
fator de atracão ao núcleo.
energia de ionização
A energia de ionização é a energia mínima necessária para remover um eletrão de um átomo neutro isolado
(meio gasoso e baixa pressão) no estado fundamental, para uma distancia tal que deixe de existir interação
eletrostática entre o ião e o eletrão.
Os valores das energias de ionização são, muitas vezes, expressos em kJ , o que corresponde a
energia necessaria para remover uma mole de eletrões a uma mole de átomos semelhantes.
Ao longo do grupo, prevalece o efeito do aumento do número de níveis de energia preenchidos, estando os
eletrões de valência cada vez mais afastados do núcleo. Assim, ao longo do grupo, a medida que aumenta o
afastamento ao núcleo (aumenta o raio atómico) diminui a energia de ionização, pois é cada vez menor a energia
necessária à remoção dos eletrões de valência.
Ao longo do período, o número de níveis de energia é o mesmo, pelo que prevalece, geralmente, o efeito do
aumento da carga nuclear. À medida que aumenta a carga nuclear, aumenta a atracão ao núcleo (diminui o raio
atómico) e, de uma maneira geral, aumenta a energia necessária para remover os eletrões de valência, ou seja,
aumenta a energia de ionização.
Relacionando as duas propriedades, pode concluir-se que, à medida que aumenta o raio atómico, diminui a
energia de ionização.
A qualquer átomo podem ser retirados, um a um, todos os seus eletrões. As energias de ionização devem
ser cada vez maiores pois, como diminui o número de eletrões, as forcas repulsivas entre os eletrões diminuem,
prevalecendo as forças atrativas exercidas pelo núcleo, que se tornam cada vez mais significativas.
partículas isoeletrónicas
Partículas isoeletrónicas são átomos e iões com o mesmo número de eletrões e, portanto, com a mesma
configuração eletrónica. Na comparação do raio das partículas isoeletrónicas, o efeito predominante é o aumento da
carga nuclear (aumento do número atómico), aumentando a atracão entre o núcleo e os eletrões. Por isso, quando
se comparam partículas isoeletrónicas, quanto maior for a carga nuclear, menor será o raio iónico.
tipos e ligações
Uma ligação química resulta da união de átomos, por interações que decorrem da cedência, captação ou
partilha de eletrões e que lhes permite adquirir maior estabilidade em consequência, muitas das vezes, de um octeto
de eletrões completo. Essa estabilidade resulta da menor energia adquirida pelo conjunto de átomos ligados
comparativamente com a energia desses átomos separados.
•Ligação iónica - ligação química que decorre da atracão eletrostática entre catiões e aniões resultantes
da cedência e captação de eletrões entre átomos de metais e não metais, respetivamente;
•Ligação covalente - ligação que decorre da partilha de eletrões entre átomos de elementos de não
metais e/ou semimetais:
•Ligação metálica - ligação química que resulta de uma rede de iões metálicos positivos imersos num "mar" de
eletrões de valência deslocalizados partilhados por todos os átomos.
estrutura de Lewis
A estrutura de Lewis de uma molécula representa uma disposição dos eletrões ligantes e não ligantes em
torno do símbolo de cada átomo dessa mesma molécula. Os eletrões ligantes são os eletrões partilhados e são
representados por pontos ou traços entre os símbolos dos átomos ligados. Os eletrões não ligantes são os eletrões
isolados ou não compartilhados e são representados por pontos junto ao símbolo do átomo a que estão associados.
Uma ligação covalente pode ser simples, dupla ou tripla, dependendo se resulta da partilha de um, dois ou
três pares de eletrões de valência entre os átomos unidos pela ligação, respetivamente.
O número de traços entre os símbolos dos átomos ligados é igual a multiplicidade da ligação cova lente e à
ordem de ligação.
De uma maneira geral, o comprimento da ligação aumenta a medida que aumenta o raio dos átomos
envolvidos.
