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0. Regras gerais
0.1 Definições:
a) As medições de um projecto ou de uma obra são a determinação analítica e
ordenada das quantidades dos diferentes trabalhos que são a base da
determinação dos encargos definidos no projecto ou que integram a obra.
b) A lista ou mapa de medições é a descrição resumida das quantidades dos
trabalhos e dos encargos calculados nas medições.
c) O orçamento é o resultado da aplicação dos preços unitários às descrições das
quantidades dos trabalhos indicados na lista de medições.
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locais de construção e o cálculo das situações mensais de pagamento e controlo
de custos.
h) Os capítulos das medições e a lista de medições poderão ser organizados2 de
acordo com a natureza dos trabalhos ou por elementos de construção. Quando
o critério de organização for o da natureza dos trabalhos, estes deverão ser
integrados nos capítulos indicados nestas regras e apresentados pela mesma
ordem.
i) As medições dos trabalhos exteriores ao edifício (acessos, jardins, vedações,
instalações exteriores ao perímetro do edifício, etc.) deverão ser, no seu
conjunto, apresentadas separadamente3 dos trabalhos relativos ao edifício.
j) Deverá indicar-se sempre o nome do técnico ou dos técnicos responsáveis pela
elaboração das medições e lista de medições.
k) Sempre que as medições de certas partes do projecto, nomeadamente as
relativas as instalações, forem elaboradas por outros técnicos, o nome destes
técnicos deve vir referido no início dos respectivos capítulos.
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1
Recomenda-se que esta descrição, sempre que possível, seja sucinta e indique as referências
dos desenhos e as rubricas dos cadernos de encargos relativas a esses trabalhos.
2
A organização dos capítulos segundo a natureza dos trabalhos é a que permite a empreiteiros
e subempreiteiros uma mais fácil elaboração das propostas de concurso.
3
Esta divisão permite uma análise mais rápida dos custos relativos ao edifício e com menos
probabilidade de erro. Além disso, permite uma preparação mais fácil dos trabalhos.
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b) Os resultados parciais dos cálculos das medições obedecerão, em regra, aos
arredondamentos seguintes:
MEDIDA ARREDONDAMENTO1
metro (m) centímetro (cm)
metro quadrado (m2) decímetro quadrado (dm2)
metro cúbico (m3) decímetro cúbico (dm3)
quilograma (kg) hectograma (hg)
quilonewton (kN) decanewton (dN)
As quantidades globais a incluir nas listas de medições obedecerão, regra geral, aos
arredondamentos seguintes:
MEDIDA ARREDONDAMENTO1
metro (m) decímetro (dm)
metro quadrado (m2) decímetro quadrado (dm2)
metro cúbico (m3) decímetro cúbico (dm3)
quilograma (kg) quilograma (kg)
quilonewton (kN) quilonewton (kN)
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1. ESTALEIRO
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1
Segundo o DL 59/99, no capítulo relativo às disposições comuns relativas a empreitadas por
preço global e por série de preços (artigo 24), o empreiteiro tem obrigação, salvo estipulado
em contrário, de realizar à sua custa todos os trabalhos que, por natureza ou segundo o uso
corrente, a execução da obra implique como preparatórios e acessórios, nomeadamente:
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II. Os meios necessários para garantir a segurança das pessoas na obra e do público em
geral;
III. As construções de acessos ao estaleiro e das circulações internas.
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a) A medição será realizada à unidade (un).
b) A medição inclui todos os trabalhos necessários à sua execução, nomeadamente
terraplanagens, drenagens, pavimentação, conservação e reposição do terreno
nas condições indicadas no projecto.
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1
A unidade de medição é a hora efectiva de trabalho de cada unidade de equipamento.
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1.4 Pessoal do estaleiro
a) As medições relativas ao pessoal do estaleiro – director técnico, encarregado,
pessoal de escritório e de armazém, operários de limpeza, cargas e descargas,
guardas, enfermeiros, etc. – são, em geral, incluídas nas medições dos
diferentes trabalhos da obra.
b) Quando for necessário a constituição de rubricas próprias para o pessoas do
estaleiro, deverão ser aplicadas regras específicas1.
