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O marketing não para! Novas estratégias, novas tecnologias, novas metodologias são
estudadas e aplicadas a todo momento. Afinal, para se manter relevante, o
marketing precisaacompanhar o ritmo das transformações sociais, econômicas e
tecnológicas.
É por isso, então, que o marketing está sempre de olho nas mudanças geracionais,
especialmente sobre as gerações millennials, Z, Alpha e as outras que ainda vão
entrar no mercado de consumo.
A cada ano, surgem novos estudos sobre os comportamentos dos jovens, sobre as
suas motivações, seus interesses e de que maneira o marketing deve atuar para
conquistar esse público, já que mira nas necessidades e desejos dos consumidores.
É claro que as marcas não podem perder de vista os adultos e idosos — Geração X e
Baby Boomers, por exemplo —, que representam um grande mercado consumidor.
Porém, são os jovens que ditam as tendências do mercado, inspiram tanto os mais
novos quanto os mais velhos e apontam como as marcas devem agir para garantir o
seu público nos próximos anos.
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20/09/2020 Dossiê das gerações: como comunicar com os Millennials, GenZ e Alphas
Por isso, as gerações millennials e Z estão na mira das marcas. Todas querem
entender como os jovens se comportam hoje, quais conteúdos gostam de consumir,
quais canais utilizam para se informar e se relacionar e o que importa para eles na
hora da compra.
Então, é sobre isto que vamos falar agora: como as gerações millennials, Z se
comportam e como as marcas podem se comunicar com esses públicos. Vamos
aprofundar um pouco mais esse assunto?
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Porém, é preciso fazer algumas considerações sobre essas divisões. Essas datas de
nascimento variam muito conforme as fontes e não há um consenso sobre elas. A
separação por anos também não é estanque: por exemplo, alguém que nasceu em
1990 pode ter um comportamento parecido de alguém nascido em 1980 em outro
lugar do país, em outra situação socioeconômica, em outro contexto.
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É nesses contextos que nasceram e cresceram os Baby Boomers, que hoje têm
entre 60 e 80 anos. Segundo um estudo do Grupo Padrão, trata-se de uma geração
idealista, combativa, disciplinada e com espírito coletivo, responsável por iniciar as
lutas por direitos civis e políticos.
Porém, é uma geração que não nasceu nem cresceu no mundo acelerado que vivemos
hoje. Por isso, costuma ser mais resistente às mudanças, já que prioriza a
estabilidade, especialmente na carreira.
Geração X
Quem nasceu a partir dos anos 1960 até 1980 é chamado de Geração X e tem hoje
entre 40 e 60 anos. Essas pessoas ainda guardam muitas das características dos Baby
Boomers, como a busca pela estabilidade na carreira, a disciplina e o respeito pela
hierarquia. Mas eles também reforçam a ideia de liberdade de serem e curtirem o que
quiserem.
Porém, essa geração crescem com a Guerra Fria e, aqui no Brasil, com a ditadura
civil-militar. Portanto, o otimismo já não é mais o mesmo.
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Não é por acaso que muitos abriram sua própria empresa e hoje representam grande
parte dos empresários, inclusive de startups. Segundo a Fiesp, 38% das startups
brasileiras são de pessoas com mais de 45 anos.
Além disso, essa é uma forte geração no que diz respeito ao consumo. Embora não
tenha toda a riqueza dos Baby Boomers, a Geração X tem um alto poder de
consumo e procura aproveitar sua condição econômica da maneira mais intensa
possível.
Geração Y (millennials)
Essa geração poderá dizer: nós fomos os últimos a conhecer o mundo sem internet.
Nascida entre 1980 e 1995 e atualmente com 25 a 40 anos, a Geração Y (os
millennials) nasceu com a informática e a globalização e, com esses fenômenos,
transformou o mundo. Esse grupo viu a internet nascer, o mundo se tornar mais veloz
e a informação circular rapidamente em questão de segundos.
