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Dia 44 - Erva 44 - Mangueira

Mangueira - Mangifera indica

Graças a Deus meu Deus!

Muita gratidão por podermos chegar até aqui, na nossa reta final... ops, reta final? De jeito
nenhum! Essas 50 ervas são apenas um aperitivo diante do que ainda temos pra falar. Na
próxima segunda-feira, dia 25 de maio, às 11h da manhã, receberemos (em vídeo) as meninas
do Sabor de Fazenda, Sabrina e Silvia Jeha, herboristas de primeira linha e idealizadoras desse
viveiro orgânico incrível, para um bate-papo sobre Ervas (é claro!).

E na quarta-feira seguinte, dia 27 de Maio, também às 11h da manhã, estaremos todos juntos
e ao vivo, lá do Jardim do Erveiro, num bate-papo bem bacana pra fechar esse ciclo. Vamos
falar das ervas que foram publicadas e mais um tantão de coisas interessantes. Coloque na
agenda, se programe, ligue o despertador, avise os amigos, juntos somos mais juntos!

Ah, e falando de juntos, não somos unanimidade – ainda bem que não sou – e, assim, como
todo conhecimento bom é questionado, nossa forma de trabalho também não é diferente.

Vamos falar da Mangueira, essa árvore mística, principalmente na Umbanda, e que gera
tantas, mas tantas interpretações energéticas, que fica realmente difícil apontar para algo
assertivo. Grande e frondosa, é considerada em alguns estudos a maior frutífera em volume,
altura e largura de copa, conhecida no mundo. Acredita-se que se originou na Índia e foi
introduzida na África e nas Américas ainda no século 16, mas há controvérsias históricas. Fato
é que se adaptou e é abundante em todos os continentes.

Para esse olhar sobre a Mangueira no uso ritualístico, apelo ao mestre Prof. Pessoa de Barros
que apontou o uso da Mangueira da seguinte forma: nos cultos Jêje-Mina, em banhos para as
iniciantes; nas casas Nagô, no Pará, atribuída a Oxóssi; nos Candomblés Angola, banhos de
purificação e lavagem de fios de conta; em Cuba, entre os "lucumis", é atribuída à Oxum; e no
culto Jêje-Nagô, com o nome de "òró òyìnbó", é atribuída a Ogum e Iroko.

Esse comparativo serve para nos guiar nos porquês da Mangueira ser atribuída a Exu e Ogum
de modo geral, e carregar tanta mítica. Então temos primeiro uma qualidade de fruto chamada
"Manga Espada", pelo seu formato assim como o das folhas, e naturalmente leva a uma
interpretação subjetiva. Orixá Ogum, símbolo e arma, espada, e a associação natural. Segundo,
uma grande linha de trabalho à esquerda da Umbanda, tem o nome simbólico de Exu
Mangueira.

Há quem afirme categoricamente que a Mangueira seja erva de limpeza, o que contestamos
pelo seu aspecto histórico religioso, mas principalmente pelas experiências e experimentos
que já realizamos. Isso não tira dela a conexão com aspectos magneticamente negativos, aos
quais ela serve com louvor. Oferendas podem ser feitas embaixo de Mangueiras, tanto para
Exu e Pombagira, quanto para os outros Orixás. Claro que com o devido cuidado para não
provocar acidentes com velas ou outros elementos agressivos ao ambiente.

Suas folhas também são espalhadas no chão dos terreiros em dias de rito aberto, tanto para
proteção como para condensação de energias salutares. Seus frutos oferendados aos Orixás,
Caboclos e Crianças. Eu mesmo conheço um Erê que adora frutas...rs...

Assim como a maioria das frutíferas, é uma erva MORNA ou EQUILIBRADORA, proporcionando
em banhos, vitalidade, energia boa, vivacidade em pensamentos e sentimentos, regeneração,
organização das idéias, magnetismo atrator, entre outros atributos positivos.

Sua capacidade de limpeza é relativa, leve mesmo. E de acordo com nossos estudos, conexão
vibratória com Pais Ogum e Oxóssi, Mães Oxum, Iansã e Logunã, entre outros, assim como os
Mistérios à Esquerda.

Assim como já disse em outras postagens, apontar uma planta a um Orixá pelo simples
formato da folha pode ajudar sim, mas não define uma vibração. Vamos estudar para entender
cada vez melhor, de forma simples e objetiva!

Gratidão aos Mistérios da Lei Divina por permitirem que o conhecimento nos alcance, e
gratidão a todos que permitem ser alcançados por ele!
Que Deus Pai Criador, com Seus Mistérios Vivos e Divinos, na sua infinita bondade e
misericórdia, nos ampare e guie hoje e sempre!

Adriano Camargo Erveiro

Erveirança 5.0

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