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RESISTÊNCIA À INSULINA

Uma Publicação Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME. Copyright ©2014
2

ÍNDICE

Introdução 3

Panorama 5

Sinais e Sintomas 8

Diagnóstico 10

Conduta Nutricional 12
3

INTRODUÇÃO
1 2 3
Estima-se que até o ano A obesidade, gordura visceral A RI resulta de uma
2020 haverá cerca de 250 e síndrome dos ovários combinação das funções
milhões de pessoas policísticos induzem um alteradas de células-alvo de
afetadas pelo Diabetes estado de resistência à insulina e na acumulação de
Mellitus tipo 2 em todo o insulina (RI) no tecido macrófagos que segregam
mundo. adiposo, fígado e músculo. A mediadores pró-
RI é um forte fator de risco inflamatórios.
para o desenvolvimento de
Diabetes Mellitus tipo 2.

13 milhões de
Brasileiros são
diabéticos!
4

4 6
Além da liberação de substâncias inflamatórias, a RI A alimentação pode contribuir para reduzir os
gera alterações hormonais e contribui para a efeitos metabólicos da hiperinsulinemia e
adipogênese, acne, hipertensão, aterosclerose, hiperglicemia por meio da manutenção da
esteatose hepática e síndrome dos ovários glicose, aumento da sensibilidade à insulina
policísticos. (estimulando moléculas sinalizadoras da
insulina), redução do processo inflamatório e
modulação hormonal em nível molecular.

5 7
A RI gera a hiperinsulinemia associada a um Neste e-book, veja a conduta nutricional para
estado pró-inflamatório. pacientes com RI.

A RI pode ser
considerada com
um pré-diabetes.
5

PANORAMA
“ Apenas 30% das pessoas sabem o que é pré-diabetes, condição favorável
ao desenvolvimento de Diabetes tipo 2 altamente relacionada à obesidade,

quando ainda há a possibilidade de reverter o quadro com a mudança de estilo
de vida.

Sociedade Brasileira de Diabetes, 2013


6

PANORAMA
Levantamento feito em parceria entre a Sociedade
Brasileira de Diabetes (SBD) com o laboratório
farmacêutico Abbott, médicos entrevistados
destacaram a mudança de hábito alimentar como o
principal fator de sucesso para o controle do pré-
diabetes e diabetes.

“ Para 60% dos pacientes


pesquisados, esse é o passo mais
difícil a ser incorporado na rotina, “
ficando à frente da perda de peso
e da atividade física.

Sociedade Brasileira de Diabetes, 2013/ ABBOT


7

PANORAMA
173
Milhões de pessoas
portadoras de
diabetes em 2002

300
Milhões de pessoas
Projeção para
2030
50%
dos que já desenvolveram o
distúrbio não conhecem o
diagnóstico.

Sociedade Brasileira de Diabete, 2007


8

SINAIS E SINTOMAS
Indivíduos com Resistência à Insulina frequentemente possuem
sinais e sintomas como:

1. Craving por açúcar

2. Fadiga após as refeições

3. Gordura abdominal

4. Dificuldade para reduzir peso

5. Acantose nigrigans

6. Acne

7. Hirsutismo

8. Dislipidemias
9

ACNE A hiperinsulinemia aumenta a produção de


andrógenos (androstenediona e testosterona),
sendo estes os principais causadores da secreção
sebácea.

Obesidade

Na obesidade, os adipócitos secretam maiores


concentrações de TNF-A e interleucina 6, que são
Resistência à antagonistas à ação da insulina. Além disso,
insulina secretam mais leptina, resistina e o inibidor-1 da
ativação do plasminogêmio (PAI-1), que causam o
quadro de RI.

Inflamação
10

DIAGNÓSTICO
O nutricionista não
é habilidade para o
diagnóstico do
doenças

Insulina e Glicemia Cálculo de Homa Cálculo de Homa


Por ser uma medida de fácil O Cálculo ou Estimativa de A finalidade da Estimativa
utilização em grandes Homa (IR - avaliação de HOMA é determinar a RI e a
populações, a insulinemia de modelo homeostático) é um capacidade funcional das
jejum tem sido usada para cálculo de execução simples, células beta-pancreáticas.
avaliação da sensibilidade à que se fundamenta nas
insulina hepática, embora dosagens de insulina basal e
não avalie a sensibilidade da glicemia pancreáticas.
insulina muscular.

