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A Azul é conhecida por

voar dentro do Brasil e


seu serviço de bordo se
limitar a salgadinhos.
Um voo internacional
na classe executiva é
um salto gigantesco.
Muitos leitores devem
estar curiosos quanto
ao desempenho da
empresa nesta nova área Estava ansioso por mais esta experiência, que
proporcionaria duas grandes novidades: a primei-
de atuação, totalmente ra, a oportunidade de voar internacionalmente
pela Azul e, em seguida, partir para um voo de
diferente do que longo curso de Viracopos, depois de mais de 30
O P I N I Ã O D O PA S S A G E I R O anos de ausência, quando ainda não tínhamos
praticava até então. Guarulhos. Apesar de mais distante, o acesso a

VCP-MCO FLL-VCP
esse aeroporto é mais rápido, pois pega um trecho
Este Flight Check está menor da Marginal e a estrada é mais livre.
aí para relatar esta Realmente me impressionei com o tamanho
da estação de passageiros, que, a meu ver, é de
Texto e fotos: Carlos André Spagat experiência pioneira. acabamento e projeto muito sem graça, mas
representa um avanço e tanto. Antes era um
aeroporto típico de interior, sem infraestrutura
nenhuma para o passageiro e agora oferece mais
opções para os viajantes. Segui para o check-in.
Atendimento muito simpático, atencioso e rápido.

Gianfranco Beting
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O novo Terminal de Viracopos impressiona pelo tamanho. O A330 foi batizado de Welcome to Azul. O comandante e o primeiro oficial que conduziram o voo. Foram servidas bebidas ainda no solo e salgadinhos.

Como cheguei muito cedo, fui tomar um lan- Voo AD 8706 VCP-MCO breza do bufê. Apenas um tipo de suco, muffins, por outras companhias aéreas.
che na ala internacional, que é muito mal servida Acabado o pseudolanche, dirigi-me ao lounge uma pequena cesta de frutas, os indefectíveis Com as portas fechadas e 247 passageiros e
em variedade de lojas, bares e restaurantes. Escolhi da classe executiva da Azul (chamada Azul Xtra salgados da empresa e sanduíches muito ruins e 13 tripulantes a bordo, iniciamos o push-back e o
um chamado La Romana, onde paguei caro por Business Class), situada depois da imigração. De- de sabor desagradável. Chamei o encarregado e acionamento dos motores Rolls-Royce Trent 772B.
um misto quente mínimo, que nada mais era do coração sóbria, cores agradáveis, com um leiaute perguntei como podiam servir algo tão intragável Minutos depois já estávamos alinhados na pista
que uma vaga lembrança de presunto e queijo, de muito bom, conta com uma sala de brinquedos e de onde vinham os mesmos. Resposta: da La 15, para a corrida de decolagem, tirando do chão
tão finas as fatias. Um desrespeito ao passageiro. para crianças. Romana, ou seja, a mesma origem do tenebroso nada menos do que 202 toneladas. Logo após, o
Por que comento sobre isso, que aparentemente De leitura, só a revista de bordo da empresa. misto quente. A330 iniciou uma curva à direita em direção a Rio
nada tem a ver com a matéria? Explico já já. Fui comer alguma coisa e me espantei com a po- Chegou a hora de embarcar e fui levado até Claro, para interceptar a aerovia UM417.
o avião por uma recepcionista sorridente e simpá-
A sala VIP é muito aconchegante e bem decorada. O bufê servido não agradou. tica e cumprimentado pelos comissários que nos A decolagem de Viracopos rumo a Orlando.
esperavam na porta da aeronave. Aliás, a melhor
coisa do voo foi a dedicação e boa vontade dos
tripulantes. Eles têm orgulho de trabalhar na em-
presa, coisa muito rara hoje em dia.
Apesar de ser um avião antigo, fabricado em
2002 (PR-AIW), foi remodelado e está como se
tivesse saído da fábrica. Impecável, tudo muito
arrumado e limpo. Transporta 20 passageiros na
business e 252 na econômica e suas poltronas são
dispostas em quatro por fileira 1-2-1 na classe Xtra
Business, o que garante que todos tenham uma
saída para o corredor, full flat. Não é muito larga
e creio que um passageiro mais alto e um pouco
mais rechonchudo pode ter problemas. No meu
caso foi perfeita, permitindo-me um ótimo sono.
As que ficam ao lado das janelas têm um console
muito grande, que, com a mesinha à frente, di-
ficulta a entrada dos mais cheinhos, mas o lado
bom é que, pelo seu tamanho, permite colocar
objetos como livros, copos, máquina fotográfica,
etc. Essa configuração interna é muito utilizada

