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ENTREVISTA A SOLUÇÃO
A NADIA DE MOND GOVERNATIVA NO
capItA
(N1DM) ESTADO ESPANHOL
P.04 P.07
lIsta
N.º 25 (SÉRIE II) – FEVEREIRO 2020
DEMO
CRACIA
CALL
CENTER
FOTO: ELENA KOYCHEVA - UNSPLASH
Esta é uma publicação da Rede Anticapitalista, em
que se juntam militantes do Bloco de Esquerda que
se empenham nas lutas sociais e no ativismo de base.
EDITORIAL ÍNDICE
DEMOCRACIA 2 Editorial
Democracia call-center
CALL-CENTER Habitação
3
Congelamento das rendas em Berlim:
quatro elementos para uma aleluia!
P
oderia ser uma piada necessário e fundamental resgatar para 4-5 Entrevista
ou o enredo de um a esquerda unanimismos aparentes, Uma voz entre sombras
qualquer romance ganhando o senso comum nestas e noutras Ativismo
6
distópico, não fosse questões fundamentais, que alimentam e Dar voz contra o abuso
uma iniciativa visando definem o capitalismo enquanto sistema
a criação de políticas opressor. 7 Internacional
Governo de progresso em Espanha ou a
públicas de uma das principais economias
Questões como as da urgência climática quadratura do círculo
da Europa. Trata-se da autoproclamada
mostram que não é possível conceber uma
Convenção Cidadã pelo Clima e parte da 8 Leituras
intervenção à esquerda que se esgote ou
vontade da própria presidência francesa. O Gangue da Chave-Inglesa, Edward
sequer se concentre no formalismo do Abbey
Pretende constituir um grupo decisório de
instituído. É fundamental construir força Red Clocks, Leni Zumas
150 pessoas, selecionadas à sorte a partir
social que permita ganhar terreno sobre Capitalism: a conversation in Critical
de chamadas telefónicas (Daniel Cohn-
os elementos parasitários que crescem nas Theory, Nancy Fraser e Rahel Jaeggy
Bendit terá sido um dos sorteados), para
margens da democracia: a (nova) extrema-
propor políticas de combate às alterações 8 Cinema
direita; o racismo institucional; os discursos Bacurau, Kleber Mendonça Filho e
climáticas.
de ódio e de discriminação assentes na Juliano Dornelles
Acossado pela persistência dos coletes lógica do patriarcado. O Bloco de Esquerda
amarelos e pela crescente exigência é a força ecossocialista que assume a 8 Acontece
Inconformação
de um enfrentamento consequente e centralidade das lutas como sustentação da
desinteressado dos problemas ambientais, sua intervenção política. A sua intervenção
o tecnocrata do Eliseu patrocina um parlamentar é tradução das vozes concretas
simulacro de democracia direta, mesmo de quem vive do seu trabalho e de quem
que a seleção de membros elegíveis para se recusa a ser elemento ou perpetuação
esta convenção “sorteada” esteja a cargo das relações de injustiça reinventadas pela Ficha Técnica
de representantes do extrativismo e da máquina do capitalismo dominante. Onde
Conselho Editorial
irresponsabilidade neoliberal. É a disfarçada a social-democracia recuou, hesitou ou Ana Bárbara Pedrosa
Andrea Peniche
raposa no galinheiro, mas é mais do que compactuou com a minoria privilegiada, Beatriz Simões
isso. Revela – aqui sem grande novidade – a estivemos à frente como força de combate Hugo Monteiro
Mafalda Escada
disposição de um governo ultraliberal para à esquerda. Denunciámos, contra a Rodrigo Rivera
Tatiana Moutinho
conceder poder decisório a um conjunto totalidade das forças com representação
não eleito de pessoas, escaladas à sorte parlamentar, a cleptocracia angolana, Participaram nesta edição
Andrea Peniche
numa espécie de democracia call-center. as lógicas semiocultas da exploração Adriano Campos
Beatriz Simões
Mas denuncia igualmente uma esforçada e as ligações entre política e negócios. Hugo Monteiro
aposta na despolitização das questões Combatemos hoje, com a mesma Manuel Garí
Maria Francisca Ferreira
ambientais que, por mobilizarem cada vivacidade, a economia especulativa, a Maria Manuel Rola
Nadia De Mond
vez mais gente, importa que tenham privatização do que é público na saúde, na Raquel Azevedo
respostas de baixa intensidade e de efeito educação, no trabalho ou na habitação. Tatiana Moutinho
Tiago Tavares
cosmético, permitindo disfarçar a inação
Não nos contentarmos com ter razão e Imagem da Capa
com fogachos propagandísticos travestidos Elena Koycheva
empenharmo-nos na construção coletiva
de intervenção cívica. A bizarra organização
de soluções concretas é o imperativo que Depósito Legal
desta “convenção cidadã” é apenas um 441931/18
devemos a cada pessoa que luta ao nosso
exemplo. Contra o propósito e mecanismos
lado.