Cálculo de Homa
Clique no link para realizar o download do software que realiza o cálculo
Clique Aqui!
11

Para o Cálculo de Homa

DIAGNÓSTICO
Resistência à insulina Exames laboratoriais
necessários para
• HOMA IR >4,65 μU/mL realização do cálculo:
glicemia e insulina em
• HOMA – IR > 3,6μU/mL + IMC > 27,5 jejum
kg/m2
• Estes critérios apresentam uma
sensibilidade de 84,9% e
especificidade de 78,7%

Sociedade Brasileira de Diabetes, 2007


12

CONDUTA NUTRICIONAL
Alimentos Suplementos Fitoterápicos
13

CONDUTA NUTRICIONAL
Alimentos

1. Redução da Carga Glicêmica

2. Dieta Anti-inflamatória

3. Prevenção de AGEs (Advanced Glycation end


Products)

4. Alimentos funcionais e Compostos bioativos


14

1. REDUÇÃO DA CARGA GLICÊMICA


15

REDUÇÃO DA CARGA GLICÊMICA

A redução da carga glicêmica na dieta promove


diminuição significativa nos níveis de glicose no
soro e melhora da RI. Uma dieta de baixa carga glicêmica
melhora os parâmetros bioquímicos
Reduzir a carga glicêmica também contribui “
relacionados à diabetes, síndrome dos
para a lipólise, considerando que a insulina é
ovários policísticos, acne, dentre outras
um hormônio lipogênico.
doenças.

European Journal of Clinical Nutrition, 2013


Veja tabela de Índice Glicêmico
segundo Powel et al, 2002:
Clique Aqui!
16

CARGA GLICÊMICA
Classificação

A carga glicêmica diária pode ser


classificada como baixa (menor que 80),
moderada (de 80 a 120) ou alta (maior que 1. CG baixa: menor que 80
120) e deve preferencialmente ser
distribuída nas refeições semelhante à 2. CG moderada: de 80 a 120
distribuição do valor energético da dieta.
3. CG alta: maior que 120
Como o almoço deve corresponder a 35% do
VET diário, padroniza-se que a CG do
almoço deve corresponder também a 35%
da CG diária, ou seja, a CG padrão do
almoço deve ter CG de 28 a 42, por
exemplo.

Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5


17

RESPOSTA GLICÊMICA
A resposta hormonal ao consumo do carboidrato pode ocorrer por diversos fatores tais como:
proporção entre os tipos de carboidratos ingeridos, o teor de fibras da refeição, o grau de
processamento dos alimentos, o tipo e tempo de cocção.

A resposta glicêmica a uma refeição também é determinada por características pessoais como
sensibilidade à insulina, atividade de células β pancreáticas, motilidade gastrointestinal,
atividade física, metabolismo decorrente de refeições anteriores e outros parâmetros
diariamente variáveis.

Por isto, não há um IG exato e absoluto para os alimentos considerando a variabilidade dos
alimentos, refeições e características pessoais.

Proporção entre os tipos de


carboidratos ingeridos Tipo e tempo de cocção

Resposta Glicêmica

Grau de processamento dos


Teor de fibras da refeição
alimentos

Arq Bras Endocrinol Metab. 2009;53/5


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ÍNDICE GLICÊMICO
Alimentos

Açúcares Cereais matinais


Maltose 105
Cereal de milho 81
Glicose 103
Mingau de arroz 78
Sacarose 65
Flocos de trigo (biscoito) 69
Mel 61
Mingau de milho 67
Lactose 43
Mingau de aveia 55
Frutose 15
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0 20 40 60 80 100 120

Guloseimas
Leguminosas
Biscoito 87

Pipoca Lentilha 32
65

Refrigerante 59 Grão de bico 28

Batata chips 56 Feijão 24

Chocolate 43 Grãos de soja 16

0 20 40 60 80 100 0 10 20 30 40

Diabetes Care December 2008 31:2281-2283


19

ÍNDICE GLICÊMICO
Alimentos

Vegetais Frutas

Purê de batata 87 Melancia 76


Batata cozida 78 Abacaxi 59
Batata doce cozida 70 Mamão papaia 56
Abóbora cozida 64 Manga 51