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Debaixo do encosto dos pés, um espaçoso porta-trecos. Os controles da inclinação das poltronas e do IFE estão bem Uma surpresa agradável: a água Bioleve Prime, a melhor do país. O frango com curry preparado pelo Food Truck Buzina estava excelente!
posicionados no lado direito dos passageiros.

Voltando à classe executiva, em cima de todas e o acesso era fácil, entretanto não possui wi-fi. salgadinhos (há quem goste disso, pois é melhor e um outro foi esquecido (a salada de salmão).
as poltronas, a empresa coloca um travesseiro Um espaço de bom tamanho abaixo do encosto do que nada). Começou mal. Os amendoins e A bandeja em que foram servidas todas as
muito macio e de ótimo tamanho, bem como dos pés, que serve como porta-trecos. O amenity castanhas vieram frios, a Coca-Cola com gelo e refeições é muito pequena, os talheres (de ótima
um edredom. kit era bem completo. limão veio sem este último, pois a empresa não qualidade para aviões comerciais) não cabem, os
Bem localizados os controles de posiciona- Uma surpresa agradável: alguns passagei- disponibiliza esse “caríssimo” item a bordo e os copos de vinho e água também não. Deve ser um
mento do assento, porta USB, áudio e controle ros da executiva, observando-me fotografar, pãezinhos também vieram frios. É apenas um de- problema de difícil solução, pois se aumentassem
da TV, uma tela individual de 16 polegadas touch- reconheceram-me como editor da Flap e me talhe. Fiquei animado para ver o cardápio, pois a o tamanho, a mesma não caberia nos atuais con-
screen. Aliás, muito boa a programação de filmes, cumprimentaram pelas matérias de Flight Check, segunda capa interna era dedicada ao Food Truck têineres do galley e, certamente, sairia caríssimo
atualizada com lançamentos recentes e clássicos. das quais eram leitores assíduos. É muito bom ter Buzina, do qual sou fã e freguês. Ótima pedida?? ajustá-la.
A câmera estava indisponível e, através de um seu trabalho reconhecido. Como viajo muito, já vi promoções semelhantes Vamos ao menu. Pedi de entrada a salada de
sistema que disponibiliza um mapa completo, foi Depois de uma hora da decolagem e voando a assinadas por Rodrigo Oliveira do Mocotó na KLM, salmão defumado, vinagrete, picles de erva-doce e
possível ver toda a área sobrevoada. Além disso, 38.000 pés de altitude a uma velocidade de Mach Ana Luiza Trajano do Brasil a Gosto na TAM e amêndoas laminadas. Embora o pescado não fosse
o entretenimento contava com jogos, documentá- 0,82, começaram a servir o almoço. Esse momento muitas outras com leiaute parecido, só parecido, de qualidade premium, o prato estava bem equili-
rios, variedade de músicas que podem ser ouvidas foi por mim muito esperado, pois queria saber mas muito diferentes. Com a grande exposição brado e saboroso. Junto veio uma sopa de feijão
com fones de ouvidos noise-cancelling, higieniza- como a Azul se comportaria nesse quesito, uma dos donos cozinheiros, pensa-se que todos os carioca, mas morna, quase fria. Imperdoável! Das
dos e oferecidos envolvidos em um plástico, que vez que sua tradição nessa área era zero, já que o pratos são criações deles, ledo engano, só havia várias opções, fiquei curioso e pedi o baião de
protege os mesmos. A tomada fica mais abaixo serviço nos aviões domésticos contava apenas com um assinalado, fato esse que passou despercebido, dois, pois nunca havia provado essa iguaria típica
nordestina em um avião. Apesar de saboroso, veio
No almoço foi servido um “baião de dois” muito salgado e o porta guardanapo tão salgado que não o comi inteiro (acho que foi
Uma ótima seleção de filmes e músicas é oferecida aos passageiros. induzia erroniamente que a receita era do Food Truck Buzina. As cores da bandeira brasileira estampadas no motor. a linguiça). Troquei então pelo frango com curry,
cuscuz marroquino, chutney de manga e amên-
doas laminadas torradas. Excepcional! Esse era o
único prato marcado como receita do Buzina. O
baião de dois tinha seu guardanapo selado com o
logotipo desse food truck, dando a impressão de
que o prato era receita deles, podendo arranhar
sua imagem junto aos clientes.
Vamos agora às bebidas. O champanhe está
entre os mais baratos do mercado, não se pode
esperar muito. Quanto aos vinhos, cuja seleção foi
feita pela Wine, são de médio para baixo. Estavam
mal descritos, faltavam as safras, os países de
origem, esclarecimentos sobre suas regiões, etc.
Não são dignos de uma classe executiva.
De sobremesa, optei pelo sorvete de creme
com calda de chocolate e farofa. Estava tão doce
e enjoativo que devolvi à comissária, que disse
que era uma nova marca colocada a bordo, não
tão boa quanto a anterior (custos??). Ofereceram
então uma seleção de queijos, farta, que vinha
acompanhada de um vinho do Porto Taylor’s, que
não havia pedido. Belo gesto!
Antes do pouso, foi servido um lanche com-
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Através do sistema Air Show, que simula um Head up Display usado pelos pilotos, é possível visualizar o terreno sobrevoado. Toda a tripulação posou para essa matéria.