deste tipo de manipulação política é
Contactos
email redeanticapitalista@gmail.com
facebook.com/redeanticapitalista
ANTICAPITALISTA
web www.redeanticapitalista.net
2
HABITAÇÃO
ANTICAPITALISTA 3
ENTREVISTA
Nadia De Mond é uma feminista marxista ítalo-belga, ativista do movimento Ni Una Di Meno
e militante da rede Communia. Esteve recentemente em Portugal, no Porto, no âmbito do
encontro Feminista Internacional, organizado pelo Feminismo Sobre Rodas
Como surgiu o Non Una di Meno? muitos jovens que acompanharam as decidiu organizar-se em grupos de
Quais as suas áreas de intervenção? suas namoradas –, em particular jovens trabalho, que analisam a forma como a
muito jovens, responderam à convocatória violência contra as mulheres e de género
O Non Una di Meno (N1DM) nasceu
enchendo as ruas de Roma com os seus atravessa e marca diferentes domínios das
no outono de 2016, depois do bárbaro nossas vidas: da economia à educação,
gritos de guerra contra a violência sistémica.
assassinato e violação em grupo de uma dos mass-media ao sistema jurídico, das
Desde o início, a intenção do N1DM foi o
rapariga em Roma, que chamou a atenção políticas de imigração à destruição do
de criar um movimento duradouro e não
para uma situação generalizada de violência ambiente. Foi criado um grupo de trabalho
apenas um evento de um dia. Por isso a
crescente contra as mulheres. Os coletivos específico sobre o sexismo nos movimentos
convocatória incluía a informação de uma
de jovens feministas, que se tinham juntado sociais, porque nenhum espaço está
assembleia nacional que se realizaria no dia
e mobilizado durante a campanha Io completamente livre de violência machista,
seguinte à manifestação, para delinear os
Decido em solidariedade com as mulheres apesar do que proclama.
contornos e objetivos do movimento. Foi
espanholas em defesa do direito ao aborto,
um enorme sucesso de participação e de
juntaram forças com a rede nacional de CAV -
compromisso com o futuro. Quais são as vossas principais propostas
Centros AntiViolência (casas-abrigo) – e com a
pequena organização feminista histórica UDI Ficou claro desde o início que o N1DM para combater a violência contra as
- Unione Donne in Italia – para convocar uma considerava a violência machista num mulheres e de género?
manifestação nacional, a 25 de novembro, sentido muito amplo e sistémico, isto é, As nossas propostas sublinham o
no âmbito da jornada internacional contra como funcional para a manutenção do protagonismo das mulheres na sociedade
a violência contra as mulheres. Para nossa sistema capitalista, heteropatriarcal e e a exigência de apoio por parte dos
surpresa, 200 000 mulheres, e também racista. Em consequência, a assembleia organismos públicos às suas atividades.