A energia de dissociação de ligação, ou energia de ligação, é definida como a energia necessária para
quebrar uma dada ligação numa mole de moléculas no estado gasoso.
•A energia de ligação varia inversamente com o comprimento de ligação pois, quanto mais afastados
estiverem os átomos, menor será a energia requerida para romper a ligação.
•Em moléculas diatómicas com ligações entre átomos de dimensões semelhantes, quanto maior a ordem de
ligação, mais forte é a ligação e, consequentemente, maior a energia de ligação e menor o comprimento de ligação.
geometria molecular
Além dos dois parâmetros referidos (comprimento de ligação e energia de ligação), que ajudam a
caracterizar as ligações entre os átomos, as propriedades físicas e químicas de uma molécula dependem fortemente
do arranjo tridimensional dos seus átomos, ou seja, da sua geometria molecular.
Segundo o Modelo de Repulsão dos Pares Eletrónicos da Camada de Valencia (VSEPR), os pares de
eletrões de valência existentes ao redor do átomo central, quer se tratem de eletrões ligantes ou não ligantes,
organizam-se de forma a estabilizar a molécula minimizando as repulsões eletrostáticas entre esses pares de
eletrões.
Para aplicar o modelo VSEPR devem aplicar-se algumas regras:
1ª Representar a estrutura de Lewis da molécula.
2ª Contar o numero de pares eletrónicos em torno do átomo central (nesta contagem deve atender-se
aos pares de eletrões ligantes e não ligantes, sendo as ligações múltiplas tratadas como ligações simples; por
conseguinte, o número de átomos ligados é igual ao número de pares de eletrões ligantes).
3ª Selecionar o arranjo espacial dos pares eletrónicos que garante o máximo afastamento entre eles.
4ª Identificar a geometria molecular considerando apenas o número de átomos unidos ao átomo central.
ângulo de ligação
0 ângulo de ligação é o menor ângulo formado pelos dois segmentos de reta que passam pelo centro do
núcleo do átomo central e pelos centros dos núcleos de dois átomos a ele ligados. Para cada geometria molecular
verifica-se que:
Na geometria linear o ângulo de ligação é 180°;
Na geometria triangular plana o ângulo de ligação é 1200º;
Nas geometrias que resultam de um arranjo espacial tetraédrico, como a tetraédrica, a piramidal trigonal
ou a angular, o ângulo de ligação tem um valor igual ou próximo de 109,5°;
- o ângulo de ligação na geometria piramidal trigonal (molécula de : 107,3°) é menor do que na geometria
tetraédrica (molecula de metano: 109,5°), porque o par de eletrões não ligantes repele os três pares de eletrões
ligantes, aproximando as ligacoes N-H.
- o ângulo da ligação é ainda menor na geometria angular (molécula de agua: 104,5°) porque, em vez de um, há dois
pares de eletrões não ligantes que, por efeito da sua mutua repulsão, vão exercer uma maior repulsão sobre os
pares de eletrões ligantes, aproximando ainda mais as ligações 0H.
hidrocarbonetos
Hidrocarbonetos são compostos formados exclusivamente por carbono e hidrogénio e podem ser
classificados:
•quanto a forma da cadeia: se for uma cadeia carbonada aberta será um hidrocarboneto acíclico, se for
uma cadeia carbonada fechada será um hidrocarboneto cíclico:
•quanto a disposição dos átomos: se existe uma única cadeia de carbonos será um hidrocarboneto linear ou
normal, mas se, para além da cadeia principal de carbonos, se identificam outras cadeias secundarias será um
hidrocarboneto ramificado;
•quanto ao tipo de ligações: se possui apenas ligações simples entre os átomos de carbono será um
hidrocarboneto saturado, mas se possui uma ou mais ligações múltiplas entre os átomos de carbono será um
hidrocarboneto insaturado.
