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Prática 2
RA: 1941625
Introdução
Desse modo, propõe-se a realização de um curso voltado para os alunos do primeiro ano
do ensino médio, inicialmente previsto para seis aulas de cinquenta minutos cada, podendo esta
duração ser posteriormente revista a fim de melhor se adaptar à disponibilidade de tempo do
professor que estiver ministrando o projeto. Neste curso, o conteúdo programático de gravitação
para o ensino médio será desenvolvido de maneira integrada com alguns tópicos da história da
gravitação.
Objetivos
Além disso, espera-se que os alunos sejam capazes, ao final do curso, de resolver
exercícios teóricos e numéricos envolvendo as três leis de Kepler e a lei de Newton da
Gravitação Universal.
Proposta
A proposta de ensino será desenvolvida em seis aulas, sendo cada uma delas detalhadas
nos tópicos a seguir. Ao final, na Tabela 1, encontra-se um resumo do curso previsto, contendo
os objetivos, as atividades, a avaliação e o dever-de-casa previstos para cada aula.
1ª aula
Nesta aula, será feita uma motivação inicial para o estudo da disciplina. Serão feitas aos
alunos as perguntas “o que é gravitação?” e “por que estudar gravitação?”, visando mapear suas
concepções e expectativas sobre o tema. Será feita uma breve introdução histórica, apresentando
alguns modelos do cosmos de civilizações antigas. Caso a escola possua equipamento audiovisual,
será exibido um trecho do primeiro episódio do seriado Cosmos, com narração do astrofísico Neil
DeGrasse. No trecho escolhido, a série trata sobre as contribuições de Giordano Bruno para a
astronomia. Ao final da aula será aplicado o seguinte questionário de avaliação inicial, o qual
deverá ser retomado na aula 4:
Questionário inicial
Tarefa da 1ª aula: Cada grupo deverá construir um dos modelos antigos (desenho ou
maquete simples). Poderão ser escolhidos os seguintes modelos: civilizações antigas (babilônica,
hebraica), Ptolomeu, Aristóteles, Newton.
2ª aula
Na segunda aula, serão introduzidas as leis de Kepler. O professor deverá levar um barbante
ou equivalente para a sala e pedir a ajuda dos alunos para construir uma elipse, permitindo que
visualizem e entendam o que é uma elipse. Serão passados os significados de órbita,
excentricidade, periélio e afélio. Devido à grande quantidade de conteúdos desta aula, os exercícios
sobre o assunto deverão ficar para casa ou para uma futura aula de exercícios.
3ª aula
Para ilustrar a queda de corpos no vácuo, o professor deverá mostrar uma pena
(preferencialmente grande o suficiente para ser vista por todos os alunos) e perguntar qual objeto
cai primeiro, a pena ou o caderno, procedendo com o simples experimento em sala de aula,
mostrando que os corpos caem juntos (basta colocar a pena sobre o caderno).
Após o experimento da queda dos corpos, o texto O que é um paradigma? (anexo) deverá
ser lido pelos alunos, para que compreendam um importante conceito, estabelecido pela primeira
vez por Thomas Kuhn em A Estrutura das Revoluções Científicas (1962). Ao final da aula, será
enunciada a lei de Newton da gravitação, contudo sem resolver exemplos numéricos. Não haverá
tarefa para a casa nesta aula.
4ª aula
5ª aula
Na quinta aula, o assunto abordado ainda será a teoria newtoniana. Deve ser uma aula com
uma boa quantidade de exercícios resolvidos (recomenda-se um mínimo de 3). Para tornar a aula
mais atrativa, o professor pode fazer a pergunta “estamos todo caindo?” e introduzir, a partir daí,
os conceitos de velocidade de escape e movimento orbital. Novamente, exercícios do material
didático serão escolhidos para a tarefa-de-casa.
6ª aula
Na última aula prevista do curso, deverá ser concluída a exposição da teoria newtoniana.
Caso ache necessário, o professor poderá falar da força centrífuga e sua relação com a variação do
peso aparente conforme se varia a latitude. Para concluir, deve ser feita uma revisão dos conceitos
abordados no curso e a apresentação de alguns problemas que não podem ser resolvidos pela teoria
newtoniana, a fim de deixar claro as limitações de uma teoria científica. Uma prova teórica poderá
ser marcada após a conclusão do curso, a fim de avaliar os alunos. É importante que a prova
contenha problemas teóricos e numéricos.
O que é um paradigma?
A palavra paradigma tem sua origem no grego parádeigma (παράδειγμα), que significa
modelo ou padrão. Uma das pessoas responsáveis por popularizar o uso desta expressão foi o
historiador e físico Thomas Kuhn, que definiu que “no seu uso estabelecido, um paradigma é um
modelo ou padrão aceito”.
A ciência é uma das formas, não a única, do conhecimento produzido pelo homem no
decorrer de sua história, sendo, portanto, determinada pelas condições materiais do homem. Nas
sociedades mais remotas, a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do homem compreender e
explicar racionalmente a natureza. Esta forma de compreender e explicar é que muda de tempos
em tempos.