Batata frita Banana 51


63
Suco de laranja 50
Banana verde 55
Geleia de morango 49
Sopa de vegetais 48
Laranja 43
Inhame cozido 48
Suco de maçã 41
Cenoura cozida 39 Maçã 36
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80

Diabetes Care December 2008 31:2281-2283


20

ÍNDICE GLICÊMICO
Alimentos
Alimentos ricos em Carboidratos

Pão de trigo branco 75


Pão integral 74
Arroz branco cozido 73
Arroz integral 68
Cuscuz 65
Macarrão de arroz 53
Pão de grãos 53
Milho doce 52
Massa de panqueca 52
Macarrão branco 49
Macarrão integral 48
Tortilla 46
Cevada 28

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Diabetes Care December 2008 31:2281-2283


21

RESPOSTA
Glicêmica
A resposta glicêmica após uma refeição é mensurada pelo conjunto
de alimentos consumidos. Assim, gordura, proteína e fibras associadas
ao carboidrato no trato gastrointestinal fazem com que a velocidade
de esvaziamento gástrico e de absorção seja mais lenta, prolongando
a curva glicêmica.
Associar carboidratos
com proteínas
A ingestão de proteína
associada aos carboidratos
na dieta representa uma
estratégia eficaz para
atenuar o aumento pós-
prandial de glicose em
pacientes resistentes à
insulina.
22

2. DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA
23

2. DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA
A RI está associada à liberação de substâncias


inflamatórias pela migração de macrófagos ao
tecido adiposo.
A inflamação do tecido adiposo e a
Resistência à Insulina estão associados
A hiperinsulinemia estimula a atividade do NF-
com o estresse oxidativo, morte de
kB, que regula a atividade de pelo menos 125 “
genes pró-inflamatórios. adipócitos e a limpeza dos adipócitos
mortos pelos macrófagos CD8c+ pró-
inflamatórios do tecido adiposo.
A inflamação ativa e contínua, devido a hiper
produção de EROS (Espécies Reativas de Nature medicine 15.8 (2009): 914-920.
Oxigênio) pelas células inflamatórias, pode
levar ao dano celular.
24

CARACTERÍSTICAS
Dieta anti-inflamatória

• Baixa a moderada carga glicêmica


• Rica em antioxidantes
• Rica em Ômega-3
Potentes anti-inflamatórios
• Baixa em gorduras saturadas e trans
Flavonoides como antocianinas,
• Rica em flavonoides e antioxidantes em geral catequinas, resveratrol e
quercetina.

Fontes alimentares de flavonoides:

• Quercetina: maçã, amora e cebola


• Luteolina: salsa e alcachofra
• Isoflavonas: soja
• Cianidinas: cereja e morango
25

ALIMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS

Grupo Alimentos
Salmão; Sardinha; Truta; Arenque; Cavala; Atum; Bacalhau
Peixes
Óleo de linhaça; Azeite de Oliva Extravirgem; Óleo de peixe
Óleos
Gengibre; Cúrcuma; Alho; Cebola; Pimenta Vermelha; Manjericão; Alecrim;
Fitoterápicos Chá Verde; Vinho Tinto (moderadamente);

Chá Verde; Vinho Tinto (moderadamente); Café (moderadamente); Sucos


Bebidas de Frutas Vermelhas (Amora e Framboesa)

Alimentos Folhosos Verdes; Maçã; Pera; Nozes; Castanha-do-Brasil;


Outros Alcachofra; Feijão; Aveia; Arroz Integral; Algas Marinhas; Outros
26

3. PREVENÇÃO DE AGEs
27

GLICAÇÃO

A glicação é definida como uma reação química O estresse oxidativo induzido pela hiperglicemia
não-enzimática entre açúcares e proteínas também promove a formação de AGEs. Estes
(Cross-link ou Mailard) gerando os produtos de estão envolvidos em um ciclo vicioso de
glicação avançada, os AGEs (Advanced inflamação, geração de EROS (Espécies Reativas
Glycation end Produtcs). de Oxigênio) e produção amplificada de AGEs.
Logo, há relação entre liberação de mediadores
Os AGEs estão presentes nos alimentos, bem inflamatórios com o estresse oxidativo e
como podem ser sintetizados endogenamente. consequentemente, a RI.

