Nome N.

º Turma __________

GRUPO I
Oralidade

A Declaração dos Direitos da Criança foi adaptada de um documento que surgiu uns
anos antes: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Escuta atentamente o áudio onde se explica como surgiu esta declaração e se
apresentam alguns dos seus artigos (isto é, leis, princípios). Segue estes passos:
1.º Lê as perguntas abaixo, às quais terás de responder.
2.º Escuta atentamente o áudio, prestando atenção à locução (podes tirar breves
apontamentos: uma data, um número…).
3.º Responde às perguntas seguintes.

1. Assinala a afirmação correta em cada caso:

1.1. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi escrita em

a.  1948. b.  1970. c.  1982.

1.2. O documento foi uma iniciativa das Nações Unidas, que reunia
a.  50 países. b.  18 países. c.  48 países.

1.3. Depois da Segunda Guerra Mundial, aqueles países escreveram a Declaração,

a.  para recordar as pessoas que tinham morrido na guerra.
b.  porque estavam cansados de tanta guerra e racismo.
c.  para formar um único país com as mesmas regras.

1.4. A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem

a.  vinte artigos. b.  trinta artigos. c.  quarenta artigos.

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 GRUPO II
Leitura

Lê este texto que ilustra um dos dez princípios (isto é, leis ou regras) da Declaração dos
Direitos da Criança, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1959.

Hoje foi um dia bom!

No sítio onde eu moro, há uma escola. Há miúdos, para aí uns vinte, e uma professora. Por
sorte, a escola é pequena – só tem uma sala, com janelas para a rua. É por uma das janelas
que eu costumo espreitar e ouvir as lições. Aprendo coisas incríveis! Números, letras, coisas
sobre o mundo. […]
5 O meu sítio tem jornais, que eu apanhei no lixo da escola, e que me aquecem à noite. Tem
uma mesa de madeira, que já só tem três pés, mas serve muito bem para mim – é onde eu
faço os trabalhos de casa. Nunca são corrigidos, por isso não sei se ficam bem feitos, mas
esforço-me por fazer o melhor possível...
Hoje, como estava mais sol, a professora deixou a janela aberta. Eu estava a ouvir um
10 poema que o Luís escreveu quando o Miguel apontou para mim e disse:
– Está ali alguém!
Tentei fugir, mas vieram todos cá para fora atrás de mim. […]
Achei melhor contar tudo...
– Venho de um país que é muito longe daqui. Já atravessei vários países, e cheguei aqui há
15 alguns meses. Como não tenho casa, moro ali atrás, ao pé daquela árvore.
– Mas como é que te chamas?
– Olha, Júlia, não sei. Acho que nunca tive nome... Não conheci os meus pais, nunca tive
bilhete de identidade nem cartão de cidadão... […] Só me lembro de viver com outras pessoas
que não tinham família nem casa. Andávamos em grupo. Mas um dia decidi que queria
20 procurar outras crianças. Depois de viajar às escondidas em comboios e barcos, de atravessar
várias fronteiras e de andar muito a pé, vim aqui parar, e percebi que havia aqui uma escola
onde eu podia aprender. […]
Levaram-me para a sala e disseram à professora:
– Professora, este é o Tomás! Ele não tem bilhete de identidade nem cartão de cidadão...
25 Mas assiste às nossas aulas desde o princípio do ano. Acha que ele pode ter aulas connosco?
A professora ficou espantadíssima. E disse:
– Bom dia, Tomás. Tens nome de viajante! De que país é que tu vieste?
Com esta nenhum de nós tinha contado...
Os meus colegas olharam uns para os outros e o Miguel disse:
30 – Ó Professora, não vê que ele tem a pele queimada do sol, os olhos azuis da cor do mar, e
nome de viajante? Vê-se logo que é português!...
A professora piscou-me o olho, mandou-nos sentar e continuou a aula.

Inês Pupo, in Histórias com Direitos, IAC/Plátano Ed., 2010 (com supressões)

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Responde às questões seguintes, de acordo com o texto.
Não te esqueças de elaborar resposta completas!

1. Localiza a ação no espaço.

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2. Identifica o(a) autor(a) do texto.

________________________________________________________________________________

3. Indica o nome da obra de onde foi retirado este texto.

________________________________________________________________________________

4. Completa as afirmações de 4.1. a 4.4., assinalando a opção correta.

4.1. “No sítio onde eu moro, há uma escola.” (linha 1)
Estas palavras são ditas por um menino que
a.  frequenta essa escola.
b.  deseja frequentar essa escola.
c.  não tem idade para ir à escola.

4.2. Os trabalhos de casa que o menino faz “nunca são corrigidos” (linha 8), porque ele
a.  não é aluno daquela turma.
b.  é um aluno muito aplicado.
c.  não os entrega na data combinada.

4.3. Quando lhe apresentaram o menino, a professora

a.  percebeu logo que ele não era português.
b.  ficou preocupada por ter um novo aluno.
c.  perguntou-lhe o nome.

4.4. A história ilustra este princípio da Declaração dos Direitos da Criança:

a.  Todas as crianças devem ser protegidas da violência.
b.  Todas as crianças têm direito a um nome e a uma nacionalidade.
c.  Todas as crianças têm direito à vida e à liberdade.

5. Completa a frase seguinte, respondendo às perguntas pela ordem indicada.

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 a. O menino vivia ________________________ (Com quem?), pois ele também não
tinha_____________________________(O quê?). Um dia, ele decidiu
_________________________________(O quê?). Então, viajou
___________________________________ (Em que condições?).

6. Transcreve do texto a frase que indica que a professora autorizou o Tomás a estar na aula.

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7. Concordas com a atitude da professora ao aceitar o Tomás na sua aula?

Justifica a tua opinião, apresentando pelo menos um argumento.
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_________________________________________________________________________________________
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Bom trabalho!