ANTICAPITALISTA 4
Concretamente, reivindicamos a longa reprodução da sociedade, sob o slogan O movimento feminista tem-se
experiência e profissionalismo dos CAV “Se as nossas vidas não valem nada, articulado com outros movimentos
– muitas vezes autogeridos e baseados, produzam sem nós”. Utilizamos a greve – sociais? Se sim, quais? Há uma agenda
parcialmente, em trabalho voluntário – no que é um instrumento tradicional de luta comum ou alianças pontuais?
acompanhamento das mulheres vítimas do movimento operário – transformando-a, Após a década de 2000, em Itália, os
de violência doméstica, num processo de ampliando-a. A greve feminista diz respeito movimentos sociais, em particular os
recuperação da sua autonomia psicológica, tanto ao dito trabalho produtivo, para o antiglobalização neoliberal e antiguerra,
social e económica e a disponibilização mercado, como ao trabalho reprodutivo, por falta de vitórias concretas, eclipsaram-
dos fundos públicos necessários para o seu desempenhado pela maioria das mulheres, se, assim como os movimentos estudantil
funcionamento. Mas propomos também que é indispensável para sustentar a vida, e trabalhista. De facto, foi o N1DM que
muito trabalho em termos de prevenção: mas não é reconhecido como tal. É uma tomou em mãos a tarefa de construir uma
educação sexual em todos os níveis de greve global, política e internacional, que oposição global contra as políticas de direita
ensino para desmontar os estereótipos diz respeito a 99% das mulheres, onde do governo Salvini, em defesa de direitos
de género, intervenção contra a “narrativa quer que trabalhem: nos setores formal e e liberdades para todas as pessoas. Só
tóxica” da violência machista nos media, informal, como falsos recibos verdes ou na muito recentemente um novo movimento
que revitimiza as mulheres e banaliza as economia subterrânea, como estagiárias ou social começou a agitar as consciências.
violações. Exigimos também políticas precárias. Estes são setores frequentemente É o movimento Fridays for Future, da
sociais e económicas que combatam negligenciados pelos sindicatos que o geração millennial, que reconhece Greta
as desigualdades salariais de género, o movimento feminista organiza, abordando Thunberg como figura emblemática da
assédio sexual no trabalho, a precariedade, os problemas relativos à existência como contestação ecológica contra as alterações
a falta de serviços públicos de qualidade um todo. climáticas decorrentes do nosso modo
e acessíveis a todas, o fim das medidas de produção baseado em energias fósseis
que limitam os direitos das pessoas e no desperdício de recursos naturais.
migrantes e refugiadas, porque a violência Em tua opinião, quais são os principais Nas escolas secundárias, muitas vezes, as
está intrinsecamente ligada às condições desafios que enfrenta atualmente o pessoas que se mobilizam para as questões
materiais de sobrevivência. movimento feminista? ambientais são as mesmas que participam
nas iniciativas do N1DM. No entanto, uma
Apesar da natureza bastante ampla e
aliança mais sustentável e programática
A Itália está diferente desde a saída de inclusiva do novo movimento feminista,
ainda precisa de ser construída entre esses
Salvini e da extrema-direita do governo? ele corre o risco de nunca atingir
dois movimentos, que são a esperança da
verdadeiramente os 99% das mulheres
Desde o outono passado, após a crise do próxima década.
que é necessário consciencializar e trazer
governo Salvini/Di Maio, a Itália conseguiu para a luta. É dirigido por jovens altamente
livrar-se do governo populista de direita escolarizadas, muitas vezes precárias, que Aquilo que, visto daqui, nos parece ser
que criara um clima cultural de legitimação correm o risco de falar uma língua pouco uma grande instabilidade ao nível da
do discurso – e das acões – abertamente compreensível para as mulheres de outras organização partidária da esquerda em
racistas e homofóbicos. O novo governo do proveniências sociais, enquanto pretendem Itália reflete-se no movimento social? Se
PD/5S (Partido Democrático/Movimento 5 representá-las e incluí-las. O desafio é sair da sim, como?