posto de salada de frutas, geleias, pão e uma a pista 35R do aeroporto internacional de Orlando. acomodava bem todos os passageiros. Segundo táxi até a cabeceira da pista. Decolamos no horá-
“empanada” de calabresa. Se um argentino Pousamos na hora prevista, depois de um me informaram, o aeroporto está passando por rio, após uma longa corrida pela 10L, cumprindo a
autêntico visse esse sacrilégio ficaria furioso. Era ótimo voo. Não vou comentar o serviço de cadei- melhorias e logo esse problema estará resolvido. SID Beech Five-Bahma. Cerca de uma hora depois
uma empada grande, de massa grossa e seca e rantes, para não azedar o fim da matéria, uma Embarque rápido e a tripulação sorridente como começou o serviço de bordo. Agora sim, muito
com recheio de calabresa tão salgada quanto pos- vez que é terceirizado. Novamente, um elogio à sempre, nos recebendo com o jeitinho brasileiro, melhor!! Os amendoins, as castanhas e os pães
sível (deve ser a mesma do baião de dois) e com tripulação. O ponto forte do voo. tão raro por lá. vieram quentes e o cardápio me pareceu mais
o primeiro toque ela se despedaçou, mostrando Não vou falar sobre a configuração, pois seria apetitoso. Pedi um suco de tomate com limão
o recheio ínfimo. A comissária trocou por outra Voo AD 8705 FLL-VCP repetitivo, então vou me ater mais ao serviço. As- de aperitivo e, novamente, não tinha esse cítrico.
opção, um quiche de cogumelos, bem aceitável, Era a primeira vez que decolava a partir de Fort sim que sentei, uma comissária me ofereceu suco A entrada era composta de dois camarões gre-
entretanto não constava no cardápio (era a reserva Lauderdale. É uma boa opção ao de Miami, pois de laranja, água ou champanhe. Para esta etapa, o lhados, alface, tomatinhos e mozarela de búfala.
vegetariana). é menos congestionado e menor. Entretanto, não A330-200 foi o PP-AIV (13 anos de uso), famoso Perfeita, mas um senão, o molho oferecido era um
O voo transcorreu com tempo bom e sem tem sala VIP e o número de restaurantes e lojas é pela pintura da bandeira do Brasil estampada em vinagrete balsâmico, que destoava completamente
turbulência, depois de sobrevoarmos a Amazônia, muito restrito. Apresentei-me ao check-in da Azul sua fuselagem e batizado pela companhia como da comida. Junto veio um creme de cogumelos
Venezuela e o Mar do Caribe. Pouco tempo depois e, embora o atendimento não fosse ruim, era bem “Nação Azul”. Com 240 passageiros embarcados assados bem gostoso. Como principal, escolhi o
adentramos em território americano, através de inferior ao de Viracopos. e 222 toneladas de peso, 9 abaixo do máximo de filé-mignon grelhado com molho béarnaise, ragu
Miami, iniciando a descida cerca de 30 minutos Com o avião lotado, ficamos esperando decolagem, deixamos o gate E-8. Com 11 horas de cogumelos (mal dava para contar), galette de
depois, para cumprirmos a STAR Bairn 3 e ILS para na antessala do portão de embarque, que não de autonomia e alternado Confins, o Airbus iniciou milho e poucas vagens sautées ao lado. Bem pre-

O A330 da volta batizado com o nome Nação Azul. O anúncio do voo no portão de embarque. O lindo logotipo da empresa colocado na Xtra Business Class.