A RI promove níveis elevados de glicose sérica


Dentre as alternativas para prevenção dos AGEs
contribuindo para a formação endógena de
estão a dieta de baixa carga glicêmica, baixo
AGEs.
consumo de AGEs pela dieta, consumo de
antioxidantes e compostos bioativos antiglicantes
embasados num hábito alimentar saudável.
28

GLICAÇÃO

Uma dieta isenta em AGES pode aumentar Alimentos com


acentuadamente os níveis de adiponectina e alto teor de AGEs
reduzir a relação leptina/adiponectina, um
marcador de IR. A adiponectina, por sua vez,
melhora a sensibilidade à insulina.
AGE
ALIMENTO PORÇÃO (g/ml)
(kU/PORÇÃO)
Coxa de frango
90 16.668
Veja tabela com os alimentos mais ricos em assada
AGEs clicando no link: Bacon frito sem óleo 13 11.905
Clique aqui! Salsicha grelhada 90 10.143
Bife frito 90 9.052
Queijo parmesão
15 2.535
ralado
Batata frita 100 1.522

Journal of the American Dietetic Association, 2010


29

Compostos Fenólicos

SUBSTÂNCIAS Kaempferol
Miricetina
Quercetina
Antiglicantes Rutina
Resveratrol

• Piridoxamina
• Alilcisteína (componente do extrato de alho)
Extratos vegetais
• Extratos vegetais
Alium sativum
• Compostos fenólicos Camellia sinensis
Curcuma longa
• Vitaminas C e E Ilex paraguariensis
Passiflora alata
• Tiamina
Passiflora edulis
• Taurina Phaseolus vulgaris
Vitis vinifera
• Carnosina Withania somnifera
30

4. ALIMENTOS FUNCIONAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS


31

BIOMASSA DE BANANA VERDE

A banana verde in natura é uma fruta rica em Há diversas formas de como o conteúdo de
carboidratos não disponíveis e fermentáveis, amido resistente dos alimentos pode influenciar
sendo a maior parte deles constituída por fibra na resposta glicêmica e no metabolismo da
alimentar e amido resistente (AR), glicose.
especialmente do tipo 2 (entre 25 e 33%).
Alimentos lentamente digeridos têm sido
Embora o AR seja analiticamente quantificado associados ao melhor controle do diabetes, pela
na fração insolúvel dos carboidratos, este provável redução do índice glicêmico dos
composto se comporta fisiologicamente como alimentos, redução da insulinemia pós-prandial e
fibra solúvel, apresentando uma fonte de redução do estímulo de células β pancreáticas
carboidratos não disponíveis para a microbiota para produção insulínica.
colônica.

Universidade de São Paulo, 2006


32

BIOMASSA DE BANANA VERDE

O AR, que não é digerido, adicionalmente tem Estes ácidos graxos estão relacionados a efeitos
capacidade de prolongar o período de sistêmicos no metabolismo da glicose e dos
saciedade. lipídios.

Também tem sido identificado como o principal


substrato para a microbiota intestinal humana.

Desta forma, estimula produção colônica de


ácidos graxos de cadeia curta, uma vez que são
frequentemente fontes de carboidratos de
lenta digestão ou que não são digeridos.

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 2012


33

CANELA

A canela é uma das especiarias mais Além do seu efeito sobre a glicemia, esta
conhecidas e de uso generalizado. Ela especiaria também tem demonstrado exercer
contém compostos bioativos responsáveis um efeito antioxidante, anti-inflamatório, anti-
pelo seu aroma e sabor como o lipidêmico, antifúngico e hipoglicemiante.
cinamaldeído, cumarinas e
proantocianidinas. O efeito hipoglicemiante Alguns estudos sugerem também que estes
da ingestão da canela advém da sua compostos fenólicos presentes na canela
composição fenólica baseada essencialmente aumentam as proteínas do receptor β da insulina
em proantocianidinas. e do transportador de glicose (GLUT4), levando a
uma maior captação de glicose pelos adipócitos
Estudos demonstraram que a sua ingestão e pelas células musculoesqueléticas. Esta ação
reduz tanto a glicemia pós-prandial como os mimetizante da insulina parece ser a responsável
níveis de estresse oxidativo, o que parece pela qual os polifenóis da canela exercem um
estar subjacente à RI. efeito hipoglicemiante e melhoram a
sensibilidade à insulina.