Estrelas) foi, por isso, recebido com alívio nossa própria bolha – física e psicológica –,
por uma parte da população. O apoio para realmente alcançar e ajudar a organizar Infelizmente, ao nível partidário e sindical,
institucional a conferências internacionais aquelas que mais precisam e para construir a Itália ainda vive uma fase de derrota
da extrema-direita “pró-vida” e a proposta as relações de força indispensáveis para e recessão, devido, em grande parte, a
de leis misóginas à moda do senador conquistarmos o que queremos. O mesmo uma política de adaptação das forças de
Pillon, da Lega, já não estão na ordem do desafio de alargamento é colocado ao esquerda aos ditames da União Europeia
dia. No entanto, as políticas económicas nível internacional. Sabemos que o que da austeridade, que provocaram uma
não mudaram muito, mantendo-se o seu chamamos de “nova vaga feminista” toca crescente degradação das condições
pendor neoliberal e anti-imigração. Só o de forma muito diferente os diversos países de vida e o abandono da ideia de uma
discurso político parece menos agressivo. e continentes. No entanto, assistimos a sociedade alternativa à do mercado
capitalista. Isso produziu uma desconfiança
um ativismo e um protagonismo incríveis
generalizada, especialmente entre os e as
das mulheres pelo mundo inteiro, em
O N1DM é uma das organizações que, jovens, da política como instrumento de
lutas de todo o tipo, muitas vezes ligadas à
em Itália, convoca a Greve Feminista transformação. O espaço onde o poder se
sustentabilidade da vida, seja em defesa dos
Internacional? O que pensas desta exerce corre o risco de permanecer fora
recursos naturais e do território contra as
iniciativa? do alcance dos cidadãos e cidadãs e dos
multinacionais, revoltas contra o aumento
movimentos sociais, que se empenham
Desde 2017 que o N1DM aderiu ao apelo do do custo de vida ou a resistência contra
mais na contestação e resistência do que no
Ni Una Menos argentino para transformar regimes repressivos e ditatoriais. Estas
projeto de construção de uma alternativa
o 8 de Março numa jornada internacional problemáticas cruzam-se necessariamente
global de sociedade.
das mulheres, que vinha sendo cada vez com o caráter patriarcal do capitalismo atual.
mais esvaziada de conteúdo, num dia de E nós, as feministas, devemos ser capazes
greve feminista. A ideia era – e é – parar as de articular o nosso discurso e as nossas
atividades para tornar visível a contribuição práticas, para que todas estas mulheres que *Nota: nesta entrevista, a palavra mulher deve ser
indispensável, invisibilizada e desvalorizada se levantaram em defesa dos seus direitos sempre entendida como incluindo mulheres cis e
das mulheres para a economia e a encontrem o seu lugar no movimento. trans, hétero e LGBTQI+.
ANTICAPITALISTA 5
ATIVISMO Estas duas greves nacionais construir-se
em dois grandes momentos, que foram
determinantes para esta luta. Antes:
DAR A VOZ preparação da mobilização feita junto dos
trabalhadores e trabalhadoras dos call-
O ABUSO
informação e proposta de ação que se
começa também a desenvolver neste setor.
Todavia, isto não substitui a necessidade
RAQUEL AZEVEDO de ações de base e de alargamento da
construção da resposta, que deve ser
coletiva, num setor que há demasiado
No final do ano de 2019, os call- tempo vive sem legislação apropriada
-centers pararam. Por todo o país, capaz de defender os trabalhadores e as Esta greve teve como reivindicações
trabalhadores e trabalhadoras de trabalhadoras contra o abuso. principais: convenção coletiva para o
várias cidades de norte a sul, do litoral setor; salários compatíveis com as funções
Em dois momentos diferentes, um no final
e do interior foram convocados e de outubro e outro no final de dezembro,
altamente qualificadas desempenhadas
convocadas a participarem em duas mês estratégico para o setor percetível
pelos trabalhadores e trabalhadoras;
greves nacionais. E não faltaram à melhores condições de trabalho;
pelo reforço do trabalho que faz, os
chamada! Foram dois momentos subsídio de línguas para atendimento
trabalhadores e as trabalhadoras saíram à
muito importantes para dizer bem em língua estrangeira; horário de
rua, concentrando-se, em vários pontos do
trabalho diário máximo de 6h30, sem
alto que não toleramos mais os país, em frente dos seus locais de trabalho,
perda de remuneração; diuturnidades
abusos e a negação de direitos para reclamando direitos. A adesão, no Porto e
para compensar antiguidade na
quem trabalha. em Lisboa, rondou os 90%, numa primeira
empresa; integração dos trabalhadores e
fase, e, para grande surpresa e alegria,
trabalhadoras nos quadros efetivos das
também o interior não faltou à chamada,
empresas.
Os call-centers multiplicam-se como com cidades, como Castelo Branco, por
cogumelos por todo o país, tornando-se, exemplo, a aderirem pela primeira vez a O ano de 2019 terminou em luta e o ano
nestes últimos anos, um setor que junta uma greve do setor. Já na segunda fase da de 2020 começa e continuará com a luta
milhares de trabalhadores e trabalhadoras greve, sendo que a primeira durou 10 dias, pela alteração das condições de trabalho
de diferentes faixas etárias e com diferentes durante 24 horas, a adesão cifrou-se entre no setor dos call-centres. É, pois, preciso
percursos escolares. É um trabalho a longo os 60% e os 100%. Em algumas empresas, continuar a dar voz às necessidades de
termo e que emprega, em muitos casos, fecharam, inclusivamente, linhas de combate aos abusos, neste setor como
todos os membros de uma família. chamadas. noutros.
ANTICAPITALISTA 6
INTERNACIONAL económicos e na Segurança Social e gente
com provada fidelidade ao Regime de 78
nos assuntos de Estado (exército, justiça,
GOVERNO DE interior…), deixando para a UP umas
áreas reduzidas e desgarradas de outros
EM ESPANHA
e disciplina a todos os membros de ambos
os partidos na comunicação pública.
ANTICAPITALISTA 7
LEITURAS CINEMA
O GANGUE DA CHAVE-INGLESA
Edward Abbey
2019 | 544 páginas
Antígona
PVP: ± 24.99 Euros
ACONTECE
prosperidade às famílias americanas».
É no seio destas proibições, num mundo feito por homens e para os homens, numa
pequena cidade costeira do Estado de Oregon, que quatro mulheres lutam contra
todos os relógios. Susan é uma advogada que abdicou da carreira e se sente presa na
maternidade e no casamento com um colega de Ro - uma mulher solteira que quer
engravidar e é professora de Mattie - uma adolescente que tem uma gravidez indesejada
e quer fazer um aborto e por isso pede o apoio de Gin - a bruxa de serviço, que está a ser
julgada por um crime que não cometeu. São estas quatro histórias de luta e resistência
que ansiamos ver traduzidas para português. Maria Francisca Ferreira
CAPITALISM: A CONVERSATION IN
CRITICAL THEORY
Nancy Fraser, Rahel Jaegg
2018 | 246 páginas
Polity Press
PVP: ± 22.40 Euros
INCONFORMAÇÃO
O que é o capitalismo? Como se relaciona com as Braga | 21-23 Fevereiro | ES D. Maria II
sociedades do século XXI? Como se pode e deve Espaço aberto de debate, no qual se reúnem jovens bloquistas e ativistas de
criticá-lo? Que lutas sociais o enfrentam? Como esquerda para partilhar experiências e pensar um mundo novo fora do sistema
pode a esquerda constituir-se em alternativa viável? capitalista. Por aqui passa a agenda para a construção de um projeto socialista
feminista e ecologista.
A partir da Teoria Crítica, as filósofas Nancy Fraser
e Rahel Jaeggi discutem em que sentido as lutas
de fronteira podem ser a chave para se entender as contradições do capitalismo e as
múltiplas formas de conflito que ele origina. O que emerge deste desafiante diálogo CONTACTOS
e análise é uma crítica renovada à crise do capitalismo, um olhar sobre a conjuntura email redeanticapitalista@gmail.com
atual numa perspetiva ampla, percorrendo os fracassos das políticas progressistas facebook.com/redeanticapitalista
contemporâneas e o ressurgimento do populismo de direita. Andrea Peniche web www.redeanticapitalista.net