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O file com molho Béarnaise e a salada de camarões estavam muito bons. A lasanha de abobrinha e aspargos, uma obra prima!

39.000 pés, efetuando pequenos desvios dos


CBs de grande altitude, costumeiros na época
A poltrona é confortável e full flat mesmo. Um travesseiro de bom tamanho e uma manta são oferecidos aos de verão. Me acordaram com toda suavidade
passageiros. e ofereceram o café da manhã. Novamente o
tamanho da bandeja atrapalhou. Os pratos dos
parado, embora a receita original do molho não 37.000 pés de altitude, com ligeira turbulência frios (pouca variedade e quantidade) e da fritada
leve vinho branco na composição. Mas se saiu (CAT), sobre a região do Caribe. de batatas e queijo tinham que ficar na diagonal
muito bem. Pedi para testar outra opção, uma Voltando ao serviço de bordo, os vinhos para encaixarem na mesma, fora o suco, as geleias,
lasanha com molho de tomate cremoso, aspargos estavam num patamar superior aos do voo para os talheres e a xícara de café, porque simplesmente
verdes e tomates cerejas. Embora não constasse Orlando, mas nenhum deles tinha a safra divulga- não cabiam.
no cardápio, vieram, no meio da massa, tiras de da. Gianni Tartari, um dos melhores consultores e Ao fim, recebi um mimo, interessante e
abobrinha, tornando-se a melhor lasanha que sommeliers de São Paulo, diz que não foi sua falha, original – uma caixinha de cor metálica com um
comi até hoje. pois todas as informações que faltavam estavam chocolate, adornada por um leme de avião com
Receoso do que poderia vir, pedi novamente no texto original e, certamente, isso foi causado logotipo da Azul. Só faltou instruções de como
um sorvete idêntico ao da ida. Era outra coisa, pela má revisão do mesmo. abri-la, um trabalho hercúleo.
ótimo, da marca Häagen Dazs. Já sobre o Brasil e com o A330 mais leve de- Antes de dormir, fui ao banheiro (o piso tinha
Nesse momento estávamos nivelados a vido ao consumo de combustível, subimos para desenho inspirado na calçada de Copacabana)
O sorvete no voo de volta era da Häagen Dazs.
O café da manhã não cabia na bandeja. Os pratos principais eram colocados
Entre as poltronas muito espaço para colocar objetos. O cabide escamoteável é muito útil.
na diagonal, sem lugar para a xícara de chá, os talheres, o suco e a geleia. A bandeira do Brasil estava estampada nos winglets do avião.