Porém, eles também são caracterizados como imediatistas. Já que viram o mundo
acelerar, eles querem ter o que desejam o mais rápido possível — seja o sucesso na
carreira, seja uma mensagem no celular. Com isso, também aumentam os níveis de
medo e ansiedade dessa geração, que enfrenta sérios problemas psicológicos.
Um dos estudos mais conhecidos sobre a Geração Y foi realizado pela Box 1824 e
gerou este vídeo abaixo, que também ajuda a entender as gerações anteriores:
O estudo mostra que, com a chegada dos millennials ao mercado, a vontade de ser
jovem se tornou uma obsessão (We All Want to be Young, ou “todos queremos ser
jovens”, é o título do vídeo).
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Outro estudo bastante interessante foi realizado pelo Think With Google e traz uma
divisão desse grupo: os Old Millennials e os Young Millennials.
Essa divisão ocorre em qualquer geração, mas na Geração Y ela é mais evidente
devido a dois marcos: o surgimento dos smartphones e da cultura mobile (2007) e a
quebra de instituições financeiras que originou uma recessão global (2008).
O estudo, então, sugere que os Old Millennials são aqueles que tiveram sua infância
nos anos 90 e ainda viveram parte da sua vida sem internet. Porém, quando
smartphones e redes sociais surgiram, eles já eram adultos. Como características, eles
tendem a ser mais otimistas, colaborativos e flexíveis.
Já os Young Millennials foram crianças (ou já adolescentes) nos anos 2000. Esses
nasceram conectados à internet e, na infância, já adotaram a cultura mobile. Porém,
conheceram um mundo em recessão e, por isso, tendem a ser mais realistas,
questionadores e financeiramente conscientes.
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Geração Z
Embora os millennials tenham ganhado bastante atenção nos últimos anos, é
a Geração Z (ou apenas GenZ) que está motivando mais estudos pelo marketing
atualmente. Você pode não ter percebido, mas a Geração Y já está envelhecendo, e o
marketing precisa conhecer melhor os jovens que estão chegando ao mercado e
ditando como as marcas devem se comportar.
Para a GenZ, não há tempo a perder. Eles são extremamente ágeis, multitarefas e
capazes de absorver uma grande quantidade de informações — afinal, vivem na era
do big data, da explosão de dados e precisam saber como lidar com eles.
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Segundo uma pesquisa do Think With Google, 85% dos jovens da Geração Z
disseram estar dispostos a doar parte do seu tempo para alguma causa. E um estudo
da Box 1824 mostrou que 63% da Geração Z defende toda causa ligada à identidade
das pessoas (gênero, etnia e orientação sexual, por exemplo).
Pela internet, então, eles podem se manifestar livremente e expor suas opiniões sobre
temas importantes, seja por meio do “textão”, seja por meio de imagens ou tweets
curtos e diretos. As minorias, em especial, tornam-se temas centrais em movimentos
contra homofobia, racismo, machismo, xenofobia, entre outros.
Por isso, eles desenvolvem um forte senso crítico, que se torna marcante na sua
identidade. É com essa criticidade que eles enxergam a crise no Brasil, enfrentam a
recessão econômica e procuram respostas para melhorar a situação do país, sem fugir
da sua responsabilidade.
Ainda assim, a insegurança com o futuro é uma marca dessa geração. Por isso, eles
são mais pragmáticos e realistas que a geração anterior. Eles se preocupam com o
dinheiro e entendem que, mesmo que não tenham um emprego dos sonhos, a carteira
assinada é um caminho para a estabilidade financeira.
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É de maneira crítica também que eles olham para o poder da internet e das redes
sociais. Embora sejam ferramentas poderosas para a militância e a mobilização, elas
também podem ser traiçoeiras ao promover um estilo de vida ilusório e afetar a saúde
mental, o que gera muitos casos de ansiedade, depressão e até suicídio.