J Agric Food Chem., 2013


Arch Biochem Biophys.,2012
34

YACON

Diferentemente da maioria dos tubérculos e Acredita-se que o tubérculo pode melhorar a


raízes que contém os seus carboidratos na tolerância à glicose devido a uma redução da
forma de amido, o Yacon é composto absorção de glicose no intestino delgado.
basicamente de fruto-oligossacarídeos (FOS).
Os mecanismos de ação da planta ainda são
Os FOS não sofrem ação das enzimas gástricas desconhecidos, sendo que os efeitos benéficos na
e passam facilmente pelo trato digestório, concentração de glicose sanguínea podem estar
resultando em um aporte calórico reduzido, em relacionados com o aumento de liberação de
efeitos benéficos na função intestinal e em não insulina por meio das células beta pancreáticas,
elevar as concentrações de glicose sanguínea. a sensibilidade e aumento do número dos
receptores de insulina, a diminuição da
O Yacon pode produzir efeito benéfico na degradação de glicogênio, o aumento da
hiperglicemia como também na hiperlipidemia captação de glicose pelos tecidos e órgãos, entre
de indivíduos diabéticos tipo 2. outros.

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 2012


Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2008
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CHIA

Rica em fibras, Ômega-3, ácidos graxos Vários estudos associam o consumo de óleo de
insaturados, minerais (ferro, cálcio, magnésio e chia à redução da glicemia pós-prandial,
potássio) e proteínas vegetais, as quais elevação dos níveis de ALA e EPA.
apresentam elevado poder antioxidante.
O consumo de chia mantém o controle
Os principais compostos identificados foram satisfatório no índice glicêmico e perfil lipídico
quercetina e kaempferol, enquanto que os em pessoas com diabetes tipo 2, pois melhoram
ácidos cafeico e clorogênicos estavam a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose.
presentes em baixas concentrações.

The Journal of nutritional biochemistry, 2012


The Journal of nutrition , 2012
European journal of clinical nutrition, 2010
36

FIBRAS

O consumo de fibra solúvel parece reduzir a Em relação à inflamação de baixo grau, a


resposta glicêmica pós-prandial após as ingestão parece estar associada a menores
refeições ricas em carboidratos. valores dos marcadores inflamatórios e poderia
ser uma ferramenta no seu tratamento.
Esse efeito é provavelmente explicado pela
viscosidade e/ou propriedade geleificante das Uma ingestão de fibras de pelo menos 30 g/dia,
fibras solúveis, que desse modo retarda o bem como a variedade de alimentos fonte de
esvaziamento gástrico e a absorção de fibras (frutas, verduras, grãos integrais e
macronutrientes a partir do intestino delgado. farelos), são fatores relevantes para que os
benefícios descritos sejam alcançados.
Entretanto, estudos prospectivos revelaram
não ser a fibra solúvel a responsável, mas
principalmente o consumo de fibra insolúvel
proveniente de cereais e grãos integrais que
está consistentemente associado ao risco Arq Bras Endocrinol Metab., 2013
Arch Intern Med., 2007
reduzido de DM tipo 2.
PLoS Med., 2007
Curr Opin Lipidol., 2000
37

PROBIÓTICOS

Probióticos são tradicionalmente definidos Os níveis plasmáticos de lipopolissacarídeos, um


como micro-organismos vivos que, quando marcador da endotoxemia, estão relacionados
administrados em quantidades adequadas, positivamente com a inflamação associada à
conferem benefícios à saúde do obesidade e RI em seres humanos, encontrando-
hospedeiro. Modificações da microbiota se aumentados em indivíduos obesos com
intestinal e respostas do hospedeiro imune são complicações metabólicas, como o diabetes tipo
considerados como os principais mecanismos de 2 e esteatose hepática não-alcóolica.
ação probiótica.
Probióticos como Lactobacillus casei Shirota,
Vários estudos têm proposto a microbiota Bifidobactérias e Streptococcus thermophilus
intestinal como um fator ambiental envolvido podem melhorar a inflamação, RI e esteatose
no desenvolvimento de anormalidades hepática não-alcóolica associada à obesidade.
metabólicas associadas à obesidade, sugerindo
a possibilidade de que os probióticos podem European journal of nutrition, 2014
interferir na modulação da microbiota Journal of applied microbiology, 2011
intestinal. Diabetes Care, 2010
Curr Opin Pharmacol , 2009
Av Diabetol, 2009
Diabetes, 2007
38

