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Analfabetismo Funcional
Analfabetismo Funcional
ANALFABETISMO FUNCIONAL:
UMA REALIDADE PREOCUPANTE
FLÁVIA REGINA LEITE (flaviamoby@hotmail.com) – Graduada em Educação Física, Especialista
em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad
Americana, atualmente trabalha como coordenadora da formação cultural no Colégio São
Francisco de Assis de Anápolis-Go. Residente na Rua Bernardo Sayão 328, Bairro
Maracananzinho, Anápolis, Goiás.
MARIA MAGDALENA SIMMER CADEI (cadei@yahoo.com.br) – Graduada em Pedagogia e
Direito, Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Americana, atualmente trabalha como
Assessora Técnica do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Residente na Rua Joaquim
Barbosa, Bairro Tijuca, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
RESUMO: O presente texto analisa o índice de analfabetismo funcional no Brasil como sendo um
desafio a ser enfrentado, não somente pela escola de ensino básico e superior, mas, ainda, pelas
empresas. Segundo o Ministério da Educação há cerca de 15 milhões de analfabetos funcionais no
Brasil. E, esta estatística torna-se muito mais abrangente quando levamos em consideração que
apenas escrever o próprio nome não é suficiente diante da sociedade capitalista e da filosofia do
liberalismo pós-moderno.
RESUMEN: En este trabajo se analiza la tasa de analfabetismo funcional en Brasil como un reto que
hay que afrontar, no sólo por la escuela de educación básica y superior, sino también por las empresas.
Según el Ministerio de Educación hay cerca de 15 millones de analfabetos funcionales en Brasil. Y,
esta estadística se convierte en mucho más amplio si tenemos en cuenta sólo escribir el nombre no es
suficiente en la cara de la sociedad capitalista y la filosofía del liberalismo postmoderno.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo formação universitária e ainda, pessoas que
mostrar que o analfabetismo funcional exercem funções-chave em empresas e
constitui um problema silencioso e perverso instituições, tanto privadas quanto públicas.
que traz conseqüências preocupantes,
A prefeitura do Rio de Janeiro, em 2009,
principalmente, no que diz respeito ao
quis saber quantas crianças estão na escola e
desempenho no trabalho.
não aprendem e avaliou estudantes de quarto,
O analfabeto funcional, em geral, sabe quinto e sexto anos. Dos 210 mil alunos, 25
ler, contar, escrever frases simples, mas não é mil foram considerados analfabetos
capaz de interpretar textos e colocar idéias no funcionais. “Eu esperava um resultado com
papel. problemas, mas superou as minhas
expectativas negativas”, admitiu Cláudia
Há diversos conceitos para classificar o
Costin, secretária municipal Educação do Rio
analfabeto funcional. E, para a Organização
de Janeiro.
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO), é o indivíduo com As conseqüências pela falta da
menos de quatro anos de estudo completos. habilidade de leitura compreensiva, da
escrita e de cálculo provoca conseqüências
Assim, são pessoas que frequentam ou
como a queda de produtividade das empresas,
frequentaram a escola, e mesmo, sendo
visto a dificuldade do entendimento de avisos
"alfabetizadas" não conseguem compreender
de perigo, instruções de higiene e de
textos curtos. Bons livros, artigos e crônicas,
segurança do trabalho, manuais e orientações
nem pensar!
sobre processo produtivo, normas técnicas
Conforme analisa Ana Lúcia Lima, da qualidade de serviços, enfim,
diretora executiva do Instituto Paulo procedimentos normais de trabalho. Pois
Montenegro (IPM), “de certa forma, eu avalio segundo afirma Botelho (2007) essas
que é um problema maior do que o deficiências representam o “Calcanhar de
analfabetismo absoluto, porque este vem Aquiles” de muitas organizações,
sendo reduzido. Mas o analfabetismo independente do porte ou ramo de atividade.
funcional só cresce”. Apontando ainda, como “única saída para a
empresa que sofrem as conseqüências deste
Segundo dados do INAF (Instituto
fato, educar e treinar para a qualidade,
Nacional de Alfabetismo Funcional) este
considerando que “qualidade é investimento
problema, no Brasil, atinge por volta de 68%
e o custo da qualidade é a despesa do trabalho
da população economicamente ativa. E, no
errado, incompleto, sem profissionalismo. É o
mundo todo há entre 800 a 900 milhões deles.
custo do “analfabetismo funcional”.
Taxas que assustam e atingem pessoas com
poucos anos de escolarização, pessoas com
5. REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo. 41ª ed.Cortez. 2001. NAKASATO, Vanessa
S. Analfabetismo Funcional prejudica o desenvolvimento do país.
6. NOTAS BIOGRÁFICAS
M. Magdalena S.Cadei
M.Magdalena S.Cadei, Graduada em Pedagogia e Direito, Mestre em Ciências da Educação pela
Universidad Americana, atualmente trabalha como Assessora Técnica do Conselho Estadual de
Educação do Rio de Janeiro. Residente na Rua Joaquim Barbosa, Bairro Tijuca, Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro.