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Alma Infantil
(Versos para uso das escolas)
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O meu retrato
“Fez meu retrato tão bem!
“Aquele retrato lá: Bonito, olhar atrevido.
O corpo, as pernas, o braço, Enfim, muito parecido,
Sou eu mesmo traço a traço, Que nenhum defeito tem.
Tão parecido ele está.
“O meu retrato está lá:
“Acham bonito? talvez... Meu todo falado e escrito,
O nariz é um pouco chato... Tão bonito, tão bonito,
Mas, que importa? é o meu retrato; Que mais bonito não há.
Foi o vovô quem o fez.
“Vovô... que bom coração!
“Vovô... Que bom coração! Tudo o que ele tem reparte,
Tudo o que ele tem reparte, E sabe fazer com arte
E sabe fazer com arte Retratinhos a carvão.”
Retratinhos a carvão.
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Exame escolar
Infância e velhice
MARIA
“A mamãe estende o braço...
(Porque a mamãe é tão boa!) (Sentada na cadeira da professora, que se
E a gente tropeça a toa, ausentou, às demais crianças, que a ouvem,
A cada passo. atentas e silenciosas)
“Anos depois, quando a gente Fiquem todos sossegados.
É grande já, sem cautela Agora vejamos quais
Marcha bem ao lado dela, Os que estão mais preparados
Valentemente. Para os exames finais
“E mais tarde, passo a passo, É uma vergonha sem par,
Com delicada ternura Um triste e feio vexame
É a mamãe que se segura Ser reprovado no exame
Em nosso braço.” Ou numa prova escolar.
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“Bonequinha, bonequinha,
Tão lourinha,
Porque ficas a sorrir,
Sem dormir?
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O dedinho de mamãe II
Um mendigo de sacola
I Pediu-me um tostão de esmola
Que lhe dei esta manhã.
Um dia d'estes, á tôa, Em si de alegre não coube;
À irmãzinha, que é tão boa, E pensam que ela o não soube?
Torci as orelhas... pois Soube de tudo a mamãe.
A mamãe, que estava ausente,
Soube tudo infelizmente, Não sabem porque? São manhas
Poucos minutos depois. Do dedinho tagarela
Que lhe conta as artimanhas
Não sabem por quê? São manhas Que faço na ausência dela.
Do dedinho tagarela
Que lhe conta as artimanhas
Que faço na ausência dela
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III Mimi
Mas notem bem: quando digo I
Dedinho, dedinho amigo
Que sabe as coisas tão bem, Mimi deveras implica
(Escutem atentamente) Com gente que faz barulho
Refiro-me unicamente É toda cheia de orgulho,
Ao dedinho que ela tem. Parece pessoa rica.
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O galo
Quem não escova o seu fato,
Quem não se lava a capricho Passo lento, olhar profundo,
Vale menos do que um bicho, Valente, brioso e grave,
Merece menos que um gato. O galo é a mais linda ave
Dentre todas que há no mundo.
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Visita massadora
Na cama, até à manhã,
Cheio de um terror enorme,
Dizem todos que ele dorme
Muito agarrado á mamã. D. CECÍLIA
D. RITA
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D. RITA D. RITA
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(Dona Cecília, que insiste em ir-se embora, (aparte, saindo, depois de despedir-se com um
profundamente aborrecida, estende-lhe a mão) gesto seco de cabeça)
D. RITA
(interrompendo-a)
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Na aparência divertida,
Livre de mágoas e dor,
Aquela luta é a pior O relógio da torre
Das demais lutas da vida;
O CORO
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O RELÓGIO
O CORO
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Concedo-te de boa vontade o prêmio de música, o gosto, a digestão e o apetite. Que dizes a isso,
porque eu terei o prêmio de História. Clara?
Obrigada pela tua generosidade. O meu exame Isto parece até feitiço;
surpreendeu a todos, porque eu expliquei tudo em Vai muito além da nossa idade;
quatro palavras. Julga tu: O examinador perguntou- Mas, seja dito sem vaidade,
me: “— Quantas espécies de notas há?” Há brancas, Sei muito mais do que tudo isso.
pretas, amarelas; umas redondas, outras longas,
outras curvas, ora em forma de bolinhas, de círculos Tanto saber é, na verdade,
ou de apagador de velas; tudo isso misturado com Impróprio enfim da nossa idade.
suspiros, volver de olhos, acordes de piano e A sala aplaudiu
trinados de garganta. “— Pois bem. Como se indica Delirantemente,
o andamento de um trecho musical?” Pelas Beijos ganhei de toda gente
indicações: forte, fortíssimo, largo, piano, stacato, Que aos meus exames assistiu.
larghetto, tremolino, etc. “— Quantas espécies há de
compassos?” Há-os de quatro tempos, que é o mais
longo, de três, de dois, de um, de nenhum, segundo
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CLARA
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Dia de Chuva
“Chove há três dias; por isso,
Até onde o olhar se perde
O campo todo está verde, Sendo forte a chuva, um dia,
E as plantas cheias de viço. A pequenina Arabela,
Triste, através da janela,
“Tanto à chuva, que jorrou, De si para si dizia:
Como ao sol, que os campos doura,
A tudo a Mão criadora “E esta chuva continua!
Docemente abençoou.” Para nada a chuva presta:
Quando chove, não há festa,
A gente não sai à rua.
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“A chuva só palmatória
Merece, para castigo.
Por isso é que eu sempre digo:
Com chuva não quero história.
“Entretanto, se é verdade,
Como a professora disse,
Que a chuva (mas que tolice!)
Tem alguma utilidade,
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CAMPAINHA
O tambor e a campainha
Como vai belo este dia!
A campainha já veio
Chamar-vos para o recreio,
TAMBOR Para as festas da alegria.
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Alegre e sonoramente
Anuncío toda gente,
Trinando o sinal, assim:
Dlin, dlin !
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Sente-se. Primeiramente
Faço questão que me diga
Visita de cerimônia Onde se meteu a amiga
Que não mais visita a gente
D. ANNA
D. ANNA
(sentando-se)
(entrando em casa de D. Fifinha)
Em casa, dona Fifinha;
Dona Fifinha Bem sabe que sou caseira;
Como estou sem cozinheira,
D. FIFINHA
Sou eu que faço a cozinha.
(correndo a recebê-la, alegremente surpreendida)
É uma coisa aborrecida
Dona Anna! A comida feita fora:
Bons olhos a vejam! Viva! Vem pouca, não chega à hora,
Tem andado tão esquiva! E é sempre a mesma comida!
Não a vejo há uma semana.
D. FIFINHA
(Indicando-lhe uma cadeira)
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EUGENIA JOANINHA
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A BONECA DE CERA
Não sei o que quer dizer,
Não lhe percebo o sentido . . Feita de louça barata.
A BONECA DE CERA
Gênero de pouco peso,
Se não ouves, limpa o ouvido Artigo que vale nada...
Para melhor entender. Aí tens agora explicada
A razão do meu desprezo.
A BONECA DE LOUÇA
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Hino ao Estudo
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Quem na escola a cartilha amarrota Essa flor, que vale mais que um tesouro,
E, sorrindo, desdenha o saber, O saber, cultivai com amor:
Só espera na vida a derrota, etc, etc.
Pois na infância não quis aprender.
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