Como na molécula de etino existem três pares de eletrões ligantes entre os átomos de carbono, as forças
atrativas são mais intensas, aproximando mais os núcleos dos átomos unidos. Assim, a ligação C-C na molécula de etino
tem um comprimento menor e, por conseguinte, uma energia de ligação maior do que nas moléculas de eteno e de
etano.
nomenclatura de alcanos
A IUPAC estabeleceu uma série de regras para nomear os compostos orgânicos, entre os quais os
alcanos, hidrocarbonetos acídicos saturados, e os haloalcanos, derivados dos alcanos em que um ou mais átomos de
hidrogénio foram substituídos por átomos de halogéneos.
O nome de um alcano é constituído por um sufixo -ano, que identifica o hidrocarboneto como sendo um
alcano, e um prefixo que identifica o número de átomos de carbono da cadeia acíclica.
Nos alcanos de cadeia ramificada, os substituintes mais simples são os grupos alquilo - cadeias laterais
derivadas dos alcanos com menos um hidrogénio no local da ligação à cadeia principal.
Os nomes dos grupos alquilo obtêm-se substituindo o sufixo -ano por -ilo, embora o final seja sempre
suprimido no nome de um alcano ramificado.
-- OH
As moléculas que não reúnem condições para estabelecer ligações de hidrogénio interatuam por ligações de
van der Waals:
•ligação dipolo-dipolo: estabelece-se por atração eletrostática entre as cargas opostas dos dipolos
permanentes de duas moléculas polares vizinhas.
•ligação
dipolo-dipolo induzido: estabelece-se por atracão eletrostática entre o dipolo permanente de uma
molécula polar e o dipolo induzido, resultante da distorção da nuvem eletrónica da molécula apolar vizinha.
•força de dispersão de London: também designada ligação dipolo instantâneo-dipolo induzido, explica as
interações entre moléculas apolares e gases nobres. Consiste na atracão eletrostática entre dipolos instantâneos,
formados por deformação da nuvem eletrónica, e dipolos induzidos, resultantes da polarização induzida em moléculas
vizinhas.
mobilidade de líquidos
De uma maneira geral, para que duas substâncias moleculares sejam miscíveis é necessário que as
intensidades das ligações intermoleculares na mistura sejam próximas das intensidades das ligações intermoleculares
em cada uma das substancias isoladamente:
Um radical é um átomo, uma molécula ou um ião que apresenta, pelo menos, um eletrão desemparelhado, ou
seja, tem pelo menos um eletrão isolado numa orbital. A existência desse eletrão desemparelhado faz com que, no
geral, os radicais sejam espécies químicas extremamente reativas, tendo o eletrão grande tendência a ligar-se a
outro eletrão de spin oposto, mesmo que esteja localizado numa outra espécie química.
ozono estratosférico
Grande parte das radiações mais energéticas do espetro eletromagnético são absorvidas durante as
reações fotoquímicas que ocorrem na termosfera. No entanto, há radiação ultravioleta biologicamente nociva que
atinge a estratosfera.
A camada de ozono - zona da estratosfera, onde se encontra cerca de 90% do ozono que existe na
atmosfera - absorve grande pane das radiações UV (funciona como um filtro solar de radiações UVB, bem como das
radiações UVC que não foram absorvidas pelas moléculas de oxigénio na mesosfera), impossibilitando a sua passagem
para a superfície terrestre.
Sydney Chapman propôs, em 1930, um mecanismo de formação e decomposição do ozono que explica a
existência da camada de ozono.
De acordo com esse mecanismo, o radical cloro reagiria com uma molécula de ozono para formar um radical
monóxido de cloro e dioxigénio.
Num último passo, o monóxido de cloro reagiria com um radical oxigénio para se estabilizar, formando-se de
novo o dioxigénio e o radical cloro, que fica livre novamente para atacar outra molécula de ozono.
Trata-se de um ciclo em que o radical cloro viabiliza a decomposição do ozono, contribuindo para a sua
drástica diminuição, sem ser consumido. Dessa forma, os gases destruidores do ozono permanecem ativos durante
décadas na atmosfera.