CONDUTA NUTRICIONAL
Alimentos Suplementos Fitoterápicos
39

CONDUTA NUTRICIONAL
Suplementos 1. Cromo

2. Magnésio

3. Manganês

4. Ácido Alfa Lipóico

5. Ômega-3

6. Vanádio

7. Vitamina D

8. Zinco
40

CROMO
Suplementação
Os receptores celulares da insulina são cromo-
dependentes, pois o mineral é responsável pela
ativação da enzima tirosinaquinase que
potencializa a ação do receptor, favorecendo a
captação de glicose pelas células.
Dose Usual Formas de Prescrição
O nicotinato de cromo parece ter melhor ação
Picolinato de cromo
na redução da glicose de jejum e hemoglobina
200 a 400 µg Cromo quelado
glicosilada, e em melhorar a sensibilidade à
Nicotinato de cromo
insulina.

Entretanto, estudo recente demonstrou que o


picolinato de cromo melhora a resposta a The Journal of Nutritional Biochemistry, 2014
J Nutr Biochem, 2012
insulina via estimulação do AMPK. Valéria Paschoal Editora Ltda., 2010
Diabetes Care, 2004
41

MAGNÉSIO

Dentre suas funções, é responsável por atenuar Estudo recente com 2.582 indivíduos (26-81
a resposta glicêmica pós-prandial e a anos) revelou que o alto consumo de magnésio
hiperglicemia de jejum além de melhorar a pode reduzir em 32% o risco para diabetes tipo
sensibilidade insulínica; 2.

Inibe a digestão de carboidratos e a absorção


de glicose no intestino; Estimula a secreção de Suplementação
insulina a partir das células beta; Modula a
liberação de glicose a partir do fígado; Ativa os Dose Usual Formas de Prescrição
receptores de insulina e a captação de glicose Magnésio quelado
em tecidos com resistência. Magnésio glicina
Magnésio arginina
200 a 300 mg
É comum a deficiência deste mineral em Magnésio buffered
Magnésio taste free
pacientes com diabetes do tipo 2.
Citrato de magnésio
Metabolism, 2014
Diabetes Care, 2014
Diabetes Res Clin Pract., 2009
Chem Res Toxicol, 2008
42

MANGANÊS

A deficiência de manganês ocasiona alteração


no metabolismo dos carboidratos no âmbito da
biossíntese de insulina pancreática e da Suplementação
glicogenólise. O receptor de insulina é um
hormônio dependente de quinase, a qual é
estimulado pelo manganês e magnésio.
Dose Usual Formas de Prescrição
A deficiênica de manganês pode alterar o
metabolismo dos carboidratos, induzindo a Manganês quelado
2 – 4 mg Manganês glicina
resistência periférica à insulina e diminuindo a
Manganês arginina
produção do hormônio.

Estudo recente mostrou que a expressão


mitocondrial de Manganês superóxido
dismutase (MnSOD) estava reduzida em Cell Death Dis., 2014
Altern Med Rev., 2000
indivíduos obesos portadores de RI.
43

VANÁDIO

Parece bloquear a tirosina fosfatase, com


consequente aumento da sensibilidade à insulina Suplementação
no diabetes tipo 2.

Em estudo recente com camundongos obesos e


diabéticos, mostrou que o uso de vanádio
efetivamente normalizou o nível de glicose no Dose Usual Formas de Prescrição
sangue. Além disso, o tratamento causou uma
Vanádio
supressão significativa da fosforilação da 10 a 40 µg Vanádio quelado
proteína c-Jun N-terminal kinase (JNK), que
desempenha um papel chave na RI em pacientes
com diabetes tipo 2.