Além disso, essa geração tem uma identidade bastante fluida. Não tente defini-los
ou colocá-los em caixinhas — eles são o que quiserem ser, naquele momento,
naquele contexto. Eles são ainda mais plurais e dinâmicos que a Geração Y e, por
isso, diversidade e inclusão são conceitos intrínsecos à sua identidade e à sua
concepção de sociedade.
Geração Alpha
Se a Geração Z é a bola da vez, a Geração Alpha é a primeira da fila na mira do
marketing. Nascidos em 2010, os integrantes dessa geração têm aproximadamente
10 anos hoje e ainda não entraram no mercado de consumo. Aliás, eles nem devem
ser alvos do marketing para crianças, que sofre restrições no mundo inteiro.
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Mas isso não quer dizer que o marketing deve ignorar esse público que está prestes a
entrar na sua mira. Afinal, as reuniões de trabalho já estão abordando o planejamento
para os próximos anos. E as empresas devem conhecer quem serão os consumidores
no futuro próximo.
Porém, ainda não existem muitos estudos sobre a Geração Alpha. Sabe-se que eles já
nascem em um período de recessão econômica no Brasil e crescem em uma época de
polaridade e extremismo. Mas não há como prever o futuro e o efeito que isso terá no
seu comportamento.
Essas crianças recebem tantos estímulos, mas lidam com isso desde tão cedo, que
provavelmente estarão mais preparadas para as transformações que estão por vir —
ou que elas mesmas vão provocar. Afinal, o poder de militância, contestação e
mobilização da geração anterior tende a ter continuidade.
Criadas pela Geração Y ou até pela Z, as crianças da Geração Alpha tendem a ser
ainda mais livres em relação à sua identidade. Meninas já não crescem mais em um
mundo cor de rosa, o que tende a torná-las cada vez mais protagonistas, em posições
de poder. Gênero e orientação sexual provavelmente não serão amarras, assim como
o direito à diferença será uma causa ainda mais fortalecida.
Mas, por enquanto, ainda estamos na base das suposições. Somente daqui a alguns
anos saberemos como essas crianças vão se comportar como jovens cidadãos e
consumidores.
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Além disso, essa é a geração que viu a internet nascer: na sua infância, já passou a
usar smartphones. Portanto, a cultura digital e mobile faz parte da sua vida.
Para muitas empresas, porém, essa era ainda não chegou. Não são poucas as marcas
que ainda não têm um site responsivo, por exemplo. Menos ainda são as empresas
que produzem conteúdos focados no consumo móvel, como a produção de vídeos
mobile. Não é dessa maneira, portanto, que elas vão conseguir se conectar aos
millennials.
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Essa geração nunca soube o que é a vida sem internet e smartphones! Se eles já
nasceram com um celular na mão, como vão se relacionar com marcas que pensam
apenas no desktop?
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20/09/2020 Dossiê das gerações: como comunicar com os Millennials, GenZ e Alphas
Por isso, o conceito de mobilidade deve estar arraigado nas estratégias das empresas
que querem se comunicar com a GenZ. Mais que isso, elas precisam pensar na
integração entre todas as mídias, sem que o usuário perceba quebras na comunicação.
Nesse sentido, o omnichannel é essencial para proporcionar a melhor experiência.
Além disso, para falar com a Geração Z, não adianta fazer discursos vazios sobre
sustentabilidade ou responsabilidade social. Não adianta, por exemplo, dizer que
você é contra o racismo, mas não contratar funcionários negros ou não tê-los em
posições de liderança.
Essa geração quer ver compromissos reais, quer marcas que se posicionem,
especialmente a favor das minorias e dos direitos humanos, e que tenham posições
coerentes em todos os seus processos.
Para essa geração, também é importante pensar no poder dos influenciadores digitais.
A lógica dos ídolos da Geração Z não é a mesma das celebridades de anos atrás. Eles
precisam ser próximos dos fãs, falar a língua deles, ser transparentes. Marcas que
trabalham com influenciadores precisam entender isto: autenticidade é palavra de
ordem nas estratégias de marketing de influência.