0 volume ocupado por uma amostra gasosa é diretamente proporcional à quantidade de matéria presente,
sendo a constante de proporcionalidade o volume molar, para as condições de pressão e temperatura em causa.
Designa-se volume molar ( ) de uma substancia o volume ocupado por uma mole dessa substancia, em
determinadas condições de pressão e de temperatura.
O volume molar de qualquer substância no estado gasoso, em condições PTN (T= 273,15K e P=101,325 kPa), e:
Para as mesmas condições de pressão e de temperatura, em que o volume molar é constante, verifica-se:
•quanto maior a massa de uma substância, maior a quantidade de matéria presente e maior o volume
ocupado;
•para
a mesma massa de substâncias diferentes, quanto maior a massa molar da substancia, menor e o
volume ocupado pela mesma.
A massa volúmica (ρ) define-se como o quociente entre a massa e o volume de uma substancia a uma dada
temperatura. No caso dos gases tem-se:
ρ
A uma dada pressão e temperatura, a massa volúmica de um gás é diretamente proporcional à sua massa
molar, sendo a constante de proporcionalidade o inverso do volume molar:
ρ ρ
Exprime-se em Exprime-se em
Fração molar (x) Relação entre concentração e concentração mássica
diluição de soluções
Numa solução diluída, o soluto é pouco abundante e a concentração é baixa, enquanto numa solução
concentrada o soluto é muito abundante e a concentração é elevada.
Quando uma determinada solução é diluída, o seu volume aumenta e a sua concentração diminui, mas a
quantidade de matéria do soluto permanece constante.
Ao quociente entre o volume de solução diluída obtida ( ) e o volume de solução concentrada utilizada ( )
chama-se fator de diluicao, que indica o número de vezes que a concentração final é menor que a concentração
inicial, ou seja:
A rotura das ligações químicas nos reagentes envolve absorção de energia - processo endoenergético -,
enquanto a formação das ligações químicas dos produtos provoca libertação de energia - processo exoenergético.
variação de entalpia
Como a energia potencial que resulta do rearranjo molecular numa reação química e, de uma forma geral,
totalmente convertida em energia térmica do sistema reacional, a variação de energia que acompanha uma reação
química repercute-se numa variação de energia térmica.
Como tal, utilizam-se os termos endotérmico e exotérmico para mencionar os processes de transformação
química que ocorrem, respetivamente, com absorção e libertação de energia térmica. Esta variação de energia
pode ser quantificada através da troca de calor que se estabelece entre o sistema reacional e a vizinhança, em
condições de pressão constante. A energia medida nestas condições tem a designação de variação de entalpia (H)
de uma reação química.
Numa reação endotérmica:
A energia dos reagentes é inferior à energia dos produtos;
A energia envolvida na rotura das ligações químicas dos reagentes é superior, em valor absoluto, à energia
libertada na formação das ligações químicas dos produtos da reação;
O sistema racional exige um consumo de energia para que a reação ocorra, apresentando uma variação
de entalpia positiva, H>0.
Em sistemas isolados e para uma reação endotérmica, parte da energia associada à agitação das
partículas converte-se em energia que é absorvida pela reação química sob a forma de energia potencial,
provocando a diminuição da temperatura do sistema racional.
Em sistemas isolados e para uma reação exotérmica, a energia libertada pela reação leva ao aumento da
energia térmica do sistema racional e, consequentemente, provoca uma maior agitação das partículas, o que se
traduz num aumento da sua temperatura.
Em sistemas abertos e fechados, como há trocas de energia com o exterior, a energia libertada ou
absorvida pelo sistema tende, respetivamente, a dissipar-se na vizinhança ou a ser recuperada da vizinhança
conduzindo, em ambos os casos, a uma temperatura equivalente a temperatura exterior, por isso, quer na reação
exotérmica quer na reação endotérmica, a temperatura do sistema mantém-se.