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Avaliação: as notas vão de 0 a 10
O atual Marketing da Azul
Reserva: feita pela companhia, sem nota.
Já fizemos dezenas de Flight Checks em inúmeras companhias aéreas
Embarque: nota 8
Ótimo em Viracopos, já não tão cordial em Fort como convidados ou pagando a passagem.
Lauderdale. Nosso relacionamento sempre foi excelente com a Azul, sendo,
provavelmente, Flap Internacional, a revista que mais publicou capas e
Assento: nota 8
Embora um pouco estreito, oferece muito conforto e o artigos da mesma. Seus três presidentes: David Neeleman, Pedro Janot
full flat é perfeito. e Antonoaldo Neves já visitaram a nossa sede, sempre agradecendo a
cobertura que demos à sua empresa e nos recebendo,
Entretenimento: nota 8
Não é o mais completo do mercado, mas atende muito de forma cordial, em seu escritório, sem exceção.
bem aos passageiros. No ano passado, nos convidaram para fazer o Flight Check dos voos
internacionais da Azul e o VP, Abhi Shah, uma pessoa cordial e objetiva,
Refeições: nota 8
Mediana no voo de ida, excelente na volta. pediu que só fizéssemos mais para frente, pois o interior dos aviões seria
Uma delicadeza: um bombom numa caixinha com um leme nas
cores da Azul. repaginado e o serviço já estaria mais afinado. Por fim, foi decidido
escovar os dentes e fiquei decepcionado de não Bebidas: nota 6 que seria feito no início de fevereiro.
haver os obrigatórios copinhos de papel e tive de Não são das melhores, porém, no voo de volta, um
enxaguar a boca fazendo uma concha com a mão. upgrade. Coordenamos com o pessoal de marketing da empresa as condições
Duas surpresas ainda viriam para tornar o A carta de vinhos extremamente deficiente na explicação para fazer a matéria sem atrapalhar o voo:
voo mais agradável e emotivo para mim: além da origem e é imperdoável o fato de não ter sido
de encontrar mais leitores das matérias de Flight
1º As fotos do exterior do avião seriam tiradas em Viracopos, no pátio.
publicada a safra dos mesmos.
Check, um deles que morava na Argentina, pouco 2º Embarcaria antes dos passageiros para aproveitar que o avião estaria
antes do pouso o comandante, em seu speech de
despedida, agradeceu a minha presença a bordo Serviço dos comissários: nota 10 vazio e fazer as fotos do interior, já que por norma da revista, evitamos
e disse que a tripulação se sentia honrada por eu Embora sem tarimba de voos internacionais, o que vem fotografar os passageiros. Foram registradas poltronas em posição flat, a
ter escolhido esse voo. com o tempo, seria impossível exigir coisa melhor. Foi o
Iniciamos a descida para a STAR Pursi 1A e, ponto forte do voo, um diferencial da empresa. Nota 10 cabine de comando e pequenos detalhes. Quando foi dado o embarque
ao contrário do congestionado trafego aéreo para com louvor. o serviço fotográfico já havia terminado;
GRU, pousamos sem efetuar nenhuma espera mi-
nutos depois pela pista 15, cruzando a cabeceira 3º As imagens do serviço de bordo seriam feitas da mesinha da minha
Nécessaire: nota 9
com Vref de 133 nós (230 quilômetros/hora).
Ótimo para uma classe executiva. poltrona, como se fosse um passageiro normal, sem, em
Já no solo, recebi mais um carinho dos tripu-
lantes, um cartão com as assinaturas de todos, nenhum momento, atrapalhar o serviço, como pode ser
me desejando um dia Azul e que tinha sido uma Desembarque: nota 7 comprovado nas fotos publicadas.
grande alegria me ter a bordo. Aí desmontei!! Muito bom, só não levou 10 por causa do tratamento
aos cadeirantes. Por ordem da diretora de marketing e comunicação da Azul, Sra.
Um homenagem da tripulação para esse editor. Cláudia Fernandes, recebi, antes do embarque da volta, um e-mail que
Pontualidade: nota 10 retrata o seu profundo desconhecimento, insensibilidade e bom senso, ao
Saiu e chegou no horário.
pedir que eu ficasse na minha poltrona e o Flight Check seria
Nota final: 8,22 “...apenas como experimentação. Por ser um voo noturno, fotos
e demais movimentações podem interferir
Comentário final: foi minha primeira experiência
na qualidade de voo dos demais clientes.”
internacional na Azul, gostei. As empresas americanas
nessa rota não são páreo para a novata no quesito Tenho 54 anos de jornalismo de aviação e nunca vi coisa igual, ainda
serviço. Notei falta de organização nos cardápios, mais de uma novata na área. Foi uma solicitação indevida, pois as fotos
especialmente na carta de vinhos. A confusão do interior (idênticas à de ida) já haviam sido feitas, só restando as das
originada com relação à comida do Food Truck
refeições, que foram tiradas a partir do meu assento, sem flash para não
Buzina é uma falha de marketing desastrosa. O bom
serviço está no DNA da empresa. Torçamos para que molestar os vizinhos, nem precisei me deslocar.
isso continue assim. Quanto à organização que falta Jamais, uma empresa aérea reclamou do nosso trabalho jornalístico, já
em algumas áreas, isso muda, pois as pessoas se vão que sendo uma das pessoas mais voadas desse país, também não gosto
e a empresa continua. de ser incomodado durante a viagem e devo dar o exemplo.

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