Biol Trace Elem Res, 2014


Ann Nutr Metab, 2008
44

VITAMINA D

A deficiência de vitamina D está associada à


redução da sensibilidade à insulina e o
aumento do risco de desenvolver a síndrome Suplementação
metabólica e Diabetes Mellitus tipo 2. Essa
vitamina tem efeito na secreção pancreática
de insulina e na sensibilidade à ação deste
hormônio.
Dose Usual Formas de Prescrição
Estudo recente mostrou que em 66 pacientes Vitamina D3 (colecalciferol)
de 52 anos com deficiência de vitamina D, a Vitamina D2 (ergocalciferol)
400 a 1000 UI (10 a 25 µg)
suplementação melhorou o tratamento de RI e Colecalcitriol
níveis de glicemia. A insulina, HbA1c, e HOMA-
IR diminuíram significativamente após
reposição de vitamina D.
Pak. J. Med. Sci., 2013
Int. Urol. Nephrol.,2008
45

ZINCO
É importante para a síntese, armazenamento e ce o aparecimento de alterações na fluidez da
secreção da insulina. Em níveis inadequados há membrana e na ação da insulina sobre o
redução da secreção e da sensibilidade transporte de glicose.
periférica da insulina. O zinco possui um papel
importante na translocação de transportadores Estudo recente revelou que uma maior
no interior das células por alteração na concentração de zinco no soro foi associado com
estrutura do transportador de glicose. o aumento da sensibilidade à insulina (p = 0,01)
num grupo de pré-diabéticos (n. 151).
A deficiência desse nutriente interfere sobre o
metabolismo periférico da glicose, o qual está Suplementação
relacionado com sua ação de antioxidante
biológico, pois a elevação da peroxidação Dose Usual Formas de Prescrição
lipídica em indivíduos diabéticos seria atribuído Zinco quelado
Zinco arginina
à redução da atividade da superóxido
15 a 25 mg Zinco glicina
dismutase, dependente do zinco, o que favore- Zinco histidina
Zinco taste free
PLoS One, 2014
Nutrição clínica funcional: modulação hormonal, 2010
Rev Med Chil., 2006
46

ÔMEGA-3

A suplementação com ômega-3 pode melhorar


a sensibilidade à insulina em indivíduos com
intolerância à glicose e diabetes mellitus tipo Suplementação
2.

Doses de ômega-3 e outros ácidos graxos


essenciais promovem impacto positivo no Dose Usual Formas de Prescrição
transporte e utilização de glicose em células
3000 mg Óleo de peixe
cerebrais.

Estudos epidemiológicos têm demonstrado


efeito protetor do ômega-3 na RI. Pesquisa
recente mostrou que o ômega-3 reduz insulina
sérica e o índice de HOMA-IR em mulheres
portadoras da síndrome dos ovários Physiol Res., 2014
Obstet Gynaecol., 2013
policísticos. Crit Care Med., 2006
Arch Pathol Lab Med., 2005
47

ÁCIDO ALFA LIPÓICO (ALA)

Imitando a insulina, este ácido aumenta a


captura de glicose pelas células musculares e
provoca uma ascendente mudança na curva Suplementação
glicose-insulina dose-resposta.

Estudos clínicos sugerem que a administração


oral de ALA pode melhorar a sensibilidade à
Dose Usual Formas de Prescrição
insulina em pacientes com diabetes tipo 2 e
prevenir os danos ao metabolismo dos 200 - 600 mg Ácido alfa lipoico
carboidratos causados por uma dieta rica em
frutose.

Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – General Subjects., 2014


Endocr Metab Immune Disord Drug Targets., 2009
48

CONDUTA NUTRICIONAL
Fitoterápicos
1. Extrato de romã (Punica granatum)

2. Gymnema sylvestre

3. Silimarina (Silybum marianum)

4. Chá verde (Camelia sinensis)


49

EXTRATO DE ROMÃ (Punica granatum)

É responsável por atenuar a resposta glicêmica Estudo com ratos diabéticos revelou que aqueles
pós-prandial e a hiperglicemia de jejum por tratados com óleo de semente de romã tinham
melhora a secreção aguda e sensibilidade à níveis significativamente mais elevados de
insulina assim como a sensibilidade, inibir a insulina sérica e atividade glutationa peroxidase.
digestão de carboidratos e a absorção de
glicose no intestino.