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1
A unidade de tempo é o tempo de permanência na obra, de cada unidade de pessoal. A
medição do tempo de cada unidade de pessoal será, em geral, individualizada em rubrica
própria. A medição engloba todos os encargos relativos a cada unidade de pessoal,
nomeadamente, vencimentos e salários, encargos sociais, transportes e outros respeitantes à
sua remuneração. A medição de encargos com viagens e estadias será, em geral
individualizada em rubrica própria, salvo indicação contrária do caderno de encargos.
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2. TRABALHOS PREPARATÓRIOS1
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2.2 Desvio de obstáculos1
a) Regra geral, os trabalhos de desvio de qualquer obstáculo à execução da obra serão
medidos à unidade (un), com indicação resumida da natureza desses trabalhos.
b) A medição do desvio de canalizações e de cabos enterrados2 será feita medindo
separadamente o movimento de terras necessário, segundo as normas enunciadas em
Movimento de terras para canalizações e cabos enterrados, e a remoção e reposição
das canalizações e dos cabos, pelos mesmos critérios relativos à sua montagem.
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2.3 Protecções
a) Medição será realizada à unidade (un).
b) A medição engloba todas as operações e materiais necessários para assegurar a
protecção de qualquer construção ou vegetação existente no local da obra e
que não deva ser afectada durante a execução dos trabalhos
2.4 Drenagens1
a) A medição da drenagem de qualquer lençol de água superficial será realizada em
m2 de superfície do terreno a drenar, medida em planta.
b) A medição engloba todas as operações necessárias à execução das drenagens.
c) A drenagem de águas freáticas a executar, aquando da realização de movimento
de terras, será incluída na medição destes trabalhos.
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2.5 Desmatação
a) A medição será realizada em m2.
b) A medição refere-se à desmatação1 de arbustos, sebes ou árvores com menos de
0,10m de diâmetro, determinado à altura de 1,20m do solo (diâmetro à altura do peito
DAP)2
c) A medição será efectuada segundo as áreas determinadas em projecção horizontal.
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d) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de
desmatação, nomeadamente: abate, empilhamento, carga, transporte, remoção e
descarga3.
e) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas por
rubricas próprias.
f) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito ou vazadouro dos
produtos de desmatação4.
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2.6 Abate ou derrube de árvores
a) A medição será realizada à unidade (un)1.
b) A medição refere-se ao abate ou derrube de árvores com mais de 0,10m de diâmetro,
determinado à altura de 1,20m do solo (diâmetro à altura do peito DAP) e inclui o
arranque de raízes2.
c) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de abate ou
derrube, designadamente: abate, desponta, descasque, operação de torar,
empilhamento, transporte, remoção ou descarga.
d) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas por
rubricas próprias.
e) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito3 ou vazadouro dos
produtos do abate ou derrube de árvores.
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2.7 Desenraizamentos
a) A medição será realizada à unidade (un)1.
b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de
desenraizamento nomeadamente: arranque de raízes2, empilhamento, carga,
transporte, remoção, descarga, e os trabalhos a realizar com a sua eliminação, quando
necessária.
c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em
rubricas próprias.
d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito3 ou vazadouro dos
produtos de desenraizamentos.
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2.8 Arranque e conservação de leivas (placas de relva)
a) A medição será realizada em m2.
b) A medição engloba todas as operações relativas à execução dos trabalhos de arranque
e conservação de leivas, nomeadamente: arranque, empilhamento, carga, transporte,
depósito e conservação.
c) Sempre que necessário, as operações da alínea anterior poderão ser separadas em
rubricas próprias.
d) As medições indicarão, sempre que possível, o local de depósito das leivas, e os
métodos de depósito e conservação.
e) A medição do arranque de leivas unicamente para remoção, será incluída no
subcapítulo Decapagem ou remoção de terra vegetal do capítulo Movimento de
terras.
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BIBLIOGRAFIA
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