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Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás

(Lei nº 16.901, de 26 de janeiro 2010, atualizado até a Lei n° 19.828/17)

Esquematizado e em tabelas

Esquematizado por: Felipe de Brito Belluco

Instagram: @bellucojur

Email: Bellucojur@gmail.com
SOBRE O AUTOR

Analista Judiciário – Área Judiciária (AJAJ) no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ex-Advogado. Graduado em Direito pelo Instituto de Ensino Superior de
Brasília (IESB). Graduado em Administração pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (UNICEUB). Pós-graduando em ciências criminais pela Universidade
Estácio de Sá. Aprovado no concurso público para provimento de vagas de Delegado de Polícia Substituto do Estado de Goiás –PCGO (2016), certame
atualmente suspenso por decisão judicial. Aprovado no concurso para provimento de vagas no cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios –TJDFT (2015). Aprovado no curso para provimento de vagas no cargo de Agente Penitenciário Federal do
Departamento Penitenciário Nacional DEPEN/MJ (2009). Aprovado no concurso público para provimento de vagas no cargo de Agente Penitenciário da
Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania -SEJUS/DF (2007).

PREFÁCIO

Infelizmente, sou um dos aprovados no certame para provimento de vagas para o cargo de Delegado de Polícia Substituto da Polícia Civil de Goiás,
realizado pela banca CEBRASPE (antigo CESPE), edital lançado em janeiro de 2016, com prova objetiva (1ª fase) realizada 27/01/2017 e prova subjetiva (2ª
fase) realizada no dia 12/03/2017. Utilizo-me da expressão “infelizmente” pelo fato de que, embora aprovado esteja, creio que jamais poderei certificar
oficialmente minha aprovação, em razão fraude que macula o certame, praticada por organização criminosa especializada em fraudes a certames de interesse
público (concursos públicos, vestibulares, etc.).

A organização contava inclusive, com participantes que eram (ou são) funcionários e servidores da instituição organizadora e que, em razão das
funções nela, tiveram acesso à “sala-cofre” onde as provas deveriam ser mantidas sob segurança e conseguiram subtrair, preencher e posteriormente
substituir os cartões de respostas de candidatos que haviam “comprado” a vaga concurso e que foram orientados a deixar o gabarito em branco para posterior
preenchimento. Inclusive, há gravações de vídeo que mostram funcionário do CEBRASPE selecionando e retirando as provas.

A própria instituição tem admitido falha de segurança na custódia das provas, informando em nota pública que “identificou uma inobservância de
padrão de segurança imposto pelo Centro”.
O certame atualmente encontra-se suspenso por força de decisão judicial proferida nos autos da Ação Civil Pública n° 5089947.05.2017.8.09.0051,
em andamento na 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Comarca de Goiás.

Para além da suspensão judicial do certame, o Ministério Público do Estado de Goiás, em novembro de 2017 ofereceu denúncia contra 31 supostos
envolvidos no esquema fraudulento, inclusive com fulcro na Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850 de 2013), uma vez que reconheceu, dentre os
acusados, formação de organização criminosa, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter vantagem indevida
de natureza financeira, direta ou indiretamente, mediante a prática de diversos crimes, tais como fraude em certame público, corrupção ativa, dentre outros
crimes.

A ação penal de n° 201700650780 (Numeração única do CNJ: 65078-79.2017.8.09.0175) em tramitação na 10ª Vara Criminal de Goiânia - Crimes
Punidos com Reclusão.

Que os envolvidos recebam justa pena.

Que o CEBRASPE consiga garantir futura legitimidade aos certames públicos que organiza.

De toda sorte, resolvo compartilhar com vocês resumo que fiz à época, tomando o cuidado de atualiza-lo (Lei n° 19.828 de 2017) e incluir
apontamentos nos artigos que foram objeto de cobrança na última prova.

Desejo a todos uma ótima prova.

Sucesso!

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

 Os textos constantes das tabelas correspondem às normas expressas constantes da Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás.
 Embora sigam ordem lógica e decrescente dos artigos da Lei, as tabelas não seguem estrita rigidez. Assim, para que fosse possível “esquematizar” o
estudo, há certas normas que foram deslocadas de sua posição originária da Lei (vide tabela sobre as “promoções”, por exemplo).
 Procedi a “destaques” nas expressões que compreendi serem de maior importância ao Estudo.
 Há breves e pontuais remissões.
 Na medida do possível, fiz referência aos artigos da Lei no contexto das tabelas.
 Houve abordagem completa das normas da Lei Orgânica, salvo normas absolutamente prescindíveis ao Estudo, especialmente no caso do Ato das
Disposições Transitórias.
 Fiz alguns comentários pontuais.
 Destaquei os pontos que foram cobrados nos últimos certames;
 Ao final, procedi à análise das questões do último certame, com comentários.

RESUMO DAS ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS

 Lei nº 17.691 de 2012 - Extinguiu o cargo de Delegado de Polícia da 3ª Classe, passando a ser Denominado de Delegado de Polícia Substituto;
possibilitou a promoção post mortem; alterou o ato das disposições transitórias.
 Lei 17.902 de 2012 – inseriu pontuais alterações do regime das promoções dos servidores policiais civis; alterou o ato das disposições transitórias.
 Lei nº 18.753 de 2014 - Acrescentou o Cargo de Papiloscopista Policial na Carreira dos Servidores da Polícia Civil; Promoveu alterações pontuais no
texto da Lei afim de adequar o texto à existência do novo cargo; alterou o ato das disposições transitórias.
 Lei nº 18.839 de 2015 – fixou o mês de julho de cada ano como aquele em que as promoções serão dadas
 Lei 19.275 de 2016 - Criou os cargos de Escrivão de Polícia Substituto e Agente de Polícia Substituto; alterou o ato das disposições transitórias.
 Lei n° 19.828 de 2017 - Dispõe sobre a criação, no âmbito da Delegacia-Geral da Polícia Civil da Secretaria de Estado de Segurança Pública e
Administração Penitenciária, do Programa Goiás Limpo de combate aos crimes e ao enfrentamento da criminalidade organizada e dá outras
providências – acrescentou o inciso XII ao art. 19 da LOPCEG;
Introdução à Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás
(art. 1º)
Número / Data LEI Nº 16.901, DE 26 DE JANEIRO DE 2010.
 Princípios
 Organização
 Funcionamento
Objeto(s) da Lei
 Competências
 Prerrogativas e garantias
 Deveres
Na Constituição Federal: Art. 24, inciso XVI
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) XVI - organização, garantias, direitos e deveres
das polícias civis.
Na Constituição Estadual de Goiás: Art. 4º, inciso II, alínea “o” (Revogada pela Emenda Constitucional nº 46, de 09-09-
Fundamento normativo 2010, D.A. de 09-09-2010, art. 5, I)
Vide Art. 10, inciso VIII da Constituição Estadual: Art. 10. Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, ressalvadas as
especificadas no art. 11, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, e especialmente sobre: (...) VIII - organização administrativa,
judiciária, do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Procuradoria-Geral de Contas, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do
Estado, do Tribunal de Contas dos Municípios, da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e dos demais órgãos da administração
pública;
O que é a Polícia Civil?
(art. 2º)
Natureza Órgão permanente do Estado de Goiás
Secretaria de Segurança Pública (e administração penitenciária)
CUIDADO: atualmente, a “Secretaria de Segurança Pública” conta também com a Administração Penitenciária. Assim, tem-se a Secretaria de Segurança
Vinculação Pública e Administração Penitenciária”
A Polícia Civil é órgão integrante do Sistema Único de Segurança Pública – SUSP.
À segurança pública
Essencialidade
À defesa das instituições democráticas
Promoção da cidadania
Fundamentos Promoção da dignidade humana
Promoção dos direitos e garantias fundamentais
Preservação da ordem pública
Finalidade Incolumidade das pessoas
Incolumidade do patrimônio
Princípios Institucionais da Polícia Civil Diretrizes de atuação da Polícia Civil
(art. 3º) (art. 4º)
É rol enumerativo e não taxativo;
I – Proteção dos direitos humanos  Caiu na prova de 2017!! I – Atendimento imediato ao cidadão
A questão afirmava existir o princípio da “proteção dos direitos e garantias fundamentais” –
errado – muito embora seja possível considerar os direitos humanos como gênero do qual
fazem parte os direitos e garantias fundamentais, não é o que a lei estabelece.
II – Participação e interação comunitária II – Planejamento estratégico e sistêmico
III – resolução pacífica dos conflitos III – integração com os outros órgãos do sistema de segurança pública, as
demais instituições do poder público e a comunidade.
IV – Uso proporcional da força Compete à Polícia Civil, nos termos do art. 5º, inciso XV: articular-se com a Polícia Militar e
≠ uso progressivo da força com os demais órgãos da Secretaria da Segurança Pública, do Departamento de Polícia
Federal e das Forças Armadas, a fim de colaborar na defesa e na segurança do Estado e das
V – Eficiência na repressão das infrações penais  Caiu na prova de 2017!! instituições;
A questão afirmava existir o princípio da “eficiência na prevenção e na repressão das
infrações penais” – errado – de fato, a polícia civil, como polícia judiciária, não deve atuar
preventivamente, mas repressivamente.
VI – Indivisibilidade da investigação policial  Caiu na prova de 2017!! IV – Distribuição proporcional do efetivo policial
≠ Divisibilidade da ação penal pública / indivisibilidade da ação penal de iniciativa privada.
VII – inelegibilidade das atribuições funcionais  Caiu na prova de 2017!! V – Interdisciplinaridade da ação investigativa
A questão afirmava o princípio da “delegabilidade das atribuições funcionais” – errado.
VIII – hierarquia e disciplina funcionais VI – Cooperação técnico-científica na investigação policial
É dever geral do servidor Policial Civil “observar a disciplina e hierarquia” (art. 67, IV). Vide VII – Uniformidade de procedimentos
“regulamentação” no art. 8º.
IX – Atuação técnico-científica e imparcial na condução da atividade VIII – prevalência da competência territorial na atuação policial;
investigativa.  Caiu na prova de 2017!! IX – Complementaridade da atuação policial especializada;
A questão afirmava existir o princípio da “atuação técnico-científica e imparcial no exercício
da perícia oficial – errado.
Cuidado: No conceito de atuação técnico-científica não se compreende o
exercício de perícia oficial (Art. 3º, Parágrafo único).
Obs.: perito criminal; médicos legistas e auxiliares de autópsias não integram o quadro da
Polícia Civil.

X – Desburocratização das atividades policiais;


XI – cooperação e compartilhamento de experiências;
XII – utilização de sistema integrado de informações e de dados
disponíveis;
XIII – capacitação fundamentada nas regras e nos procedimentos do SUSP,
com ênfase em direitos humanos.
Competências da Polícia Civil do Estado de Goiás
(art. 5º)
I – Exercer, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e apurar as infrações penais, exceto as militares;
II – Planejar, coordenar, dirigir e executar as ações de polícia judiciária e de apuração de infrações penais, que consistem na produção e na realização de
inquérito policial e de outros atos formais de investigações;
III – Cumprir mandados de prisão e de busca domiciliar, bem como outras ordens expedidas pela autoridade judiciária competente, no âmbito de suas
atribuições;
Art. 49. São atribuições dos titulares dos cargos de Delegado de Polícia: (...) VIII – Fazer cumprir mandados de prisão expedidos pela autoridade judiciária.
IV - Preservar locais, apreender instrumentos, materiais e produtos de infração penal, bem como requisitar perícia oficial e exames complementares
Art. 49. São atribuições dos titulares dos cargos de Delegado de Polícia: (...) XIII - dirigir-se, quando possível, aos locais de crime, ou determinar quem o faça, providenciando para que não
se alterem, enquanto necessário, o estado e a conservação das coisas, supervisionando todos os atos.
V – Organizar e realizar ações de inteligência, destinadas ao exercício das funções da polícia judiciária e à apuração de infrações penais, na esfera de sua
competência
VI – Realizar correições e inspeções, em caráter permanente ou extraordinário, na esfera de sua competência;
VII – organizar e realizar pesquisas técnico-científicas relacionadas com as funções de polícia judiciária e com a apuração de infrações penais;
VIII – elaborar estudos e promover a organização e o tratamento de dados e informações indispensáveis ao exercício de suas funções;
IX – Estimular e participar do processo de integração dos bancos de dados existentes no âmbito dos órgãos do SUSP;
X – Manter, na apuração das infrações penais, o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade;
XI – propor ao Secretário da Segurança Pública o planejamento e a programação dos investimentos da Polícia Civil;
XII – coordenar, controlar, orientar e exercer as atividades de polícia judiciária, a cargo das delegacias de polícia, excetuando-se a competência da Polícia
Federal, bem como executar em todo o Estado as atividades de repressão da criminalidade, ressalvadas as atribuições da Polícia Militar;
XIII – propor ao Secretário da Segurança Pública a ampliação do aparelho policial nas áreas em que ocorrer aumento da criminalidade;
XIV – formar e treinar permanentemente os policiais civis;
XV – Articular-se com a Polícia Militar e com os demais órgãos da Secretaria da Segurança Pública, do Departamento de Polícia Federal e das Forças
Armadas, a fim de colaborar na defesa e na segurança do Estado e das instituições;
XVI – manter atualizados:
a) os arquivos sobre mandados de prisão e documentos correlatos;
b) o cadastro de fotografias de criminosos procurados, providenciando, sempre que necessário, sua divulgação pelos meios
cabíveis; c) as estatísticas sobre crimes e contravenções.

Quem é Policial Civil do Estado de Goiás?


(art. 6º)
Consideram-se policiais civis os servidores públicos efetivos legalmente investigados nos cargos isolados e de carreira da Polícia Civil.
São, portanto:
I. Delegado de Polícia
II. Escrivão de Polícia
III. Agente de Polícia
IV. Papiloscopista policial
Por exclusão, não são policiais civis (para fins da Lei Orgânica)
 Servidores público não efetivos (ex.: os cargos comissionados – embora a própria Lei Orgânica, ao trazer o rol dos cargos em comissão existentes
no art. 52, exija que sejam ocupados por Delegados de Polícia de Carreira, que por sua vez são servidores policiais civis).
 Pessoa que não esteja investiga legalmente no cargo (ex.: policiais “de fato”)
 Servidores que não integrem cargo isolado e de carreira da Policia Civil (ex.: qualquer servidor que esteja prestando serviço à polícia civil mas que
não seja agente de polícia, escrivão de polícia, delegado de polícia ou Papiloscopista Policial; os servidores dos serviços de criminalística – peritos
criminais – e do Serviço Médico Legal – médicos legislas; técnicos em necropsia etc. )
Quem é Autoridade Policial?
Considera-se autoridade policial o Delegado de Polícia que, legalmente investido, exerce, no âmbito da polícia judiciária, competência para consecução dos
fins do Estado, tendo a seu cargo a direção das atividades da unidade integrante da Polícia Civil.
Autoridade policial é, para a Lei, necessariamente um Delegado de Polícia; contudo, o delegado de polícia pode ser ou não uma autoridade policial
Delegado de polícia = cargo; autoridade policial = função
Nota: Verifica-se que não basta ser delegado de polícia para que seja considerado autoridade policial. É necessário que, além de ser delegado de polícia, legalmente investido, que este
esteja efetivamente exercendo suas competências no âmbito da polícia judiciária e que tenha a seu cargo a direção das atividades de polícia civil. Assim, por exemplo, o delegado de polícia
eleito parlamentar não pode ser considerado autoridade policial enquanto permaneça na qualidade de parlamentar, eis que embora delegado de polícia de carreira seja, não está
exercendo suas funções no âmbito da polícia judiciária, não podendo, por exemplo, presidir inquérito policial, indiciar pessoas etc. Outro exemplo é daquele Delegado de Polícia afastado de
suas em razão do exercício de mandato classista ou afastado por estar em gozo de licença para tratar de assunto particular, eis que não estão exercendo papel de autoridade policial,
embora Delegados de Polícia sejam. Inclusive, essas hipóteses impedem sua promoção por merecimento (mas não por antiguidade), nos termos do art. 85, §2º, incisos I, II, e III.
Em processo penal, autoridade policial também não se confunde necessariamente com o delegado de polícia. Há autoridade policial que não sejam delegados, como, por exemplo, a autoridade
policial militar. CUIDADO COM AS INTERPRETAÇÕES ERRADAS!!!
O Delegado de Polícia goza de autonomia e independência no exercício das atribuições de seu cargo, observado o disposto nesta Lei (art. 6, §2º)
Quem é Agente da Autoridade Policial?
É todo e qualquer policial civil investigado nas atribuições de seu cargo (agente de polícia, escrivão ou papiloscopista policial).
Agente da autoridade policial ≠ agente de polícia; É também um Agente da Autoridade Policial o escrivão e o papiloscopista policial.
O conceito de Agente da Autoridade Policial está mais para aquela do Art. 301 do CPP: “Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.”
Também não se confunde com a expressão policial, que possui ampla abrangência, a incluir, de forma geral, todos os integrantes dos órgãos de segurança
pública, além de militares das Forças Armadas que possam eventualmente exercer funções de polícia (no contexto da segurança pública, é claro).
Dia do Policial Civil: 09 de maio (art. 101).

Símbolos Oficiais da Polícia Civil


(art. 7º)
Os modelos serão estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo (Governador do Estado de Goiás), mediante proposta do Secretário de Segurança
Pública, ouvida a direção da Polícia Civil.
 O hino
 A bandeira
 O brasão
 O distintivo

Princípios e preceitos do exercício da função policial


(art. 8º)
De acordo com o art. 8° da Lei, o exercício da função policial, por suas características e finalidades, fundamenta-se nos seguintes PRINCÍPIOS:

a) Hierarquia
b) Disciplina
São excluídos do conteúdo da hierarquia e disciplina?
a) Os atos de autoridade próprios da atividade-fim (ex.: indiciamento);
b) O cumprimento de leis, regulamentos e normas de serviço.

São PRECEITOS:
 A hierarquia da função prevalecerá sobre a hierarquia do cargo, na forma da Lei Orgânica (ex.: um delegado de polícia da 2ª Classe que
é nomeado para chefiar o Departamento de Polícia Judiciária será “superior” ao delegado de polícia da classe especial titular de unidade
policial; no caso, a função de Chefe do Departamento de Polícia Judiciária prevalece sobre a superioridade da classe (especial –
hierarquia do cargo) do delegado titular da unidade policial
 A precedência entre os integrantes das classes dos Quadros de Pessoa da Polícia civil será estabelecida pela subordinação funcional. b)
Incompatibilidades da função policial
(art. 9º)
A função policial é incompatível com qualquer outra atividade, salvo, no caso daquela de natureza técnico-científica, com o exercício de um cargo de
professor, privado ou público, respeitada a compatibilidade de horários entre este e o regime de trabalho definido na Lei Orgânica.

Estrutura Organizacional da Polícia Civil do Estado de Goiás


(Quadro geral)
Cuidado: Na lei, a “Direção superior” e “Assessoramento superior” aparecem no mesmo inciso; contudo, são órgãos separados (e por isso separei-os).
Direção Superior Assessoramento superior Execução Estratégica Execução Tática Execução Operativa
Têm por finalidade a assistência
Têm por finalidade a proposição, administrativa, financeira, Tem por finalidade as ações de polícia Têm por finalidade a coordenação Tem por finalidade o exercício das
deliberação e a definição das políticas técnico-científica, doutrinária, judiciária e investigações. e o comando das unidades funções de polícia judiciária e a
de caráter institucional jurídico-policial e de operativas. investigação policial.
planejamento, nos âmbitos
estratégico, tático e
operacional.
Gabinete do Delegado-Geral da Adjuntoria-Geral Departamento de Polícia Judiciária Delegacias Regionais de Polícia, P/ Polícia territorial:
Polícia Civil no âmbito de polícia territorial. - Delegacias de Polícia Distritais
- Delegacias de Polícia Municipais
Conselho Superior da Polícia Civil Gerencia de Administração e Gerência de Planejamento P/ Polícia especializada
Finanças Operacional, no âmbito de polícia - Delegacias de Polícia
especializada. Especializadas Estaduais
- Delegacias de Polícia
Especializadas Municipais
Assessoria Técnico-policial
Composição do Conselho Superior da Polícia Civil
O Conselho Superior da Polícia Civil do Estado de Goiás, órgão colegiado consultivo, normativo e deliberativo da Polícia Civil, tem por finalidade propor,
opinar e deliberar sobre matérias relacionadas com a administração superior da Polícia Civil
1. Delegado-Geral da Polícia Civil
Será o presidente do Conselho;
Representará o Conselho em suas relações externas (art. 31); poderá designar outro membro do Conselho para essa função. Terá
direito a voto nominal e de qualidade (regra também vale para qualquer pessoa que venha a substituir o Presidente).
O Presidente poderá convocar o conselho extraordinariamente (art. 24).
Poderá estabelecer normas complementares relativas ao funcionamento do Colegiado e à ordem de seus trabalhos (art. 26).
Compete ao Presidente indicar os nomes dos componentes das Comissões de Promoção, compostas por servidores da Polícia Civil, que serão designados pelo Titular desta, condicionada
sua validade e eficácia ao referendo do Secretário da Segurança Pública (art. 28, V).
Outras atribuições do Presidente, vide art. 28.
2. Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil
É o Vice-Presidente do Conselho, e substituirá o Presidente em suas ausências.
Será o secretário do Conselho, que terá como atribuição lavrar as atas das reuniões e proceder a sua leitura. Quando ele estiver presidindo o Conselho, em substituição ao seu presidente,
as reuniões do Conselho serão secretariadas pelo conselheiro por ele designado.
3. Chefe do Departamento de Polícia Judiciária
Presidirá o Conselho na hipótese de ausência do Presidente e do Vice. Se este também estiver ausente, o Conselho será presidido pelos demais conselheiros na ordem, desde que se
verifique quórum mínimo para realização das reuniões (2/3 dos membros).
4. Gerente de Administração e Finanças da Polícia Civil
5. Gerente da Assessoria Técnico-Policial
6. Gerente de Correições e Disciplina da Polícia Civil da Corregedoria-Geral de Polícia da Secretaria da Segurança Pública
Suas atribuições não estão regulamentadas pela Lei Orgânica da PCGO, que se limite a referir-se à função em normas esparsas, tais como arts. 45, §3º, III; 62; 85, §1º, I
7. Gerente de Ensino da Polícia Civil da Superintendência da Academia Estadual de Segurança Pública da Secretaria da Segurança Pública
Suas atribuições não estão regulamentadas pela Lei Orgânica da PCGO, que se limite a referir-se à função em normas esparsas, tais como art. 67, VII; 92, §§ 1º e 2º;
8. Gerente de Operações de Inteligência da Polícia Civil da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública
Suas atribuições não estão regulamentadas pela Lei Orgânica da PCGO, que se limite a referir-se à função em normas esparsas, tais como o disposto no art. 44, VII.
Todos conselheiros são necessariamente delegados de polícia!!! Art. 32, parágrafo único.
...................
Os presidentes ou representantes das entidades de classe das categorias policiais poderão ser convidados, a critério do Presidente do Conselho, a assistir, em caso de recurso das
categorias que representam, às reuniões do Conselho Superior da Polícia Civil.
...................
Deveres de todos os conselheiros – vide art. 29 e 30 (obrigatoriedade de comparecimento & ausências).
...................
Em suas relações externas, o Conselho será representado pelo seu Presidente ou por membro por ele designado (art. 31).
...................
O desempenho da função de membro do conselho será:
a) Não remunerado
b) Considerado de relevância na vida funcional do servidor;
c) Será considerado em seu dossiê como mérito de bons serviços prestados à Instituição
..................
Das reuniões do conselho:
 Reuniões ordinárias – uma vez por mês, preferencialmente às terças feiras;  Reuniões extraordinárias – quando houver convocação:
a) pelo Presidente ou;
b) requerimento de 2/3 de seus membros.
...................
Quórum:
 Instalação das reuniões – mínimo de 2/3 dos membros
 Decisões – maioria absoluta dos membros
...................
Prazo para proferir suas decisões – 15 dias (art. 21, III). As decisões devem ser sempre fundamentadas.
Atribuições / Competências das Unidades de Direção Superior
Delegado-Geral da Polícia Civil
(Art. 19)
Art. 18. A Polícia Civil tem por chefe o Delegado-Geral da Polícia Civil, escolhido entre os Conselho Superior da Polícia Civil
integrantes da carreira de delegado de polícia, com observância da hierarquia.
(art. 21)
Nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário de Segurança Pública
(art. 53).
- Presidir o Conselho Superior da Polícia Civil (art. 23, caput) - Velar pela perfeita exação e eficiência dos serviços da Polícia Civil e de seus integrantes
- Exercer a direção geral, o planejamento institucional e a administração superior, por meio - Indicar medidas que busquem o constante aperfeiçoamento dos serviços policiais,
de supervisão, coordenação, controle e fiscalização das funções da Polícia Civil objetivando o aprimoramento da instituição e a eficiente atividade de manutenção e
preservação da segurança e da ordem pública no território estadual
- Indicar ou prover, mediante delegação expressa do Chefe do Poder Executivo, os cargos em - Sugerir a realização de correições extraordinárias
comissão dos quadros de pessoal da Polícia Civil, observada a legislação em vigor

Cuidado: os cargos em comissão dos quadros de pessoal da polícia civil são, como regra, de nomeação
- Questões (inclusive recursais) relacionadas a promoção e merecimento (incisos V, VI,
do Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário de Segurança Pública (art. 53 da Lei); a
competência do Delegado-Geral de polícia para nomeá-los depende de, conforme expressamente consta VII, X, XI)
do art. 19, III da Lei, de delegação expressa do Chefe do Poder Executivo. Vide os artigos 72 a 94-A, relativos à promoção dos Servidores, que lá se verá várias atribuições, e
O Diretor-Geral da Polícia Civil é quem escolherá os titulares das unidades policiais (delegacias de Polícia competências do Conselho Superior da Polícia Civil relacionados à temática.
Civil), nos termos do art. 46, caput.
- Promover a movimentação de policiais civis, observadas as disposições legais - Apreciar e homologar os nomes das autoridades e/ou dos policiais indicados pelo Delegado-
Geral da Polícia Civil para serem agraciados com a concessão das medalhas instituídas pela
Lei nº 11.781, de 28 de julho de 1992, e regulamentada pelo Decreto nº 4.784, de 25 de abril
de 1997;
- Autorizar o policial civil a afastar-se da respectiva unidade federativa, em serviço e dentro - Analisar, avaliar e deliberar sobre os movimentos e conflitos sociais que de alguma forma
do País possam afetar a segurança e a ordem pública, inclusive movimentos reivindicatórios
classistas, internos e externos, propondo soluções
- Determinar a instauração de processo administrativo disciplinar e/ou sindicância policial - O Conselho poderá, através de seu Presidente, convocar servidores da Polícia Civil para
prestar esclarecimentos ou informações de assuntos a respeito dos quais o Conselho tenha
que deliberar (art. 28. VIII).
- Avocar, excepcional e fundamentadamente, em caso de irregularidade, inquéritos policiais - Para consecução de suas finalidades, o Conselho deliberará sobre (art. 27):
e outros procedimentos para redistribuição 1. Questões administrativas em geral;
Compete ao Chefe do Departamento de Polícia Judiciária propor ao Delegado-Geral a avocação (art. 40, 2. Matérias de segurança e manutenção da ordem pública
VI). 3. Outros assuntos que lhe sejam submetidos por qualquer um de seus membros
- Suspender porte de arma de policial civil por recomendação médica, ou como medida
cautelar àquele a quem se atribui a prática de infração disciplinar e/ou penal
Nesse caso, o Delegado-Geral deverá, ao suspender o porte de arma, determinar concomitantemente a
instauração de procedimento administrativo disciplinar e/ou criminal (Art. 19, Parágrafo único).
- Decidir, em grau de recurso, sobre instauração de inquérito policial ou de outros
procedimentos formais
- Editar atos normativos para consecução das funções de competência da Polícia Civil

- Praticar os demais atos necessários à administração da Polícia Civil, nos termos da


legislação.
Compor, convocar e presidir o Conselho Diretor do Fundo Especial de Apoio ao Combate à
Lavagem de Capitais e às Organizações Criminosas – FESACOC – da Polícia Civil do Estado de
Goias.
!!!Novidade - Acrescido pela Lei nº 19.828, de 18-09-2017, art. 14.
Atribuições / competências das Unidades de Assessoramento Superior
Finalidade geral das unidades de assessoramento superior: assistência administrativa, financeira, técnico-científica, doutrinária, jurídico-policial e de planejamento, nos âmbitos estratégico,
tático e operacional.
Todos os titulares são nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário de Segurança Pública (art. 53). São todos cargos em comissão e somente podem ser providos
por delegados de polícia de carreira.
Adjuntoria-Geral da Polícia Civil Gerência de Administração e Finanças da Polícia Assessoria Técnico-Policial
Civil
Titular: Delegado-Geral Adjunto Titular: Gerente de Administração e Finanças Titular: Gerente da Assessoria Técnico-Policial
Finalidade: assistência/ assessoramento geral, nos âmbitos Finalidade: Assistência administrativa e financeira, nos Finalidade: assistência técnico-científica, doutrinária e
estratégico, tático e operacional. âmbitos estratégico, tático e operacional. técnico-policial, nos âmbitos estratégico, tático e
operacional.
I - Assessorar e assistir o Delegado-Geral no desempenho de I – Promover a execução orçamentária e financeira I - Prestar assessoramento técnico-científico, doutrinário e
suas atribuições e compromissos oficiais técnico-policial ao Delegado-Geral
II - Dirigir todo o serviço de administração do Gabinete do II – Manter organizados e atualizados os cadastros dos II - Organizar e manter acervo atualizado de legislação e obras
Delegado-Geral, distribuindo, entre seus funcionários, o prestadores de serviços e fornecedores científicas e técnicas de interesse da instituição
expediente e as demais tarefas que lhes competem
III - Organizar e coordenar a agenda do Delegado-Geral III - fiscalizar a execução dos contratos em favor da Polícia III - fazer divulgação de textos legais e doutrinários, bem
Civil como de matérias técnico-policiais, mantendo intercâmbio
com outros órgãos
IV - Transmitir as ordens e divulgar os despachos do IV - Promover e executar a administração de materiais, bens IV – Realizar estudos e pesquisas em matéria técnico-policial
Delegado-Geral e veículos de uso da Polícia Civil
V - Coordenar a elaboração dos expedientes e das V - Supervisionar a execução dos serviços de secretaria-geral, V – Fazer sugestões objetivando
correspondências a serem assinados e encaminhados pelo protocolo, expediente e arquivo, inclusive de reprografia o aprimoramento institucional
Delegado-Geral
VI - Coordenar e orientar a execução dos trabalhos a cargo do VI - Promover a guarda e a administração dos objetos e bens VI – Exercer a função de membro do Conselho Superior da
pessoal do Gabinete apreendidos pelas unidades policiais Polícia Civil.
VII - Atender as pessoas que procurem o Gabinete, VII - promover a administração e o controle do pessoal ativo
orientando-as e prestando-lhes as informações e os e inativo e de pensionistas, referentes aos serviços de
esclarecimentos necessários, encaminhando-as, quando for o assistência social, inclusão e exclusão de pessoal e
caso, à audiência com o Delegado-Geral responsabilizar-se pela confecção de folha de pagamento de
pessoal
VIII - Exercer a função de membro-secretário do Conselho VIII – exercer a função de membro do Conselho Superior da
Superior da Polícia Civil; Polícia Civil
IX - Substituir o Delegado-Geral em suas ausências e
impedimentos

Atribuição / competência da Unidade de Execução Estratégica


DEPARTAMENTO DE POLÍCIA JUDICIÁRIA
O Departamento de Polícia Judiciária é a Unidade de Execução Estratégica no âmbito da Polícia Civil (não há outra unidade de execução estratégica)
Titular: Chefe do Departamento de Polícia Judiciária (nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário de Segurança Pública; deve
ser delegado de polícia de carreira).
Finalidade: coordenação e comando das ações de polícia judiciária e investigações.
I. Supervisionar e coordenar o comando e o controle das atividades de polícia judiciária e de investigações  Caiu na prova de 2017!!
A questão afirmava tratar-se de competência dos delegados titulares - ERRADO
II. Coordenar as operações repressivas, na Capital e no interior do Estado
III. Supervisionar, coordenar e controlar as atividades das Delegacias Especializadas, das Delegacias Regionais e das Delegacias de Polícia, na Capital
e interior do Estado, visando à eficiência dos métodos e dos resultados
IV. Acompanhar todos os trabalhos administrativos, de interesse das atividades de polícia judiciária e de investigações  Caiu na prova de 2017!!
A questão afirmava tratar-se de competência dos delegados titulares - ERRADO
V. Promover o acompanhamento e o desenvolvimento de pesquisas e estudos relacionados às atividades de polícia judiciária e de investigação e à
análise das tendências da criminalidade, visando à melhoria da qualidade e eficácia na prestação dos serviços à população
VI. Propor ao Delegado-Geral da Polícia Civil que avoque, excepcional e fundamentadamente, em caso de irregularidade, inquéritos policiais e outros
procedimentos para redistribuição
VII. Exercer a função de membro do Conselho Superior de Polícia Civil
Atribuição / competência das Unidades de Execução Tática
Delegacias Regionais de Polícia Gerências de Planejamento Operacional
Titulares: Delegados Regionais de Polícia (nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, após
indicação do Secretário de Segurança Pública). Titularidade: Gerente de Planejamento Operacional (nomeados pelo Chefe do Poder
Finalidade: Coordenação e o comando das unidades operativas territoriais, dentro dos limites Executivo, após indicação do Secretário de Segurança Pública).
de suas circunscrições. Finalidade: coordenação de planos e projetos de ações policiais das unidades operativas
O Departamento de Polícia Judiciária supervisionará e coordenará esse comando exercido pelas
especializadas.
Delegacias Regionais de Polícia.
I – Acionar, orientar, coordenar e fiscalizas as atividades das seguintes delegacias, na área de I - Elaborar diretrizes para o planejamento operacional, no âmbito da Polícia Civil, respeitando
sua competência: as competências específicas e as regras estabelecidas para o sistema de segurança do Estado
a) Delegacia de Polícia Distrital de Goiás
b) Delegacia de Polícia Municipal
c) Delegacia de Polícia Especializada Municipal
Não abrange as Delegacias Especializadas Estaduais (subordinadas diretamente ao Departamento de
Polícia Judiciária, nos termos do art. 45, Parágrafo único).
II – Apresentar, mensal e anualmente, relatório de suas atividades, bem como dados II - Prestar apoio técnico às unidades operativas da Polícia Civil, na elaboração de planos
estatísticos dos trabalhos realizados pelas unidades a ele subordinadas e encaminhá-los ao operacionais setorizados, relatórios estatísticos de índices criminais e identificação de áreas
Departamento de Polícia Judiciária, para os devidos fins.  Caiu na prova de 2017!! críticas
A questão afirmava ser de competência dos delegados titulares.
III - elaborar planos de atividades operacionais que envolvam as diversas unidades operativas
da Polícia Civil
IV - Coletar, processar e avaliar dados estatísticos, desenvolvendo análise prospectiva criminal
no Estado de Goiás
V - Pesquisar e propor aquisição de material, equipamento e armamento para o
aperfeiçoamento das operações policiais
VI - articular-se com as unidades de investigação, visando à difusão, troca de informações e
ao auxílio operacional na prevenção e repressão de infrações penais  Caiu na prova de
2017!!
A questão afirmava tratar-se de competência dos delegados titulares - ERRADO
VII - manter intercâmbio com a Gerência de Operações de Inteligência da Polícia Civil,
possibilitando a análise de criminalidade
VIII - promover estudos e pesquisas visando fornecer à administração contínuos dados
indicadores das necessidades futuras de recursos de pessoal, logísticos e financeiros  Caiu
na prova de 2017!!
A questão afirmava tratar-se de competência dos delegados titulares - ERRADO
IX - Elaborar projetos e convênios que permitam a implementação da política administrativa
da administração geral da Polícia Civil, buscando recursos e apoio junto a órgãos e entidades
federais, estaduais e municipais
 Os titulares dessas unidades não são membros originários do Conselho Superior da Polícia Civil.
 Tanto as Delegacias Regionais de Polícia quanto as Gerências de Planejamento Operacional são subordinados diretamente do Departamento de Polícia Judiciária (art. 41 e 43).
 A Gerência de Planejamento Operacional não exerce hierarquia sobre unidade policial. As unidades policiais serão subordinadas a: a) Delegacias Regionais de Polícia (p/ Delegacia
de Polícia Distrital; Delegacia de Polícia Municipal; Delegacia de Polícia Especializada Municipal); b) Departamento de Polícia Judiciária, no caso das Delegacias Especializadas
Estadual, diretamente).

Atribuição / competência das Unidades de Execução Operacional


Unidades Policiais
Polícia Territorial Polícia Especializada
São “unidades operativas especializadas” – seus planos e projetos de ações policiais serão
coordenados pela Gerência de Planejamento Operacional (art. 43).
Lembrar que a atuação policial especializada é de natureza complementar (art. 4º, IX).
Delegacia de Polícia Especializada Delegacia de Polícia Especializada
Delegacia de Polícia Distrital Delegacia de Polícia Municipal
Municipal Estadual
Subordinação: Delegacia Regional de Polícia Subordinação: Delegacia Regional de Polícia Subordinação: Delegacia Regional de Polícia Subordinação: Departamento de Polícia
Coordenação: Delegacia Regional de Polícia Coordenação: Delegacia Regional de Polícia Coordenação: Gerência de Planejamento Judiciária.
Operacional (art. 43) Coordenação: Gerência de Planejamento
Operacional (art. 43
Finalidade: Execução de suas atividades-fim Idem Idem Idem
de polícia judiciária e administrativa, nos
termos da legislação em vigor e de outros
atos normativos que vierem a dispor sobre a
matéria
Das Unidades Policiais
(Delegacias de Polícia Civil)
Delegado Titular, designado pelo Delegado-Geral da Polícia Civil, escolhido dentre os servidores integrantes da carreira de Delegado
de Polícia Civil do Estado de Goiás (art. 58).
Nas licenças e nos afastamentos temporários da autoridade titular, bem como nos casos de unidades não providas, o Delegado-Geral designará um Delegado de
Polícia para substituir o Titular ou para responder pela Delegacia de Polícia não provida, sendo a acumulação de caráter excepcional e indenizável, vedado o
acúmulo de mais de duas comarcas ou delegacias de polícia, além daquela de que é Titular. Nessas hipóteses o Delegado de Polícia designado fará jus à percepção
de ajuda de custo no valor de 10% (dez por cento) do subsídio do cargo de Delegado de Polícia Substituto1 por delegacia municipal de polícia sede de comarca ou
delegacia de polícia, até no máximo de 20% (vinte por cento) sobre o mesmo valor.
Delegado Atribuições: Compete ao Delegado Titular, além das atribuições pertinentes ao cargo efetivo:
I. Coordenar as atividades dos servidores policiais civis lotados na Delegacia de Polícia em que exerça a direção;
Titular
II. Incentivar a iniciativa dos servidores policiais para melhoria, aperfeiçoamento e celeridade dos trabalhos policiais
III. Comunicar, imediatamente, à Gerência de Correições e Disciplina da Polícia Civil as faltas disciplinares dos servidores policiais sob sua direção;
IV. Prezar pela boa e amistosa convivência dos servidores policiais sob sua direção;
V. Promover reuniões internas para melhorar a qualidade do serviço e do atendimento ao público em geral
VI. Distribuir as atividades, dentre as atribuições relativas ao cargo de que trata esta Lei, entre os servidores policiais sob sua direção, de acordo com o perfil
por eles demonstrado  Caiu na prova de 2017! – assertiva correta.
VII. Enviar ao Delegado Regional de Polícia, mensalmente, relatório das ocorrências registradas na Unidade Policial que dirige

1 A redação, alterada pela Lei 17.691/12, fazia menção ao cargo de “Delegado de Polícia da 3ª Classe”; agora, utiliza-se a denominação “Delegado de Polícia Substituto”.
Cada delegacia de polícia terá 01 (um) Chefe de Cartório,
 Indicado pela autoridade policial da referida delegacia (titular) e designado pelo Delegado Regional de Polícia
 Deverá ser ocupante de cargo de Escrivão de Polícia da Classe Especial (não havendo escrivão da Classe Especial, a escolha
será realizada pelo critério de antiguidade).
 Nas licenças e afastamentos temporários do do Chefe de Cartório, a autoridade policial indicará um substituto, cuja
designação será feita pelo Delegado Regional de Polícia, a ser escolhido dentre os servidores lotados na mesma Unidade
Chefe de Policial.
Cartório Atribuições do Chefe de Cartório (afora as atribuições pertinentes a seu cargo efetivo)
I - Sugerir ao Delegado Titular da Unidade Policial as atividades a serem distribuídas entre os Escrivães, de acordo com o perfil apresentado;
II - Manter, sob seu controle, toda a escrituração dos livros pertencentes ao Cartório da Unidade Policial, mediante controle e saída de documentos;
III - ter em depósito exclusivo os valores das fianças fixadas pela autoridade policial, bem como objetos, valores e coisas apreendidos no curso de
procedimentos policiais, acondicionando-os em mobiliário adequado, de cuja chave somente o Delegado Titular da Unidade Policial terá uma cópia;
IV - Manter atualizadas as anotações de controle de inquéritos, procedimentos, processos e boletins;
V - Proibir a entrada e permanência de pessoas estranhas no Cartório da Unidade Policial, para a salvaguarda dos documentos policiais sob sua
responsabilidade
Cada delegacia de polícia terá 01 (um) Chefe de investigação
 Indicado pela autoridade policial da referida delegacia (titular) e designado pelo Delegado Regional de Polícia
 Deverá ser ocupante de cargo de Agente de Polícia da Classe Especial (não havendo agente de polícia da Classe Especial, a
escolha será realizada pelo critério de antiguidade)
 Nas licenças e afastamentos temporários do chefe de investigação, a autoridade policial indicará um substituto, cuja
Chefe de designação será feita pelo Delegado Regional de Polícia, a ser escolhido dentre os servidores lotados na mesma Unidade
Investigação Policial.
Atribuições do Chefe de Investigação (afora as atribuições pertinentes a seu cargo efeitivo)
I - Sugerir ao Delegado Titular da Unidade Policial as atividades a serem distribuídas entre os Investigadores, de acordo com o perfil apresentado; II
- Comandar o Setor de Investigação, implementando medidas que levem à celeridade das atividades;
III - gerenciar o atendimento ao público e o registro de ocorrências criminais e operacionais, como também o encaminhamento de providências;
IV - Organizar a ordem de cumprimento de mandados e de ordens de serviços expedidos pela Autoridade Policial ou Judiciária competente;
V - Comunicar, imediatamente e por escrito, ao Delegado Titular qualquer irregularidade e ilegalidade de que tome conhecimento no âmbito da Unidade Policial.
Observe que, enquanto o Delegado titular da Unidade Policial é designado pelo Diretor-Geral da Polícia Civil, os Chefes de Cartório e de Investigação são
designados pelo Delegado Regional de Polícia, mediante indicação do titular da Unidade Policial.
Quadro do Pessoal da Polícia Civil
“Art. 56. Os cargos da Polícia Civil subdividem-se em cargos de provimento efetivo ou em comissão.
Parágrafo único. Os cargos de provimento efetivo são os que integram as carreiras segmentadas em classes de categorias funcionais, exigindo-se para seu preenchimento habilitação prévia
em concurso público de provas ou de provas e títulos, nos termos de lei específica.”
Quadro do Pessoal Efetivo Quadro de Pessoal em Comissão
Delegado de Polícia Delegado-Geral
Carreira:
- Delegado de Polícia da Classe Especial
- Delegado de Polícia da 1ª Classe
Delegado-Geral Adjunto
- Delegado de Polícia da 2ª Classe
- Delegado de Polícia Substituto (CLASSE INCIAL) Obs.: não mais existe o cargo de Delegado de Gerente de Administração e Finanças
Polícia da 3ª Classe.

Escrivão de Polícia Gerente da Assessoria Técnico-Policial


Carreira:
- Escrivão de Polícia da Classe Especial Chefe do Departamento de Polícia Judiciária
- Escrivão de Polícia da 1ª Classe
- Escrivão de Polícia da 2ª Classe;
- Escrivão de Polícia da 3ª Classe;
Gerente de Planejamento Operacional
- Escrivão de Polícia Substituto (CLASSE INCIAL)
Agente de Polícia Delegado Regional de Polícia
Carreira:
- Agente de Polícia da Classe Especial;  TODOS esses cargos em comissão serão destinados a delegados de polícia de carreira.
- Agente de Polícia da 1ª Classe;  São nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário de
- Agente de Polícia da 2ª Classe; Segurança Pública.
- Agente de Polícia da 3ª Classe;  Salvo o Gerente de Planejamento Operacional e os Delegados Regionais de Polícia, os
- Agente de Polícia Substituto (CLASSE INICIAL) demais detentores dos cargos em comissão listados fazem parte do Conselho Superior
Papiloscopista Policial da Polícia Civil.
Carreira:  O Delegado-titular de unidade policial; o chefe de cartório e o chefe de investigação
- Papiloscopista Policial da Classe Especial não são cargos de natureza comissionada.
- Papiloscopista Policial da 1ª Classe
- Papiloscopista Policial da 2ª Classe
- Papiloscopista Policial da 3ª Classe (CLASSE INCIAL) Obs.: Não existe o cargo de
natureza substituta, ou seja, não existe o cargo de Papiloscopista Policial Substituto.
 O cargo de Delegado de Polícia, de nível superior, é privativo de bacharel em
Direito (ou seja, é de natureza jurídica).
 Os cargos de Escrivão de Polícia, Agente de Polícia e Papiloscopista Policial, de nível
superior, são de natureza técnico-policial. Obs.: Não confundir natureza
técnicopolicial com “técnico-científico”.
 CUIDADO: os cargos de Escrivão de Polícia, Agente de Polícia e Papiloscopista policial
possuem padrões de classe, que são “subdivisões” dentro da mesma classe (salvo
para a classe especial, que não possui padrão, sendo único) Assim, por exemplo,
tomando na Carreira de Agente de Polícia, há aquele Agente de Polícia da 2ª Classe
de padrão III, II e I (ordem hierárquica decrescente). Nota: somente se verifica esses
padrões de classe, na Lei Orgânica, ao se estudar as “promoções”, notadamente no
art. 72, Parágrafo único, bem como das tabelas das etapas de enquadramento
(anexos).

Rito de nomeação de determinados servidores


Nomeados pelo Chefe do Poder Executivo, após indicação do Secretário da Segurança Pública (art. 53)
Quadro do Pessoal em Comissão Excepcionalmente, havendo delegação expressa do Governador, a indicação e o provimento desses cargos poderá ser
(art. 52) exercido pelo Diretor-geral da Polícia Civil. É o que consta do art. 19, inciso II da Lei.
Art. 19. São atribuições do Delegado-Geral da Polícia Civil: (...) III – indicar ou prover, mediante delegação expressa do Chefe do
Poder Executivo, os cargos em comissão dos quadros de pessoal da Polícia Civil, observada a legislação em vigor;
Delegado Titular de Unidade
Diretor-Geral da Polícia Civil
Policial
Chefe de Cartório Delegado Regional de Polícia, indicado pela autoridade policial titular da unidade policial (Delegado Titular)
Chefe de Investigação Delegado Regional de Polícia, indicado pela autoridade policial titular da unidade policial (Delegado Titular)
Atribuições dos Titulares de Cargos de DELEGADO DE POLÍCIA
(art. 49)
O presente artigo trata das atribuições gerais, afetas à todos os delegados de polícia; caso o delegado exerça a titularidade da
unidade policial, ele acumulará, além dessas atribuições gerais, as atribuições específicas, previstas no art. 46, §3°, incisos I a VII
(Vide quadro acima: “Das unidades policiais”).
I. Instaurar e presidir, com exclusividade, inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência e outros procedimentos policiais legais para
a apuração de infração penal ou ato infracional  Caiu na prova de 2017!!
A questão afirmava que a instauração e presidência era de natureza subsidiária, e não exclusiva: “instaurar e presidir, em caráter subsidiário, inquérito policial, termo circunstanciado de ocorrência e outros
procedimentos policiais legais para a apuração de infração penal ou ato infracional” - ERRADO
II. Exercer atribuições previstas na legislação processual penal de competência da autoridade policial
III. Dirigir, coordenar, supervisionar e fiscalizar as atividades logísticas e finalísticas da unidade sob sua direção  Caiu na prova de 2017!! – correto.
IV. Determinar intimações e, em caso de não-comparecimento injustificado, condução coercitiva
V. Requisitar a realização de exames periciais e complementares, destinados a colher e resguardar indícios ou provas da ocorrência de infrações penais
ou de quaisquer outros exames que julgar imprescindíveis à elucidação do fato investigado
VI. Representar à autoridade judiciária competente pela decretação de prisões e medidas cautelares e pela concessão de mandados de busca e apreensão
domiciliar
VII. Fazer realizar as diligências requisitadas pelo Juízo Penal ou pelo representante do Ministério Público  Caiu na prova de 2017!! – correto, muito embora a
questão tenha se limitado a afirmar “fazer realizar diligências requisitadas pelo Ministério Público”.
VIII. Fazer cumprir mandados de prisão expedidos pela autoridade judiciária
IX. Conceder liberdade provisória mediante fiança, arbitrando-a nos termos da lei processual penal  Caiu na prova de 2017!!
X. Adotar medidas necessárias ao controle da criminalidade
XI. Atender o público, encaminhando providências e determinando o registro de ocorrências policiais
XII. Orientar equipes subordinadas, visando à coordenação, ao controle e ao desenvolvimento técnico do trabalho policial
XIII. Dirigir-se, quando possível, aos locais de crime, ou determinar quem o faça, providenciando para que não se alterem, enquanto necessário, o estado
e a conservação das coisas, supervisionando todos os atos
Cuidado: O art. 6º, incisos I, II e III do CPP dispõe de forma expressa de que é a autoridade policial quem deve (“deverá”) comparecer ao local do crime;
XIV. Cumprir e fazer cumprir as ordens, normas e instruções emanadas de superior hierárquico
XV. Fornecer a seus subordinados ordem de serviço, por escrito, das ações que a eles determinar.
Atribuições do Escrivão de Polícia Atribuições do Agente de Polícia Atribuições do Papiloscopista Policial
(art. 50) (art. 51) (art. 51-A)
Exercício de atividades de formalização dos Participação e colaboração no planejamento e Atividades de identificação humana, por meio da
procedimentos relacionais com as investigações execução de investigações criminais.  Caiu na realização de exames como:  Caiu na prova de
criminais e operações policiais  Caiu na prova prova de 2017!! 2017!!
de 2017!! a) Exame papiloscópico;
A questão afirmava tratar-se de atribuições do titular do cargo de A questão afirmava tratar-se de atribuições do titular do cargo de b) Representação facial humana
delegado de polícia – errado. delegado de polícia – errado.
c) Prosopografia
d) Necropapiloscópico

A questão afirmava tratar-se de atribuições do titular do cargo de


delegado de polícia – errado.
Execução de serviços cartorários Produção de conhecimentos e informações Identificação civil e criminal
relevantes à investigação criminal
Outras atribuições definidas em regulamento Execução das operações policiais Outras atribuições definidas em regulamento.
Outras atribuições definidas em regulamento
Prerrogativas dos Servidores Policiais Civis
(art. 61)
“Além das garantias asseguradas pela Constituição Federal, o servidor policial civil gozará das seguintes prerrogativas....
Lembre-se: “Art. 6º Para os fins desta Lei, consideram-se policiais civis os servidores públicos efetivos legalmente investidos nos cargos isolados e de carreira da polícia civil”.
I. Receber tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado;
II. Ter a prioridade nos serviços de transporte e comunicação, públicos e privados, quando em missão de caráter urgente, podendo requisitá-los, se
necessário, respeitadas as prerrogativas das demais carreiras
III. Livre acesso a locais públicos ou particulares que necessitem de intervenção policial, na forma da legislação e respeitada a hierarquia
administrativa
IV. Não ser preso, senão por ordem judicial escrita, ou em flagrante delito, casos em que a autoridade fará, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
horas, a comunicação e a apresentação do policial ao Delegado-Geral da Polícia Civil, sob pena de responsabilidade
Art. 62. Quando, no curso de investigação policial, houver indícios de prática de ilícito penal atribuído a policial civil, a autoridade competente remeterá, imediatamente, cópia do
procedimento ao Gerente de Correições e Disciplina da Polícia Civil, que deverá efetivar as providências cabíveis para a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar, sob
pena de responsabilidade
V. Possuir carteira de identificação funcional, com fé pública, válida em todo o território nacional, inclusive como documento de identidade civil
Art. 63. O policial civil, em atividade ou aposentado, tem direito à identidade funcional equivalente à identidade civil.
VI. Ser recolhido em dependência ou cela especial, quando sujeito a qualquer modalidade de prisão.
 As garantias estabelecidas pela Lei orgânica da Polícia Civil não excluem aquelas estabelecidas em outros instrumentos legais e pela Constituição Federal (art. 61, caput e §1º
 As garantias e prerrogativas dos membros da Polícia Civil são inerentes ao exercício de suas funções e irrenunciáveis (art. 61, §2º).
DAS GARANTIAS – quadro comparativo
(art. 59 e 60)
Diferentemente das prerrogativas, extensivas a todos os servidores policiais civis, as garantias constam de forma dividida: a) art. 59 – p/delegados de polícia; b) art. 60 – p/escrivães, agentes
e papiloscopistas.
Garantias dos Escrivães de Polícia, Agentes de Polícia e Papiloscopistas
Garantias dos Delegados de Polícia
Policiais
(art. 59)
(art. 60)
I - Independência funcional no desempenho de suas atribuições Não há.
O Delegado de Polícia goza de autonomia e independência no exercício das atribuições de seu
cargo, observado o disposto nesta Lei (art. 6, §2º)
II - Irredutibilidade de subsídio I – Irredutibilidade de subsídio
III - estabilidade, após a confirmação no cargo, na forma da lei II - A estabilidade, após a confirmação no cargo, na forma da lei
IV - Não ser constrangido por qualquer modo ou forma a agir em III - Não ser constrangido por qualquer modo ou forma a agir em
desconformidade com a sua consciência ético-jurídico-profissional desconformidade com a sua consciência ético-jurídico-profissional
V - Requisitar, sempre que necessário, auxílio e colaboração das autoridades IV - Requisitar, sempre que necessário, auxílio e colaboração das autoridades
públicas para o exercício de suas atribuições, respeitada a legislação de cada públicas para o exercício de suas atribuições, respeitada a legislação de cada
órgão ou categoria requisitados; órgão ou categoria requisitados
VI - Requisitar das autoridades competentes certidões, informações e Não há
diligências necessárias ao desempenho de suas funções
VII - Ingressar livremente em qualquer edifício ou recinto onde funcione Não há.
repartição pública do Estado e ter acesso a documentos e informações úteis
ao exercício da atividade funcional, respeitada a hierarquia administrativa CUIDADO: Não confundir com a prerrogativa geral do art. 60, III.
VIII - ser removido de ofício apenas em face da necessidade do serviço, Não há.
definida em ato motivado do Delegado-Geral da Polícia Civil, com aprovação
de 2/3 (dois terços) do Conselho Superior da Polícia Civil
Lembre-se da Lei 12.830/13 (Lei dos Delegados), art. 2º, §5º: “A remoção do delegado de
polícia dar-se-á somente por ato fundamentado”.
Quando é que o Policial Civil é obrigado a entregar sua arma e munição a terceiros?
(Art. 64)
Regra: O policial civil não deverá entregar sua arma e respectiva munição a qualquer pessoa ou autoridade, pública ou privada, sob pena de
responsabilidade.

Exceção: O Policial civil deverá entregar sua arma e respectiva munição quando:
a) Esteja submetido a estado de flagrante delito;
b) Receber ordem de autoridade pública competente, quando o motivo o autorize;
c) Quando comparecer a audiência judicial ou correcional, a critério do juiz competente, da autoridade corregedora, sindicante ou processante; d)
Quando receber ordem fundamentada de autoridade corregedora, sindicante ou processante

Jornada de Trabalho
(art. 65 e 66)
Regra Geral : 40 horas semanas, sendo 8 horas diárias, que serão prestadas, preferencialmente:
 De segunda a sexta-feira
 Em dois turnos: a) as 08:00hs às 12:00 e; b) das 14:00hs às 18:00hs
Regramento especial - Servidor que tenha em companhia filho portador de deficiência que necessite de cuidados especiais, comprado por laudo oficial,
será deferida jornadas especial de trabalho de 6 (seis) horas dirárias ininterruptas.
Deveres dos Servidores da Polícia Civil
(art. 67)
Rol não taxativo. Art. 67. São deveres do servidor policial civil, além daqueles inerentes aos demais servidores públicos.
I. Observar as normas legais e regulamentares
II. Zelar pela dignidade da função policial
III. Cumprir ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais
IV. Observar a disciplina e hierarquia
V. Ter conduta pública irrepreensível
VI. Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo
VII. Frequentar com assiduidade, para fins de aperfeiçoamento e atualização de conhecimentos profissionais, os cursos instituídos periodicamente pela
Gerência de Ensino da Polícia Civil ou estabelecimento congênere, em que haja sido efetivamente matriculado
VIII. Atender com zelo e presteza:
a) O público em geral, prestando informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo
b) A requerimento de expedição de certidões para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse
pessoal c) A requisições para a defesa da Fazenda Pública
d) Aos serviços a seu cargo e aos que, na forma da lei, lhe sejam atribuídos
Lembre-se: Uma das diretrizes gerais da polícia civil é o “atendimento imediato ao cidadão” (art. 4º, I).
IX. Zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio público
X. Não utilizar para fins particulares, qualquer que seja o pretexto, material pertencente ao órgão, ou destinado a correspondência oficial
XI. Guardar sigilo sobre assuntos do órgão
XII. Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
XIII. Ser assíduo e pontual ao serviço
XIV. Tratar com urbanidade as pessoas
XV. Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder no cumprimento da lei;
Essa representação, nos termos do Parágrafo único deste artigo 67, artigo será encaminhada à autoridade imediatamente superior ao representado e apreciada pelo Delegado-Geral,
ocasião em que deverá assegurar-lhe a oportunidade de se defender
XVI. Portar a carteira de identidade funcional
XVII. Residir na sede do município onde exerça o cargo ou função, ou onde autorizado
XVIII. Comunicar o endereço onde possa ser encontrado, quando dos afastamentos regulamentares
Remuneração dos servidores policiais civis
(arts. 68 a 70)
Forma de remuneração: SUBSÍDIO – parcela única, fixado nos termos de lei específica (art. 68)
O que deve ser levado em consideração ao fixar a parcela única do susídio? (art. 69)
a) A relevância da função exercida;
b) Compensação por todas as vedações e incompatibilidade que lhes sejam impostas.
Ex.: Art. 9º A função policial é incompatível com qualquer outra atividade, salvo, no caso daquela de natureza técnico-científica, com o exercício de um cargo de
professor, privado ou público, respeitada a compatibilidade de horários entre este e o regime de trabalho definido nesta Lei.
Deve ser estabelecido diferenças entre os subsídios nos diversos níveis (classes) da respectiva carreira (art. 70). Assim, o Delegado de Polícia da Classe
Especial deve receber mais do que o Delegado de Polícia da 1ª Classe; que por sua vez deverá ter seu subsidio fixado em valor superior ao do Delegado de
Polícia de segunda classe...assim, o menor subsídio na carreira de Delegado de Polícia Civil deverá ser aquele fixado para o Delegado de Polícia Civil
Substituto.

Regime Jurídico dos servidores policiais civis


(art. 71)
É o estatutário, cujas disposições lhes são aplicáveis, exceto no tocante àquelas expressamente previstas nesta Lei (lex especialis)
Lei Estadual nº 10.460/1988 (dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Efetivos do Estado de Goiás) – será cobrado na prova!
Da promoção
(arts. 72 a 94-A)
Aos policiais civis não se aplica o critério de promoção constante do Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Lei nº 10.460, de 22 de fevereiro de 1988, arts. 68 a 92), eis que
tratado pela Lei Orgânica da Polícia Civil (art. 105).
É a elevação do servidor de uma classe para outra imediatamente superior àquela em que se encontrava na categoria funcional
a que pertence, em sua respectiva série de Classes.
O que é? Promoção entre padrões de classe: Excepcionalmente, para os cargos de Agente de Polícia, Escrivão de Polícia e
Papiloscopista Policial considera-se como promoção a elevação do servidor de uma classe para o padrão I da classe
imediatamente superior àquela em que se encontrava na categoria funcional a que pertence, na respectiva série de classes
As promoções serão realizadas em julho de cada ano, obedecendo aos limites, aos procedimentos e às condições pessoais do
servidor policial concorrente, estabelecidos nesta Lei, existentes até o último dia imediatamente anterior à análise do órgão
Quando?
competente. (art. 83).
Redação dada pela Lei nº 18.839, de 27-05-2015, art. 2º.
Devem ser sempre de natureza objetiva, levando em conta a capacitação profissional do servidor e o interesse da administração
São dois os CRITÉRIOS:
1. Merecimento, na proporção de 2/3;
2. Antiguidade, na proporção de 1/3
Para cada categoria (delegado, agente de polícia, escrivão, papiloscopista) serão elaboradas 2 (duas) listas de classificação,
concomitantemente, para os critérios de antiguidade e de merecimento, devendo as promoções obedecer obrigatoriamente a
Critérios da promoção ordem de classificação e as vagas abertas para o preenchimento de cada classe. A quem compete dar a promoção? Governador
do Estado. Nos termos do art. 93 e 94.
Art. 93. Compete ao Conselho Superior da Polícia Civil elaborar as listas a serem encaminhadas, por meio da Secretaria da Segurança Pública, ao
Governador do Estado, para efeito de promoção.
Art. 94. Os atos de promoção são da competência exclusiva do Governador do Estado de Goiás, observados os requisitos e as condições
estabelecidos nesta Lei, e deverão ser publicados no Diário Oficial do Estado de Goiás, preferencialmente até o último dia dos meses de janeiro e
julho do respectivo ano.
CUIDADO: há um terceiro critério de promoção, que independe de observação de antiguidade ou merecimento. É um critério
autônomo. Trata-se da promoção post mortem, ao Policial Civil que perder sua vida em exercício. Está tratado no art. 94-A.
De natureza temporal:
 02 (dois) anos de efetivo exercício na classe a que pertencerem
 03 (três) anos, no caso da primeira promoção (período considerado de estágio probatório).

De natureza orçamentária (art. 94, §3º) – Os atos de promoção dependem de disponibilidade orçamentária e financeira.
De natureza circunstancial (pressupostos negativos) – não poderão concorrer às promoções os servidores policiais civis que:
a) Estiverem com a prisão cautelar decretada, ou presos em flagrante delito
No caso de o servidor ser posteriormente absolvido, e, somente por esse motivo não tiver sido promovido à época em que fazia jus a tal
direito, deverá ser promovido, independentemente de vaga, desde que o requeira administrativamente.
b) Forem condenados pela prática de crime, enquanto durar o cumprimento da pena, mesmo em caso de suspensão
condicional da pena;
c) A juízo do Conselho Superior da Polícia Civil, estiverem respondendo a Processo Administrativo Disciplinar ou a processo
criminal
No caso de o servidor ser posteriormente absolvido, absolvido ou tiver o processo disciplinar arquivado e, somente por esses motivos,
Pressupostos da não tiver sido promovido à época em que fazia jus a tal direito, deverá ser promovido, independentemente de vaga, desde que o requeira administrativamente.
promoção Observações importantes...
- É da competência do Conselho Superior da Polícia civil declarar o impedimento à promoção nestes casos (natureza
circunstancial) (art. 79, §1º);
- No caso específico de promoção por merecimento, não poderá ser promovido o servidor policial civil afastado de suas
funções nos casos previstos nos incisos I a V do §2º do 85; isso não impede, contudo, sua promoção pro antiguidade.
De natureza funcional (art. 92) – refere-se à conclusão e aproveitamento em cursos oficiais, exigência para a promoção em
determinadas classes
 Para Delegado de Polícia
- Da primeira classe para a classe especial = Curso Superior de Policia
- Da segunda classe para primeira classe = Curso de Especialização
- De Delegado de Polícia substituto para a segunda classe = não há exigência
 Para Agente de Polícia, Escrivão, Papiloscopista
- Da primeira classe para a classe especial = Curso de Aperfeiçoamento
- Da segunda classe para a primeira classe = Curso de atualização - Demais promoções = não há exigência
Os cursos referidos serão realizados pela Superintendência da Academia Estadual da Segurança Pública, via Gerência de Ensino
da Polícia Civil, ou por entidade oficial de ensino policial de graduação equivalente, nacional ou estrangeira, devidamente
reconhecida pela Polícia Civil do Estado de Goiás (art. 92, §1º)
A matrícula no Curso Superior, de Aperfeiçoamento e de Atualização de Polícia será feita mediante levantamento efetuado pela
Gerência de Administração e Finanças da Polícia Civil do Estado de Goiás, obedecendo-se aos critérios dispostos nesta Lei e ao
número de vagas definidas pela Gerência de Ensino da Polícia Civil (art.92, §2º). Ocorrendo empate no levantamento, terá
preferência, sucessivamente, o servidor, nos termos do art. 92, §3º:
a) De maior tempo na classe;
b) De maior tempo no cargo;
c) De maior tempo no serviço público
d) Mais idoso
De forma geral, merecimento é a demonstração positiva pelo servidor policial civil, durante sua permanência na Classe, de
pontualidade, assiduidade, disciplina, capacidade, eficiência, compreensão dos deveres, aprimoramento de sua formação
técnicopolicial e, também, no caso de Delegado de Polícia, de sua formação jurídica. (art. 85, caput).
Art. 89. O merecimento é adquirido especificamente na Classe. Parágrafo único. Promovido, o servidor policial civil começará a adquirir merecimento a
contar de seu ingresso na nova Classe.
Verifica-se um dever especial ao delegado de polícia, que é de manter adequada formação jurídica, pois isso será considerado como critério para fins
Critérios de
de sua promoção. Não se exige aos demais servidores públicos policiais civis, como critério de promoção, sua formação (jurídica ou não).
merecimento PREVALECENTES (art. 85, §1º, incisos I a VI) – São critérios de natureza objetiva: I. Pontualidade e dedicação
II. Eficiência no desempenho das funções
Do Merecimento III. Diplomações (especializações, mestrado e doutorado) na área policial ou jurídica
(análise específica) IV. Aprimoramento de sua capacidade cognitiva ou funcional
V. Obtenção de prêmios relacionados com a carreira policial
VI. Publicação de livros, teses, estudos e artigos de natureza jurídica ou policial
IMPEDIMENTOS à promoção por merecimento (art. 85, §2º, incisos I a V): não poderá concorrer à promoção por merecimento o
servidor policial civil afastado de suas funções em razão de:
I – Estar em exercício de mandato eletivo federal, distrital, estadual ou municipal;
II – Estar exercendo, exclusivamente, mandato classista;
III – estar em gozo de licença para tratar de assunto particular;
IV – Ter sofrido penalidade de advertência ou suspensão, no período de 1 (um) ano imediatamente anterior à
ocorrência da vaga, em caso de advertência, ou de 2 (dois) anos, em casos de suspensão;
V – Estar cedido a órgãos não integrantes da estrutura da Secretaria da Segurança Pública de Goiás.
Promoção obrigatória: É obrigatória a promoção do servidor policial civil que figurar por 3 (três) vezes consecutivas ou 5 (cinco)
alternadas em lista de Merecimento, salvo quando impedido por qualquer das hipóteses do art. 85, §2º (art. 85, §3º)
A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para casa vaga, organizada pelo Conselho Superior da Polícia Civil, a
quem competirá a decisão final da lista de promoção por merecimento, expedida por meio de ato administrativo devidamente
motivado (Arts. 86 e 87)
A decisão pela escolha do promovido ser escrita e fundamentada (art. 85, §4º);
Possibilidade de contestação da apuração do merecimento (art. 88): Da apuração do merecimento será dada ciência ao
servidor, sendo-lhe assegurados a ampla defesa e os meios a ela inerentes para contestar avaliação realizada.  Prazo
para apresentar recurso / contestação: 10 dias
 Órgão ad quem: Conselho Superior da Polícia Civil; será recebida pelo Presidente do Conselho (Diretor-Geral de Polícia)
 Irrecorribilidade da decisão do colegiado
 Efeito suspensivo – a apresentação do recurso suspenderá a promoção até a decisão final, mas apenas no tocante à
relação de merecimento impugnada. Neste caso, após a decisão final do recurso, proceder-se-á à promoção com efeito
retroativo à data em que devia ter ocorrido.
O grau de merecimento do servidor será apurado pela média aritmética das obtidas no semestre da apuração anterior,
consubstanciado no Boletim Individual para o grau de merecimento, sob os aspectos gerais, nos temos de modelo constante do

Regulamento (art. 81).


A antiguidade será apurada na categoria do servidor policial civil, determinada pelo tempo de efetivo exercício na Classe (ou seja,
promove-se os mais antigos da classe, considerando o tempo de efetivo exercício).
Descontos: não serão considerados para fins de contagem de tempo de antiguidade: a)
Os interregnos ocorridos
Da antiguidade b) Qualquer interrupção prevista na legislação
(análise específica) Exceções aos descontos: embora possam ser considerados como interregnos ocorridos ou interrupções previstas na legislação,
serão computados para fins de apuração de antiguidade: I. Tempo de licença por motivo de saúde;
II. Tempo de licença por motivo de casamento ou falecimento do conjuge, filhos, pais ou irmãos; III.
Período de licença-prêmio;
IV. Periodo de afastamento em virtude de representação ou missão oficial da polícia civil;
V. Tempo de afastamento em virtude de processo criminal que terminar por arquivamento ou absolvição
VI. Período de licença para realização de curso de aperfeiçoamento profissional no país ou no exterior na forma da lei; VII.
Tempo de exercício de mandato classista;
VIII. Período em que o servidor policial civil se encontrar cedido a órgãos integrantes da estrutura da Secretaria da Segurança
Pública
Adota-se, no procedimento de promoção por antiguidade, as regras da promoção por antiguidade referentes a (art. 91): a)
Formação de lista tríplice (art. 86)
b) Decisão do Conselho Superior da Polícia Civil, expedida por meio de ato administrativo devidamente motivado (art.88) c)
Contestação e recursos (art. 88).
Ocorrendo empate na classificação, tanto por merecimento como por antiguidade, terá precedência, sucessivamente, o candidato
que tiver:
Critérios de desempate
I. Mais tempo de efetivo exercício na Classe;
(art. 80, §2º)
II. Mais tempo de efetivo exercício no cargo atualmente ocupado;
III. Melhor classificação final no concurso de ingresso na carreira, referente ao cargo que estiver ocupando
É a única modalidade de promoção que independe do preenchimento das exigências para a promoção por outro critério
(antiguidade e/ou merecimento). A promoção post mortem será concedida ao policial que vier a falecer por:
a) Motivos relacionados ao cumprimento do dever funcional.
b) Acidente de serviço
Promoção post mortem Qual é a finalidade da promoção? A promoção post mortem é aquela que visa a expressar o reconhecimento do Estado de Goiás
ao policial civil falecido no cumprimento do dever ou em consequência dele.
A data de promoção a ser efetivada na forma deste artigo retroagirá à data do falecimento.
Obs.: a promoção post mortem não se confunde com a hipótese do art. 82, que ocorrer quando o servidor vier a falecer no curso do processo de promoção.
Nesse caso, o servir falece enquanto sua promoção está tramitando, mas pelos critérios de antiguidade e merecimento. Já na promoção por merecimento, o
servidor é promovido não porque falece no curso do processo de promoção, mas por ter sido porto em serviço.
Os direitos e as vantagens que decorrerem da promoção serão contados a partir da publicação do ato, salvo quando publicado
fora do prazo legal, caso em que retroagirão ao dia em que deveria ter ocorrido a promoção (art. 84).
Será declarada sem efeito a promoção indevida, não ficando o servidor, nesse caso, obrigado à restituição de valores percebidos a
Efeitos da promoção
esse título, salvo na hipótese de declaração falsa ou omissão intencional.
Serão considerados promovidos os servidores que falecerem durante o processo promocional, mesmo sem o processamento da
promoção a que tinham direito por antiguidade (art. 82).
ANÁLISE DAS QUESTÕES DO CERTAME DE 2016

Questão n° 26

Conforme expressamente previsto na Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás, compete ao delegado titular:

a) promover estudos e pesquisas com vistas a fornecer à administração contínuos dados indicadores das necessidades futuras de recursos de pessoal,
logísticos e financeiros.
b) articular-se com as unidades de investigação, visando à difusão, à troca de informações e ao auxílio operacional na prevenção e repressão de infrações
penais.
c) supervisionar e coordenar as atividades de polícia judiciária e de investigações, assim como acompanhar trabalhos administrativos de interesse da
atividade de investigação.
d) apresentar, mensal e anualmente, relatório de atividades, bem como dados estatísticos dos trabalhos realizados pelas unidades a ele subordinadas e
encaminhá-los para os devidos fins.
e) distribuir as atividades, conforme as atribuições relativas a cada cargo policial civil, entre os servidores policiais sob sua direção, de acordo com o
perfil desses servidores.

Gabarito:
a) Errado: trata-se de atribuição do Gerente de Planejamento operacional, nos termos do art. 44, VIII (vide quadro “Atribuição / competência das Unidades de Execução Tática”);
b) Errado: é também atribuição do Gerente de Planejamento Operacional, nos termos do art. 44, VI (vide quadro “Atribuição / competência das Unidades de Execução Tática”);
c) Errado: tratam-se de atribuições do Chefe do Departamento de Polícia Judiciária, nos termos do art. 40, incisos I e IV (vide quadro “atribuição / competência da Unidade de Execução Estratégica –
Departamento de Polícia Judiciária);
d) Errado: trata-se de atribuição do Delegado Regional de Polícia, nos termos do art. 42, II (vide quadro “Atribuição / competência das Unidades de Execução Tática”);
e) Correto: trata-se de atribuição do delegado titular, nos termos do art. 46, VI (vide quadro “das unidades policiais”).
.....................
Comentário: É importante presta bastante atenção às atribuições “especiais” de algumas autoridades, de forma a não confundi-las. Por exemplo, todo titular de cargo de Delegado de Polícia terá as
atribuições do art. 49 da Lei. Contudo, se o Delegado de Polícia é também titular na unidade policial, ele acumulará as funções gerais do art. 49 com as funções especiais do art. 46; se, por exemplo, o
Delegado de Polícia exerce a função de Delegado Regional de Polícia, ele cumulará as funções gerais do art. 49 com aquelas do art. 42.
...................
DICA: sabia quais são as atribuições gerais dos delegados de polícia, do art. 49 (decore-as); depois, busque diferenciar essas atribuições gerais com atribuições especiais que podem ser exercidas pelos
Delegados de Polícia, sem necessidade de decora-las, mas sabendo diferencia-las pela sua natureza (ex.: se a atividade relaciona-se com assessoramento, organização e substituição de das funções do
Delegado-Geral de polícia, deve-se concluir, ao menos a primeira vistas, que se trata de atividade afeta ao Delegado-Geral adjunto – conferir, por exemplo, o rol de suas funções no art. 34; se a função
envolve atividades relacionadas à representação, tomada de decisão final ou presidência de conselhos ou órgãos da Polícia Civil, é provável que se trate de atribuição do Delegado-Geral da Polícia Civil;
se se trata de atribuição relacionada às atividades de supervisão, coordenação e acompanhamento de forma ampla e geral das atividades de policia judiciária, em nível superior àquelas dos titulares das
Delegacias Especializadas, Delegacias Regionais, Delegacias de Polícia seja da capital ou do interior, provavelmente se trata de atribuição do Chefe do Departamento de Polícia Judiciária, nos termos do
art. 40)....sejamos espertos e “estratégicos”....
Questão n° 27

A Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Goiás prevê, entre as atribuições do titular de cargo de delegado de polícia,

a) instaurar e presidir, em caráter subsidiário, inquérito policial, termo circunstanciado de ocorrência e outros procedimentos policiais legais para a
apuração de infração penal ou ato infracional.
b) exercer atividades de formalização de procedimentos relacionados com investigações criminais e operações policiais, bem como a execução de
serviços cartorários.
c) participar e colaborar no planejamento e na execução de investigações criminais e na produção de conhecimentos e informações relevantes à
investigação criminal.
d) exercer atividades de identificação humana, por meio da realização de exame papiloscópico e representação facial humana, bem como de
identificação humana civil e criminal.
e) fazer realizar diligências requisitadas pelo Ministério Público, bem como coordenar, supervisionar e fiscalizar atividades logísticas e finalísticas da
unidade sob sua direção.

Gabarito:
a) Errado: o exercício é exclusivo, e não “em caráter subsidiário”, nos termos da assertiva. Vide Art. 49, I. (vide quadro “Atribuições dos Titulares de Cargos de Delegado de Polícia”)
b) Errado: trata-se de atribuição dos titulares dos cargos de Escrivão de Polícia, nos termos do art. 51.
c) Errado: trata-se de atribuição dos titulares dos cargos de Agente de Polícia, nos termos do art. 51.
d) Errado: trata-se de atribuição dos titulares dos cargos de Papiloscopista Policial, nos termos do art. 51-A.
e) Correto: trata-se de atribuição geral dos titulares dos cargos de Delegado de Polícia delegado titular, nos termos do art. 49, III e VII (vide quadro “Atribuições dos Titulares de Cargos de Delegado de
Polícia”)
.....................
Comentário: observe que aqui já se exclui qualquer atribuição especializada de Delegado de Polícia (Delegado Titular, Delegado Regional, Chefe do Departamento de Polícia Judiciária, etc). Tratam-se de
atribuições gerais dos titulares dos cargos de Delegado de Polícia, nos termos do art. 49. Observe que aqui, a resposta a esta questão prescinde de conhecimento da Lei! Muitas vezes basta conhecimento
geral para responder à pergunta, bastando que o candidato preste atenção. Observe a lógica e os erros das assertivas:
Item “a” – se fosse correta a expressão “em caráter subsidiário”, eu pergunto: a quem competiria, em caráter primário, a instauração e presidência de INQUÉRITO POLICIAL? O Ministério Público? O Juiz?
O cidadão?...é claro que está incorreto.
Item “b” – aqui a incorreção é lógica: se fosse de atribuição dos Delegados de Polícia, para que serviria os titulares dos cargos de Escrivão de Polícia?
Item “d” - Ora, se o candidato detém conhecimento mínimo de Processo Penal, saberá que os exames periciais são realizados por PERITOS, nos termos do art. 159 do CPP. Assim, o Delegado de Polícia
jamais poderá exercer as atividades mencionadas no item “d”. É claro que está incorreto.
Assim, sobra os itens “c” e “e”. Contudo, para quem decorou as atribuições gerais dos Delegados de Polícia, nos termos do art. 49 ou conseguir raciocinar no sentido de que no ítem “C”, considerando
que “produção de conhecimentos e informações relevantes à investigação criminal” equivale aos elementos informativos colhidos no curso inquérito, e que a assertiva somente menciona atividades
despidas de poder decisório, coordenação ou supervisão, mas tão somente participação, colaboração e execução, é de se ao menos “suspeitar” que não é atribuição do Delegado de Polícia, ao contrário da
assertiva do ítem “e”, poderá chegar à conclusão de que a assertiva correta é aquela do item “e”.
...................
DICA: reforço à dica quanto à questão acima, no sentido de que se decore as atribuições gerais dos delegados de polícia, nos termos do art. 49.
Questão n° 28

A Lei Estadual de Goiás n.º 16.901/2010 prevê expressamente como princípio institucional da Polícia Civil a

a) delegabilidade das atribuições funcionais.


b) indivisibilidade da investigação policial.
c) proteção dos direitos e garantias fundamentais e interação comunitária.
d) atuação técnico-científica e imparcial no exercício da perícia oficial.
e) eficiência na prevenção e na repressão das infrações penais

Gabarito:
a) Errado: o princípio é o da indelegabilidade e não delegabilidade, nos termos do art. 3°, VII
b) Correto: Art. 3°, inciso VI.
c) Errado: A Lei não fale em proteção aos direitos e garantias fundamentais, mas aos direitos humanos. Vide Art. 3°, incisos I e II
d) Errado: Não há tal princípio; Observe a questão aqui também pode ser solucionado pela “lógica”, uma vez que os titulares de cargos e funções que envolvem a execução de atividades de perícia (salvo
aquelas dos papiloscopistas policias) sequer são da Polícia Civil
e) errado: o princípio é o da eficiência na REPRESSÃO das infrações penais não havendo previsão para sua “prevenção”.

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