Adicionalmente, estimula a secreção de


insulina a partir das células β, modula a Suplementação
liberação de glicose a partir do fígado e ativa
os receptores de insulina e a captação de
glicose em tecidos com resistência.
Dose Usual Formas de Prescrição

Extrato de romã
200 a 500 mg Punica granatum extrato seco

Int J Mol Sci., 2014


Oxidative Stress and Dietary Antioxidants., 2013
Int J Mol Sci., 2010
50

Gymnema sylvestre
O extrato seco possui em sua composição os ácidos Estudo com o extrato de G. sylvestre mostrou sua
gimênicos (25%), os quais promovem redução da ação no tratamento de complicações em ratos
absorção de glicose no intestino, aumento da diabéticos, incluindo hiperglicemia, hipoinsulinemia,
secreção de insulina pelas células beta hiperlipidemia e estresse oxidativo.
pancreáticas, promovendo assim redução dos
níveis de glicose no sangue.

Além disso, possui em sua composição a gurmar,


uma proteína que altera a conformação espacial
dos receptores gustativos da língua, reduzindo a
Suplementação
percepção dos alimentos doces. Estes efeitos
reduzem a procura de pacientes que possuem
compulsão este tipo de alimentos. Dose Usual Formas de Prescrição

Administração de ácido gimnêmico em ratos com 250 a 500 mg Gymnema sylvestre extrato seco
dieta rica em frutose (200 mg/kg) reduziu a
pressão arterial e melhorou significativamente a
glicemia de jejum e HOMA-IR (modelo homeostase Indian J Med Res., 2013
avaliação da RI). Science., 2013
J Clin Biochem Nutr., 2007
51

SILIMARINA (Silybum marianum)

Pode reduzir a lipoperoxidação nas membranas Estudo atual com ratos alimentados com dieta
celulares hepáticas e a RI, promovendo rica em frutose mostrou que a silimarina melhora
significativo decréscimo da hipersecreção a RI.
endógena de insulina e a necessidade de
administração deste hormônio exógena em Suplementação
pacientes com desordens hepáticas.

Essa, quando associada a uma sulfoniluréia


(agente hipoglicemiante) promove maior Dose Usual Formas de Prescrição
controle glicêmico em pacientes portadores do
diabetes tipo 2, tanto nos níveis de glicose de 200 a 250 mg Silimarina (Silybum marianum)co
jejum, quanto nos níveis de glicose pós-
prandial, demonstrando seu efeito
sensibilizador da insulina em tecidos
periféricos. Biomed Res Int., 2014
Suplementação Funcional Magistral: dos nutrientes aos
compostos bioativos, 2008
J Med Food., 2007
52

CHÁ VERDE (Camellia sinensis)


Os efeitos do chá verde são atribuídos, por sua vez, pode reduzir glicose sérica em
principalmente, aos seus flavonoides e indivíduos com RI por meio de uma regulação
polifenois, tais como catequinas, principalmente das células beta pancreáticas, regulando a
a epigalatocatequina galato, epigalocatequina, produção insulínica, retardando o
epicatequina galato e epicatequina. esvaziamento gástrico e reduzindo o HOMA –
IR. Estes efeitos são mais expressivos em
Há inúmeras pesquisas que abordam o efeito pacientes com história de diabetes há menos
hipoglicemiante do chá verde. As catequinas do de 5 anos.
chá verde diminuem a glicemia e aumentam a
tolerância à glicose por meio da fosforilação de
c-Jun N-terminal kinase (JNK) e promoção da Suplementação
translocação do GLUT-4, além de suprimir o
estresse oxidativo promovido pelo TNFα.
Dose Usual Formas de Prescrição

Pesquisas bem delineadas metodologicamente em Chá verde (Camellia sinensis)


humanos demonstraram que a suplementação de 500 a 1500 mg/dia extrato seco padronizado a no
extrato de chá verde aumenta o GLP-1 e este, mínimo 70% de catequinas
PloS one 9.3 2014
Free Radical Biology and Medicine, 2012
53
Alguns hábitos são fundamentais para
prevenção do Diabetes tipo II por
meio da melhora da resistência à
insulina.
ESTILO DE VIDA

1
Atividade
Física
2
Sono de
qualidade
3
Redução
do
Estresse

“ O estilo de vida está diretamente


relacionado com a incidência de
Diabetes Mellitus do tipo 2.
Polonsky KS (2012) The past 200 years in diabetes. N Engl J Med
367: 1332–1340.

54

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